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APOSTILA DE TERAPEUTICA VETERINARIA Terapêutica: Significa tratar, curar e amenizar as doenças, envolve não só o uso de medicamentos, como também outros meios (como cirurgia, radiação, etc.). Receita: É uma ordem escrita de próprio punho, com letra legível, em vernáculo, feita pelo profissional devidamente habilitado (medico, médico veterinário, dentista) para transmissão de instruções ao paciente e/ou farmacêutico; portanto é um documento, e como tal deve ser escrito a tinta (azul/preto), tendo validade de 30 dias. Obs.: Não é necessário que a prescrição seja só de drogas; podendo ser qualquer procedimento para recuperar um paciente, por exemplo, compressas, duchas, dietas, etc... RECEITUARIO Cabeçalho Superscrição Inscrição Subscrição Indicação ou Instrução Assinatura/Rubrica 1. Cabeçalho: Nesta parte são encontrados impressos na porção superior do papel o nome completo e a categoria profissional (medico, médico veterinário, dentista), a especialidade (se for o caso), número de inscrição na respectiva categoria profissional (CRM, CRMV, CRO) e endereço profissional completo; pode ser acrescido, ainda, do número de inscrição no cadastro junto à receita federal (CPF ou CGG) e inscrição municipal. 2. Superscrição: Espaço reservado para identificação do paciente (espécie animal, raça, nome do animal, idade), identificação do proprietário e respectivo endereço. 3. Inscrição: Inicia-se com a colocação do modo de administração devidamente grifada e, imediatamente abaixo, o nome do medicamento ou formula medicamentosa (no caso de medicamento magistral). Em geral, para definir o modo de administração empregam-se os termos: uso interno, uso externo. Tradicionalmente, a expressão uso interno é usada para indicar a administração de medicamentos pela boca; atualmente dá-se preferência a via oral. Uso externo é frequentemente empregado como sinônimo de uso local ou tópico. 4. Subscrição: Está presente quando a prescrição de um medicamento magistral. É nesta parte da prescrição que se dão informações ao farmacêutico, especificando, por exemplo, a forma farmacêutica, a quantidade a ser aviada, tipo de acondicionamento ou de embalagem a ser utilizada (frasco, ampola, capsula, etc.). 5. Indicação ou Inscrição: Consiste na parte da prescrição onde são dadas informações ao paciente sobre administração do medicamento, como frequência e duração do tratamento e a via de administração, caso esta não tenha sido definido na inscrição. Essas informações são dadas empregando-se o tempo verbal imperativo e devem ser claras e objetivas. 6. Assinatura/ rubrica: É a parte da prescrição onde se põe local, data e assinatura do profissional juntamente ao carimbo. Obs.: Na inscrição a substancia que vai ser prescrita, pode ser o nome comercial ou o nome da substancia, caso seja prescrito o nome comercial, a farmácia só poderá vender o medicamento que foi prescrito. Quando só existe uma concentração de um medicamento comercial, não é obrigado colocar a concentração na instrução. A legislação cita dois tipos de receitas: a. Receita branca (Receituário branco) ou receituário comum; b. Receita carbonada (Receituário carbonado) receituário de controle especial; receita de duas vias ou receituário especial; EX. Tramadol Os receituários comuns são prescritos medicamentos que não tem controle pelos fiscais da Anvisa; A receita especial pode-se estender seu prazo de validade até 60 dias, ou então seis meses, neste caso só em doenças crônicas, com isso o retorno do paciente será num intervalo prolongado. Medicamentos prescritos na receita branca: Vitaminas; antiparasitários; antipiréticos; analgésicos; anti-inflamatórios; anti-emeticos de ação local e alguns de ação central (plasil); alguns antidiarreicos; antirreumáticos; antiarrítmicos; alguns antineoplásicos de uso oral; alguns antialérgicos; diuréticos (furosemida, glicose); digitálicos. Obs.: Na receita branca não limite a quantidade na prescrição. Medicamentos prescritos no receituário de controle especial: Antitussígenos; antimicrobianos; anestésicos de uso hospitalar; anticonvulsivantes, com exceção dos benzodiazepínicos Existem drogas que além de uma receita branca, necessitam de serem acompanhadas de uma notificação de receita. Existem dois tipos: a. Notificação de receita A: Receita amarela b. Notificação de receita B: Receita azul MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE RECEITA A Modelo de Notificação de Receita B de Uso Veterinário NOTIFICAÇÃO A O profissional seja habilitado; deve estar cadastrado na vigilância sanitária; o órgão onde ele trabalha deve estar também cadastrado; Só o profissional habilitado poderá prescrever a folha de notificação de receita A, devendo estar ligado a um órgão; Não pode ser autônomo; As gráficas devem estar cadastradas na vigilância sanitária A identificação do emitente é obrigada ser impresso É obrigatório os dados da gráfica vir impresso Só se pode confeccionar até 20 notificações O rotulo das drogas dessa notificação vem preto, no qual está escrito (Venda sob prescrição medica – Atenção: pode causar dependência física ou psíquica) Se for para uso parenteral só se pode prescrever até cinco ampolas da mesma droga; Se for oral é uma unidade por notificação Medicamentos: Substancias entorpecentes derivadas da morfina e análogos, exceto o Tramadol (carbonada) e substancias psicotrópicas como anfetaminas e análogos. NOTIFICAÇÃO B Não precisa estar ligada a nenhuma instituição; Pode ser prescrito pela via parenteral até 5 ampolas da mesma droga; Pode ser prescrito pela via oral três unidades da mesma droga; Medicamentos: Substancias psicotrópicos benzodiazepínicos e barbitúricos; psicotrópicos anorexígenos, exemplo aminorex, proporex, mazindal; indutores de sonos; sedativos hipnóticos. Obs.: As notificações de receita A e B são acompanhadas pela receita branca que ficara com o paciente e as notificações retidas na farmácia. RECEITUARIO DE CONTROLE ESPECIAL Pode prescrever até três especialidades farmacêuticas, porem no máximo 6 unidades orais. Obs.: A receita branca é carimbada após a venda de um medicamento acompanhado de notificação para comprovar a saúde da droga. Drogas Proscritas: É uma droga de prescrição proibida; São drogas de uso proibido que só são fornecidas para órgãos de pesquisa (órgãos públicos e/ou privados); É necessário que os órgãos preencham os pré-requisitos disponibilizado pelo ministério da saúde sanitária ou ANVISA para que os mesmos autorizem a utilização destas drogas por estes órgãos; Alguns anorexígenos têm sido contestados por alguns conselhos de medicina, onde estão passando a ser drogas proscritas; Existe drogas que não são proibidas a sua prescrição a sua prescrição, porém só se pode prescreve-los se justificar a sua utilização, onde é necessário que seja preenchido um formulário disponibilizado pelo ministério da saúde; A receita dos medicamentos que não são proibidos de serem prescritos, contudo acompanhados do formulário, será do tipo carbonado. O formulário de autorização que deve ser preenchido e encaminhado para o ministério da saúde deve acompanhar outro formulário preenchido pelo proprietário do animal, justificando que o mesmo irá ser submetido ao tratamento com a droga em questão. - Exemplo de drogas proscritas: Isoprostol (abortivo) e talidomida (anti-emetico) Existe grupos de drogas que só podem ser prescritos para uso hospitalar, no qual só serão utilizados nos hospitais (uso restrito em hospitais), por causa do risco imediato a quem está recebendo este tipo de droga. O tipo de receita para essa prescrição é carbonado. Exemplos: os antineoplásicos de uso parenteral, alguns anestésicos, alguns imunossupressores; os abortivos (oxitocitos); as prostaglandinas; expansores plasmáticos;bloqueadores neuromusculares; anestésicos gerais. Obs.: A propaganda destas drogas é proibida, ao contrário existe as drogas não éticas, nos quais teoricamente não traz efeitos colaterais nenhum, portanto podem ser prescritos sem problema (A propaganda não é proibida). APRESENTAÇÃO E FORMA FARMACEUTICA Formula: É tudo em que está contido no medicamento; é a composição da droga. É composto por: Princípio ativo Excipiente ou veiculo Corretivo ou edulcorante Adjuvantes Intermediário Princípio ativo: É o agente ativo da formula, capaz de produzir o efeito desejável, é a principal substancia da formula. É obrigatória na formula, podendo ter um ou mais princípio ativos associados. Não pode existir antagonismo. Excipiente ou veículo: Meio no qual o princípio ativo é colocado, sendo em geral o termo veículo empregado para líquidos e excipiente para sólidos. Sendo, portanto, indispensável na formula. Corretivo ou edulcorante: É aquilo em que vai modificar alguma coisa na formula, por algum motivo; podendo ser a cor da formula, sabor ou cheiro. O corretivo não pode interferir na ação do princípio ativo da formula. Adjuvante: São substancias que vão ajudar na ação do princípio ativo, melhorando suas propriedades, contribuindo para um melhor efeito. Não é obrigatório na formula. Intermediário: É uma substancia que está entre o princípio ativo e o receptor da droga, ele vai fazer com que o princípio ativo seja absorvido por determinada via que não seria absorvido caso não tivesse o intermediário. Obs.: Não é necessário que exista dois ou mais princípios ativos numa mesma formula que tenha a mesma função, que atue nos mesmo receptores. Forma farmacêutica É como a formula se apresenta; Depende da situação para se determinar a forma farmacêutica que irá ser determinada, sendo assim, o mais adequado; Creme ≠ pomada Solução ≠ suspensão ≠ xarope Comprimido ≠ capsula Talco ≠ pó ≠ drágea Gargarismo: Forma farmacêutica liquida destinada a tratar a cavidade bucal dos animais (corresponde ao gargarejo na espécie humana). Deve-se impedir a deglutição do medicamento tracionando-se a língua do animal para fora da cavidade bucal e mantendo-se sua cabeça abaixada, enquanto o medicamento é espergido. Colutorio: Também é destinado a cavidade bucal, porem de consistência xaroposa (usa como veiculo glicerina, mel, etc.), como não deve ser deglutido, pode ser colocado, com o auxílio de uma espátula, na ponta da língua do animal, que, ao movimenta-la, distribui o medicamento na cavidade oral; Provenda: (mash): O medicamento é oferecido escondido no alimento que é deglutido pelo animal. Bebida e beberagem: São formas medicamentosas liquidas oferecidas em grandes volumes – 750 a 1000ml para grandes animais; 200 a 500ml para animais de médio porte e 50 a 100ml para pequenos animais. A bebida é deglutida espontaneamente pelo animal; a beberagem é fornecida a força, por exemplo através de sondas. Sopa e barbotagem: Destina-se a grandes animais; é obtida pelo cozimento de vegetais (sopa) ou de farináceos (barbotagem), aos quais, quando frios, adiciona-se o medicamento. Esta mistura é ingerida é ingerida espontaneamente pelo animal. Poção: Também é uma forma medicamentosa liquida que deve ser deglutida, porém é fornecida em pequena quantidade (em colher ou seringa plástica sem agulha), através da qual o medicamento é colocado vagarosamente entre as bochechas e a arcada dentaria do animal. Eletuário: Forma farmacêutica pastosa, administrada à força ao animal com a finalidade de ser deglutida. Antigamente o medicamento era colocado, auxílio de uma espátula, na base da língua tracionada para fora da cavidade oral; ao se soltar a língua, o animal deglutia o medicamento. Atualmente foram desenvolvidos aplicadores para tal finalidade. Bolo e Pílula: Forma farmacêutica semidura (empregam-se excipientes pilulares para que não grudem entre si), esférica, que deve ser deglutida; atualmente está em desuso. O bolo pesa entre 0,5 e 4,0g (destinado a grandes animais) e a pílula entre 0,15 e 0,30g (usado para pequenos animais). Granulo ou glóbulo: Tem forma esférica e consistência rígida, devendo pesar entre 0,05 e 0,15g; Capsula: Forma farmacêutica na qual o medicamento (geralmente solido) é colocado dentro de um envoltório (de amido ou gelatina) constituído de duas metades justapostas. Diferenças Perola ou capsula mole: É constituída de uma única parte, estando o conteúdo hermeticamente selado em seu interior. Destina-se preferencialmente a acondicionar líquidos; Drágea: O medicamento é colocado no interior de um envoltório rígido, de formato variado, geralmente brilhante. Pode proteger o princípio ativo do pH estomacal, odor ou sabor desagradável. Comprimido: Geralmente adiciona-se ao princípio ativo amido, sendo este material prensado, dando- se a forma cilíndrica com alguns milímetros de altura; Pastilha: Forma farmacêutica solida moldada ou comprimida, geralmente flavorizada, que, para animais, diferentemente do que ocorre na espécie humana, é mastigável; Papel: Forma farmacêutica em que o medicamento em pó é embalado em um papel (papel manteiga), cuja dobradura é cuidadosamente feita pelo farmacêutico, destinado a administração em dose individual e única, permitindo o acondicionamento de volume relativamente grande; Pomada: Preparação tópica constituída de base monofásica na qual podem estar dispersas substancias solidas ou liquidas; Pasta: Pomada contendo grande quantidade de solido em dispersão; Creme: Preparação obtida pela dispersão de duas fases liquidas não miscíveis ou praticamente imiscíveis. Gel: Preparação farmacêutica constituída por uma dispersão de fase solida em fase liquida; Clister, clisma ou enema: Consiste na introdução de liquido por via retal; pode ser de retenção (visando à absorção do medicamento) ou evacuante; Supositório: É uma forma farmacêutica usada por via retal, de apresentação cônica, sendo a manteiga de cacau o principal excipiente para sua preparação; esta última funde-se na temperatura corporal, liberando o princípio ativo na mucosa retal; Vela: Semelhante à anterior, porem tem forma cilíndrica, medindo de 5 a 7cm, geralmente para uso intrauterino; Ovulo: Preparação farmacêutica solida, com formato adequado, para aplicação vaginal, devendo dispersar ou fundir-se à temperatura corpórea; Colírio: Forma farmacêutica geralmente liquida, destinada aos olhos ou pálpebras; Xarope: Solução aquosa concentrada de sacarose ou outros açucares, frequentemente usada como veículo em formulas farmacêuticas; Elixir: Preparação liquida, límpida, hidro alcoólica, apresentando teor alcoólico na faixa de 20 a 50%; Loção: Preparação liquida aquosa ou hidro alcoólica destinada ao uso externo através da aplicação sobre a pele; Extrato: Preparação liquida, solida ou semissólida obtida da extração do princípio ativo de vegetais ou animais, frescos ou secos, por meio de liquido extrator adequado, seguido de evaporação total ou parcial e ajuste da concentração a padrão previamente estabelecido; Emulsão: Preparação farmacêutica obtida pela dispersão de duas fases liquidas imiscíveis ou praticamente imiscíveis; Suspensão: Preparação farmacêutica obtida pela dispersão de uma fase solida insolúvel ou praticamente insolúvel em uma fase liquida; Tintura e alcoólatra: São formas farmacêuticas que se utilizam da ação dissolvente do álcool. As tinturas são preparadas com plantas secas, e as alcoolaturas, com plantas frescas. Injetáveis: Preparações estéreis destinadas a administração parenteral, apresentadas como soluções, suspensões ou emulsões; podem ser acondicionadas em ampolas, cartuchos ou frascos, para administração em dose única, dose múltipla e para perfusão;Pour on e spot-on: Formas liquidas de medicamento que são depositadas, respectivamente, na linha do dorso do animal ou sobre a cernelha; Premix: (pré-mistura): O medicamento é misturado à ração do animal; geralmente utilizada para administração de vitaminas ao rebanho. TERMOS TERAPEUTICOS Droga: Qualquer substancia química que, em quantidade suficiente (que não atue como alimento), possa agir sobre um organismo vivo, produzindo alterações. Estas alterações podem ser tanto maléfica como benéfico. Medicamento: É qualquer substancia química empregada em um organismo vivo, visando-se obter efeitos benéficos. São substancias químicas destinadas a curar, diminuir, prevenir e/ou diagnosticar as enfermidades. Fármaco: Designa uma substancia química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedades farmacológicas. Remédio: É tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. Este termo abrange não só os agentes químicos (medicamentos), como também os agentes físicos (duchas, massagens, etc.) Farmacodinâmica: Estuda os mecanismos de ação dos medicamentos. Farmacocinética: Estuda o preparo, a purificação e conservação dos medicamentos, visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos no organismo. Farmacotécnica: Estuda o prepara, a purificação e conservação dos medicamentos, visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos no organismo. Farmacognosia: Trata da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos, isto é, matérias primas naturais encontradas nos reinos mineral, vegetal ou animal, possíveis de uso terapêutico. Farmacologia clínica: Compatibiliza as informações obtidas no laboratório avaliadas em animais saudáveis com aquelas obtidas no animal-alvo enfermo. Farmacologia terapêutica: Se refere ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades. Imunofarmacologia: Conhecimentos gerados a partir da realização dos transplantes e do desenvolvimento da imunologia por si. Toxicologia: É a ciência que estuda os agentes tóxicos (ou toxicantes), sendo estes quaisquer substancias químicas ou agentes físicos (radiações) capazes de produzir efeitos nocivos em um ser vivo. Posologia: É o estudo das dosagens dos medicamentos com fins terapêuticas Dose: Se refere à quantidade do medicamento necessário para promover a resposta terapêutica. Dosagem: Além da dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. Terapêutica: Envolve não só o uso de medicamentos, como também outros meios (como cirurgia, radiação, etc.) para a prevenção, tratamento e diagnostico das enfermidades. Prescrição ou receita: É uma ordem escrita de próprio punho, com letra legível, em vernáculo, feita pelo profissional devidamente habilitado para a transmissão de instruções ao paciente e/ou farmacêutico; portanto é um documento, e como tal deve ser escrito a tinta (azul/preto), tendo validade de 30 dias. Medicamentos oficiais: São aqueles inscritos na farmacopeia brasileira. A escolha dos medicamentos que devem ser incluídos na farmacopeia é feita considerando-se aqueles que constam da relação nacional dos medicamentos essenciais (RENAME) ou da lista da organização mundial da saúde. E os medicamentos dos programas especiais de saúde. Medicamentos magistrais: São aqueles preparados na farmácia a partir da prescrição feita por profissional habilitado, que estabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia. Portanto, esses medicamentos são de autoria do profissional, que os compõe obedecendo as exigências clinicas de um dado paciente. Especialidades farmacêuticas: São medicamentos fornecidos pela indústria farmacêutica, cujas formulas são aprovadas e registradas em órgãos governamentais (ministério da saúde para aqueles de uso na espécie humana ou ministério da agricultura para aqueles de uso veterinário), desde que satisfaçam