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Resumo medidas e avaliação

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1.0 Conceitos básicos em medidas e avaliações
1.1 Avaliação
A avaliação é uma prática universal, algo em que todas as pessoas se
empenham formal ou informalmente. Literalmente, todos nós utilizamos
a avaliação em nossos trabalhos, mas com objetivos e em ambientes
diversos. A avaliação é importante em pesquisas porque é o meio pelo
qual o corpo do conhecimento da disciplina cresce e é redefinido.
Geralmente, avaliamos fenômenos que queremos compreender melhor.
Assim como, nossas práticas profissionais como educadores físicos,
técnicos, treinadores, fisioterapeutas etc.
Contudo, a avaliação precisa ser delineada e pensada antes da
realização de qualquer teste. Basicamente, precisamos seguir quatro
passos durante uma avaliação:
1- estabelecer um critério;
2- realizar um teste ou uma bateria de testes;
3- fazer interpretações a partir dos dados;
4- escolher entre as possíveis formas de ação.
1.2 Tipos de avaliação
Avaliação diagnóstica: destina-se a verificar se os avaliados possuem
aptidões ou capacidades desejáveis.
Avaliação prognóstica: projetadas para predizer o potencial para o
desenvolvimento em um determinado atributo humano.
Avaliação de proficiência: para determinar a colocação em um nível
apropriado.
1.3 Terminologia e definições em medidas e avaliações
Medir: associar um número a determinada característica de um ser, um
objeto ou de um evento.
Avaliar: realizar um julgamento de valor sobre essa medida, ou seja,
interpretá-la em função do objetivo que determinou a realização dessa
medida.
Interpretar: é o processo de julgamento baseado nos dados qualitativos
e/ou quantitativos obtidos em medidas e avaliações.
Testar: trazer à tona uma resposta observável a fim de fornecer
informações sobre um atributo específico de uma ou mais pessoas por
meio de um teste.
Exame: sinônimo de teste
Examinados: são pessoas, pacientes, alunos para os quais os testes
ou exames serão aplicados ou fornecidos.
Examinadores: são aqueles que aplicam os testes
Usuário do teste: é alguém que se utiliza dos resultados obtidos para
tomar decisões. Em determinadas situações, você não aplicará o teste,
mas a partir dele irá determinar o caminho da sua intervenção.
Bateria de testes: é um conjunto de testes relacionados, administrados
dentro de um intervalo de tempo específico, a fim de obter informações
sobre um atributo multidimensional. Às vezes, precisaremos realizar
mais de um teste durante uma avaliação, principalmente no que tanje os
testes funcionais (e.g. flexibilidade, força motora, resistência aeróbia),
uma variável pode influenciar a outra de maneira negativa,
subestimando o escore daquele atributo. Dessa maneira, os testes
precisam ser correlacionados, as variáveis não podem exercer efeito
negativo na variável ou atributo que será avaliado subsequentemente.
Dados qualitativos: os dados qualitativos podem representar uma
característica ou qualidade de um determinado atributo. Por exemplo,
podemos classificar um determindado atributo observável em um teste
como bom, razoável ou ruim. Mais dentro da área de saúde, temo
escalas que são muito utilizadas e nos fornecem dados qualitativos
como a escala de percepção de dor ou escala de subjetiva de esforço.
Dados quantitativos: os dados quantitativos assumem valores
numéricos que estatisticamente podem ser dividios em discretos ou
contínuos. Muitos dos testes utilizados na área de saúde nos fornecerão
dados quantitativos. Alguns exemplos: amplitude articular em graus
(190° de flexão do ombro), força máxima em quilogramas (100kg no
exercício supino) e dinamometria isocinética em newton metros (e.g.
200 N?m-1 de torque).
2.0 Valores de referências
Após um determinado teste, para realizar a avaliação e/ou interpretação
de determinado atributo, você precisará de valores de referências. Sua
avaliação sempre precisará ser referenciada, abaixo os três tipos de
referências para as avaliações:
Avaliação referenciada a normas: requer uma interpretação dos
resultados com relação a grupos específicos. Basicamente, comparar os
valores obtidos em um testes com aqueles apresentados por outros
avaliados.
Avaliação referenciadas a critérios: requer a interpretação do
resultado por meio da comparação com um padrão pré determinado,
definido por um comportamento. Por exemplo, ao avaliar o percentual
de gordura de indivíduo, você irá verificar o valor referência estabelecido
pela literatura para aquele indivíduo, levando em consideração o sexo e
a idade para fazer a sua avaliação.
Avaliação referenciada a si próprio e/ou auto-referenciada: requer
uma interpretação do resultado de um examinado por meio da
comparação com o resultado dele em outra aplicação do mesmo
instrumento de avaliação. Você realiza um determinado teste no inicio
da sua intervenção e ao final para verificar a mudança de um
determinado atributo.
3.0 Teste de laboratório e teste de campo
Testes de laboratório: são aqueles que requerem equipamentos e
treinamento especializado dos examinadores e/ou dos avaliadores;
também pode consumir muito tempo porque apenas um examinado é
testado de cada vez. As condições ambientais sempre são controladas.
