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UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP CURSO DE SERVIÇO SOCIAL PATRICIA MARIA DOS SANTOS CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PARA MULHERES VITIMA DE VIOLENCIA NA UNIDADE DA EMERGENCIA DO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL RECIFE- PE 2022 PATRICIA MARIA DOS SANTOS CONSTRUÇÃO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PARA MULHERES VÍTIMA DE VIOLÊNCIA NA UNIDADE DA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL RECIFE-PE 2022 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome do Estagiário (a): Patrícia Maria dos Santos Curso: Serviço Social – 6ª semestre Telefone: (81) 988157817 Matrícula: UP18107248 Nível de Estágio Supervisionado: II Local do Estagio: Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra Supervisor Acadêmico: Fernanda Oliveira de Arruda Carga horária: 150 horas Inicio: 23/08/2022 Termino: 17/11/2022 1 - Dados de Identificação: Projeto: Construção do Protocolo de Atendimento para as Mulheres Vitima de Violência na Unidade da Unidade Emergência do Hospital da Restauração do Serviço Social Unidade Executora: Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra Período de Realização: 23 de agosto de 2022 á 17 de novembro de 2022. 2 - Introdução. Durante o estagio I no Hospital da Restauração, na área vermelha da Emergência Geral, foram realizadas varias admissões no qual foi observado o grande número de mulheres, dentro desses números as mulheres vitimas de violência. Despertando o desejo de buscar informações sobre a temática. Será que todas as mulheres vitimizadas são atendidas pelo Serviço Social? Ou os casos estão sendo subnotificados devido á alta demanda da instituição? Será que existe uma notificação/intervenção da equipe multiprofissional? Como o Serviço Social intervém? Há um bom acolhimento? Há uma boa escuta? . A partir dessas observações da entrada da usuária a visualização dos profissionais do serviço social surgiu um interesse de uma criação, de propor como plano de intervenção a construção de procedimento operacional padrão – POP voltado ao atendimento ás mulheres vitima de violência. POP Procedimento Operacional Padrão, documento que estabelece roteiro padronizado. Uma descrição detalhada de todas as operações necessária para realização de uma tarefa, atividades, relacionada á temática. A importância do POP para o Serviço Social do Hospital da Restauração é de extrema importância, através da busca ativa no leito, que a partir de sua identificação ou suspeita de violência de gênero, á usuária passe a ser atendida por protocolo especifico em conjunto com seu atendimento médico o serviço social rapidamente atuará de forma pontual com suas intervenções, para realizar uma boa comunicação entre os profissionais sobre as diretrizes de atuação do POP, para que exista uma padronização nas orientações das atividades da instituição sobre a temática que é relacionada ao atendimento á mulher vitima de agressão. Com objetivo de orientar sobre os procedimentos. È nesse cenário que o profissional do Serviço Social passa a atuar com intervenções que enfrentam a questão da violência contra a mulher uma vez que a violência de gênero é um fenômeno social, deve ser enfrentada por meio de um conjunto de estratégias politicas e de intervenção social direta (Lisboa;Pinheiro,2005). Assim também sendo uma boa ferramenta para o treinamento de novos funcionários e estagiários, no conhecimento dessas rotinas a serem compridas, sendo assim ficará mais fácil para esses funcionários e estagiários e demais colaboradores entender a dinâmica do POP e desempenhar as suas funções com segurança, confiança e eficiência, atendimento integral e assim diminuir as falhas no atendimento. Esse serviço é para a maioria das vitimas de violência, “a porta de entrada” no sistema publico de saúde. Podemos mesmo dizer que o atendimento de emergência é um poderoso indicador da violência que ocorre na cidade. É para lá que são direcionadas as vitimas de agressão em situação de trauma ou iminência de morte. Para muitas, é a única vez em que estará, enquanto vitima de uma agressão, diante de um profissional de saúde. Em muitos casos, é um dos únicos momentos