as exigências quanto ao valor terapêutico, método de preparação, originalidade, vantagens técnicas, segurança, estabilidade química, etc. Recebem um nome de fantasia dado pelo fabricante, abaixo do nome fantasia, deve ser colocado o nome do princípio ativo. Farmacopeia: É o código oficial farmacêutico do pais, onde se estabelece a qualidade dos medicamentos em uso no Brasil. Toxicocinética: Estuda a relação entre a quantidade de um agente toxico que entra em contato com um organismo e sua concentração plasmática tecidual. Diretamente relacionada aos processos: absorção, distribuição, biotransformação e excreção em função do tempo. Toxico dinâmica: É o estudo da natureza da ação toxica exercida por substancias químicas sobre o sistema biológico, sob os pontos de vista bioquímico e molecular. Medicamentos estruturalmente inespecíficos: São aqueles que dependem única e exclusivamente de suas propriedades físico-químicas, para promoverem o efeito biológico. O efeito farmacológico provoca alterações como: grau de ionização, solubilidade, tensão superficial, atividade termodinâmica, levando a mudanças em mecanismos importantes das funções celulares e desorganiza os processos metabólicos. Os anestésicos gerais são um exemplo clássico de substâncias que pertencem a esta classe de fármacos, uma vez que seu mecanismo de ação envolve a depressão inespecífica. Outro exemplo são os desinfetantes que apresentam estruturas químicas muito variadas sem nenhuma relação entre si e provocam reação biológica semelhante. Isso faz com que provavelmente eles agem sobre as bactérias alterando o ambiente onde são aplicados. Medicamentos estruturalmente específicos: Exercem seu efeito biológico pela interação com uma estrutura química, que apresenta na maior parte dos casos propriedades de enzima, proteína sinalizadora (receptor), canal iônico ou ácido nucléico. O resultado dessa ligação do medicamento com a macromolécula do organismo leva a uma determinada alteração na função celular. Uma característica importante desses medicamentos é que sua ação farmacológica ocorre com concentrações menores do que as necessárias pela estruturalmente específica. Neste modelo podemos comparar a macromolécula com a fechadura, o sítio receptor com o “buraco da fechadura” e as diferentes chaves com ligantes do sítio receptor, isto é, regiões da micromolécula que vão interagir diretamente com a macromolécula. Neste caso específico “abrir a porta” ou “não abrir a porta” representariam as respostas biológicas desta interação. Receptor: Componente do organismo com o qual o agente químico interage. Sinergismo: O efeito de dois medicamentos ocorrendo na mesma direção. Este pode ser: sinergismo por adição (o efeito combinado de dois ou mais medicamentos é igual à soma dos efeitos isolados de cada um dele); sinergismo por potenciação (o efeito combinado de dois ou mais medicamentos é maior do que a soma dos efeitos isolados. Neste tipo de sinergismo é comum as duas substâncias não atuarem pelo mesmo mecanismo de ação. Antagonismo: A interação de dois medicamentos pode levar também a diminuição ou anulação completa dos efeitos de um deles. O antagonismo pode ser: farmacológico, fisiológico ou funcional; químico ou antidotismo. Absorção: Define-se como uma série de processos pelos quais uma substancia externa a um ser vivo nele penetra sem lesão traumática, chegando até o sangue. Difusão facilitada: É um tipo de transporte sem gasto de energia, mediado por carreador no qual o substrato (medicamento) se move a favor do gradiente de concentração. Transporte ativo: Um tipo de transporte no qual a substancia é movida através de carreadores contra o gradiente de concentração, necessitando de gasto de energia derivada da hidrolise de ATP ou de outras ligações ricas em energia. Pinocitose: Processo de absorção no qual a membrana celular se invagina em torno de uma partículaliquida. Fagocitose: É o processo de absorção de partículas solidas Difusão simples: As moléculas do soluto se distribuem da região em que estejam mais concentradas para as regiões em que haja menos concentração, ou seja, respeitando o gradiente de concentração. Filtração: É um mecanismo comum para transferência de muitas substancias de tamanho pequeno (hidrossolúveis, polares ou apolares), o medicamento atravessa as membranas celulares através de canais aí existentes, que variam em diâmetro nas várias membranas corporais. Capilares com maculas: São a grande maioria dos capilares do organismo, sendo encontrados em músculos renais, vísceras e ossos, entre outros. Estes capilares apresentam zonas frouxas na junção entre as células que permitem que substancias químicas não ligadas a proteínas plasmáticas possam sair de seu interior e alcançam o espaço extracelular. Capilares fenestrados: São características de órgãos excretores e secretores como dos glomérulos renais e glândulas salivares, pancreáticas e hipofisárias. As fenestrações ou janelas abertas entre células permitem o livre acesso das substancias químicas livres, ou seja, aquelas não ligadas a proteínas plasmáticas para os espaços intercelulares. Capilares com bloqueio completo: Estes são os únicos capilares do organismo que tem os espaços intercelulares completamente ocluídos, sendo a travessia pelo interior das células epiteliais destes capilares a única forma de passagem de uma substancia química para o espaço extracelular; são exemplos, os capilares da barreira hematoencefálica. Biodisponibilidade de droga: A biodisponibilidade muda a quantidade de um medicamento contido em determinada forma farmacêutica, que, ao ser administrada a um organismo vivo, atinge a circulação sanguínea de forma inalterada, como também o local de ação, isto é, a biofase. Excreção de medicamentos: Um medicamento pode excretado após biotransformação ou mesmo na sua forma inalterada. Os três principais órgãos responsáveis pela excreção de medicamentos são: os rins, onde os medicamentos hidrossolúveis são excretados; o fígado, onde após biotransformação os medicamentos são excretados pela bile; e os pulmões, responsáveis pela ecreção de medicamentos voláteis. Analgesia: Perda da sensação da dor, porem a atividade motora e os reflexos estão presentes. Amnesia: Perda da memória, podendo ser parcial ou total Paralisia: Abolição completa da mobilidade, da capacidade de efetuar movimentos de algumas partes do corpo Convulsões: Movimentos desordenadas provocados pela contratura involuntária da musculatura, acompanhada de perda de consciência na maioria das vezes. Tranquilizantes: Medicamentos que promovem a tranquilização do animal, acalmando agitações e hiperatividades. Sedativos: Deprimem o SNC em um grau moderado, em doses maiores causam hipnose. Miose: Constrição da pupila Midríase: Dilatação da pupila Estimulantes: São substancias químicas capazes de estimular atividades nas diferentes áreas cerebrais, fazendo com que aumente as atividades físicas e psíquicas Contenção: Método no qual mantem-se o animal em estado de incapacidade motora. Os principais objetivos da contenção são: proteger o examinador, o auxiliar e o animal; facilitar o exame físico; evitar fugas e acidentes como fraturas; permitir procedimentos diversos, como medicação injetável, curativos, cateterização, exames radiográficos, colheita de sangue, entre outros. Ação sistêmica: É quando o medicamento chega na corrente sanguínea e depois atinge o local de ação. Ação local: Quando o medicamento age no local que foi colocado; VIAS DE ADMINISTRAÇÃO VIA ENTERAL: A droga é administrada no trato gastrointestinal. Via oral: A droga é administrada pela cavidade oral É a melhor via se puder ser usada; Facilidade na hora de administrar Vantagens: É uma via de fácil administração, não requer material estéril, não requer pessoa qualificada, deixa-se administrar altas quantidades de droga, possui boa margem de segurança e os riscos dos efeitos adversos são menores. Desvantagens: Absorção não muito determinada, não pode ser administrada qualquer tipo de substancia e a absorção é lenta. Via retal: Vantagens: É uma via em que a droga não sofre primeira passagem (biotransformação hepática), com isso redução das perdas; não requer material estéril; não requer pessoa qualificada e é uma das vias para administração de fluido terapia Desvantagens: Não absorve bem as drogas, causa desconforto para o paciente e irrita a mucosa retal; não é ideal o uso desta via caso a mucosa esteja irritada; é necessário amornar a droga para melhorar a absorção nas mucosas para causar vasodilatação. Enteral transmucosa: Sublingual: A substancia é colocada embaixo da língua, a absorção é muito rápida; os animais não aceitam muito bem; as drogas utilizadas por esta via, não irrita. VIA PARENTERAL Via intravenosa: A droga é administrada diretamente na corrente sanguínea. Vantagens: Permite administrar grandes quantidades de substancias; é usada em estágios de emergências quando se quer efeito imediato; cai direto na corrente sanguínea e não passa pelo processo de absorção, sendo assim de rápida absorção; permite a administração de substancias devidamente diluídas e pode-se determinar a quantidade que está sendo administrada, a obtenção rápida de efeitos farmacológicos. Desvantagens: Requer material estéril, requer pessoa devidamente qualificada, não se pode administrar substancias oleosas e insolúveis, já que o efeito por essa via é mais rápido, os efeitos colaterais podem ocorrer com maior facilidade, deve-se considerar a velocidade da substancia permitida pela espécie. Via intramuscular: Vantagens: A absorção é relativamente rápida, permite a administração de volumes