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Duas matrizes epistemológicas
Psicologia + Social
- Matriz de ordem comportamentalista - centrada na perspectiva americana experimentalista
- Psicologia Social Americana (PSA) ou Psicológica (PSP)
- A sociedade que está aí posta;
- procedem quantificações e mensurações;
- concebe o social como algo posto, dado, natural, o que leva o indivíduo a apenas extrair;
- aquilo que já existe da vida em termos de possibilidade e potência;
- a existência do indivíduo é predeterminada pelo social e as informações e experiências catalisam sua condição humana e social;
- Matriz de ordem dialógica - explanativa, centrada na perspectiva européia social-histórica-crítica.
- Na Psicologia Social Sociológica (PSS) ou Europeia (PSE);
- interagem uns os outros;
- espaços representacionais, psíquicos e simbólico;
- conhecimentos (caracterizadamente singulares);
- processo interacional com outras pessoas e com o próprio ambiente social;
- uso de práticas de reflexão, do diálogo, e de se produzir respostas a algum problema;
- a partir de uma concepção de mundo;
- a ação humana é entendida como um ato de criação, constante;
- Em um permanente movimento de estabilidade e instabilidade, pergunta-resposta, nova pergunta e nova resposta;
- Sob este prisma, o indivíduo é impelido a se mobilizar a agir, a tomar uma atitude;
- o indivíduo que produz e, ao mesmo tempo, é produzido;
- pelo que fez no social, não como resultado da ação de outrem mas como efeito de sua própria ação.
(Extra Texto) 
Psicologia Social Americana (Psicológica)
- Individual
- Intrapessoal
- Interpessoal
- Ciências naturais
- Behaviorista 
- Positivismo
- Objetividade 
- O indivíduo na presença de outras pessoas
- Aroldo Rodrigues
- Era de ouro ou o pós-guerra;
- Psicológica
- Experimentalista
- Atitudes (Cognição)
Psicologia Social Europeia (Sociológica)
- Social 
- Ciências sociais
- Gestalt
- Grupal 
- Societal
- Psicologia Social Latino Americana e Brasileira;
- Contraria a Psicologia Social Psicológica;
- Análise do discurso;
- Fenomenologia;
- Marxismo, comunismo;
- Silvia Lane,
- Psicologia Crítica
- Preocupação política e social
- Histórica-crítica
- Era das dúvidas
- Abrapso
- Socioconstrucionista
- Estudos sobre culturas
- Representações Sociais
O que é Psicologia Social?
Ao nos tornarmos indivíduos compreendemos que outros nos interferem e que, sobre eles, também interferimos. É esta toada que mobiliza e constrói o ser humano enquanto ser social.
- o ser humano vai construindo sentidos e significados;
- o ser humano não é social por conta do social (ou do ambiente ou do contexto) em si, mas, justamente, por sua relação com ele;
- O ser humano é um ser enquanto espécie, tanto quanto um ser social.
- o range psicológico, um espaço tanto material quanto imaterial;
- os humanos se distinguem de todos os outros seres vivos pelo fato de darem sentido às realidades;
- Lane (1984) destaca que toda a psicologia é social;
- momentos históricos;
- psicologia social é referir-se a um ramo científico que estuda e tece compreensões sobre relações sociais;
- o impacto dos ambientes sociais e interações sobre atitudes (cognição) e comportamentos;
Primórdios da PS
- Filósofo francês Augusto Conte - século XIX;
(Extra texto )
Precursores da Psicologia Social
- Inglaterra
Darwin - A origem das espécies
Spencer - Darwinismo Social
-Alemanha
Wundt - Da Psicologia Experimental para a Social (Wölkerpsychologie ou Wiilkerpsychologie)
França
Durkheim - Representações individuais e coletivas
Tarde - As leis da imitação
Le Bon - Psicologia das multidões
Duas obras são consideradas a fundação oficial da Psicologia Social:
Ano 1908
Psicólogo Inglês - William McDougall (Darwin e Spencer)
Uma introdução à Psicologia Social 
Sociólogo Americano - Edward Ross (influenciado por Tarde e Le Bon)
Psicologia Social: uma resenha e um livro texto
- Primeira Guerra Mundial é que se tem um marco concreto de desenvolvimento da psicologia social enquanto ramo de estudo científico e sistemático;
- o objeto de estudo da psicologia social era a própria sociedade, principalmente as percepções, as motivações, as atitudes e os comportamentos;
- um momento de crise da psicologia social;
- Psicólogos latino-americanos (em especial do México, Peru e Brasil) deram início a novas pesquisas, desta vez mais contextualizadas e críticas;
- ALAPSO – Associação Latino Americana de Psicologia Social
- a postura investigativa e, principalmente, de intervenção numa premissa impositiva mas coadunada com a própria realidade e contexto investigados;
Psicologia social à brasileira
- propostas concretas de uma Psicologia Social em bases materialistas-históricas e voltadas para trabalhos comunitários, agora com a participação de psicólogos peruanos, mexicanos e outros;
- 1979- ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social;
- Enquanto a Psicologia social cognitiva se baseava em uma perspectiva naturalizante e dicotômica, valendo-se do método experimental e da neutralidade do investigador em suas análises das relações interpessoais e dos fatores sociais no indivíduo, a psicologia social brasileira (socio-histórica) se fundamentava no método do materialismo dialético, visando ao compromisso social;
Cognição social
- No cerne de seus objetivos foca na construção de compreensões e explicações sobre a percepção humana (do indivíduo sobre si mesmo e sobre os outros);
- É a partir destas percepções que se explica, prevê e orienta o comportamento social;
- Modelos de processamento de informação;
- toda a situação social pressupões alguma necessidade de processar informações;
- As pessoas produzem impressões sobre suas experiências:
- se atentando e codificando informações provenientes do contexto social que o circunda;
-interpretando e elaborando tais informações;
- fazendo uso de processos avaliativos, inferenciais e atribucionais;
Positivo versus negativo
Pessoalidade (interno) e impessoalidade (externo)
Locus de controle
Endogrupo e exogrupo;
- representando os conhecimentos produzidos na memória;
- A perspectiva elementarista;
- Perspectiva holística; 
	
