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1 SISTEMA GENITAL FEMININO HISTOLOGIA E CICLO REPRODUTIVO Profa Vanessa Ribeiro Biomédica, PhD CICLO REPRODUTIVO FEMININO ✓ Adaptações simultâneas nos ovários (ciclo ovariano) e no útero (ciclo uterino). Formação do ovócito maduro Início: Vida fetal Interrupção: Nascimento Reinício: Puberdade Término: Na Fecundação Desenvolvimento de um grupo de folículos ovarianos Início: Vida fetal Interrupção: Nascimento Reinício: Puberdade Término: Antes da ovulaçãoProdução de hormônios esteroides CICLO UTERINO CICLO OVARIANO OVOGÊNESE FOLICULOGÊNESEOcorrem simultaneamente Frequência: MENSAL Objetivo: OVULAÇÃO Puberdade 1 2 2 OVÁRIOS OVÁRIOS: ESTRUTURA GERAL Folículo ovarianos = É o conjunto: Ovócito + as células e estruturas que o envolvem. ESTRUTURA DOS OVÁRIOS: -Epitélio germinativo: Cúbico simples -Túnica albugínea: Tec. conjuntivo denso irregular. -Córtex: Folículos ovarianos + tecido conjuntivo. -Medula: Tec. conjuntivo frouxo (vasos sanguíneos) 3 4 3 OVÁRIOS Ovário. Região cortical. Aumento pequeno. Coloração H/E.Ovário. Visão panorâmica. Coloração H/E. - Epitélio Germinativo : Epitélio Cúbico Simples -Túnica albugínea: Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado. - Córtex: Folículos ovarianos (≠ estágios). - Medula: Estroma (Tecido conjuntivo frouxo muito vascularizado) http://mol.icb.usp.br/index.php/20-1-aparelho-reprodutor-feminino/ Córtex Medula http://mol.icb.usp.br/index.php/20-2-aparelho-reprodutor-feminino/ Córtex Medula OVÁRIOS • Folículo primordial (Epitélio Pavimentoso Simples) • Folículo primário (Epitélio Cúbico Simples) • Folículos secundário até o folículo maduro (Epitélio cúbico estratificado) - Epitélio Germinativo : Epitélio Cúbico Simples -Túnica albugínea: Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado. - Região Cortical: Folículos ovarianos (≠ estágios de desenvolvimento + tecido conjuntivo). - Região Medular: Estroma (sustentação e nutrição) Tecido conjuntivo frouxo (vasos sanguíneos) 5 6 http://mol.icb.usp.br/index.php/20-1-aparelho-reprodutor-feminino/ http://mol.icb.usp.br/index.php/20-2-aparelho-reprodutor-feminino/ 4 REGIÃO CORTICAL: FOLÍCULOS OVARIANOS FOLÍCULOS OVARIANOS: Unidade funcional dos ovários. • Apresentam-se em diferentes estágios de desenvolvimento no órgão. FOLÍCULOS OVARIANOS • FOLÍCULO PRIMORDIAL • FOLÍCULO PRIMÁRIO (UNILAMINAR) • FOLÍCULO SECUNDÁRIO (PRIMÁRIO MULTILAMINAR) • FOLÍCULO TERCEÁRIO (PRÉ-ANTRAL) • FOLÍCULO MADURO (ANTRAL OU DE GRAAF) • FOLÍCULOS ATRÉSICOS REMANESCENTES DE FOLÍCULOS OVARIANOS (FORMAM-SE APÓS A OVULAÇÃO) • CORPO LÚTEO • CORPO ALBICANS OVÁRIOS: ESTRUTURA GERAL - Córtex: Epitélio + Folículos ovarianos (≠ estágios) + estroma disposto de forma circular - Medula: Estroma (Tecido conjuntivo frouxo) + vasos sanguíneos Ovário. Região cortical com folículos primordiais em destaque. E = epitélio; TA = túnica albugínea 7 8 5 Ovário. Região cortical. Aumento pequeno. Coloração H/E. http://mol.icb.usp.br/index.php/20-2-aparelho-reprodutor-feminino/ Córtex OVÁRIOS: ESTRUTURA GERAL - Córtex: Epitélio + Folículos ovarianos (≠ estágios) + estroma disposto de forma circular - Medula: Estroma (Tecido conjuntivo frouxo) + vasos sanguíneos Ovário. Regiões cortical e medular. Aumento pequeno. HE Co = córtex; Me = medula. OVÁRIOS: OVOGÊNESE E FOLICULOGÊNESE 9 10 http://mol.icb.usp.br/index.php/20-2-aparelho-reprodutor-feminino/ 6 CICLO REPRODUTIVO FEMININO FO LIC U LO G ÊN ESE O V O G ÊN ES E CICLO REPRODUTIVO FEMININO CICLO OVARIANO FASE OVULATÓRIA FASE FOLICULAR Liberação do folículo maduro (contendo ovócito II) Ovário--> tuba uterina OVULAÇÃO Início do desenvolvimento folículos ovarianos (de 6 a 12) FASE LÚTEA Formação do corpo lúteo Produção de estrogênio e progesterona 11 12 7 VIDA INTRAUTERINA: OOGÊNESE E FOLICULOGÊNESE Células foliculares Ovócito I VIDA INTRAUTERINA: Ovócito primário torna-se circundado por uma camada de células foliculares achatadas --> FOLÍCULO PRIMORDIAL VIDA INTRAUTERINA: SO M EN TE a té o 5 º m ê s d e g e st aç ão . 