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PDF CERS 1 SOBRE ESTE CAPÍTULO No presente capítulo trataremos sobre a Sociedade de Advogados, o Advogado empregado e os Honorários advocatícios, temas que são frequentemente cobrados pela banca examinadora na OAB. Muita atenção com a legislação! Vamos juntos! 2 SUMÁRIO ESTATUTO E ÉTICA .................................................................................................................................. 3 Capítulo 11 ................................................................................................................................................ 3 17. Sociedade de Advogados ............................................................................................................... 3 17.1 Sociedade de Advogados .................................................................................................................................. 3 18. Advogado Empregado ..................................................................................................................... 8 19. Honorários Advocatícios ............................................................................................................... 10 QUADRO SINÓTICO .............................................................................................................................. 14 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................... 16 GABARITO ............................................................................................................................................... 28 QUESTÃO DESAFIO ................................................................................................................................ 29 GABARITO QUESTÃO DESAFIO ........................................................................................................... 30 LEGISLAÇÃO COMPILADA .................................................................................................................... 32 JURISPRUDÊNCIA ................................................................................................................................... 33 MAPA MENTAL ...................................................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 37 3 ESTATUTO E ÉTICA Capítulo 11 No presente capítulo, veremos os principais aspectos da Sociedade de Advogados, a figura do Advogado empregado e os Honorários advocatícios. 17. Sociedade de Advogados 17.1 Sociedade de Advogados Não é raro que um advogado comece a assumir uma quantidade maior de causas e, assim, surja a necessidade de se unir a outro ou a outros advogados, divisão de tarefas e até mesmo de despesas, e, ao final, ratearem os ganhos obtidos. Os advogados, então, constituem uma sociedade de advogados. O EAOAB disciplina este tema nos arts. 15 ao 17 (alterados pela Lei 13.247/16), nos arts. 37 ao 43 do Regulamento Geral e no Provimento n° 112/06 do Conselho Federal da OAB. De acordo com o Código Civil de 2002, as sociedades são classificadas em sociedades simples e sociedades empresárias, razão pela qual, atualmente, a natureza jurídica da sociedade de advogados é de sociedade simples. Ademais, apenas com o advento da Lei 13.247/16 é que estes podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia. A partir da alteração da Lei 8.906/94, os advogados também podem constituir uma sociedade 4 unipessoal de advocacia, como se percebe: “Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.” Vejamos algumas peculiaridades que torna as sociedades de advogados diferentes das demais sociedades simples: • Personalidade jurídica Qualquer sociedade só adquire personalidade jurídica se houver de ser feito o registro de seus atos constitutivos em um órgão competente. No que diz respeito à sociedade de advogados, tal personalidade jurídica é adquirida com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB, em cuja base territorial tiver sede, seja esta uma sociedade simples ou uma sociedade unipessoal de advocacia. É proibido o registro nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais. Não são admitidas a registro, e nem podem funcionar, as sociedades simples de advogados ou sociedades unipessoais de advocacia que apresentem formas ou características mercantis, que adotem denominação fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam sócios não inscritos no quadro de advogados da OAB ou que estejam totalmente proibidos de advogar, conforme o EAOAB. • Denominação No contrato social registrado no Conselho Seccional da OAB, deve constar razão social/denominação da sociedade. Ocorre que, existem regras a serem seguidas para que o registro seja aprovado. Não se admite o uso do nome fantasia, como também não se permite a utilização do nome de algum advogado renomado já falecido. Em se tratando de uma sociedade simples de advocacia, a denominação adequada deve trazer o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, acompanhado de uma expressão que indique a finalidade do escritório, não importando se a expressão indicadora da finalidade vem antes ou depois do nome do advogado. 