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FISIOLOGIA AULA 4 ABERTURA Olá! De uma maneira geral, as funções das membranas são revestir a estrutura do organismo celular, separando os meios interno e externo da célula, e controlar a entrada e saída de diversas substâncias conforme diferentes necessidades químicas. Dizemos que a membrana plasmática é uma estrutura altamente dinâmica, por ser a responsável pelo controle do que entra e sai da célula. As proteínas presentes na membrana funcionam como bombas, sugando ou expulsando diversos tipos minerais. Nesta aula, abordaremos o transporte de moléculas através das membranas plasmáticas. Os mecanismos de transporte que você verá nesta aula incluem a difusão, a osmose e o transporte ativo. Bons estudos. Dinâmica das Membranas REFERENCIAL TEÓRICO O conhecimento das trocas das substâncias entre o meio intra e extracelular é fundamental para o entendimento dos processos normais de manutenção da homeostasia do nosso organismo. Aprofunde seu conhecimento no capítulo "Dinâmica das Membranas", da obra Biofísica e Fisiologia, onde você saberá mais sobre os transportes celulares ativo e passivo e suas subdivisões. Ao final deste estudo, você estará apto a: • Reconhecer os tipos de transportes da membrana plasmática. • Diferenciar o transporte celular passivo do transporte ativo. • Explicar as funções desses eventos de transporte intra e extracelular. Boa leitura. Dinâmica das membranas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer os tipos de transporte da membrana plasmática. � Diferenciar o transporte celular passivo do transporte ativo. � Explicar as funções desses eventos de transporte intra e extracelular. Introdução Para que as substâncias cheguem aos seus devidos locais, as membranas celulares precisam realizar uma tarefa extremamente vital para o processo fisiológico do corpo humano: o transporte. Ele é realizado pelas forças motrizes e orienta o destino das moléculas. O transporte celular é dividido em transportes ativo e passivo e, nessas classificações, ainda há outras subdivisões. O passivo não requer energia para ser realizado, já no ativo a presença da energia é fundamental para que ocorra. Neste capítulo, você vai estudar os tipos de transporte da membrana plasmática, de modo a diferenciar o transporte celular passivo do trans- porte celular ativo. Também vai ver quais são as funções do transporte intra e extracelular. Tipos de transporte da membrana plasmática A membrana plasmática, também conhecida como membrana celular ou plasmalema, é a estrutura que tem por função delimitar todas as células vivas. Ela é uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e pela seleção das substâncias que entram e saem das células (STANFIELD, 2013). Sobre as membrana plasmática, Fox (2007, p. 127) coloca: Moléculas que se movem do sangue para o líquido intersticial, ou moléculas que se movem através do líquido intersticial entre células diferentes devem, em última instância, entrar em contato com a membrana plasmática que envolve as células. Algumas dessas moléculas possuem a capacidade de penetrar a membrana, enquanto outras não. Do mesmo modo, algumas moléculas intrace- lulares podem penetrar (ou “permear”) a membrana plasmática, e outras não. Por essa razão, diz-se que a membrana plasmática é seletivamente permeável. Antes de apresentarmos os tipos de transporte que as membranas plásticas realizam, vamos relembrar, brevemente, como é a estrutura das membranas. Dentro de cada membrana há o núcleo, onde fica localizada a informação genética, e o citoplasma, que inclui tudo que não é o núcleo. O citoplasma se divide em citosol (líquido intracelular em forma de gel) e organelas. A membrana é um mosaico de líquido de biomoléculas, como fosfolipídios, colesterol, proteínas e carboidratos (LIMA, 2015). Os fosfolipídios aparecem em duas camadas, a chamada bicamada fos- folipídica, e se movem livremente pela membrana, só tendo essa fluidez atrapalhada pelo colesterol. A bicamada impede a movimentação de grandes moléculas polares, à exceção da água, que tem canais específicos de passagem (LIMA, 2015). As proteínas da membrana plasmática são divididas em dois tipos: integrais e periféricas. As proteínas integrais possuem o lado polar e apolar e têm canais que permitem os íons permearem a membrana quando estão em contato com ambientes