em que a violência será declarada ou identificada. Sendo de extrema importância que o profissional que receba esta usuária esteja apto, qualificado, capacitado para o acolhimento e escuta minuciosa e assim passando segurança a essa usuária. Sabendo que devido muitas vezes á demanda por serem intensas na instituição algumas usuárias vitimas de agressão não são visualizadas, não são sinalizadas, nem encaminhada por outros profissionais ao Serviço Social e assim passam despercebidas sem serem direcionadas aos serviços de rede de proteção. Muitas vezes por profissionais que não tenha o conhecimento dessas redes ou pela incompreensão da dimensão complexa do fenômeno da violência contra a mulher, muitas vezes não reconhecendo como crime. E muitas vezes até o profissional da instituição afirma que dentro do hospital não chegar casos de agressão contra a mulher devido ao gênero, não dando a real importância á problemática. A violência contra a mulher é compreendida, também como produto de uma construção social que determina espaço de poder, nos quais a mulheres são oprimidas enquanto os homens ocupam posições privilegiadas. Constitui-se como uma violação aos direitos humanos e um empecilho no exercício da cidadania de diversas mulheres, pois reproduz impactos psíquicos e sociais, com consequências tanto no âmbito da sociabilidade da mulher (fragilização e isolamento), quanto na saúde física (lesões corporais), psicológica (depressão, tentativa de suicídio, entre outros) e sexual (doenças sexualmente transmissíveis) (Safiotti,1997). Para um melhor atendimento a essas mulheres, em 1985, foi criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, como um órgão consultivo, no intuito de promover politicas sociais para as mulheres, tendo como objetivo eliminar qualquer tipo de discriminação e garantir condições de igualdade. Em janeiro de 2003, foi criado a Secretaria Especial de Politicas para as Mulheres, passando a ter a função de elaborar, articular e executar politicas direcionadas á igualdade de gênero. Essa tendo como um dos principais serviços a construções de abrigo/casas de apoio. Os abrigos são partes integrantes do “Programa de Prevenção, Assistência e Combate á Violência Contra a Mulher”, proposto pelo poder executivo federal em parceria com os municípios, e é muito importante que esse tipo de serviço esteja presente na criação de uma rede de atendimento para mulheres em situação de violência (Montana, 2005). A violência contra a mulher tornou-se uma das principais formas de violação dos direitos humanos, pois atinge o direito á vida, á saúde e á integridade física. A violência contra a mulher pode ocorrer em diversas formas e diferenças classes sociais, idade, religião, região, escolaridades, e estado civil. Uma das leis que protege a mulher, Lei Maria da Penha e Lei do Feminicídio. A Lei Maria da Penha 11.340 de agosto de 2006 recebeu o nome em homenagem á farmacêutica Maria da Penha Fernandes. Em 1982, ela sofreu duas tentativas de assassinato por parte do marido. Na primeira, depois de um tiro na costa, ficou paraplégica. Ela enfrentou uma luta judicial de quase 20 anos para velo punido. Em 1998, em razão da morosidade no julgamento ex-marido, Maria da Penha encaminhou seu caso á corte Interamericana de Direitos Humanos denunciando a morosidade do Estado brasileiro com violência domestica com fundamentos na Conversão Belém do Pará em 1994 e outros documentos de direitos humanos no sistema de proteção da Organização dos Estados americanos, a partir da sua iniciativa, o Brasil foi condenado por essa corte, que recomendou ao país a criação de uma lei para prevenir e punir a violência domestica (Comissão Interamericana de Direito Humanos, 2001). Com essa lei em vigor, a violência contra a mulher começou a torna-se visível e deixar de ser interpretada como um problema individual da mulher, passando a ser reconhecida como problema social e do Estado, que deve preverassistência, prevenção e penalidade para esses casos. Lei 13.104/2015 Lei do feminícídio, março, classificando a violência contra a mulher como crime hediondo e com agravante quando acontece em situações especificas de vulnerabilidade (gravidez, infância e adolescência, na presença de filhos, etc.). Todo