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DISCIPLINA MEDIDAS & AVALIAÇÕES
 
PROFESSOR CONTEUDISTA: EDUARDO OLIVEIRA DE SOUZA.
BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA PELA UNIVERISDADE DE FRANCA (2000).
ESPECIALISTA EM FISIOLOGIA DO TREINAMENTO RESISTIDO PELA ESCOLA DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (2002).
MESTRE EM BIODINÂMICA DO MOVIMENTO HUMANDO PELA ESCOLA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DA UNIVERSIDADE SÃO PAULO (2010).
DOUTORANDO EM BIODINÂMICA DO MOVIMENTO HUMANO PELA ESCOLA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
 
 
1.0 Conceitos básicos em medidas e avaliações
 
1.1 Avaliação
A avaliação é uma prática universal, algo em que todas as pessoas se empenham
formal ou informalmente. Literalmente, todos nós utilizamos a avaliação em
nossos trabalhos, mas com objetivos e em ambientes diversos.   A avaliação é
importante em pesquisas porque é o meio pelo qual o corpo do conhecimento da
disciplina cresce e é redefinido. Geralmente, avaliamos fenômenos que queremos
compreender melhor. Assim como, nossas práticas profissionais como educadores
físicos, técnicos, treinadores, fisioterapeutas etc.
Contudo, a avaliação precisa ser delineada e pensada antes da realização de
qualquer teste. Basicamente, precisamos seguir quatro passos durante uma
avaliação:
 
          1- estabelecer um critério;
2- realizar um teste ou uma bateria de testes;
3- fazer interpretações a partir dos dados;
4- escolher entre as possíveis formas de ação.
 
 1.2 Tipos de avaliação
Avaliação diagnóstica: destina-se a verificar se os avaliados possuem aptidões ou
capacidades desejáveis.
Avaliação prognóstica: projetadas para predizer o potencial para o desenvolvimento
em um determinado atributo humano.
Avaliação de proficiência: para determinar a colocação em um nível apropriado.
 
1.3 Terminologia e definições em medidas e avaliações
Medir:  associar um número a determinada característica de um ser, um objeto ou
de um evento.
Avaliar: realizar um julgamento de valor sobre essa medida, ou seja, interpretá-la
em função do objetivo que determinou a realização dessa medida.
Interpretar: é o processo de julgamento baseado nos dados qualitativos e/ou
quantitativos obtidos em medidas e avaliações.
Testar:  trazer à tona uma resposta observável a fim de fornecer informações sobre
um atributo específico de uma ou mais pessoas por meio de um teste.
Exame:  sinônimo de teste
Examinados:   são pessoas, pacientes, alunos para os quais os testes ou exames
serão aplicados ou fornecidos.
Examinadores:  são aqueles que aplicam os testes
Usuário do teste: é alguém que se utiliza dos resultados obtidos para tomar
decisões. Em determinadas situações, você não aplicará o teste, mas a partir dele
irá determinar o caminho da sua intervenção.
Bateria de testes: é um conjunto de testes relacionados, administrados dentro de
um intervalo de tempo específico, a fim de obter informações sobre um atributo
multidimensional. Às vezes, precisaremos realizar mais de um teste durante uma
avaliação, principalmente no que tanje os testes funcionais (e.g. flexibilidade, força
motora, resistência aeróbia), uma variável pode influenciar a outra de maneira
negativa, subestimando o escore daquele atributo. Dessa maneira, os testes
precisam ser correlacionados, as variáveis não podem exercer efeito negativo na
variável ou atributo que será avaliado subsequentemente.
Dados qualitativos: os dados qualitativos podem representar uma característica ou
qualidade de um determinado atributo. Por exemplo, podemos classificar um
determindado atributo observável em um teste como bom, razoável ou ruim. Mais
dentro da área de saúde, temo escalas que são muito utilizadas e nos fornecem
dados qualitativos como a escala de percepção de dor ou escala de subjetiva de
esforço.
Dados quantitativos: os dados quantitativos assumem valores numéricos que
estatisticamente  podem ser dividios  em discretos ou contínuos. Muitos dos testes
utilizados na área de saúde nos fornecerão dados quantitativos. Alguns exemplos:
amplitude articular em graus (190° de flexão do ombro), força máxima em
quilogramas (100kg no exercício supino) e dinamometria isocinética em newton
metros (e.g. 200 N?m-1 de torque).
 
2.0  Valores de referências
Após um determinado teste, para realizar a avaliação e/ou interpretação de
determinado atributo, você precisará de valores de referências. Sua avaliação
sempre precisará ser referenciada, abaixo os três tipos de referências para as
avaliações:
Avaliação referenciada a normas: requer uma interpretação dos resultados com
relação a grupos específicos. Basicamente, comparar os valores  obtidos em um
testes com aqueles apresentados por outros avaliados.
Avaliação referenciadas a critérios: requer a interpretação do resultado  por meio
da comparação com um padrão pré determinado, definido por um comportamento.
Por exemplo, ao avaliar o percentual de gordura de indivíduo, você irá verificar o
valor referência estabelecido pela literatura para aquele indivíduo, levando em
consideração o sexo e a idade para fazer a sua avaliação.
Avaliação referenciada a si próprio e/ou auto-referenciada: requer uma
interpretação do resultado de um examinado por meio da comparação com o
resultado dele em outra aplicação do mesmo instrumento de avaliação. Você
realiza um determinado teste no inicio da sua intervenção e ao final para verificar a
mudança de um determinado atributo.
 
3.0 Teste de laboratório e teste de campo
 
Testes de laboratório: são aqueles que requerem equipamentos e treinamento
especializado dos examinadores e/ou dos avaliadores; também pode consumir
muito tempo porque apenas um examinado é testado de cada vez. As condições
ambientais sempre são controladas.
Testes de campo: são aqueles que não requerem equipamentos excessivamente
caros, vários examinados podem se testados ao mesmo tempo. Geralmente
influenciado com situações ambientais como vento, calor e umidade relativa do ar.
É importante ressaltar que ambos os tipos de testes, precisamos de avaliadores
treinados e com conhecimento sobre os atributos que serão testados.
 
