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Atividade Direitos Humanos e Legislação Social

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Curso Serviço Social - 7º período
Disciplina: Direitos humanos e legislação social
Atividade Avaliativa - Unidade I
Faça um paralelo do texto "Cinco Notas a Propósito da Questão Social". José Paulo Netto (Em anexo) e o texto enviado na última aula - "O Direito é um Instrumento de Resolução de Conflitos Sociais ou de Dominação da Classe? - Uma Análise de Karl Marx Acerca do Fenômeno Jurídico." Caique de Oliveira Sobreira Cruz e Prof. Me. Georgeocohama Duclerc Almeida Archanjo e responda:
1) Como a "Questão Social" e os Direitos humanos, na perspectiva dos textos estudados, se relacionam?
De acordo com José Paulo Netto, a “Questão Social” representa o antagonismo vivido no sistema capitalista, em que ficava nítido a polarização entre ricos e pobres. Desse modo, o autor destaca o pauperismo ou a nova configuração de pauperismo dentro da conjuntura capitalista para explicar a “Questão Social”. Antes da organização social de ordem burguesa, a sociedade possuía pobreza decorrente da falta de tecnologia desenvolvida e das forças produtivas incapazes de suprimir a demanda da população. A questão é que na conjuntura da ordem burguesa, a pobreza se configura de outra forma, se na sociedade pré-capitalista o pauperismo atingia apenas os doentes, inválidos, órfãos, idosos ou viúvas, no sistema capitalista atinge também aqueles aptos para o trabalho. Pois a perspectiva utilizada é com base da acumulação de capital, ou seja, a miséria cresce na medida em que se acumula capital nas mãos da minoria burguesa.
Desse modo, a sociedade capitalista por mais que tivesse o desenvolvimento produtivo de suprimir as necessidades de escassez da população, não o fez. Configurando assim, um quadro de completo antagonismo e contradição pois “pela primeira vez na história registrada, a pobreza crescia na razão direta em que aumentava a capacidade social de produzir riquezas” (Netto, 2006, p.153). Essa característica da pobreza no sistema capitalista se denominou “Questão Social”.
O pauperismo desse período estava diretamente relacionado com as relações sócio-políticos, ou seja, a “Questão social” era/é um instrumento fundante para a manutenção do desenvolvimento capitalista: a exploração de uma classe sobre outrem.
O texto de Cruz e Archanjo “O Direito é um Instrumento de Resolução de Conflitos Sociais ou de Dominação da Classe? - Uma Análise de Karl Marx Acerca do Fenômeno Jurídico, alude a ideia de Max acerca do fundamento jurídico nas condições de vida real dos homens, ou seja, é no contexto social explicado anteriormente por Netto (2006) no que tange as relações de produção e na força produtiva é que o direito surge, assim, o Direito não é visto como independente na sua constituição histórica, ele se faz a partir das condições materiais de produção. Desse modo, a criação do Direito é um reflexo das fases de produção e circulação do capitalismo e não um instrumento de resolução de conflitos, sendo assim, um instrumento necessário para a reprodução do capitalismo onde auxiliaria na transição do feudalismo para o capitalismo e assim criando o termo “sujeito de direito”. 
O termo “sujeito de direito” está diretamente direcionado a uma determinada classe social, haja visto que quando José Paulo Netto explica o conceito de “Questão Social” fica nítido a desproteção de Direitos de uma dada população – o proletariado/camada popular. 
Então podemos indagar, Direito para quem? Se temos uma população sendo explorada e manipulada através de ideologias burguesas para que a manutenção das contradições, a acumulação do capital e concentração da propriedade privada nas mãos de poucos continuem operantes? 
O Direito vende uma imagem de que somos sujeitos “livres”, onde podemos vender nossa força de trabalho em troca de salário. Contudo, essa liberdade é falsa, é um meio de domínio da classe dominante, pois o proletariado se tornou livre para se tornar escravo do salário, pois se não o fizer morrem de fome. Aqui também podemos identificar a “Questão Social” mencionada por Netto, onde mostra as novas configurações do pauperismo da sociedade, onde temos patrões que determinam o valor da força de trabalho do proletariado em troca de um salário, e caso este não aceite essa imposição contratual, há um exército industrial de reserva esperando pela vaga recusada, então podemos presenciar pessoas aptas para o trabalho mas sem meios de produzir trabalho, pois os meios de produção estão concentrados nas mãos dos burgueses. Diante o exposto, o direito do sujeito proletário está amparando mais o dono do capital do que do próprio proletário. 