Percepção das pessoas
- a percepção das pessoas está situada num contexto de compreensão das implicações das capacidades do sujeito que percebe no estudo da intersubjetividade (ou seja, entre as pessoas: social);
- intencionalidade;
- A percepção social por ser definida como um processo psicológico que é produzido no entremeio das relações sociais;
- fatores inatistas (genéticos) e fenomenológicos (experenciais);
- A espacialidade;
- A profundidade;
- A iluminação;
- A forma das coisas.
- Sensação versus Percepção: Você se veste, se movimenta, sente calor, passa frio, cozinha, vai ao cinema, fica em casa (estirado no sofá), situações que são demarcadas pela ação humana;
- Assim, nossa percepção é construída em torno de práticas de outras pessoas sobre nós, e nossas práticas sobre elas;
- dimensão social;
- a forma e o significado;
- Comportamentos estereotipados e preconceituosos;
- signos, símbolos, valores e crenças;
- há uma restrição que foca nossa atenção e, portanto, o comportamento humano;
Atitudes
- uma orientação do nosso pensamento, das nossas disposições profundas e do nosso estado de espírito diante de determinado objeto (situação, ideia, pessoa); ou seja, atitude é uma disposição interna que orienta a nossa conduta diante dos fatos e acontecimentos da vida, sejam eles reais (concretos) ou simbólicos (ALVES, 2008, p. 57).
Assim, se o comportamento é a ação propriamente dita, a atitude se traduz como sua intenção;
Os autores destacam que a atitude está ancorada nas representações avaliativas de que se expressam em “dimensões como bom-ruim, agradável-desagradável, prazeroso-desprazeroso” (PIMENTEL, 2016, p. 314), equivalendo a um posicionamento diante às situações vividas, que pode ser ou não consumada. Tudo se desenrolará mediante às circunstâncias e vetores presentes.
Elementos das Atitudes
Cognição - crenças, valores, julgamentos;
Afetividade - sentimentos favoráveis ou desfavoráveis;
Comportamento - na forma de uma tendência de ação.FENÔMENOS DE GRUPO
Ente (entidade) psicológico! 
- o comportamento em grupo e a disposição a viver em sociedade, é básico da
constituição humana, assim como a alimentação, reprodução e autopreservação;
- Gustave Le Bon ao lançar o livro “Psicologia das massas”, em 1895 - perda da identidade e da autonomia;
- Comportamentos individuais e das multidões;
- Sentimento de poder; Contágio mental; Sugestão.
- Para o psicólogo Ignacio Martín-Baró, um grupo é uma estrutura de vínculos e relações entre pessoas que potencializa individualidades frente a necessidades individuais e interesses coletivos;
 
- Freud – buscar o entendimento estruturas psicológicas individual e as articulações com a vida social;
Processos:
Coesão - resultado da aderência do indivíduo ao grupo, sua fidelidade aos objetivos e unidade no conjunto de ações.
 Padrões grupais - conjuntos de expectativas, normas e comportamentos que são exaltados, reforçados e compartilhados no contexto grupal, de modo a obter benefícios a partir das respostas às demandas destes mesmos padrões de grupo.
 Motiv + ações e objetivos - elementos relacionados às influências exercidas sobre o indivíduo em relação às suas decisões quanto a participar de determinado grupo e aderir a ele.
 Liderança (+ Papeis sociais) - habilidade que determinado membro do grupo tem ou conquista, de motivar, influenciar e provocar comportamentos adequados e efeitos positivos neste grupo.
 
Enrique Pichon Rivière - grupos operativos - a constituição de um grupo deve haver um
determinado número de pessoas, um vínculo entre elas, a realização de uma tarefa e um objetivo.
Kurt Lewin
Teoria da dinâmica de grupo - um grupo é constituído de forma dinâmica, ou seja, por um conjunto de forças diversas que produzem atividades e mudanças em esferas específicas. Diversas forças sociais, intelectuais e morais atuam e afetam de forma central os grupos, assim como suas origens, reações e comportamentos;
 
Teoria de campo - a percepção ambiental e contextual desempenha forte influência sobre o comportamento, de modo que o indivíduo pode ser entendido como um produto do seu meio.
 
Coesão de grupo - o resultado da aderência de um indivíduo em relação ao grupo e a fidelidade deste mesmo indivíduo à unidade deste grupo e aos seus objetivos.
 
Pressões e padrão - argumentos utilizados pelo grupo para garantir pertença e fidelidade a si e seus objetivos.
 
Liderança - a força do carisma e da influência exercida sobre os indivíduos do grupo.
Autocrática (autoritária); Democrática e Liberal (laissez-faire);
Propriedades estruturais - formas de estrutura típica de determinados grupos, tais como padrões de comunicação, desempenho de papeis e relações de poder.
 
A psicologia social dos grupos: coesão grupal
 
A coesão grupal pode ser entendida como a soma de forças existentes dentro de determinado grupo que atrai e une seus membros, dependendo de fatores como motivação, continuidade, satisfação, aderência às regras e continuidade;
 
fatores como engajamento, moralidade, emoção coletiva, vínculo grupal e comprometimento;
Duas cabeças pensam de forma coesa!
Menos racional e mais emocional + afetivo... sentido do grupo!
A coesão pode ser aferida pela soma entre fatores atrativos e repulsivos deste grupo, mas também pela aceitação, sensação de solidariedade e pertença individual entre membros e seu grupo;
 
Émile Durkheim – instituições religiosas;
Representações Coletivas versus Individuais;
Formação de normas sociais
Essas normas são regras de comportamentos, tradições, padrões, condutas e valores, que são negociadas socialmente mediante o contato dos próprios participantes sociais (SHERIF, 1936).
 