o caso de violência contra as mulheres nos atendimento são registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) são contabilizados, para possíveis intervenções. Segundo o estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2006, “violência contra mulher“ é todo ato de violência praticado por motivo de gênero, dirigindo contra a mulher (Gadoni-Costa & Dell Aglio,2010,p.152). O Ministério da Saúde, em sua Politica Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (BRASIL 2001) caracteriza a violência como um fenômeno de conceituação complexa, polissêmica e controversa, com reconhecimento de que ela é representada por ações humanas realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, numa dinâmica de relações, ocasionando danos físicos, emocionais, morais e espirituais a outrem (MINAYO: SOUZA, 1998). A violência contra as mulheres apresenta de forma multifacetada, é sofrida em todas as fases da vida, frequentemente iniciando-se ainda na infância e presente em todas as classes sociais. A violência cometida contras as mulheres, em especial a violência sexual e física é fenômeno ainda cercado pelo silencio e pela dor. Objetivos 3.1 - Objetivos Gerais Buscar elaborar a realização de construção de um POP (Procedimento Operacional Padrão) de atendimento as mulheres vitima de agressão dentro do Serviço Social no Hospital da Restauração. 3.2 - Objetivos Específicos Identificar os casos de violência de doméstica admitidos na emergência geral do Hospital da Restauração. Realizar atendimentos e acolhimento ás mulheres vitima de violência física. Esclarecer, estimular e sensibilizar essas mulheres vitima de violência sobre o seus direitos, defesa de garantia de direito. 4 - Justificativa Durante a vivencia do estagio II, observei questões relacionadas aos casos das mulheres vitimas de agressão que chegava à emergência geral do trauma do Hospital da Restauração que tem seu atendimento 24h, aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), essas pacientes geralmente são encaminhadas das UPAS, de outras Instituições, SAMU, Corpo de Bombeiros. Tendo seu atendimento inicial através do Setor de Classificação de risco (que é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e emergência voltada para avaliar e identificarmos pacientes que necessitam de atendimento prioritário de acordo com a gravidade clinica potencial de risco, agravos a saúde ou grau de sofrimento, seguindo protocolos mundialmente utilizados que tem como objetivo um atendimento resolutivo e humanizado, deve ser realizado por enfermeiros profissionais devidamente capacitado e qualificado, onde sua identificação, seu direcionamento seja de forma mais ágil.) Porém foi visualizada que essa mulheres vitimas de violência física na Instituição do Hospital da Restauração muitas vezes não foram subnotificadas nem sinalizadas a partir desse atendimento inicial. Muitas vezes entram e saem do atendimento emergencial antes das 24h sem serem visualizadas pelo serviço social. Com essa inquietação foi visto a necessidade de um protocolo que atendesse de forma integral sendo assim não só a da forma física como também seu psicológico o quanto mais rápido possível. Pois não só seu corpo tem traumas também seu psicológico esta bem fragilizada com marcas que possa afeta por toda uma vida. Esse protocolo tratasse de um direcionamento ao atendimento á essas mulheres vitimam de violência física dentro da instituição a partir do atendimento inicial. 5 - Breve Explanação da Política em que a Instituição atua: Políticas Nacionais de Promoção de Saúde (PNPS) Voltada á recuperação da saúde do usuário, física e psicológica. Que vai da baixa complexidade, média complexidade e alta complexidade. Podemos afirmar que a instituição está inserida na alta complexidade e suas ações e atividades de fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), na concepção de saúde como Direito do povo e Dever do Estado buscando demarca suas atribuições dentro de seus princípios e diretrizes. Em 1988, por ocasião da promulgação da Constituição da Republica Federativa do Brasil, foi instituído no país o Sistema Único de Saúde (SUS), que passou a oferecer a todo cidadão brasileiro acesso integral, universal e gratuito a