4.0 ÉTICA EM MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Í
O processo de avaliação, em hipótese alguma poderá causar danos FÍSICOS: não
devemos jamais fazer (ou deixar de fazer) qualquer coisa direta que cause dano
àqueles sob nosso cuidado e responsabilidade. Devemos sempre ter a garantia que
as condições para a realização de deerminados testes são seguras.
Não devemos causar danos PSICOLÓGICOS: comentários inoportunos, violação da
privacidade e da confidencialidade dos resultados. Os dados da avaliação
pertencem ao avaliado, só deverão ser revelados à colegas de trabalho com o inuito
de determinar uma melhor estratégia de intervenção.
Nunca, em hipótese alguma confunda os resultados do teste com o valor pessoal
ou o caráter do avaliado.
Em caso de dúvida sobre a saúde do avaliado: esclarecimentos médicos antes do
teste. Contudo, em testes de desempenho fisíco o atestado médico é primordial
 
5.0 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE TESTES E ERROS DE MEDIDA
A escolha de um teste específico para o processo de avaliação deve sempre levar
em consideração dois critérios básicos, a validade e a fidedignidade que serão
discutidos nesse tópico.
Validade: determinação do grau em que um teste mede aquilo a que se destina
medir. Um teste válido teve os seus dados e repodutibilidade confrontados com o
teste de referência ou padrão-ouro para aquele atributo.
Validade Lógica: análise representativa dos escores obtidos com o instrumento de
medida em relação à característica ou ao comportamento que se pretende analisar.
Validade  de Critério: relação estatística entre os escores produzido pelo
instrumento de medida e indicadores da mesma natureza (padrão-ouro). Ex:
composição corporal: pesagem hidrostática x dobras cutâneas.
Validade Preditiva: grau de probabilidade com que os escores produzidos pelo
instrumento de medida podem predizer estatisticamente o atributo que se pretente
avaliar. Por meio de regressão linear (i.e. variável predita e preditora). Ex. distânciapercorrida em metros e VO2max em ml?kg-1?min-1
Fidedignidade: grau de consistência dos resultados quando o mesmo teste é
aplicado nas mesmas condições, em ocasiões diferentes pelo mesmo avaliador.
Todo teste válido é fidedigno e é recomendado variações entre os testes abaixo de
5%. Também é importante ressaltar que alguns testes possuem o efeito de
aprendizagem e irão precisar de mais testes para o valor estabilizar. Reparem a
figura abaixo, no teste de uma repetição máxima ( 1 RM) no exercício agachamento,
tanto para homens e mulheres os valores se estabilizam (< 5%) após a aplicação do
terceiro teste (figura 1).
 
Figura 1. Testes de 1 RM realizados com intervalo de 72h. A- homens e B-
mulheres.
 
 
 
Objetividade: grau em que esperamos consistência nos resultados, quando o
mesmo teste é aplicado simultaneamente por diferentes avaliadores nos mesmos
alunos, atletas e pacientes. O ideal é que sempre o mesmo avaliador replique os
testes, porém ao termínio de uma intervenção o mesmo teste poder aplicado por
outro avaliador e também é recomendado variações menores que 5% entre os
avaliadores.
 
 
5.1 Critérios que garantem testes confiáveis
Além da validade, fidedignidade e objetividade devemos respeitar os critérios
abaixo:
1-  Avaliadores experientes e bem treinados.
2-  Calibração do instrumento de medida.
3-  Conhecimento dos fatores que influenciam a variável avaliada
(Alimentação, temperatura ambiente,...).
4-  Conhecimento dos cuidados no manuseio do instrumento.
5-  Escolha de protocolo de teste condizente com população e objetivos da
avaliação.
6-   Padronização do processo de medida
 
5.2 Erros de medida
 
Um dos objetivos na aquisição de uma medida é obter o melhor valor, para o
mensurado, a partir dos dados experimentais disponíveis. Isto significa determinar
a melhor aproximação possível para o valor verdadeiro, em termos probabilísticos.
Uma grandeza física experimental deve ser determinada a partir de medições e o
resultado é sempre uma aproximação para o valor da grandeza. Em todas as
medidas sempre haverá um erro embutido, cabe ao avaliador minimizar ao máximo
e controlar as fontes de erro.  O erro da medida pode ser dividido em dois tipos
principais: o erro sistemático e o erro aleatório ou estatístico.
 
Erro sistemático: em caso de réplicas da medida, quando a probalilidade de as
duas aplicações diferirem entre si for igual  à de ocorrerem diferenças entre os
valores originais do atributo. Afeta igualmente o teste e reteste.
•       Pode ser dividido em:
–      Instrumental: resulta da calibração do instrumento de medida;
–      Teórico: resulta do uso de fórmulas e princípios teóricos
inadequados ou aproximados;
–      Ambiental: decorrente de condições ambientais como,
temperatura, umidade, estado da pista ou da quadra etc.;
–      Observacional: resultada de falha do avaliador na utilização
incorreta do instrumento de medida, da leitura, etc..
 
Erro aleatório: resulta de fatores responsáveis pelos erros que afetam
diferentemente os valores verdadeiros e o reteste. Está muito associado à
variações no processo de medida, diferença entre avaliadores, etc. A padronização
do processo ajuda e muito no controle de erro aleatório.
 
6.0 AVALIAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS
Estatura: distância entre os planos que tangenciam respectivamente o vértex na
cabeça e as plantas dos pés. O avaliado deve estar: descalço,em posição
anatômica sobre a base do estadiômetro, cabeça na posição do plano de Frankfurt,
calcanhares, cinturas pélvicas e escapulares e região occipital em contato coma
escala de medida (figura 2). Medida realizada em apnéia inspiratória.
Figura 2. A- posição da cabeça no plano de Frankfurt. B- Posicionamento do
avaliado no estadiômetro.
 
