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OAB 34 AULA 3 - ÉTICA - Honorários Advocatícios Sociedade de Advogados docx

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AULA 3 – ÉTICA
TEMA: Honorários Advocatícios. Sociedade de
advogados.
PROFESSOR MONITOR: Líbero Alves Rodrigues
Filho (@liberofilho).
1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Podem ser considerados como honorários advocatícios os pagamentos
recebidos pelos advogados em razão da atividade advocatícia que foi prestada para
o cliente. Não se incluem nesse conceito os valores recebidos que sejam oriundos
de relação empregatícia.
É mister informar desde já que é vedada a diminuição dos honorários
contratados sob a justificativa de que o litígio foi solucionado por qualquer
mecanismo adequado de solução extrajudicial (ex: mediação, conciliação…).
Também é vedado que o advogado estipule valores menores que os
dispostos na Tabela de Honorários - que é instituída por cada Conselho Seccional -
sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários.
Será possível que haja a compensação de créditos, pelo advogado, de dívidas
perante o cliente, desde que o contrato preveja tal situação ou quando o cliente der
autorização especial para este fim (ex: receber os honorários através de um bode
kkk).
1.1 Tipos de Honorários
Existem algumas classificações, de modo que os honorários podem ser
divididos em Convencionados, Arbitrados e Sucumbenciais a depender de qual a
origem e forma que são constituídos.
São Honorários Convencionados aqueles em que os valores são acordados
e fixados pelas próprias partes da relação profissional (cliente e advogado). Essa
definição pode se dá através de maneira verbal ou de contrato escrito, embora o
último seja mais recomendado em razão da segurança que passa tanto para o
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outorgante como para o outorgado, além de que facilita a eventual cobrança dos
valores.
Devem ser observadas algumas recomendações na hora definição dos
honorários convencionados, tais quais:
ELEMENTOS PARA FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
I- a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
II- o trabalho e o tempo a ser empregados;
III- a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou
de se desavir com outros clientes ou terceiros;
IV- o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este
resultante do serviço profissional;
V- o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente
ou constante;
VI- o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado
ou de outro;
VII- a competência do profissional;
VIII- a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Já os Honorários Arbitrados ganham destaque nas situações em que é
ausente a fixação dos valores pelas partes, fazendo assim com que o juiz arbitre
qual será a remuneração devida ao profissional. O magistrado é quem faz a
avaliação do trabalho e esforço empregado pelo advogado bem como da questão
que está sendo suscitada em juízo, fixando assim o valor a ser pago - que não pode
ser inferior ao elencado na Tabela de Honorários emanada do Conselho Seccional
competente.
Não obstante, vale salientar que, nos casos em que o advogado atuar como
dativo para defender cliente hipossuficiente - não representado em razão da
Defensoria Pública estar indisponível por qualquer motivo - terá direito a receber
os honorários fixados pelo juiz e que serão pagos pelo estado.
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Os Honorários Sucumbenciais, por sua vez, são devidos nas situações que a
sua representação logrou êxito, de modo que a parte vencida (sucumbente) deve
pagar ao advogado da parte vencedora. É direito do advogado mesmo que atue em
causa própria. Os valores devem ser fixados entre 10% e 20% (CPC) | 5% e 15%
(CLT) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico
obtido, ou não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Quando for fixar os honorários, o juiz deve observar alguns critérios: I- grau
de zelo do profissional; II- o local de prestação do serviço; III- a natureza e a
importância da causa; e IV- o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço.
Se a procedência da causa for parcial, os honorários serão fixados de forma
recíproca, sendo vedado que haja compensação entre os honorários.
É importante recordar que os honorários sucumbenciais também são
devidos contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou
substituída pelo sindicato da categoria. Ademais, também cabem na Reconvenção.
Vale salientar que são chamados de Honorários Assistenciais os devidos
por sindicato que contrata advogado para condução de processo do seu interesse.
E se o sucumbente for beneficiário da justiça gratuita? Se ele não possuir
outros créditos (mesmo que processuais) que possam ser usados para pagar os
honorários sucumbencais, tem se a condição suspensiva da exigibilidade de modo
que a dívida só poderá ser executada se, em até 2 anos após o trânsito em julgado
da decisão que fixou os honorários, o advogado conseguir demonstrar que o
devedor agora possui recursos para quitar o débito.