serviço de saúde. Considerando um dos maiores e melhores sistemas de saúde públicos do mundo, o SUS beneficia cerca de 180 milhões de brasileiros e realiza por ano cerca de 2,8 bilhões de atendimentos, desde procedimento a ambulatórias simples a atendimento de alta complexidade, como transplante de órgão. Os desafios, no entanto, são muitos, cabendo ao Governo e á sociedade civil a atenção para estratégias de solução de problemas diversos, identificados, por exemplo, na gestão do sistema e também no subfinanciamento da saúde (falta de recursos). Paralelamente á realização de consulta, exames e internações, o SUS também promove campanha de vacinação e ações de prevenção de vigilância sanitária, como fiscalização de alimentos e registro de medicamentos. Além da democratização da saúde (antes acessível, apenas para alguns grupos de sociedade) a implementação do SUS também representou uma mudança de conceito sobre qual a saúde era interpretada no país. Até, a saúde representava apenas um quadro de “não doença”, fazendo com que os esforços e políticas implementadas se reduzissem ao tratamento de ocorrências de enfermidade. Com o SUS, a saúde passou a serem promoção e prevenção dos agravos a fazer parte do planejamento das políticas públicas. A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidaria e participativa entre as três Federações: a União, Estado e os Munícipio. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primaria, média e alta complexidade, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. Estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério da Saúde, Estado e Municípios, conforme determina a Constituição Federal. Cada entre tem suas corresponsabilidades: Carta dos direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) À Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde traz informações para que você conheça seus direitos na hora de procurar atendimento de saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistema de saúde, seja ele público ou privado. · Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. · Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. · Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. · Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valore seus direitos. · Todo cidadão também tem sua responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada. As Politicas Publicas voltadas ao idoso. No mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como idoso uma pessoa com idade de 60 anos ou mais. No Brasil, a legislação Nacional também determina a idade d 60 anos, conforme a Lei 8842/94 e o Estatuto do Idoso aprovado em 2003. Direitos do idoso são conjunto de princípios e regras que tem como objetivo garantir d qualidade de vida, a dignidade e a proteção da população idosa, possibilitando o exercício de sua cidadania. As Politicas Publicas voltada a criança e ao adolescente ECA O Estatuto da Criança do Adolescente, Lei Federal numero 8.069, 13 de julho de 1990, que regulamenta o artigo 227 da Constituição Federal, define as crianças e adolescente como sujeito de direito, em condição peculiar de desenvolvimento, que demandam proteçãointegral e prioritária por parte da família, sociedade e do Estado. Politicas Publicas voltada ao Estatuto da pessoa com deficiência física Lei 13146 de 2015. Foi sancionada em 2015, garantindo o direito aos brasileiros com algum tipo de deficiência. Essas diferenças segundo o estatuto é uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico ou ‘social’. Politicas Publica voltada as mulheres Através da Constituição a luta das mulheres pela igualdade de Direito foi sendo conquistado pouco a pouco. Constituição 1824 Cidadã era só o homem, a mulher não tem direito ao voto. Constituição 1934 Consagrou pela primeira vez o principio da igualdade entre os sexos; proíbe diferença de salario para um mesmo trabalho por motivo de sexo; Constituição 1937 Direito ao voto. Constituição 1946 Retrocesso em relações aos direitos, sem distinção de sexo. Constituição 1967 Redução de prazo por tempo de serviço para aposentadoria de 35 para 30 anos Constituição 1969 Não houve alteração aos direitos das mulheres. Constituição de 1989 · Isonomia igualdade de todos perante a Lei, sem