7 º m ê s d e ge st aç ão . NÃO SE FORMAM OVOGÔNIAS APÓS O PARTO! PARTO: Os ovócitos I se mantém quiescentes em Prófase I no folículo primordial recém-nascida tem cerca de 650.000 folículos primordiais 1º mês de gestação do embrião feminino Céls. germinativas migram do saco vitelino até os primórdios gonadais. 2º mês de gestação do embrião feminino (desenvolvimento das gônadas) - Células germinativas se transformam em ovogônias→mitoses sucessivas - Há cerca de 600 mil ovogônias 5º mês de gestação do embrião feminino: + de 7 milhões de ovogônias. FOLÍCULOS PRIMORDIAIS Se mantém quiescentes até a puberdade VIDA INTRAUTERINA: OOGÊNESE 3º mês de gestação do embrião feminino: - Ovogônias iniciam a 1ª divisão meiótica - A Meiose I é interrompida na fase de diplóteno da prófase I→ OVÓCITO PRIMÁRIO - Ovócito primário (com a meiose I interrompida) é envolvido por uma camada de células pavimentosas (=células foliculares) e forma o FOLÍCULO PRIMORDIAL. Antes do 7º mês de gestação: - A maioria das ovogônias se transformou em ovócitos primários. - Muitos ovócitos primários são perdidos por um processo degenerativo (atresia) → folículos atrésicos. - Nascimento: +/- 650.000 folículos primordiais nos ovários. 1º mês de gestação do embrião feminino Céls. germinativas migram do saco vitelino até os primórdios gonadais. 2º mês de gestação do embrião feminino (desenvolvimento das gônadas) - Células germinativas se transformam em ovogônias→mitoses sucessivas - Há cerca de 600 mil ovogônias 5º mês de gestação do embrião feminino: + de 7 milhões de ovogônias. 13 14 8 FOLÍCULO PRIMORDIAL: FORMA-SE ANTES DO NASCIMENTO Desenvolve-se durante a gestação. Após o nascimento não se formam mais folículos primordiais Células foliculares Ovócito I Folículo primordial: Ovócito I com a divisão meiótica interrompida + uma camada de células foliculares pavimentosas. Menarca: Ovário da menina tem em torno de 400.000 folículos primordiais. Nascimento: Ovário da menina tem cerca de 650.000 folículos primordiais VIDA INTRAUTERINA: FORMAÇÃO DO FOLÍCULO PRIMORDIAL 15 16 9 FOLÍCULO PRIMORDIAL : Ovócito I + células foliculares achatadas. Ovócito I = Célula diploide que surgiu da ovogônia (aumento do volume celular) Ovário. EG = Epitélio Germinativo; EO = estroma ovariano; PR = Folículo primordial Ovário com folículos primordiais evidentes VIDA INTRAUTERINA: FORMAÇÃO DO FOLÍCULO PRIMORDIAL PUBERDADE: CRESCIMENTO DOS FOLÍCULOS OVARIANOS A partir da puberdade: A cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia um processo de crescimento folicular, pela ação do FSH (Hormônio folículo estimulante), hormônio secretado pela hipófise anterior. ✓ Ovócito primário (retoma 1ª divisão meiótica) ✓ Formação da zona pelúcida ✓ Camada de células foliculares pavimentosas → cúbicas FOLÍCULO PRIMÁRIO UNILAMINAR Uma camada de células foliculares cúbicas. FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMINAR Várias camada de células foliculares cúbicas. Células foliculares respondem a ação do FSH e de estrogênios e proliferam intensamente 17 18 10 FSH estimula o desenvolvimento do folículo primordial - Entre o ovócito e as células foliculares surge uma material glicoproteico amorfo = ZONA PELÚCIDA. ✓ FOLÍCULO PRIMÁRIO • Ovócito primário (retoma 1ª divisão meiótica) + zona pelúcida + uma camada de células foliculares cúbicas. A 1ª divisão meiótica interrompida no parto é retomada nesta fase. - O folículo passa a ser chamado de FOLÍCULO PRIMÁRIO. - O ovócito primário começa a crescer no folículo primordial - As células foliculares pavimentosas (que circundam o ovócito primário) tornam-se cúbicas. PUBERDADE: CRESCIMENTO DOS FOLÍCULOS OVARIANOS OVÁRIOS: REGIÃO CORTICAL FOLÍCULOS OVARIANOS 19 20 11 PUBERDADE: FOLÍCULO PRIMÁRIO ✓ FOLÍCULO PRIMÁRIO (UNILAMINAR) PUBERDADE: FOLÍCULO PRIMÁRIO 21 22 12 ✓ FOLÍCULO PRIMÁRIO (UNILAMINAR) PUBERDADE: FOLÍCULO PRIMÁRIO ✓ Ovócitoprimário (retoma 1ª divisão meiótica) + zona pelúcida + uma camada de células foliculares cúbicas. células foliculares cúbicas ✓ FOLÍCULO SECUNDÁRIO (FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMINAR) • FSH estimula a multiplicação das células do estroma ovariano, que circundam o ovócito I. • Formação da CAMADA DA GRANULOSA = Múltiplas camadas de células foliculares cuboides ao redor do ovócito