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MEU PLANO DE 
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MANUAL DO 
PROFESSOR
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MEU PLANO DE 
AçÃo
Cecilia Junqueira Sallowicz Zanotti
Graduada em Administração de Empresas pela EAESP – FGV.
Atua como facilitadora de projetos que envolvem arte e criatividade. Gestora de projetos e 
consultora para organizações de impacto social. 
Eric Brandão Machado Mifune
Graduado em Administração Pública pela EAESP – FGV.
Atuou no mercado financeiro, em diversos setores da economia. Consultor em gestão e finan-
ças com foco em governança, captação de recursos para startups, desenvolvimentos de novos 
negócios e negócios de impacto.
São Paulo, 1a_ edição, 2020.
MANUAL DO 
PROFESSOR
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© 2020 Kit’s Editora
Direção administrativa
Jane Soraya Apolinário
Direção editorial
Lourisnei Fortes Reis
Coordenação editorial
Wellington Oscar
Equipe M10 Editorial
Projeto gráfico de capa e miolo:
Thais Ometto
Edição:
Alessandra Corá
Assistência editorial:
Henrique Augusto Nogueira
Produção editorial:
Fernanda Azevedo
Vanessa Alves
Coordenação da diagramação:
Eduardo Enoki
Diagramação:
Fanny Sosa
Nathalia Scala
Preparação e revisão:
Brenda Silva
Raquel Reinert
Ilustrações:
Alexandre Romão
Iconografia:
Denis Domingues
Kit’s Editora Comércio e Indústria Ltda. - EPP
Rua Henrique Sam Mindlin, 576 - Piso Superior
Jardim do Colégio - São Paulo - SP
CEP: 05882-000
Tel.: (11) 5873-4363
www.kitseditora.com.br/
CNPJ 19.893.722/0001-40 
 
Rua Cel. Joaquim Tibúrcio, 869 - Belo Horizonte/MG. CEP.: 31741-570 
Contato: (31) 9 8837-8378 | contato@edocbrasil.com.br 
www.edocbrasil.com.br 
 
 
DECLARAÇÃO 
 
A eDOC BRASIL declara para os devidos fins que a ficha catalográfica constante 
nesse documento foi elaborada por profissional bibliotecário, devidamente registrado 
no Conselho Regional de Biblioteconomia. Certifica que a ficha está de acordo com as 
normas do Código de Catalogação Anglo Americano (AACR2), as recomendações da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e com a Lei Federal n. 10.753/03. 
É permitida a alteração da tipografia, tamanho e cor da fonte da ficha 
catalográfica de modo a corresponder com a obra em que ela será utilizada. Outras 
alterações relacionadas com a formatação da ficha catalográfica também são 
permitidas, desde que os parágrafos e pontuações sejam mantidos. O cabeçalho e o 
rodapé deverão ser mantidos inalterados. Alterações de cunho técnico-documental 
não estão autorizadas. Para isto, entre em contato conosco. 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG) 
 
 Zanotti, Cecilia Junqueira Sallowicz. 
Z33p Projeto de vida: meu plano em ação: manual do professor / 
Cecilia Junqueira Sallowicz Zanotti, Eric Brandão Machado Mifune. – 
São Paulo, SP: Kit's Editora, 2020. 
 20,5 x 27,5 cm 
 
 Inclui bibliografia 
ISBN 978-85-66526-57-8 
 
 1. Educação. 2. Orientação profissional. 3. Planejamento – 
Estudos. I. Mifune, Eric Brandão Machado. II. Título. 
CDD 371.26 
 
Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422 
 
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Caro(a) aluno(a), 
“O analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler e escrever, mas aquele que não 
consegue aprender, desaprender e reaprender.”
Alvin Toffler, escritor norte-americano, conhecido por seus escritos 
sobre a revolução digital e a relevância da tecnologia e seu impacto na vida das pessoas.
Realmente esperamos que você esteja tão entusiasmado(a) com o Projeto de Vida quanto nós 
ficamos quando recebemos o convite para elaborar este material e, mais ainda, ao longo de todo o 
processo de desenvolvê-lo.
Nós, você e seus professores temos a oportunidade de participar, em primeira mão, de uma ver-
dadeira mudança na lógica do ensino no Brasil. Mais do que apenas pensar em conteúdos de conheci-
mento, o que se tem agora é um foco maior em competências para a vida.
O principal objetivo deste livro, em conjunto com uma participação ativa de seu(sua) professor(a) 
como um(a) atento(a) facilitador(a) do desenvolvimento, é estimular a autonomia, o protagonismo e a 
responsabilidade para que você seja capaz de fazer escolhas e tomar decisões em relação a seus pro-
jetos presentes e futuros, formando uma sociedade mais ética, justa, inclusiva, sustentável e solidária.
Por meio da leitura, de muitas conversas, discussões, atividades em grupo e projetos, você está 
convidado(a) a dar um mergulho que traga participação, reflexão, ação, aprendizagem e alegria, pro-
movendo, assim, uma formação integral, ou seja, apoiando seu desenvolvimento cognitivo, emocional 
e social, para resolver demandas complexas do cotidiano, exercer cidadania e atuar no mercado de 
trabalho.
Complementando a parte teórica e as diversas atividades, buscamos estimular a curiosidade e a 
investigação, fornecendo ferramentas, métodos e fontes de pesquisa de forma bastante plural, para 
que cada um de vocês possa se aprofundar nos assuntos que mais lhe interessarem e possam contri-
buir para a construção de seu Projeto de Vida.
Desejamos um ótimo trabalho, belas descobertas e planos de vida para cada um dos estudantes 
que participarem deste processo.
Os autores
Apresentação
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Módulo 1
 DIMENSÃO PESSOAL - Autoconhecimento: 
o encontro consigo
Capítulo 1 – Construindo minha identidade ...........................10
1. Meu projeto de vida ........................................................10
2. Meu RG ..........................................................................14
3. De onde venho ...............................................................17
4. Meu potencial criativo ................................................... 20
Capítulo 2 – Meus valores .......................................................24
1. O que são valores ...........................................................24
2. Gostos e interesses ........................................................27
3. Comunicando bem .........................................................32
4. Eu em um poema ...........................................................37
Capítulo 3 – Uma vida com sonhos .........................................42
1. Minha vida como um rio .................................................42
2. Roda da Vida ................................................................. 45
3. Soltando a imaginação no teatro ...................................47
4. Meus sonhos em um poema ......................................... 54
Módulo 2 
 DIMENSÃO CIDADÃ - Expansão e exploração: 
o encontro com o outro e o mundo
Capítulo 1 – Mapeando a comunidade .................................. 62
1. O raio X da comunidade ................................................ 62
2. Comunidades inspiradoras: força pessoal e força coletiva 71
3. Intervindo na comunidade .............................................77
4. Objetivos do desenvolvimento sustentável .................. 82
Capítulo 2 – Participando na política ...................................... 88
1. Os três poderes na política ......................................... 88
2. Política e participação política ......................................93
3. Verdade ou mentira? .................................................. 100
SUMáRIO
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Capítulo 3 – Respeito à diversidade e igualdade de direitos e 
oportunidades ................................................... 118
1. Diversidade ................................................................. 118
2. Desigualdade racial .....................................................125
Módulo 3 
 DIMENSÃO PROFISSIONAL - Planejamento: 
o encontro com o futuro e o nós 
Capítulo 1 – Equilíbrio e conquistas .....................................140
1. Esferas da vida .............................................................1402. Histórias de conquistas ...............................................144
 Capítulo 2 – E depois do Ensino Médio? ............................152
1. A difícil escolha ...........................................................152
2. Mercado de trabalho ..................................................158
Capítulo 3 – Finalizando o projeto de vida .......................... 176
1. Começar cedo é o melhor planejamento financeiro ... 176
2. Elaborando o currículo ................................................181
3. Minha apresentação pessoal .......................................183
5
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Conheça seu livro
Como utilizar este livro
Por meio de conteúdo, mas principalmente 
de atividades facilitadas por seu(sua) profes-
sor(a), ao longo deste trabalho, você terá subsí-
dios para a construção do seu próprio Projeto 
de Vida.
Em cada capítulo, há a sugestão de uma ati-
vidade e de uma reflexão que devem ser feitos 
por você em material separado (caderno, fichá-
rio, folhas sulfite, computador etc.) e guardados 
para formar um portfólio do seu Projeto de Vida.
Você pode customizar o material escolhido 
para registro com desenhos, imagens ou pala-
vras que são importantes para você. Além disso, 
poderá consultá-lo sempre que quiser, para se 
lembrar dos seus pontos fortes, seus pontos a 
melhorar, seus talentos, sonhos e desejos. E po-
derá também seguir preenchendo-o por quanto 
tempo quiser, para registrar suas conquistas e 
realizações e usá-lo como um guia para even-
tuais mudanças de rumo.
Seu livro está organizado de forma a ser um guia para você elaborar seu Projeto de Vida e 
está dividido em três módulos que terão como foco as seguintes dimensões: pessoal, cidadã e 
profissional.
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Conheça seu livro Informações adicionais
Em todos os capítulos, além do conteúdo, há boxes adicionais:
 » Objetivos de aprendizagem: descrição do que se pretende transmitir de conhecimento.
 » Competências: traz as principais Competências gerais da Base Nacional Comum Curricular 
– BNCC, Competências específicas e habilidades que serão desenvolvidas e 10 habilidades 
de vida da Organização Mundial da Saúde (OMS). Você pode consultar o documento 
da BNCC no endereço: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-
nacional-comum-curricular-bncc
 » Você sabia?: uma curiosidade ou aprofundamento sobre algum assunto que tenha sido 
tratado.
 » Para saber mais: referências de pesquisa para aqueles que quiserem se aprofundar no 
tema.
 » Atividade: orientação para a atividade em sala de aula sobre o capítulo e que muitas vezes 
fará parte do portfólio do seu Projeto de Vida.
 » Momento de reflexão: chamadas para um questionário de reflexão e autoavaliação.