A função de regular o comportamento do grupo;
 
Fontes: 
Comportamento individual;
Informações resumidas sobre um grupo;
Sinais institucionais.
 
2 Papel social, facilitação social, impacto social e pensamento grupal
 
Princípios básicos:
Consolidação - a constante interação entre os membros do grupo cria padrões de ações e comportamentos;
Agrupamento - há uma tendência maior de interação entre indivíduos e grupos com opiniões semelhantes;
Correlação - com o passar do tempo há uma convergência das opiniões dos integrantes de determinado grupo; 
Diversidade contínua - é gerada por meio da interação entre membros de um grupo minoritário com os membros da maioria sem, no entanto, a minoria ceder à influência da maioria.
Extra texto
Teoria da influência minoritária de Serge Moscovici
 
Teoria do pensamento de grupo foi Irving Janis,
- Ilusão de invulnerabilidade;
- Crença na moralidade inerente do grupo;
- Racionalização coletiva;
- Autocensura;
- Culto à unanimidade;
- Pressão direta sobre os discordantes.
 
A teoria de Moreno distingue três tipos de papeis no desenvolvimento individual:
- aqueles que determinam as funções de comer, dormir ou exercer a atividade sexual;
- aqueles que delimitam a estrutura psicológica;
- constituem a estrutura discriminativa entre realidade, ou seja, os papeis sociais, e fantasia – os papeis psicológicos.
 
facilitação social - Trata-se da alteração comportamental que ocorre sob influência de pelo menos um expectador, ou a presença real, implícita ou imaginada de outros;
Avaliação de outrem;
 
Impacto social
- Forças sociais;
- Psicossocial;
- Multiplicação e divisão do impacto
 
3 Fenômenos grupais
Fenômenos grupais são todos aqueles aspectos que se manifestam sempre que há uma formação grupal.
não são apenas agrupamentos de pessoas, 
mas as condições em que essas pessoas se encontram e manifestam.
Diversos rituais, hábitos e grupos contribuem para a manifestação de experiências emocionais coletivas e casos de sincronia emocional entre os participantes de grupos;
 
3.1 Identificação grupal
A identificação grupal é a eficaz inclusão da figura de si num sistema externo de categorização social, por meio da soma de identificações que definem o “eu” em sua similaridade com esse sistema complexo.
3.2 A psicologia social dos grupos: liderança
- prevaleceu a corrente denominada interacionista, ou seja, de que haveria uma interação e envolvimento de diversos fatores por trás da liderança, como exigências contextuais, características pessoais do líder e grupais, e o conjunto de comportamentos considerados eficazes em razão dos objetivos buscados (BRYMAN, 1996);
Grupo;
Objetivo;
Influência.
 
3.3 A psicologia social dos grupos: status
A base daquilo que se considera como realidade é construída a partir das relações que se estabelecem e das ideias que se adotam;
A classe social é um tipo de construção envolvendo status e, assim como outros status sociais, é mantida por meio da imposição de categorias subjetivas que influenciam na forma como a realidade social é construída e representada.
4 Fenômenos atribucionais de causalidade
- processos pelos quais as pessoas se utilizam, consciente ou inconscientemente, para explicar eventos e experiências diversas;
- manifesta-se mesmo em casos de não haver conhecimento prévio ou explicações coerentes e satisfatórias para a experiência;
- envolver resposta às demandas das pessoas por um mundo estável, previsível e controlável, de modo a possibilitar a construção de modelos causais, indutivos e dedutivos e o estabelecimento de uma relação fixa e coerente de causa e efeito;
 
 
4.1 Atribuição de causalidade em Heider
Atribuição interna – estáveis (habilidade e capacidade) e instáveis (esforço, empenho e intenção); pessoais;
Atribuição externa - Os fatores ambientais são externos ao sujeito e as causas são consideradas impessoais;
psicologia ingênua (naive), ou seja, a psicologia do senso comum.
Endogrupo e exogrupo
 
4.2. Atribuição de causalidade em Harold Kelley
- as pessoas atribuem causas a situações, processando informações constantes sobre situações e eventos, de modo que, se um evento costuma ocorrer na presença de algo, atribui-se a isso a sua causa;
- Consenso - Referente ao modo típico das pessoas se comportarem diante de um mesmo estímulo;
- Distintividade - Percepção de que determinado comportamento é emitido apenas face àpresença de estímulos específicos;
- Consistência - A frequência da associação entre o comportamento observado e o mesmo estímulo em situações diversas;
Erro fundamental de atribuição de causalidade, no sentido de aperfeiçoar a teoria de Kelley;
Para Ross (1977), tal erro de atribuição envolve as situações em que os julgamentos sociais são demasiadamente influenciados por causas internas, ignorando o contexto e o ambiente;
 
4.3 Teoria da atribuição em Spilka e colaboradores
- atribuição de causalidade à psicologia da religião, pois a atribuição de causalidade costuma atribuir explicações a eventos, por meio de aspectos envolvendo aparentes compatibilidades e hierarquização de causas;
- necessidade de perceber os eventos como significativos, seja pelo desejo de predição e controle, seja pela necessidade de conforto e proteção, ou pelo narcisismo e egocentrismo;
- os processos de atribuição são deflagrados quando ocorrem eventos que não podem ser automaticamente assimilados pelo sistema de crenças-significado do indivíduo; daí as tentativas de encaixar eventos em amplos sistemas de crença e significado, como também a busca por predição e controle;
- esforço, capacidade, dificuldade da tarefa e sorte;
- A atribuição de causalidade envolve diversos aspectos, como heurísticas, vieses, ideologias, emoções, dissonâncias e preconceitos que conduzem a interpretações e atribuições equivocadas;
 