Testes de campo: são aqueles que não requerem equipamentos
excessivamente caros, vários examinados podem se testados ao
mesmo tempo. Geralmente influenciado com situações ambientais como
vento, calor e umidade relativa do ar.
É importante ressaltar que ambos os tipos de testes, precisamos de
avaliadores treinados e com conhecimento sobre os atributos que serão
testados.
4.0 ÉTICA EM MEDIDAS E AVALIAÇÕES
O processo de avaliação, em hipótese alguma poderá causar danos
FÍSICOS: não devemos jamais fazer (ou deixar de fazer) qualquer coisa
direta que cause dano àqueles sob nosso cuidado e responsabilidade.
Devemos sempre ter a garantia que as condições para a realização de
deerminados testes são seguras.
Não devemos causar danos PSICOLÓGICOS: comentários inoportunos,
violação da privacidade e da confidencialidade dos resultados. Os
dados da avaliação pertencem ao avaliado, só deverão ser revelados à
colegas de trabalho com o inuito de determinar uma melhor estratégia
de intervenção.
Nunca, em hipótese alguma confunda os resultados do teste com o
valor pessoal ou o caráter do avaliado.
Em caso de dúvida sobre a saúde do avaliado: esclarecimentos
médicos antes do teste. Contudo, em testes de desempenho fisíco o
atestado médico é primordial
5.0 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE TESTES E ERROS DE MEDIDA
A escolha de um teste específico para o processo de avaliação deve
sempre levar em consideração dois critérios básicos, a validade e a
fidedignidade que serão discutidos nesse tópico.
Validade: determinação do grau em que um teste mede aquilo a que se
destina medir. Um teste válido teve os seus dados e repodutibilidade
confrontados com o teste de referência ou padrão-ouro para aquele
atributo.
Validade Lógica: análise representativa dos escores obtidos com o
instrumento de medida em relação à característica ou ao
comportamento que se pretende analisar.
Validade de Critério: relação estatística entre os escores produzido
pelo instrumento de medida e indicadores da mesma natureza
(padrão-ouro). Ex: composição corporal: pesagem hidrostática x dobras
cutâneas.
Validade Preditiva: grau de probabilidade com que os escores
produzidos pelo instrumento de medida podem predizer estatisticamente
o atributo que se pretente avaliar. Por meio de regressão linear (i.e.
variável predita e preditora). Ex. distância percorrida em metros e
VO2max em ml?kg-1?min-1
Fidedignidade: grau de consistência dos resultados quando o mesmo
teste é aplicado nas mesmas condições, em ocasiões diferentes pelo
mesmo avaliador. Todo teste válido é fidedigno e é recomendado
variações entre os testes abaixo de 5%. Também é importante ressaltar
que alguns testes possuem o efeito de aprendizagem e irão precisar de
mais testes para o valor estabilizar. Reparem a figura abaixo, no teste
de uma repetição máxima ( 1 RM) no exercício agachamento, tanto para
homens e mulheres os valores se estabilizam(< 5%) após a aplicação
do terceiro teste (figura 1).
Figura 1. Testes de 1 RM realizados com intervalo de 72h. A-
homens e B- mulheres.
Objetividade: grau em que esperamos consistência nos resultados,
quando o mesmo teste é aplicado simultaneamente por diferentes
avaliadores nos mesmos alunos, atletas e pacientes. O ideal é que
sempre o mesmo avaliador replique os testes, porém ao termínio de
uma intervenção o mesmo teste poder aplicado por outro avaliador e
também é recomendado variações menores que 5% entre os
avaliadores.
5.1 Critérios que garantem testes confiáveis
Além da validade, fidedignidade e objetividade devemos respeitar os
critérios abaixo:
1- Avaliadores experientes e bem treinados.
2- Calibração do instrumento de medida.
3- Conhecimento dos fatores que influenciam a variável avaliada
(Alimentação, temperatura ambiente,...).
4- Conhecimento dos cuidados no manuseio do instrumento.
5- Escolha de protocolo de teste condizente com população e
objetivos da avaliação.
6- Padronização do processo de medida
5.2 Erros de medida
Um dos objetivos na aquisição de uma medida é obter o melhor valor,
para o mensurado, a partir dos dados experimentais disponíveis. Isto
significa determinar a melhor aproximação possível para o valor
verdadeiro, em termos probabilísticos. Uma grandeza física
experimental deve ser determinada a partir de medições e o resultado é
sempre uma aproximação para o valor da grandeza. Em todas as
medidas sempre haverá um erro embutido, cabe ao avaliador minimizar
ao máximo e controlar as fontes de erro. O erro da medida pode ser
dividido em dois tipos principais: o erro sistemático e o erro aleatório ou
estatístico.
Erro sistemático: em caso de réplicas da medida, quando a
probalilidade de as duas aplicações diferirem entre si for igual à de
ocorrerem diferenças entre os valores originais do atributo. Afeta
igualmente o teste e reteste.