 
Peso corporal: o avaliado em postura ereta e o olhar fixo num ponto à sua frente
(plano de Frankfurt), mínimo de roupa possível, com o peso do corpo distribuído
igualmente sobre os dois pés. De preferência, utilizar uma balanã com sistema de
alavancas e resolução de 100g. Evitar medições após aprática de exercícios e
sempre verificar a calibração da balança.
Diâmetros ósseos: são medidas que estabelecem distâncias projetadas entre dois
pontos anatômicos definidos por proeminências ósseas. Para essa medida iremos
utilizar um instrumento de precisão chamado paquímetro (figura 3). De acordo com
o diâmetro que será avaliado podemos utilizar paquimetros com diferentes
tamanhos.
Figura 3. Paquímetro para avaliação dos diâmetros ósseos
 
 
Procedimentos para medição dos diâmetros ósseos
                As medidas dos diâmetros ósseos dos membros devem ser feitas do lado
direito do corpo quando for o caso.
                Identifique cuidadosamente os locais antropométricos para mensuração
(palpação e lápis dermográficos). Marque-os antes de começar a mensurar.
                Mensure de duas a três vezes cada local em ordem rotacional.
                Sustente o paquímetro com as duas mãos, dedos indicadores adjacentes
com as pontas do paquímetro.
Locais de medição dos diâmetros ósseos
Biacromial (ombros): bordas laterais dos processos acromiais da escápula.
Avaliado: em pé, braços soltos verticalmente e ombros relaxados para baixo e
levemente para frete. Medida feita por trás do indivíduo.
Torácico-transverso: distância entre os pontos mais laterais das costelas, altura
meso-esternal (mamilos). -Avaliado: em pé, braços levemente abduzidos. Realizar a
medida ao final de uma expiração normal.
Torácico ântero-posterior: uma das pontas do paquímetro é colocada sobre o
esterno, na altura da quarta articulação esterno-costal. Outra ponta sobre o
processo espinhoso da vértebra localizada no mesmo plano transversal. Avaliador
ao lado do avaliado. Realizar a medida ao final de uma expiração normal.
Biilíaco (bicristal): distância entre os pontos mais laterais das cristas
ilíacas.Avaliador de frente para o avaliado. Avaliado deve estar com as pernas
unidas.
Bitrocanteriano: distância entre trocânter esquerdo e direito. Avaliador de frente
para o avaliado. Avaliado deve estar com as pernas unidas.
Joelho (biepicôndilar femoral): distância entre os epicôndilos femorais lateral e
medial. O avaliado deve estar com o joelho flexionado formando um ângulo de 90°.
Tornozelo (bimaleolar): distância entre os Maléolos da tíbia e fíbula;  avaliado em
pé, peso distribuído nas duas pernas.Realizar a medida por trás do avaliado.
Punho (biestilóide): distância entre os processos ulnar e radial. Peça para o
avaliado flexionar o punho formando um  ângulo aproximado de 90° entre a mão e
o punho.
Cotovelo (biepicôndilar umeral): distância entre epicôndilos umerais lateral e
medial. Cotovelo flexionado a 90°, braços elevados até a horizontal e antebraço
supinado.
7.0 PERÍMETROS (CIRCUNFERÊNCIAS)
Perímetros e/ou circunferências são medidas de segmentos específicos, obtidas
no plano horizontal, perpendicularmente ao eixo longitudinal do corpo. Nesse caso,
o instrumento utilizado é a trena ou fita métrica graduada em milimetros, entre 5,0-
7,0 mm de largura e 2 m de comprimento. Aço ou de um material flexível.  Fundo
branco ou amarelo e visualização clara dos milímetros.
n  As medidas das circunferências são feitas do lado direito do corpo.
Contudo, ás vezes é necessário avaliar ambos os lados do avaliado.
n  Identifique cuidadosamente os locais antropométricos para mensuração
n  Mensure de 2 a 3 vezes cada local em ordem rotacional
n  A tensão a ser aplicada pela fita não deve comprimir a pele ou o tecido
subcutâneo
Para algumas circunferências (ex: cintura, abdômen e quadril) a fita deve ser
alinhada com o plano paralelo ao solo.
Locais de medição das circunferências corporais
Peitoral (circunferência torácica): medida da circunferência torácica, ao nível do
ponto meso-esternal.   Deve ser feita após o final de uma expiração normal. O
indivíduo deve estar em posição anatômica.  O avaliador permanece à frente do
avaliado.
Cintura: região mais estreita do tronco (entre as costelas e a crista ilíaca).
Realizadaapós o final de uma expiração normal. O avaliador permanece à frente do
avaliado.
Abdominal: proeminências anterior máxima do abdômen (normalmente - cicatriz
umbilical). Deve ser feita após o final de uma expiração normal. O avaliador pode
ficar ao lado do avaliado para visualizar o local de maior de circuferência.
Quadril: extensão posterior máxima dos glúteos passando pela proeminência
glútea. O avaliado em posição anatômica, pés unidos, braços ligeiramente
afastados do corpo. Avaliador posiciona-se ao lado direito do avaliado.
Coxa (proximal): imediatamente abaixo da prega glútea. Avaliado em posição
anatômica e avaliador, lateralmente ao avaliado. Às vezes é interessante medir a
circuferência da coxa em posições diferentes como por exemplo proximal, medial e
distal. Nesse casos, o ideal é se orientar pelo comprimento do fêmur ( distância
entre o trocânter maior e o epicôndilo lateral). Anote essa distância e realize a
circuferência proximal à 25% do comprimento total, a circuferência medial à 50% do
comprimento e a distal à 75% do comprimento do fêmur.
Perna (panturrilha): maior circunferência perpendicular ao eixo da perna. Avaliado
em pé, com o peso corporal dividido entre as duas pernas. Avaliador lateralmente
ao avaliado.
Braço fletido: maior circunferência perpendicular ao eixo do segmento com braço
em flexão. Braço paralelo ao solo. Avaliador, lateralmente ao avaliado.
Braço relaxado: circunferência perpendicular ao eixo do segmento na região média
do braço relaxado. O avaliado deve estar em posição anatômica.
Antebraço: maior circunferência (terço proximal) do segmento, cotovelo em
extensão e o braço em posição supina e relaxado. O avaliador lateralmente ao
avaliado.
 
8.0 COMPOSIÇÃO CORPORAL
A composição corporal é considerada um componente da aptidão física e /ou
relacionada à saúde. Pois, existe uma relação entre a quantidade e distribuição da
gordura com as alterações no nível de aptidão física e no estado de saúde. Além do
mais, o excesso de gordura corporal favorece o desenvolvimento de doenças
crônica-degenerativas.
O processo de envelecimento normal (senescência) também altera a composição
corporal, pois a medida que perdemos massa muscular o percentual de gordura
corporal aumenta. Se repararmos na imagem de ressonância magnética abaixo,
podemos ver as transformações na massa muscular e óssea e na gordura
comparando indivíduos jovens e idosos saudáveis (figura 4).
 