moderados, de veículos aquosos, oleosos, suspensões ou preparações de deposito; Desvantagens: Causa dor e o aparecimento de lesões musculares pela administração e substancias irritantes ou substancias com pH distante da neutralidade, podendo causar necrose ou promover o aparecimento de processos inflamatórios, requer material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via subcutânea: Vantagens: Permite a administração de grandes quantidades de substancias isotônicas, é a via de eleição para administração de vacinas; a absorção é constante para soluções e lenta para suspensões e pellets, é uma via que prolonga o efeito de um medicamento. Desvantagens: A facilidade de produzir sensibilização e, ainda, dor e necrose na utilização de substancias irritantes, requer material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via intra-arterial: Vantagens: É usada para coleta de sangue para transfusão, nesta via determina-se a quantidade certa de droga administrada, não passa pelo processo de absorção, a obtenção rápida de efeitos farmacológicos, é rapidamente distribuída, é uma via de emergência; Desvantagens: Dificuldade de administração devido o difícil acesso, pois são profundas as artérias, requer material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via intradermal ou intradérmica: Vantagens: É usada no teste de tuberculose (tuberculina e em testes alérgicos), é usado na administração de insulina; Desvantagens: Não permite a administração de grandes volumes; requer material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via Intrapleural: Vantagens: É usada na cavidade pleural; Desvantagens: Requer tricotomia e antissepsia do local, requer anestesia, pois é bastante desconfortável, requer material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via intracardiaca: Vantagens: É usada em casos de emergência, em casos de ressuscitação e eutanásia; Desvantagens: Requer tricotomia, antissepsia do local, é uma via muito arriscada, requer material estéril e pessoa devidamente qualificada, além de agulha adequada. Via intraperitoneal: Vantagens: É utilizadaquando se necessita administrar grandes volumes de solução, isto porque esta via é constituída de grandes superfícies de absorção; é utilizado na dialise peritoneal, além disso, esta via também tem utilidade para administração de medicamentos a animais de laboratório. É considerada uma via de emergência; Desvantagens: Requer tricotomia, antissepsia no local, material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via intra-articular: Vantagens: É usada nas articulações quando necessita de efeito anti-inflamatório, muito usada em equinos; Desvantagens: Requer tricotomia e assepsia adequada no local, material estéril e pessoa devidamente qualificada. Via intraóssea: Vantagens: É usada em filhotes, principalmente em neonatos, usada em casos e emergências, permite a administração de grandes volumes e de maneira rápida, além de possuir absorção rápida; Desvantagens: É uma via dolorosa, requer tricotomia e assepsia adequada no local, material estéril, pessoa devidamente qualificada e anestesia. Via Epidural: Vantagens: Via de anestesia, é utilizada para cirurgias abdominais em grandes animais; Desvantagens: Pode causar paralisia, requer tricotomia, assepsia do local, material estéril e pessoa qualificada Obs.: O animal devera está muito bem contido em todas essas vias de administração para se evitar qualquer complicação. PARENTERAL TRANSMUCOSA Essa via tem características das parenterais, porem a substancia não atravessa o tecido com o auxílio de nenhum material, exemplo (agulha). Necessita de material estéril. Conjuntival Geniturinário Orofaríngea Via área Intra mamaria (Alguns autores abordam que esta via é local) TRANSCUTANEA/ LOCAL OU TOPICA Aplicação do medicamento sobre a pele. Drogas tópicas não são para serem absorvidas. FLUIDOTERAPIA - É a terapia para restaurar e manter os equilíbrios dos fluidos corporais, eletrólitos e acidobásico. - Faz parte da maioria das afecções dos pacientes - É um procedimento necessário; - É utilizado nos mais diversos casos de intoxicação. Dois grandes grupos: Cristaloides Coloides Cristaloides 1. Agua 2. Solução fisiológica (isotônica) 3. Solução ringer (acido) 4. Solução ringer com lactato (alcalino) 5. Solução glicosada à 5% (isotônica) 6. Solução soro caseiro a. 1 colher de chá de sal raso +¿ 2 colheres de sopa cheia, de açúcar Quando é que o animal precisa de cristaloide? 1. Quando se encontra com desidratação, desequilíbrio eletrolítico e presença de edemas. 2. É através dos sintomas clínicos que se determina o percentual da desidratação. 1° GRAU: acima de 5% até 8% 2° GRAU: acima de 8% até 11% 3° GRAU: acima de 11% Os animais que perdem menos de 3% do seu total de líquidos, não apresenta nenhuma alteração clinica Os animais que perdem mais de 5% do seu total de líquidos corporais apresentam alterações clinicas significativas. Coloides Dividido em dois grupos: Naturais Sintéticos Naturais: é aquele produzido por um organismo vivo, por exemplo como plantas, microrganismos e etc. Coloides naturais: nada mais é do que o sangue e derivados 1. Sangue total 2. Derivados do sangue: papa de hemácias; plasma sanguíneo; papa de plaquetas; soro; anticorpos. Sintéticos: São substancias produzidas em laboratório, sintetizadas sem que tenha auxílio de um ser vivo. São pouco utilizados e muito caro. Ex. eritropoetina sintética Semissintéticos: São substancias que tem origem natural, porem trabalhados em laboratório. SINTOMAS DE DESIDRATAÇÃO 1° GRAU: A coloração da mucosa deve estar rosada brilhante e úmida; O TPC de 1 a 2 segundos; A elasticidade da pele não deve estar muito alterada; Pouca retração do globo ocular (enoftalmia); O animal pode estar urinando normal ou reduzido; O animal fica inquieto; O animal sente sede, desde que sua afeção não empeça sua ingestão de líquidos. 2° GRAU: Os parâmetros são os mesmos ao do 1° grau, só que de uma forma mais grave; Os animais não sentem mais sede; As mucosas estarão ressecadas, porem há exceções, quando existe afecções que causem vomito, com isso umedecendo as mucosas dando o aspecto que está hidratado, também vale salientar as afecções das mucosas da boca que também causa umedecimento. 3° GRAU: Além dos sintomas já citados, nesse grau o animal irá apresentar choque hipovolêmico, deslocamento da terceira pálpebra, inconsciência, aumento da frequência respiratória e cardíaca e hipotermia. Obs.: Para saber qual cristaloide de eleição é necessário coletar o sangue e analisar os eletrólitos para saber quais as deficiências, e, portanto, determinar as concentrações dos eletrólitos. Aditivos: São substancias importantes e necessárias para complementar o soro, no qual não tem essa substancia. Cinco perguntas importantes na fluido terapia 1. É necessário administrar fluido? 2. Qual o tipo de fluido? 3. Qual a quantidade de fluido? 4. Qual é a via de administração? 5. Qual é a velocidade de administração do fluido? QUANTIDADE DE FLUIDO (CRISTALOIDE) É aquele que ele precisa para repor o que perdeu e a quantidade para mantê-lo. Deve-se calcular para 24 horas, para repor o que ele perdeu Reposição Manutenção total Perdas continuas Reposição GD × PESO × 10= ml GD = GRAU DE DESIDRATAÇÃO MANUTENÇÃO MH × PESO = ml MH = MOVIMENTO HIDRICO MH JOVENS: 130ml MH ADULTO: 65ml PERDAS CONTINUAS Aquilo que o paciente perde patologicamente após o início da terapia EXEMPLO: UM ANIMAL COM: - GD = 9% - PESO = 80KG - ADULTO - PERDA CONTINUA = 320 ML REPOSIÇÃO 9 × 80 × 10= 7.200 ML MANUTENÇÃO MH = 65ML 65 × 80 = 5.200 ML TOTAL DE FLUIDOS EM 24 HORAS: Reposição + manutenção + perdas continuas 7.200 + 5.200 + 320 = 12.720 ml EM 48 HORAS: Suponha que após 24 horas ele aumentou 7.2 kg = 7200 ml, então 80kg + 7,2kg = 87,2kg MANUTENÇÃO 65 × 87,2 = 5.668 ML 12.720 + 5.668 = 18.388 ML QUAL É A VIA DE ADMINISTRAÇÃO Depende da gravidade, urgência, doença patológica, idade, espécie animal. PARAMETROS PARA SE ESCOLHER A VIA VENOSA Emergências; quantidade de fluido que será alto; substancias irritantes. QUAL A VELOCIDADE DO FLUIDO Depende da via; O calibre da agulha para determinada espécie; Velocidade média que varia com o animal. TOTAL DO FLUIDO EM 24 HORAS VELOCIDADE MEDIA ANIMAIS GRANDES: 30 ml/kg/hora 50 ml/kg/hora 90 ml/kg/hora 360 ml/kg/hora → Extrema (auto risco), em choques hipovolêmicos ANIMAIS PEQUENOS: 15 ml/kg/hora 30 ml/kg/hora 50 ml/kg/hora 90 ml/kg/hora → Extrema (auto risco), em choques hipovolêmicos EXEMPLO VM = 30 ml/kg/hora 30 × 80 = 2.400 ml/1 hora 2400ml ― 60 min X ― 1 min 1 ml ― 20 gotas X = 40 ml/min 40 ml ― x X = 800 gotas/min 1 ml ― 20 gotas 30 ml ― x X = 600 gotas/ kg/ hora 600 gotas ― 1 hora 600 gotas ― 60 min X gotas ― 1 min x= 600÷60 X= 10 gotas/min VELOCIDADE DO FLUIDO DA MANUTENÇÃO EM 24 HORAS 65 ml × 80 = 5.200 ml 5.200 ― 24 Horas X ― 1 Hora X = 5200/24 x= 216,6 ml/min 216,6 ml ― 60 min X ― 1 min x= 3,61 ml/min TEMPO MAXIMO DE REPOSIÇÃO: VM = 2400 ml/h, então 2400 ml ― 1 h 7200 ml ― x X = 7200/2400 x= 3 horas VELOCIDADE DO FLUIDO DE REPOSIÇÃO SEM PERDAS Em gotas: 1 ml ― 20 gotas 3,61 ml ― x X = 72 gotas/min É o máximo que se pode administrar 800 gotas/ minuto – 72 gotas/ minuto = 728 gotas/minuto QUAL A AVALIAÇÃO DA FLUIDO TERAPIA (RESULTADO) Deve estar sendo feita durante todo o procedimento da fluido terapia. Fluido terapia coloides Levar em consideração o estado do paciente; É utilizado em situações emergenciais; É um fluido que traz para o paciente, altos riscos de vida; É preciso que o proprietário assine um termo de responsabilidade; Deve-se analisar os parâmetros do paciente (sintomas). Anemia; hemorragia aguda