• Pode ser dividido em:
– Instrumental: resulta da calibração do instrumento de
medida;
– Teórico: resulta do uso de fórmulas e princípios teóricos
inadequados ou aproximados;
– Ambiental: decorrente de condições ambientais como,
temperatura, umidade, estado da pista ou da quadra etc.;
– Observacional: resultada de falha do avaliador na
utilização incorreta do instrumento de medida, da leitura,
etc..
Erro aleatório: resulta de fatores responsáveis pelos erros que afetam
diferentemente os valores verdadeiros e o reteste. Está muito associado
à variações no processo de medida, diferença entre avaliadores, etc. A
padronização do processo ajuda e muito no controle de erro aleatório.
6.0 AVALIAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS
Estatura: distância entre os planos que tangenciam respectivamente o
vértex na cabeça e as plantas dos pés. O avaliado deve estar:
descalço,em posição anatômica sobre a base do estadiômetro, cabeça
na posição do plano de Frankfurt, calcanhares, cinturas pélvicas e
escapulares e região occipital em contato coma escala de medida
(figura 2). Medida realizada em apnéia inspiratória.
Figura 2. A- posição da cabeça no plano de Frankfurt. B-
Posicionamento do avaliado no estadiômetro.
Peso corporal: o avaliado em postura ereta e o olhar fixo num ponto à
sua frente (plano de Frankfurt), mínimo de roupa possível, com o peso
do corpo distribuído igualmente sobre os dois pés. De preferência,
utilizar uma balanã com sistema de alavancas e resolução de 100g.
Evitar medições após aprática de exercícios e sempre verificar a
calibração da balança.
Diâmetros ósseos: são medidas que estabelecem distâncias
projetadas entre dois pontos anatômicos definidos por proeminências
ósseas. Para essa medida iremos utilizar um instrumento de precisão
chamado paquímetro (figura 3). De acordo com o diâmetro que será
avaliado podemos utilizar paquimetros com diferentes tamanhos.
Figura 3. Paquímetro para avaliação dos diâmetros ósseos
Procedimentos para medição dos diâmetros ósseos
As medidas dos diâmetros ósseos dos membros devem ser
feitas do lado direito do corpo quando for o caso.
Identifique cuidadosamente os locais antropométricos para
mensuração (palpação e lápis dermográficos). Marque-os antes de
começar a mensurar.
Mensure de duas a três vezes cada local em ordem
rotacional.
Sustente o paquímetro com as duas mãos, dedos
indicadores adjacentes com as pontas do paquímetro.
Locais de medição dos diâmetros ósseos
Biacromial (ombros): bordas laterais dos processos acromiais da
escápula. Avaliado: em pé, braços soltos verticalmente e ombros
relaxados para baixo e levemente para frete. Medida feita por trás do
indivíduo.
Torácico-transverso: distância entre os pontos mais laterais das
costelas, altura meso-esternal (mamilos). -Avaliado: em pé, braços
levemente abduzidos. Realizar a medida ao final de uma expiração
normal.
Torácico ântero-posterior: uma das pontas do paquímetro é colocada
sobre o esterno, na altura da quarta articulação esterno-costal. Outra
ponta sobre o processo espinhoso da vértebra localizada no mesmo
plano transversal. Avaliador ao lado do avaliado. Realizar a medida ao
final de uma expiração normal.
Biilíaco (bicristal): distância entre os pontos mais laterais das cristas
ilíacas.Avaliador de frente para o avaliado. Avaliado deve estar com as
pernas unidas.
Bitrocanteriano: distância entre trocânter esquerdo e direito. Avaliador
de frente para o avaliado. Avaliado deve estar com as pernas unidas.
Joelho (biepicôndilar femoral): distância entre os epicôndilos femorais
lateral e medial. O avaliado deve estar com o joelho flexionado
formando um ângulo de 90°.
Tornozelo (bimaleolar): distância entre os Maléolos da tíbia e fíbula;
avaliado em pé, peso distribuído nas duas pernas.Realizar a medida por
trás do avaliado.
Punho (biestilóide): distância entre os processos ulnar e radial. Peça
para o avaliado flexionar o punho formando um ângulo aproximado de
90° entre a mão e o punho.
Cotovelo (biepicôndilar umeral): distância entre epicôndilos umerais
lateral e medial. Cotovelo flexionado a 90°, braços elevados até a
horizontal e antebraço supinado.
7.0 PERÍMETROS (CIRCUNFERÊNCIAS)
Perímetros e/ou circunferências são medidas de segmentos específicos,
obtidas no plano horizontal, perpendicularmente ao eixo longitudinal do
corpo. Nesse caso, o instrumento utilizado é a trena ou fita métrica
graduada em milimetros, entre 5,0-7,0 mm de largura e 2 m de
comprimento. Aço ou de um material flexível. Fundo branco ou amarelo
e visualização clara dos milímetros.
n As medidas das circunferências são feitas do lado direito do
corpo. Contudo, ás vezes é necessário avaliar ambos os lados do
avaliado.
n Identifique cuidadosamente os locais antropométricos para
mensuração
n Mensure de 2 a 3 vezes cada local em ordem rotacional
n A tensão a ser aplicada pela fita não deve comprimir a pele ou o
tecido subcutâneo
Para algumas circunferências (ex: cintura, abdômen e quadril) a fita
deve ser alinhada com o plano paralelo ao solo.