aquosos. As proteínas periféricas são as proteínas ligadas de forma frouxa à membrana, podendo, inclusive, soltarem-se dela (LIMA, 2015). Os carboidratos se unem às membranas por ligações covalentes, ligando- -se aos lipídios ou às proteínas. A maioria dos carboidratos está na superfície extracelular, ajudando a manter as células unidas. Lima (2015) aponta que é neste local que está a informação de que a célula pertence ao sangue e de qual tipo sanguíneo ela é. Dinâmica das membranas2 A Figura 1 mostra onde estão localizadas, na membrana plasmática, essas e demais estruturas: Figura 1. Estrutura da membrana plasmática. Fonte: Stanfield (2013, p. 34). Vejamos agora os transportes transmembranares. Segundo Lima (2015), os transportes realizados pelas membranas ocorrem pela força motriz, que é a diferença de energia existente em uma membrana, que tende empurrar as moléculas em uma direção (sempre da energia maior para a menor), e orienta a direção que as moléculas tomarão, se puderem se mover espontaneamente. As forças motrizes podem ocorrer pela diferença de concentração ou de outros fatores que afetam a energia molecular. Podem ocorrer três forças motrizes: químicas (con- centração diferente dos dois lados da membrana); elétricas (em virtude do potencial elétrico da membrana); e eletroquímica (as duas forças motrizes anteriores agindo de forma conjunta) (LIMA 2015; STANFIELD, 2013). 3Dinâmica das membranas Sobre os tipos de transporte que ocorrem na membrana plasmática, Fox (2007) aponta que podem ser divididos em duas categorias: � o transporte que exige a ação de proteínas carreadoras específicas da membrana, denominado de transporte carreador, que pode ser dividido em difusão facilitada e transporte ativo; � o transporte através da membrana que não é mediado por carreador, que envolve a difusão simples de íons, moléculas lipossolúveis e água através da membrana. Outra classificação utilizada para os processos de transporte na membrana plasmática é feita por duas demandas energéticas, motivo pelo qual eles são divididos em transporte passivo e transporte ativo. O transporte passivo é o movimento de moléculas e íons através de uma membrana, da área de maior concentração para a de menor concentração, não exigindo energia metabólica. Inclui a difusão simples, a osmose e a difusão facilitada (FOX, 2007). Já o transporte ativo é o movimento através de uma membrana que ocorre contra um gradiente de concentração (em direção à região de maior con- centração). Exige o consumo de energia metabólica, o ATP, e as proteínas carreadoras específicas. Transportes ativo e passivo Como vimos, quando a molécula é transportada através da membrana, e esse transporte requer energia, damos a ele o nome de transporte ativo. Quando o transporte não requer energia, ele se caracteriza como passivo. Cada um desses transportes apresentam tipos diferentes. A partir de agora, vamos conhecer os principais tipos de cada um deles, começando pelo transporte passivo. Temos três principais tipos de transportes passivos, a difusão simples, a difusão facilitada e a difusão através de canais iônicos. A difusão simples é o transporte passivo das moléculas que acontece através da bicamada lipídica da membrana. Neste tipo, a população de moléculas se move a favor do seu gradiente de concentração (LIMA, 2015; STANFIELD, 2013). Dinâmica das membranas4 Caso a substância não atravesse a membrana por difusão simples, neces- sita de ajuda por parte dos “transportadores”. Essa é a difusão facilitada. Os transportadores sãoproteínas que se ligam às moléculas em um lado da membrana e as transportam para outro (LIMA, 2015; STANFIELD, 2013). Por fim, o transporte passivo também pode ser feito por difusão por canais iônicos. Esse transporte depende do tipo de canal. Segundo Stanfield (2013), em alguns canais iônicos, o poro parece agir simplesmente como um corredor cheio de água, através do qual os íons se movem por difusão. Em outros canais iônicos, existe um ou mais sítios para íons dentro do poro. O transporte ativo pode ser de dois tipos, sendo que a diferença entre eles está na energia utilizada. O transporte ativo primário utiliza o ATP ou outra fonte de energia química diretamente para o transporte. As proteínas envolvidas no transporte ativo primário são denominadas bombas. Já o transporte ativo secundário é acionado por um gradiente