Cruz e Archanjo, diz que o Estado seria a instância que apareceria onde o antagonismo de classes não podem ser conciliados. Para Marx o Estado assim como o Direito é um órgão de dominação de classe, desse modo, podemos entender que as pessoas que operam a máquina estatal são de ordem burguesa, e que para equalizar a balança social seria necessário que pessoas defensoras dos direitos da camada popular/proletário se ocupassem dos espaços governamentais para minimizar as “Questões Sociais”, falo minimizar e não acabar pelo fato de a “Questão Social” ser oriunda do sistema capitalista, e enquanto esse sistema vigorar na sociedade a “Questão Social” permanecerá. 
2) Ontem, 14 de agosto de 2020, depois de 3 dias de resistência e protestos em todo Brasil e no exterior, foi efetivado o despejo de famílias que moravam, há mais de 20 anos, no acampamento Quilombo Campo Grande, no sul de Minas Gerais. 
As famílias faziam o cultivo do café Guaií, de modo sustentável, além de outras com 150 variedades cultivadas, sem o uso de agrotóxicos. 
 Após o despejo, em poucas horas, o trabalho de 20 anos fora destruído juntamente com a Escola Popular Eduardo Galeano, que alfabetizava crianças, jovens e adultos.
Na mídia, a responsável pela comunicação da polícia militar e o governador Romeu Zema, disseram que não poderiam desobedecer a uma ordem judicial, pois responderiam judicialmente por isso, assim sendo, a mesma seria cumprida, até mesmo com uma ação violenta por parte da polícia militar, se a resistência dos moradores continuasse. E assim se fez.
Para além da violência da ação em si, para preservar a propriedade privada, a mesma foi realizada em meio à pandemia do corona vírus, no momento em que mais de cem mil pessoas morreram no Brasil. 
Acredito que precisamos compreender a teoria à luz da realidade que se nos apresenta.
Nesse sentido, a partir da análise da dupla, entrelacem os textos indicados, as aulas ministradas e demais textos lidos e escreva um texto, de no mínimo uma página, abordando o despejo no acampamento Quilombo Campo Grande.
Passamos por um momento extremamente delicado não apenas no Brasil como no mundo, milhares de pessoas passam por crises de tensão e medo devido a pandemia do corona vírus que já matou milhões de pessoas em todo o mundo e que a cada dia faz mais vítimas. 
Mesmo com este cenário e suas consequências negativas e impactantes para muitas pessoas, como desemprego, falta de acesso a saúde, escola, etc., dias atrás tivemos a noticia de que, 14 famílias foram desalojadas do acampamento quilombo em Minas Gerais, sendo esse realizado de forma violenta e desumana, mediante a uma ordem judicial. 
Foram destruídas casas, lavouras de café, que gerava recursos financeiros a estas famílias e a escola construída por eles dentro do acampamento, tudo destruído em pouco tempo, como se aquelas pessoas não importassem, como se tudo aquilo não tivesse valor sentimental para aquelas famílias. O único objetivo era tirar aquelas pessoas do local, de qual forma, isso não importaria. 
O que nos chama atenção é que diante de uma pandemia mundial, nenhum órgão público, conseguiu interceder para que estas famílias não fossem desalojadas e pudessem continuar no local para garantir sua segurança, perante o cenário crítico em que vivemos. 
Refletimos então que, os pobres desse Brasil, a cada dia que passa, são menos valorizados e desrespeitados pelos governantes que apenas visam lucro, poder, sem pensar no bem estardas pessoas.
Povos indígenas, população quilombola, e quaisquer outras que não se encaixem no padrão produtivo estipulados pelo sistema capitalista, vem sendo atacados dia após dia, de forma explícita, através de intolerância religiosa, preconceitos de todos os tipos, violência, desemprego e falta de acesso a necessidades básicas. Vivemos a mercê do medo, e muitas vezes sem expectativa alguma de melhora no sistema político do Brasil. 
O sistema capitalista faz com que pessoas fiquem expostas a várias contradições sociais, onde algumas pessoas têm muito, e a maioria precisa viver com o mínimo e sobreviver, sem perspectiva de melhoras. 
Através do despejo ocorrido em Minas Gerais, fica claro, que as vidas pouco importam diante das prioridades do sistema capitalista. Ao desalojar pais, mães e crianças não se teve preocupação em saber, para onde aquelas pessoas iriam, do que se alimentaria e em quais condições sanitárias ficariam, até por que aquela parcela de pessoas não é importante para o sistema capitalista. 
O descaso com uma parcela da população é notória e nos faz perceber que é necessária uma mudança necessária na forma de governar o país, sendo um governo justo, pautado na equidade social. Só nos resta acreditar que este cenário um dia possa mudar. 
Referências
NETTO, J. P. Cinco notas a propósito da questão social. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 5ª ed. São Paulo, Cortez, 2006. (151-162)
 
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