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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - GABARITADO.pdf

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LISTA DE QUESTÕES 
001. (FCC/SEMEF MANAUS-AM/PROGRAMADOR/2019) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
1. As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação puseram em xeque 
os antigos modelos de negócios. As novas rotinas criadas a partir das plataformas 
digitais produziram um complexo cenário de incertezas. Vivemos um grande 
desafio. 
2. É preciso refletir sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade 
e a capacidade de inovação - rápida e de baixo custo - serão fundamentais para 
a sobrevivência das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das 
nativas digitais. Mas é preciso, também, que façamos uma autocrítica sobre o 
modo como vemos o mundo e a maneira como dialogamos com ele. 
3. Antes da era digital, em quase todas as famílias existia um álbum de fotos. 
Lembram disso? Lá estavam as nossas lembranças, os nossos registros afetivos. 
Muitas vezes abríamos o álbum e a imaginação voava. 
4. Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi 
substituído pelas galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos 
excesso de fotos, mas falta o mais importante: a memória afetiva, a curtição 
daqueles momentos. Pensamos que o registro do momento reforça sua 
lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são incapazes de superar a 
vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais importante 
viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo à 
coletiva solidão digital. 
5. Algo análogo se dá com o consumo da informação. Navegamos freneticamente 
no espaço virtual. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa sensação 
de liberdade, já que não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os 
editores do nosso diário personalizado. 
Será? Não creio, sinceramente. Uma enxurrada de estímulos dispersa a 
inteligência. Ficamos reféns da superficialidade. Perdemos contexto e 
sensibilidade crítica. 
“É importante guardar imagens. Porém, é mais importante viver cada momento 
com intensidade.” (4º parágrafo) Sem que nenhuma outra alteração seja feita na 
frase, as relações de sentido e a correção do segmento acima estarão preservadas 
caso se substitua o elemento sublinhado por 
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a) Conquanto 
b) Embora 
c) Porquanto 
d) Conforme 
e) Todavia 
 
002. (FCC/SEMEF MANAUS-AM/TÉCNICO/2019) 
Darwin nos trópicos 
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o 
grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou 
em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* 
são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas 
a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: 
“Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, 
surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito 
do mais reles animal.” 
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor 
de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que 
estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil 
traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou 
mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. 
Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua 
impressão: a África salva o Brasil. 
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador 
prussiano. 
Respeitando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um 
segmento do texto em: 
a) descrições gloriosas (1º parágrafo) = impressões empenhadas 
b) causou-lhe asco e perplexidade (1º parágrafo) = submeteu-o a relutantes 
sentimentos. 
c) suficiente para quebrar o espírito (1º paragrafo) = disponível para aquebrantar 
o humor. 
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d) olhos capazes de ver e constatar (2º parágrafo) = olhos dispostos a analisar e 
discorrer. 
e) chama de uma irrefreável afirmação (2º parágrafo) = ardor de uma incontida 
positivação. 
 
003. (FCC/AFAP/ADVOGADO/2019) 
Beleza e propaganda 
A crescente padronização do ideal de beleza feminina foi um dos efeitos 
imprevistos da popularização da fotografia, das revistas de grande circulação e 
do cinema a partir do início do século XX. Não é à toa que esse movimento 
coincide com a decolagem e vertiginosa ascensão da indústria da beleza (hoje 
um mercado com receita global acima de 200 bilhões de dólares). Como vender 
“a esperança dentro de um pote?” 
As estratégias variam ao infinito, porém a mais diabólica e (possivelmente) eficaz 
dentre todas - verdadeira premissa oculta do marketing da beleza - foi explicitada 
com brutal franqueza, em 1953, pelo então presidente da megavarejista de 
cosméticos americana Allied Stores: “O nosso negócio é fazer as mulheres 
infelizes com o que têm”. 
O atiçar cirúrgico da insegurança estética e a exploração metódica das hesitações 
femininas no universo da beleza abrem as portas ao infinito. Os números e lucros 
do setor reluzem, mas quem estimará a soma de todo o mal-estar causado pelo 
massacre diuturno de um padrão ideal de beleza? 
O autor do texto explora com alguma frequência expressões com clara oposição 
de sentido, tal como ocorre entre 
a) crescente padronização e popularização da fotografia. 
b) coincide com a decolagem e vertiginosa ascensão. 
c) premissa oculta e brutal franqueza. 
d) variam ao infinito e a mais diabólica. 
e) insegurança estética e hesitações femininas. 
 
004. (FCC/SEMEF MANAUS-AM/PROGRAMADOR/2019) Está correta a redação 
do segmento adaptado do texto que se encontra em: 
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a) Foi apenas nos últimos 300 anos, que surgiu as normas, e eventualmente os 
direitos, de privacidade. 
b) No futuro, conforme previsões, a vigilância ativa será uma parte rotineira das 
transações, a qual será quase impraticável escapar. 
c) As experiências com a mídia social, já se deixou claro que agimos de modo 
diferente quando estamos sendo observados. 
d) A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar os motivos 
pelos quais a privacidade está ameaçada hoje. 
e) A difusão da privacidade em escala maciça, cuja as realizações mais 
impressionantes da civilização moderna, dependeu da criação da classe média. 
 
005. (FCC/SEMEF MANAUS-AM/PROGRAMADOR/2019) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
1. Por boa parte da história humana, a privacidade estava pouco presente na vida 
da maioria das pessoas. Não existiam expectativas de que uma porção 
significativa da vida transcorresse distante dos olhares alheios. 
2. A difusão da privacidade em escala maciça, com certeza uma das realizações 
mais impressionantes da civilização moderna, dependeu de outra realização, 
ainda mais impressionante: a criação da classe média. Só nos últimos 300 anos, 
quando a maior parte das pessoas obtiveram os meios financeiros para controlar 
o ambiente físico, as normas, e eventualmente os direitos, de privacidade vieram 
a surgir. 
3. A conexão histórica entre a privacidade e a riqueza ajuda a explicar por que a 
privacidade está sob ataque hoje. A situação nos faz recordar que ela não é um 
traço básico da existência humana, mas sim um produto de determinado arranjo 
econômico - e portanto um estado de coisas transitório. 
4. Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da 
privacidade, mas trabalham para solapá-la. Testemunhamos a ascensão daquilo 
que a socióloga Shoshanna Zuboff define como “capitalismo de vigilância” - a 
transformação de nossos dados pessoaisem mercadoria por gigantes da 
tecnologia. Encaramos um futuro no qual a vigilância ativa é uma parte tão 
rotineira das transações que se tornou praticamente inescapável. 
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5. Como nossas experiências com a mídia social têm deixado claro, agimos 
diferente quando sabemos estar sendo observados. A privacidade é a liberdade 
de agir sem ser observado, e assim, em certo sentido, de sermos quem realmente 
somos - não o que desejamos que os outros pensem que somos. A maioria deseja 
maior proteção à sua privacidade. Porém, isso requererá a criação de diversas leis. 
Hoje as forças da criação de riqueza já não favorecem a expansão da privacidade, 
mas trabalham para solapá-la.- (4º parágrafo) Encaramos um futuro no qual a 
vigilância ativa é uma parte tão rotineira das transações... (4º parágrafo) A 
situação nos faz recordar que ela não é um traço básico da existência humana... 
(3º parágrafo) 
No contexto, os elementos sublinhados acima referem-se, respectivamente, a: 
a) riqueza - vigilância - existência humana. 
b) privacidade - futuro - privacidade. 
c) privacidade - futuro - existência humana. 
d) riqueza - futuro - privacidade. 
e) privacidade - vigilância - privacidade. 
 
