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Leucorreia: microbiota, diagnóstico e tratamento

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@fernanda.cardosov 
 
LEUCORREIA 
 
IMPORTANTE DEVIDO: 
 
 A frequência; 
 A sintomatologia; 
 As repercussões psicológicas; 
 As repercussões na sexualidade. 
 
MICROBIOTA VAGINAL: lactobacilos, micro-organismos aeróbios, anaeróbios e microaerofilos. 
Ecossistema vaginal é dinâmico, pode causar doença inflamatória pélvica. 
 
a) Lactobacillus inner; 
b) Lactobacillus crispatus; 
c) Lactobacillus gasseri; 
d) Lactobacillus jensenii; 
 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
 
- Só tratar se a paciente estiver sintomática. 
 Desequilíbrio da flora vaginal; 
 Bactérias: Garnerella, Atopobium, Prevotella, 
Megaesphaera, Leptotrichia, Sneatia, 
Bifidobacteruim, Dialister, Clostridium e 
Mycoplasmas. 
 Prevalência 3x maiores em mulheres inférteis. 
 Aumenta em 2x o risco de aborto pós fertilização 
in vitro. 
 Associada ao HPV. 
 Maiores taxas de infecção pós cirurgia 
ginecológica (vaginais, histerectomia) 
 6x o risco de contaminação pelo HIV. 
 
 
GESTAÇÃO 
 Parto prematuro 
 Aborto espontâneo 
 Baixo peso ao nascer 
 Aumento na morbidade neonatal (infecções nos 
RN) 
 Endometrite por parto 
 
PREVALÊNCIA 
 Mundial: 10 a 30% das consultas 
 Brasil: 40% das queixas vaginais (em cada 100 
mulheres que procuram o consultório por causa 
do corrimento, 40 vão apresentar vaginose 
bacteriana) 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
 Raça negra 
 Duchas vaginais 
 Estresse crônico 
 Múltiplos parceiros 
 Sexo vaginal desprotegido 
 Tabagismo 
 Sexo anal anterior ao vaginal 
 Sexo mulher-mulher 
QUADRO CLÍNICO  Corrimento de intensidade variável 
 Odor vaginal fétido (mesmo na ausência de 
secreção) 
@fernanda.cardosov 
 
) 
 
  Odor piora com relação ou menstruação 
 
 
EXAME GINECOLOGICO 
 Secreção vaginal homogênea 
 Quantidade variável (escassa ou abundante) 
 Coloração esbranquiçada branco-acizentado ou 
amarelada. 
 Prurido, disúria ou dispareunia, apenas quando 
associado a outras afecções vaginais. 
 Pode ter candidíase (Hipotese) 
  Corrimento branco acinzentado homogêneo 
 PH vaginal maior que 4,5 
DIAGNOSTICO Critérios de Amsel (Tem que ter pelo 
 Teste aminas positivo (KOH 10%) 
 -Presença de células-chave (clue cell 
Espátula passa 
na lâmina, joga 
menos 3) uma gota de 
 hidróxido de 
 potássio e 
 sente o odor e 
 o teste é +. 
 
 
VAGINOSE BACTERIANA NA GESTAÇÃO 
 Parto prematuro 
 Aborto espontâneo 
 Baixo peso ao nascer 
 Aumento de mobilidade neonatal (infecções nos 
RN) 
 Endometriose pós-parto 
 
TRATAMENTO 
 Metronidazol 500mg VO 2x/dia por 7 dias 
 Metronidazol gel 0,75% 5g VV, por 5 dias 
 Clindamicina creme 2% 5g – VV por 7 dias 
 
 
 
VAGINOSE BACTERIANA RECORRENTE 
 4 ou mais episódios confirmados em 1 ano 
 
 Pode ser decorrente de: 
 Maior número de parceiros sexuais 
 DIU 
 Géis espermicidas 
 Antibióticos de largo espectro 
 Higiene inadequado/duchas vaginais 
 Baixa resposta imune vaginal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@fernanda.cardosov 
 
 
 