 » Roda de conversa: momento de compartilhar ou discutir temas pertinentes à construção do 
Projeto de Vida.
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Dimensão
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Autoconhecimento: o encontro consigo
 » Quem eu sou?
 » Quais são meus interesses?
 » Quais são meus valores?
Neste módulo, você vai descobrir e refletir so-
bre seus desejos, interesses e potenciais, além de 
pensar sobre os próprios desafios.
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 1. Meu Projeto de Vida 
A construção de um Projeto de Vida no ambiente escolar 
envolve conhecer-se, projetar metas, sonhos e objetivos a serem 
alcançados ao longo da vida escolar e fora dela. É uma rica opor-
tunidade de conhecer quais são seus interesses e habilidades e o 
que é necessário fazer para atingir seus objetivos.
O equilíbrio entre todas as áreas é um objetivo que deve estar 
em foco nesse processo e na busca de um sentido para a vida.
As dimensões
O material está estruturado em três dimensões que se comple-
mentam para uma formação mais integral.
Dimensão pessoal
O primeiro foco do estudo neste módulo é o autoconhecimen-
to, o encontro consigo. Envolve aprender a se aceitar, a se valori-
zar, desenvolvendo a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas 
próprias forças e de crescer em situações adversas. Autoconhecer-
se é também compreender as próprias limitações.
Construindo minha 
identidade
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Entender como este 
livro está organizado, 
quais são as dimensões 
a serem trabalhadas e 
estabelecer acordos 
para a construção de 
seu Projeto de Vida ao 
longo do curso. 
 » Conhecer as 
competências abordadas 
ao longo do Projeto de 
Vida.
 » Dar início à construção 
do Projeto de Vida.
COMPETÊNCIA 
GERAL DA BNCC
 » Competência geral 6: 
Trabalho e Projeto 
de Vida
HABILIDADES DA 
OMS
 » Empatia
 » Pensamento criativo
 » Autoconhecimento
1 .
Autoconhecer-se é uma busca contí-
nua pela compreensão de si mesmo.
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10 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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Dimensão cidadã
A busca por uma compreensão do bem comum, das questões 
envolvidas na convivência e na atuação coletiva também serão ob-
jeto do nosso estudo. 
Dirigir o olhar à sua inserção no mundo 
do trabalho, sensibilizando-o para a 
autorrealização e para a necessidade 
de planejamento. 
Dimensão profissional
Ainda tão importante quanto as demais dimensões, teremos 
o foco de identificar interesses, habilidades e conhecimentos que 
correspondam às aspirações profissionais, abrindo caminho sólido 
à elaboração de metas e estratégias viáveis para um trabalho signi-
ficativo para o mundo e para a sociedade. 
Compreender-se, de forma mais sistematizada, como parte de um coletivo e como parte 
interdependente de redes locais e virtuais é perceber-se como um cidadão, que integra a 
construção da vida familiar, escolar, comunitária, nacional e internacional.
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CAPÍTULO 1 | CONSTRUINDO MINHA IDENTIDADE | 11
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COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece as referên-
cias para a construção dos currículos das escolas brasileiras. Alinhada 
a uma perspectiva de formação ampla, voltada para cidadania, auto-
nomia e protagonismo, estabelece dez competências gerais conforme 
mostra o quadro a seguir. Neste projeto serão priorizadas as compe-
tências 6, 7 e 8 por serem essenciais à formação integral do aluno. 
Conheça as competências gerais para a Educação básica.
PARA SABER MAIS
 Base Nacional Comum 
Curricular – BNCC
 » http:// 
basenacionalcomum.
mec.gov.br
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos 
historicamente construídos sobre o mundo 
físico, social, cultural e digital para entender 
e explicar a realidade, continuar aprendendo 
e colaborar para a construção de uma 
sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e 
recorrer à abordagem própria das 
ciências, incluindo a investigação, a 
reflexão, a análise crítica, a imaginação 
e a criatividade, para investigar causas, 
elaborar e testar hipóteses, formular 
e resolver problemas e criar soluções 
(inclusive tecnológicas) com base nos 
conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às 
mundiais, e também participar de práticas 
diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral 
ou visual-motora, como Libras, e escrita), 
corporal, visual, sonora e digital –, bem 
como conhecimentos das linguagens 
artística, matemática e científica, para 
se expressar e partilhar informações, 
experiências, ideias e sentimentos em 
diferentes contextos e produzir sentidos 
que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias 
digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas 
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) 
parase comunicar, acessar e disseminar 
informações, produzir conhecimentos, resolver 
problemas e exercer protagonismo e autoria na 
vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e 
vivências culturais e apropriar-se de 
conhecimentos e experiências que 
lhe possibilitem entender as relações 
próprias do mundo do trabalho e fazer 
escolhas alinhadas ao exercício da 
cidadania e ao seu projeto de vida, com 
liberdade, autonomia, consciência crítica e 
responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados 
e informações confiáveis, para formular, 
negociar e defender ideias, pontos de 
vista e decisões comuns que respeitem 
e promovam os direitos humanos, a 
consciência socioambiental e o consumo 
responsável em âmbito local, regional 
e global, com posicionamento ético em 
relação ao cuidado de si mesmo, dos 
outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua 
saúde física e emocional, compreendendo-
se na diversidade humana e reconhecendo 
suas emoções e as dos outros, com 
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução 
de conflitos e a cooperação, fazendo-
se respeitar e promovendo o respeito 
ao outro e aos direitos humanos, com 
acolhimento e valorização da diversidade 
de indivíduos e de grupos sociais, 
seus saberes, identidades, culturas e 
potencialidades, sem preconceitos de 
qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com 
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando 
decisões com base em princípios éticos, 
democráticos, inclusivos, sustentáveis e 
solidários.
BRASIL. BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-
-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc. Acesso em 
fev. de 2020.
12 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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Habilidades listadas pela Organização Mundial da Saúde
Subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
foi criada em 1948 e seu objetivo é desenvolver o máximo possível o nível de saúde de todos os po-
vos. Em sua definição, saúde não é a ausência de uma doença ou enfermidade, mas um estado de 
completo bem-estar físico, mental e social.
Em um documento de 1997, a OMS cunhou o conceito de Habilidades de Vida como as capaci-
dades emocionais, sociais e cognitivas que podem ajudar os indivíduos a lidar melhor com situações 
conflituosas do cotidiano. As 10 habilidades listadas e usadas nesse material em conjunto com as com-
petências da BNCC são:
 » tomada de decisões;
 » resolução de problemas;
 » pensamento criativo;
 » pensamento crítico;
 » comunicação eficaz;
 » relacionamento interpessoal;
 » autoconhecimento;
 » empatia;
 » lidar com emoções;
 » lidar com estresse.
 ATIVIDADES
A construção do Projeto de Vida só fará sentido se houver comprometimento e engajamento de todos.
Reflita individualmente:
1. Como você acredita que mergulhar em sua 
história e identidade para conhecer o que 
o(a) faz único(a) pode ser valioso para a sua 
vida?
2. Como você imagina que seja possível ex-
plorar sonhos e desejos para ampliar as 
possibilidades para o seu futuro?
3. Você está disposto a investigar formas de cons-
truir uma vida cheia de realizações para você 
mesmo, para sua comunidade e para o mundo? 
4. No seu portfólio, registre um acordo afir-
mando que aceita comprometer-se com a 
construção do seu Projeto de Vida. Você 
pode seguir um modelo assim: 
Acordo comigo mesmo(a)
Eu, (nome do(a) estudante), declaro que quero fazer um mergulho em mim mesmo(a), com alegria e 
profundidade, conhecer melhor o que me faz ser único(a) por minhas características, para me auxiliar 
a compreender minha vida no presente, além de me abrir para explorar possibilidades, sonhos e desejos 
que me ajudem a construir uma vida cheia de realizações para mim, para minha comunidade e para o 
mundo, desafiando-me constantemente a ser uma pessoa melhor, sabendo que não preciso ser perfeito(a). 
(Local e data --- nome da cidade, dia, mês e ano)
 (assinatura) 
CAPÍTULO 1 | CONSTRUINDO MINHA IDENTIDADE | 13
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 Momento de reflexão
Sempre que essa chamada aparecer, você deve fazer uma pau-
sa para refletir e fazer uma autoavaliação sobre a temática que está 
sendo trabalhada em sala de aula. Para isso, consulte o questioná-
rio da página 191 e as orientações do professor.
A ideia é que, além de preencher o questionário, você também 
possa fazer alguma reflexão no instrumento que escolheu para 
acompanhar o desenvolvimento do projeto.
Roda de conversa
• De que maneira vocês acreditam que construir o Projeto 
de Vida poderá ser um apoio para o seu futuro? 
 2. Meu RG 
Vamos começar o mergulho na identidade pessoal por meio 
de um processo de autoconhecimento e autocuidado, que es-
tão presentes na Competência geral 8 da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC). Essa competência trata da necessidade de 
aprender a cuidar da saúde física e do equilíbrio emocional. 
Para ter uma vida mais feliz e com realizações e conquistas, 
ou seja, sucesso profissional e satisfação pessoal, conhecer-se é 
importante. Ser capaz de identificar pontos fortes e fragilidades, 
reconhecer, entender e saber como lidar com as próprias emoções, 
promover e manter a saúde física e o equilíbrio emocional são 
habilidades úteis para a vida inteira.
Cada pessoa tem características pessoais que a fazem única 
em todo o planeta. Além das inúmeras particularidades físicas, te-
mos comportamentos, pensamentos e sentimentos que nos fazem 
únicos na personalidade, no nosso jeito de sentir, compreender e 
agir no mundo. 
 ATIVIDADES
1. Para dar o primeiro passo, ajudá-lo a olhar para si mesmo 
e a registrar algumas das suas características, você irá 
elaborar no seu portfólio do Projeto de Vida o seu RG, ou 
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Refletir e aprender 
sobre a identidade de 
cada um, identificando 
características que 
fazem você ser quem é.