Além do texto – Dissonância Cognitiva
O psicólogo norte americano Leon Festinger, constatou em 1957, que dissonância cognitiva refere-se à contradição entre a maneira como o indivíduo se comporta e a maneira como ele pensa, ou seja, é o resultado emocional proveniente de uma ação em que duas crenças distintas se chocam.
O ser humano visa encontrar coerência entre suas cognições (comportamentos, conhecimentos, opiniões e crenças), sendo que quando esse equilíbrio não existe, ocorre a dissonância. Nela, a pessoa se depara com a distância entre o que ela acha correto e deseja, com o que de fato ela faz e realiza e isso causa estresse e desconforto mental.
 
5 O processo de tomada de decisões
- Os processos de tomada de decisão são multifatoriais, mas todos correspondem à mesma finalidade de escolha entre alternativas ou possibilidades, dizendo respeito a todos os processos que se constituam como dependentes de decisões;
- No modelo anárquico, tanto os objetivos quanto os procedimentos, são ambíguos; 
- o modelo de tomada de decisão racional, costumam ser mais sistematizados e estruturados. Este último, por exemplo, pressupõe regras e procedimentos predefinidos, que devem ser seguidos;
- Processos simples ou complexos;
- Os mecanismos são adaptativos, pois permitem lidar com circunstâncias novas e inesperadas;
Simulado: Unidades 1 e 2 (não vale pontos)
Definição e História
https://forms.office.com/r/3D8XwJiSRn
https://forms.office.com/r/ztsKsCnYmR
Cognição Social
https://forms.office.com/r/W2pB4j1V7T
Atitudes
https://forms.office.com/r/j54FREG67S
Grupos
https://forms.office.com/r/Tu5XtfKp1w
https://forms.office.com/r/g4DXeaguS5
Unidades 3 e 4 
1 A psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia
- A psicologia sócio-histórica é pontual, justamente, por considerar a necessidade de posicionar o homem em algum ponto em sua existência - em geral, em um ponto histórico onde haja um conjunto de forças e situações que, num dado momento, produzem e são produzidas por ele;
- decorrem do materialismo histórico e dialético que busca “abordar os fenômenos sociais e psicológicos na sua historicidade”. Para tanto, é importante compreender duas questões:
- A dialética subjetividade-objetividade;
- A formação e mudança de valores;
- Alicerçado nas obras dos psicólogos soviéticos Alexander Luria, Alexei Leontiev e Lev Semyonovich Vygotsky, o homem era concebido a partir dos processos que os circunscrevem e o circunda e que produzem e são produzidos por ele.
- Uma pessoa é a síntese do particular e do universal, ou seja, sua individualidade se constitui, necessariamente, na relação objetiva com o seu meio físico, geográfico, histórico e social. que irão, através de suas ações, desenvolver, o psiquismo humano constituído, fundamentalmente, pelas categorias: consciência, atividade e afetividade, identidade.
- circunscrevendo seu psiquismo por meio de mediações constitutivas: suas emoções, a linguagem e o pensamento e o comportamento são responsáveis pela subjetivação/objetivação ao mesmo tempo.
- o ser humano, é um “ser sócio-histórico, ou seja, ele se desenvolveu através de ferramentas inventadas e de uma linguagem articulada a fim de transmitir a utilidade dessas para os seus pares” (BOCK et al., 2007, p.52).
- Para os psicólogos soviéticos citados acima, o psiquismo humano se desenvolve no processo de interação social, que, por sua vez, precisa ser compreendido em sua demarcação histórica e social;
- Para a psicologia sócio-histórica há um psiquismo em processo constante de produção, “um processo constituído na vida concreta, por meio das ações, vivências, experiências do indivíduo e por meio de suas relações” (BOCK et al., 2007, p.52);
- É o chamado processo contraditório, algo que se revela dinâmico e em constante mudança, num movimento que totaliza e particulariza o indivíduo;
- o ser humano é um ser humano, mas também social, mas também histórico, mas também econômico, mas também emotivo, mas também reflexivo, mas também físico, mas também em movimento;
- o modo investigativo se espraia, não na busca por revelar (descobrir algo coberto) mas, sim, por transformar, o que faz sentido pois se trata de um movimento que pensa sua própria existência, suas contradições, seus anseios, seus valores e seus significados que orbitam e dinamizam interações objetivas-subjetivas;
 
2 Indivíduo, cultura e sociedade
- unidades contraditórias (indivíduo e sociedade), se interpelam e se produzem;
- a psicologia sócio-histórica é uma vertente científica que não aceita o que constata, mas que se posiciona, pois ao reconhecer a historicidade dos fenômenos que estuda põe à prova, critica, criva e qualifica o indivíduo, e vice-versa;
- “o conhecimento e a intenção prática [de pesquisa] em relação ao objeto [de estudo] não se separam” (BOCK, et al., p.53), mas se produzem mutuamente;
- o trabalho da psicologia sócio-histórica é, justamente, “esmiuçar como se dão os processos, não só na formação de valores, mas na mudança de valores” (BOCK, et al., p.53).
- Os valores são compostos e produzidos, forjados e modificados por diversas histórias (a familiar, a econômica, a política, a ambiental, a laboral, a educativa, a social etc.);
- Mas como distinguir as contradições e alienações que se intermediam as interações humanas no contexto social? Segundo Bock et al. (2007), há várias maneiras como:
• Perda dos vínculos com o real
trata-se de situações alienantes que se tornam prejudiciais, uma vez que tira do indivíduo sua ligação com o real, com seu cotidiano.
• Desinteresse ou apatia
trata-se de uma situação em que os indivíduos assumem (de modo consciente, mas, em geral, quase inconsciente) uma postura de indiferença quanto às questões do cotidiano social;
- a psicologia sócio-histórica baseia sua produção de conhecimento, não em apenas descrever, mas também, na esteira de “poder interferir, atuar para que os homens sejam sujeitos, não sejam robôs” (BOCK et al, 2007, p.53);
- a historicidade inerente à vida em sociedade se procede a saber-se mais sobre o modo constitutivo “dos fenômenos, ao apontar sua gênese contraditória permite apontar ações de superação, permite usar o conhecimento de forma posicionada” (BOCK et al, 2007, p.53);
 