Locais de medição das circunferências corporais
Peitoral (circunferência torácica): medida da circunferência torácica,
ao nível do ponto meso-esternal. Deve ser feita após o final de uma
expiração normal. O indivíduo deve estar em posição anatômica. O
avaliador permanece à frente do avaliado.
Cintura: região mais estreita do tronco (entre as costelas e a crista
ilíaca). Realizada após o final de uma expiração normal. O avaliador
permanece à frente do avaliado.
Abdominal: proeminências anterior máxima do abdômen (normalmente
- cicatriz umbilical). Deve ser feita após o final de uma expiração normal.
O avaliador pode ficar ao lado do avaliado para visualizar o local de
maior de circuferência.
Quadril: extensão posterior máxima dos glúteos passando pela
proeminência glútea. O avaliado em posição anatômica, pés unidos,
braços ligeiramente afastados do corpo. Avaliador posiciona-se ao lado
direito do avaliado.
Coxa (proximal): imediatamente abaixo da prega glútea. Avaliado em
posição anatômica e avaliador, lateralmente ao avaliado. Às vezes é
interessante medir a circuferênciada coxa em posições diferentes como
por exemplo proximal, medial e distal. Nesse casos, o ideal é se orientar
pelo comprimento do fêmur ( distância entre o trocânter maior e o
epicôndilo lateral). Anote essa distância e realize a circuferência
proximal à 25% do comprimento total, a circuferência medial à 50% do
comprimento e a distal à 75% do comprimento do fêmur.
Perna (panturrilha): maior circunferência perpendicular ao eixo da
perna. Avaliado em pé, com o peso corporal dividido entre as duas
pernas. Avaliador lateralmente ao avaliado.
Braço fletido: maior circunferência perpendicular ao eixo do segmento
com braço em flexão. Braço paralelo ao solo. Avaliador, lateralmente ao
avaliado.
Braço relaxado: circunferência perpendicular ao eixo do segmento na
região média do braço relaxado. O avaliado deve estar em posição
anatômica.
Antebraço: maior circunferência (terço proximal) do segmento, cotovelo
em extensão e o braço em posição supina e relaxado. O avaliador
lateralmente ao avaliado.
8.0 COMPOSIÇÃO CORPORAL
A composição corporal é considerada um componente da aptidão física
e /ou relacionada à saúde. Pois, existe uma relação entre a quantidade
e distribuição da gordura com as alterações no nível de aptidão física e
no estado de saúde. Além do mais, o excesso de gordura corporal
favorece o desenvolvimento de doenças crônica-degenerativas.
O processo de envelecimento normal (senescência) também altera a
composição corporal, pois a medida que perdemos massa muscular o
percentual de gordura corporal aumenta. Se repararmos na imagem de
ressonância magnética abaixo, podemos ver as transformações na
massa muscular e óssea e na gordura comparando indivíduos jovens e
idosos saudáveis (figura 4).
Figura 4. Ressonância magnética da musculatura da coxa de indivíduos
joven e idoso.
A composição corporal é a proporção entre os diferentes componentes
corporais e a massa corporal total, geralmente expressa pelo percentual
de gordura e o percentual de massa magra. Ou seja, sempre os valores
percentuais serão referidos ao peso corporal do avaliado.
Fracionamento da Massa corporal (Wang,1992):
Nível I (atômico): ± 50 elementos (O2, Carbono, hidrogênio,
nitrogênio, cálcio e fósforo) predominantes.
Nível II (molecular): 100 mil moléculas → lipídeos, água,
proteínas, carboidratos e minerais.
Nível III (celular): massa celular total, fluídos extracelulares e
sólidos extracelulares.
Nível IV (tecidos, órgãos e sistemas): tecidos: epitelial, conectivo
(ósseo e adiposo), muscular e nervoso .
Nível V (corpo todo): analisado segundo características
morfológicas: tamanho, forma, proporções do corpo humano. O
nível V (corpo todo) testes está mais próxima da realidade dos
profissionais que atuam na clínica ou em testes de campo.
8.1 Métodos para detecção da composição corporal:
Método Direto: cada um os componentes corporais é separado e
pesado isoladamente. Nesse caso, somente a dissecação de
cadáveres.
Método Indireto: não há manipulação dos componentes
separadamente, baseado em princípios físicos e químicos é
possível extrapolar as quantidades de gordura e massa magra.
Exemplos: pesagem hidrostática, absormetria fotônica de dupla
energia (DEXA) e Pletismografia
Método duplamente indireto: validados a partir de um método
indireto. Exemplos: dobras cutâneas e bioimpedência.