ou crônica; petéquias; mucosas hipocoradas; ↑TPC; temperatura (hipotermia); taquicardia; taquipneiae imunossupressão. PARAMETROS LABORATORIAIS Hematócrito menor do que 15% (deve-se ter cuidado); 1. O sangue total fresco, retira-se do paciente doador e imediatamente aplica-se em outro. Existe uma máquina que retira do paciente doador, somente os componentes do sangue que realmente será de interesse para a transfusão sanguínea. QUANTIDADE DE SANGUE TOTAL ST = P × K × (ht ideal – ht paciente) / ht doador O sangue é uma molécula pesada, não é de fácil absorção, portanto deverá ser administrada pela via intravenosa ou então intra-arterial; O doador pode doar até 8% do total do seu peso; O doador ideal deverá ter no mínimo 25 kg, pois um doador de 25kg pode doar 462ml. VELOCIDADE DE FLUIDO (COLOIDE) NOS PRIMEIROS 30 MINUTOS: (DEVIDO AS REAÇOES TRANSFUSIONAIS) K: CÃO = 90 GATO = 70 GRANDES ANIMAIS = 65 Ht ideal = 35 0,25 ML/KG APÓS OS 30 MINUTOS: 4 A 5 ML/KG/ HORA AVALIAÇÃO DA TERAPIA Ao administrar esse coloide o animal deverá apresentar os sintomas revertidos. Obs.: Deve-se administrar imunossupressores para diminuir as reações adversas, exemplo, corticoides – dexametasona Deve-se coletar a bolsa de sangue, totalmente cheia para que se dilua todo o anticoagulante, para que não venha causar reações no receptor, como exemplo, arritmias, taquicardia... DOADORES IDEIAIS CÃO: o doador ideal deve ser adulto, dócil e clinicamente sadio. Também não deve ter recebido transfusão previa, nem ser obesa. Devem pesar no mínimo 25kg. As femeas devem ser castradas para evitar a ação do estrogênio sobre o número e a função das plaquetas. Os doadores devem ser negativos para os grupos dea 1.1 e dea 1.2, além de apresentar sorologia negativa para brucela canis, erlichia canis, babesia canis, dirofilaria immitis, haemobartonella canis e trypanossoma cruzi. Devem ser vacinadas anualmente contra raiva, cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose e coronavirose. GATO: o doador ideal deve ser adulto, dócil e clinicamente sadio. Também não deve ter recebido transfusão, nem ser obeso e devem pesar no mínimo 5kg. As femeas devem ser castradas. Devem ter sorologia negativa para os da leucemia felina, vírus da imunodeficiência felina, peritonite infecciosa felina, haemabartonella felis e toxoplasma gondii, devem ser vacinadas contra raiva, clamidiose, calicivirose, rinotraqueite, imunodeficiencia felina, peritonite infecciosa felina e panleucopenia felina. EQUINO: O doador ideal deve ser macho adulto, pesando no mínimo 450 kg, castrado ou não, de preferência da mesma linhagem ou raça do receptor, deve ser clinicamente sadio. Deve apresentar sorologia negativa para garrotilho, botulismo, arterite viral equina, rinotraqueite, diarreia por rotavirus, herpevirus equina, erliquiose, leptospirose e antraz. Devem ser vacinadas contra AIE, raiva, tétano e influenza equina. BOVINO: O doador ideal deve ser adulto, calmo, sem excesso de gordura, devem ter o porte maior que do receptor, não ter recebido transfusões, devem apresentar sorologia negativa contra Brucela bovis, anaplasma, Trypanossoma braziliensis. Devem ser vacinados contra febre aftosa, brucelose, anaplasmose, clostridiose, rinotraqueite, diarreia viral bovina, leptospirose e antraz. REAÇOES TRANSFUSIONAIS Podem ser classificadas em imediatas e tardias, imunológicas e não imunológicas. Imunológicas imediatas: As reações mais graves são as imediatas imunológicas do tipo hemolíticas, cujos sinais são inquietação, tremores, febre, vômitos, salivação, taquipneia, taquicardia e convulsão. A transfusão deve ser interrompida imediatamente, e pode ser necessário tratamento para choque, a base de glicocorticoides e fluido terapia. Em geral, o animal se recupera em 12 a 24 horas. A febre imunomediada ocorre devido a destruição dos granulócitos do doador, o que promove a liberação de pirógenos na circulação do receptor. A urticaria ou angioedema ocorre pela liberação de aminas vasoativas frente às proteínas plasmáticas do doador. Deve-se reduzir a velocidade de infusão e administrar anti-histamínicos, podendo retornar à velocidade inicial após controle dos sinais. Imunológicas tardias: Ocorrem à medida que são produzidos os anticorpos em um paciente sensibilizado, sendo as hemácias e/ ou plaquetas fagocitadas após 7 a 10 dias. O animal pode apresentar então, sinais de anemia, icterícia, petéquias e hemorragias. Não imunológicas: A sobrecarga vascular pode ocorrer devido a rápida infusão do fluido ou ainda à quantidade de sangue total ou plasma exagerado, e os sinais apresentados são tosse, dispneia, vômitos, sugerindo um quadro de edema pulmonar. Deve-se interromper a transfusão e administrar diuréticos. A hipocalcemia pode ocorrer se a quantidade de anticoagulante for excessiva para o volume sanguíneo administrado, pois o citrato infundido pode quelar o cálcio do paciente, provocando tremores musculares e tetania. O quadro é reversível se a transfusão for suspensa por 15 minutos e reiniciada mais lentamente. A febre não imunológica é resultado da falha técnica de assepsia durante a colheita, administração ou estocagem do sangue. O animal pode desenvolver septicemia e apresentar febre, vômitos e taquicardia, devendo-se interromper a transfusão imediatamente. Caso clinico de Fluido terapia Um cão adulto, pesando 25 kg foi levado ao HOVET, porque há alguns dias vinha apresentando apatia, diarreia e anorexia, consequentemente perda de peso progressiva, epistaxe. Realizando o exame passo a passo, ficou constatado que o mesmo apresentava hipertermia, mucosas hipocoradas, dispneia, reflexos bem diminuídos, olhos muito afundados, elasticidade da pele extremamente diminuída, carrapatos presentes, petéquias. Foi solicitado um hemograma completo e no mesmo constatou-se presença de anemia, hematócrito de 12%. Feitas as considerações afirmativas acima responda as seguintes perguntas: a) É necessário administrar sangue nesse animal? Justifique? b) Se o item anterior for “V”, qual o tipo de coloide? Justifique? c) Qual a quantidade, levando em consideração a espécie canina? d) Qual a velocidade que deverá ser administrada? e) Esse paciente, pode sofrer reações transfusionais? Se “V”, quais e como você irá proceder para tentar evita-las? f) Ainda há necessidade de fluidos? g) Qual o tipo de fluido? h) Qual a quantidade? i) Há necessidade de algum aditivo? Justifique? j) Qual a velocidade de administração? k) Como você avaliara o animal após 24 horas em tratamento? l) Você acha necessária a prescrição de mais alguma droga para a completa recuperação desse paciente? Se “V” justifique sua resposta. Resposta* A – Sim, o animal apresenta ht = 12%, indicativo de anemia e clinicamente também apresenta mucosas hipocoradas. Além disso há presença de carrapatos hematófagos e ainda distúrbios hemorrágicos como epistaxe e petéquias. B – Neste caso, o coloide de eleição será o sangue total, pois será necessário a correção da volemia (desidratação). As hemácias vão corrigir a anemia e ainda possui fatores de coagulação e plaquetas que corrigirão a hemorragia presente. C – A quantidade que será administrada levando em consideração a anemia será: ST = P x K x (ht ideal – ht receptor) / ht doador ST = 25 x 90 x (35 – 12) / 35 ST = 1478 ml D – Nos primeiros 30 minutos será administrado numa velocidade de: 0,25 ml/kg. V = 0,25 x 25 = 6,25 ml 6,25 ml ------ 0,5 (30’’) 6,25 ml ― 30 min 1 ml ― 20 gotas 0,20 ml ― X X = 4,16 gotas = 4 gotas/ min X ― 1 min X = 0,20 ml/min Não havendo reações transfusionais durante os primeiros 30 minutos. Podemos aumentar a velocidade para 4 – 5 ml/kg/h V = 5 x 25 = 125 ml/h 1 ml ― 20 gotas 125 ml ― 60 min 2,08 ml ― x X ― 1 min x = 2,08 ml/min X = 41,6 gotas/ min Tempo total da hemoterapia: 1° parte: 30’’ → 0,5h (adm 6,25 ml) 2° parte: Quantidade de sangueque precisa = 1478 ml Menos o sangue que foi administrado nos 1° 30 min = 6,25 ml 1478 – 6,25 = 1471,75 ml 125 ml ― 1 h 11,774 h + 0,5 h = 12, 274 h 1471, 75 ml ― X X = 11,774 h Nos primeiros 30 minutos, usamos a velocidade de 0,25 ml/kg que correspondeu a administração de 0,20 ml/ min, o equivalente a 4 gotas/ min. Após os primeiros 30 min, a velocidade usada foi de 5 ml/ kg/ h, que correspondeu a 2,08 ml/ min, correspondente a 41,6 gotas/ min. E - Sim, as reações podem ser: Imunológicas imediatas – inquietação, tremores, febre, vomito, salivação, taquicardia, taquipneia, convulsões, urticaria, oliguria, anafilaxia. Imunológicas tardias – Ocorre à medida que são produzidos os anticorpos em um paciente sensibilizado, sendo as hemácias e / ou plaquetas fagocitadas entre 7 – 10 dias. Nesse caso, o animal po0de apresentar anemia, icterícia, petéquias e hemorragia. Não imunológicas: A sobrecarga vascular pode ocorre devido a rápida infusão do fluido, ou ainda devido a quantidade de sangue total ou plasma exagerado. Os sinais são: tosse, dispneia, vômitos, edema pulmonar. Deve-se interromper a administração e administrar diuréticos. Tempo total da hemoterapia A hipocalcemia pode ocorrer se a quantidade de anticoagulante for excessiva para o volume sanguíneo administrado, pois o citrato infundido pode quelar o cálcio do paciente, provocando tremores musculares e tetania. O quadro é revertido se a transfusão for suspensa por 15 min e reiniciada mais lentamente. Para evita-los, deve-se realizar previa tricotomia, correta antissepsia do local, fazer uso de luvas, escolher um doador ideal e deve-se administrar um corticoide na dose de choque. Dexametasona 3 – 5 mg/kg, 5 minutos antes IV ou 15 min antes IM. Se ocorrer a transfusão deve ser interrompida imediatamente e pode ser necessário