3 O debate pós-moderno: psicologia e subjetividade;
- Trata-se, portanto, de um conjunto de mudanças importantes nos campos econômico, político, social, cultural e outros que interferem na existência humana e que são oriundas do estabelecimento de processos desencadeados e resultantes de novas formas de se vivenciar o tempo e o espaço social;
- as relações sociais e as práticas culturais pós-modernas nãosomente orientam a existência humana, mas também se apresentam como estratégias que revolucionam as lides sociais que dinamizam a sociedade contemporânea;
- a pós-modernidade se caracteriza por uma condição de instantaneidade;
- Em função de sua condição cotidiana, não se pode pensar em apenas um movimento artístico, mas também em uma mudança cultural, política e social, uma vez que a vida humana e social é remodelada;
- Fica-se mais velho, fica-se mais dinâmico, mais ágil, porém mais volátil, intenso, e vazio, mais tenso, mais oscilante, mais fragmentado;
- é possível inferir que as maneiras que determinavam a existência social e humana que a Modernidade operacionalizou não davam mais conta de produzir os modos de existir suficientemente, satisfatórios;
Novidade;
Fugacidade;
Efemeridade;
Individualismo.
 
- O filósofo Michel Foucault denomina este tempo como sociedade disciplinar como forma de delimitar as ações e os modos de existir. O homem moderno (antigo), portanto, é um homem disciplinado, controlado bem definido, disciplinadamente.
- a subjetividade advinda desta dinâmica pós-modernista é uma subjetividade que precisa ser compreendida como o resultado de uma relação de forças.
- Tanto desejo, como necessidade, indivíduo e, por conseguinte, sua subjetividade, são produtos, construídos de uma sociedade;
A subjetividade pós-moderna, portanto, é:
Uma subjetividade de dispositivos digitais, de poder, de saber, que circunscreve e produzem um homem fragmentado, individualista: um resíduo da produção capitalista, neoliberal e focado na visibilidade que suas ações produzem e refém de uma lógica que o esvazia, mas não o preenche, novamente, e; 
Fruto de um modelo que opera por meio do “descentramento das redes de poder, que tornam as relações de força difusas e legitimam certos discursos e práticas à custa da invalidação de” (SILVA, 2013, p.152) outros sujeitos.
 
4 A pesquisa na psicologia sócio-histórica
- A ação física do homem precisa ser compreendida como um ato, porém, este ato não pode ser compreendido fora de sua expressão ‘sígnica’, que é por nós recriada (FREITAS, 2002, p.24).
- se valem de uma postura dialética acerca da compreensão dos fenômenos humanos. Neste sentido, só é possível perceber, de fato, um conhecimento científico, social ou humano, tendo como procedimentus operandi a contextualização social dos processos interativos, que oportunizam a vida.
- O pesquisador, sob esta perspectiva, provoca alterações, empreende intervenções, promove mudanças e constrói transformações em âmbito social; 
 
Modelos de pesquisa:
 
Proposta de Investigação:
- Grupos focais;
 
Propostas de pesquisa em Psicologia Social
- Kurt Lewin;
- Pesquisa participante & Pesquisa-ação – envolvimento efetivo da população pesquisada em todas as etapas do desenvolvimento da pesquisa – a pesquisa-ação é uma pesquisa participante com foco na ação!
1 Psicologia social: representações sociais
 
Teoria da Representação Social, de Moscovici, que diz respeito a um estudo investigativo e observacional sobre o que os indivíduos pensam, por que pensam e como pensam, de modo a tentar compreender o seu “senso comum”;
 
- A forma como ocorrem as elaborações sociais e como elas são compartilhadas, e também as participações a respeito do estabelecimento de visões de mundo e realidades em comum no âmbito sociocultural (JODELET, 1991).
 
- Segundo as ideias de Moscovici, toda representação é representação de alguém e de alguma coisa, o que indica que todo sujeito se situa em determinado momento histórico, em dada sociedade e em determinadas relações, fazendo parte de constituições estruturais, ideologias, culturas e forças sociais (JODELET, 2001);
 
- As representações sociais são modalidade de conhecimento particular cuja função é de elaborar comportamentos e relações entre os indivíduos, produzir informações, criar familiarização com o estranho e normas sociais de acordo com as categorias específicas de determinada cultura, fazendo isso por meio de processos de ancoragem e objetivação (MOSCOVICI, 2012).
 
- devido ao fato das pessoas estarem envolvidas em imagens, linguagens e culturas impostas por representações dos grupos aos quais pertencem, as representações têm como função convencionalizar objetos, pessoas e eventos (MOSCOVICI, 2005);
 
- a Teoria da Representação Social está centrada no funcionamento do pensamento cotidiano, recebendo influência de teorias como as de Émile Durkheim, Lucien Lévy-Bruhl, Jean William Fritz Piaget e Lev Vygotsky, culminando numa forte junção entre o social e o individual;
 
- O pensamento dele sobre as representações sociais considerou a psicanálise, o pensamento científico e profissional, e o pensamento cotidiano das pessoas comuns.
 