E se o advogado morrer ou se tornar civilmente incapaz? Nesses casos, os
honorários serão estipulados de forma proporcional ao trabalho exercido,
destinado os valores aos sucessores do falecido ou aos representantes legais do
incapaz.
1.2 Advocacia Pro Bono
Essa terminologia é atribuída ao exercício da advocacia de maneira gratuita
para fins de auxiliar juridicamente, de modo eventual e voluntário, instituições
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sociais sem fins econômicos e seus assistidos, quando estes não puderem arcar
com a contratação de advogados por ausência de fundos suficientes.
Ela também pode ser exercida em favor das pessoas naturais que também
não sejam portadoras de condições suficientes para o pagamento de um
profissional da advocacia sem que isso signifique abdicar de outras questões
inerentes a sua sobrevivência.
É importante relembrar que não é porque está exercendo a atividade de
maneira gratuita que o advogado está autorizado a ser omisso, sendo necessário
que este empregue o mesmo zelo e dedicação que utilizada em outras situações,
fazendo com que de fato a parte amparada seja bem representada e possua plena
confiança no seu patrono.
Não obstante, também existe outra situação em que o advogado exercerá
sua atividade de maneira gratuita, que é quando ele aceita defender outro
advogado em processo originário de ação ou omissão no exercício da advocacia.
Como há um interesse que excede às partes, cabendo a todos que pertencem a
classe, a OAB nomeia esse defensor dativo para que represente o colega perante o
procedimento supramencionado, o que facilita a defesa do mesmo e ainda traz
celeridade para a resolução da questão.
1.3 Noções gerais sobre o pagamento
No que tange o crédito oriundo dos honorários advocatícios (seja de
advogado autônomo ou de sociedade advogados), NÃO se pode existir o saque de
duplicatas ou qualquer outro título de crédito que seja de natureza mercantil.
PODE, no entanto, ser emitida fatura com base no contrato de prestação de
serviços, quando o cliente quiser, NÃO PODENDO ser levado a protesto.
Entretanto existe uma exceção no caso em que for frustrada a tentativa de
recebimento amigável: nessa situação poderá ser levado a protesto o cheque ou a
nota promissória que tenha sido emitida pelo cliente em favor do advogado.
Também é lícito que o advogado ou a sociedade de advogados empregue o
sistema de cartão de crédito - mediante credenciamento junto a empresa
operadora do ramo - para fins de recebimento dos honorários.
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1.3.1 Substabelecimento
Caso haja substabelecimento no caso prático, os honorários de sucumbência
devem ser divididos de maneira proporcional à atuação de cada um dos advogados
no processo, ou com base no ora definido por eles.
Ese houver treta na divisão? A Ordem dos Advogados ou os Tribunais de
Ética poderão ser solicitados para que indiquem mediador a fim de facilitar a
distribuição dos honorários entre os advogados. Se a divergência for em processos
disciplinares, cabe ao relator tentar fazer uma conciliação prévia entre os
advogados.
Ademais, tem-se que quando estiver atuando como substabelecido (em
substabelecimento com reserva de poderes) o advogado não pode cobrar por si só
os honorários respectivos, sendo imperioso que haja a intervenção daquele que
lhe substabeleceu.
1.4 Execução dos honorários
Tanto os honorários sucumbenciais como os contratuais podem ser
executados pelo advogado, que tem o direito autônomo de promover a execução
referente ao capítulo da sentença que os fixou. Também é possível que ele venha a
postular, quando necessário, a expedição de precatório ou requisição de pequeno
valor em seu favor.
É importante frisar que existindo dificuldade no pagamento dos honorários,
é recomendado que o advogado tente ao máximo resolver através de uma solução
amigável. Se porventura não for possível, urge a necessidade de se cobrar
judicialmente. Nesses casos, deve o advogado renunciar ao mandato que recebeu
do cliente em débito, de forma prévia.
Outrossim, os honorários inseridos na condenação pertencem ao
advogado, de modo que este tem o direito autônomo de exigir o cumprimento da
sentença, sendo possível que ele solicite ao juiz que o precatório seja expedido em
seu nome, quando for o caso.