distinção de natureza. · Legalidade ninguém pode ser levado a fazer o que não quer desde que não seja obrigado por Lei. · Direitos Humanos proibição de tortura, tratamento desumano ou degradante, inviabilidade da intimidade, da vida privada e da casa. · Direitos e Deveres individuais e coletivos permanência da presidiaria com seus filhos durante o período de amamentação, racismo sujeito a pena de reclusão inafiançável e imprescritível. · Direitos Sociais educação, saúde, lazer,trabalho,segurança, previdência social. · Direito Trabalhista proibição de diferença de salario, admissão e função por motivo de sexo. · Direito Trabalhista Domestica salario mínimo; proibição da redução do décimo terceiro salario, folga semanal; férias anuais remunerada; licença gestacional; aposentadoria; integração a previdência social. · Direitos Políticos votar e ser votada. · Seguridade Social saúde, previdência e seguridade social. · Direito á Propriedade a mulher passa a ter direito ao titulo de domínio e a concessão de uso de terra, independente do seu estado civil, tanto na área urbana como a rural. · Família direito e deveres referente á sociedade conjugal passam a ser exercido igualmente pelo homem e mulher; é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar; o Estado criará mecanismo para coibir a violência familiar. O atendimento do âmbito do SUS as mulheres vitima de agressão domestica e sexual O Sistema Único de Saúde tem atendimento especializado para as mulheres e vitimas de violência domestica e sexual, garantido por lei desde 31/05/2017. Que garante entre outro direito, tratamento médico, o acompanhamento psicológico, cirurgia plástica reparadora se for o caso. Leis que protegem á mulher contra a violência sofrida · Lei Maria da Penha – LEI 11.340/2006 cria mecanismo para coibir a violência domestica e familiar contra á mulher e estabeleci medidas de assistência e proteção, provocou uma mudança no paradigma institucional. · Esta lei foi em homenagem á luta de vinte anos dessa corajosa cidadã, em busca da condenação do seu agressor, (seu próprio marido) Maria Da Penha foi uma mulher vitima da violência, sofreu duas vezes tentativa de assassinato, com graves sequelas. · Lei Carolina Dieckmann- Lei 12.737/2012 refere-se crime de invasão de aparelhos eletrônico para obtenção de dados particulares · Lei do Minuto Seguinte- Lei 12.845/2013 oferece garantias a vitima de violência sexual, como atendimento imediato pelo SUS, amparo médico psicológico e social, exames preventivos e informações sobre seu direito. · Lei Joanna Maranhão- Lei 12.650/2015 alterou os prazos quanto á prescrição de crime de abuso sexual de criança e adolescentes. A prescrição passou a valer após á vitima completar dezoito anos e o prazo para denúncia aumentou para vinte anos. · Lei Feminicídio - Lei 13.104/2015 prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio ou, seja quando o crime for praticado contra mulher por razões da condição do sexo for feminino. 6 - Breve Explanação sobre a Instituição referente ao Estágio do (a) aluno (a): Seu início deu através do Posto de Assistência Público na Conde da Boa Vista sendo direcionada seu atendimento em via pública em domicilio, no próprio local sem hospitalização, em 1923 foi transferido para Rua Fernandes Vieira-Praça Osvaldo Cruz recebendo o nome de Hospital Pronto Socorro e prestando serviço de internamento com 139 leitos. Passado duas décadas o Hospital Pronto Socorro já funcionava com dificuldades e não mais correspondiam as demandas da população. Em 1952 na administração de Agamenon Magalhães, foi aberto um credito para o início da construção de um novo hospital, que foi concluído em 31/12/1969. Em 16/12/1971, por resolução do Poder Legislativo o Hospital de Pronto Socorro passou a denomina-se Hospital da Restauração em homenagem aos heróis da reação nativista. Em 1972 o hospital foi vinculado a FESP- Fundação de Ensino de Pernambuco pelo Dr. Fernando Figueira, nesse mesmo ano a FESP construiu um prédio para ser um ambulatório didático da Faculdade de Ciências medica, vindo a ser utilizado 1974, dois anos após. Também no mesmo ano foi implantada a residência médica FESP, nos serviços Pediatria, Cirurgia pediátrica, Clinica Medica em