O que se falava da psicanálise nos jornais? Qual a representação social da psicanálise na média?
 
Conhecimento científico = reificado
Conhecimento popular = consensual 
 
- As representações sociais têm como capacidade assimilar informações e criar categorias, familiarizando o sujeito em relação à estranheza, de acordo com as categorias de sua cultura;
 
Processos básicos:
 
Ancoragem 
É o processo que transforma algo estranho e perturbador em nosso sistema categórico particular, comparando-o a categorias que pensamos serem apropriadas. Ou seja, ancoragem é o processo de assimilar e classificar novas informações a conteúdos cognitivos e emocionais pré-existentes.
 
Objetivação
É a transformação de um conceito abstrato em algo tangível (SAWAIA, 2004); a descoberta das qualidades icônicas de determinada ideia, reproduzindo-a como um conceito em uma imagem (MOSCOVICI, 2005).
 
A representação social é uma teoria da dinâmica e diferenciação dos sentidos comuns, principalmente em relação à ciência como fonte de conhecimento.
 
Representação e identidade
 
- é importante perceber a relação entre como nos vemos e como os outros nos veem, ou seja, como somos representados e como isso afeta a forma como nos representamos (HALL e DU GAY, 1996);
 
- levanta questões interessantes sobre representação, identidade e a natureza das relações entre os diferentes sistemas do eu;
 
- Alguns teóricos sustentam que existe um antagonismo funcional entre elas, o que implica que as identidades sociais em diferentes níveis da organização são essencialmente independentes e podem incluir representações diferentes e também incompatíveis do eu.
 
- Entre ambas as abordagens, considera-se que os diferentes sistemas do eu interagem como componentes complementares de um autoconceito e autoestima gerais (TURNER et al., 1994).
 
- As mudanças nos níveis de auto categorização refletem não apenas diferenças nas visões de si, mas também diferentes visões de mundo. Diferentes níveis de identidade representam perspectivas diferentes para a interpretação da realidade social, a teoria da identidade coletiva torna-se uma teoria abrangente para entender a variabilidade tanto dentro como entre indivíduos;
 
- No nível do eu pessoal, os indivíduos buscam semelhança com outros significativos, mas ao mesmo tempo lutam por um senso de singularidade (SNYDER e FROMKIN, 1980);
 
- Explorar como as representações sociais são manipuladas pelo grupo permite entender como a construção da identidade leva ao desenvolvimento de representações de grupos sociais relevantes (HOWARTH, 2002).
 
2 Psicologia política
 
a psicologia política é uma área que realmente apresenta muitas possibilidades de estudo, pesquisa e atuação profissional, principalmente por trazer consigo muitos paralelos e áreas do conhecimento, como psiquiatria, sociologia etc.
 
é apenas mais uma área que investiga a complexidade e variedade das realidades sociopolíticas.
 
Seus estudos abrangem inúmeros métodos, intercâmbios teóricos e metodológicos, como também o foco em diferentes contextos, sendo o estadunidense, o europeu e o latino os principais (MONTERO, 2009).
 
A psicologia política tem muitos propósitos e ambições, mas o principal ainda deve ser o da libertação e conscientização. 
 
Ela deve ter como função mostrar à sociedade sua multiplicidade,instabilidade e imperfeição, como também seus mecanismos causais e suas dinâmicas de poder e mudança constante (MONTERO, 2009).
 
2.1 Pensamento político e racionalidade
 
- As suas ideias e teorias demonstraram que o comportamento humano segue padrões e pode ser delimitado por “leis”, cabendo a áreas como a psicologia política analisá-las e estudá-las;
 
- Também há inúmeras outras pesquisas e abordagens, como os estudos de John Meisel sobre comportamentos eleitorais, os de Jon H. Pammett e Michael Whittington, sobre socialização política, e os de Richard Simeon e David J. Elkins, sobre a tipologia de personalidades políticas (NESBITT-LARKING, 2004);
 
- A visão política de um indivíduo reflete o modelo do qual ele se utiliza para ver, sentir e interpretar o mundo, à semelhança do que ocorre com as crenças e os valores culturais;
 
- No entanto, no chamado comportamento social político, nem sempre a lógica e a racionalidade detêm o monopólio do significado e das explicações, fazendo com que componentes simbólicos e emocionais tornem o objeto de estudo concebido como sendo aparentemente aleatório;
 
- Nesse sentido, verifica-se que o comportamento humano e seus padrões de decisão e julgamento não costumam seguir uma base puramente racional, e que essa racionalidade, além de limitada, nem sempre segue critérios objetivos (SIMON, 1978);
 
- Onde quer que haja incertezas, há uma potencialização de manifestação de impulsos inconscientes sobre a deliberação e tomada de decisão;
 
- Portanto, diante disso, há de se perguntar o quanto do comportamento social e político humano é racional, e o quanto essa racionalidade ou irracionalidade impacta na realidade.
 
2.2 Ações políticas
 
- As ações políticas consideram o quadro de referência dos indivíduos que formam o grupo onde essas ações serão realizadas;
 
- Isso demanda que, além de compreender como as pessoas decidem, mas também quais os resultados que elas buscam para decidirem o que decidiram;
 
- toda ação é política, pois toda ação é influenciada, motivada e formatada de diversas formas;
 
- O político não é apenas o partidário, mas abrange toda a atuação existencial humana, pois a moeda corrente, as estruturas sociais, as instituições, os códigos morais e os sistemas éticos, todos eles implicam em um poderoso conjunto de fatores políticos predominantes;
 
- Esses fatores políticos dão o contorno e a tonalidade da vida individual e em sociedade, permitindo atuações e manutenções;
 
- viver em sociedade é viver politicamente, adotar uma postura política e uma identificação política;
 
- a psicologia precisa demonstrar uma maior ênfase neste aspecto, pois ela tange todos os constructos básicos que participam destes sistemas, suas causas, motivações e consequências;
 
3 Psicologia social: ideologia
 
- Segundo o teórico René Kaës, a ideologia pode ser considerada como uma construção sistemática edificada como defesa contra a dúvida e o desconhecido com o objetivo de fornecer explicações universais e totais segundo princípios de causalidade, e em formatos de concepções e representações do mundo ou de suas partes (KAES, 2016).
 