Tomando resolutamente a sério as narrativas dos “selvagens”, a análise estrutural 
nos ensina, já há alguns anos, que tais narrativas são precisamente muito sérias e 
que nelas se articula um sistema de interrogações que elevam o pensamento 
mítico ao plano do pensamento propriamente dito. Sabendo a partir de agora, 
graças às Mitológicas, de Claude Lévi-Strauss, que os mitos não falam para nada 
dizerem, eles adquirem a nossos olhos um novo prestígio; e, certamente, investi-
los assim de tal gravidade não é atribuir-lhes demasiada honra. 
Talvez, entretanto, o interesse muito recente que suscitam os mitos corra o risco 
de nos levar a tomá-los muito “a sério” desta vez e, por assim dizer, a avaliar mal 
sua dimensão de pensamento. 
Se, em suma, deixássemos na sombra seus aspectos mais acentuados, veríamos 
difundir-se uma espécie de mitomania esquecida de um traço todavia comum a 
muitos mitos, e não exclusivo de sua gravidade: o seu humor. 
Não menos sérios para os que narram (os índios, por exemplo) do que para os 
que os recolhem ou leem, os mitos podem, entretanto, desenvolver uma intensa 
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impressão de cômico; eles desempenham às vezes a função explícita de divertir 
os ouvintes, de desencadear sua hilaridade. 
Se estamos preocupados em preservar integralmente a verdade dos mitos, não 
devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e considerar que 
um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes e fazer rir aqueles que o 
escutam. 
A vida cotidiana dos “primitivos”, apesar de sua dureza, não se desenvolve sempre 
sob o signo do esforço ou da inquietude; também eles sabem propiciar-se 
verdadeiros momentos de distensão, e seu senso agudo do ridículo os faz várias 
vezes caçoar de seus próprios temores. 
Ora, não raro essas culturas confiam a seus mitos a tarefa de distrair os homens, 
desdramatizando, de certa forma, sua existência. 
Essas narrativas, ora burlescas, ora libertinas, mas nem por isso desprovidas de 
alguma poesia, são bem conhecidas de todos os membros da tribo, jovens e 
velhos; mas, quando eles têm vontade de rir realmente, pedem a algum velho 
versado no saber tradicional para contá-las mais uma vez. O efeito nunca se 
desmente: os sorrisos do início passam a cacarejos mal reprimidos, o riso explode 
em francas gargalhadas que acabam transformando-se em uivos de alegria. 
 
006. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR/2018) 
deixássemos na sombra seus aspectos mais acentuados (2º parágrafo) 
eles desempenham às vezes a função explícita (3º parágrafo) 
senso agudo do ridículo os faz várias vezes (4º parágrafo) 
Os termos sublinhados acima referem-se respectivamente a: 
a) mitos - os que narram - primitivos 
b) pensamento - mitos - primitivos 
c) mitos - mitos - primitivos 
d) mitos - os que narram - momentos de distenção 
e) pensamento - mitos - momentos de distenção 
 
007. (FCC/DPE-RS/DEFENSOR/2018) 
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... não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e considerar 
que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes... (3º parágrafo) 
Uma nova redação para a frase acima, em que se mantêm a clareza, o sentido e 
a correção, está em: 
a) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam e, todavia, 
considerar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes... 
b) Não só devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, mas 
também considerar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes... 
c) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, a fim de 
considerar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes... 
d) Não devemos nem subestimar o alcance real do riso que eles provocam, nem 
considerar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes... 
e) Não devemos subestimar o alcance real do riso que eles provocam, mas 
considerar que um mito pode ao mesmo tempo falar de coisas solenes... 
 
008. (FCC/TRT 6ª/TÉCNICO/2018) 
- Você pode entrar no ramo, disse-lhe. 
A frase acima está corretamente transposta para o discurso indireto em: 
Parte superior do formulário 
a) Disse-lhe “você pudera entrar no ramo”. 
b) Disse-lhe que você pode entrar no ramo. 
c) Disse-lhe que ele podia entrar no ramo. 
d) Disse-lhe: “ele pôde entrar no ramo”. 
e) Disse-lhe: você poderá entrar no ramo. 
 
009. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE/2018) 
Crônica de gente pouco importante: Manaus, século XIX 
Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de 
um conjunto de pessoas que jamais usufruíram de notoriedade. 
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Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal 
desembarcou no porto de Manaus. No início do século XIX, quando o tráfico de 
escravos se tornou ilegal como parte de um conjunto de acordos internacionais, 
os africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos navios 
apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a apreensão ocorresse em águas 
brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou 
a particulares por 14 anos até sua emancipação. Com isso, os africanos livres 
chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive ao Amazonas. 
Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas 
crianças foram junto. Ali já estavam outros africanos livres que, além da fabricação 
de telhas, potes e tijolos, também eram responsáveis pela supervisão do trabalho 
dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras públicas. Eram cerca de 
20 pessoas que viviam no mesmo lugar em que trabalhavam e assim foi até 1858, 
quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os 
Educandos Artífices. 
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a 
lavadeira dos Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o 
outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os filhos, o marido Gualberto, o 
cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era grande 
coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para 
todos. A tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal 
informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra 
e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois, Apolinária já estava de volta ao 
trabalho nas obras públicas, com destino incerto. 
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceucom Apolinária 
porque ela desapareceu da documentação, mas os fragmentos de sua vida que 
pude recuperar são poderosos para iluminar cenas da vida desta cidade que 
estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de modo 
marginal na historiografia local e só muito recentemente vemos mudanças neste 
cenário. Há ainda muitas zonas de silêncio. 
A história de Apolinária nos ajuda a colocar problemas novos, entre eles, o fato 
de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império 
permite acessar um mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade 
de experiências que uniram índios, escravos, libertos e africanos livres no mundo 
do trabalho no século XIX. 
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Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e 
concretos. Suas vidas comuns foram, de fato, extraordinárias, cada uma a seu 
modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a História acontecer todos os dias. 
A grafia de história, em minúscula no penúltimo parágrafo, e a de História, 
iniciada por maiúscula no último parágrafo, enfatizam a distinção estabelecida 
entre os dois usos do vocábulo, empregado, respectivamente, com os sentidos 
de: 
a) particularidade e coletividade. 
b) invenção e fato. 
c) certeza e dúvida. 
d) universalidade e individualidade. 
e) emoção e razão. 
 
010. (FCC/TRF 5ª/TÉCNICO/2017) 
Numa visita ao Brasil, pouco depois de sair do Governo da Espanha, Felipe 
Gonzalez foi questionado sobre o que gostaria de ter feito e não conseguiu. 
Depois de pensar alguns minutos, disse lamentar que, apesar de avanços 
importantes em educação, os jovens ainda se formavam e queriam saber o que 
o Estado faria por eles. 
Transpondo-se para o discurso direto a fala atribuída a Felipe Gonzalez, obtêm-
se as seguintes formas verbais: 
a) Lamento - formem – queiram 
b) Lamento – formem – querem 
c) Lamentei – formaram – queriam 
d) Lamentou – vão se formar – irão querer 
e) Lamento - tinham se formado – quiseram 
 
011. (FCC/AGENTE/ARTESP/2017) A forma verbal poderia, no segundo parágrafo, 
atribui à expressão remover até 65 de cada 100 carros nos horários de pico 
sentido: 
a) falacioso. 
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b) factual. 
c) imperativo. 
d) conclusivo. 
e) conjectural. 
 
012. (FCC/ARTESP/AGENTE/2017) 
 
O humor da tira relaciona-se: 
a) à expectativa de enriquecer sem esforço das personagens que adquiriram o 
GPS. 
b) ao funcionamento não convencional dos produtos vendidos na loja de 
eletrônica. 
c) ao desconhecimento, por parte dos clientes, de que o GPS tem função 
localizadora. 
d) ao fato de que os consumidores não demonstram ter consciência de seus 
direitos. 
e) à inaptidão dos usuários do GPS para configurar manualmente o aparelho. 
 
Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias 
partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um 
caminhão autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a 
entrega de uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem 
motoristas são uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não 
discutiram leis para reger seu trânsito. 
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No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as 
cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas 
tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais. 
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma 
“nova revolução industrial”, como define o secretário de Transportes paulistano, 
Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: “Hoje o risco incide 
sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que 
produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas”. 
 
013. (FCC/ARTESP/AGENTE/2017) Considere as relações coesivas estabelecidas 
pelo pronome seu, ao final do primeiro parágrafo. No contexto, esse pronome 
retoma, especificamente: 
a) veículos sem motoristas. 
b) Estados Unidos. 
c) leis. 
d) ruas de grandes cidades e estradas no campo. 
e) países. 
 