CANDIDIASE VAGINAL 
 - 20% Mulheres saudaveis 
 - Mulheres idade reprodutivas: 
 - 75% tiveram 1 episódio vulvovaginite 
 - 50% tiveram 2 ou mais episódios 
o - 5% apresentam episódios recorrentes 
IMPORTANTE  - Sintomatologia desagradável (prurido, ardor, 
poliúria) 
 - Facilita outras IST (infecções sexualmente 
transmissíveis) 
ESPECIES DE CANDIDA  - Cândida albicans: mais prevalente, 85 a 95% dos 
casos. 
 - Cândida Glabata e cândida tropicalis, 5-10% dos 
casos. 
SINTOMATOLOGIA  -Dependente da resposta imune 
 - Lecitina ligadora de manose (proteína) 
 - Fluidos corporais e secreção vaginal se ligam a 
manose, que causa uma ligação no sistema de 
complemento, caindo a resposta imune da vagina. 
QUADRO CLÍNICO  - Prurido de intensidade variável 
 - Corrimento esbranquiçado, aspecto “leite 
coalhado” 
 - Desconforto 
 - Disúria 
 - Dispareunia intensa 
 - Escoriação devido ao prurido, causando um 
edema local, gerando dor. 
EXAME ESPECULAR  - Hiperemia da mucosa vaginal 
 - Corrimento esbranquiçado que pode estar 
aderido ou não a mucosa 
 - PH menor que 4,5 (muito ácido) 
DOIS TIPOS DE CANDIDIASE 1- Cândida não complicada: 
 - Episódios esporádicos 
 - Intensidade leve a moderada 
 - Cândida albicans 
 - Mulheres imunocompetentes 
 
2- Candidíase complicada: 
 - Recorrente ou severa 
 - Espécies não albicans 
 - Diabéticas ou imunocomprometidas 
 - 10-20% mulheres 
DIAGNOSTICO  - Hifa(fungo) 
 - Iminentemente clínico 
 - Para ter certeza deve ser feito o exame a fresco 
(sensibilidade de 50-60%) 
 - SN: bacterioscopia e cultura 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO  - DM 
 - Imunossupressão 
 - Tabagismo 
 - Distúrbios alimentares 
 - Hábitos de higiene intima 
 - Vestuário 
@fernanda.cardosov 
 
 
  - Estresse excessivo 
TRATAMENTO 
 
 
- Episódios esporádicos 
- Intensidade leve a 
moderada 
- Cândida albicans 
- Mulheres 
imunocompetentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Recorrente ou severa 
- Espécies não albicans 
- Pacientes 
imunossuprimidos. 
1- NÃO COMPLICADO: 
- Antifúngicos por via vaginal: 
Derivados imidazolicos: 
 Fenticonazol: creme ou ovulo 
 Clotrimazol creme 
 Miconazole 
 Butaconazol 
 Tioconazol 
- Antifúngicos por via oral: 
 Fluconazol 150mg – dose única 
 Cetoconazol 200mg – 2cpd/dia por 5 dias 
(pacientes com sintomas mais exacerbados) 
 Itraconazol 100mg – 12/12h por 1 dia (se os 
sintomas estão exacerbados e quando há 
resistência ao fluconazol ou cetoconazol) 
 
2-COMPLICADA: 
 Ocorre principalmente por 
 Alterações da imunidade local 
 Tratamentos prolongados 
 Tratamento de ataque 
 Creme vaginal por 14 dias (derivados imidazólicos) 
 Fluconazol 150mg – 1x semana, 3 semanas 
 Itraconazol 100mg – 4 capsulas por mês (2 cedo e 2 
noite – 1 dia) – 6 meses 
 Acada 15 dias, usar um comprimido de ovulo de 
Fentoconazol. 
TRATAMENTO DA CANDIDIASE VULVOVAGINAL (CVV) 
EM SITUAÇOES ESPECIAIS 
CVV COMPLICADA SEVERA 
 
 Tratamento com ozois, tópicos com duração de 7 a 
14 dias; fluconazol cpd 150mg, VO, repetir em 3 
dias, total de 2 doses (dias 1-4) 
 
 Grande vulvite micótica até áreas genitocrurais e 
nadegas 
 
 Cetoconazol tópico, 2 vezes ao dia por 15 dias 
 
 
 
CVV COMPLICADA SEVERA NÃO ALBICANS : 
 
 Nistatina 100.000 UI creme vaginal, à noite, por 14 
dias ou ácido bórico 600mg, capsulas gelatinosas, 
via vaginal 14 dias. 
 
 CVV complicada em pacientes debilitadas 
@fernanda.cardosov 
 
 
  Tratamento com antibióticos tópicos 
convencionais com duração de 7 a 14 dias 
 
 Portadoras HIV 
 
 Mesmo esquema de tratamento conforme 
classificação da CVV 
 
 Apenas tratamento tópicos por 7 dias. 
 