COMPETÊNCIAS 
GERAIS DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência 8: 
Autoconhecimento e 
autocuidado
 » Competência específica 
LGG 5
 » EM13LGG503
HABILIDADES 
DA OMS
 » Autoconhecimento
 » Pensamento criativo
14 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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 » COMPETÊNCIA 
GERAL 8
“Conhecer-se, apreciar-
se e cuidar de sua saúde 
física e emocional, 
compreendendo-se na 
diversidade humana 
e reconhecendo suas 
emoções e as dos 
outros, com autocrítica e 
capacidade para lidar com 
elas.” (BNCC, p. 10.)
seja, a sua Carteira de Identidade, com as informações 
abaixo: 
2. Além disso, você fará seu autorretrato. Observe-se no espelho 
durante 1 minuto. Preste atenção em cada detalhe, na cor 
dos seus olhos, pele e cabelo, no 
comprimento dos cabelos, formato 
do rosto, olhos, nariz, boca, como 
são suas sobrancelhas, e depois 
disso faça um desenho que 
retrate essas características. 
Lembre-se de que essa não é 
uma prova de artes. É apenas mais 
uma forma de expressão que va-
mos usar. Temos o compromisso 
de experimentar coisas novas. 
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CAPÍTULO 1 | CONSTRUINDO MINHA IDENTIDADE | 15
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VOCÊ SABIA
O nome DISC vem do acrônimo (palavra 
formada pelas iniciais de outras palavras) dos 
quatro perfis para avaliar o comportamento 
das pessoas.
O criador da Análise DISC, William 
Moulton Marston, era inventor, foi o criador 
da personagem Mulher Maravilha em 1941 e 
do teste usado no detector de mentiras.
Marston era psiquiatra, professor de 
Harvard e pesquisador. Ele pesquisou como o 
ser humano lida com o ambiente e por quais 
motivos reage de certa maneira a uma situação. 
Estudos indicam que é possível começar 
a obter informações consistentes na 
avaliação DISC a partir dos 16 anos, e na 
internet é possível encontrar diferentessites 
que possibilitam que você conheça a sua 
combinação de características gratuitamente.
 » Procure descobrir os pontos com os quais 
se identifica em cada perfil como forma 
de ampliar o seu autoconhecimento. 
Mas lembre-se de que os perfis se 
complementam e que não são fixos.
AS ANÁLISES DE PERFIS COMPORTAMENTAIS
Nas áreas da psicologia e psiquiatria, 
existem várias formas de fazer análises 
de perfis comportamentais. Perfil 
comportamental é uma forma de classificar 
as possíveis reações de alguém a uma 
determinada situação ou estímulo.
Conhecer o próprio perfil, entendendo por que 
reagimos de determinada maneira a uma situação, 
é mais uma maneira de nos conhecer melhor para 
nos relacionar com mais qualidade com os outros, 
trazendo maior satisfação para nossa vida.
Uma das análises de perfis comportamentais 
muito conhecida é a Análise DISC, que já foi 
aplicada em mais de 50 milhões de pessoas em 
mais de 75 países. 
A ciência por trás da avaliação DISC afirma 
que as pessoas possuem quatro perfis de 
comportamento em diferentes graus de intensidade. 
Não existe um perfil melhor do que o outro e 
normalmente uma pessoa apresenta a combinação 
de dois perfis, dificilmente apresentando 100% das 
características de um único perfil.
Os quatro perfis de comportamento 
presentes na análise DISC são:
 » Dominância: Em geral pessoas com alto 
resultado no perfil D são voltadas para 
tarefas e resultados, competitivas, diretas 
e autoconfiantes. Não têm medo de 
conflito e podem apresentar dificuldade 
para ouvir. Podem ficar impacientes com 
perfis mais lentos. 
 » Influência: Em geral, pessoas com 
alto resultado no perfil I são voltadas à 
interação, comunicação e pessoas. São 
ótimos comunicadores, persuasivos, 
confiáveis e otimistas. Podem ser 
sentimentalistas e desorganizados em 
tarefas e documentos.
 » Estabilidade (em inglês Stability): Em 
geral pessoas com alto resultado no 
perfil S (de stability) são boas ouvintes, 
persistentes, além de confiáveis. São 
calmas e reagem de forma passiva mesmo 
em ambientes com pressão. Podem 
apresentar medo de conflitos.
 » Conformidade: Em geral, pessoas com 
alto resultado no perfil C têm ênfase na 
qualidade, organização e competência. 
Gostam de dados e planejamento. São 
racionais, cautelosas. Não gostam de correr 
riscos e podem ser mais lentas ao agir e 
duras consigo mesmas.
16 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM
 » Refletir sobre a 
própria identidade 
fazendo um 
mergulho na 
história familiar 
e comunitária.
COMPETÊNCIA 
GERAL DA BNCC
 » Competência 7: 
Argumentação
HABILIDADES 
DA OMS
 » Autoconhecimento
 » Pensamento crítico
 » Relacionamento 
interpessoal
 » Comunicação eficaz
 Momento de reflexão
Consulte o questionário da página 191 e faça o registro das re-
flexões do que viu até esse momento.
Roda de conversa
• Cada pessoa tem características pessoais que a fazem 
única em todo o planeta. Qual é a característica mais 
marcante que o(a) faz único(a)?
 3. de onde venho 
A árvore genealógica é a representação das pessoas de 
uma família. Em geral, ela começa com o ancestral mais antigo 
conhecido e vai se ramificando a partir dos filhos, irmãos e cônjuges. 
É usada para conhecer e resgatar a história de uma família.
De acordo com o dicionário Houaiss, genealogia é o estudo 
que tem por objetivo estabelecer a origem de um indivíduo 
ou de uma família, ou seja, a origem, evolução e dispersão das 
famílias e seus sobrenomes. 
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CAPÍTULO 1 | CONSTRUINDO MINHA IDENTIDADE | 17
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 ATIVIDADE
1. Você vai começar a desenvolver seu portfólio. Para tanto, 
desenhe a sua árvore genealógica colocando abaixo do 
nome das pessoas um valor ou característica que você 
admira nelas. Se quiser, inspire-se em um dos modelos de 
árvore genealógica.
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IRMÃ IRMÃO EU
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VOCÊ SABIA
O Instituto Fazendo História trabalha com voluntários para que construam vínculos 
afetivos com crianças e adolescentes separados de suas famílias. A dupla criança-adulto 
se aproxima afetivamente por meio da leitura, que oferece recursos para os meninos e as 
meninas elaborarem suas vivências; desperta conversas e incentiva a construção de um álbum 
de histórias, contendo relatos, depoimentos, fotos e desenhos que fazem parte de suas vidas, 
para que assim construam uma versão própria para sua trajetória de vida.
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18 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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2. Conceição Evaristo retoma sua ancestralidade para falar 
de temas importantes em sua história.
Vozes-Mulheres
A voz de minha bisavó
ecoou criança
nos porões do navio.
Ecoou lamentos
de uma infância perdida.
A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
no fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e fome.
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engasgadas nas gargantas.
A voz de minha filha
recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje – o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
O eco da vida-liberdade.
EVARISTO, Conceição. Poemas de recordação e outros movimentos. 
Rio de Janeiro: Malê, 2017. p. 10-11.
Agora escreva um poema sobre sua família 
e junte ao seu portfólio.
VOCÊ SABIA
Em 2016 foi gravado o 
documentário Brasil DNA 
África, que retrata a história 
de cinco cidadãos comuns 
que se submetem a um teste 
de DNA para descobrir suas 
origens africanas e viajam 
ao continente para conhecer 
seus antepassados. 
Você pode assistir a esse 
documentário acessando 
alguma plataforma de 
compartilhamento de vídeo.
PARA SABER MAIS
 » A história de vida de 
Conceição Evaristo por 
Conceição Evaristo. 
Disponível em: www.
letras.ufmg.br/literafro/
autoras/188-conceicao-
evaristo?fbclid=I 
wAR18tAM55Kty_ 
w6jhUL_BWtKB 
U0GHM6gaYTqU26 
xfvITkPpdIIJtMDKiGtc. 
Acesso em: 24 fev. 2020. 
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CAPÍTULO 1 | CONSTRUINDO MINHA IDENTIDADE | 19
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OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Entrar em contato com 
a própria criatividade 
e aumentar a 
autoconfiança na sua 
capacidade de criar e se 
expressar.
COMPETÊNCIA 
GERAL DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência específica 
LGG 5
 » EM13LGG503
HABILIDADES 
DA OMS
 » Pensamento criativo
 » Relação interpessoal
 » Comunicação
 Momento de reflexão
Consulte o questionário da página 191 e faça o registro das 
reflexões da aula.
Roda de conversa
• Este é um momento muito interessante para o 
conhecimento entre os colegas da turma. Assim, quem 
desejar poderá compartilhar os poemas criados.
• Quem são as pessoas que têm maior relevância em sua 
vida? Por quê?
 4. Meu potencial criativo 
Somos todos criativos
Neste livro, partimos do princípio de que todos somos criativos. 
Ao entendermos criatividade como nossa capacidade de imagi-
nar e fazer acontecer, conseguimos compreender que usamos nossa 
capacidade de criar o tempo todo. Ao imaginar um prato pronto, 
misturar os ingredientes e cozinhá-lo, estamos exercendo profunda-
mente nossa criatividade. Ao pensar em um caminho e quais meios 
de transporte e rotas possíveis temos para chegar lá, também.
Entretanto, quando crescemos, algo acontece e vamos per-
dendo a confiança na nossa própria criatividade, acreditando que 
se trata de um dom exclusivo dos artistas, de quem sabe escrever, 
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desenhar ou pintar bem, cantar ou dançar.
Se perguntarmos para uma turma de crianças quem é criativo, 
a maioria vai levantar a mão. Mas, se perguntarmospara um grupo 
de adultos, a maioria provavelmente não vai.