014. (FCC/ARTESP/AGENTE/2017) 
Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma 
“nova revolução industrial”, como define o secretário de Transportes paulistano, 
Sérgio Avelleda. (2º parágrafo) 
O vocábulo como, nessa passagem do texto, estabelece a mesma relação de 
sentido que a verificada em: 
a) Ainda não se sabe como ficarão as leis de trânsito com a popularização dos 
carros autônomos. 
b) Como dito no texto, os carros autônomos, com diferentes tecnologias, já são 
uma realidade. 
c) O modo acelerado como os carros sem motorista têm sido produzidos é 
realmente espantoso. 
d) Os carros autônomos são, para a sociedade atual, como eram os carros no 
início do século 20. 
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e) Como ainda há poucos carros autônomos nas ruas, seu impacto no cotidiano 
é desconhecido. 
 
Pode ser um saudosismo bobo, mas tenho saudades do tempo em que se ouvia 
o futebol pelo rádio. Às vezes, era apenas chiado; às vezes, o chiado se misturava 
com a narração; às vezes, a estação sumia; sem mais nem menos, voltava, e o 
jogo parecia tão disputado, mas tão emocionante, repleto de lances 
espetaculares, que tudo que queríamos no dia seguinte era assistir os melhores 
momentos na televisão. Hoje todos os jogos são transmitidos pela televisão. Isso 
é uma coisa esplêndida, mas sepultou a fantasia, a mágica. 
Agora, que fique claro: em absoluto falo mal da tecnologia. Ao contrário, o avanço 
tecnológico, principalmente a chegada da internet, trouxe muita coisa boa pra 
muita gente. Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito e, se quisesse 
ter acesso a uma boa jurisprudência, tinha que fazer assinatura. Hoje, está tudo 
aí, disponível, à farta, de graça. Somente quem viveu numa época em que não 
havia a internet tem condições de dimensionar o nível de transformação e de 
reprodução do conhecimento humano que ela representou... 
 
015. (FCC/ARTESP/AGENTE/2017) Condizente com o gênero crônica, o texto 
consiste em: 
a) uma história fantasiosa inspirada em fatos reais, com linguagem cerimoniosa. 
b) um registro histórico de fatos de relevo internacional, com linguagem 
hermética. 
c) um relato subjetivo de experiências cotidianas, com linguagem coloquial. 
d) uma compilação de opiniões divergentes sobre tema polêmico, com 
linguagem afetada. 
e) uma descrição objetiva da realidade visando noticiar fatos inéditos, com 
linguagem formal. 
 
COP-21 já foi. E agora, o que virá? 
O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o 
problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais 
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favorável à tomada de decisão para que os objetivos assinalados formalmente 
por 196 países sejam alcançados. 
Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que 
algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas 
apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” 
que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não 
elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a iminente 
elevação média de temperatura acima de 2 ºC. 
Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma 
diferença para a humanidade? A 21a Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um 
caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais - e melhor - do que tem 
sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera jáultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria - segundo 
o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU - a progressão 
rápida da temperatura acima dos 2 °C. 
A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões 
anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. Sem essa medida, como 
imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da 
energia do mundo é suja) se modifique no curto prazo? 
Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem 
mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, 
etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da 
curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a 
climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em 
alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo. 
Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a 
emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada 
precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao 
aquecimento global. 
O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história 
da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. Tal como a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 1948), o Acordo sinaliza rumo e 
perspectiva, aponta o que é o certo, e se apresenta como um compromisso 
coletivo. Tornar o Acordo realidade exige atitude. Diária e obstinada. 
 
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016. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA/2016) Uma palavra empregada com sentido 
exclusivamente figurado está sublinhada na seguinte passagem do texto: 
a) a iminente elevação média de temperatura acima de 2 ºC (2º parágrafo) 
b) A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já ultrapassou as 400 ppm 
(3º parágrafo) 
c) nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos (5º parágrafo) 
d) U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. (4º parágrafo) 
e) a queima de combustíveis fósseis segue em alta (5º parágrafo) 
 
A Geografia 
Foi em um negócio de ferros velhos, durante a guerra mundial, que o Procópio 
Viana passou de modesto vendedor da casa Portela & Gomes a honrado 
capitalista da nossa praça. Com a bolsa repleta de amostras de arroz, de feijão, 
de milho, de farinha, anda acima e abaixo a vender nos retalhistas, quando um 
deles o incumbiu de negociar os maquinismos de uma velha fábrica 
desmantelada. O rapaz ganhou no negócio quinze contos, e não quis mais saber 
de outro comércio. E, em breve, comprava até navios velhos, vendendo-os a 
estrangeiros, conseguindo reunir, com essas transações, os seus quatro milhares 
de contos. 
Rico, pôs-se o Procópio a viajar. E era de regresso desse passeio através dos 
continentes que contava, no Fluminense, a um grupo de senhoras, as suas 
impressões de turista. 
- Visitei Paris, Londres, Madri... - dizia ele, com ênfase, sacudindo a perna direita, 
o charuto ao canto da boca, a mão no bolso da calça. - Fui ao Cairo, a Roma, a 
Berlim, a Viena... 
E após um instante: 
- Estive em Tóquio, em Pequim, em Singapura... 
A essas palavras, que punham reflexos de admiração e de inveja nos olhos das 
moças que o ouviam, mlle*. Lili Peixoto aparteou, encantada: 
- O senhor deve conhecer muito a Geografia... Não é? 
- Ah! não, senhora! - interveio, logo, superior, o antigo caixeiro de Portela & 
Gomes. 
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- A Geografia, eu quase não conheço. 
E atirando para o espaço uma baforada do seu charuto cheiroso: 
- Eu passei por lá de noite... 
*mademoiselle: expressão francesa usada para se referir respeitosamente a moça 
ou mulher. 
 
017. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA/2016) A construção do humor no texto associa-
se, entre outros aspectos: 
a) à vasta erudição que Procópio Viana acumulou ao longo das viagens que 
realizou a trabalho. 
b) ao fato de Procópio Viana tornar-se rico, mas não perder a modéstia que lhe 
era característica. 
c) à impossibilidade de um vendedor chegar a obter lucro a partir de um negócio 
de ferros velhos. 
d) à reação interesseira das mulheres ao descobrirem a origem das riquezas de 
Procópio Viana. 
e) ao contraste entre o comportamento presunçoso e a falta de instrução de 
Procópio Viana. 
 
018. (FCC/SEGEP-MA/ANALISTA/2016) A frase escrita com correção é: 
a) Humberto de Campos, jornalista, critico, contista, e memorialista nasceu, em 
Miritiba, hoje Humberto de Campos no Maranhão, em 1886, e falesceu, no Rio 
de Janeiro em 1934. 
b) O escritor Humberto de Campos, em 1933, publicou o livro que veio à ser 
considerado, o mais celebre de sua obra: Memórias, crônica dos começos de sua 
vida. 
c) Em 1912, Humberto de Campos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, e entrou 
para O Imparcial, na fase em que ali encontrava-se um grupo de eximios 
escritores. 
d) De infância pobre e orfão de pai aos seis anos; Humberto de Campos, começou 
a trabalhar cedo no comércio, como meio de subsistencia. 
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e) Humberto de Campos publicou seu primeiro livro em 1910, a coletânea de 
versos intitulada Poeira; em 1920, já membro da Academia Brasileira de Letras, 
foi eleito deputado federal pelo Maranhão. 
 