- a ideologia é como um pensamento sem sujeito, que requer que os sujeitos se ausentem de seus enunciados, para, depois disto, cobrir esse vazio (KAES, 2016);
 
- não há grupo sem ideologia, de modo que é impossível estar em um grupo sem adotar uma ideologia; não há ideologia individual, pois ela precisa ser apoiada no grupo ou cria-lo (KAES, 2016);
 
- Em casos individuais ou grupais a ideologia efetua diferentes funções, pois o processo grupal costuma ser um elemento determinante da organização e do funcionamento psíquico do sujeito (KAES, 2016);
 
- o poder de difusão de uma ideologia proporcional ao seu grau de utilização social (BOSI, 1995). 
 
- a ideologia pode ser considerada como um discurso sedutor que se apodera e faz uso da própria realidade social dos sujeitos para invertê-las, visando à manutenção do poder da classe dominante (ADORNO; HORKHEIMER, 1978);
 
- Também há concepções que consideram a ideologia como um corpo sistemático de normas e representações que “ensinam” a conhecer e agir, engendrando uma lógica de identificação que unifique pensamento, linguagem e a realidade; é uma forma específica do imaginário social utilizada pelos agentes sociais para representar, ocultar ou dissimular o real (CHAUÍ, 1997);
 
- a crítica à ideologia é uma crítica que tem como objetivo promover a possibilidade de uma experiência não ideológica que considera a singularidade do objeto;
 
- Adorno e Horkheimer foram responsáveis pelo conceito de "indústria cultural", cuja intenção seria de formar uma estética ou percepção comum na sociedade e suas representações, com a intenção de promover o consumismo por meio de uma homogeneidade sociocultural e simbólica, e impedir a autonomia e a independência;
 
3.1 Formatação da ideologia
 
- Embora ainda haja um negacionismo referente à inclinação ideológica das pessoas;
 
- Esses sistemas de crenças e formatações ideológicas comumente são estruturados por meio de dispositivos e dinâmicas psicofisiológicas, ligadas, por exemplo, à necessidade de reduzir incertezas (JOST et al., 2008);
 
O que é uma ideologia?
 
Senso de valor neutro, referindo-se a qualquer sistema abstrato de crença ou significado internamente coerente;
 
Sentido mais crítico, capturando sistemas de crenças propagandísticas que são tipicamente enganosas e sistematicamente distorcidas.
 
Os sistemas ideológicos costumam ser caracterizados por aspectos como estabilidade, consistência, lógica e sofisticação política (ALLPORT, 1962; CONVERSE, 1964; GERRING, 1997), e também como dispositivos organizadores relativamente benignos (KNIGHT, 2006).
 
- as pessoas costumam pensar, sentir e se comportar de maneira ideológica, mesmo que não haja consciência ou articulação nesse sentido, seu comportamento tem influências ideológicas de acordo com as visões de mundo e sistemas de crenças que a pessoa adotou (JOST et al., 2008);
 
- Também não é difícil encontrar ideias que se referem às ideologias como ilusões que servem ao sistema, ou a formas como sistemas e sociedades se racionalizam ou se revolucionam (KNIGHT, 2006).
 
- Em outros casos se considera que qualquer reflexão de cunho político é ideológica, podendo ser quanto a seus termos, instituições, figuras de poder ou como se relacionam com as críticas ou aprovações (MILLS, 1960). 
 
- A ideologia tem a função de endossar justificativas ou o poder que o sistema adota, legitimando aspectos dos mais diferentes domínios de tais estruturas, mas também contribuindo para outros aspectos, tais como a estabilidade das relações e organizações hierárquicas entre grupos e papeis sociais (JOST; SIDANIUS, 2004).
 
3.2 O lócus da ideologia em psicologia social
 
- Cada vez mais é necessário que sejam realizadas pesquisas de forma interdisciplinar e que sejam considerados pontos de vista distintos, teorias dissonantes e aspectos políticos polêmicos, encarando tal realidade e se preparando para a constante reflexão e manutenção das próprias abordagens, atuações, percepções e interpretações do mundo e dos fenômenos que participam deste mundo;
 
4 Psicologia social: gênero
 
- Considera-se que o termo começou a ser utilizado por feministas americanas com o objetivo de se referir a organizações sociais entre os sexos e, em seguida, para enfatizar o caráter predominantemente social das distinções sexuais, rejeitando o determinismo biológico implícito nos termos “sexo” ou “diferença sexual” (SCOTT, 1995).
 
- Para Scott, o termo gênero é uma maneira de indicar construções culturais e criações totalmente sociais de ideias sobre papeis definidos em relação aos homens e às mulheres.
 
- Para as teorias feministas, portanto, gênero é uma categoria social imposta sobre um corpo sexuado, distinguindo-se a prática sexual e os papeis sexuais atribuídos aos homens e às mulheres. Esse conceito é constitutivo das relações sociais que são fundadas sobre as percepções entre os sexos e às significações das relaçõesde poder (SCOTT, 1995).
 
O estudo conceitual sobre gênero permite:
- Questionar as explicações sobre desigualdades presentes nas relações e papeis sociais;
- Identificar aspectos históricos por trás de determinadas questões presentes na contemporaneidade;
- Analisar as formas como determinados constructos sociais são elaborados e perpetuados.
 