5 Psiu! Atenção redobrada para o parágrafo 1º do art. 16 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil: A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 1 O Regulamento Geral permite ainda o uso do nome abreviado, o que não significa que serão utilizadas siglas com as iniciais de cada parte do nome completo. Pode ser utilizado o símbolo "&" na denominação da sociedade de advogados. Já em caso de falecimento de um dos sócios cujo nome é utilizado na denominação da sociedade de advogados, o Estatuto determina que a permanência do nome é condicionada a tal previsão no contrato social. Se um sócio for licenciado para o exercício de atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário, isto deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. Por sua vez, caso o advogado passe a exercer atividade incompatível em caráter definitivo, haverá o cancelamento da inscrição e obrigatória a alteração contratual para que seja retirado o nome daquele sócio.2 O XXXI exame de ordem cobrou o conhecimento do candidato a respeito da possibilidade da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração! 1 Vide Questão 03 2 Vide Questão 01. 6 Quando se tratar de sociedade unipessoal de advocacia, a denominação deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular com a expressão "Sociedade Individual de Advocacia". Os mandamentos do CED são aplicados às sociedades simples de advogados ou às sociedades unipessoais de advocacia, no que couber. A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo ConselhoSeccional. Já na hipótese de constituição de filial em outro estado, o ato de constituição deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se fixar, ficando os sócios obrigados à inscrição suplementar.3 A sociedade de advogados pode associar-se com outros advogados, sem vínculo de emprego, para a participação nos resultados. Contudo, os contratos firmados devem ser averbados no registro da sociedade de advogados. 4 Os sócios de uma mesma sociedade simples de advogados não podem representar em juízo clientes com interesses opostos, e, as procurações passadas aos advogados devem ser outorgadas individualmente aos profissionais, mencionando a sociedade de que façam parte. As atividades de advocacia são exercidas pelos próprios advogados, ainda que os honorários se revertam à sociedade. Por fim, no que diz respeito à responsabilidade civil, os advogados sócios, o titular da sociedade individual de advocacia e os advogados associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, por dolo ou culpa, por ação ou 3 Vide Questão 04 4 Vide Questão 02 7 omissão, no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar e penal em que possam incorrer. O tópico “Sociedade de Advogados” é de bastante relevância para o seu estudo, OABeiro! Pela análise da nossa equipe de inteligência, constatamos que este assunto foi cobrado nos XXI, XXIX, XXVII e XXVI exames de ordem. A banca costuma elaborar uma situação hipotética na qual é exido do candidato o conhecimento da letra seca da lei. Mais a frente, separamos algumas questões que foram cobradas nos exames passados para você praticar. 😉 8 18. Advogado Empregado Advogado empregado é aquele que preenche todos os requisitos caracterizadores do vínculo de emprego, a saber: habitualidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação, e, portanto, mantém um vínculo empregatício com uma empresa ou com uma sociedade de advogados, prestando seus serviços de advocacia. O Estatuto da Advocacia e da OAB trata deste tema nos arts. 18 ao 21 e o Regulamento Geral também, nos arts. 11 ao 14. A relação de emprego não retira do advogado a isenção técnica e nem reduz a independência profissional inerentes à profissão. Ademais, o advogado empregado não está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação empregatícia. 5 Alguns aspectos precisam ser destacados: • O salário mínimo do advogado empregado deve ser fixado por sentença normativa, exceto quando ajustado mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. • A jornada de trabalho do advogado empregado não pode ultrapassar a duração diária de 4 (quatro) horas contínuas e a de 20 (vinte) horas semanais, exceto se houver acordo ou convenção coletiva de trabalho ou, ainda, em caso de dedicação exclusiva (regime de trabalho previsto expressamente em contrato individual de trabalho - 8 horas diárias). 