8.2 Índice de massa corporal (IMC)
Definido como a razão do peso corporal total (em quilogramas) pela
estatura elevada ao quadrado (em metros), (peso corporal/ altura2). A
unidade de medida é quilogramas por metros quadrado (Kg/m2). Apesar
de muito utilizado, precisamos ter cuidado com o IMC. Ela parte da
premissa que indivíduos com sobrepeso ou mais quilos irão demonstrar
mais Kg/m2, porém indivíduos com elevada massa muscular, assim
como crianças com alto desenvolvimento da massa óssea também irão
demonstrar mais Kg/m2 e poderão ser classificados de maneira errônea
com algum índice de sobrepeso.
Tabela 1. Valores desejáveis de IMC para adultos.
Tabela 2. Classificação de obesidade de acordo com o IMC.
Por outro lado, A curva do IMC/Idade, desenvolvida pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), é um bom indicador do estado nutricional da
criança. É calculado da mesma maneira (peso/altura²), assim como a
idade em anos e meses, depois estes valores são colocados nas
curvas abaixo. A interpretação depende do sexo da criança (Figuras 5
e 6).
Figura 5. Índice de massa corporal para os meninos 5-19 anos.
Figura 6. Índice de massa corporal para as meninas 5-19 anos.
Classificação de acordo com as figuras 5 e 6:
Percentil < P3: baixo IMC para idade – Indica baixo peso.
Percentil ≥ P3 e < P85: Eutrófico ou Peso ideal para a idade.
Percentil ≥ p85 e < p97: Sobrepeso.
Percentil ≥ p97: Obesidade.
8.3 Índice cintura quadril
Relação cintura/quadril, para calcular basta dividir o valor da
circuferência da cintura em centímetros pelo valor da circuferência do
quadril (e.g. circuferência da cintura/circuferência quadril). O índice
cintura quadril (ICQ) além de ser um idicativo de acúmulo de gordura na
região visceral, também é uma medida muito usado para determinar
risco de doença coronariana, pois o aumento da dordura abdominal está
associado ao aumento dos riscos de doenças coronarianas, hipertensão
e diabetes.
Tabela 3. Classificação de riscos para os homens.
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
20-29 < 0.83 0.83 - 0.88 0.89 - 0.94 > 0.94
30-39 < 0.84 0.84 - 0.91 0.92 - 0.96 > 0.96
40-49 < 0.88 0.88 - 0.97 0.96 – 1.00 > 1.00
50-59 < 0.90 0.90 – 0.96 0.97 – 1.02 > 1.02
60-69 < 0.91 0.91 – 0.98 0.99 – 1.03 > 1.03
Tabela 4. Classificação de riscos para as mulheres.
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
20-29 < 0.71 0.71 - 0.77 0.76 - 0.83 > 0.82
30-39 < 0.72 0.72 - 0.78 0.79 - 0.84 > 0.84
40-49 < 0.73 0.73 - 0.79 0.80 – 0.87 > 0.87
50-59 < 0.74 0.74 – 0.81 0.82 – 0.88 > 0.88
60-69 < 0.76 0.76 – 0.83 0.84 – 0.90 > 0.90
8.4 Dobras cutâneas
• As medidas de espessuras das dobras cutâneas são
realizadas em várias regiões do corpo humano.
• Várias medidas oferecem visão mais clara quanto à
disposição da gordura.
• Possibilidade de conhecer o padrão de distribuição do
tecido adiposo subcutâneo, pelas diferentes regiões anatômicas.
Como medir
– Segurar o compasso com a mão direita.
– Destacar o tecido adiposo das estruturas mais
profundas utilizando os dedos polegar e indicador da mão
esquerda.
– Segurar a dobra cutânea até a realizar a leitura.
– Colocar as hastes do compasso de dobras cutâneas
1,0 cm abaixo dos dedos que estão segurando a dobra.
– Manter compasso perpendicular à dobra cutânea.
– Realizar as medições do lado direito do avaliado.
– Soltar a pressão das hastes do compasso lentamente
– Aguardar 2-4 segundos após soltar a pressão das
hastes do compasso para realizar a leitura da medida.
– Realizar 03 (três) medidas (ordem rotacional) num
mesmo ponto de referência.
– Adotar o valor mediano (intermediário) como sendo a
medida da dobra cutânea (alguns autores sugerem a
média).
– Quando houver uma diferença superior a 5%, realizar
nova série de medidas.
– Variações intra e inter-avaliadores podem ser
observadas.
Erros do avaliador:
• Largar a dobra cutânea.
• Não colocar o compasso perpendicular à medida.
• Não respeitar o sentido da medida.
• Número de repetições da medida.
• Tempo de leitura da medida.
• Leitura do compasso.
Pontos anatômicos mais utilizados
Tricipital: ponto médio localizado entre o acrômio da escápula e o
olécrano na face posterior do braço. Medida feita no eixo longitudinal do
segmento com o campasso perpendicular à esse eixo e com entrada
transversal do compasso.
Bicipital: ponto localizado na face anterior do braço na altura do ponto
da medida tricipital, memos procedimentos da dobra tricipital e com
entrada transversal do compasso.
Subescapular: ponto imediatamente abaixo do ângulo inferior daescápula. Essa medida deve ser feita com a entrada do compasso
obliquamente ao eixo longitudinal e com o compasso perpendicular ao
eixo longitudinal.