de concentração (ou eletroquímico) previamente criado pelo primário (LIMA, 2015; STANFIELD, 2013). As proteínas de transporte que realizam o transporte ativo são, em inúmeros aspectos, semelhantes aos transportadores envolvidos na difusão facilitada, porém os transportadores têm uma capacidade que elas não têm: os transpor- tadores ativos conseguem aproveitar a energia para acionar o transporte de moléculas em uma direção preferencial através de uma membrana (STAN- FIELD, 2013). Lima (2015) aponta que dois fatores afetam a ligação de um soluto e um transportador: o gradiente de concentração/eletroquímico e a afinidade do transportador e da molécula. No entanto, diferentemente da difusão facilitada, no qual as proteínas têm afinidade para ambos os lados, os transportadores ativos têm mais afinidade quando o sítio de ligação está exposto a um dos lados da membrana. Inicialmente, um soluto será transportado do lado A para o lado B devido a uma afinidade maior do transportador quando o sítio de ligação está voltado para o lado A, como pode ser visto na Figura 2a. Um estado estacionário ou de equilíbrio é alcançado quando o soluto tem a mesma probabilidade de se ligar nos dois lados, como mostra a Figura 2b (LIMA, 2015; STANFIELD, 2013). 5Dinâmica das membranas Figura 2. Transporte ativo. Fonte: Stanfield (2013, p. 124). Eventos do transporte intracelular e extracelular Neste tópico vamos detalhar o que ocorre nos eventos do transporte passivo e ativo de forma intracelular (dentro da célula) e extracelular (fora da célula). Vamos começar pelo transporte passivo, que, como vimos, é dividido em difusão simples, facilitada e pelos canais iônicos. Na difusão simples, o transporte passivo das moléculas acontece através da bicamada lipídica da membrana. Um exemplo de difusão simples é quando abrimos um frasco de perfume e sentimos a fragrância, mesmo que nenhuma corrente leve de ar a leve até a nossa narina. Isso ocorre porque algumas mo- léculas do perfume viajam do frasco até nosso nariz, pois as moléculas mais próximas do frasco estão mais concentradas e, assim, movem-se a favor do seu gradiente de concentração (STANFIELD, 2013). A velocidade da difusão simples é afetada por três fatores: magnitude da força motriz, área de superfície da membrana e permeabilidade da membrana. Sobre a magnitude da força motriz, Stanfield (2013, p. 117) detalha: Considere uma situação na qual uma membrana separa duas soluções em uma câmara. Inicialmente o lado 1 contém soluto em uma concentração de 1M, enquanto o lado 2 contém um volume igual de água pura. A presença desse gradiente de concentração ocasiona um fluxo resultante de moléculas de soluto 1 para o lado 2. Como resultado, a concentração no lado 1 diminui, enquanto a concentração do lado 2 aumenta. Dinâmica das membranas6 A Figura 3a mostra que é possível um gradiente de concentração grande criar o fluxo resultante, indicado pela seta. Já a Figura 3b mostra que, devido ao fluxo resultante do lado 1 para o lado 2, a concentração do lado 1 caiu para 0,75 M, enquanto do lado 2 subiu para 0,25 M. Por outro lado, observa-se na Figura 3c que a concentração dos dois lados da membrana se igualou, e o fluxo resultante agora é zero. Por fim, vemos as mudanças na concentração nos dois lados ao longo do tempo na Figura 3d (STANFIELD, 2013). Figura 3. Difusão simples. Fonte: Stanfield (2013, p. 118). A área da membrana também afeta a velocidade do transporte, pois, quanto maior for a área, mais rápido o transporte será realizado. O mesmo ocorre no caso da permeabilidade: quanto mais permeabilidade tiver a membrana, mais veloz será o transporte. Essa permeabilidade é influenciada por alguns fatores, como a temperatura (quanto mais quente, mais rápido será), a solubilidade lipídica da substância em difusão (moléculas lipossolúveis atravessam com maior facilidade a camada) e o tamanho e a forma das moléculas em difusão (as moléculas maiores têm mais dificuldade de atravessar a bicamada) (LIMA, 2015; STANFIELD, 2013). Stanfield (2013, p. 120) descreve que “[...] um transportador possui um ou mais locais de ligação, que são normalmente específicos para moléculas de determina- 7Dinâmica das membranas das substâncias ou classes de substâncias. Exemplos de substâncias transportadas por transportadores incluem os monossacarídeos e os aminoácidos.” Para que seja transportada