5 Vide questão 05 9 • As horas extras são remuneradas com um adicional não inferior a 100 por cento sobre o valor da hora normal e nos casos de dedicação exclusiva, são remuneradas como extras as horas trabalhadas que passarem da jornada de 8 horas diárias. Considera-se como período de trabalho todo o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no escritório ou em atividades externas, devendo ser reembolsados os gastos efetuados com transporte, hospedagem e alimentação. • Nas causas em que o empregador (ou seu representante) for parte, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Já se o advogado for empregado de sociedade de advogados, os honorários de sucumbência são divididos entre a sociedade e ele, conforme o acordo. Tais honorários não integram o salário ou a remuneração do advogado empregado, não podendo, ser considerados para efeitos trabalhistas. O advogado associado não é sócio, porque não figura no contrato social da sociedade de advogados como tal, mas também não empregado, porque não mantém vínculo empregatício; é um tipo intermediário entre o advogado sócio e o advogado empregado. Assim, uma sociedade de advogados pode associar- se com advogados para participação nos resultados, sem vínculo de emprego (art. 39 do Regulamento Geral). O contrato decorrente dessa relação deve ser averbado no registro da sociedade. Da mesma maneira que os advogados sócios os advogados associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, em caso de dolo ou culpa, por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da advocacia. 10 19. Honorários Advocatícios Em razão da atividade profissional desenvolvida pelo advogado, que não decorra de relação de emprego, este recebe uma contraprestação, denominada honorários advocatícios. A Lei 8.906/94 (EAOAB) traz uma hipótese em que o advogado trabalhará gratuitamente. Isso ocorrerá quando o advogado defender outro colega em processo originário de ação ou omissão no exercício da profissão. O Novo Código de Ética e disciplina (CED) trata da advocacia pro bono, onde há prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional (art. 30). Há três tipos de honorários advocatícios: convencionados, arbitrados judicialmente e sucumbenciais (art. 22). Nos convencionados o advogado e o cliente combinam um valor fixo (principal característica), de forma verbal ou por escrito. O Advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. Não ocorrendo a combinação entre advogado e cliente sobre o valor dos honorários, os mesmos serão arbitrados pelo juiz, com remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão. Advirta-se que, mesmo nesse caso, o valor dos honorários não pode ser inferior ao estabelecido na tabela de honorários criada por cada Conselho Seccional da OAB. Ademais, quando o advogado for indicado para atuar em causa de pessoa juridicamente necessitada, tem direito a receber honorários fixados pelo juiz e pagos pelo Estado. 11 Caro OABeiro! Atenção redobrada para o parágrafo 3º do art. 22 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil: Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. Inclusive, esta matéria já foi cobrada no XXVIII exame de Ordem! 6 Os honorários sucumbenciais são pagos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora. Se o advogado falecer ou vier a se tomar incapaz civilmente, os honorários de sucumbência são devidos aos seus sucessores ou representantes legais. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários. 7 Além dos honorários de sucumbência, o advogado pode receber por sua participação no resultado ou ganho obtido na causa, o chamado Pacto quota litis. O Código de Ética e Disciplina trouxe tal possibilidade, desde que estejam presentes as condições do art. 50 e seus parágrafos. Entretanto, apesar da permissão do CED, o advogado deve manter todo zelo para que não cometa infração disciplinar.6 Vide Questão 08 7 Vide questão 10 12 Caso o constituinte falte com a obrigação de pagar os honorários ao advogado, deve-se procurar ao máximo resolver a situação amigavelmente, e, não havendo mais solução por este meio, a via judicial pode ser suscitada. Para isso, o advogado tem que renunciar ao patrocínio da causa e constituir outro advogado para fazer a cobrança (art. 54, EAOAB). Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. 8 O contrato de honorários advocatícios feito por escrito constitui título executivo (art. 24, EAOAB). Desse modo, o advogado não precisará propor ação de conhecimento, sendo a cobrança feita através da execução por quantia certa. De outro modo, quando o advogado contrata de forma verbal enseja-se assim, uma ação de cobrança. Se o advogado juntar aos autos o contrato de honorários advocatícios antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que sejam pagos diretamente, deduzindo o valor respectivo da quantia a ser recebida pelo constituinte, a não ser que este comprove que já o pagou. Os honorários incluídos na condenação pertencem ao advogado, e este tem direito autônomo de exigir o cumprimento da sentença, e ainda pode solicitar ao juiz que o precatório seja expedido em seu nome. Quando o advogado receber um substabelecimento com reserva de poderes, não poderá cobrar os honorários respectivos sem a intervenção daquele que lhe substabeleceu (Art. 26 EAOAB). Deve-se destacar que a ação de cobrança de honorários advocatícios