 
 
Figura 4. Ressonância magnética da musculatura da coxa de indivíduos joven e
idoso.
 
 
A composição corporal é a proporção entre os diferentes componentes corporais e
a massa corporal total, geralmente expressa pelo percentual de gordura e o
percentual de massa magra. Ou seja, sempre os valores percentuais serão referidos
ao peso corporal do avaliado.
  Fracionamento da Massa corporal (Wang,1992):
  Nível I (atômico): ± 50 elementos (O2,  Carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio
e fósforo) predominantes.
    Nível II (molecular): 100 mil moléculas → lipídeos, água, proteínas,
carboidratos e minerais.
    Nível III (celular): massa celular total, fluídos extracelulares e sólidos
extracelulares.
  Nível IV (tecidos, órgãos e sistemas): tecidos: epitelial, conectivo (ósseo e
adiposo), muscular e nervoso .
    Nível V (corpo todo): analisado segundo características morfológicas:
tamanho, forma, proporções do corpo humano. O nível V (corpo todo) testes
está mais próxima da  realidade dos profissionais que atuam  na clínica ou 
em testes de campo.
 
8.1 Métodos para detecção da composição corporal:
 
    Método Direto: cada um os componentes corporais é separado e pesado
isoladamente. Nesse caso, somente a dissecação de cadáveres.
    Método Indireto: não há manipulação dos componentes separadamente,
baseado em princípios físicos e químicos é possível extrapolar as
quantidades de gordura e massa magra. Exemplos: pesagem hidrostática,
absormetria fotônica de dupla energia  (DEXA) e Pletismografia
    Método duplamente indireto: validados a partir de um método indireto.
Exemplos: dobras cutâneas e bioimpedência.
 
8.2 Índice de massa corporal (IMC)
Definido como  a razão do peso corporal total (em quilogramas) pela estatura
elevada ao quadrado (em metros),  (peso corporal/ altura2). A unidade de medida é
quilogramas por metros quadrado (Kg/m2). Apesar de muito utilizado, precisamos
ter cuidado com o IMC. Ela parte da premissa que indivíduos com sobrepeso ou
mais quilos irão demonstrar mais Kg/m2, porém indivíduos com elevada massa
muscular, assim como crianças com alto desenvolvimento da massa óssea
também irão demonstrar mais Kg/m2 e poderão ser classificados de maneira
errônea com  algum índice de sobrepeso.
 
Tabela 1. Valores desejáveis de IMC para adultos.
 
Tabela 2. Classificação de obesidade de acordo com o IMC.
 
 
Por outro lado, A curva do IMC/Idade, desenvolvida pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), é um bom indicador do estado nutricional da criança. É calculado da
mesma maneira (peso/altura²), assim como a idade em anos e meses, depois
estes valores são colocados nas curvas abaixo. A interpretação depende do sexo
da criança (Figuras 5 e 6).
Figura 5. Índice de massa corporal para os meninos 5-19 anos.
Figura 6. Índice de massa corporal para as meninas 5-19 anos.
 
Classificação de acordo com as figuras 5 e 6:
Percentil < P3: baixo IMC para idade – Indica baixo peso.
Percentil  ≥ P3 e < P85:  Eutrófico ou Peso ideal para a idade.
Percentil  ≥ p85 e < p97: Sobrepeso.
Percentil  ≥ p97: Obesidade.
 
8.3 Índice cintura quadril
 
 
Relação cintura/quadril, para calcular basta dividir o valor da circuferência da
cintura em centímetros pelo valor da circuferência do quadril (e.g. circuferência da
cintura/circuferência quadril).  O índice cintura quadril (ICQ) além de ser um
idicativo de acúmulo de gordura na região visceral, também é uma medida muito
usado para determinar risco de doença coronariana, pois o aumento da dordura
abdominal está associado ao aumento dos riscos de doenças coronarianas,
hipertensão e diabetes.
Tabela 3. Classificação de riscos para os homens.
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
20-29 < 0.83 0.83 - 0.88 0.89 - 0.94 >  0.94
30-39 < 0.84 0.84 - 0.91 0.92 -  0.96 > 0.96
40-49 < 0.88 0.88 - 0.97 0.96 – 1.00 > 1.00
50-59 < 0.90 0.90 – 0.96 0.97 – 1.02 > 1.02
60-69 < 0.91 0.91 – 0.98 0.99 – 1.03 > 1.03
 
 
 
Tabela 4. Classificação de riscos para as mulheres.
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
20-29 < 0.71 0.71 - 0.77 0.76 - 0.83 >  0.82
30-39 < 0.72 0.72 - 0.78 0.79 -  0.84 > 0.84
40-49 < 0.73 0.73 - 0.79 0.80 – 0.87 > 0.87
50-59 < 0.74 0.74 – 0.81 0.82 – 0.88 > 0.88
60-69 < 0.76 0.76 – 0.83 0.84 – 0.90 > 0.90
 
8.4 Dobras cutâneas
•         As medidas de espessuras das dobras cutâneas são realizadas em
várias regiões do corpo humano.
•         Várias medidas oferecem visão mais clara quanto à disposição da
gordura.
•         Possibilidade de conhecer o padrão de distribuição do tecido adiposo
subcutâneo, pelas diferentes regiões anatômicas.
Como medir
–       Segurar o compasso com a mão direita.
–        Destacar o tecido adiposo das estruturas mais profundas
utilizando os dedos polegar e indicador da mão esquerda.
–        Segurar a dobra cutânea até a realizar a leitura.
–        Colocar as hastes do compasso de dobras cutâneas 1,0 cm
abaixo dos dedos que estão segurando a dobra.
–        Manter compasso perpendicular à dobra cutânea.
–        Realizar as medições do lado direito do avaliado.
–        Soltar a pressão das hastes do compasso lentamente
–        Aguardar 2-4 segundos após soltar a pressão das hastes do
compasso para realizar a leitura da medida.
–        Realizar 03 (três) medidas (ordem rotacional) num mesmo ponto
de referência.
–        Adotar o valor mediano (intermediário) como sendo a medida da
dobra cutânea (alguns autores sugerem a média).
–        Quando houver uma diferença superior a 5%, realizar nova série
de medidas.
–        Variações intra e inter-avaliadorespodem ser observadas.
 