Peitoral / Torácica: ponto localizado entre a axila e o mamilo, contudo
para os homens ela é feita na metade da distância e para as mulheres
à um terço da distância da linha axilar anterior. A entrada do compasso
é feita obliquamente ao eixo longitudinal.
Axilar média: ponto localizado na linha axilar média na altura do
processo xifóide. Esta medida deve ser feita perpendicular ao
longitudinal e com entrada transversal do compasso.
Abdominal: ponto localizado 2 cm à direita da cicatriz umbilical. Esta
medida é feita de forma longitudinal e com entrada transversal do
compasso.
Supra-ilíaca: ponto localizado a 3 cm do processo ilíaco
Ântero-posterior. Esta medida deve ser feita com entrada do compasso
obliquamente ao eixo longitudinal.
Coxa medial: ponto médio localizado entre o quadril e a articulação do
joelho na face anterior da coxa. Esta medida deve ser feita com o
compasso perpendicular ao eixo longitudinal e entrada transversal.
Perna: ponto localizado na parte medial ou interna da perna, no ponto
de maior circunferência. Avaliado deve colocar o pé direito sobre um
banco de ± 15 cm de altura
deixando a musculatura relaxada Esta medida deve ser feita com o
compasso perpendicular ao eixo longitudinal e entrada transversal.
Equações para a predição da gordura corporal
Existem várias equações descritas na literatura, cada equação foi criada
para uma população específica. Por isso, o avaliador deve escolher a
equação que se enquadra nas características do avaliado, isso é
fundamental. Quando esse fator importante na escolha da equação
não é levado em consideração, podemos produzir resultados distorcidos
se usadas em indivíduos diferentes daqueles que fizeram parte da
amostra que deu origem à equação. Para visualizar equações diferentes
daquela que será apresentada abaixo, verificar o artigo 4 (Impacto da
utilização de diferentes compassos de dobras cutâneas para a análise
da composição corporal).
Como homens e mulheres acumulam gordura corporal em regiões
distintas, as equações para homens e mulheres irão diferir no que tanje
os pontos anatômicos. Também é importante ressaltar que algumas
equações irão fornerce os dados do percentual de gordura direto e outra
o de densidade, que teremos que converter em percentual de gordura.
Siglas utilizadas nas equações:
• D= densidade
• G%= percentual de gordura
• AB= dobra do abdômen
• BC= dobra do bíceps
• TR= dobra do tríceps
• CX= dobra da coxa (medial)
• PN= dobra da perna ou panturrilha
• PT= dobra peitoral ou torácica
• AM= dobra axilar média
• SB= dobra subescapular
• SI- supra-ilíaca
Equações para adultos:
Homens (N=308) de 18 a 61 anos de idade
• D = 1,10938 – 0,0008267 x (PT + AB + CX) + 0,0000016 x
(PT + AB + CX)2 – 0,0002574 x (idade em anos). Jackson e
Pollock (1978).
Mulheres (N=249) de 18 a 55 anos de idade
• D = 1,0994921 – 0,0009929 x (TR + SI + CX) + 0,0000023 x
(TR + SI + CX)2 – 0,0001392 x (idade em anos). (Jackson,
Pollock & Ward, 1980).
Exemplo de cáculos
Considerando um indivíduo com as seguintes características:
dobras médias: PT: 10.5; AB: 30; CX: 15, sexo masculino, idade 33
anos, peso corporal 84kg, altura: 1.80m e diâmetros ósseos R: 6.0cm e
F: 9.6.
• Qual o seu percentual de gordura?
• Qual a quantidade de gordura em Kg?
• Qual a massa magra em kg?
• Qual a massa óssea em kg?
• Qual o peso dos orgãos em kg?
• Qual o peso da massa muscular em Kg?
Como iremos usar a equação de Jackson e Pollock (1978),
primeiro iremos calcular a densidade. Dada a equação: D =
1,10938 – 0,0008267 x (PT + AB + CX) + 0,0000016 x (PT + AB +
CX)2 – 0,0002574 x (idade em anos), juntamente com as
características acima, teremos;
D= 1,10938 – 0,0008267 x(55) + 0,0000016 x (3025) -0,0002574 x (33),
D= 1,10938 – 0,0454 + 0.0048 – 0.0084
D= 1.060 g/ml
Agora, precisaremos converter esse valor para a gordura corporal;
G%= [(4,95/DENS)- 4,50] *100 (Siri,1961).