prescreve em 5 (cinco) anos, que serão contados a partir do vencimento do contrato, quando houver; do 8 Vide Questão 09 13 trânsito em julgado da decisão que os fixar ou arbitrar; da finalização do serviço extrajudicial (assessoria, consultoria e direção jurídicas; acompanhamento de inquérito policial); da desistência ou transação; e da renúncia ou revogação de mandato.9 A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, preferencialmente, por escrito. Dessa forma, o contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição em contrário, presumem-se que devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de contas, mediante comprovação documental. Por fim, importante ressaltar a existência dos honorários assistenciais, incluídos pela lei 13.725, 2018, no parágrafo 6º do art. 22 do EAOAB, os quais são definidos como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. 10 O Assunto “Honorários Advocatícios” possui enorme relevância para o seu estudo! Os XXXI, XXVIII, XXVII e XXVI exames de ordem cobraram este tópico, em especial o XXVII, que reservou 03 (Três) questões para este. Como de costume, a FGV elabora uma situação hipotética, rica em dados para que o candidato consiga resolver a problemática através da letra de lei. Portanto, muito cuidado ao entender o que o enunciado está perguntando, OABeiro! A banca examinadora pode ser bem “ardilosa” ao elaborar a questão. 9 Vide Questão 06 10 Vide Questão 07 14 QUADRO SINÓTICO Sociedade de Advogados Personalidade Jurídica Registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB Denominação Não se admite o uso do nome fantasia, como também não se permite a utilização do nome de algum advogado renomado já falecido Quando se tratar de sociedade unipessoal de advocacia, a denominação deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular com a expressão "Sociedade Individual de Advocacia"Os sócios de uma mesma sociedade simples de advogados não podem representar em juízo clientes com interesses opostos os advogados sócios, o titular da sociedade individual de advocacia e os advogados associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente Advogado Empregado É tratado nos arts. 18 a 21 no EAOAB e arts. 11 a 14 do Regulamento Geral Advogado associado não é sócio, porque não figura no contrato social da sociedade de advogados como tal, mas também não é empregado, devido a audência de vínculo empregatício. 15 Honorários Advocatícios Convencionados O advogado e o cliente combinam um valor fixo Arbritados Quando não há acordo de valor devido, o juiz fixará o montante devido ao advogado Sucumbenciais Serão pagos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora Assistenciais fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais 16 QUESTÕES COMENTADAS Questão 1 (XXXI EOAB – FGV - 2020) A sociedade Antônio, Breno, Caio & Diego Advogados Associados é integrada, exclusivamente, pelos sócios Antônio, Breno, Caio e Diego, todos advogados regularmente inscritos na OAB. Em um determinado momento, Antônio vem a falecer. Breno passa a exercer mandato de vereador, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal ou seus substitutos legais. Caio passa a exercer, em caráter temporário, função de direção em empresa concessionária de serviço público. Considerando esses acontecimentos, assinale a afirmativa correta. a) O nome de Antônio poderá permanecer na razão social da sociedade após o seu falecimento, ainda que tal possibilidade não esteja prevista em seu ato constitutivo. b) Breno deverá licenciar-se durante o período em que exercer o mandato de vereador, devendo essa informação ser averbada no registro da sociedade. c) Caio deverá deixar a sociedade, por ter passado a exercer atividade incompatível com a advocacia. d) Com o falecimento de Antônio, se Breno e Caio deixarem a sociedade e nenhum outro sócio ingressar nela, Diego poderá continuar suas atividades, caso em que passará a ser titular de sociedade unipessoal de advocacia. Comentário: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2019-tj-ro-juiz-de-direito-substituto 17 De acordo com o art. 15, parágrafo sétimo do EAOAB, a sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Assim, com a Saída de Breno e Caio, e com o falecimento de Antônio, sobraria apenas Diego na sociedade, logo, ele concentrará todas as quotas da sociedade, passando assim a ser o titular de uma sociedade unipessoal de advocacia. Questão 2 (XXIX EOAB – FGV - 2019) A Sociedade de Advogados X pretende associar-se aos advogados João e Maria, que não a integrariam como sócios, mas teriam participação nos honorários a serem recebidos. Sobre a pretensão da Sociedade de Advogados X, de acordo com o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. a) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no registro da Sociedade de Advogados. A associação pretendida deverá implicar necessariamente vínculo empregatício. b) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no registro da Sociedade de Advogados. A associação pretendida não implicará vínculo empregatício. c) É autorizada, independentemente de averbação no registro da Sociedade. A associação pretendidanão implicará vínculo empregatício. d) Não é autorizada, pois os advogados João e Maria passariam a integrar a Sociedade X como sócios, mediante alteração no registro da sociedade. 