Para dar um mergulho no nosso potencial criativo, vamos reali-
zar uma atividade de “visualização criativa”.
 ATIVIDADES
1. Encontre uma posição bem confortável na sala e siga 
as orientações do(a) seu(sua) professor(a). Vocês vão 
imaginar uma viagem em busca do seu eu criativo. Após 
a visualização do seu eu criativo, você fará o registro por 
meio de um desenho.
2. Escreva um texto reflexivo de como foi a experiência, 
o que você visualizou, como se sentiu e o que 
descobriu sobre si mesmo, sobre seus colegas e outras 
aprendizagens adquiridas. 
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Cozinhar é uma forma de exercer a 
criatividade.
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POR QUE AS ARTES?
Praticar a criatividade é mais uma questão 
de estar aberto(a) para experimentar coisas 
novas do que ter um talento específico. Vamos 
ver por que as artes são uma ferramenta 
poderosa.
A criatividade é um direito de 
nascença e você não precisa ser um artista 
profissional para usar diferentes formas de 
expressões artísticas. Inclusive, é importante 
para a sua saúde emocional praticá-las. Isso 
ocorre porque temos o desejo genuíno de 
ser vistos e ouvidos. 
Quando somos jovens e estimulados 
a assumir um risco criativo, produzindo e 
apresentando alguma coisa, um ciclo de 
afirmação se desenvolve. Pode ser algo 
simples como desenvolver um jogo teatral ou 
inventar um movimento e todos repetirem. 
Essa resposta apreciativa aumenta a coragem 
de assumir novos riscos. As artes e práticas 
criativas trazem oportunidades de alimentar a 
autoconfiança de cada membro do grupo e do 
grupo como um todo.
As artes despertam alegria – brincar com 
as artes, em um ambiente sem julgamento, é 
simplesmente muito divertido e ajuda a nos 
concentrar no momento presente. 
A criatividade ajuda na promoção da 
saúde – muitos cientistas sociais já estudaram 
os benefícios da expressão criativa na saúde. 
As pesquisas do Dr. James W. Pennebaker 
indicam que escrever sobre sua experiência 
de vida de forma emotiva pode ajudar a 
fortalecer o sistema imunológico. 
Aumenta a confiança – comunidades de 
aprendizagem onde se trabalha com arte 
oferecem oportunidades para que todos 
brilhem e sejam vistos uns pelos outros –, 
muitas vezes pela primeira vez. Quando uma 
pessoa assume um risco criativo e é recebida 
com apreciação por seus colegas e mentores, 
sua autoconfiança se eleva perceptivelmente. 
Por meio de oportunidades sucessivas 
de assumir riscos criativos, a confiança é 
construída naturalmente. 
Desenvolve empatia – cientistas 
descobriram que nós temos neurônios-
-espelhos, que se conectam quando 
percebemos as emoções de outros. Jovens 
facilmente entram em um campo de apoio 
quando ouvem a expressão autêntica de 
pensamentos e emoções de 
seus colegas. 
Aumenta o aprendizado – a expressão 
criativa engaja as respostas emocionais e, 
segundo a neurociência, quando as emoções 
são incluídas, o aprendizado é mais rápido 
e profundo. O cérebro se transforma 
fisicamente quando aprendemos, e essas 
mudanças são intensificadas pela presença 
de neuroquímicos associados a emoções, 
como a dopamina, adrenalina e serotonina. O 
aprendizado também é fixado pela repetição, 
e nós repetimos mais facilmente aquilo que é 
mais divertido ou interessante. 
Conecta pessoas por meio das diferenças 
– respostas emocionais comunicadas por 
expressões faciais são surpreendentemente 
coerentes entre várias culturas. A risada 
e a música são linguagens universais. A 
expressão criativa ajuda a derrubar muros e 
construir confiança. 
Fonte: Material traduzido e adaptado do 
Manual do Facilitador dos Parceiros 
para o Empoderamento da Juventude. 
22 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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VOCÊ SABIA
A ONU (Organização das Nações Unidas) tomou a frente na 
adoção da criatividade e inaugurou, em 2018, o Dia Mundial 
da Criatividade e Inovação para promover eventos e encontros 
criativos por todo o mundo. A data é dia 21 de abril e o objetivo 
é valorizar, incentivar e celebrar a criatividade e a inovação para 
o desenvolvimento sustentável.
Você pode se inscrever nas várias ações criadas para 
o Dia Mundial da Criatividade acessando o site: www.
worldcreativityday.com/brazil.
 ATIVIDADES
Após a leitura do texto, na sala de aula, discutam em grupo:
1. Você participa ou já participou de atividades artísticas? Quais?
2. Como você se sentiu?
3. Como você acredita que as artes podem contribuir para o seu 
desenvolvimento?
 Momento de reflexão
Faça o registro das reflexões da aula consultando o questionário 
da página 191 e a autoavaliação de como se sentiu.
Roda de conversa
• Discuta com os colegas como o ambiente escolar poderia 
ajudar a propiciar momentos que fomentem a criatividade. 
• Listem as possibilidades e analisem se é possível a 
implantação de algumas delas.
PARA SABER MAIS
LIVRO:
 » Organização Parceiros 
para o Empoderamento 
da Juventude: https://
partnersforyouth.org.
SITE:
 » ROBINSON, Ken. 
Somos todos criativos: 
os desafios para 
desenvolver uma das 
principais habilidades 
do futuro. São José dos 
Campos: Benvirá, 2019. 
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CAPÍTULO 1 | CONSTRUINDO MINHA IDENTIDADE | 23
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 1. O que são valores 
Os valores são parte constituinte de nossa identidade e ex-
pressam princípios, crenças de um grupo ou sociedade. Valores 
são nosso eixo norteador. A partir deles tomamos decisões e inter-
pretamos o mundo, e são eles que nos fazem admirar e respeitar 
determinada ação, ideia ou pessoa. 
Conhecer nossos valores nos ajuda a tomar decisões, uma 
vez que é a partir deles que atribuímos importância ao que 
achamos ser mais relevante na vida. Além disso, tomar consciên-
cia dos nossos valores pode ajudar a nos posicionar em diferen-
tes situações.
meus valores
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Refletir e identificar 
quais são meus valores 
pessoais.
COMPETÊNCIA 
GERAL DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência específica 
LGG 6
 » EM13LGG604
HABILIDADE 
DA OMS
 » Autoconhecimento
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A educação com foco em valores tem como objetivo princi-
pal proporcionar as ferramentas para viver coletivamente e con-
sigo mesmo. 
Vamos investigar quais são os seus valores mais relevantes nes-
se momento da sua vida.
 ATIVIDADES
1. Viver coletivamente envolve reconhecer as diferenças entre as 
pessoas e a necessidade de termos direitos e oportunidades 
iguais. Liste alguns dos direitos relacionados a essa convivência.
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 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 25
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2. A partir da nuvem de palavras, registre em uma folha ou 
caderno, que irá compor seu portfólio, uma lista dos dez 
valores pessoais que considera mais relevantes hoje.
PARA SABER MAIS
 » Filme: Treino para a vida. 
136 min., direção: Thomas 
Carter, 2005.
 Baseado em fatos reais, 
o dono de uma loja de 
artigos esportivos aceita 
ser técnico do time de 
basquete de sua antiga 
escola. E para tornar o 
time imbatível, aplica uma 
disciplina rígida.
3. Escreva um texto refletindo sobre quais desses são os cinco 
valores mais importantes para você e por quê.
Reflita com os seus colegas: 
• Você já se sentiu desrespeitado por alguém? 
• Você já desrespeitou alguém?
• Quais pequenas mudanças são possíveis de serem feitas 
na escola para que todos se sintam mais respeitados?
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26 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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 Momento de reflexão 
Você deve registrar em seu caderno ou fichário as reflexões 
sobre a aula, consultando o questionárioda página 191 e como se 
sentiu pensando sobre os valores.
Roda de conversa
• Quais são os cinco valores mais relevantes para você? 
Reúna os cinco mais importantes de cada colega e 
calcule a quantidade e a porcentagem de alunos que 
escolheram cada valor como prioritário. Discutam e 
registrem quais são as ações necessárias para colocá-los 
em prática na escola e fora dela.
VOCÊ SABIA
O esporte é uma poderosa ferramenta para 
a educação e o trabalho com valores. Ao praticar 
um esporte, é possível aprender sobre disciplina, 
trabalho em equipe e cooperação, por exemplo. 
Inclusive, o esporte é um dos agentes que 
causam impacto social em muitas localidades, 
atuando em todas as dimensões: pessoal, cidadã 
e profissional. E aflora o sentimento de pertencer 
a um grupo e compartilhar de seus valores.
Escolha um esporte de que goste e 
pesquise os valores relacionados a ele e uma 
personalidade que o represente.
 » Agora reflita: há somente valores 
positivos nos esportes?
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM
 » Identificar gostos e 
interesses pessoais.
COMPETÊNCIA 
GERAL DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
HABILIDADE 
DA OMS
 » Autoconhecimento
 2. Gostos e interesses 
De acordo com os estudos da pesquisadora Brené Brown, com 
doutorado em serviço social e autora de diversos livros, as pessoas 
com maior sentimento de plenitude são aquelas que têm a cora-
gem de ser imperfeitas. Segundo a pesquisadora, elas possuem a 
compaixão de ser gentis consigo mesmas primeiro e depois com 
os outros, porque, se não somos capazes de ser gentis conosco, 
não podemos ser gentis com outros. Seus estudos também revela-
ram que essas pessoas têm fortes conexões interpessoais e, como 
resultado da sua autenticidade, elas estão dispostas a abandonar 
quem pensavam que deveriam ser para se tornarem quem real-
mente são. E, por último, aquelas que abraçam a vulnerabilidade e 
compreendem que o que as tornam vulneráveis as tornam também 
pessoas empáticas.