I. • Formação da TECA = Tecido conjuntivo (proveniente do estroma ovariano), se deposita ao redor da camada granulosa. PUBERDADE: FOLÍCULO SECUNDÁRIO (PRIMÁRIO MULTILAMINAR) 23 24 13 ✓ FOLÍCULO SECUNDÁRIO (FOLÍCULO PRIMÁRIO MULTILAMINAR) FOLÍCULO SECUNDÁRIO Ovócito primário durante a 1ª divisão meiótica + zona pelúcida + várias camadas de células foliculares cúbicas (camada da granulosa) + teca interna • TECA INTERNA - Tecido conjuntivo frouxo bastante vascularizado - Localização: Ao redor das células foliculares - Importância: • Induz as células foliculares a sintetizar hormônio estrogênio. • Quando completamente diferenciadas, são poliédricas, têm núcleos arredondados e citoplasma acidófilo. PUBERDADE: FOLÍCULO SECUNDÁRIO (PRIMÁRIO MULTILAMINAR) FOLÍCULO SECUNDÁRIO Ovócito primário durante a 1ª divisão meiótica + zona pelúcida + várias camadas de células foliculares cúbicas (camada da granulosa) + teca interna + teca externa PUBERDADE: FOLÍCULO SECUNDÁRIO (PRIMÁRIO MULTILAMINAR) 25 26 14 ✓ FOLÍCULO SECUNDÁRIO→ TERCEÁRIO (PRÉ-ANTRAL) - Apresenta intensa atividade mitótica das células da granulosa. - O estroma ovariano se acumula ao redor das células foliculares da granulosa formando a TECA EXTERNA. TECA EXTERNA - Responsável por dar suporte ao folículo. - Intensa atividade mitótica→ proporciona acúmulo de líquido entre as células foliculares. - Líquido folicular = ácido hialurônico+ estrogênios+FSH Preenche Formação de lacunas repletas de hormônios e ácido hialurônico. PUBERDADE: FOLÍCULO TERCEÁRIO (PRÉ-ANTRAL) CÉLULAS DA TECA EXTERNA • Semelhantes às células do estroma ovariano, • Arranjam-se de modo concentrico em volta do folículo. • O limite entre as duas tecas é pouco preciso, e o mesmo ocorre com o limite entre a teca externa e o estroma ovariano. ✓ FOLÍCULO TERCEÁRIO (PRÉ-ANTRAL) Estas lacunas se aproximam formando uma grande cavidade chamada Antro, que é encontrada no folículo maduro, também chamado de folículo antral ou de Graaf. Ovócito I (realizando a 1ª divisão meiótica) + zona pelúcida + células da granulosa + teca interna + teca externa + lacunas (repletas de líquido folicular) PUBERDADE: FOLÍCULO TERCEÁRIO (PRÉ-ANTRAL) 27 28 15 Ovário. Folículo ovariano antral. Coloração H/E.Ovário. Folículo ovariano Antral Coloração H/E. http://mol.icb.usp.br/index.php/20-10-aparelho-reprodutor-feminino/http://mol.icb.usp.br/index.php/20-9-aparelho-reprodutor-feminino/ OVÁRIOS: FOLÍCULO OVARIANO ANTRAL ✓ FOLÍCULO TERCEÁRIO (PRÉ-ANTRAL)→ FOLÍCULO ANTRAL (MADURO) - O antro vai aumentando de tamanho e o ovócito I finalizando meiose I FOLÍCULO ANTRAL ou de GRAAF: • Antro - Grande cavidade repleta de líquido folicular - Origem: Fusão das lacunas - A 1ª divisão meiótica do ovócito I é finalizada, e origina-se um ovócito II e um corpúsculo polar. - O ovócito II inicia a 2ª divisão meiótica. • Corona Radiata - Grupo de células foliculares que se mantém ao redor do ovócito - Origem: Formação do antro • Cumulus oophurus Conecta corona radiata às células da granulosa do folículo PUBERDADE: FOLÍCULO MADURO (ANTRAL) 29 30 http://mol.icb.usp.br/index.php/20-10-aparelho-reprodutor-feminino/ http://mol.icb.usp.br/index.php/20-9-aparelho-reprodutor-feminino/ 16 ✓ FOLÍCULO ANTRAL ou de GRAAF: Ovócito I finaliza a 1ª divisão meiótica + zona pelúcida + células da granulosa + teca interna + teca externa + Antro + corona radiata + cumullus oophurus. O ovócito II que iniciou a 2ª divisão meiótica é eliminado do folículo maduro pela ação das células foliculares, que captam a súbita elevação dos níveis plasmáticos do hormônio luteinizante (LH) na primeira metade do ciclo ovariano. Este processo de liberação do ovócito II, do folículo ovariano, nas tubas uterinas é chamado de OVULAÇÃO. No momento da ovulação, a 2ª divisão meiótica, é interrompida na fase de metáfase. PUBERDADE: FOLÍCULO MADURO (ANTRAL) ✓ FOLÍCULO ANTRAL (de GRAAF): PUBERDADE: FOLÍCULO MADURO (ANTRAL) Formação da corona radiata e cumulus oophurus Ovócito II inicia a 2ª divisão meiótica→ interrompida no momento da ovulação 31 32 17 Corpo lúteo em desenvolvimento Fluido folicular Ovócito secundário Eixo da meiose II Superfície do ovário Parede