 
TRICOMANIASE : 
 É A ÚNICA QUE TEM QUE TRATAR O PARCEIRO 
 É UMA IST/NÃO VIRAL MAIS COMÚM DO MUNDO 
 É UM PROTOZOARIO FLAGELADO ANAERÓBIO 
 INCUBAÇÃO: 4-20 DIAS 
 GERALMENTE NOS HOMENS É ASSINTOMATICO 
 NAS MULHERES TEM MAIS QUADROS SINTOMATICOS 
 
QUEIXA: 
 A LEUCORREIA É VERDE (AS VEZES AMARELADA) 
 CORRIMENTO BOLHOSO E BEM ABUNDANTE; 
 COLPITE TIGRAIDE: COLO EM MORANGO 
 MICROULCERAÇÃO NO COLO UTERINO 
 BOLHOSO E ABUNDANTE (GRANDES) 
 SE FIZER O SHILLER> FICA TIPO PELE DE ONÇA! 
 PH>4,5 (MAIS ALCALINO) É “ANAERO” 
 NO EXAME A FRESCO VEMOS: OS PROTOZOOARIOS MÓVEIS>SENSIBILIDADE BAIXA>MUITO FALSO NEGATIVO, 
MAS PELOS SINTOMAS JÁ É PARA TRATAR. 
 PODE DAR MAL CHEIRO, COCEIRA, ENGLOBA VARIAS CARACTERISTICAS>INFLAMA E É ANAERÓBIO. 
 PODE CAUSAR PARTO PREMATURA; 
 TESTE DE AMINAS + 
 
 
VAGINOSE CITOLÍTICA 
 HIPERACIDOSE/MUITO PROLIFERAÇÃO DE LACTOBACILOS 
 AUMENTA O PH VAGINAL, MAIS QUE O NORMAL 
 
SINTOMAS : 
 CORRIMENTO BRANCO E GRUMOSO 
 ARDOR E PRURIDO GENITAL QUE OCORREM TIPICAMENTE NO PERIODO MENSTRUAL 
 FREQUENTEMENTE É CONFUNDIDA COM CANDIDIASE/POIS SEU SINTOMAS SÃO MUITO SIMILARES. 
 O DIAGNOSTICO É CLINICO E MICROSCOPICO. 
 O ESFREGAÇO MOSTRA AUMENTA DOS LACTOBACILOS EVIDENCIA DE CITÓLISE ( NUCLEO NUS/E AUSENCIA DE 
DE MICROORGANISMO PATÓGENO. 
 
TRAMENTO : 
 BICABORNATODE SÓDIO 
@fernanda.cardosov 
 
 
VAGINITE ATRÓFICA : 
 OCORRE POR DEFICIENCIA DE ESTROGENIO PÓS-PARTO E PÓS-MENOPAUSA. 
QUADRO CLINICO: 
 CORRIMENTO VAGINAL ESBRANQUIÇADO 
 ASSOCIA-SE A DISPAREUNIA E SANGRAMENTO PÓS-COITO (ISSO OCORRE PORQUE HÁ UMA ATROFIA DO EPITELIO 
VAGINAL E VULVAR E PRURIDO VAGINAL. 
NO EXAME: 
 ATROFIA VAGINAL E MUCOSA FRIAVEL 
 O PH VAGINAL TENDE A SER SUPERIOR A 4,5 PELA DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO DE LACTOBACILOS. 
 VÊ PREDOMINIO DAS CÉLULAS DAS CELULAS PARABASAIS 
 
 
ABORDAGEM DOS CORRIMENTOS VAGINAIS: 
 QUEIXA DE CORRIMENTO VAGINAL 
 ANAMNESE E EXAME GINECOLOGICO (TOQUE E EXAME ESPECULAR) 
 CORRIMENTO VAGINAL CONFIRMADO 
MICROSCOPIA DISPONIVEL? 
FLUXOGRAFIA > NÃO> SIM 
MICROSCOPIA : 
 TRICHONOMAS>TRATAR TRICOMANIASE 
 CLUE CELLS>TRATAR VAGINOSE BACTERIANA 
 HIFAS 
FLUXOGRAFIA COM PH E TESTE K04: 
 PH, VAGINAL MAIOR QUE 4,5 E/OU K04 – POSITIVO 
 TRATAR VAGINOSE BACTERIANA E TRICOMANIASE 
PH VAGINAL MENOR QUE 4,5 E/OU K04 NEGATIVO: 
 CORRIMENTO GRUMOSO OU ERITEMA VULVAR 
 NÃO>FISIOLOGICO 
 SIM>TRATAR CANDIDIASE 
 
	IMPORTANTE DEVIDO:
	a) Lactobacillus inner;
	c) Lactobacillus gasseri;

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