 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 27
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Em suas pesquisas, ela escutou exemplos de vulnerabilidade, 
tais como: dizer “eu te amo” primeiro, antes que o parceiro ou 
a parceira tivessem dito; fazer algo que não se tem garantia do 
resultado, como investir em um relacionamento que pode ou não 
dar certo; a coragem de ligar para o médico depois de um exame 
de mamografia; ser demitido ou demitir alguém; convidar alguém 
para sair sem saber se o outro irá aceitar. Todos esses são exem-
plos de vulnerabilidade. 
O que ela aprendeu com seu processo pessoal e sua pesquisa é 
que é impossível anular ou anestesiar a vulnerabilidade, o medo, a ver-
gonha e evitar senti-los; porque, se anestesiamos os sentimentos desa-
gradáveis, anestesiamos também a alegria, a gratidão, a felicidade. 
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28 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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Outra coisa que ela aprendeu foi que o que todos precisam 
para se sentir plenos é serem vistos e ouvidos, inclusive com suas 
vulnerabilidades. Amar mesmo que não haja garantias, praticar 
gratidão e alegria e, por último, acreditar que somos suficientes. 
Dizer para si mesmo “sou suficiente”. Suficientemente bom, inteli-
gente, responsável. Suficiente e perfeitamente imperfeito.
Uma das etapas para aprofundar nosso autoconhecimento é 
identificar e diferenciar o que nos faz felizes e quais são as coisas 
de que não gostamos.
Nossos gostos e afinidades nos ajudam a ter uma ideia mais 
clara sobre nós mesmos.
Vulnerabilidade: qualidade 
ou estado do que é ou se 
encontra vulnerável, ou se-
ja, frágil ou prejudicado.
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 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 29
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 ATIVIDADES
1. Para que você possa aprofundar seu estudo e 
autoconhecimento, fique em silêncio e procure listar em um 
papel cinco coisas que lhe trazem alegria e que enchem o 
seu coração de emoções boas. 
2. Pense agora em cinco coisas que não lhe trazem alegria ou 
o incomodam, e anote-as também.
3. Observe a tirinha e reflita por que Calvin acha que Hobbes 
parece feliz. O que traz felicidade a um traz a todos?
Calvin and Hobbes by Bill Watterson for April 17, 1986. Disponível em: www.
gocomics.com/calvinandhobbes/1986/04/17. Acesso em: 24 fev. 2020.
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VOCÊ SABIA
A Universidade de Harvard faz um estudo 
desde 1938 sobre felicidade, que monitora o 
estado físico, emocional e mental de pessoas. 
Muitas conclusões foram tiradas, mas o 
que faz as pessoas mais felizes e saudáveis 
ao longo da vida é a qualidade dos 
relacionamentos que elas possuem, segundo 
Robert Waldinger, quarto diretor do estudo 
em andamento. 
“Uma relação de qualidade é uma relação 
onde você se sente seguro, em que você 
pode ser você mesmo. Não necessariamente 
é uma relação fácil”, diz ele.
Já a solidão pode ser altamente tóxica 
e prejudicial à saúde. De acordo com 
Waldinger, a pergunta que devemos nos 
fazer sempre é: Estou fazendo as coisas que 
têm significado para mim?
 Momento de reflexão 
Consulte o questionário da página 191 e as orientações 
do professor.
Roda de conversa
• A partir da reflexão individual feita sobre o que lhe 
traz alegria, analise as respostas dadas pelos alunos 
dessa turma . Agrupem as respostas e calculem o 
número de alunos que mencionaram cada uma delas e a 
porcentagem. 
• Que conclusões podem ser tiradas a partir dos 
dados obtidos?
• Há muitas semelhanças entre o que foi falado como 
fonte de alegria?
• Há muitas diferenças entre o que foi falado?
• Considerando as pesquisas mencionadas no capítulo e 
a discussão em sala de aula, o que você acredita que 
pode fazer para trazer mais alegria para a sua vida?
PARA SABER MAIS
 » TED TALK: O poder 
da vulnerabilidade, 
Brené Brown: https://
www.ted.com/talks/
brene_brown_the_power_
of_vulnerability?utm_
campaign=tedspread&utm_
medium=referral&utm_
source=tedcomshare.
 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 31
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PARA SABER MAIS
LIVROS:
 » BROWN, Brené. A coragem de ser imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2016.
 Viver é experimentar incertezas, riscos e se expor emocionalmente. Mas isso não precisa ser ruim. 
Como mostra Brené Brown, a vulnerabilidade não quer dizer fraqueza, mas a melhor definição de 
coragem. Quando fugimos de emoções como medo, mágoa e decepção, também nos fechamos 
para o amor, a aceitação e a criatividade. Mas quem se expõe e se abre para coisas novas é 
mais autêntico e realizado, ainda que se torne alvo de críticas e de inveja. É preciso lidar com os 
dois lados da moeda para se ter uma vida plena. Neste livro, ela apresenta suas descobertas e 
estratégias bem-sucedidas, e nos desafia a mudar a maneira como nos relacionamos.
 » LAMA, Dalai; TUTU, Desmond. Contentamento: o segredo para a felicidade plena e duradoura. 
Principium, 2017.
 O livro surge do encontro entre dois grandes homens da nossa era: Dalai Lama e o Arcebispo 
Emérito da África do Sul, Desmond Tutu, ambos ganhadores do Nobel da Paz.
 A obra traz os diálogos dos líderes religiosos e apresenta reflexões para a compreensão da 
plenitude da vida.
 Ao longo das conversas, eles compartilham o que aprenderam em suas vidas e respondem a uma 
pergunta essencial: como podemos encontrar contentamento diante do sofrimento inevitável da vida?
 3. Comunicando bem 
O que é comunicar?
Comunicar, de acordo com os dicionários, é transmitir para 
outra pessoa mensagem, informação, ordem ou ideia. Ainda, 
comunicar é conseguir que o outro compreenda o que você 
quer transmitir. Portanto, mais do que simplesmente falar, é es-
tar atento a como falar. 
Relembre os acordos que vocês fizeram no início do ano. É im-
portante que a escuta atenta e o falar com intenção sejam estabe-
lecidos durante o percurso do trabalho com o Projeto de Vida. Isso 
significa ouvir com todo o corpo, ouvir com ocoração e falar com 
clareza pensando em si e em quem está ouvindo.
Vamos experimentar nos nossos corpos como a comunica-
ção acontece.
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Desenvolver a 
capacidade de se 
comunicar bem.
COMPETÊNCIAS 
GERAIS DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência 7: 
Argumentação
 » Competência específica 
LGG 3
 » EM13LGG301
HABILIDADE 
DA OMS
 » Comunicação eficaz
32 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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 ATIVIDADE
1. Vocês serão conduzidos pelo(a) professor(a) a desempenhar 
três papéis: comunicador, ouvinte e observador.
• Em um primeiro momento, comunicador e ouvinte se 
sentam de costas um para o outro e desenham em seu 
caderno, em um minuto, uma figura usando as formas: 
círculo, triângulo e quadrado. Não mostre ao colega.
• O observador em pé examina. Em seguida, o 
comunicador diz ao ouvinte o que desenhou com 
riqueza de detalhes para que ele reproduza o desenho.
• O observador fica atento ao que um comunica e ao que 
o outro desenha.
• Depois de três minutos, comparem as figuras feitas 
e, com a ajuda do observador, identifiquem o que, na 
comunicação, ajudou e o que impediu o cumprimento 
do objetivo.
Fonte: Escola de Liderança Feminina – Programa ELAS. Disponível em: 
programaelas.com.br.
Ao final, registre em seu portfólio alguns pontos da atividade:
a. O que aprendi hoje sobre comunicação?
b. Como me avalio como comunicador?
c. Consigo falar com clareza? Eu me preocupo com o que 
acontece no outro quando eu falo?
d. Sou um ouvinte que escuta com profundidade e sem 
julgamentos? 
e. Quero e consigo fazer uma pergunta sincera e curiosa 
em vez de julgar o outro?
f. Deixo as pessoas terminarem de falar para colocar 
minha opinião?
g. Consigo colocar minha opinião ou, em geral, prefiro me 
calar?
h. Em geral, meu estilo de comunicação favorece 
conversas mais extensas ou causa conflito e resistência? 
i. O que eu gostaria de melhorar no meu estilo de 
comunicação?
j. Como vou me desafiar a fazer isso nos próximos meses?
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Comunicação não violenta - CNV
“Por trás de todo comportamento tem uma necessidade. E 
por trás de todo ato violento tem uma necessidade não atendida.” 
Marshall Rosenberg (2006) 
A Comunicação Não Violenta foi criada na década de 1960 pe-
lo psicólogo estadunidense Marshall Rosenberg e é uma forma de 
se comunicar para criar conexão com o outro de forma desarmada. 
É uma maneira de falar sem machucar e, ao mesmo tempo, sem 
“engolir sapo”, além de ser uma forma de ouvir sem se ofender. 
Marshall explica que todas as pessoas possuem necessidades 
por trás dos comportamentos. E que, ao buscarmos identificar 
essas necessidades, fica mais fácil compreender a reação das pes-
soas, e não apenas julgá-las ou acusá-las, intensificando o conflito.
Segundo Rosenberg, existem quatro passos para colocar a 
Comunicação Não Violenta em prática. São eles:
1. Observar sem julgar;
2. Identificar sentimentos;
3. Assumir responsabilidades;
4. Fazer pedidos.
Em primeiro lugar, devemos observar sem julgar. Para isso, um 
exercício importante é diferenciar o que é um fato daquilo que é 
um julgamento. É comum começarmos um filme na nossa cabeça 
ao ouvir alguém ou ver alguém com algum comportamento, sem 
que isso seja verdade para o outro.
Imagine a cena de um professor chegando a uma sala de aula.
Você pode pensar: “ele não gosta de mim, fui mal na prova 
etc.”. Ao observar sem julgar, você deixa o silêncio, a curiosidade 
e uma pergunta ocuparem o lugar dos seus pensamentos julga-
dores. Você pode olhar para ele e comentar: “Professor, aconte-
ceu algo?”. 