Erros do avaliador:
•         Largar a dobra cutânea.
•         Não colocar o compasso perpendicular à medida.
•         Não respeitar o sentido da medida.
•         Número de repetições da medida.
•         Tempo de leitura da medida.
•         Leitura do compasso.
Pontos anatômicos mais utilizados
Tricipital: ponto médio localizado entre o acrômio da escápula e o olécrano na face
posterior do braço. Medida feita no eixo longitudinal do segmento com o campasso
perpendicular à esse eixo e com entrada transversal do compasso.
Bicipital: ponto localizado na face anterior do braço na altura do ponto da medida
tricipital, memos procedimentos da dobra tricipital e com entrada transversal do
compasso.
Subescapular: ponto imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula. Essa
medida deve ser feita com a entrada do compasso obliquamente ao eixo
longitudinal e com o compasso perpendicular ao eixo longitudinal.
Peitoral / Torácica: ponto localizado entre a axila e o mamilo, contudo para os
 homens ela é feita na metade da distância e para as mulheres à um terço da
distância da linha axilar anterior. A entrada do compasso é feita obliquamente ao
eixo longitudinal.
Axilar média: ponto localizado na linha axilar média na altura do processo xifóide.
Esta medida deve ser feita perpendicular ao longitudinal e com entrada transversal
do compasso.
Abdominal: ponto localizado 2 cm à direita da cicatriz umbilical. Esta medida é feita
de forma longitudinal e com entrada transversal do compasso.
Supra-ilíaca: ponto localizado a 3 cm do processo ilíaco Ântero-posterior. Esta
medida deve ser feita com entrada do compasso obliquamente ao eixo longitudinal.
Coxa medial: ponto médio localizado entre o quadril e a articulação do joelho na
face anterior da coxa. Esta medida deve ser feita com o compasso perpendicular
ao eixo longitudinal e entrada transversal.
Perna: ponto localizado na parte medial ou interna da perna, no ponto de maior
circunferência. Avaliado deve colocar o pé direito  sobre um banco de ± 15 cm de
altura
deixando a musculatura relaxada  Esta medida deve ser feita com o compasso
perpendicular ao eixo longitudinal e entrada transversal.
Equações para a predição da gordura corporal
 
Existem várias equações descritas na literatura, cada equação foi criada para uma
população específica. Por isso, o avaliador deve escolher a equação que se
enquadra nas características do avaliado, isso é fundamental.  Quando esse fator
importante na escolha da equação não é levado em consideração, podemos
produzir resultados distorcidos se usadas em indivíduos diferentes daqueles que
fizeram parte da amostra que deu origem à equação. Para visualizar equações
diferentes daquela que será apresentada abaixo, verificar o artigo 4 (Impacto da
utilização de diferentes compassos de dobras cutâneas para a análise da
composição corporal).
            Como homens e mulheres acumulam gordura corporal em regiões distintas,
as equações para homens e mulheres irão diferir no que tanje os pontos
anatômicos. Também é importante ressaltar que algumas equações irão fornerce
os dados do percentual de gordura direto e outra o de densidade, que teremos que
converter em percentual de gordura.
Siglas utilizadas nas equações:
•         D= densidade
•         G%= percentual de gordura
•         AB= dobra do abdômen
•         BC= dobra do bíceps
•         TR= dobra do tríceps
•         CX= dobra da coxa (medial)
•         PN= dobra da perna ou panturrilha
•         PT= dobra peitoral ou torácica
•         AM= dobra axilar média
•         SB= dobra subescapular
•         SI- supra-ilíaca
Equações para adultos:
            Homens (N=308) de 18 a 61 anos de idade
•         D = 1,10938 – 0,0008267 x (PT + AB + CX) + 0,0000016 x (PT + AB +
CX)2 – 0,0002574 x  (idade em anos).  Jackson e Pollock (1978).
 
Mulheres (N=249) de 18 a 55 anos de idade
•         D = 1,0994921 – 0,0009929 x (TR + SI + CX) + 0,0000023 x (TR + SI +
CX)2 – 0,0001392  x (idade em anos).  (Jackson, Pollock & Ward, 1980).
Exemplo de cáculos
            Considerando um indivíduo com as seguintes características: dobras
médias: PT: 10.5; AB: 30; CX: 15, sexo masculino, idade 33 anos, peso corporal
84kg, altura: 1.80m e diâmetros ósseos R: 6.0cm e F: 9.6.
 
•         Qual o seu percentual de gordura?
•         Qual a quantidade de gordura em Kg?
•         Qual a massa magra em kg?
•         Qual a massa óssea em kg?
•         Qual o peso dos orgãos em kg?
•         Qual o peso da massa muscular em Kg?
 
 
Como iremos usar a equação de Jackson e Pollock (1978), primeiro iremos
calcular a densidade. Dada a equação: D = 1,10938 – 0,0008267 x (PT + AB +
CX) + 0,0000016 x (PT + AB + CX)2 – 0,0002574 x  (idade em anos),
juntamente com as características acima, teremos;
 
D= 1,10938 – 0,0008267 x(55) + 0,0000016 x (3025) -0,0002574 x (33),
D= 1,10938 – 0,0454 +  0.0048 – 0.0084
D=  1.060 g/ml
Agora, precisaremos converter esse valor para a gordura corporal;
G%= [(4,95/DENS)- 4,50] *100 (Siri,1961).
Sendo assim teremos;
G%= [(4,95/1.060)- 4,50] *100
G%= [(4,66)- 4,50] *100
G%= 0.16 *100
G%= 16% (percentual de gordura)
 Agora, precisaremos converter a gordura corporal em percentual para o valor
absoluto em kg. MG= massa gorda em kg e PC= peso corporal em kg
MG (kg)= (%G/100) x PC
MG (kg)= (16/100) x 84
MG (kg)=  13.44kg
Para calcular a massa magra, basta subtrair o valor da gordura em kg do peso
corporal;
MM (kg) = PC(kg) – MG (kg). MM= massa magra em kg
MM(kg)= 70.56kg
Para calcularamos a massa óssea (MO) em kg, que posteriormente, iremos usar
para calcularmos a massa muscular, iremos usar a fórmula:
MO(kg) = 3,02 x ([Alt2 ]x R x F x 400) x 0,712
Sendo, altura em metros, R= diâmetro do punho (biestilóide) em metros e F:
diâmetro do joelho (biepicondilar) também em metros, sendo assim, teremos;
MO(kg) = 3,02 x ([1.802 ]x 0.060 x 0.0960 x 400) x 0,712
MO(kg) = 3,02 x 7.464 x 0,712
MO (kg) = 16kg
Para o peso dos orgão ou massa residual (MR), iremos usar uma constante:
Cálculo da massa residual (Würth, modif. por Pires-Neto,1997)
Homens: MR= Peso corporal x 0,241
Mulheres: MR= peso corporal X 0,209;
Masculino: MR (kg) = PC x 0,241
MR (kg)= 84 x 0,241
MR (kg)=  20,2kg
 
 
 
 
Para o peso da massa muscular em kg, iremos usar a seguinte fórmula:
MM (kg) = PC – (MG+MO+MR)
MM(kg)=  84 – (13.44+16.0+20.2)
MM (kg) = 34.36kg.
 