Por se configurar como título executivo, o contrato escrito firmado pelas
partes pode ser executado através da execução por quantia certa sem necessidade
de propor uma ação de conhecimento. Essa facilidade por sua vez não está
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presente nos casos em que o contrato foi verbal, sendo mister que seja instaurada
uma ação de cobrança.
Vale salientar que os honorários, independente se foram firmados por
decisão judicial ou por contrato escrito, por serem de natureza alimentar,
constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores,
insolvência civil e liquidação extrajudicial.
Uma outra forma de cobrança é a juntada do contrato de honorários
advocatícios aos autos da ação em que representa o cliente, que pode ser feita
antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório. Nesses casos, deve
o juiz determinar que os honorários sejam quitados diretamente, deduzindo o
valor devido da quantia a ser recebida pelo cliente - exceto se este comprovar que
já efetuou o pagamento.
1.5 Prescrição
Assunto muito recorrente no Exame da Ordem, a prescrição significa a
perda do direito aos honorários por parte do advogado. Assim sendo, é mister
cobrar o débito no lapso temporal correto para que não se esvaia o fruto do seu
trabalho.
O Estatuto da Advocacia e OAB determina que a ação de cobrança dos
honorários advocatícios prescreve em cinco anos, sendo o termo inicial contado a
partir:
TERMO INICIAL - PRESCRIÇÃO AÇÃO DE COBRANÇA DOS HONORÁRIOS
I- do vencimento do contrato, quando houver;
II- do trânsito em julgado da decisão que os fixar ou arbitrar;
III- da finalização do serviço extrajudicial (assessoria, consultoria e direção
jurídicas; acompanhamento de inquérito policial);
IV- da desistência ou transação;
V- da renúncia ou revogação de mandato.
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Esse prazo prescricional também é aplicado no sentido oposto, visto que a
ação de prestação de contas dos valores recebidos pelo advogado e dos serviços
prestados ao cliente também prescreve em 5 anos.
1.6 Outras observações
Sempre que o contrato prever a Cláusula Quota Litis (participação do
advogado no resultado econômico a ser obtido pela parte na causa), os honorários
devem ser representados em dinheiro que, quando acrescidos dos honorários
sucumbenciais, não podem ser superiores às vantagens recebidas pelo cliente.
Um exemplo de contrato com tal cláusula é a situação em que o advogado
acorda com o cliente que o seu pagamento será efetivado em conformidade com o
que for ganho (ex: quero 10% do valor total, caso vençamos a disputa).
Quando o objeto do serviço jurídico tratar de prestações vencidas e
vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e
outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade.
2. SOCIEDADE DE ADVOGADOS
As Sociedades de Advogados foram criadas para fins de colaboração e
união de forças entre profissionais da advocacia, de modo que sua previsão está
alocada no Estatuto da Advocacia e da OAB, que em seu art.15 diz que os
advogados podem vir a se reunir através de sociedade simples para prestação de
serviços da advocacia. Vale salientar que o Estatuto também menciona ser possível
criar uma Sociedade Unipessoal de Advocacia, ou seja, formada por apenas um
profissional.
No que tange sua formatação administrativa, as sociedades podem se
revestir de qualquer tipo de administração social, sendo possível que haja uma
distribuição diferenciada de poderes entre os membros .
No que tange a responsabilidade civil perante os clientes e terceiros,
tem-se que responderão subsidiária e ilimitadamente pelos danos no exercício da
profissão, causados, seja por dolo ou culpa, ação ou omissão, todos os sócios, o
titular da Sociedade Unipessoal de Advocacia e os advogados associados. Pode
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ainda existir responsabilização em outras searas, como na penal e na disciplinar -
presidida pela ordem.
Embora a base conceitual seja de fácil compreensão, é mister analisar as
particularidades que envolvem a criação e continuidade de uma sociedade
advocatícia, conforme abordaremos.
2.1 Alteração dos membros
Existem vários motivos que ensejam a alteração dos membros de uma
sociedade, como o falecimento que é uma situação que faz com que o nome do
falecido saia da denominação da sociedade, permanecendo de forma excepcional se
houver previsão no contrato social.
Se um dos advogados começou a exercer alguma atividade que seja
incompatível com a advocacia, o que deverá ser feito?