5 Psicologia social na organização
 
O psicólogo institucional realiza um trabalho institucional com duas funções: Educar e ser educado;
 
Esse trabalho é feito por meio das experiências, observações e intervenções, desenvolvendo sua forma de atuação paulatinamente a partir da demanda institucional (BLEGER, 1984).
 
Um dos objetivos da inserção profissional em âmbitos organizacionais é a de promover a satisfação e o estado emocional positivo e menos conflitante possível (LOCKE, 1976).
 
A psicologia organizacional foi negligenciada por muito tempo, de modo que importantes processos foram descartados de imediato. Atualmente há em curso uma alteração desse cenário, o que faz com que empresas e instituições, em geral, busquem, cada vez mais, a inserção de profissionais de saúde e psicologia para seus quadros.
 
5.1 Psicologia social na escola
 
- A psicologia social aplicada à educação e aos processos de formação individuais deve ter uma íntima relação com a individualidade e subjetividade das crianças e demais envolvidos no cenário educacional;
 
- A escola é um passo essencial da formação individual e é interessante que seja olhada atentamente por parte da psicologia (MEAD, 1896, 1898, 1910);
 
- Durante os primeiros anos escolares há inúmeras mudanças significativas nas crianças e em seus ambientes;
 
- as formas de brincar, se relacionar, aprender e se comunicar são alteradas significativamente, e muitas vezes a escola e a família não sabem como agir, nem mesmo quanto às suas funções diretas, como o ensinar (RUBIN et al., 1998);
 
- É importante haver um foco do psicólogo em contexto escolar, pois as relações que os estudantes estabelecem com seus pares são fundamentais para o desenvolvimento socioemocional das crianças (HARTUP, 1996);
 
- É interessante analisar processos de socialização duais, dos alunos em relação a um de seus pares, mas também focar parte dos esforços em observar e analisar os processos de formação e impacto em relação às redes sociais e experiências em grupos;
 
- Daí a importância de trabalhar as relações das crianças durante seus anos escolares, principalmente focando na aceitação, autoconceito e sua participação em redes de socialização e amizade (GIFFORD-SMITH e BROWNELL, 2003);
 
5.2 Psicologia social da saúde
 
- A psicologia da saúde estuda o comportamento humano em contexto de saúde e doença, com o objetivo de compreender o papel de variáveis psicológicas sobre a manutenção da saúde, o desenvolvimento de doenças e os comportamentos associados a elas, de modo a prevenir doenças e promover a saúde (ALMEIDA e MALAGRIS, 2011);
 
- o campo da medicina comportamental que teve como intuito integrar as ciências comportamentais e biomédicas, cuja perspectiva serviu como base para o campo da psicologia da saúde (SARAFINO, 2004);
 
- Também há o campo da medicina psicossomática, ramo que tem como foco as enfermidades etiologicamente determinadas por fatores emocionais, suscetíveis de compreensão psicanalítica (EKSTERMAN, 1975).
 
A psicossomática integra três perspectivas:
soma = corpo
Dimensão psicológica da doença;
Relação médico (corpo funcional)-paciente;
Ação terapêutica voltada para a pessoa do doente, enquanto um todo biopsicossocial.
 
A psicologia em contexto médico adota duas perspectivas:
 
Tradicional
modelo biopsicossocial, com base em métodos quantitativos e que investiga os comportamentos saudáveis e de risco, com foco em aspectos psicológicos e em seu valor preditivo.
 
Crítica
modelo fenomenológico-discursivo, baseado em métodos qualitativos de análise do discurso e que investiga as experiências pessoais quanto à saúde e à doença.
 
Considera-se que as intervenções em tais contextos devem considerar três dimensões: dos pacientes, dos familiares e dos profissionais (ISMAEL, 2005)
 
5.3 Psicologia social na comunidade
 
- tratar de aspectos sociais e políticos mais amplos acabou levando a uma percepção de que a psicologia precisava dar um maior enfoque na comunidade e mudança social, a fim de abordar a saúde mental e o bem-estar (ORNELAS, 2008);
 
- Daí o compromisso histórico da psicologia comunitária com a compreensão dos comportamentos individuais em contextos socioculturais, como também na avaliação de contextos e o impacto comunitário de atuações e instituições (TRICKETT, 2009);
 
- adotava uma concepção mais ampla, considerando aspectos políticos, raciais, culturais e institucionais, com vistas a intervenções em tais contextos e a uma promoção de saúde mental e inserção comunitária em prol dos menos favorecidos;
 
- interação entre estruturas e funções do sistema social e a saúde mental, além da necessidade de intervenções em sistemas sociais e serviços comunitários;
 
- Quanto aos fundamentos da psicologia comunitária, considera-se como base o bem-estar individual, o sentimento de comunidade, a justiça social, a participação cívica, a colaboração, o fortalecimento comunitário e o respeito pela diversidade (ORNELAS, 2008);
 
- Em alguns destes contextos, os membros mais marginalizados não têm acesso ao mundo além de seus espaços geográficos, de modo que a influência ambiental e comunitária é seu único veículo possível para emancipação e mudança coletiva;
 
- A psicologia comunitária deve prestar uma atenção especial às estruturas da comunidade e suas famílias, grupos, instituições e relações, fomentando o aumento do bem-estar, da saúde, da segurança, do conforto e de um funcionamento integral mais natural e menos adoecedor (CAMPBELL e MURRAY, 2004;
 
- Um desafio enfrentado pelos profissionais é o de mudar não apenas os padrões individuais de comportamento relacionado à saúde, mas também os contextos comunitários e sociais que sustentam essa saúde;
 
- Outro desafio é desenvolver estratégias para trabalhar com as comunidades, de modo a superar a privação social e melhorar o bem-estar (CAMPBELL e MURRAY, 2004).

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