níveis de pós-graduação onde foi um marco histórico. Em 1993, o Ministério da Educação e Desposto, reconheceu o Hospital da Restauração como Hospital Ensino. Voltado ao interesse da população, o hospital acrescentou as suas atividades a capacitação dos profissionais da área de saúde, através do trabalho desenvolvido pela Coordenação de Ensino que iniciou a sua gestão em Dr. Eduardo Nogueira. Em 23/03/1983 a 26/03/1987 coordenando em 1989 mais de 500 estagiários em todos os níveis e setores do hospital. · Desde 1967 foi formada a comissão de planejamento composto por: Dr. Nestor Cavalcante, chefe da comissão; · Branca Amorim é nutricionista · Diana Oliveira, enfermeira. · Volúsia Araújo, assistente social. Entre outros profissionais, com a seguinte estrutura: Diretoria Geral | Serviço Social ---- Enfermagem ------ Nutrição ------ Same ------- Setor médico No decorrer dos anos, o Hospital da Restauração (RH) passou por várias reformas físicas e administrativas. Que vai da gestão de Dr. Aldo Mota de 1978 até os dias atuais com Dr. Miguel Arcanjo. Podemos dizer que o HR é um hospital multidisciplinar com novos serviços especializados, modernos, tecnológico, sendo referência, não só no atendimento emergencial, mas também na área eletiva. Nas especialidades de pediatria, cirurgias, neurologia, oncologia, ortopedia, cirurgia vascular, sendo referencia também em serviços para pacientes queimados, intoxicações por exógenos animais peçonhentos, e com cobertura para todo o Estado de Pernambuco e outros Estados vizinhos. Com serviços ambulatório e exames laboratoriais e de alta complexidade para pacientes com alta da instituição para dar sequencia ao tratamento. Garantindo um atendimento continuado cada vez melhor aqueles que estão dentro do seu perfil de paciente. 6.1 - Política geral da Instituição: VISÃO- Continuar sendo um hospital de alta complexidade, proporcionando um ambiente agradável para seus usuários, familiares e funcionários buscando sempre uma boa comunicação de forma ética e objetiva. OBJETIVO - Contribuir para o exercício do direito á saúde dos usuários do SUS, na instituição da Restauração através do desenvolvimento de ações que sejam do âmbito serviço social. VALORES- Buscar sempre eficácia no atendimento aos usuários, ética, respeito, segurança, empatia, solidariedade, trabalho de equipe,melhoria contínua. - Programas e projetos desenvolvidos pela Instituição: PROJETOS: Violência Contra a pessoa Idosa. Violência contra Mulher Violência contra criança e adolescente. Projeto Reviver- Não Deixe a Vida Parar: Voltadas para as pessoas que devido aos acidentes e violência adquirem a condição de Pessoa com Deficiência. Projeto Acompanhamento Hospitalar- Quem cuida merece cuidado. PROGRAMAS: Educativo e Preventivo pela Unidade de Queimado em comunidade. Seminário Interno: Um dia de Reflexão sobre á Prática do Serviço Social. Oficina de Planejamento Estratégica- Sistematização. 6.3 - Estrutura Organizacional: Hospital da Restauração Estrutura organizacional Diretor 01 Secretaria Núcleo de Epidemiologia 01 CCIH 12 Centro de Estudo UTI PEDIA Comissão Permanente de Licitação Arquivo Médica/ Estatística Diretor técnico 1 36 2 15 01 FISIOTERAPIA Núcleo de Assistência Geral Núcleo de Apoio Emer.Geral Núcleo de Apoio. Emerg. Pediat Gestão de Célula ADM. 172 17 01 01 01 TRANSPORTE Patrimônio Coord. De Financeira Tesoureiro Clin. Neuro 50 08 01 20 30 MANUTENÇÃO ENF AMBULATORIO Bloco CME Nutrição 30 320 49 120 /100 140 CLIN. GERAL RECUPERAÇÃO UTI/UTQ LABORATORIO MAGENOLOGIA 45 75 36 60 90 UTI. PED CLIN. PED CLIN.TRAUMATO CLINI. VASCULAR CLIN. MEDICA 50 25 55 120 80 Almoxarifado 50 6.4 - Célula de Assistência Social (CAS)- Campo destinado somente á área que o (a) aluno (a) estuda: · Realizar acolhimento e atendimento social dos usuários e rede apoio. · Realizar de busca ativa dos usuários em todos os setores da unidade, como também acolher as situações demandadas pelos demais profissionais da unidade. · Realização diária de leitura do livro de ocorrência. · Desenvolver estudos com alvo do atendimento do Serviço Social para conhecimento de suas necessidades de enfrentamento · Buscar recursos disponíveis nas politicas publica para suporte social e econômico ás necessidades dos