 
 
 
Sendo assim, para o indivíduo avaliado com peso corporal de 84kg, temos 16% de
gordura corporal, sendo a massa gorda 13,44 kg, a massa óssea 16.0 kg, a massa
residual 20.2 kg e a massa muscular 34.36 kg. Também podemos utilizar as
tabelas com os valores de referências para o percentual de gordura para homens e
mulheres para a melhor interpretação dos resultados. 
Tabela 5. Classificação do nível de gordura corporal.
 
 
9.0 AVALIAÇÃO POSTURAL
Postura é a posição otimizada, mantida com característica automática e
espontânea, de um organismo em perfeita harmonia com a força gravitacional e
predisposta a passar do estado de repouso ao estado de movimento (Tribastone,
2001). A boa postura proporciona o bom equilíbrio do corpo sobre a base de
suporte, com menor gasto energético e com os músculos e articulações em
posição alinhada não oferecendo risco às estruturas corporais (Tribastone, 2001.
Por outra lado, a má postura é caractterizada pela relação defeituosa entre as
várias partes do corpo que produz uma maior tensão sobre as estruturas de
suporte e onde ocorre um equilíbrio menos eficiente do corpo sobre sua base de
suporte (Tribastone, 2001.)
Avaliação postural
A avaliação de aspectos posturais dentro da rotina de testes na academia não deve
ter a pretensão de diagnosticar desvios posturais com o intuito de prescrever
exercícios corretivos ou qualquer tipo de tratamento, pois isso é uma
responsabilidade do ortopedista e do fisioterapeuta.  Contudo, todos os
profissionais que trabalham com prescrição de exercícios físicos, precisam saber
identificaros desvios posturais com o inutito de não agravá-los com a prescrição
inadequada de exercícios fisícos.
Com a utilização do Simetrógrafo (figura 7) poderemos identificar os desvios
posturais mais evidentes, por meio da observação de pontos anatômicos
específicos que permitirão identificar possíveis assimetrias decorrentes desta
alteração postural. No mercado, existem diferentess modelos de simetrógrafos no
mercado, inclusive com calibração por nivelamento. Também, é importante
ressaltar que exitem diferentes modelos e tipos de avaliação postural. A avaliação
postural por meio da Simetrografia é uma das mais utilizadas. 
 
Figura 7. Simetrógrafo e suporte para camêra fotografica.
 
Como avaliar:
O método apresentado aqui para avaliação postura é considerado um método
qualitativo. Para a visualização de outros métodos, recorrer a leitura dos artigos 5 e
6 (Validade da fotogrametria computadorizada na detecção de escoliose idiopática
adolescente e Análise comparativa entre avaliação postural visual e por
fotogrametria computadorizada).
 
1º Avaliação frontal ou vista anterior
Avaliação qualitativa, podemos marcar os pontos anatômicos com o intuito de
melhorar a avaliação.
Alinhar a  linha central do simetrógafo com a ponta do nariz do avaliado. Avaliador
se posiciona à frente do avaliado, numa distância de três metros. Com a avaliado
nessa posição a linha central deve coincidir com os seguintes pontos anatômicos:
nariz, manúbrio, esterno, processo xifóide, linha alba, umbido, sínfise púbica e
membros inferiores dividido-os em duas partes relativamente proporcionais.  Se o
alinhamento da linha não coincide com os pontos descritos acima, temos um
indicativo de escoliose, que podemos confimar com a visão posterior.
Verificar  a horizontalidade da cabeça, ombros, cintura/pelve, alinhamento dos
joelhos (geno valgo e geno varo).
Verificar o triângulo de TALI, borda lateral da cintura, borda lateral do tórax, face
interna do braço e face interna do antebraço. Esses segmentos precisam formar
um triângulo precisam demonstrar certa simetria quando comparado os dois lados
(indicador de escoliose ou rotação da cintura escapular).
Podemos verificar com a avaliação frontal os seguintes desvios: escoliose, geno
varo, geno valgo, pé abduto, pé aduto, pé plano e pé cavo. É importante ressaltar
que a presença de escoliose será confirmada com a avaliação da vista posterior.
 
2º Avaliação da vista posterior
Agora, o alinhamento continua sendo baseado na linha vertical central do
semitrógrafo, mas o ponto anatômico será o processo espinhoso da sétima
vértebra cervical (C7). É recomendado marcar esse e outros pontos (e.g. processos
espinhosos torácicos e lombares, ângulos inferiores das escápulas) antes do início
da avaliação.
Nessa avaliação, podemos confirmar as suspeitas de escoliose, buscando o
alinhamento da linha central do semitrógrafo com a coluna vertebral do avaliado.
Assim como o local ou locais desse desvio (i.e. torácico e/ou lombar).
Podemos verificar com a avaliação da vista posterior: escoliose, rotações de
escápulas,simetria dos triângulos de TALI, alinhamento da cintura e pregas glúteas,
alinhamento das pregas poplíteas, geno valgo e geno varo.
 
3º Avaliação da vista lateral
O alinhamento do avaliado nessa posição deve ser encontrado alinhando a linha
central do semitrógrafo com o orifício auricular. Com um bom alinhamento do
indivíduos, a linha deve coincidir como próprio orifício auricular, o centro da
articulação do ombro, quadril, levemente à frente do contro da articulação do joelho
e à frente do maléolo lateral.
Na valiação com a vista lateral podemos verificar:  a projeção dos ombros, verificar
a posição das escápulas, verificar costa plana, verificar o padrão das curvaturas,
verificar cifose (hiper e hipo), verificar lordose cervical, verificar hiperlordose e
hipolordose lombar,verificar os joelhos e os pés, geno flexo que é caracterizado
pela projeção dos joelhos à frente em relaçao ao plano coronal, geno recurvato que
é caracterizado pela hiperextensão dos joelhos, pé equino, na posição ortostática
(i.e. em pé), os calcanhares não tocam o solo. pé calcâneo: na posição ortostática
(i.e. em pé), a porção anterior dos pés não toca o chão.
 