18 Comentário: Aqui a FGV cobrou a pura letra da lei, vejamos o art. 39 do Regulamento Geral do EAOAB: Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados. Parágrafo único: Os contratos referidos neste artigo são averbados no registro da sociedade de advogados. Questão 3 (XXVII EOAB – FGV - 2018) Ricardo Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e constituem a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados, para exercício conjunto da profissão. A sociedade consolida-se como referência de atuação em determinado ramo do Direito. Anos depois, Carlos Santos falece e seus ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade. Sobre a manutenção do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com o Estatuto e com o Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta. a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros. b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido. c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor. d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo Conselho da respectiva Seccional. 19 Comentário: De acordo com o parágrafo primeiro do art. 16 do EAOAB, a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. Questão 4 (XXVI EOAB – FGV - 2018) O advogado Pasquale integra a sociedade de advogados X, juntamente com três sócios. Todavia, as suas funções na aludida sociedade apenas ocupam parte de sua carga horária semanal disponível. Por isso, a fim de ocupar o tempo livre, o advogado estuda duas propostas: de um lado, pensa em criar, paralelamente, uma sociedade unipessoal de advocacia; de outro, estuda aceitar a oferta, proposta pela sociedade de advogados Y, de integrar seus quadros. Considerando que todas as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na mesma área territorial de um Conselho Seccional da OAB, assinale a afirmativa correta. a) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y. Todavia, não é autorizado que integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia. b) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia. Todavia, não é autorizado que integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y. c) Não é permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y. Tampouco é autorizado que integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia. 20 d) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y. Também é autorizado que integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia. Comentário: De acordo com o parágrafo quarto do art. 15 do EAOAB, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. Questão 5 (XV EOAB – FGV - 2014) Fred, jovem advogado, é contratado para prestar serviços na empresa BBO Ltda., que possui uma assessoria jurídica composta por cinco profissionais do Direito, orientados por uma gerência jurídica. Após cinco meses de intensa atividade, é concitado a formular parecer sobre determinado tema jurídico de interesse da empresa, tarefa que realiza, sendo seu entendimento subscrito pela gerência. Após dez meses do referido evento, o tema é reapresentado por um dos diretores da empresa, que, em viagem realizada para outro estado, havia consultado um outro advogado. Diante dos novos argumentos, o gerente determina que Fred, o advogado parecerista, mesmo sem ter mudado de opinião, apresente petição inicial em confronto com o entendimento anteriormente preconizado. No caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado. a) deve submeter-se à determinação da gerência jurídica. b) deve apresentar seu parecer ao conjunto de advogados para decisão. 21 c) pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior. d) pode opor-se e postular assessoria da OAB. Comentário: Explana o art. 18 do EAOAB: “A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia”. Assim, o advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, for da relação de emprego. Questão 6 (XXXI EOAB – FGV - 2020) O advogado Fernando foi contratado por Flávio para defendê-lo, extrajudicialmente, tendo em vista a pendência de inquérito civil em face do cliente. O contrato celebrado por ambos foi assinado em 10/03/15, não prevista data de vencimento. Em 10/03/17, foi concluída a atuação de Fernando, tendo sido homologado o arquivamento do inquérito civil junto ao Conselho Superior do Ministério Público. Em 10/03/18, Fernando notificou extrajudicialmente Flávio, pois este ainda não havia adimplido os valores relativos aos honorários contratuais acordados. A ação de cobrança de honorários a ser proposta por Fernando prescreve em: a) três anos, contados de 10/03/15. b) cinco anos, contados de 