Se for em caráter temporário, deve existir o licenciamento a ser averbado
no registro da sociedade, não sendo necessário que a constituição seja alterada.
Já se a atividade for ser exercida em caráter definitivo, logo sendo
necessário o cancelamento da inscrição, será imperioso que haja a alteração
contratual a fim de retirar o nome daquele sócio da denominação. Isto porque o
cancelamento retira a condição de advogado - característica essencial à
participação em uma sociedade de advogados.
2.2 Sociedade Unipessoal de Advocacia
Como se depreende, essa sociedade é formada apenas por um advogado ou
advogada. Essa modalidade nasceu a partir da Lei 13.247\16 que inovou no âmbito
da advocacia corporativa.
O seu tratamento é basicamente o mesmo dispensado pelo Código de Ética e
Disciplina às sociedades simples de advogados - que são marcadas pela pluralidade
de associados. No entanto, um diferencial pode ser ressaltado, que se deve ao
nome a ser posto na sociedade, visto que é preciso que o nome da sociedade seja
formado pelo nome do titular (completo ou parcial) acompanhado da expressão
“Sociedade Individual de Advocacia” (ex: Líbero Alves Sociedade Individual de
Advocacia).
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No que tange a sua formação, tem-se que a Sociedade Unipessoal de
Advocacia pode ser feita a partir de um advogado que a cria originariamente ou da
concentração, por um advogado, das quotas de uma sociedade de advogados que
não prosseguiu com o corpo de associados - independente de qual tenha sido a
razão.
Em outras palavras, eu posso tanto abrir uma SUA sozinho como também
concentrar as quotas de uma antiga sociedade que não prosperou e na qual eu
fiquei sozinho.
2.3 Pluralidade de sociedadesComo regra, nenhum advogado ou advogada pode participar de mais de uma
sociedade de advogados, nem tampouco constituir mais de uma sociedade
unipessoal de advocacia, ou mesclar e participar de uma unipessoal e de uma
sociedade de advogados de forma concomitante.
No entanto, essa vedação à pluralidade faz jus apenas ao exercício múltiplo
no mesmo território de determinado Conselho Seccional, de modo que, se as
sociedades estiverem localizadas perante Conselhos diferentes, é possível sim
integrar mais de uma sociedade (ex: possuo uma Sociedade Unipessoal de
Advocacia em Pernambuco e participo de uma Sociedade de Advogados no Ceará).
Não obstante, a vedação também se restringe apenas à participação em
sociedade(s) diferentes, fazendo com que seja possível a criação de filiais de um
determinado escritório de advocacia. Então sim, você pode começar uma sociedade
com seus amigos e após o sucesso expandi-la para todo o Brasil. Mas, para tanto, é
mister obedecer alguns requisitos.
Para criação de filiais, é obrigatório que os sócios (ou titular da SUA)
possuam a inscrição suplementar para o exercício da advocacia perante o Conselho
Seccional em que o escritório será colocado, para fins de exercer de forma plena as
atividades naquele local (mesmo que na prática nem todos pretendam exercer a
atividade lá). Também é preciso que a criação da filial seja averbada no registro da
sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se fixar.
2.4 Recomendações
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Visto que o que fundamenta a Sociedade de Advogados é a unificação de
forças entre profissionais da advocacia, é importante que eles não ocupem postos
diferentes em juízo. Em outras palavras, não poderão representar perante o
poder judiciário clientes com interesses opostos.
Visto que as atividades são privativas dos advogados, as procurações
repassadas a estes devem ser feitas de modo a discriminar individualmente cada
profissional, fazendo apenas menção da sociedade a que pertencem. Isto significa
dizer que não se pode outorgar os poderes à sociedade em si, nem tampouco
fazê-lo de modo plural (ex: outorgo para os advogados da sociedade x), sendo
preciso que cada um deles venha ser mensurado de maneira individualizada.
Então a sociedade não pode fazer nada por si só? Pode. As normativas da
ordem possibilitam que a Pessoa Jurídica que forma a Sociedade de Advogados
venha a praticar os atos que sejam indispensáveis às suas finalidades - e que não
sejam privativos dos advogados.
Líbero Alves Rodrigues Filho @liberofilho
Contatoliberoalves@gmail.com
Muito obrigado pela atenção! Nos vemos na aula às
09H. :)
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