Sendo assim teremos;
G%= [(4,95/1.060)- 4,50] *100
G%= [(4,66)- 4,50] *100
G%= 0.16 *100
G%= 16% (percentual de gordura)
Agora, precisaremos converter a gordura corporal em percentual para o
valor absoluto em kg. MG= massa gorda em kg e PC= peso corporal em
kg
MG (kg)= (%G/100) x PC
MG (kg)= (16/100) x 84
MG (kg)= 13.44kg
Para calcular a massa magra, basta subtrair o valor da gordura em kg
do peso corporal;
MM (kg) = PC(kg) – MG (kg). MM= massa magra em kg
MM(kg)= 70.56kg
Para calcularamos a massa óssea (MO) em kg, que posteriormente,
iremos usar para calcularmos a massa muscular, iremos usar a fórmula:
MO(kg) = 3,02 x ([Alt2 ]x R x F x 400) x 0,712
Sendo, altura em metros, R= diâmetro do punho (biestilóide) em metros
e F: diâmetro do joelho (biepicondilar) também em metros, sendo assim,
teremos;
MO(kg) = 3,02 x ([1.802 ]x 0.060 x 0.0960 x 400) x 0,712
MO(kg) = 3,02 x 7.464 x 0,712
MO (kg) = 16kg
Para o peso dos orgão ou massa residual (MR), iremos usar uma
constante:
Cálculo da massa residual (Würth, modif. por Pires-Neto,1997)
Homens: MR= Peso corporal x 0,241
Mulheres: MR= peso corporal X 0,209;
Masculino: MR (kg) = PC x 0,241
MR (kg)= 84 x 0,241
MR (kg)= 20,2kg
Para o peso da massa muscular em kg, iremos usar a seguinte
fórmula:
MM (kg) = PC – (MG+MO+MR)
MM(kg)= 84 – (13.44+16.0+20.2)
MM (kg) = 34.36kg.
Sendo assim, para o indivíduo avaliado com peso corporal de 84kg,
temos 16% de gordura corporal, sendo a massa gorda 13,44 kg, a
massa óssea 16.0 kg, a massa residual 20.2 kg e a massa muscular
34.36 kg. Também podemos utilizar as tabelas com os valores de
referências para o percentual de gordura para homens e mulheres para
a melhor interpretação dos resultados.
Tabela 5. Classificação do nível de gordura corporal.
9.0 AVALIAÇÃO POSTURAL
Postura é a posição otimizada, mantida com característica automática e
espontânea, de um organismo em perfeita harmonia com a força
gravitacional e predisposta a passar do estado de repouso ao estado de
movimento (Tribastone, 2001). A boa postura proporciona o bom
equilíbrio do corpo sobre a base de suporte, com menor gasto
energético e com os músculos e articulações em posição alinhada não
oferecendo risco às estruturas corporais (Tribastone, 2001. Por outra
lado, a má postura é caractterizada pela relação defeituosa entre as
várias partes do corpo que produz uma maior tensão sobre as
estruturas de suporte e onde ocorre um equilíbrio menos eficiente do
corpo sobre sua base de suporte (Tribastone, 2001.)
Avaliação postural
A avaliação de aspectos posturais dentro da rotina de testes na
academia não deve ter a pretensão de diagnosticar desvios posturais
com o intuito de prescrever exercícios corretivos ou qualquer tipo de
tratamento, pois isso é uma responsabilidade do ortopedista e do
fisioterapeuta. Contudo, todos os profissionais que trabalham com
prescrição de exercícios físicos, precisam saber identificar os desvios
posturais com o inutito de não agravá-los com a prescrição inadequada
de exercícios fisícos.
Com a utilização do Simetrógrafo (figura 7) poderemos identificar os
desvios posturais mais evidentes, por meio da observação de pontos
anatômicos específicos que permitirão identificar possíveis assimetrias
decorrentes desta alteração postural. No mercado, existem diferentess
modelos de simetrógrafos no mercado, inclusive com calibração por
nivelamento. Também, é importante ressaltar que exitem diferentes
modelos e tipos de avaliação postural. A avaliação postural por meio da
Simetrografia é uma das mais utilizadas.
Figura 7. Simetrógrafo e suporte para camêra fotografica.
Como avaliar:
O método apresentado aqui para avaliação postura é considerado um
método qualitativo. Para a visualização de outros métodos, recorrer a
leitura dos artigos 5 e 6 (Validade da fotogrametriacomputadorizada na
detecção de escoliose idiopática adolescente e Análise comparativa
entre avaliação postural visual e por fotogrametria computadorizada).
1º Avaliação frontal ou vista anterior
Avaliação qualitativa, podemos marcar os pontos anatômicos com o
intuito de melhorar a avaliação.
Alinhar a linha central do simetrógafo com a ponta do nariz do avaliado.
Avaliador se posiciona à frente do avaliado, numa distância de três
metros. Com a avaliado nessa posição a linha central deve coincidir
com os seguintes pontos anatômicos: nariz, manúbrio, esterno,
processo xifóide, linha alba, umbido, sínfise púbica e membros inferiores
dividido-os em duas partes relativamente proporcionais. Se o
alinhamento da linha não coincide com os pontos descritos acima,
temos um indicativo de escoliose, que podemos confimar com a visão
posterior.
Verificar a horizontalidade da cabeça, ombros, cintura/pelve,
alinhamento dos joelhos (geno valgo e geno varo).
Verificar o triângulo de TALI, borda lateral da cintura, borda lateral do
tórax, face interna do braço e face interna do antebraço. Esses
segmentos precisam formar um triângulo precisam demonstrar certa
simetria quando comparado os dois lados (indicador de escoliose ou
rotação da cintura escapular).
