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AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:➢ Avaliação do nível de consciência:Avaliação das respostas aos estímulos verbais e dolorosos. O diagnóstico oscila entre a consciência e o coma. Podemos classificar o nível de consciência em: ✓ Estado de alerta – Ativo, responde apropriadamente aos mínimos estímulos, perceptível ao meio; ✓ Letárgico – Lento ao falar, responde aos estímulos tátil e verbal, podendo apresentar confusão mental; ✓ Estado de obnubilação – Resposta lenta aos estímulos sensoriais profundos (dolorosos). A resposta pode ser verbal, com poucas palavras que não fazem sentido; ✓Estado de torpor – Não ocorre resposta verbal ao estímulo doloroso profundo, podendo apresentar movimentos e sons sem sentido. ✓Estado de coma – Apresenta respostas reduzidas aos estímulos ou não responde a eles. Consiste na ausência de conhecimento de si próprio e do ambiente, mesmo quando o indivíduo, por estímulos externos, for energeticamente solicitado. O paciente pode não perde a consciência. Pode ser de dois tipos: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: TIPOS DE COMA: 1 - Neurológico – Pode decorrer de patologias como: AVC, TCE, tumores cerebrais, etc. 2 - Metabólico – Pode ser denominado de acordo com a patologia causadora (Ex: coma diabético, coma hepático, coma urêmico). TIPOS DE COMA: 1 - Neurológico – Pode decorrer de patologias como: AVC, TCE, tumores cerebrais, etc. 2 - Metabólico – Pode ser denominado de acordo com a patologia causadora (Ex: coma diabético, coma hepático, coma urêmico). TIPOS DE COMA: Grau 1 (coma leve, vigil): paciente responde a estímulos dolorosos, mantém reflexos e sinais vitais no parâmetro da normalidade. Grau 2 (coma moderado, leve): quando estimulado o paciente não responde à dor,mas mantém os reflexos e sinais vitais no parâmetro da normalidade. Grau 3 (coma profundo): o paciente não responde a dor e não apresenta reflexos. Os sinais vitais estão no parâmetro da normalidade. Grau 4 (morte cerebral): o paciente não responde a dor, não apresenta reflexos e os sinais vitais não se mantém no parâmetro da normalidade. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: PACIENTE SEM SEDAÇÃO: Escala de Glasgow Utilizada internacionalmente para a avaliação do nível de consciência, auxilia na determinação do prognóstico e na melhor interpretação do estado clínico do paciente; através da observação de três parâmetros baseando-se em um valor numérico, são eles: abertura ocular, resposta motora e resposta verbal. O escore máximo é de 15 (paciente totalmente em alerta) e o mínimo é de 3 (paciente em coma profundo) AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: Suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação do estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultado final mais preciso. PONTUAÇÃO: (2) INEXISTENTE: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz (1)PARCIAL: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz (0) COMPLETA: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz Após a avaliação da reatividade pupilar, diminua do valor dado na ECG para um valor exato na avaliação do paciente. ANALISE A REATIVIDADE PUPILAR ( ATUALIZAÇÃO DE 2018): Exemplo: “Imagine que você é chamado para avaliar um paciente que tenha sido projetado do assento do passageiro de um carro em alta velocidade. Ele não faz movimentos oculares, verbais ou motores espontâneos, nem as respostas às suas solicitações verbais. Quando estimulados, os olhos dele não abrem e ele emite apenas sons incompreensíveis e os braços dele estão em flexão anormal. Classificação: O1V2M3 = 6 Nenhuma das pupilas reage à luz, gerando uma pontuação de reatividade pupilar igual a 2. Resultado da ECG com reatividade pupilar = 6 – 2 = 4 SEDAÇÃO: Conceito: Alívio da ansiedade e da agitação, induzindo a um estado de calma e tranquilidade. Pode ser em nível mínimo, moderado ou profundo. Indicações: ✓ Redução da ansiedade e consumo de O2; ✓ Melhorar o sincronismo com o ventilador; ✓ Restringir pacientes reativos; ✓ Tratamento de distúrbios psiquiátricos ou problemas relacionados à abstinência de substâncias de abuso; ✓ Restauração da temperatura corpórea; ✓ Facilitação do sono e redução do metabolismo; ✓ Indução ao coma; DROGAS UTILIZADAS PARA SEDAÇÃO: Opióides (fentanil, alfentanil, sufentanil e a morfina); • Benzodiazepínicos (midazolam (Dormonid ®) e o diazepam (Valium ®); Antagonista:O flumazenil (Lanexat®) Barbitúricos (tiopental (Thionembutal ®); Curares (succinilcolina -Quelicin ®) ; Propofol. ESCALAS DE SEDAÇÃO Objetivo → acompanhar o nível de sedação do cliente. OBS.: a escala de Glasgow é ineficaz para avaliar o nível de sedação! ✓ Ramsay; ✓RASS Delirium CAM - ICU ESCALA DE RICHMOND DE AGITAÇÃO-SEDAÇÃO (RASS) PONTOS CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO + 4 Agressivo Violento, perigoso + 3 Muito agitado Conduta agressiva, remoção de tubos e cateteres + 2 Agitado Movimentos sem coordenação frequentes +1 Inquieto Ansioso, mas sem movimentos vigorosos ou agressivos 0 Alerta, calmo - 1 Sonolento Não se encontra totalmente alerta mas tem o despertar sustentado ao som da voz ( >10seg) - 2 Sedação leve Acorda rapidamente e faz contato visual com o som da voz (<10seg) - 3 Sedação moderada Movimento ou abertura dos olhos ao som da voz mas sem contato visual - 4 Sedação profunda Não responde ao som da voz, mas movimenta ou abre os olhos com estimulação física - 5 Incapaz de ser despertado Não responde ao som da voz ou ao estímulo AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: A avaliação do paciente neurológico em UTI é contínuo. Finalidade: Identificar disfunções presentes no Sistema Nervoso; Determinar os efeitos das disfunções na vida diária; Estabelecer o exame neurológico inicial do paciente e compará – lo a fim de detectar alterações; Detectar situações de risco de morte; Fornecer subsídios para o diagnóstico de enfermagem. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: 1- Realizar o exame do nível de consciência ou sedação (Glasgow ou RASS/ Ramsay); 2- Reflexo do tronco cerebral: 2.1- avaliação da pupila (óculo motor) Tamanho→ normal 3 à 4 mm; Simetria→ isocórica (igual) ou anisocórica (diferentes); Reação à luz → reagente ou não (fotomotor direto) ou consensual (quando as duas reagem); pode ser também em midríase ou miose. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Anisocoria Miose Midríase Não fotoreagentes AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: 1- Realizar o exame do nível de consciência ou sedação (Glasgow ou RASS/ Ramsay); 2- Reflexo do tronco cerebral: 2.1- avaliação da pupila (óculo motor) Tamanho→ normal 3 à 4 mm; Simetria→ isocórica (igual) ou anisocórica (diferentes); Reação à luz → reagente ou não (fotomotor direto) ou consensual (quando as duas reagem); pode ser também em midríase ou miose. Estímulo com objeto pontiagudo na região plantar. Normal – flexão / extensão. Babinski : Exame Neurológico na UTI: 3 – avaliação motora: Utiliza- se estímulo verbal e/ ou doloroso. As respostas são: ✓ Paresia→ não consegue manter os membros estendidos durante 2 minutos; ✓ Plegia→ não consegue erguer o membro para a realização dos testes; ✓Decorticação: Flete os membros superiores e estende os inferiores; ✓Descerebração: Estende tanto os membros superiores quanto os inferiores; Cuidados de Enfermagem à Paciente Portadores de Lesão Neurológica Prevenir lesões por pressão; Manter proteção ocular; Avaliar o nível de consciência ; Controle rigoroso do diâmetro pupilar; Manter decúbito elevado à 30 graus; Promover alinhamento tronco-cefálico , mantendo a cabeça centrada; Observar presença de déficit motor. Cuidados de Enfermagem para Proteção Neurológica Regulação da temperatura → temperatura até 37 graus; Controle da glicemia→ hiperglicemia aumenta a permeabilidade da barreira hematoencefálica (realizar exames laboratoriais e glicemia capilar); Controle dapressão arterial → hiper = lesão hemorrágica; hipo = hipóxia neuronal (instalar PAM); Cuidados de Enfermagem para Proteção Neurológica Nível de dióxido de carbono arterial → baixo = vasoconstricção cerebral (capnógrafo ou gasometria arterial); Concentração sérica de sódio → alta = edema cerebral (crises convulsivas); baixa = aumenta permeabilidade da barreira hematoencefálica ; Morte Encefálica: Definição: ausência das funções do tronco encefálico e reveste- se de alterações fisiopatológicas, como: arreflexia, midríase paralítica, apneia, hipotensão arterial, hipotermia, bradicardia, poliúria. Diagnóstico: clínico por 12 horas + EEG ou arteriografia cerebral (doppler transcraniano). Morte Encefálica Lei 9434/ 97 artigo 13; lei 10211/ 01;resolução do CFM 1480/ 97 artigo 9 → se faz obrigatório notificar ao Rio Transplante. A família deve ser avisada no momento da suspeita da morte encefálica e está ciente de todos os procedimentos. É Indispensável o diagnóstico de morte encefálica para possibilitar a doação de órgãos. O Protocolo para diagnóstico deve ser iniciado assim que suspeitado a sua ocorrência. O retardo poderá inviabilizar a doação de órgãos pela rápida deterioração da condição clínica do possível doador. Nenhuma medida de limitação de esforço terapêutico, ou suspensão de suporte vital, poderá ser realizada com o devido respaldo legal sem a completa confirmação e documentação do diagnóstico. É fundamental realizar todas as medidas possíveis e indicadas para manter o paciente na sua melhor condição clínica até a definição diagnóstica. O diagnóstico não admite apenas os exames clínicos. Os exames clínicos devem ser realizados por 2 médicos diferentes sendo: Um Neurologista ou Neurocirurgião não membro da equipe da UTI. Um Intensivista (de preferência). Nenhum deles pode participar da equipe de transplante ou de remoção. Deve ser respeitado o intervalo entre os exames para cada faixa etária. Deve ser feito o teste de Apnéia. Antes de iniciar o protocolo o médico deverá informar ao responsável legal pelo paciente da SUSPEITA diagnóstica e do seu significado, bem como das etapas que serão seguidas para sua confirmação ou não. Nenhuma pessoa do Hospital pode falar sobre transplante de órgãos com nenhum familiar do paciente. Deverá também ser informado à Central de Captação de Órgãos do Estado da existência de um paciente em provável Morte Encefálica. Morte Encefálica Constatação da morte encefálica: 1. Reconhecer a causa mortis; 2. Paciente em coma; 3. Ausência de medicamento depressor do SNC e/ ou hipotermia; 4. Realização de dois exames clínicos com intervalo de 6 horas atestado por dois médicos, sendo um neurologista; 5. Comprovação de EEG e/ ou arteriografia; 6. Ausência dos reflexos: córneo- palpebral, foto- motor, crânio- cefálico, vestíbulo- ocular e tosse.
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