019. (FCC/SEGEP-AM/TÉCNICO/2016) 
A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano, Nabiré parecia 
cansada. Portadora de um cisto no ovário, carregava seu corpo de 31 anos e 2 
toneladas com mais dificuldade. Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em 
relativa normalidade. Comeu feno, caminhou na areia, rolou na poça de lama para 
proteger-se do sol. Ao fim da tarde, recolheu-se aos seus aposentos – uma área 
fechada no zoológico Dvůr Králové, na República Tcheca. Deitou-se, dormiu – e 
nunca mais acordou. No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a perda 
como “terrível”, definindo-a como “um símbolo do declínio catastrófico dos 
rinocerontes devido à ganância humana”. 
Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos. A 
espécie está extinta na natureza. Dos quatro remanescentes, três vivem numa 
reserva ecológica no Quênia, protegidos por homens armados. O restante – uma 
fêmea chamada Nola – mora num zoológico nos Estados Unidos. São todos 
idosos e, até que se prove o contrário, inférteis. 
Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador (como a 
juba, no caso do leão), o chifre acabaria por selar o destino trágico do 
paquiderme. Passou a ser usado para tratar diversas doenças na medicina 
oriental. De nada valeram inúmeros estudos científicos mostrando a inocuidade 
da substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro da caça. 
Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos rinocerontes era 
representada por um plantel de meio milhão de animais. Hoje restam apenas 29 
mil, divididos em cinco espécies. A que está em estado mais crítico é a subespécie 
branca-do-norte. 
O rinoceronte-branco-do-norte era endêmico do Congo – país que ainda sofre 
os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996 que já deixou um saldo de ao 
menos 5 milhões de pessoas mortas. Diante desse quadro, não houve quem 
zelasse pelo animal. 
Nabiré foi um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte nascidos em cativeiro, 
no próprio zoológico. Após o nascimento de Fatu, no mesmo zoológico, quinze 
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anos mais tarde, nenhuma outra fêmea de rinoceronte-branco-do-norte 
conseguiu engravidar. Por isso, em 2009, os quatro rinocerontes-brancos-do-
norte que faziam companhia a Nabiré foram levados para um reserva no Quênia. 
Como nem a inseminação artificial tivesse funcionado, havia a esperança última 
de que um habitatselvagem pudesse surtir algum efeito. Porém, não houve 
resultado. 
Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença: nasceu com 
ovário policístico, o que a tornava infértil. “Foi a rinoceronte mais doce que 
tivemos no zoológico”, disse o diretor de projetos internacionais do zoológico. 
“Nasceu e cresceu aqui. Foi como perder um membro da família”. Há uma 
esperança remota de que a espécie ainda seja preservada por fertilização in vitro. 
“Nossa única esperança é a tecnologia”, completou o diretor. “Mas é triste atingir 
um ponto em que a salvação está em um laboratório. Chegamos tarde. A espécie 
tinha que ter sido protegida na natureza.” 
No contexto, está usado em sentido figurado o elemento que se encontra em 
destaque em: 
Parte superior do formulário 
a) Foi a rinoceronte mais doce que tivemos no zoológico. 
b) ... a ordem dos rinocerontes era representada por um plantel de meio milhão 
de animais. 
c) Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador... 
d) São todos idosos e, até que se prove o contrário, inférteis. 
e) O restante – uma fêmea chamada Nola – mora num zoológico os Estados 
Unidos. 
 
020. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
As enchentes de minha infância 
Rubem Braga 
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas 
eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para 
o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos 
Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio. 
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Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até 
onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da 
cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo 
porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a 
família defronte teve medo. 
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela 
faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia 
que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se 
tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso 
porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir 
mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha 
quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um 
palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava 
alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, 
anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia 
outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as 
enchentes. 
Há a presença do discurso indireto em: 
a) Eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos 
para o rio. 
b) Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver 
até onde chegara a enchente. 
c) Então vinham todos dormir em nossa casa. 
d) Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café 
e se tomava café tarde da noite! 
e) Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha 
caído chuva muita. 
 
021. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
Medo da eternidade 
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em 
Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou 
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bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com 
o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola 
me explicou: 
Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida 
inteira. 
- Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
- Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de 
príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir 
do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como 
outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar 
depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de 
aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já 
começara a me dar conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
- E agora que é que eu faço? - perguntei para não errar no ritual que certamente 
deveria haver. 
- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar 
o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você 
perca, eu já perdi vários. 
Perder a eternidade? Nunca. 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda 
perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
- Acabou-se o docinho. E agora? 
- Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na 
boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. 
Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava 
gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie 
de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
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Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era 
aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o 
chicle mastigado cair no chão de areia. 
- Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora 
não posso mastigar mais! A bala acabou! 
- Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes 
perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a 
gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você 
não perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da 
mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. 
Sem o peso da eternidade sobre mim. 
06 de junho de 1970 
Parei um instante na rua, perplexa. (5º parágrafo) 
Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. 
(7º parágrafo) 
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente 
deveria haver. (9º parágrafo) 
As palavras grifadas nessas frases assumem no texto, respectivamente, o sentido 
de: 
a) atônita – figurava – cerimônia 
b) inerme – transcendia – liturgia 
c) atônita – simbolizava – périplo 
d) desorientada – figurava – imolação 
e) assustada – transcendia – périplo 
 
022. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
Segundo FIORIN, em Polifonia Textual e Discursiva (1999), “a intertextualidade é 
o processo de incorporação de um texto em outro, seja para reproduzir o sentido 
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incorporado, seja para transformá-lo. Há de haver três processos de 
intertextualidade: a citação, a alusão e a estilização. 
[...] A estilização é a reprodução dos procedimentos do ‘discurso de outrem’, isto 
é, do estilo de outrem”, em geral, com “função polêmica”. 
Considere o contexto de produção dos enunciados a seguir para identificar 
aquele em que ocorre o processo de estilização. 
a) A Polícia Federal deflagrou hoje (15) a Operação Catilinárias, em conjunto com 
o Ministério Público Federal. (In: Marcelo Camargo, Agência Brasil, 15. dez. 2015. 
A manchete incorpora discurso político de Cícerodirigido a Catilina, conhecido 
como “Catilinárias”.) 
b) “De minha parte, creio que fora de Paris não há salvação para um homem de 
espírito”. (In: Roberto Pompeu de Toledo, Veja, 25. nov. 2015, em homenagem a 
Paris, retoma em seu artigo, entre aspas, uma frase de Molière). 
c) Rua Líbero Badaró, 67, terceiro andar, sala 2, centro de São Paulo. O endereço 
da garçonière do escritor Oswald de Andrade (1890-1954) é considerado por 
estudiosos um dos berços do modernismo brasileiro”. (Luís Anatônio Giron. A 
garçonière redescoberta. Folha de S. Paulo, 20 de dezembro de 2015.) 
d) Dizia o dono da venda: “É 11; pra você eu faço 10”. (In: Corra, freguês, corra, 
Ivan Ângelo, Veja São Paulo, 25. nov. 2015. O trecho entre aspas reproduz a fala 
de personagem.) 
e) Nem cinco sóis eram passados que de vós nos partíramos, quando a mais 
temerosa desdita pesou sobre Nós. [...] O que vos interessará mais, por sem 
dúvida, é saberdes que os guerreiros de cá não buscam mavórticas damas para o 
enlace epitalâmico. (Mário de Andrade, em Macunaíma, retomando Camões). 
 
Documentos sobre Shakespeare ‘vândalo’ são abertos ao público 
Em 1596, William Shakespeare e seus atores tiveram de deixar o teatro isabelino 
The Theatre, localizado em Shoreditch, emLondres, até então o recanto da 
dramaturgia inglesa. O período de 21 anos de concessão do terreno ao ator e 
empresário James Burbage havia chegado ao fim, e o senhorio exigia as terras de 
volta. Desolados, Shakespeare e os homens de sua companhia, Lord 
Chamberlain’s Men, se uniram para roubar o teatro - tábua por tábua, prego por 
prego - e reconstruí-lo em outro lugar. A história ocorrida em 28 de dezembro 
de 1598 não é inédita e consta em diversas biografias de Shakespeare. Agora, 
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contudo,chegou o momento de ouvir o outro lado da ação: a justiça. De acordo 
com a transcrição do processo judicial de 1601, Shakespeare, seus atores e 
amigos (incluindo Burbage) foram “violentos” em uma ação “desenfreada” que 
destruiu o The Theatre. 
O documento diz que o dramaturgo e seus cúmplices estavam armados com 
punhais, espadas e machados, o que causou “grande distúrbio da paz” e deixou 
testemunhas “aterrorizadas”. 
Até então guardado em segurança pelo National Archive, o arquivo do Reino 
Unido, o documento é uma das peças que serão exibidas ao público no centro 
cultural londrino Somerset House, a partir de fevereiro de 2016, ano em que se 
completam quatro séculos da morte do Bardo. 
 
023. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) No gênero notícia, verifica-se que a 
principal função 
da linguagem, segundo JAKOBSON (1963), é a: 
a) conativa. 
b) emotiva. 
c) metalinguística. 
d) fática. 
e) referencial. 
 
024. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
Nesse texto, observa-se que os responsáveis pelo ato de vandalismo são 
renomeados: “William Shakespeare e seus atores”; “Shakespeare e os homens de 
sua companhia”; “Shakespeare, seus atores e amigos”; “o dramaturgo e seus 
cúmplices”. 
Entende-se que, nesse caso, a progressão textual (KOCK, 1994) se dá por 
recorrência de: 
a) nominalizações. 
b) paráfrases. 
c) hiperônimos. 
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d) marcadores de situação. 
e) marcadores conversacionais. 
025. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
BAKHTIN, em Estética da Criação Verbal, explica que: “O emprego da língua 
efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, 
proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo de atividade humana. Esses 
enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido 
campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, 
pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, 
acima de tudo, por sua construção composicional. [...] Evidentemente, cada 
enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora 
seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais denominamos gêneros 
do discurso”. 
Depreende-se do texto que, na caracterização de um gênero discursivo, deve-se 
considerar, principalmente: 
a) o emprego de recursos linguísticos específicos e a fixação dos enunciados orais 
e escritos. 
b) a ocorrência particular, específica, dependendo da esfera de comunicação a 
que pertencem os falantes. 
c) o modo de composição, o tema e os usos de linguagem relacionados às 
finalidades de cada campo de atividade humana. 
d) a irregularidade no emprego de enunciados orais e escritos em determinados 
campos de atividade verbal. 
e) os enunciados escritos que dão concretude à oralidade, dependendo da esfera 
de comunicação. 
 
026. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
Aqui África 
Treze artistas contemporâneos da chamada África Subsaariana - que compreende 
países ao sul do Deserto do Saara, como Nigéria, Camarões, Congo e Angola - 
abordam em suas obras questões sobre imigração, xenofobia, sistemas de poder 
e tradições culturais. A mostra faz parte do projeto Art for the World, da curadora 
suíça Adelina von Fürstenberg, que aborda os direitos humanos em exposições 
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de arte. Sesc Belenzinho. Rua padre Adelino, 1000, Belenzinho. Terça a sexta, 13h 
às 21h; sábado, domingo e feriados, 11h às 19h. Grátis. Até 28 de fevereiro de 
2016. 
Esse texto é: 
a) uma sinopse, que apresenta brevemente um evento cultural. 
b) um comentário, que visa à qualificação de um acontecimento paulistano. 
c) uma resenha, pois tem finalidade informativa e pertence à esfera cultural. 
d) um sumário, visto que relaciona os principais elementos do fato. 
e) um classificado, que anuncia um evento cultural, com finalidade publicitária. 
 
027. (FCC/SEDU-ES/PROFESSOR/2016) 
A maioria dos países da América Latina, incluindo o Brasil, só começou a montar 
seu sistema escolar quando em muitas outras nações do mundo já existiam 
universidades bem estruturadas e de qualidade. Mesmo assim, era um privilégio 
para poucos. Apenas nos anos 1970 e 1980 começou na América Latina a 
discussão sobre a educação ser um direito de todos. Mas claramente ainda nos 
falta a percepção moderna de que esse é um fator estratégico para o avanço. Se 
buscamos uma sociedade ancorada no conhecimento, tudo, absolutamente tudo, 
deve se voltar para a escola. 
Em relação aos modos de organização textual, esse texto apresenta, em 
sequência, a: 
a) descrição e a narração observadas na recuperação histórica de fatos, em formas 
verbais do pretérito; a argumentação, apoiada em argumentos de autoridade, em 
formas verbais do presente. 
b) descrição de acontecimentos do passado, por meio de relato histórico, em 
formas verbais do presente; a narração, responsável pela apreciação do autor, em 
formas verbais do pretérito. 
c) narração, em formas verbais do pretérito, fundamentada na descrição de 
acontecimentos históricos, situados no tempo presente. 
d) argumentação, no pretérito, sobre acontecimentos históricos; a descrição e a 
narração de argumentos e de pontos de vista, em formas verbais do presente. 
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e) narração de fatos historicamente situados, em formas verbais do pretérito; a 
argumentação, observada nas opiniões emitidas em formas verbais do presente. 
 
028. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE/2018) A expressão destacada em “Leonardo da 
Vinci se mudou de Florença para Milão a serviço do duque como engenheiro, 
arquiteto, escultor e pintor”tem sentido equivalente ao de: 
a) enquanto. 
b) segundo. 
c) mesmo. 
d) tanto que. 
e) pelo que. 
 
029. (FCC/SABESP/AGENTE/2018) 
Júlio Verne: previsões do autor que se tornaram realidade 
O escritor francês Júlio Verne é considerado por muitos o pai da ficção científica. 
Suas obras influenciaram gerações e inspiraramfilmes e séries de TV. Há quase 
cem filmes baseados em mais de 30 livros assinados por ele. 
Júlio Verne nasceu na cidade de Nantes em fevereiro de 1828. Sua verdadeira 
paixão eram as viagens, que na época eram feitas principalmente de navio. Aos 
11 anos, ele fugiu de casa para se tornar marinheiro. Na primeira escala, porém, 
seu pai conseguiu apanhá-lo - e depois quem apanhou foi o pequeno Verne. Reza 
a lenda que ele teria jurado não voltar a viajar, a não ser em sua imaginação e 
fantasia. 
Um dos fatos que mais chamam a atenção em suas obras são as previsões feitas 
pelo escritor que se concretizaram séculos depois. Por exemplo, oitenta anos 
antes dos noticiários televisivos surgirem, Júlio Verne descreveu a alternativa para 
os jornais: “Em vez de ser impresso, o ‘Crônicas da Terra’ seria falado, teria 
assinantes e partiria de conversas interessantes dos repórteres e cientistas que 
contariam as notícias do dia”. Ele também imaginou o “fonotelefoto!, que seria 
usado pelos repórteres para registrar e transmitir sons e imagens. 
Considere a frase do texto: 
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Na primeira escala, porém, seu pai conseguiu apanhá-lo - e depois quem 
apanhou foi o pequeno Verne. Os vocábulos apanhar, na primeira e na segunda 
ocorrência, são usados, respectivamente, com os sentidos de: 
a) compreender; contrair uma doença. 
b) segurar com força; recolher com as mãos. 
c) levar uma pancada; ser derrotado. 
d) alcançar; levar uma surra. 
e) encontrar; apossar-se de bem alheio. 
 
030. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) 
Está aberta a temporada de ipês. Eu definiria essas árvores como sendo o clichê 
menos enfadonho de Brasília. Sim, porque, como parte do ciclo da natureza, eles 
brotam e colorem a capital das mesmas cores, no mesmo período, todos os anos. 
É a repetição mais original trazida pelo início da seca. Ainda que presença certa, 
os ipês são esperados com igual ansiedade a cada estação. E eles não aparecem 
sozinhos. Mesmo que soberanos em uma paisagem ressequida, a beleza dessas 
árvores - que exibem flores em cachos, de cores vistosas - é exaltada pela 
questionável feiura das plantas mirradas do cerrado. 
Os ipês ficam ainda altivos ao lado de árvores que hibernam em forma de seu 
próprio esqueleto. Seus galhos aparentemente mortos, retorcidos, sem flores, 
sem folhas, se recolhem para dar espaço à exuberância dos ipês em tons de roxo, 
rosa, amarelo ou branco. Na paisagem desértica, eles ganham ainda mais 
destaque, o que me faz pensar que a natureza é mesmo um belo exemplo de 
equilíbrio. Se brotassem todos juntos, teriam que dividir a majestade. Em 
apresentação solo, viram reis absolutos, para os quais se dirigem aplausos, 
flashes, sorrisos e agradecimentos pela beleza da vida. Excesso é veneno para a 
magia. Sábios, os ipês. 
Está redigida com correção, clareza e coesão a seguinte frase: 
a) Em cada região, os ipês ganham um significado especial, como no cerrado, 
aonde colore uma paisagem ressequida. 
b) Considerada árvore-símbolo do Brasil, as flores do ipê nascem em cachos e 
não dividem espaço com as folhas. 
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c) A fragilidade dos ipês não resiste à passagem do um vento mais forte, após a 
qual o chão se colore de flores. 
d) A beleza singular dos ipês já chamou à atenção vários poetas, a fim de 
cantarem, a delicadeza de suas flores. 
e) Os ipês, com um florada que dura tão pouco tempo, que nos leva a refletir 
acerca do caráter efemero da vida. 
 