da tuba Ampola da tuba Infundíbu lo da tuba Fímbrias da tuba Cavidade peritoneal Mucos a Estigma Corona Radiata OVULAÇÃO: Processo pelo qual ovócito II (recém formado, que iniciou a 2ª divisão meiótica) é liberado do folículo maduro. Esquema do ovário e seus folículos em diferentes estágios e no momento da ovulação CICLO OVARIANO: FASE OVULATÓRIA Ovócito II No momento da ovulação, a 2ª divisão meiótica do ovócito II é interrompida na fase da metáfase II. O processo só será finalizado caso haja fertilização. Paredes do folículo e da teca folicular colabam, se dobram → CORPO LÚTEO (amarelo) CORPO LÚTEO 33 34 18 Após a ovulação... Entra em ação a tuba uterina! Local da fecundação União do Sptz + ovócito II TUBA UTERINA 35 36 19 TUBA UTERINA (OVIDUTO): HISTOLOGIA Ampola fímbrias istmo ovário infundíbulo • Infundíbulo: Abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário • Fímbrias: Captação do ovócito no momento da ovulação. • Ampola: Local da fertilização. • Istmo: Atravessa a parede do útero e abre-se no seu interior. Transporta gametas e o embrião recém formado. Ú te ro • Capta o ovócito II liberado durante a ovulação. • Local da Fecundação TUBA UTERINA : MUCOSA Ampola fímbrias istmo ovário infundíbulo INFUNDÍBULO AMPOLA ISTMO Inúmeras pregas na região da tuba mais próxima ao ovário (infundíbulo). Nos segmentos da tuba uterina mais próximos ao útero (istmo), as dobras se tornam menores, até desaparecer totalmente. Na região intramural as dobras são reduzidas a pequenas protuberâncias, e a mucosa é quase lisa. 37 38 20 TUBA UTERINA (OVIDUTO): HISTOLOGIA Ampola fímbrias istmo ovário infundíbulo ✓ CAMADA MUCOSA (MC) - Epitélio Colunar Simples Ciliado - Dobras longitudinais do epitélio = Pregas - Lâmina própria (tec. Conj. frouxo) ✓ CAMADA MUSCULAR (MS) - Tecido muscular liso - Camada circular interna - Camada longitudinal externa ✓ SEROSA (Se) Tecido conjuntivo frouxo + mesotélio (ep. pavimentoso simples) A quantidade de pregas da mucosa varia conforme a região da tuba uterina. As pregas são mais numerosas na região próxima ao ovário. TUBA UTERINA: MUCOSA - Epitélio Colunar Simples Ciliado (c/ céls. caliciformes) -Lâmina própria (tec. conjuntivo frouxo) Mucosa da tuba uterina. Aumento pequeno. H/E Li = linfócito; LP = lâmina própria. CC = célula ciliada; célula secretora 39 40 21 TUBA UTERINA: ESTRUTURA HISTOLÓGICA • Mucosa (Mc): Ep. Colunar Simples ciliado (c/ células caliciformes) • Lâmina própria (LP): Tecido conjuntivo frouxo • Camada Muscular (Ms): Tecido muscular liso - Camada circular interna - Camada longitudinal externa • Serosa IMPORTÂNCIA ✓ Sítio da fertilização ✓ Locomoção do ovócito II e do sptz - Movimentos peristálticos - Produção de muco TUBA UTERINA: HISTOLOGIA CAMADA MUCOSA (MC) - Epitélio Colunar Simples Ciliado (EP) + Lâmina própria (LP) SEROSA (Se) Tecido conjuntivo frouxo + mesotélio (ep. pavimentoso simples) Se EP LP CAMADA MUSCULAR (MS) - Circular interna (CI) - Longitudinal externa (LE) CI LE Tuba uterina. Visão geral. Pequeno aumento. H/E 41 42 22 Após a ovulação... Entra em ação a tuba uterina! Os eventos do ciclo ovariano e do ciclo uterino são influenciados pela fecundação (presença ou ausência) Local da fecundação União do Sptz + ovócito II ovócito II CICLO MENSTRUAL DE 28 DIAS Adaptações simultâneasnos ovários e útero CICLO REPRODUTIVO: OVARIANO E UTERINO 43 44 23 É a partir do 1º dia de menstruação que se calcula a provável data da ovulação. Duração: 4-5 dias ESQUEMA DA PAREDE ENDOMETRIAL DURANTE O CICLO REPRODUTIVO Duração: 9-10 dias Duração: 13 dias - Resíduos de folículo ovariano remanescentes no ovário após a ovulação = TECA + GRANULOSA - Secreção de hormônios: progesterona e estrogênio CORPO LÚTEO: FORMA-SE NOS OVÁRIOS APÓS A OVULAÇÃO FOLÍCULO OVARIANO PRÉ-OVULATÓRIO Corpo lúteo. Esquema Corpo lúteo. Fotomicrografia 45 46 24 CICLO OVARIANO: FASE LÚTEA CORPO LÚTEO Sua formação é estimulada pelo aumento dos níveis de LH (que induz a ovulação). 