34 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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Em segundo lugar, você pode identificar o seu sentimento e ex-
pressá-lo, além de buscar entender o sentimento da outra pessoa.
Depois de reconhecer o ponto exato que o fez ter aquele senti-
mento, em vez de acusar a pessoa dizendo “você é isso, você é aqui-
lo”, experimente começar a frase da seguinte forma: “Quando você 
faz tal coisa, eu me sinto (relatar o sentimento)”. Portanto, procure focar 
em fatos ocorridos e que sentimentos esses fatos causaram em você, 
evitando colocar a culpa no outro. Isso trará maior chance de a pessoa 
que o escuta parar para refletir sobre o próprio comportamento. 
Ao acusar ou julgar alguém, a outra pessoa, em geral, tenderá a 
reagir com ainda mais violência, irritar-se e intensificar o conflito, em 
vez de refletir e mudar de postura futuramente.
Exemplo de pensamento: “Ei, quando você não me escuta e fica 
no celular, eu me sinto só e acho que não tenho valor”. Esse exem-
plo nos mostra o terceiro passo, que é assumir a responsabilidade 
pelos nossos sentimentos e entender que colocar a culpa no outro 
não colabora para melhorar nossas relações. Ou seja, devemos focar 
no que se passa dentro de nós e o que exatamente nos fez ou faz 
ter aquele sentimento.
Por último, ao sentir algo negativo, devemos identificar, nomear 
e fazer um pedido claro para o outro, que é o quarto passo da 
Comunicação Não Violenta. Exemplo: no lugar de “Mãe, você nunca 
me escuta. Você é uma péssima mãe”, experimente: “Mãe, quando 
você não me escuta e fica no celular, eu me sinto só e triste porque 
acho que não tenho valor. Gostaria de pedir que nas refeições a gen-
te pudesse conversar sobre qualquer coisa e não ficar no celular”.
Ao fazer um pedido sincero a partir dos seus sentimentos, sem 
acusar o outro, você terá muito mais chances de estabelecer e man-
ter relações mais saudáveis.
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 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 35
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 Momento de reflexão 
Consulte o questionário da página 191 e faça o registro das 
reflexões da aula.
Roda de conversa 
• Discuta com os colegas como anda a comunicação da 
turma. Os alunos escutam com atenção, respeitam quem 
fala ou reagem e falam um por cima do outro? Isso gera 
conflito em algum momento?
• Elaborem, a partir dos pontos levantados, um manual 
coletivo de boa comunicação da turma.
• Vocês podem também organizar uma campanha 
envolvendo as outras turmas da escola.
VOCÊ SABIA
Ao conversar com alguém pela primeira 
vez, tendemos a achar que a pessoa gostou 
menos de nós do que realmente gostou.
Um estudo publicado em 2018 na 
Psychological Science avaliou as percepções das 
pessoas sobre o seu desempenho ao conversar 
com estranhos em um primeiro encontro.
Os resultados mostraram que a maioria 
das pessoas subestimou o quanto a outra 
pessoa gostou de conversar com ela. E ainda 
avaliaram que o outro era mais interessante 
do que ela mesma, ou seja, era mais agradável 
e tinha um papo melhor.
Conhecer pessoas novas pode gerar 
ansiedade e ser intimidador. Acrescentando 
uma severa autocrítica a este fato, muitos 
podem ficar mais preocupados com seu 
próprio desempenho, a ponto de não 
conseguirem avaliar com clareza como o outro 
está se sentindo na conversa. 
Portanto, vamos novamente afastar 
os “papagaios” da autocrítica, aquela voz 
interior, tentar relaxar e procurar sempre 
nos divertir ao conhecer uma pessoa nova, 
lembrando que temos sim nosso valor pessoal! 
Fonte: A máquina da emoção – psicologia e 
autoaperfeiçoamento para o século XXI. 
Disponível em: www.theemotionmachine.com/the-
liking-gap-we-underestimate-how-much-people-will-
like-us-when-we-first-meet/. 
Acesso em: 24 fev. 2020.
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 4. Eu em um poema 
Eu venho do cheiro do mar da praia da Enseada,
e do cheiro de peixe do Perequê
Eu venho da máquina de costura da minha bisavó 
que fazia vestidos para nossas bonecas
iguais aos que costurava para nós.
Eu venho da broa de fubá, das rosquinhas de cerveja da ieié.
E da volta olímpica onde procurávamos trevos de quatro folha.
Eu venho do por do sol nopico do Jaraguá.
Eu venho do cheiro da calda de chocolate da minha mãe e dos 
sons dos passarinhos de um bairro cujas ruas ainda tem nome de 
pássaro, mas pássaro mesmo tem pouco.
Eu venho da brincadeira de escoteiro do meu pai de fazer com 
uma faca nas plantas, N ou Balão.
Eu venho do banho dos galhos de árvores molhadas que Gigi 
balançava nos passeios depois que parava de chover.
Eu venho desses momentos - 
Trincados, antes que eu brotasse - 
Queda de folhas da árvore da família.
Texto inspirado com base no poema Where I’m from, de George Ella Lyon. 
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Refletir sobre a própria 
identidade e expressar-
se por meio de um 
poema.
COMPETÊNCIAS 
GERAIS DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência 8: 
Autoconhecimento
 » Competência específica 
LGG 1
 » EM13LGG103
HABILIDADES 
DA OMS
 » Autoconhecimento
 » Pensamento crítico
 » Pensamento criativo
PARA SABER MAIS
VÍDEOS
 » “Comunicação não violenta na prática”, com Giovana Camargo. 
Minas que manjam #17, disponível em: www.youtube.com/
channel/UCB0v4pTZmShxavIxX1In7bA/featured. Acesso em: 24 
fev. 2020.
 » Para início de conversa. Carolina Nalon. TEDxPedradoPenedo. 
Disponível em: www.youtube.com/channel/UCsT0YIqwnpJCM-
mx7-gSA4Q. Acesso em: dez. 2019.
LIVRO:
 » ROSENBERG, Marshall. Comunicação não violenta. Ágora, 2006.
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 ATIVIDADES
1. Analise o poema. Que objetos fizeram parte da infância da 
autora? O que esses objetos representam?
2. Quais sentidos sensoriais a autora utiliza para descrever de 
onde ela vem?
3. Quais membros da família foram importantes para a autora 
de acordo com a sua memória e de que momentos ela se 
lembra?
4. Agora, fique em silêncio por alguns instantes e reflita:
• Quais objetos fizeram parte da sua infância? 
• O que havia no seu bairro, casa ou na vida e no trabalho 
dos adultos com quem você morava?
• De quais sabores você se lembra? De quais cheiros? 
• Que sensação tátil você tinha das coisas de que gostava? 
• Você se lembra de algum elemento, da época de infância 
da natureza que foi relevante para você, tais como 
árvores, rios, como eram o céu, as frutas, as plantas, os 
animais?
• Quais pessoas foram importantes na sua infância e de que 
fatos você se lembra que foram marcantes para você?
• Que outras coisas você tem vontade de escrever sobre 
o lugar de onde você vem?
5. A partir dessa reflexão, fique em silêncio por alguns minutos 
e escreva em seu portfólio o seu poema pessoal “De onde 
eu venho”, inspirado no poema de George Ella Lyon. 
 Você pode usar a estratégia de fazer um decalque do texto, 
em que se repetem as principais marcas:
De onde eu venho
Por: (SEU NOME), 
 
 Eu venho de...
Eu sou dos... 
Eu venho de...
Do lugar de onde venho...
Eu venho desses momentos...
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A história de Raphaele Godinho
Raphaele Godinho, aluna de escola públi-
ca da cidade de Mairinque (SP), é um exemplo 
de como as palavras mudam vidas. 
Ela, que se considerava tímida, escolheu 
se inscrever na oficina eletiva “Gladiadores das 
palavras” da sua escola, que ensinava na prá-
tica os alunos a debaterem. Durante os anos 
na escola, participou de diferentes grupos de 
debate, como o “Não me calo”, “As Atenas 
da palavra” e o “Penso, logo falo”, e venceu o 
torneio final quatro vezes. Raphaele foi repre-
sentante de sala e presidente do grêmio. 
Ao perceber que os livros didáticos se 
referiam exclusivamente a lideranças mascu-
linas, fazendo com que apenas os meninos 
tivessem inspirações para se destacar e mu-
dar o mundo, Raphaele escreveu o projeto 
“Resgatando e valorizando as mulheres”, no 
Parlamento Juvenil do Mercosul, que foi o 
mais votado na internet por jovens do país 
inteiro. Para isso, ela fez campanha, passou 
nas salas de aula, postou vídeos e fez jingle 
pedindo votos. 
Aos 16 anos, viajou pela primeira vez de 
avião, sozinha, para Brasília a fim de representar 
São Paulo no Parlamento Juvenil do Mercosul. 
Conheceu o Ministério da Educação, onde teve 
sua cerimônia de posse. Durante o evento, ela 
foi a mais votada para representar o Brasil no 
Uruguai no Encontro Internacional do Mercosul 
e viajou de novo. 
Em 2017, na Câmara dos Deputados, ela enfren-
tou um grande desafio em uma outra simulação 
parlamentar. O grupo de jovens precisava eleger 
um presidente e um vice para formar um parti-
do. Um menino e ela se candidataram a presi-
dente e uma outra menina a vice. E Raphaele, 
como de costume, foi a mais votada. Porém, os 
meninos não aceitaram e fizeram uma contrapro-
posta nada democrática: colocar um menino na 
presidência para ter mais igualdade de gênero. 
E o menino que não tinha ganhado nos votos 
acabou virando o presidente do partido. Ela 
experimentou o machismo na política de forma 
bastante real. Apesar de ter contestado e resis-
tido, não conseguiu mudar a decisão e desistiu, 
porém, foi em frente com seus novos projetos. 
Em 2018 fez faculdade de relações internacionais 
como bolsista do ProUni e criou, no mesmo ano, 
o Parlamento Jovem Mairinquense, a fim de tra-
zer mais jovens para a política da sua cidade. 