Com base em descobertas feitas na Grã-Bretanha, Chile, Hungria, Israel e 
Holanda, uma equipe de treze pessoas liderada por John Goldthorpe, sociólogo 
de Oxford altamente respeitado, concluiu que, na hierarquia da cultura, não se 
pode mais estabelecer prontamente a distinção entre a elite cultural e aqueles 
que estão abaixo dela a partir dos antigos signos: frequência regular a óperas e 
concertos; entusiasmo, em qualquer momento dado, por aquilo que é visto como 
“grande arte”; hábito de torcer o nariz para “tudo que é comum, como uma 
canção popular ou um programa de TV voltado para o grande público”. Isso não 
significa que não se possam encontrar pessoas consideradas (até por elas 
mesmas) integrantes da elite cultural, amantes da verdadeira arte, mais 
informadas que seus pares nem tão cultos assim quanto ao significado de cultura, 
quanto àquilo em que ela consiste, ao que é tido como o que é desejável ou 
indesejável para um homem ou uma mulher de cultura. 
Ao contrário das elites culturais de outrora, eles não são conhecedores no estrito 
senso da palavra, pessoas que encaram com desprezo as preferências do homem 
comum ou a falta de gosto dos filisteus. Em vez disso, seria mais adequado 
descrevê-los – usando o termo cunhado por Richard A. Peterson, da Universidade 
Vanderbilt – como “onívoros”: em seu repertório de consumo cultural, há lugar 
tanto para a ópera quanto para o heavy metal ou o punk, para a “grande arte” e 
para os programas populares de televisão. Um pedaço disto, um bocado daquilo, 
hoje isto, amanhã algo mais. 
Em outras palavras, nenhum produto da cultura me é estranho; com nenhum 
deles me identifico cem por cento, totalmente, e decerto não em troca de me 
negar outros prazeres. Sinto-me em casa em qualquer lugar, embora não haja 
um lugar que eu possa chamar de lar (talvez exatamente por isso). Não é tanto o 
confronto de um gosto (refinado) contra outro (vulgar), mas do onívoro contra o 
unívoro, da disposição para consumir tudo contra a seletividade excessiva. 
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A elite cultural está viva e alerta; é mais ativa e ávida hoje do que jamais foi. 
Porém, está preocupada demais em seguir os sucessos e outros eventos 
festejados que se relacionam à cultura para ter tempo de formular cânones de fé 
ou a eles converter outras pessoas. 
 
031. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) A palavra unívoro (3º parágrafo) remete: 
a) ao grupo que se caracteriza por apreciar um tipo específico e uniforme de 
produtos culturais. 
b) aos apreciadores da cultura que se definem pelo conhecimento erudito e pelo 
gosto diversificado. 
c) aos indivíduos que nutrem simpatia tanto por produções eruditas quanto por 
populares. 
d) à elite cujo gosto pela arte se caracteriza pelo ecletismo e pelo respeito à 
diversidade de expressão. 
e) àqueles com conhecimento insuficiente para reconhecer os diferentes estilos 
de produção 
artística. 
 
032. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Ao fazer uso da primeira pessoa, no 3º parágrafo, 
o autor: 
a) se reconhece como um dos acadêmicos que são mais informados que outros 
acerca do que é desejável ou indesejável para alguém que queira ser respeitado 
como uma pessoa de cultura. 
b) se expressa como um simpatizante da elite que aprecia de tudo um pouco em 
termos de arte, na medida em que ele não tem critérios para descrever o que seja 
ou não cultura. 
c) identifica-se discursivamente com os consumidores da cultura na atualidade, 
com o propósito de descrevê-los, mais do que se apresentar como um exemplo 
típico desse grupo. 
d) omite seu próprio ponto de vista sobre o tema abordado, para deixar que as 
pessoas que apreciam a “grande arte” se expressem por meio da primeira pessoa 
do discurso. 
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e) evita tomar partido de um tipo específico de elite cultural, deixando que tanto 
os mais tradicionais quanto os mais modernos convençam o leitor a abarcar seus 
ideais. 
 
033. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Está redigida com clareza e de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa, em sua modalidade formal, a frase: 
a) A elite cultural de diversos países não a muito tempo, torcia o nariz, para a 
música popular ou para as produções de TV, atitude que parece ter mudado nos 
últimosanos. 
b) A pesquisa realizada pelo grupo de John Goldthorpe traçou um novo perfil 
para a elite cultural, com preferências que a distanciam do estereótipo construído 
ao longo de séculos. 
c) Uma manifestação artística afim de ter a aprovação dos conhecedores da 
cultura, deveria ter atributos que a distinguissem, de tudo quanto fosse 
classificado como trivial. 
d) Foi o sociólogo, John Goldthorpe, líder da equipe que empenhou-se ao estudo 
do novo perfil para caracterizar quem é a elite cultural que surgiu recentemente, 
na atualidade. 
e) Na hierarquia da cultura, acreditavam-se haver distinções qualitativas entre 
aqueles que frequentavam óperas e os que curtiam permanecer em casa, 
assistindo a televisão.Parte inferior do formulário. 
 
034. (FCC/TRT 4ª/ANALISTA/2015) 
Ópera é um tipo de teatro no qual a maioria ou todos os personagens cantam 
durante a maior parte do tempo ou o tempo todo. Nesse sentido, é muito óbvio 
que ela não seja realística, e com frequência, no decorrer de seus mais de 
quatrocentos anos de história, tem sido considerada exótica e estranha. Além 
disso, é quase sempre bastante cara de se encenar e de se assistir. Em nenhum 
momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu sustentar facilmente 
os custos exorbitantes da ópera. Por que, então, tanta gente gosta dela de 
maneira tão profunda? Por que dedicam suas vidas a apresentá-la, escrever sobre 
ela, assistir a ela? Por que alguns fãs de ópera atravessam o mundo para ver uma 
nova produção ou ouvir um cantor favorito, pagando imensas quantias por esse 
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fugaz privilégio? E por que a ópera é a única forma de música erudita que ainda 
desenvolve de 
modo significativo novas audiências, apesar de que, no último século ou por volta 
disso, o fluxo de novas obras, que uma vez foi seu sangue vital, secou até se 
reduzir a um débil gotejar? 
Essas perguntas são mais sobre a ópera tal como ela é hoje em dia: sobre aquilo 
em que a ópera se tornou no início do século XXI. No que se segue teremos muito 
a dizer sobre a história de nosso tema, sobre as maneiras em que a ópera se 
desenvolveu durante sua jornada de quatrocentos anos até nós; mas nossa ênfase 
será sempre no presente, no efeito que a ópera continua a ter sobre as audiências 
no mundo inteiro. Nosso objetivo é lidar com uma forma de arte cujas obras mais 
populares e duradouras foram quase sempre escritas num distante passado 
europeu, [...] mas cuja influência em muitos de nós – e cuja significância em nossa 
vida hoje em dia – é ainda palpável. 
A ópera pode nos transformar: física, emocional e intelectualmente. Queremos 
investigar por quê. 
Os autores do texto: 
a) apontam que a ópera é sempre bastante dispendiosa porque esse tipo de 
teatro renuncia a personagens que não se fazem presentes em cena por meio do 
canto. 
b) acusam a incongruência que existe entre a sociedade sustentar produções 
caríssimas e as pessoas, diferentemente deles mesmos, não investigarem o que 
justificaria manter esses projetos. 
c) indicam como usual que se tome a ópera como um gênero dramático 
excêntrico, pelo fato de representar situações estranhas ao que se considera “vida 
real”. 
d) expressam as intenções que têm ao escrever a história da ópera, demonstrando 
acreditar que a melhor maneira de fazê-lo é fixar-se na atualidade, auge dessa 
manifestação erudita. 
e) anunciam que têm muito a dizer e deixam entrever que suas reflexões 
desnudarão alguns mitos sobre a ópera, como a visão idealizada de que a 
profusão de obras já constituiu o sangue vital desse tipo de teatro. 
 