14 dias após a ovulação se desintegra → formação do CORPO ALBICANS CORPO LÚTEO GRAVÍDICOCORPO LÚTEO MENSTRUAL Níveis Progesterona Níveis Estrogênio Níveis Progesterona Níveis Estrogênio Níveis - HCG 14 dias após a ovulação → embrião produz hormônio - gonadotrofina coriônica humana (- HCG) até que a placenta se forme → corpo lúteo degenera Impede o desenvolvimento de novos folículos ovarianos → Não ocorre nova ovulação. A parede do endométrio não desintegra; se mantém espessa, repleta de secreções glandulares e vasos sanguíneos entumecidos. - Forma-se a partir da degeneração do corpo lúteo. - O corpo lúteo cessa secreção de progesterona e estrogênio → Corpo albicans - Cicatrizes no ovário CORPO ALBICANS: FORMADO QUANDO NÃO HÁ FERTILIZAÇÃO 47 48 25 ÚTERO: Estrutura e etapas do ciclo reprodutivo TRANSIÇÃO CÉRVICE E VAGINA✓ Fundo (parte superior do corpo do útero) ✓ Corpo (região dilatada) ✓ Cérvice (ou colo do útero) - Parte cilíndrica, estreitada, da região inferior do útero. Sua extremidade inferior se projeta p/ parte superior da vagina ÚTERO: HISTOLOGIA Útero de uma mulher de 35 anos de idade, com (leiomioma* - L) no miométrio do corpo F= fundo; C = corpo; Cv= cérvice. CUt = cavidade uterina, CE = Canal endocervical ; Ect = ectocérvice. * tumor formado por tecido muscular fibroso. 49 50 26 ✓Camada Mucosa = ENDOMÉTRIO (E) - Ep. Colunar Simples (da menarca até a menopausa) - Lâmina própria (tec. conjuntivo frouxo) = estroma - Gl. endometriais (exócrinas tubulosas simples) ✓ Camada Muscular = MIOMÉTRIO (M) - Camadas de tecido muscular liso separadas por feixes de tecido conjuntivo - As camadas não são bem definidas ✓SEROSA (PERIMÉRIO) • Tecido conjuntivo revestido por mesotélio. ✓ADVENTÍCIA = Tecido conjuntivo (apenas no local onde o útero está próximo à bexiga). ÚTERO: CORPO As partir da menarca, os hormônios estrogênios e progesterona proporcionam alterações mensais na estrutura uterina, preparando-o para receber um futuro embrião. E E M M ÚTERO: Histologia ✓MUCOSA (ENDOMÉTRIO) Epitélio + lâmina própria (glândulas) Endométrio: epitélio (seta), lâmina própria (LP), glândulas (G) ✓MUSCULAR (MIOMÉTRIO) Feixes de Músculo liso + tec. Conj. frouxo mesotélio ✓ SEROSA (PERIMÉTRIO) Mesotélio + tec. Conjunvo frouxo ✓ CANAL CERVICAL (COLO UTERINO) Ep. Colunar Simples Útero. Visão geral. Pequeno aumento. H/E 51 52 27 ÚTERO: CORPO DA MENARCA ATÉ A MENOPAUSA CAMADA BASAL - 1/3 profundo - Próxima ao miométrio ✓CAMADA MUCOSA = ENDOMÉTRIO CAMADA FUNCIONAL - 2/3 superficial - Próxima ao canal uterino. - Responde aos hormônios - Transformações ao longo do ciclo menstrual ✓CAMADA MUSCULAR = MIOMÉTRIO ✓SEROSA = Maior parte da extensão do corpo do útero. - Altera espessura ao longo do ciclo menstrual. - Camada interna = feixes longitudinais - Camada média = feixes circulares - camada externa = feixes longitudinais CICLO UTERINO: Ciclo Menstrual É a etapa do ciclo reprodutivo, no qual ocorrem adaptações na estrutura do endométrio (camada uterina) para que o organismo seja capaz de abrigar e nutrir um possível embrião, e futuro feto em formação. ETAPAS DO CICLO UTERINO FASE MENSTRUAL Degeneração do endométrio (células+ vasos + glândulas) FASE SECRETÓRIA Aumento da produção de secreções glandulares FASE PROLIFERATIVA Reconstrução do endométrio (células+ vasos + glândulas) 53 54 28 ÚTERO: ENDOMÉTRIO ✓MUCOSA (ENDOMÉTRIO) • Epitélio: Cilíndrico simples. • Lâmina própria (estroma) = tec. conj. frouxo com glândulas exócrinas tubulosas simples. • Glândulas com aspecto retilíneo (poucas) ✓MUSCULAR (MIOMÉTRIO) • Tecido muscular liso em feixes separados por tecido conjuntivo. ✓ SEROSA (PERIMÉRIO) • Tecido conjuntivo revestido por mesotélio. FASE PROLIFERATIVA, FOLICULAR OU ESTROGÊNICA Miométrio. E = endométrio; M = miométrio; P = perimétrio A ação de estrogênios induz a proliferação celular → reconstrução do endométrio perdido durante a menstruação. Espessura = 2 a 3mm ao fim desta fase. - Estimula as características sexuais primárias (formação das gônadas e genitália externa). - Estimula as características sexuais secundárias (quadris; aparecimento de seios). - Estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos. - Estimula a menarca (primeira menstruação). - Prepara o útero para uma futura gestação (proliferação de células endometriais, vasos sanguíneos e glândulas). →A produção de estrogênio pelas células