10/03/17. c) três anos, contados de 10/03/18. d) cinco anos, contados de 10/03/15. Comentário: 22 Conforme pode se extrair do enunciado da questão, em 10/03/2017, foi concluída a atuação de Fernando, portanto o prazo começa a contar desse período. Assim, de acordo com o inciso III do art. 25 do EAOAB, prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo da ultimação do serviço extrajudicial. Questão 7 (XXVIII EOAB – FGV - 2019) Jorge é advogado, atuando no escritório modelo de uma universidade. Em certa ocasião, Jorge é consultado por um cliente, pois este gostaria de esclarecer dúvidas sobre honorários advocatícios. O cliente indaga a Jorge sobre o que seriam os honorários assistenciais. Considerando o disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a opção que apresenta a resposta de Jorge. a) Os honorários assistenciais são aqueles pagos diretamente ao advogado que promove a juntada aos autos do seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório. b) Os honorários assistenciais são aqueles devidos ao advogado em periodicidade determinada, pela prestação de serviços advocatícios de forma continuada, nas situações que o cliente venha a ter necessidade, como contrapartida à chamada “advocacia de partido”. c) Os honorários assistenciais são aqueles fixados pelo juiz ao advogado indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação do serviço. d) Os honorários assistenciais são aqueles fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual. 23 Comentário: De acordo com o parágrafo sexto do art. 22, o disposto no referido artigo aplica-se aos honorários assistenciais, compreendidos como os fixados em ações coletivas propostas porentidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. Questão 8 (XXVIII EOAB – FGV - 2019) Eduardo contrata o advogado Marcelo para propor ação condenatória de obrigação de fazer em face de João. São convencionados honorários contratuais, porém o contrato de honorários advocatícios é omisso quanto à forma de pagamento. Proposta a ação, Marcelo cobra de Eduardo o pagamento de metade dos honorários acordados. De acordo com o Estatuto da OAB, assinale a afirmativa correta. a) Marcelo pode cobrar de Eduardo metade dos honorários, pois na ausência de estipulação sobre a forma de pagamento, metade dos honorários é devida no início do serviço e metade é devida no final. b) Marcelo pode cobrar de Eduardo metade dos honorários, pois na ausência de estipulação sobre a forma de pagamento, os honorários são devidos integralmente desde o início do serviço. c) Marcelo não pode cobrar de Eduardo metade dos honorários, pois na ausência de estipulação sobre a forma de pagamento, os honorários somente são devidos após a decisão de primeira instância. d) Marcelo não pode cobrar de Eduardo metade dos honorários, pois na ausência de estipulação sobre a forma de pagamento, apenas um terço é devido no início do serviço. 24 Comentário: De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), a guarda pode ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público, a saber: “Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.” Questão 9 (XXVII EOAB – FGV - 2018) Gilda, empregada terceirizada contratada pela sociedade empresária XX Ltda. para prestar serviços ao Município ABCD, procura o auxílio de Judite, advogada, para o ajuizamento de reclamação trabalhista em face do empregador e do tomador de serviços. Considerando a existência de decisão transitada em julgado que condenou os réus, solidariamente, ao pagamento de verbas de natureza trabalhista, assinale a afirmativa correta. a) Em execução contra o Município ABCD, Judite terá direito autônomo a executar a sentença quanto aos honorários incluídos na condenação por arbitramento ou por sucumbência, podendo requerer que o precatório seja expedido em seu favor. b) Em caso de falência da sociedade empresária XX Ltda., os honorários arbitrados em favor de Judite serão considerados crédito privilegiado, sendo obrigatória sua habilitação perante o juízo falimentar. c) Em execução contra o Município ABCD, o juiz deve determinar que os honorários contratuais sejam pagos diretamente a Judite, desde que o contrato de honorários seja anexado aos autos após a expedição do precatório, exceto se Gilda provar que já os pagou. d) Judite poderá cobrar judicialmente os honorários contratuais devidos por Gilda, devendo renunciar ao mandato se, em sede de sentença, a demanda for julgada procedente. 