tratamento para choque a base de glicocorticoides e fluido terapia. Se apresentar: Urticaria – administração de anti-histamínicos Febre – antipiréticos Tremores musculares – Esperar os sintomas cederem após suspender a transfusão, recomeçar lentamente. Hemólise, hemoglobinúria – Esteroides, diuréticos. Oliguria - diuréticos Edema pulmonar – diuréticos Hipotermia – aquecer o sangue do doador em banho maria (30 – 37°) Arritmias – antiarrítmicos Anafilaxia – Suspender a transfusão, procurar outro doador e administrar corticoides e anti-histamínicos. F – Considerando que o animal apresenta uma desidratação de 3° grau, diante dos sinais apresentados adotando-se 12% como grau de desidratação, faz os seguintes cálculos: Quantidade de fluido total: reposição + manutenção + perdas continuas Reposição – P x GD x 10 manutenção – MH x P perdas continuas (estipulado) na 13° hora R = 25 x 12 x 10 M = 65 x 25 200 ml R = 3000 ml M = 1625 ml Ft = R + M + R Ft = 3000 + 1625 + 200 Ft = 4825 ml → precisa desse total, porém: recebendo 1478 ml de coloide, então 4825 – 1478 ml = 3347 ml de cristaloide para ser administrado Podemos afirmar que este animal precisa de fluido, uma vez que ele precisa de 4825 ml de coloide e cristaloide e só foram transfundidos 1478 ml de coloide faltando ainda 3347 ml de cristaloide. G – Devido ao quadro de acidose que o animal se encontra ocasionado pela presença de diarreias, devendo usar ringer com lactato como cristaloide de eleição. H – A quantidade deste fluido será: QT = coloide + cristaloide 4825 = 1478 + cristaloide Cristaloide = 4825 – 1478 Cristaloide = 3347 ml I – Pode -se administrar glicose a 5%, uma vez que esse animal se apresenta apático, anoréxico (sintomas que contribuem para quadros de hipoglicemia). Esse aditivo vai servir como alimentação parenteral J – A velocidade de administração será: Como trata-se de um animal de pequeno porte, podemos adotar a velocidade de 30 ml/kg/h. V = 30 X 25 = 750 ml/h → velocidade de administração do cristaloide 750 ml ― 60 min 1 ml ― 20 gotas X ― 1 Min 12,5 ml ― x X = 12,5 ml/min x = 250 gotas/min Tempo total da reposição: 750 ml/h, então: 750 ml ― 1 h 3000 ml ― x x = 4 h → Obs.: Não deve ultrapassar 6 horas. Deve-se saber quanto de sangue será administrado nessas 4 horas: 1° parte : primeiros 30’ = lenta = 0,5 h 2° parte : mais rápida = 3,5 h V = 125 ml/h da 2 parte, então 125 ml ― 1 h X ― 3,5 h x = 437,5 ml em 3,5 h de coloide 6,25 ml em 0,5 de coloide Total: 437,5 + 6,25 = 443,75 ml de coloide será administrado durante a reposição (4h) Quando falta de fluido na reposição (cristaloide): R = 3000 ml, então: C = 3000 – 443,75 C = 2556,25 ml de cristaloide deve ser administrado na reposição (4h) 2556,25 ― 4h X ― 1h X = 639,06 ml/h 1 ml ― 20 gotas 639,06 ml ― 60 min 10,65 ml ― x X ― 1 min x = 213 gotas/ min → reposição X = 10,65 ml/min O coloide que será dado nas 24 h da manutenção: ST - S rep = S man 1478 – 443,75 = S man S man = 1034,25 ml de coloide será administrado na manutenção Velocidade do cristaloide na manutenção: 1625 – 1034,25 = 590,75 ml de cristaloide na manutenção 590,75 ml ― 24 h 24,61 ml ― 60 min 1 ml ― 20 gotas X ― 1 h x ― 1 min 0,41 ml ― x X = 24,61 ml/h x = 0,41 ml/min x = 8,2 gotas/min de crist. Na man. Perdas continuas 200 ml na 13° hora Velocidade da reposição: 750 ml/ h = 12,5 ml/ min = 250 gotas/ min Perdas em ml para gotas Total da manutenção Coloide da manutenção Pode-se administrar até 250 gotas/min 1 ml ― 20 gotas 200 ml ― x X = 4000 gotas perdida na 13° hora Na 13° h vai estar recebendo: 8,2 gotas/ min da manutenção. Pode receber até 250 gotas/ min, então: 250 – 8,2 = 241,8 gotas/ min Tempo para repor as perdas da 13° hora: 241,8 gotas ― 1 min 4000 gotas ― x x = 16,54 min Quando chegar na 13° h vamos aumentar a velocidade de administração do fluido de 8,2 gotas/ min para 250 gotas/ min (8,2 + 241,8), pois acrescentamos 241,85 gotas/ min refente a P.C da 13° h. Esse aumento vai durar 16,54 min. Passando esse tempo, a velocidade retornará para 8,2 gotas/ min. TABELA DE GOTAS/ MINUTO K – Devemos avaliar se o paciente restabeleceu suas funções fisiológicas, verificar se o animal está responsivo, conferir o peso, se a hemorragia cessou, se o tempo de elasticidade da pele retornou aos níveis normais, se as mucosas se apresentam normocoradas e se os olhos voltaram ao normal. Deve-se ainda realizar um hemograma para avaliar se o hematócrito do animal está conforme os níveis normais, a junção da avaliação de todos esses itens indicara se a fluido terapia foi bem-sucedida e se conseguiu restabelecer a saúde do animal. Após passar por outra avaliação (ht, peso, grau de desidratação) será calculada uma nova quantidade de fluido a ser administrada numa manutenção, já que certamente esse animal apresentara um grau de desidratação bem menor que o anterior em virtude da fluido terapia. Quanto de perdas continuas que vai dar para administrar em 1 minuto CRISTALOIDES HORA COLOIDE REPOSIÇÃO MANUTENÇÃO P. C TOTAL 0,5 H 4 213 8,2 ― 225,2 1° H 41,6 213 8,2 ― 262,8 2° H 41,6 213 8,2 ― 262,8 3° H 41,6 213 8,2 ― 262,8 4° H 41,6 213 8,2 ― 262,8 4 – 12° H 41,6 ― 8,2 ― 49,8 13° H ― ― 8,2 241,8 250 14° até 24° h ― ― 8,2 ― 8,2 L – Clínica Veterinária Toca dos Bichos Praça Presidente Castelo Branco, 108, centro, Brejinho/ RN Telefone: (84) 99170-8460 Nome do animal: Snoop; peso = 25 kg; idade 3 anos Espécie: canina Raça: poodle Proprietário: Renan Everson da Silva Endereço: Rua Nova Cruz, 200, centro, Brejinho - RN Uso tópico Frontline spray ------------------------------------------------------ 1 frasco Borrifar na pele do animal, no sentido contrário ao crescimento dos pelos. Evitar banho nos próximos 5 dias. Retornar em 8 dias 04 de maio de 2012 Clínica Veterinária Toca dos Bichos Praça Presidente Castelo Branco,108, centro, Brejinho/ RN Telefone: (84) 99170-8460 Nome do animal: Snoop; peso = 25 kg; idade 3 anos Espécie: canina Raça: poodle Proprietário: Renan Everson da Silva Endereço: Rua Nova Cruz, 200, centro, Brejinho - RN Uso no Ambiente Amitraz 12,5% ------------------------------------------------------- 1 frasco Diluir 1 ml em 4 litros de agua, pulverizar o ambiente que o animal frequenta, ter atenção às frestas, paredes, telhados, ambientes escuros e evitar que o animal e outras pessoas permaneçam no local. 04 de maio de 2012 ANTIPARASITARIOS Terapia das doenças parasitarias Tratado com drogas parasiticidas Drogas endoparasiticidas → nematódeos, cestodeos, trematódeos Drogas ectoparasiticidas → carrapatos, pulgas, piolhos e sarnas Características importantes: Eficácia Custo Índice terapêutico Amplo espectro de ação Facilidade de administração Período de carência Eficácia: refere-se à capacidade de uma droga para produzir um efeito benéfico Custo: de acordo com a eficácia o custo será maior Índice terapêutico: está entre a dose que letal, dose toxica e a dose efetiva Amplo espectro: diversos endo e ectoparasitas (combate) Facilidade de administração: via oral e via tópica Período de carência: deverão ter o menor tempo possível ENDOPARASITICIDAS Anti-helmínticos → Antinematodeos Anti cestodeos Antitrematodeos Antiprotozoarios → Giardíase Eimeriose Toxoplasmose Histoplasmose Coccidiose Babesiose Erliquiose Tricomoníases Anaplasmose *Organofosforados Farmacos: triclorform Haloxon Diclorvos Coumafos Fention Malation → muito toxico. Não é recomendado para uso animal. Mais recomendado como inseticida *Não administrar em gatos Espectro de ação: Antinematodeos, são adulticidas, também são utilizados como ectoparasiticidas. Tem um amplo espectro de ação. Mecanismo de ação: Inibem a ação da acetilcolinesterase irreversivelmente sobre a acetilcolina, evitando a hidrolise deste neurotransmissor, levando a um aumento de acetilcolina na fenda sináptica, com isso causando uma excitação no parasita e consequentemente paralisia espásticas e eliminação do mesmo. Farmacocinética: Absorvido no trato gastrointestinal, biotransformado no fígado e excretado na urina. Efeitos tóxicos: Letargia, anorexia, diarreia, poliúria, vômitos, salivação e tremores musculares e convulsões. Contra indicações: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes e gatos. Mais utilizados Carência: 7 dias. Pontos importantes: Não deve ser administrado junto com agentes anticolinesterasicos, levamisole, morantel; São substancias lipossolúveis, atravessam as membranas facilmente; É um grupo de drogas muito eficazes; Seus efeitos colaterais são muito frequentes; É um tipo de droga barato; Se utilizado como endoparasiticidas a via de administração é oral; Se utilizado como ectoparasiticidas a via de administração é tópica; Restrições: nefropatas e hepatopatas; Deixam resíduos na carne e no leite. Avermectinas e Milbemicinas Farmacos: Ivermectina Abamectina Doramectina Eprinomectina Selamectina Milbemicina Moxidectina Espectro de ação: Antinematodeos gastrointestinais e Dirofilaria immitis (forma imatura e adulta); são adulticidas (grande eficácia) Mecanismo de ação: Potencializam a ação inibitória do sistema GABA enérgico dos parasitas, estes medicamentos atuam como agonistas de alta afinidade sobre a subunidade α de canais iônicos seletivos ao cloro presentes no parasito, onde o canal de cloro é aberto, aumentando a condução intracelular do neurotransmissor, alterando a membrana do neurônio, hiperpolarizando-o, resultando na paralisia do tipo motora flácida e eliminação do parasita. Farmacocinética: Absorção no trato gastrointestinal, biotransformação no fígado e eliminação principalmente nas fezes e pouco na urina. Efeitos tóxicos: Convulsões, depressão, tremores, ataxia, vômitos, letargia, salivação e