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035. (FCC/TRT 4ª/ANALISTA/2015) 
O conceito de vergonha recobre um campo de significados bastante amplo e rico. 
Para o Dicionário Aurélio, por exemplo, vergonha significa: a) desonra 
humilhante; opróbrio, ignomínia; b) sentimento penoso de desonra, humilhação 
ou rebaixamento diante de outrem; c) sentimento de insegurança provocada pelo 
medo do ridículo, por escrúpulos etc.; timidez, acanhamento; d) sentimento da 
própria dignidade, brio, honra. O Dicionário Larousse traz aproximadamente 5 as 
mesmas definições, mas acrescenta novas associações como: medo da desonra e 
embaraço. 
O Dicionário Lexis apresenta ainda algumas definições com nuanças diferentes: 
indignidade, sentimento penoso de baixeza, de confusão, sentimento de 
desconforto provocado pela modéstia, sentimento de remorso. O que chama a 
atenção nas definições de vergonha é não somente a diversidade dos significados 
atribuídos a este sentimento, mas também, e sobretudo, o fato de alguns destes 
significados serem opostos: desonra/honra, indignidade/dignidade, 
humilhação/brio. Tal oposição, observada por Harkot-de-La-Taille, faz esta autora 
perguntar-se que palavra é esta que recobre o não e o sim, a ausência e a 
presença, o temível e o desejável. 
Uma forma comum de pensar este sentimento é afirmar que ele é simplesmente 
desencadeado pela opinião de outrem. É o que, por exemplo, sugere a definição 
de Spinoza segundo a qual a vergonha é a tristeza que acompanha a ideia de 
alguma ação que imaginamos censurada pelos outros. E é o que, explicitamente, 
a antropóloga Benedict afirma em seu estudo sobre a sociedade japonesa. Para 
ela, as culturas da vergonha enfatizam as sanções externas, opondo-se às 
verdadeiras culturas da culpa, que interiorizam a convicção do pecado. Quanto 
ao sentimento de vergonha, escreve que alguém poderá envergonhar-se quando 
é ridicularizado abertamente, ou quando criar a fantasia para si mesmo de que o 
tenha sido. Todavia, não acreditamos que tudo esteja dito assim; a vergonha 
pressupõe um controle interno: quem sente vergonha julga a si próprio. 
Lembremos o fato notável de que a vergonha pode ser despertada pela simples 
exposição, mesmo que não acompanhada de juízo negativo por parte dos 
observadores. Com efeito, certas pessoas sentem vergonha pelo simples fato de 
estarem sendo observadas. O rubor pode subir às faces de alguém que está 
sendo objeto da atenção de uma plateia, mesmo que esta atenção seja motivada 
pelo elogio, pelo recebimento de um prêmio, portanto acompanhada de um juízo 
positivo. Este tipo de vergonha não deixa de ser psicologicamente misterioso: por 
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que será que as pessoas sentem desconforto ao serem “apenas” observadas, 
mesmo que esta observação não contenha ameaças precisas, mesmo que ela seja 
lisonjeira? 
Consideradas definições da palavra “vergonha” retiradas do Dicionário Aurélio, 
a alternativa que contém exemplificação correta é: 
a) sentimento da própria dignidade, brio, honra (linha 4): “Durante severa 
discussão, o mais sincero dos amigos indagou-lhe se não tinha ética e vergonha 
na cara.” 
b) sentimento penoso de desonra, humilhação ou rebaixamento diante de 
outrem (linhas 2 e 3): “Se tiverem vergonha, honrarão a confiança neles 
depositada e trabalharão com mais lisura.” 
c) desonra humilhante; opróbrio, ignomínia (linha 2): “Artista talentoso, o jovem 
pianista contornou a explícita vergonha apresentando vários números antes de 
dirigir a palavra à audiência”. 
d) sentimento de insegurança provocada pelo medo do ridículo, por escrúpulos 
etc.; timidez, acanhamento (linhas 3 e 4): “Todos ficaram constrangidos com o 
comportamento indecoroso do magistrado; foi de fato uma vergonha.” 
e) desonra humilhante; opróbrio, ignomínia (linha 2): “Um profundo sentimento 
de vergonha o impedia de aceitar elogios sem negar ou diminuir o que nele viam 
de bom.” 
 
036. (INÉDITA/2021) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as 
capitulações da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus 
(1874-1936) desenvolveu uma reflexão sobre o tratamento dos animais naPrimeira Guerra Mundial. Um século depois, seu eco ressoa na voz daqueles que 
denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos de paz, a uma escala 
industrial”. 
A correta afirmação sobre esse trecho é: 
a) Karl Kraus apoiava a covardia jornalística, as capitulações da social-democracia 
e a militarização. 
b) a estrutura “À margem de” indica que a reflexão de Karl Kraus estava alinhada 
às outras temáticas em voga à época. 
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c) o segundo período do trecho denota que a reflexão de Karl Kraus não teve 
impacto no século XXI. 
d) ao longo do texto, o autor utiliza recursos linguísticos para situar 
temporalmente os eventos, seja pela flexão verbal, seja por expressões como “na 
Primeira Guerra Mundial”, “um século depois” e “em tempos de paz”. 
e) o termo “elevados” modifica “daqueles”. 
 
037. (INÉDITA/2021) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as 
capitulações da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus 
(1874-1936) desenvolveu uma reflexão sobre o tratamento dos animais na 
Primeira Guerra Mundial. Um século depois, seu eco ressoa na voz daqueles que 
denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos de paz, a uma escala 
industrial”. 
A estrutura “seu eco” retoma: 
a) “Um século”. 
b) “uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial”. 
c) “a Primeira Guerra Mundial”. 
d) “a militarização”. 
e) “a covardia jornalística. 
 
038. (INÉDITA/2021) Em todas as frases abaixo há advérbios destacados; o 
advérbio que expressa a opinião do autor da frase é: 
a) Lentamente, a lama com rejeitos avançou pela cidade. 
b) O pintor olhava atentamente cada detalhe de sua obra. 
c) Felizmente, o candidato a vereador foi denunciado por irregularidades na 
campanha eleitoral. 
d) O foragido atravessou a fronteira rapidamente. 
e) A professora ensinava calmamente quando foi surpreendida pela explosão. 
 
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039. (INÉDITA/2021) Na frase “Você quer chegar num ponto, mas não tem ainda 
o caminho feito”, a conjunção sublinhada pode ser adequadamente substituída 
por: 
a) portanto 
b) porém 
c) porquanto 
d) logo 
e) consoante 
 
040. (INÉDITA/2021) “Aprendemos a escrever, aprendemos a ler, aprendemos 
sobre nossa ancestralidade e nossa capacidade de produzir mundos diferentes 
daquele que encontramos ao chegar aqui. Em saraus espalhados pelas periferias, 
nós nos alfabetizamos de fato quando não tínhamos dinheiro nem sequer para 
um busão até o centro da cidade.” 
Há marca de coloquialidade no trecho: 
a) “aprendemos sobre nossa ancestralidade” 
b) “Em saraus espalhados pelas periferias, nós nos alfabetizamos” 
c) “para um busão até o centro da cidade” 
d) “Em saraus espalhados pelas periferias” 
e) “nossa capacidade de produzir mundos diferentes daquele que encontramos 
ao chegar aqui” 
 
041. (INÉDITA/2021) A frase que exemplifica um caso de linguagem figurada é: 
a) O dólar é uma moeda estável. 
b) O Brasil está queimando. 
c) A atriz acusa o diretor de assédio. 
d) Os empresários apresentaram um manifesto ao governo. 
e) O Ministro Celso de Mello antecipa aposentadoria e deixará STF em 13 de 
outubro. 
 
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042. (INÉDITA/2021) A frase abaixo em que a substituição proposta não mantém 
os sentidos originais é: 
a) A população das cidades aumentou nos últimos anos / A população urbana 
aumentou nos últimos anos 
b) Ele jantou com alegria / Ele jantou alegremente 
c) O professor viaja de seis em seis meses / O professor viaja semestralmente 
e) O rapaz havia comprado um produto falsificado / O rapaz comprou um 
produto falsificado 
e) Leio muito para ficar informado / Leio muito a fim de ficar informado. 
 