foliculares estimula a produção de mais estrogênio pelas células foliculares (feedback positivo); →Níveis muito elevados de estrogênio, inibem a produção de FSH, impedindo assim, o desenvolvimento de um novo folículo ovariano durante a gestação. AÇÕES DO ESTRADIOL NO ORGANISMO FEMININO A PARTIR DA PUBERDADE 55 56 29 ESTRADIOL ÚTERO: ENDOMÉTRIO - Epitélio Colunar Simples - Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) - Poucas gl. exócrinas tubulosas simples - Glândulas com aspecto retilíneo e vazias. Endométrio (fase proliferativa) Aumento pequeno. H/E. http://mol.icb.usp.br/index.php/20-26-aparelho-reprodutor-feminino/ GL GL LP FASE PROLIFERATIVA, FOLICULAR OU ESTROGÊNICA 57 58 http://mol.icb.usp.br/index.php/20-26-aparelho-reprodutor-feminino/ 30 - Camada interna = Feixes longitudinais - Camada intermediária = feixes circulares - É a camada mais espessa e mais vascularizada - Repleta de vasos sanguíneos - Camada externa = Feixes longitudinais ÚTERO: MIOMÉTRIO - É sensível à ação de hormônios, principalmente estrogênio. - Camada espessa de músculo liso, disposta em três camadas circundadas por tecido conjuntivo. Miométrio. Aumento pequeno. H/E .Le = longitudinal externa Longitudnal externa (LexI); Circular intermediária (CI); P = perimério Miométrio e Perimétrio. Aumento médio. H/E ÚTERO: ENDOMÉTRIO FASE SECRETORA OU LÚTEA Muitas glândulas tubulares com aspecto tortuoso e repletas de secreção FASE PROLIFERATIVA OU ESTROGÊNICA Poucas glândulas tubulares com aspecto retilíneo e sem secreção 59 60 31 ÚTERO: VISÃO GERAL (DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL) ✓ FASE PROLIFERATIVA (folicular) • Endométrio: Proliferação da camada funcional Reconstituição de vasos sanguíneos e glândulas (aspecto retilíneo) • Miométrio: Camada intermediária com muitos feixes circulares e vasos sanguínos ÚTERO: ENDOMÉTRIO FASE SECRETORA OU LÚTEA - Epitélio Colunar Simples - Lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) - Inúmeras Gl. exócrinas tubulosas simples com aspecto tortuoso - Presença de secreção (S) no interior das glândulas Endométrio (fase secretora) Aumento pequeno. H/E. Endométrio (fase secretora) Aumento pequeno. H/E. GL GL http://mol.icb.usp.br/index.php/20-27-aparelho-reprodutor-feminino/ http://mol.icb.usp.br/index.php/20-29-aparelho-reprodutor-feminino/ s s 61 62 http://mol.icb.usp.br/index.php/20-27-aparelho-reprodutor-feminino/ http://mol.icb.usp.br/index.php/20-29-aparelho-reprodutor-feminino/ 32 ÚTERO: VISÃO GERAL (DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL) ✓ FASE SECRETORA – Estágio inical • Endométrio: Epitélio e lâmina própria reconstituídos Glândulas tornam-se enroscadas • Miométrio: Proliferação células musculares lisas ÚTERO: VISÃO GERAL (DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL) ✓ FASE SECRETORA – Estágio final • Endométrio: Inúmeras glândulas tortuosas • Miométrio: Bastante espesso (tec.muscular liso e tecido conjuntivo bem desenvolvidos) 63 64 33 AÇÕES DA PROGESTERONA NO ORGANISMO FEMININO - Secretada pelas células da granulosa no final da fase folicular (junto com estrogênio e inibina) e pelo corpo lúteo na fase lútea. - Estimula o desenvolvimento do corpo lúteo; - Participa mais efetivamente da fase lútea do ciclo menstrual. - Prepara o útero para a implantação do embrião. - Aumenta a secreção glandular. - Inibe a secreção de FSH, evitando que um novo folículo se desenvolva, enquanto o corpo lúteo estiver íntegro. PROGESTERONA 65 66 34 ESTROGÊNIO E PROGESTERONA: FUNÇÕES ESTROGÊNIO PROGESTERONA Preparam o útero e o corpo feminino para receber e manter um futuro embrião em desenvolvimento. Estimula o crescimento do endométrio e do miométrio. Estimula a acidez vaginal, que dificulta a proliferação de bactérias Estimula a atividade contrátil da musculatura da tuba uterina e aumenta a produção de secreção pelas células epiteliais tubárias Estimula a hipertrofia mamária. Estimula a produção e secreção de muco rico em glicogênio, glicoproteínas e glicolipídeos pelas glândulas endometriais. Estimula a hipertrofia mamária. Termogênese – aumenta a temperatura corporal após a ovulação Age no SNC estimulando o apetite e