midríase. Contraindicação: Cães braquicefalicos, animais jovens, velhos, gestantes, lactantes, gatos e na forma adulta da dirofilaria immitis no coração. Carência: 36 dias. Pontos importantes São drogas endo e ectoparasiticidas Só deve tratar a forma imatura da larva São lipossolúveis, tem a forma parenteral mais usada, mas existe também a forma oral. O índice terapêutico é curto Atenção: nos nefropatas, como também nos hepatopatas A prescrição de ivermectinas e milbemicinas em gatos é de responsabilidade do profissional. Benzimidazois Farmacos: Albendazole Flebendazole Fluobendazole Mebendazole Tiabendazole Fembendazole Luxabendazole Oxibendazole Parbendazole Triclabendazole Espectro de ação: São Antinematodeos; anti cestodeos e Antitrematodeos, porem são principalmente Antinematodeos intestinais e pulmonares das formas adultas. Mecanismo de ação: Por ligação à tubulina, a subunidade estrutural proteica dos microtúbulos, essa ligação modifica o padrão da sua despolarização para a formação dos microtúbulos, interrompendo na função celular, como divisão mitótica, a montagem proteica e o metabolismo energético (metabolismo da glicose), matando os parasitos por inanição. Farmacocinética: Eliminação nas fezes. Principalmente e quando absorvidos são biotransformado no fígado e excretado na urina. Efeitos tóxicos: Pode causar malformação no animal jovem. Contraindicação: Animais gestantes e lactantes. Carência: 27 dias Pontos importantes: É considerado um grupo de drogas seguro, recomendado para animais jovens; Administrar por via oral; Não precisa sofrer absorção; biotransformação e distribuição, pois so precisa ter contato direto com o parasito para mata-lo; Possui um alto índice terapêutico; Não é recomendado para animais gestantes e lactantes, porem caso precise-se utilizar um endoparasiticidas, o mais seguro será os Benzimidazois; Para os animais hepatopatas a droga de eleição para combater endoparasitas será os Benzimidazois; É recomendado para neonatos. Pro – Benzimidazois Farmacos: Febantel Netobimina Tiofanato Espectro de ação: Os mesmos dos Benzimidazois; Mecanismo de ação: O mesmo dos Benzimidazois; Farmacocinética: Absorção no trato gastrointestinal e biotransformado no fígado e seus metabolitos serão os Benzimidazois, a excreção será renal; Efeitos tóxicos: Os mesmos dos Benzimidazois; Contraindicação: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes e hepatopatas Pirazinoisoquinolonas Farmacos: Epsiprantel Praziquantel Espectro de ação: Anticestodeos nas fases adulta e larval, mas principalmente adulto (adulticidas); Mecanismo de ação: Tem efeito no parasita sobre o potencial de mambrana das células musculares, promovendo a inibição da bomba de Na+ k+, aumentando a permeabilidade da membrana a certos cátions, principalmente o cálcio, o que resulta na contração muscular paralitica (paralisia espástica), e além disso interfere no metabolismo dos carboidratos, sendo assim interferindo no aporte energético e matando o parasito por inanição. Farmacocinética: São absorvidos no TGI, metabolizados no fígado e excretados na urina e fezes (principalmente na urina); Efeitos tóxicos: Nauseas, vômitos e cólicas; Contraindicações: Animais jovens, velhos, gestantes e lactantes. Pontos importantes: Se comparado com os Benzimidazois seu índice terapêutico é pequeno, porem se comparado com os organofosforados e Avermectinas, seu índice terapêutico é grande; Essas drogas na maioria das vezes são recomendadas por via oral, porém é encontrada drogas que são administradas pela via parenteral (via subcutânea). Substitutos Fenólicos Farmacos: Disofenol Nitroscanato Closantel Nitroxinil Niclofolan Espectro de ação: São anticestodios, Antitrematodeos e antinematodeos hematófagos; Mecanismo de ação: Interferencia no metabolismo respiratório doshelmintos, bloqueando a produção de energia por inibição da fosforilação oxidativa mitocondrial, interferindo na produção energética do parasita, e, com o esgotamento de suas reservas energéticas, os parasitos morrem por inanição; Farmacocinética: A biotransformação ocorre no TGI e no fígado. O medicamento e seus metabolitos são eliminados principalmente pelas fezes, através da via biliar; Efeitos tóxicos: Perda de apetite e diarreia, doses altas podem causar cegueira, hipertermia, convulsões e taquicardia; Contraindicação: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes e hepatopatas; Carência: 30 dias. Obs.: Possuem baixo índice terapêutico. Tetraidropiremidinas Farmacos: Pirantel Morantel Oxantel Espectro de ação: São Antinematodeos gastrointestinais nos estágios adulto e imaturos, Antinematodeos pulmonares de ruminantes e também são Antitrematodeos trichuris em cães; Mecanismo de ação: São agonistas colinérgicos, atuando em receptores nicotínicos; Farmacocinética: Pouco absorvido no trato gastrointestinal, mas o que é absorvido sofre biotransformação no fígado, são excretados maior parte nas fezes de forma inalterada e quando metabolizados são excretados na urina; Efeitos tóxicos: Vômitos e cólicas; Contraindicações: gestantes; Carência: 14 dias Pontos importantes: O índice terapêutico é largo O uso pode ser feito em animais jovens, velhos; A apresentação é oral, em várias formas Imidazotiazois Farmacos: Levamisole Tetramisole Espectro de ação: Possui atividade sobre estágios adultos e imaturos em desenvolvimento de nematódeos gastrointestinais e pulmonares de ruminantes, suínos, equinos e aves. No cão tem eficácia sobre microfilarias de dirofilaria immitis. São estimulantes do sistema imunológico. Mecanismo de ação: São agonistas colinérgicos que atuam sobre os receptores nicotínicos sinápticos e extras sinápticos das membranas células musculares dos helmintos, aumentando a condução de sódio e despolarização da membrana, causando a contração muscular e paralisia espástica. Farmacocinética: São bem absorvidos no TGI, sofrem biotransformação no fígado e excreção na urina. Efeitos tóxicos: Convulsoes, tremores musculares, ataxia, salivação. Contraindicação: Animais jovens, velhos, gestantes, lactantes. Não pode ser associado com os organofosforados. Carência: 7 dias. Antiprotozoarios Protozoários: Giárdia – giardíase Eimeria – eimeriose Toxoplasma – toxoplasmose Histoplasma – histoplasmose Babesia – babesiose Coccídeos – coccidiose Erliquia – erliquiose Tricomonas – tricomoníase Anaplasma – anaplasmose Metronidazol Espectro de ação: Eficaz na giardíase, tricomoníase e eimeriose, e também um antibacteriano de ação sobre os anaeróbios e aeróbios. Mecanismo de ação: Após entrar na célula-alvo, interage com o DNA do protozoário, ocasionando perda de sua estrutura helicoidal e quebra das alças dessa estrutura, portanto interrompendo a síntese do DNA do parasito; Farmacocinética: Absorvido no TGI e metabolizado no fígado e excretado na urina e fezes. Efeitos tóxicos: Ataxia, tremores, nistagmo vertical, opistotono, espasmos da musculatura lombar e dos membros posteriores e cauda caída, sonolência, letargia; Contraindicação: Cuidado com femeas gravidas, administrado apenas em solução Pontos importantes: Mais antiga do mercado Maior espectro de ação Tratamento nas diversas espécies de animais É uma substancia lipossolúvel A administração é oral (principalmente para tratar protozoários) Quando a administração por via parenteral, deve-se ser administrado lentamente; É uma substancia fotossensível; Normalmente a terapia chega até 15 dias Intervalo de administração 12/12 h Via peritoneal em casos de peritonite Tetraciclina Fármacos: Doxiciclina Oxidotetraciclina Tetraciclina Minociclina Clortetraciclina Aminociclina Betaciclina Espectro de ação: Erliquiose, anaplasmose e babesiose (em 2° escolha), são também antibacterianos. Amplo espectro de ação; Mecanismo de ação: As tetraciclinas são antibióticos bacteriostáticos que inibem a síntese proteica dos microrganismos sensíveis, ligando-se aos ribossomos, ligam-se reversivelmente à subunidade 30S do ribossomo do microrganismo, impedindo que o RNA transportador (RNAt) se fixe ao ribossomo e, com isto, a síntese proteica seja inibida; Farmacocinética: Absorção no TGI e biotransformação hepática e excreção renal e nas fezes. Efeitos tóxicos: Manifestações gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarreia), quando administrado por via oral, e quando administrados por via intramuscular e subcutâneo provocam dor no local da injeção, causa efeitos cardiovasculares (arritmias), deformação ósseos no feto, insuficiência renal, e febre farmacológico; Contraindicação: Animais jovens, gestantes e lactantes, além de gatos. Pontos importantes: Tratamento de 21 a 30 dias para babesiose e anaplasmose; Tratamento de 21 a 60 dias para erliquiose; Intervalo de 12/12 horas; Existe a oxido tetraciclina LA (longa ação) pela via parenteral: intramuscular (mantem a característica de longa ação) no intervalo de 72 horas. A via subcutânea não é recomendada, causa necrose; As tetraciclinas não podem ser administradas com alimentos, o intervalo tem que ser de pelo menos duas horas antes ou depois da administração do medicamento; O período de carência é longo; Todos são eficazes. Obs.: A eliminação da doxiciclina não envolve a excreção renal, o que permite que seja empregado em infecções sistêmicas em cães e gatos com insuficiência renal. Amplo índice terapêutico. Dipropionato de Imidocarb (Imizol) Espectro de ação: Ação contra babesiose e pouco contra Anaplasma; Mecanismo de ação: Parece que atua no núcleo do parasito, promovendo alterações no seu número e tamanho, e no citoplasma. Farmacocinética: Metabolizado no fígado e excretado na urina Efeitos tóxicos: Excitabilidade, midríase, cegueira