Podemos verificar com a avaliação frontal os seguintes desvios:
escoliose, geno varo, geno valgo, pé abduto, pé aduto, pé plano e pé
cavo. É importante ressaltar que a presença de escoliose será
confirmada com a avaliação da vista posterior.
2º Avaliação da vista posterior
Agora, o alinhamento continua sendo baseado na linha vertical central
do semitrógrafo, mas o ponto anatômico será o processo espinhoso da
sétima vértebra cervical (C7). É recomendado marcar esse e outros
pontos (e.g. processos espinhosos torácicos e lombares, ângulos
inferiores das escápulas) antes do início da avaliação.
Nessa avaliação, podemos confirmar as suspeitas de escoliose,
buscando o alinhamento da linha central do semitrógrafo com a coluna
vertebral do avaliado. Assim como o local ou locais desse desvio (i.e.
torácico e/ou lombar).
Podemos verificar com a avaliação da vista posterior: escoliose,
rotações de escápulas,simetria dos triângulos de TALI, alinhamento da
cintura e pregas glúteas, alinhamento das pregas poplíteas, geno valgo
e geno varo.
3º Avaliação da vista lateral
O alinhamento do avaliado nessa posição deve ser encontrado
alinhando a linha central do semitrógrafo com o orifício auricular. Com
um bom alinhamento do indivíduos, a linha deve coincidir como próprio
orifício auricular, o centro da articulação do ombro, quadril, levemente à
frente do contro da articulação do joelho e à frente do maléolo lateral.
Na valiação com a vista lateral podemos verificar: a projeção dos
ombros, verificar a posição das escápulas, verificar costa plana, verificar
o padrão das curvaturas, verificar cifose (hiper e hipo), verificar lordose
cervical, verificar hiperlordose e hipolordose lombar,verificar os joelhos e
os pés, geno flexo que é caracterizado pela projeção dos joelhos à
frente em relaçao ao plano coronal, geno recurvato que é caracterizado
pela hiperextensão dos joelhos, pé equino, na posição ortostática (i.e.
em pé), os calcanhares não tocam o solo. pé calcâneo: na posição
ortostática (i.e. em pé), a porção anterior dos pés não toca o chão.
Abaixo temos um modelo para a avaliação postural qualitativa
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO OBSERVACIONAL DA POSTURA
NOME:_________________________________________
IDADE:_________ SEXO: ( ) F ( ) M
1) VISTA ANTERIOR
• Pés
( ) varo (D/E) ( ) valgo (D/E)
( ) neutro
• Joelhos
( ) varo ( ) valgo
( ) neutro
• Inclinação lateral da pelve (altura das cristas ilíacas)
( ) direita mais alta ( ) esquerda mais alta ( )
neutra
• Altura dos ombros
( ) direito mais alto ( ) esquerdo mais alto ( )
neutro
• Inclinação da cabeça
( ) para direita ( ) para esquerda
( ) neutra
• Rotação da cabeça
( ) para direita ( ) para esquerda
( ) neutra
2) VISTA POSTERIOR
• Pés
( ) varo (D/E) ( ) valgo (D/E)
( ) neutro
• Joelhos
( ) varo ( ) valgo
( ) neutro
• Coluna lombar
( ) curvatura convexa à D ( ) curvatura convexa à E ( )
neutra
• Coluna torácica
( ) curvatura convexa à D ( ) curvatura convexa à E ( )
neutra
• Escápulas
( ) simétricas ( ) abduzidas (D/E) ( ) aduzidas (D/E) (
) elevada (D/E)
• Altura dos ombros
( ) direito mais alto ( ) esquerdo mais alto ( )
neutro
• Inclinação da cabeça
( ) para direita ( ) para esquerda
( ) neutra
• Rotação da cabeça
( ) para direita ( ) para esquerda
( ) neutra
3) VISTA LATERAL DIREITA
• Joelhos
( ) hiperextensão ( ) em flexão
( ) neutro
• Pelve
( ) anteroversão ( ) retroversão ( )
neutra
• Coluna lombar
( ) aumento da lordose ( ) diminuição da lordose
( ) neutra
• Coluna torácica
( ) retificada ( ) cifose aumentada
( ) neutra
• Cervical
( ) retificada ( ) anteriorizada
( ) neutra
• Ombros
( ) retraídos ( ) protusos
( ) neutro
• Cabeça
( ) posteriorizada ( ) anteriorizada
( ) neutra
4) VISTA LATERAL ESQUERDA
• Joelhos
( ) hiperextensão ( ) em flexão
( ) neutro
• Pelve
( ) anteroversão ( ) retroversão ( )
neutra
• Coluna lombar
( ) aumento da lordose ( ) diminuição da lordose
( ) neutra
• Coluna torácica
( ) retificada ( ) cifose aumentada
( ) neutra
• Cervical
( ) retificada ( ) anteriorizada
( ) neutra
• Ombros
( ) retraídos ( ) protusos
( ) neutro
• Cabeça
( ) posteriorizada ( ) anteriorizada
( ) neutra

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