043. (INÉDITA/2021) 
“Quando o joelho de um policial branco norte-americano sufocou e matou 
George Floyd, muitos de nós por aqui pudemos sentir o peso daquele corpo 
sobre o pescoço e também os últimos suspiros deste, agora símbolo 
contemporâneo eterno contra a brutalidade racial e do combate ao racismo.” 
Sobre o texto, é correto afirmar que: 
a) o autor é indiferente em relação ao caso George Floyd. 
b) o trecho “pudemos sentir o peso daquele corpo sobre o pescoço” é literal. 
c) a forma anafórica “deste” retoma “um policial branco norte-americano” 
d) ao utilizar a primeira pessoa do plural (“muitos de nós”; “pudemos”), o autor 
do texto busca se aproximar do leitor, de modo a engajá-lo em relação ao que se 
diz. 
e) a forma anafórica “daquele” retoma “George Floyd”. 
 
044. (INÉDITA/2021) “Apesar de as entidades patronais assegurarem que o sol já 
pode brilhar nas escolas particulares, a dúvida permanece” 
No trecho, o conectivo “apesar de” pode ser substituído por: 
a) visto que 
b) conquanto 
c) assim como 
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d) desde que 
e) a menos que 
 
045. (INÉDITA/2021) No fenômeno de ambiguidade, uma palavra ou uma frase 
podem ser interpretadas de duas ou mais maneiras. 
A frase abaixo em que não há ambiguidade é: 
a) A professora pegou o livro emprestado. 
b) Abandonei-o revoltado. 
c) Aquele canto era o preferido da Ester. 
d) A polícia chegou rapidamente ao local do acidente. 
e) O Rafael viu a menina com o binóculos. 
 
Quando duas crises se encontram: a pandemia e o negacionismo científico 
Quando a pandemia da Covid-19 surgiu, o mundo enfrentava um desafio de um 
tipo diferente, mas também nefasto, o negacionismo científico. Esse tipo de 
negacionismo resulta de um conflito entre traços profundos da cultura humana: 
a divisão do trabalho cognitivo, por um lado, e o papel de crenças na 
coordenação em larga escala, por outro. A pandemia aumenta o valor do 
conhecimento produzido de maneira cooperativa e distribuído assimetricamente 
na sociedade, mas também reforça a divisão entre grupos. 
Devemos ajustar nossas crenças às evidências disponíveis. No entanto, para 
qualquer tema sobre o qual não se é especialista, a base evidencial não pode ser 
avaliada diretamente e deve-se deferir àqueles que têm mais conhecimento. A 
deferência é, essencialmente, à ciência. Pode-se pensar que, idealmente, cada 
pessoa deveria tomar como verdadeiro apenas aquilo para o que possui, 
individualmente, evidências suficientes, ou então ela mesma deve seguir sua 
investigação. Mas como quem não tem a formação em epidemiologia pode 
julgar, por si mesmo, a progressão da pandemia? A que tipo de informação ele 
tem acesso e, supondo que ele tenha acesso às bases evidenciais sobre as quais 
trabalham especialistas, como ele pode as avaliar? 
A melhor resposta epistêmica é a confiança em especialistas. Mesmo se, à 
primeira vista, esta conclusão pode parecer indesejável, ela se segue de um traço 
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central da cultura humana. Nós evoluímos para aprender de outras pessoas coisas 
que, frequentemente, nos são opacas (Csibra e Gergely 2011). A evolução segue 
os benefícios da divisão do trabalho cognitivo: um grupo como um todo sabe 
mais do que cada um de seus membros, para os quais parte do conhecimento 
resultante permanece opaco. A ciência leva essa dependência assimétrica a níveis 
muito altos, mas também traz benefícios enormes aos grupos. Tanto a 
dependência epistêmica quanto os benefícios da distribuição do saber têm raízes 
evolutivas profundas. 
Ernesto Perini-Santos, Le Monde Diplomatique, 2021 
 
046. (INÉDITA/2021) Considere as ideias e informações apresentadas no texto e 
assinale a alternativa INCORRETA, 
a) Para o autor do texto, é indesejável a conclusão de que a melhor resposta 
epidêmica é a confiança em especialistas. 
b) No trecho “A deferência é, essencialmente, à ciência”, a palavra“deferência” 
significa “atitude de respeito”. 
c) A forma pronominal destacada em “Esse tipo de negacionismo resulta de um 
conflito entre traços profundos da cultura humana” (1º parágrafo) possui função 
anafórica. 
d) No título do Texto IV, a expressão “duas crises” antecipa os termos “a pandemia 
e o negacionismo científico”. 
e) No trecho “a divisão do trabalho cognitivo, por um lado, e o papel de crenças 
na coordenação em larga escala, por outro” (1º parágrafo), os termos “por um 
lado” e “por outro” exercem função de organizadores textuais de informação. 
 
047. (INÉDITA/2021) De acordo com o contexto, a palavra em destaque em “Nós 
evoluímos para aprender de outras pessoas coisas que, frequentemente, nos são 
opacas” significa: 
a) explícitas 
b) claras 
c) obscuras 
d) cristalinas 
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e) transparentes 
 
048. (INÉDITA/2021) A expressão destacada em “Tanto a dependência epistêmica 
quanto os benefícios da distribuição do saber têm raízes evolutivas profundas” 
(3º parágrafo) estabelece uma relação de 
a) concessão 
b) alternância 
c) oposição 
d) adição 
e) conclusão 
 
 
049. (INÉDITA/2021) Assinale a alternativa que contém uma afirmação incorreta 
sobre os sentidos do Texto X, uma charge: 
a) Os elementos não verbais – como cores, posição de objetos e expressões – são 
fundamentais para a interpretação da crítica apresentada na charge. 
b) Pode-se dizer que a expressão “saia desse livro” é figurada, dado que o 
personagem não está literalmente dentro do livro. 
c) No texto verbal, pode-se identificar uma referência intertextual à voz de 
comando utilizada pelas forças policiais: “Saia com as mãos para cima!”. 
e) O enunciador da charge é retratado visualmente como uma figura inteligente 
e equilibrada, como se pode confirmar pela expressão do rosto e pela posição do 
megafone. 
e) O uso de exclamações confere expressividade à fala do personagem. 
 
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Já conhecíamos na França a cifra dourada de 3% de déficit público máximo 
estabelecida pelo Tratado de Maastricht; descobrimos agora o número fetiche de 
14% do PIB para as aposentadorias. 
Depois de ter servido de argumento contra todo progresso social e econômico 
durante trinta anos, a primeira foi questionada pelo próprio Emmanuel Macron – 
“um debate ultrapassado”, ele declarou em um flash de lucidez para a revista 
britânica The Economist (7 nov. 2019). No entanto, o presidente da República, seu 
governo e seus porta-vozes apressaram-se em brandir a segunda cifra para a 
reforma da previdência. O montante das pensões pagas pelo sistema de 
distribuição, eles nos garantem, não deve exceder seu nível atual e, portanto, esse 
número fatídico. Por que 14%, e não 15% ou 16%? Ninguém sabe. 
(Martine Bulard, Fragmentar o coletivo) 
050. (INÉDITA/2021) Uma afirmação coerente com as informações apresentadas 
no texto é: 
a) A autora do texto utiliza a cifra dourada de 3% de déficit público máximo como 
argumento contra todo o progressso social e econômico na França durante trinta 
anos. 
b) Ao longo do texto, a autora mostra-se crítica à política previdenciária 
conduzida pelo governo de Emmanuel Macron. 
c) A pergunta “Por que 14%, e não 15% ou 16%?” é direcionada à revista britânica 
The Economist, a qual estabeleceu os números citados. 
d) No terceiro período, o articulador coesivo “No entanto” possui valor 
concessivo. 
e) Na linha 2, a expressão “descobrimos agora” corrobora o que se informa 
anteriormente. 
 
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GABARITO 
 
1. e 
2. e 
3. c 
4. d 
5. b 
6. c 
7. e 
8. c 
9. a 
10. a 
11. e 
12. a 
13. a 
14. b 
15. c 
16. c 
17. e 
18. e 
19. a 
20. a 
21. a 
22. a 
23. e 
24. b 
25. c 
26. a 
27. e 
28. a 
29. d 
30. c 
31. a 
32. c 
33. b 
34. c 
35. a 
36. d 
37. b 
38. c 
39. b 
40. c 
41. b 
42. d 
43. d 
44. b 
45. d 
46. a 
47. c 
48. d 
49. d 
50. b 
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