temporária e desorientação; Contraindicação: Animais jovens, gestantes, lactantes e animais com problemas neurológicos e oculares. Pontos importantes Só existe a via de administração subcutânea Administração a cada 7 dias Período de carência: 30 dias Dose: no cão: 2 a 3 mg/ kg Quinolonas Farmacos: Ácido nalidixico Norfloxacina Ciprofloxacina Trovofloxacina Enrofloxacina Difloxacina Orbifloxacina Marbofloxacina Espectro de ação: Ação contra eimeriose e coccidiose, são também antibacterianos; Mecanismo de ação: Agem no DNA das células inibindo a DNA girasse impedindo o enrolamento da hélice de DNA em uma forma super espiralado, matando os protozoários e bactérias; Farmacocinética: Biotransformação no fígado e excreção na urina e bile; Efeitos tóxicos: Danos na cartilagem articulares de cães jovens e potros, efeitos teratogênicos, degeração da retina em felinos (enrofloxacina), causa calcificação da epífise, interferindo no crescimento; Contraindicação: Animais em crescimento (jovens), gestantes e lactantes. Pontos importantes Procura-se utilizar a via oral, pois o período de tratamento é muito longo; Existe apresentações no mercado que pode administrar a cada 24 horas. Amprolio Espectro de ação: Ação contra eimeriose e coccidiose Mecanismo de ação: O amprolio atua na regulação da absorção de tiamina pelos protozoários, portanto causando diminuição desta substancia que é essencial para a vida do protozoário. Farmacocinética: Biotransformação hepática e excreção renal Efeitos tóxicos: Distúrbios do trato gastrointestinal, diarreia e vomito Contraindicação: Aves de postura em produção Pontos importantes: Não é muito utilizado É prescrevido geralmente associado Normalmente é administrado pela via oral, na maioria das vezes nas raçoes para aves, ovinos e caprinos. Sulfas Farmacos: Sulfanamida Sulfamexazol Sulfaquinoxalina Sulfacetamina Sulfametazina Sulfadimetoxina SulfacetamidaEspectro de ação: Tem ação contra amebas, giárdias, Eimeria, coccidiose e é antibacteriano gram positivo e alguns gram negativo. Mecanismo de ação: Inibidores de uma enzima chamada de di-hidropteroato sintetase, inibindo assim a formação do ácido fólico e assim inibindo a síntese do RNA e DNA do protozoário. Farmacocinética: Absorção no trato gastrintestinal, biotransformada no fígado e excreção na urina. Efeitos tóxicos: Graves enterites, formação de cristais no trato urinário, causando a formação a formação de cálculos. Contraindicação: Animais jovens, gestantes, lactantes e uso com cautela em animais com problemas gastrointestinais e nefropatas. Pontos importantes: São considerados antimetabolicos; Possuem várias formas de administração, porém a melhor forma é a oral; Podem vir acrescido em raçoes de diversas espécies animais, mas como Antiprotozoarios; Normalmente as sulfas vem associadas a outras drogas, exemplo, trimetropim; A toxicidade das sulfas quando é aguda o animal pode apresentar como sintomas, aumento de salivação, diarreia, hiperpneia, excitação, fraqueza muscular e ataxia. Trimetropim (diaminopirimidina) Espectro de ação: Mecanismo de ação: atua inibindo a enzima di-hidrofolato redutase responsável pela transformação do ácido fólico, inibindo assim a síntese de DNA e RNA bacteriano. Farmacocinética: Absorção no TGI, biotransformado no fígado e excreção na urina; Efeitos tóxicos: Iguais à da sulfa ECTOPARASITICIDAS Tratar as doenças causadas por ectoparasitas; Drogas de uso sistêmico Drogas de uso tópico (doença de pele) Ivermectinas e milbemicinas Organofosforado Carbamatos Fenilpirazois Formamidinas Piretroides Inibidores de quitina Análogo do hormônio juvenil Benzoato de benzila Tetraetiltiuran Enxofre Ivermectinas e milbemicinas Espectro de ação: carrapatos de bovinos, sarnas sarcopticas e sarnas notoedricas. Farmacos: Ivermectinas: Ivermectina Abamectina Doramectina Milbemicinas: Milbemicinas Moxidectina Organofosforado Espectro de ação: carrapaticidas, piolhicidas e pulgicidas Mecanismo de ação: Inibem a ação da acetilcolinesterase irreversivelmente sobre a acetilcolina, evitando a hidrolise deste neurotransmissor levando a um aumento de acetilcolina na fenda sináptica, com isso causando uma excitação no parasito e consequentemente paralisia espasmódica e eliminação do parasito. Administração: Tópica Precauções: Evitar a aplicação em pele lesionada, evitar que o animal se lamba, evitar ambientes fechados (via aérea), não expor os animais ao sol, deve-se aplicar de forma posológica; Contraindicação: Lactantes, não pode utilizar em gatos Pontos importantes: Coumafós → recomendado para tratar algumas sarnas, porem tem potência baixa, é o único organofosforado que tem essa ação; Pode ser associado com os piretroides; Recomendado para o uso de diversas espécies. Carbamatos Espectro de ação: carrapaticidas, piolhicidas e pulgicidas de todas as espécies domesticas; Fármacos: Carbarila Propoxur Mecanismo de ação: Os Carbamatos são inibidores reversíveis da colinesterase, enquanto os organosfosforado, como visto anteriormente, são irreversíveis. Farmacocinetica: Para uso tópico são pouco absorvidos na pele, mas quando absorvidos são biotransformado no fígado, sendo excretados na urina. Efeitos tóxicos: Os efeitos tóxicos são os mesmos dos organofosforados, porém com menor duração e intensidade que os organofosforado. Contraindicação: Animais lactantes e em gatos. Pontos importantes: São muito semelhantes aos organofosforado, porém com o índice terapêutico maior. Uso tópico: não deverá ser absorvido. Fenilpirazois Espectro de ação: carrapaticida, piolhicidas, pulgicidas. Fármaco: Fipronil Mecanismo de ação: O fipronil inibe não competitivamente o GABA, fixando-se ao receptor no interior do canal do cloro, inibindo o fluxo celular dos íons, anulando assim o efeito neurorregulador do GABA e causando a morte do parasito por hiperexcitação; Farmacocinética: Efeitos tóxicos: Contraindicação: não se tem aplicado na posologia correta Pontos importantes: É uma droga muito segura; É uma droga muito cara; Pode ser utilizado em animais jovens, velhos, gestantes, lactantes e gatos. Deve aplicar no couro cabeludo Administração tópica e em forma de solução e bisnaga Formamidinas Espectro de ação: carrapaticidas, piolhicidas, pulgicidas e sarnicida; Fármacos: Amitraz Mecanismo de ação: Ainda não foi totalmente esclarecido, o amitraz penetra rapidamente, podendo atuar sob a forma original ou de seu metabólico ativo, inibindo a monoaminooxidase (MAO). Esta enzima mitocondrial tem ação catalisadora no processo de desaminação de catecolaminas, resultando no aumento dos níveis de norepinefrina e serotonina no sistema nervoso central. Farmacocinética: Se for absorvido será biotransformado no fígado e excretado por vias renais e biliares (fezes). Efeitos tóxicos: Ataxia, incoordenação, sonolência, depressão, bradicardia, hipotermia, midríase, emese e diarreia em cães. No equino, causam diminuição dos movimentos intestinais, resultado em sinais de cólica, causa interferência na liberação de insulina pelas ilhotas de Langherans. Contraindicação: Felinos domésticos, equinos, lactantes, gestantes, aves e portadores de diabetes melitus. Pontos importantes: O amitraz tem também ação queratolitica e queratoblastica: destroem a queratina e controla a proliferação de queratina. É menos toxico por via tópica e quando é absorvido, boa parte é neutralizado. Encontrado em forma de solução 12,5%, aplicação tópica e pour-on. Piretroides Espectro de ação: carrapaticida, piolhicidas e pulgicidas (age também contra flebotomineos). Fármacos: Piretrina I Piretrina II Cialotrina Ciflutina Cipermetrina Deltametrina Flumetrina Permetrina Mecanismo de ação: Penetra nos artrópodes através de sua cutícula rica em lipídios. O local de ação destes agentes é o canal de sódio das células nervosas, aumentando a condutância deste ion, causando despolarização da membrana nervosa, os insetos apresentam hiperatividade, incoordenação e dificuldade de movimento associado a hipersecreção, tremores, convulsão e, finalmente, o knock-down (queda), podendo ou não. Farmacocinética: São pouco absorvidos na pele, ocorrendo maior absorção nas mucosas, dos tratos digestórios e respiratórios, sofre biotransformação microssomal dos tecidos e no fígado e excreção é fecal e a renal. Efeitos tóxicos: É sobre o sistema nervoso, hiperexcitação, agressividade, tremores, fraqueza e resposta de sobressalto, coreoatetose, salivação profunda, movimento de pedalar, convulsão, incoordenação, desorientação, dispneia, náuseas, vômitos e diarreia. Contraindicação: Animais jovens, gestantes, lactantes, gatos e aves Formas: Solução, shampoo, sabonetes, coleiras e pour-on. Pontos importantes: Pode ser encontrado resíduos no leite semanas após a aplicação tópica. Inibidores de Quitina Espectro de ação: carrapaticida (larvicida), é mais eficiente como piolhicidas e pulgicida Farmaco: Fluazuran Lufenuron Mecanismo de ação: É um inseticida seletivo que atua pela inibição da deposição da quitina. Os artrópodes afetados são incapazes de promover a ecdise, perdem hemolinfa, adquirem coloração escura e morrem devido à desidratação; Farmacocinética: Administrar por via oral Efeitos tóxicos: Contraindicação: Pontos importantes: Pode ser utilizado em gato Seu efeito é demorado Pode ser administrado há cada 30 dias Análogo do hormônio juvenil Espectro de ação: larvicida de pulgas Fármaco: metoprene Mecanismo de ação: A molécula age mimetizando o hormônio regulador do crescimento, impedindo que os insetos atingem a maturidade ao interromper o desenvolvimento larval, resultando em sua morte. Farmacocinética:
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