Um dia, Raphaele era uma menina tímida e 
no outro, a partir de uma oficina de debate, re-
presentava o Brasil em um evento internacional, 
com muitas portas se abrindo. O que era apenas 
um sonho se tornou uma ambição real e muito 
viável para ela: trabalhar em um órgão internacio-
nal. Raphaele já deu muitas entrevistas, inclusive 
na TV, e seu projeto foi premiado por uma com-
petição da revista Change. 
Se você está no primeiro ou no segundo ano 
do Ensino Médio, pode fazer como Raphaele e se 
inscrever no Parlamento Juvenil do Mercosul.
Acompanhe pelos sites www.mercosur.int/
pt-br/ e pjm.mec.gov.br a abertura das inscri-
ções para o Parlamento Juvenil do Mercosul 
(acesso em: 24 fev. 2020).
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 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 39
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 ATIVIDADES
1. Que características pessoais Raphaele tinha antes de se 
inscrever na oficina eletiva “Gladiadores da palavra”?
2. Você acredita que Raphaele se surpreendeu com o 
resultado depois de ter participado das oficinas? Por quê?
3. Você já experimentou uma sensação semelhante, ou seja, 
não se sentia seguro(a) em relação a alguma habilidade e, 
ao experimentar uma nova atividade, descobriu que sim, 
possuía ou poderia desenvolvê-la?
4. Pesquise na internet como Raphaele foi parar no Álbum das 
Mulheres Incríveis, de Natália Milano.
VOCÊ SABIA
Para descobrir um talento, a melhor forma 
é experimentar coisas novas. E a adolescência 
é uma das melhores fases para experimentar 
atividades que irão ajudar a conhecer, construir 
e afirmar a própria identidade e autonomia. 
Por isso, experimente, com o apoio do seu(sua) 
professor(a) e dos colegas, ser poeta hoje! Você 
pode se surpreender descobrindo algo novo 
sobre si mesmo(a).
O uso das palavras, seja pela oralidade 
ou escrita, é uma excelente forma de se 
expressar e pode ser uma eficiente maneira de 
desenvolvimento pessoal.
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 Momento de reflexão
Consulte o questionário da página 191 e as orientações 
do professor.
Roda de conversa
• Pesquise se existe na sua cidade um Parlamento Jovem 
Municipal que ensine aos estudantes o papel de um 
vereador e como debater assuntos relevantes para o 
município.
• Você sente vontade de criar algo parecido, caso não 
exista? Quais seriam os primeiros passos para isso?
• Existe na sua escola uma oficina que ensine os alunos a 
debater como o “Gladiadores da palavra” da escola de 
Mairinque ou que ensine outras habilidades que você 
gostaria de desenvolver? Há algo que você possa fazer 
para criá-la, caso não exista?
• Por último, discutam: quais foram as atitudes que 
contribuíram para que RaphaeleGodinho chegasse 
onde chegou?
PARA SABER MAIS
 » O Álbum das Mulheres Incríveis, por Natália Milano #16 
Espectadora – Raphaele Godinho – www.youtube.com/channel/
UCWzwUGTXEYuhVLlitls9aAA
 » O Álbum das Mulheres Incríveis, Trailer – www.youtube.com/
channel/UCWzwUGTXEYuhVLlitls9aAA
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 CAPÍTULO 2 | MEUS VALORES | 41
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uma vida com sonhos
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 1. Minha vida como um rio 
Metáforas são figuras de linguagem, uma forma de expressar 
uma ideia por meio de uma imagem. Diversos artistas as utilizam 
para compor letras de músicas e dizer o que sentem e pensam de 
uma forma não literal, ou seja, não descrevendo exatamente o que 
é e sim usando uma outra imagem que possa expressar aquele 
sentimento ou ideia.
OBJETIVO DE 
APRENDIZAGEM
 » Desenvolver o 
autoconhecimento e 
a reflexão por meio 
da elaboração de 
uma metáfora da 
própria história de 
vida representada pela 
imagem de um rio.
COMPETÊNCIAS 
GERAIS DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência 8: 
Autoconhecimento e 
autocuidado
HABILIDADES 
DA OMS
 » Autoconhecimento
 » Pensamento crítico 
 » Pensamento criativo
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O recurso da metáfora pode ser usado por todos para escrever um texto.
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Um exemplo de metáfora foi usado por uma jovem em deten-
ção que disse a seguinte metáfora para expressar como se sentia: 
“Eu me sinto como uma pena no meio de uma tempestade de 
vento.” Ou um outro jovem, muito animado, uma vez disse: “Eu me 
sinto como um jogador ao entrar no estádio e 50.000 pessoas se 
levantam para me aplaudir”. 
Fonte: Material traduzido e adaptado do Manual do Facilitador dos 
Parceiros para o Empoderamento da Juventude. 
 ATIVIDADE
Que contexto de vida você é capaz de imaginar que os 
jovens mencionados no texto estivessem vivendo para 
expressar seus sentimentos com as metáforas descritas?
Um outro exemplo está na letra da música “Disparada”, de 
Geraldo Vandré e Théo de Barros, que se tornou famosa na 
interpretação de Jair Rodrigues.
Identifique o significado da metáfora “boiada”. Você 
conhece outras músicas que contêm metáforas?
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 CAPÍTULO 3 | UMA VIDA COM SONHOS | 43
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 ATIVIDADE
Minha vida como um rio
1. Para realizar esta proposta, vamos utilizar a metáfora de um 
rio para representar a vida. 
Um rio nasce de pontos de nascentes onde brota a água, 
que se juntam e formam um curso. As nascentes podem 
representar quem veio antes de você. Esse curso começa 
fininho, representando a sua infância, e vai crescendo e 
ganhando força, na sua adolescência e juventude.
Os rios fazem diferentes curvas, que podem representar 
momentos de mudança na vida. 
Ao longo da sua trajetória, outros rios menores ou maiores 
vão se juntando e estes podem representar pessoas que 
chegaram à sua vida.
Há pontos de corredeira onde a água fica muito agitada, 
com quedas d’água, que podem representar momentos 
de turbulência, e pedras, que podem representar desafios 
passados. E há outras fases de calmaria, em que o rio se alarga 
e as águas correm tranquilas, nutrindo as margens e as plantas.
O rio pode desembocar em um outro rio ou no mar, e essa 
foz pode representar um lugar ou acontecimento que você 
quer, com planos ou sonhos, alcançar no futuro.
• Com base nas descrições anteriores, vire uma página de 
papel sulfite na horizontal e desenhe a sua vida como um rio, 
começando na nascente, fazendo as curvas para cada fase ou 
momento marcante, represente seus momentos de turbulência 
ou calmaria e onde você quer que o seu rio desemboque.
• Você pode acrescentar símbolos, datas, nomes de 
pessoas que representem os acontecimentos mais 
importantes para você desde quando nasceu até hoje, 
dentro ou fora das margens do seu rio. 
Fonte: Material traduzido e adaptado do Manual do Facilitador dos 
Parceiros para o Empoderamento da Juventude.
Este é apenas um modelo, não é necessário copiá-lo; solte a 
sua imaginação e crie o rio que melhor represente a sua vida. 
Coloque a quantidade de curvas que for mais relevante para 
os momentos da sua vida, quedas d’água e outros elementos 
que o representem. Seu rio é único, assim como você e sua 
trajetória!
Escola
Esporte
Cachoeira
Pedras
Obstáculos 
que superei
Amigos(a)s
desde 9 anos 
Foz
Meu Sonho
Grêmio
Teatro
Nascente
Pai
Mãe
Falecimento 
vovó 7 anos
Casa da mãe
0 a 5 anos
Amigos
Representação ilustrativa 
do Rio da Vida.
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 Momento de reflexão 
Consulte o questionário da página 191 e as orientações do 
professor.
Roda de conversa
• Como foi refletir sobre sua própria vida? E representá-la 
por meio de desenho? 
• Discuta com os colegas como seria o rio da turma esse 
ano. Quais obstáculos ou dificuldades enfrentariam? 
Quais seriam as conquistas?
 2. Roda da Vida 
A Roda da Vida é uma ferramenta simples e eficaz, muito 
usada em processos de desenvolvimento pessoal. Ela foi criada 
para identificar quais 
áreas estão em har-
monia e quais preci-
sam de mais cuidado 
e energia. 
O meio da roda 
corresponde a 0 e o 
ponto mais externo 
do círculo correspon-
de à nota 10. 
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Refletir sobre as 
diferentes áreas da vida 
e avaliá-las para tomar 
consciência do que fazer 
para melhorar o que 
está em desequilíbrio.
COMPETÊNCIAS 
GERAIS DA BNCC
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência 8: 
Autoconhecimento e 
autocuidado
HABILIDADES 
DA OMS
 » Autoconhecimento
 » Pensamento crítico
VOCÊ SABIA
A palavra metáfora vem do grego e é composta por meta 
(entre) e phero (carregar); quer dizer transportar para outro lugar. 
Alguns exemplos: Os olhos de Pedro eram duas 
jabuticabas; Minha sobrinha é uma flor.
 CAPÍTULO 3 | UMA VIDA COM SONHOS | 45
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 ATIVIDADES
1. Reproduza o modelo da Roda da Vida no seu portfólio, 
caderno ou folha de sulfite. Dê uma nota de zero a dez 
para cada uma das áreas da sua vida, como você está se 
sentindo nesse momento. Pinte de uma cor todo o espaço 
desde o pontinho central até o nível daquela área a que 
você atribuiu uma nota. Ao final, verifique quais áreas 
possuem as notas mais baixas.
2. Anote no seu portfólio quais ações você fará para melhorar 
a nota daquela área nos próximos meses. E verifique qual 
área você pode mudar que impactará todas as demais áreas 
da sua vida positivamente.
3. Seus valores estão alinhados com o que você acredita?
 Momento de reflexão 
Consulte o questionário da página 191 e faça o registro das 
reflexões do que trabalhou.