25 Comentário: Como podemos notar, a questão buscou confundir muito o candidato pela forma que foi redigida, por isso, é extremamente necessário que se faça a leitura minuciosa do enunciado! De acordo com o art. 23 do EAOAB, os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nessa parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. Assim, Judite terá direito autônomo a executar a sentença quanto aos honorários incluídos na condenação por arbitramento ou sucumbência, podendo requerer que o precatório seja expedido em seu favor. Questão 10 (XXVII EOAB – FGV – 2018) O advogado Sebastião é empregado de certa sociedade limitada, competindo-lhe, entre outras atividades da advocacia, atuar nos processos judiciais em que a pessoa jurídica é parte. Em certa demanda, na qual foram julgados procedentes os pedidos formulados pela sociedade, foram fixados honorários de sucumbência em seu favor. Considerando o caso narrado e o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. a) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para efeitos trabalhistas, embora não sejam considerados para efeitos previdenciários. b) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para efeitos trabalhistas e para efeitos previdenciários. 26 c) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão considerados para efeitos trabalhistas, embora sejam considerados para efeitos previdenciários. d) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão considerados para efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários. Comentário: A questão abordou o artigo 14 do regulamento geral do estatuto da advocacia e da OAB, senão vejamos: Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários. Questão 11 (XXVII EOAB – FGV – 2018) O advogado Nelson celebrou, com determinado cliente, contrato de prestação de serviços profissionais de advocacia. No contrato, Nelson inseriu cláusula que dispunha sobre a forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares relacionados a transporte e a cópias de processos. Todavia, o pacto não tratava expressamente sobre o pagamento de custas e emolumentos. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. a) O contrato celebrado viola o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, pois é vedada a referência a outras atividades diversas da atuação do advogado, como os serviços auxiliares mencionados. Por sua vez, quanto às custas e aos emolumentos, na ausência de disposição em contrário, presume-se que sejam atendidos pelo cliente. 27 b) O contrato celebrado viola o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, pois é vedada a referência a outras atividades diversas da atuação do advogado, como os serviços auxiliares mencionados. Por sua vez, quanto às custas e aos emolumentos, na ausência de disposição em contrário, presume-se que sejam antecipados pelo advogado. c) O Código de Ética e Disciplina da OAB autoriza que o contrato de prestação de serviços de advocacia disponha sobre a forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares. Por sua vez, quanto às custas e aos emolumentos, na ausência de disposição em contrário, presume- se que sejam atendidos pelo cliente. d) O Código de Ética e Disciplina da OAB autoriza que o contrato de prestação de serviços de advocacia disponha sobre a forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares. Por sua vez, quanto às custas e aos emolumentos, na ausência de disposição em contrário, presume- se que sejam antecipados pelo advogado. Comentário: O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição em contrário, presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de contas, mediante comprovação documental. (art. 48, §3º do EAOAB). 28 GABARITO Questão 1 - D Questão 2 - B Questão 3 - C Questão 4 - C Questão 5 - C Questão 6 - B Questão 7 - D Questão 8 - D Questão 9 - A Questão 10 - D Questão 11 - C 29 QUESTÃO DESAFIO O que é advogado empregado? Máximo de 5 linhas 30 GABARITO QUESTÃO DESAFIO Advogado empregado é aquele que preenche todos os requisitos caracterizadoresdo vínculo de emprego, a saber: habitualidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação, e, portanto, mantém um vínculo empregatício com uma empresa ou com uma sociedade de advogados, prestando seus serviços de advocacia. Você deve ter abordado necessariamente os seguintes itens em sua resposta: Onerosidade Esta consiste no percebimento de remuneração em troca dos serviços prestados pelo empregado. Assim, existe uma reciprocidade de obrigações, quais sejam: prestação de serviços pelo empregado e contraprestação pecuniária por parte do patrão. Habitualidade O contrato gera uma continuidade na prestação de serviço, o que mantém uma regularidade no desenvolvimento da atividade em benefício do empregador. Ressalta-se que a CLT não determina uma especificidade quanto à periodicidade dos serviços prestados, podendo ser prestados todos os dias da semana, como também de forma semanal, quinzenal, mensal, desde que haja uma habitualidade. subordinação A subordinação consubstancia-se na submissão às diretrizes do empregador, o qual determina o lugar, a forma, o modo e o tempo - dia e hora - da execução da atividade. O empregado está sujeito às ordens do empregador. Pessoalidade Enquanto para os empregadores vigora a não pessoalidade, para os empregados deve existir pessoalidade: este requisito está vinculado ao caráter pessoal da obrigação trabalhista, proibindo o empregado de fazer-se substituir na prestação de serviços quando não puder 31 comparecer ou prestá-los, sob pena de descaracterização do vínculo empregatício. Frise-se ainda que o empregado deve ser pessoa física 32 LEGISLAÇÃO COMPILADA Nesta matéria, se faz de extrema importância a leitura de: Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) Arts. 15 ao 17, 18 ao 21, 22, 24, 26 e 54. Regulamento Geral do EAOAB Arts. 11 ao 14 e 37 ao 43. Código de Ética e Disciplina Arts. 30 e 50. 