Abaixo temos um modelo para a avaliação postural qualitativa
                       
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO OBSERVACIONAL DA POSTURA
 
NOME:_________________________________________ IDADE:_________ SEXO: (   ) F  (   )
M
1)      VISTA ANTERIOR
 
• Pés
(   ) varo (D/E)                                          (   ) valgo (D/E)                 (   ) neutro
 
• Joelhos
(   ) varo                                                      (   ) valgo                                             (   )
neutro
• Inclinação lateral da pelve (altura das cristas ilíacas)
(   ) direita mais alta                               (   ) esquerda mais alta  (   ) neutra
• Altura dos ombros
(   ) direito mais alto                               (   ) esquerdo mais alto (   ) neutro
• Inclinação da cabeça
(   ) para direita                                        (   ) para esquerda                          (   ) neutra
• Rotação da cabeça
(   ) para direita                                        (   ) para esquerda                          (   ) neutra
 
2)      VISTA POSTERIOR
 
• Pés
(   ) varo (D/E)                                          (   ) valgo (D/E)                 (   ) neutro
• Joelhos
(   ) varo                                                      (   ) valgo                                             (   )
neutro
• Coluna lombar
(   ) curvatura convexa à D   (   ) curvatura convexa à E           (   ) neutra
• Coluna torácica
(   ) curvatura convexa à D   (   ) curvatura convexa à E           (   ) neutra
• Escápulas
(   ) simétricas           (   ) abduzidas (D/E)        (   ) aduzidas (D/E)          (   ) elevada
(D/E)
• Altura dos ombros
(   ) direito mais alto                               (   ) esquerdo mais alto (   ) neutro
• Inclinação da cabeça
(   ) para direita                                        (   ) para esquerda                          (   ) neutra
• Rotação da cabeça
(   ) para direita                                        (   ) para esquerda                          (   ) neutra
 
 
3)      VISTA LATERAL DIREITA
 
• Joelhos
(   ) hiperextensão                                 (   ) em flexão                                   (   ) neutro
• Pelve
(   ) anteroversão                                    (  ) retroversão                 (   ) neutra
• Coluna lombar
(   ) aumento da lordose                      (   ) diminuição da lordose           (   ) neutra
• Coluna torácica
(   ) retificada                                            (   ) cifose aumentada                   (   ) neutra
• Cervical
(   ) retificada                                            (   ) anteriorizada                             (   )
neutra
• Ombros
(   ) retraídos                                             (   ) protusos                                     (   )
neutro
• Cabeça
(   ) posteriorizada                                  (   ) anteriorizada                             (   ) neutra
 
4)      VISTA LATERAL ESQUERDA
 
• Joelhos
(   ) hiperextensão                                 (   ) em flexão                                   (   ) neutro
• Pelve
(   ) anteroversão                                    (  ) retroversão                 (   ) neutra
• Coluna lombar
(   ) aumento da lordose                      (   ) diminuição da lordose           (   ) neutra
• Coluna torácica
(   ) retificada                                            (   ) cifose aumentada                   (   ) neutra
• Cervical
(   ) retificada                                            (   ) anteriorizada                             (   )
neutra
• Ombros
(   ) retraídos                                             (   ) protusos                                     (   )
neutro
• Cabeça
(   )posteriorizada                                  (   ) anteriorizada                             (   ) neutra
 
 
 
Ê Á
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonoura, A.S. & Formentin, C.M. Guia Prático de Avaliação Física: uma abordagem
didática, abrangente e atualizada. Editora Phorte, 2011.
Guedes, D.P. & Guedes, J.E.R.P. Manual prático para avaliação em Educação Física.
Editora Manole, 2006.
Robergs, R.A. & Roberts, S.O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício
para aptidão, desempenho e saúde. Editora phorte, 2004.
Thomas, J.R. & Nelson, J. K. Métodos de pesquisa em atividade física. Editora
Artmed, 2002.
Tribastone, F. Tratado de exercícios corretivos aplicados à reeducação motora
postural. Editora Manole, 2001.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 1:
João e Pedro são os responsáveis pelo departamento de avaliação física. João
cuida das avaliações realizadas no período da manhã, Pedro, das realizadas no
período da tarde. Recentemente, ambos se depararam com uma situação que os
deixou confusos. Por engano da academia, uma aluna foi solicitada a realizar duas
avaliações físicas em um intervalo de uma semana. Acreditando que estava
fazendo avaliações complementares, a aluna não questionou os procedimentos.
No entanto, o instrutor que a atendeu percebeu que ambas as avaliações tinham
protocolos idênticos, contudo os resultados de alguns testes eram bastante
distintos entre si. Rapidamente, o instrutor levou o caso para João e Pedro, que
decidiram realizar algumas modificações nos protocolos de avaliação. De acordo
com eles, essa mudança seria necessária porque essa situação havia deixado
evidente que: 
A)
Alguns dos testes não possuíam validade critério 
B)
Alguns dos testes não possuíam fidedignidade intra-avaliador
C)
Alguns testes não possuíam objetividade
D)
Alguns dos testes não possuíam consistência interna
E)
Alguns dos testes não possuíam estabilidade
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 2:
Validade refere-se a determinação do grau em que um teste mede aquilo a que se
destina medir. Um teste válido teve os seus dados e repodutibilidade confrontados
com o teste de referência ou padrão-ouro para aquele atributo. N o que tanje esse
confronto do teste validado com o teste referência ou padrão ouro, qual validade é
caracterizada nessa situação?
A)
Validade de critério
B)
Validade lógica
 
 
C)
Validade de construto
D)
Validade preditiva
 
E)
Validade de correlação
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 3:
Perímetros e/ou circunferências são medidas de segmentos específicos, obtidas
no plano horizontal, perpendicularmente ao eixo longitudinal do corpo. São
medidas bem simples, contudo para evitar erros durante o processo de medida,
alguns cuidados devem ser adotados durante a avaliação. Por exemplo, chamar a
atenção para a respiração e realizar a medida ao final de uma expiração normal,
prestar atenção ao alinhamento da fita e manter os pés unidos são cuidados
adotados em quais medidas de circunferência?
A)
antebraço, braço e cintura
 