por um transportador, é necessário que a mo- lécula primeiro acesse o sítio de ligação. Chegando ao sítio, o transportador sofre uma mudança conformacional, que expõe o sítio de ligação ao líquido no outro lado da membrana. Nesse ponto, a molécula está livre para se dissociar do transportador e ser liberada no líquido (STANFIELD, 2013). Para descrever esse processo, Lima (2015) aponta que ele lembra uma porta giratória de um banco, pois, ao encostar no sítio, o transportador muda de posição e expõe a molécula ao líquido do outro lado da membrana, sendo que lá ela se solta e é liberada no líquido, como mostra a Figura 4. Figura 4. Difusão facilitada. Fonte: Stanfield (2013, p. 121). A velocidade da difusão facilitada pode ser afetada por três fatores: a velocidade dos transportadores em si, o número de transportadores presentes na membrana e a magnitude do gradiente de concentração (ou do gradiente eletroquímico) da substância comportada. Um aumento em um desses fatores se traduz em uma difusão facilitada mais rápida. Os transportadores têm velocidade distintas. O transportador de glicose, por exemplo, por atingir 10 mil moléculas de glicose por segundo (STAN- FIELD, 2013). Quando um canal tem numerosos sítios de ligação, os íons se movem através do poro ‘pulando’ de um sítio para o próximo Na ausência de um gradiente eletroquímico, é igualmente provável que um canal transporte íons (ou outras moléculas) nas duas direções, e não ocorrerá fluxo resultante. Se um gradiente eletroquímico estiver presente, no entanto, o fluxo resultante por meio do canal será a favor do gradiente (STANFIELD, 2013, p. 123). Dinâmica das membranas8 Alguns poros são altamente seletivos e permitem, quase que exclusivamente, que apenas água atravesse a membrana. A água também é transportada por meio da osmose (LIMA, 2015). A osmose permite a passagem do fluxo de qualquer solvente em uma membrana semi- permeável, em resposta a uma diferença no potencial químico, através da membrana. Ocorre em favor do gradiente e iguala as concentrações nas duas faces da membrana (LIMA, 2015). Os fatores que afetam a velocidade desse transporte são o tipo de canal e o número de canais existentes na membrana. Bem, até aqui, conferimos como ocorre o transporte passivo. Passaremos agora para o transporte ativo, que é, igualmente, realizado pelas células. O transporte ativo, ao contrário do passivo, requer energia para a realização do deslocamento das substâncias. Isso ocorre porque, como vimos, o transporte passivo realiza o transporte a favor de um gradiente eletroquímico, enquanto o ativo irá realizar o fluxo contrário a esse gradiente (STANFIELD, 2013). Sobre o transporte ativo, a autora complementa: De fato, muitos processosfisiológicos vitais dependem do transporte ativo, seja diretamente ou indiretamente; esses processos incluem a geração de sinais elétricos em neurônios e outras células excitáveis, a regulação da contração muscular, a absorção de nutrientes e água pelo sistema digestório e a regulação do líquido corporal pelos rins (STANFIELD, 2013, p. 123). No transporte ativo primário, as proteínas funcionam como transporta- dores, mas também como enzimas. Nesta função, elas aproveitam a energia do ATP ao catalisar sua hidrólise. Usando o exemplo proposto por Stanfield (2013) para melhor compreensão do transporte ativo primário, vamos apre- sentar a bomba de sódio-potássio, também denominada bomba de Na+/K+ ou Na+/K+-ATPase. Essa bomba está presente em quase todas as células e é crucial em inúmeros processos fisiológicos, como a sinalização elétrica. Como se vê na Figura 5, essa bomba inclui três sítios de ligação ao sódio e dois ao potássio. Ela utiliza ATP diretamente para transportar íons sódio para fora da célula e íons potássio para dentro da célula contra os gradientes eletro- 9Dinâmica das membranas químicos. Sendo assim, os íons de sódio intracelulares ligam-se à proteína de bomba (Figura 5a), e a ligação dos três íons de sódio desencadeia a fosforilação da bomba por ATP (Figura 5b). A fosforização induz uma mudança confor- macional na proteína, que permite a liberação de sódio no líquido extracelular (Figura 5c). Íons de potássio extracelulares se ligam à proteína da bomba e desencadeiam a liberação do grupo fosfato (Figura 5d). A perda do grupo fosfato permite que a proteína volte à sua conformação original (Figura 5e), e íons de potássio são liberados para o interior da célula. Os sítios de sódio ficam novamente disponíveis para ligação (Figura 5f). Figura 5. Transporte ativo primário da bomba sódio-potássio. Fonte: Stanfield (2013, p. 125). Dinâmica das membranas10 Essa bomba não é a única do transporte ativo primário nas células do corpo. As bombas que atuam no revestimento do estômago, por exemplo, transportam íon hidrogênio (H+) para fora da célula, enquanto transportam K+ para dentro das mesmas células. Elas são responsáveis pela secreção do ácido do estômago, importante na digestão (STANFIELD, 2013). Conheça um pouco mais sobre o transporte ativo a partir da bomba de sódio e potássio no vídeo disponível pelo link a seguir. https://qrgo.page.link/C8fQK Já o transporte ativo secundário ocorre quando uma proteína de trans- porte acopla o fluxo de uma substância ao fluxo de outra. Dessa forma, uma substância se move passivamente a favor do seu gradiente eletroquímico, liberando energia no processo, a qual é então usada para acionar o movimento de outra substância contra seu gradiente eletroquímico (STANFIELD, 2013). Há dois tipos de transporte secundário: o cotransporte e o contratransporte. O cotransporte ocorre quando o transporte de duas substâncias ocorre na mesma direção, como podemos ver na Figura 6a, que mostra o transporte de glicose ligado ao de sódio. Já no contratransporte ocorre o transporte de duas substâncias em direções opostas, como visto na Figura 6b, que mostra a troca sódio-próton. Stanfield (2013) aponta que dois fatores são determinantes no aumento da velocidade do transporte ativo através da membrana. Esses fatores são os mesmos da difusão facilitada: a velocidade dos transportadores individuais e o aumento do número deles na membrana. Os transportadores individuais carregam moléculas a velocidades diferentes, dependendo do seu tipo e de acordo com as mudanças do gradiente de concentração. Já o aumento no número de transportadores aumentará a probabilidade de o soluto se ligar ao transportador e ser transportado através da membrana (STANFIELD, 2013). 11Dinâmica das membranas Figura 6. Transporte ativo secundário. Fonte: Stanfield (2013, p. 127). Neste capítulo, você estudou os tipos de transporte da membrana plasmática. A classificação mais utilizada para os processos de transporte na membrana plasmática está relacionada a duas demandas energéticas, por isso eles são divididos em transporte passivo e transporte ativo. O transporte passivo é o movimento de moléculas e íons através de uma membrana da área de maior concentração para a de menor concentração, não exigindo energia metabólica. O transporte passivo inclui a difusão simples, a osmose e a difusão facilitada. Já o transporte ativo é o movimento através de uma membrana que ocorre contra um gradiente de concentração (em direção à região de maior concentração). Exige o consumo de energia metabólica, o ATP, e proteínas carreadoras específicas. FOX, S. I. Fisiologia humana. 7. ed. Barueri, SP: Manole, 2007. LIMA, A. Fisiologia humana. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. STANFIELD, C. L. Fisiologia humana. 5. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. Dinâmica das membranas12 Leituras recomendadas HALL, J. E. Guyton & Hall: tratado de fisiologia médica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000. SILBERNAGL, S.; DESPOPOULOS, A. Fisiologia: texto e atlas. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. WARD, J.; LINDEN, A. Fisiologia básica: guia ilustrado de conceitos fundamentais. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. 13Dinâmica das membranas PORTFÓLIO A difusão é a passagem de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado e depende de três fatores: o gradiente de concentração, a área da superfície e a espessura da membrana. O que acontece com a taxa de difusão quando: a) O gradiente de concentração diminui? b) A área da superfície diminui? c) A espessura da membrana aumenta? PESQUISA Fisiologia - O Transporte de Substâncias Através da Membrana Celular Acesse https://www.youtube.com/watch?v=lqvtTkbr_Nk Nesta vídeo-aula vamos falar sobre os tipos de transportes de moléculas pelas membranas das células e a concentração de determinados íons presentes no líquido intracelular e extracelular. N
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