33 JURISPRUDÊNCIA TEMA STF - Acórdão Aco 2190 Agr / Rn - Rio Grande do Norte, Relator(a): Min. Edson Fachin, data de julgamento: 29/09/2017, data de publicação: 27/10/2017, Tribunal Pleno AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO EM FACE FAZENDA PÚBLICA. INTERESSE RECURSAL. CAPÍTULO DE SENTENÇA. NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 1. Reconhece-se, em princípio, interesse recursal da parte Vencedora de demanda para impugnar o capítulo da sentença relativo aos honorários advocatícios, quando estes forem fixados em termos supostamente desfavoráveis. 2. Adota-se como parâmetro dos honorários sucumbenciais o valor atualizado da causa, quando não houver condenação nem proveito econômico diretamente aferível, haja vista tratar-se de obrigação de fato negativo (abstenção). 3. Após o julgamento do mérito da causa, não é dado ao Autor alterar a natureza jurídica do pedido condenatório ou desconsiderar o valor da causa fixado por si mesmo em patamar irrisório, de modo a obter honorários sucumbenciais mais vultosos. 4. O valor dos honorários sucumbenciais mostra-se razoável, tendo em vista a base de cálculo adotada, bem como a ausência de produção de provas e audiências, alegações finais com mera ratificação da exordial e da contestação, complexidade da causa e procedência apenas parcial do pedido. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. TST - Acórdão Rr - 730-67.2011.5.09.0028, Relator(a): Min. Renato de Lacerda Paiva, data de julgamento: 17/02/2016, data de publicação: 26/02/2016, 2ª Turma RECURSO DE REVISTA. PETICIONAMENTO ELETRÔNICO - RECURSO DE REVISTA APÓCRIFO - SUBSCRIÇÃO PELA SOCIEDADE DE ADVOGADOS. Não se encontra nos autos qualquer documento que ateste ter o recurso de revista ingressado no serviço de protocolo mediante sistema de peticionamento eletrônico, tampouco assinatura digital dos causídicos que constam do apelo. A peça recursal foi apenas subscrita por sociedade de advogados. Todavia, a sociedade de advogados, que possui personalidade jurídica distinta dos sócios que a integram, não detém capacidade postulatória, tendo por finalidade, tão somente, a soma de esforços e conhecimentos técnicos para o aperfeiçoamento da prestação de serviços de advocacia. O encargo de postular em processo judicial pertence ao advogado individualmente considerado, nos termos dos artigos 133 da Constituição Federal, 36 do Código de Processo Civil, 2º e 15, §3º, da Lei nº 8.906/94. Sendo assim, deve ser considerado sem assinatura o presente recurso de revista. Aplicação do entendimento consubstanciado na Orientação Jurisprudencial da SBDI-1/TST nº 120. Recurso de revista não conhecido. 34 TST - Acórdão Rr - 959-60.2016.5.21.0014, Relator(a): Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, data de julgamento: 12/12/2018, data de publicação: 14/12/2018, 7ª Turma RECURSO DE REVISTA - PROCESSO REGIDO PELA LEI Nº 13.015/2014 E SOB A ÉGIDE DO CPC/73 - ADVOGADO EMPREGADO - CONTRATAÇÃO OCORRIDA APÓS A EDIÇÃO DA LEI 8.906/94 - DEDICAÇÃO EXCLUSIVA - INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO DE TRABALHO - IMPOSSIBILIDADE. O entendimento atual prevalecente nesta Corte é de que não se presume o regime laboral de dedicação exclusiva do advogado empregado que, ao contrário, depende necessariamente de expressa previsão contratual, para os empregados contratados após o advento do Estatuto da OAB. In casu, a Corte regional, não obstante inexistir previsão expressa, mas apenas implícita, quanto ao regime de dedicação exclusiva, reconhece a possibilidade de presunção do regime de dedicação exclusiva. A conclusão pela aplicabilidade da jornada de oito horas diárias ao empregado desatende o comando do art. 20 da Lei nº 8.906/94. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. 35 MAPA MENTAL 36 37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JÚNIOR, Marco Antônio Silva de Macedo. COCCARO, Celso. Ética Profissional e Estatuto da Advocacia — Coleção OAB Nacional. São Paulo. Ed. Saraiva. 2009. MACHADO, Paulo. Dez em Ética. 3ª ed., Recife. Armador, 2016. LÔBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 8ª ed., São Paulo: Saraiva, 2015. ESTATUTO E ÉTICA Capítulo 11 17. Sociedade de Advogados 17.1 Sociedade de Advogados 2. 2.1 18. Advogado Empregado 19. Honorários Advocatícios QUADRO SINÓTICO QUESTÕES COMENTADAS GABARITO QUESTÃO DESAFIO GABARITO QUESTÃO DESAFIO LEGISLAÇÃO COMPILADA JURISPRUDÊNCIA MAPA MENTAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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