B)
cintura, coxa media e pena
C)
cintura, abdominal e quadril
D)
cintura, peitoral e braço fletido
 
E)
cintura, pescoço e antebraço
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 4:
No contexto das medidas e avaliações, são vários os termos usados pelos
profissionais da área da saúde para se referir aos diversos procedimentos que
podem ser adotados. Ocorre, no entanto, que em algumas situações determinados
termos são empregados de forma equivocada como se fossem sinônimos ou, em
outras, como se tivessem significados diferentes. Assim, analise as sentenças
abaixo e aponte, na sequência, quais das afirmações são verdadeiras:
 
I – Os termos “Medir” e “Avaliar” têm o mesmo significado. Ou seja, ambos
significam: atribuir um número a determinada característica de um ser, objeto ou
evento.
II – Exame é um instrumento ou procedimento que traz à tona uma resposta
observável a fim de fornecer informações sobre um atributo específico de uma ou
mais pessoas.
III – Avaliar significa atribuir um julgamento de valor sobre uma dada medida.
 
Está (ão) correta (s) a (s) seguinte (s) afirmação (ões):
A)
afirmações I e II 
B)
afirmação I
C)
afirmação III
D)
afirmação II
E)
afirmações II e III
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
C) 
D) 
D) 
D) 
D) 
C) 
E) 
Exercício 5:
A gordura é essencial à saúde humana. Além de fornecer energia, ela participa de
reações químicas que dão origem aos hormônios, por exemplo. Mas o acúmulo
excessivo de gordura é muito perigoso para a saúde. No entanto, além da
quantidade de gordura acumulada, também é preocupante que a gordura se
acumule em algumas regiões do corpo. É o que ocorre com a chamada gordura
visceral. A gordura visceral é aquela que envolve principalmente vísceras como
pâncreas, intestinos e fígado. Nesse último órgão, vale destacar, acumula-se
também internamente, dando origem a uma doença conhecida como esteatose. No
passado, o acúmulo de gordura visceral era mais comum a partir da idade adulta;
atualmente, sobretudo devido ao aparecimento dos fast-foods, também as
crianças já o exibem. O problema ocorre em homens e mulheres. Nestas, em
especial, a partir do início da menopausa, quando perdem a proteção do hormônio
estrogênio, pois seu organismo para de produzi-lo. Assim, é de suma importância
um diagnóstico precoce da presença de gordura visceral para tratamento e/ou
prevenção das doenças associadas a esse aumento.
Considerando-se a importância da detecção da gordura visceral, aponte a
alternativa abaixo que menciona a (as) medida (medidas) que poderia (m) indicar a
sua presença e também está associada ao desenvolvimento de doenças
coronarianas.
 
A)
Índice de massa corporal
B)
ICQ
C)
Cálculo do percentual de gordura através da medida das dobras cutâneas
 
D)
Medidas das circunferências corporais
 
E)
IMC e ICQ
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
A) 
B) 
Exercício 6:
Com a utilização do simetrógrafo  poderemos identificar os desvios posturais mais
evidentes, por meio da observação de pontos anatômicos específicos que
permitirão identificar possíveis assimetrias decorrentes desta alteração postural.
Na vista lateral, em um avaliado com uma boa postura, a linha central do
simetrógrafo deverá coincidir com o próprio orifício auricular, o centro da
articulação do ombro e do quadril, levemente à frente do centro da articulação do
joelho e à frente do maléolo lateral. Assinale abaixo, qual desvio não pode ser
visualizado, na vista lateral:
 
 
A)
Hiperlordose
 
B)
Geno recurvato
 
C)
Geno flexo
 
D)
Cifose
E)
Geno valgo
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) 
E) 
Exercício 7:
O cálculo do IMC é um procedimento muito simples, porém muito útil para avaliar riscos à saúde
associados ao sobrepeso. Apesar de muito utilizado, ele pode nos levar à conclusões errôneas. Ele
parte da premissa que as pessoas com mais gordura corporal, irão demonstrar mais quilos por metro
quadrado (i.e. kg/m2). Sendo assim, assinale abaixo, qual a afirmação é verdadeira e que pode nos
levar a cometer erros de  interpretação na utilização do IMC, pois também fará com que a pessoa
demonstre mais quilos por metro quadrado.
A)
Alto desenvolvimento motor
B)
Alto desenvolvimento motor e ósseo
C)
Alto desenvolvimento muscular e ósseo
D)
Alta aptidão aeróbia
E)
Alto desenvolvimento da flexibilidade.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 8:
Ao matricular-se nas aulas de alongamento de um projeto social da prefeitura de sua cidade, Ana, de
45 anos, foi submetida a um processo de avaliação inicial. Esse procedimento busca investigar:
A)
A presença de fatores de risco cardiovasculares e realizar a montagem dos treinos.
B)
A presença de fatores de risco de doenças hipocinéticas e identificar o estado atual de condição física
doindivíduo.
C)
A presença de fatores de risco de doenças hipocinéticas e realizar a montagem dos treinos.
D)
A presença de obesidade e verificar os objetivos da aluna quanto aos padrões estéticos.
E)
O valor do VO2máx e frequência cardíaca máxima, além de realizar a montagem dos treinos.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
B) 
Exercício 9:
Sobre as recomendações gerais das medidas antropométricas, podemos citar as seguintes
orientações:
I) O registro dos perímetros podem ser bilaterais para o caso de comparação entre os membros do
avaliado;
II) Recomenda-se a marcação dos pontos anatômicos de referência, com lápis dermográfico antes do
registro dos dados;
III) Para a medida de estatura, o avaliado deve manter a cabeça orientada no plano de Frankfurt;
IV) Para as medidas de dobras cutâneas, avaliador deverá soltar a mão que está segurando a prega
cutânea para realizar a medida;
Assinale as asserções corretas:
A)
Somente a alternativa I está correta;
B)
Somente a alternativa II está correta;
C)
As afirmações I e III estão corretas;
D)
As afirmações I, III e IV estão corretas;
E)
As afirmações I, II e III estão corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E)

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