usuários e familiares. · Mediar conflitos existentes entre os usuários, seus familiares e a unidade decorrentes do processo do atendimento hospitalar. · Realizar intervenções nas situações nas instituições em que o direito do usuário esteja sendo violado, acionando os mecanismos legais capazes de restaurá-lo e garanti-los. · Divulgar os direitos e deveres dos usuários da unidade. · Desenvolver atividades educativas quanto aos direitos constituídos nas diversas leis e também aquelas relativas aos atendimentos e internamento hospitalar, com uso das mídias disponíveis. · Remoção do usuário de alta com uso do carro, ambulância do serviço para a cidade do Recife e Região Metropolitana. · Flexibilização das visitas fora de horário, acompanhamento de pacientes e fornecimento de crachás nos setores de internamento. · Avaliar as situações que devem ser flexibilizadas as visitas fora de horários estabelecido, sempre levando em consideração as necessidades do usuário, seus familiares e respeitando as condições dos diversos setores da unidade. · Acolher e atender familiares de usuários em setor fechados (Unidade de Trauma, Sala de Recuperação, Unidades de Cuidados Intermediários, UTI e UTQ, Unidade Suporte Avançado Neurocirurgia USAN). · Realizar reuniões e atendimentos individuais para fornecimento de informações sobre as rotinas da unidade; orientações sobre os direitos diversos e intermediações do acesso ao usuário. · Usuários abandonados, desacompanhados, não identificados, segundo informações colhidas (SIC). · Identificar as necessidades dos usuários, mobilizando os recursos disponíveis na unidade, na família e nas demais politicas sócio assistenciais. · Solicitar o comparecimento dos familiares dos usuários (tratamento especifico, alta, transferência, solicitações de documentos comprobatórios). · Realizar contatos telefônicos com rede de apoio uso de carro do transporte, outros recursos. · Incentivo á adesão do tratamento. · Esclarecer e orientar usuário e rede de apoio, quanto á importância da permanência na unidade para conclusão do tratamento. · Participar e apoia as campanhas promovidas pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). · Desenvolvimento de atividades de articulações, avaliação, mediação, capacitação e dimensionamento de pessoal de Serviço Social, internamente e junto aos demais setores da unidade. 7 - Públicos Alvo (do Projeto) Mulheres vítima de violência física na Unidade do Trauma do Hospital da Restauração. 8 - Metodologia Modelo do estudo delimitado como estudo de campo, do tipo descritivo, abordagem qualitativa. Foi considerada uma amostra não probabilística por conveniência com mulheres entre 17 anos idade até 50 anos, que se encontraram na unidade de trauma na área vermelha do Hospital da Restauração. Não houve critérios para inclusão referente a situações como condições socioeconômicas ou grau de escolaridade, apenas foram consideradas que as usuárias estão em caso de vulnerabilidade. Os critérios para inclusão foram: situação pelo qual a mulher procurou uma unidade hospitalar e a qualidade de seu atendimento. A coleta do dado para o plano de intervenção foi realizada entre 23 de agosto 17 de novembro de 2022. 9 - EQUIPES DO PROJETO DE INTERVENÇÃO Patrícia Maria Dos Santos (Estagiaria do Serviço Social) Geisa Novais Maia CRESS/ 4278 4 Região PE 10 – Referência Bibliográficas · Amigosmultiplos.org.br/noticia/veja-quais-são-os-direitos-garantidos-por-lei-para-pessoas-com-deficiencia/ -30/09/22 · Brasil.unfpa.gov.org/pt-brnewsconheça-leis-e-e-os-serviços-que-protegem-mulheres-vitima de violência-de-gênero - 24/09/22 · www.12.senado.leg.br/matérias/1207/03/31 -22/09/22 · www.senado.log.br>materiais>materiais>2017/03/31 22/09/22 · www.gov.br/andh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/publicações/o-estatuto-dacrianca-e-do-adolencente - 27/09/22 · Politise.com.br/equidade/blogpost/o-que-são-direitos-dos-idoso/ - 25/09/22 · Sus pensesus.fiocruz./br/Sus- 23/09/22. · saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/comofuncionaosus/classificacaoderisco/ · suswww.govbr/saúde/pt-br/assuntos/sade-de-a-a-z/s/sus-estrutura-principio-e-com-funciona - 08/10/22 11 – Anexos
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