produzindo sonolência produzida pelo corpo lúteo, após a ovulação 8 dias após a fecundação a placenta em formação produz -HCG que mantém o corpo lúteo até os 3 meses de gestação ENDOMÉTRIO UTERINO: Morfologia é dependente da fecundação ENDOMÉTRIO : 1ª METADE DO CICLO MENSTRUAL ENDOMÉTRIO : 2ª METADE DO CICLO MENSTRUAL 67 68 35 ÚTERO: CICLO UTERINO NÃO GRAVÍDICO (MENSTRUAL) CICLO REPRODUTIVO NÃO GRAVÍDICO CICLO MENSTRUAL - 28 DIAS CICLO REPRODUTIVO: NÃO GRAVÍDICO 69 70 36 CICLO FEMININO NÃO GRAVÍDICO: MENSTRUAÇÃO CICLO FEMININO NÃO GRAVÍDICO: MENSTRUAÇÃO 71 72 37 ÚTERO: VISÃO GERAL (DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL) ✓ FASE MENSTRUAL – Descamação do endométrio • Endométrio: Perda da camada funcional Ruptura das glândulas tortuosas Dilatação e ruptura das Artérias espirais CAMADA FUNCIONAL DO ENDOMÉTRIO • Endométrio: Ruptura das glândulas tortuosas Dilatação e ruptura das Artérias espirais → descamação endométrio →MENSTRUAÇÃO Dilatação das Artérias espirais Ruptura das Artérias espirais FASE MENSTRUAL – Descamação do endométrio 73 74 38 ÚTERO: CICLO UTERINO GRAVÍDICO (GESTAÇÃO) Após o 28º dia do ciclo não ocorre menstruação e um novo folículo ovariano não se desenvolve ESQUEMA DA PAREDE ENDOMETRIAL DURANTE O CICLO REPRODUTIVO GRAVÍDICO 75 76 39 - É sensível à ação do hormônio estrogênio • Durante a gestação - Miométrio espesso = Hipertrofia (aumento no tamanho das células) = Hiperplasia (aumento no número de células) - Dilatação vasos sanguíneos (arteriais e venosos) • Semanas após o parto - Miométrio fino (involução) - Vasos sanguíneos retornam ao normal • Menopausa - As céls musculares lisas do miométrio atrofiam. - Útero encolhe. ÚTERO: MIOMÉTRIO Miométrio normal de uma mulher não gestante de 35 anos. As células musculares lisas são pequenas e densamente compactadas Miométrio de uma mulher de 28 anos no 8° mês da gestação. Hipertrofia fisiológica gerada pelo aumento da quantidade de citoplasma presente nas fibras musculares lisas individuais . As figuras a e b tem o mesmo aumento Gestação: Células musculares lisas adquirem características ultraestruturais de células secretoras de proteínas e sintetizam ativamente colágeno, cuja quantidade aumenta significativamente no útero. COMO O ORGANISMO CONTROLA A INTEGRAÇÃO ENTRE OS OVÁRIOS E O ÚTERO DURANTE O CICLO REPRODUTIVO? PELA INFLUÊNCIA DE HORMÔNIOS NESTES DOIS ÓRGÃOS (OVÁRIOS E ÚTERO) EM CADA FASE DO CICLO REPRODUTIVO FEMININO. 77 78 40 REGULAÇÃO HORMONAL NO CICLO REPRODUTIVO FEMININO NE= Noradrenalina Os Estrógenos da fase final da fase folicular estimulam a produção de NE gerando um aumento na produção de LH na fase final do folículo. CICLO REPRODUTIVO: REGULAÇÃO HORMONAL DA PUBERDADE ATÉ A MENOPAUSA O hipotálamo produz um hormônio GnRH, que por sua vez estimula a adenohipófise, a produzir e secretar as gonadotrofinas: FSH e LH no organismo feminino. FSH → Tecido-alvo: Ovários → Ação: Estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos durante a fase folicular do ciclo. Também estimula a produção de estrogênio (estradiol) pelas células da granulosa presentes no folículo ovariano em desenvolvimento. LH → Tecido-alvo: Ovários (folículo ovariano maduro) Ação: → É o “disparador” da ovulação (libera o ovócito secundário do folículo maduro) → Estimula a produção progesterona pelo corpo lúteo. 79 80 41 CICLO REPRODUTIVO: REGULAÇÃO HORMONAL ÚTERO: MIOMÉTRIO Miométrio. A Lâmina própria se torna mais evidente quando a musculatura lisa atrofia. Miométrio. Aumento médio. H/E . Circular intermediária (CI) FASE REPRODUTIVA Células musculares lisas hipertrofiadas. Lâmina própria não é muito evidente. MENOPAUSA Células musculares lisas atrofiadas. Lâmina própria é evidente. 