Roda de conversa
• Que pequenas atitudes e decisões você pode tomar 
em uma das áreas da sua Roda da Vida que podem 
influenciar positivamente outras áreas?
PARA SABER MAIS
O instrumento da Roda da Vida foi criado pelo americano Paul J. Meyer por volta de 1960. Ele 
cresceu durante a Grande Depressão e foi paraquedista na Segunda Guerra Mundial. 
Depois, foi reconhecido como uma das autoridades mais destacadas do mundo nas áreas de 
estabelecimento de metas, motivação, gerenciamento do tempo e desenvolvimento pessoal e 
profissional. Fundou o Success Motivation Institute aos 32 anos e tornou-se milionário. Acredita ser a 
motivação o primeiro passo para desenvolver potenciais.
A ideia da Roda da Vida é que ela forneça uma fotografia do seu momento atual e oriente quais caminhos 
seguir, a qual área dar importância em busca de equilíbrio.
46 | MÓDULO 1 | DIMENSÃO PESSOAL
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Jogo de improviso de teatro.
 3. Soltando a imaginação no teatro 
Começando a sonhar
Você está se aproximando do final da primeira dimensão des-
te livro: a dimensão pessoal. Até agora, você aprendeu o que é 
um Projeto de Vida e começou a elaborar o seu; mergulhou na sua 
própria identidade refletindoe expressando seus gostos, aprendeu 
como identificar e expressar sentimentos para se comunicar melhor, 
entrou em contato com o seu potencial criativo por meio da visuali-
zação guiada e do desenho, estabeleceu conexão com suas origens 
por meio da árvore genealógica, e com a escrita criativa por meio 
da elaboração do poema “Eu venho de...”, refletiu e priorizou os va-
lores que mais refletem quem você é, desenhou sua vida como um 
rio, refletiu sobre as diferentes dimensões da vida por meio da Roda 
da Vida e entrou em sintonia rítmica com seus colegas por meio do 
ritmo corporal, ou seja, da música. Você já trilhou uma bela jornada!
Agora é hora de começar a alongar os limites da imaginação na 
direção ao que você pode e deseja para seu futuro. Vamos fazer isso 
por meio de uma excelente forma de expressão artística, o teatro.
OBJETIVOS DE 
APRENDIZAGEM
 » Soltar a imaginação por 
meio do teatro e treinar 
a capacidade de falar 
em público.
COMPETÊNCIAS 
GERAIS DA BNCC
 » Competência 4: 
Comunicação
 » Competência 6: Trabalho 
e Projeto de Vida
 » Competência 8: 
Autoconhecimento e 
autocuidado
 » Competência específica 
LGG 1
 » EM13LGG104
 » Competência específica 
LGG 5
 » EM13LGG503
HABILIDADES 
DA OMS
 » Pensamento criativo
 » Autoconhecimento
 » Comunicação eficaz
Você pode conhecer a improvisação teatral assistindo a grupos 
profissionais, ao vivo, na internet ou na TV, e nem precisa dizer que 
isso pode ser muito intimidante. A improvisação teatral, em essên-
cia, é simplesmente inventar coisas e compartilhar com os outros. 
É algo que todos podemos fazer. Você não precisa tentar ser en-
graçado ou inteligente, só precisa entrar no campo da imaginação 
com seus parceiros. 
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 CAPÍTULO 3 | UMA VIDA COM SONHOS | 47
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Existem algumas regras básicas de improvisação teatral que 
são bons princípios para a vida criativa. Quando você participa 
de jogos teatrais, pratica essas regras e descobre quanta diversão 
elas trazem e como ajudam você a se conectar com os outros. 
Não é surpreendente que a improvisação teatral esteja sendo in-
troduzida em organizações e grandes empresas como forma de 
ensinar as pessoas a construir equipes fortes e unidas. Participe 
da atividade na qual o(a) seu(sua) professor(a) irá explicar as três 
regras do teatro de improviso.
As três regras do teatro de improviso
Regra número 1: Diga “sim”!
A improvisação teatral depende de aceitar a realidade que o 
outro imaginou. Quando dizemos sim uns aos outros, o espaço de 
imaginação cresce e a criatividade aflora. 
Quando dizemos não, é como estourar a bola. Não tem 
jogo. Quando você está improvisando, um dos jogadores faz 
uma oferta. Em outras palavras, ele joga uma ideia para o outro 
participante. Por exemplo, ele pode olhar para uma pessoa que 
não está usando chapéu e dizer: “Irene, eu adorei esse chapéu 
roxo que você está usando”. Dizer sim significa que a participan-
te aceita que ela é Irene e que está mesmo usando um chapéu 
roxo. Então ela pode dizer: “Ah, você gostou? Eu comprei num 
brechó. Quer experimentar?”. O participante então pega o cha-
péu, experimenta e traz novas informações à cena. 
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Se a participante disser: “Que chapéu? Não estou de chapéu. 
Você está louco?”, não tem jogo. Dizer “sim” requer que você 
aceite plenamente o que quer que seu colega ofereça e construa a 
cena a partir dessa realidade. 
Regra número 2: A primeira ideia é a melhor ideia 
Nós criamos ideias o tempo todo, mas nossos críticos internos 
entram em ação mais rápido do que imaginamos e dizem “não”. 
Essa regra nos diz para seguir nossos instintos e dizer sim às nos-
sas ideias, da mesma forma que aceitamos as dos outros se segui-
mos a regra número 1. 
Como a improvisação teatral é uma brincadeira, simplesmente 
diga sim à sua primeira ideia e veja o que acontece. Não tem pro-
blema se der errado, mas é bem provável que você se divirta mui-
to mais do que ao trabalhar uma ideia que foi pensada demais. 
Regra número 3: Ajude seus colegas a se saírem bem
A improvisação teatral não pressupõe pregar peças nas pes-
soas e fazer o jogo ficar mais difícil para elas. A ideia é genero-
sidade, dar a seus colegas material que seja fácil e divertido de 
trabalhar. 
Isso permite que eles adicionem suas próprias ideias gene-
rosamente e o espaço de imaginação comece a ser construído. 
Imagine se nós vivêssemos a vida assim, brincando conscientemen-
te de formas que ajudem nossos colegas a serem bem-sucedidos? 
Fonte: Material traduzido e adaptado do Manual do Facilitador dos 
Parceiros para o Empoderamento da Juventude. 
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 CAPÍTULO 3 | UMA VIDA COM SONHOS | 49
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 ATIVIDADES
É hora de praticar! 
1. Agora que você já conhece as três regras do teatro de 
improviso, vamos colocar a “mão na massa” e experimentar a 
improvisação por meio de jogos.
 Jogo 1: Isto é um(a)... e também...
a. Em círculo de cerca de 10 pessoas, um líder segura um 
objeto e diz: “Isto é um bastão e também um pente”, 
por exemplo. Então ele demonstra isso, usando o 
bastão como um pente, fazendo os movimentos e sons 
apropriados. 
b. O líder passa o bastão para a pessoa à sua esquerda. 
c. A segunda pessoa repete a demonstração do pente, 
copiando os movimentos e sons o mais fielmente 
possível, enquanto diz “isto é um pente e também é 
(por exemplo) uma tesoura”. Ela demonstra a tesoura 
com movimento e sons, e passa o bastão para a próxima 
pessoa à esquerda. 
d. E assim vai, passando por todo o círculo. 
 Jogo 2: O que você tá fazendo? 
a. Em círculo ainda, todos devem usar os nomes das pessoas 
que estão ao lado. 
b. O líder imita um movimento fácil de ser entendido, como 
varrer o chão com uma vassoura. 
c. A pessoa do lado pergunta: “[nome], o que você está 
fazendo?”.
d. O/a líder responde algo diferente do seu movimento. Por 
exemplo, se ela está imitando varrer o chão, pode dizer: “tô 
lavando a louça”. 
e. A pessoa que perguntou começa, então, a fazer mímica de 
lavar a louça, e a pessoa do lado dela pergunta: “Fulano, o 
que você está fazendo?”. O movimento que ela está fazendo 
é de lavar a louça, mas ela também fala que está fazendo 
uma coisa diferente. Pode dizer, por exemplo: “estou 
empinando uma pipa”. 
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f. A terceira pessoa então faz o movimento de empinar uma 
pipa, e assim por diante, até todos participarem. 
Fonte: Modelo do Empoderamento Criativo. 
Material traduzido e adaptado do Manual do Facilitador 
dos Parceiros para o Empoderamento da Juventude. 
2. Depois de participar dos jogos que o(a) professor(a) irá 
propor, anote no seu portfólio o texto que você falou no jogo 
de teatro “Sim, e... sobre os seus sonhos” e complemente-o 
com todas as ideias de que for capaz de imaginar para si 
mesmo(a).
3. Escreva um texto em seu portfólio a partir das seguintes 
orientações: imagine-se com 50 anos, como se tivesse 
encontrado um colega de classe que não viu nos últimos 
35 anos, e conte a ele ou ela como está a sua vida. Não 
economize imaginação! Para facilitar, você pode começar da 
seguinte forma:
“Oi, (nome do colega), que surpresa encontrar 
você! Como está? Não nos vemos há 35 anos! 
Vou lhe contar um pouco sobre mim. Depois quero 
saber sobre você também!
Eu sou um profissional da área de XXXXXXXXXX, 
estudei XXXXXXXXXX.
Sim, e durante a escola – você se lembra? –, eu 
me engajei em um projeto de XXXXXX e também 
trabalhei como XXXXXXXXXX.
Sim, e imagine que essas oportunidades me 
levaram a dar o próximo passo, que foi conseguir 
uma vaga de XXXXXXXXXX ou empreender na 
área de XXXXXXXXXX.
Sim, e sabe que eu conheci muitas pessoas e 
acabei me realizando na vida pessoal escolhendo 
viver ao lado de XXXXXXXXXX ou sou muito feliz 
vivendo de forma independente. 
Sim, e, além disso tudo, eu sempre

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