81 82 42 CICLO REPRODUTIVO: REGULAÇÃO HORMONAL Ao final do desenvolvimento follicular (imediatamente antes da ovulação), as células da granulosa (presentes no folículo) secretam: estrogênio, progesterona e inibina. O aumento das concentrações de estrogênio → aumentam as concentrações de progesterona → que estimula a resposta da hipófise ao GnRH → aumentando subitamente a secreção de LH e FSH. A presença da inibina e do estrogênio, impede que a elevação súbita (pico) na concentração de FSH continue. Porém, não impedem que a concentração de LH continue aumentando. Este aumento súbito de LH coincide com o momento em que o folículo ovariano está Maduro e pronto para liberar o ovócito II do seu interior Ovulação e Formação do corpo lúteo → aumento dos níveis de progesterona (principalmente) e de estrogênio→ preparação do útero para possível gestação. CURIOSIDADES SOBRE O CICLO REPRODUTIVO FEMININO 83 84 43 - São compostas por baixas doses de estrogênio e/ou progesterona. - As concentrações de estrogênio e progesterona simulam a situação de gravidez → inibem a secreção de FSH e LH pela hipófise. - Não existe período fértil, pois não há desenvolvimento folicular, e não ocorre ovulação. A mulher só engravidará tomando o anticoncepcional se ela o fizer de maneira incorreta, esquecendo de tomar a pílula diariamente no horário certo. Ou ainda, caso tenha vômitos, ou faça uso de determinados antibióticos. PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS: AÇÃO O estrogênio exerce forte efeito inibitório ao inibir a produção de FSH e LH. Quando a progesterona está disponível, o efeito inibitório do estrogênio é multiplicado, embora a progesterona, por si só, tenha pouco efeito. CONTRACEPTIVOS HORMONAIS: AÇÃO 85 86 44 ANTICONCEPCIONAL DE EMERGÊNCIA (“PÍLULAS DO DIA SEGUINTE”) O mecanismo de ação varia bastante conforme o momento do ciclo menstrual em que o anticoncepcional de emergência (AE) é administrado. Utiliza compostos hormonais concentrados por curto período de tempo, nos dias seguintes da relação sexual (até cinco dias após a relação sexual) Se utilizado o AE é administrado na 2ª fase do ciclo menstrual (após a ovulação), o AE atua alterando o transporte dos espermatozóides e do ovócito nas tubas uterinas. Nesta fase do ciclo, o AE modifica o muco cervical, tornando-o espesso, impedindo ou dificultando a migração dos espermatozóides do trato genital feminino até as tubas em direção ao ovócito. Se utilizado o AE é administrado na 1ª fase do ciclo menstrual (antes do pico LH), atua alterando o desenvolvimento dos folículos, impedindo a ovulação ou a retardando por vários dias. O AE não tem efeito abortivo. O AE impede o encontro entre os gametas. Portanto, não ocorre a fecundação, e o zigoto não se forma. SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS É um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ováriosque fazem com que as gônadas aumentem de tamanho. É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção de hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários. Causa a infertilidade feminina. A produção excessiva de testosterona ou de estradiol pela teca e céls. foliculares inibe a secreção de FSH e LH→ produz ciclos anovulatórios (sem ovulação) Atinge 7% das mulheres na idade reprodutiva (Sirmans SM, et al. 2014) CARACTERÍSTICAS CAUSA: Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que tenha uma origem genética. Estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal. 87 88 45 ENDOMETRIOSE: CARACTERÍSTICAS A endometriose é uma importante doença ginecológica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, ou seja, em qualquer outro lugar do corpo. ENDOMETRIOSE: CARACTERÍSTICAS A causa mais conhecida é a “menstruação retrógrada”, que ocorre quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas, sendo derramado nos órgãos próximos (ovários, peritônio, intestino, bexiga), gerando um processo inflamatório neste local. Sugere-se que a causa da endometriose tenha relação genética e/ou imunológica. Ainda não se conhece o porque da ocorrência deste fluxo retrógrado. O tecido endometrial uma vez fora do útero tem a capacidade de implantar e proliferar, aumentando a quantidade de células e o tamanho das lesões de endometriose, que se disseminam acometendo as proximidades (tecidos e órgãos pélvicos) ou a corrente sanguínea (atingindo órgãos fora da pelve). Tratamento: - Uso contínuo de anticoncepcionais (sem interrupções); - Tratamento cirúrgico 89 90 46 Agora que compreendemos a formação dos gametas, vamos entender o processo de fecundação??? 91
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