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4
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 
fRANCISCA DA SILVA DIAS MORAES
A IMPORTÂNCIA DA EJA E O PAPEL DO PROFESSOR NESSA MODALIDADE DE ENSINO.
RIO VERDE - GO
2020
FRANCISCA DA SILVA DIAS MORAES
Trabalho apresentado ao Curso de Geografia – Licenciaturas da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Licenciaturas.
Tutora à Distância: Andrea Serato Grosso Araujo
RIO VERDE – GO 
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO...............................................................................5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................9
 
4. REFERÊNCIAS ........................................................................................10
1. INTRODUÇÃO
Muitas são as razões que levam os alunos ao abandono no ambiente educacional, que por vezes passam a serem analisadas e contextualizadas para melhor entendimento, e até mesmo sem buscar alternativas para se evitar. Cabe destacar que, a influência social, econômica e política do país é a prevalecente causa que gera diversos fatores que provocam essa problemática.
A educação qualifica o cidadão para o trabalho e facilita sua participação na sociedade. Todos os cidadãos têm direito à educação. Com ela, o individuo pode vislumbrar uma vida livre da pobreza e ter mais participação na sociedade, por meio da qualificação para o trabalho. Quem não tem nenhum acesso à educação não é capaz de exigir e exercer direitos civis, políticos, econômicos e sociais, o que prejudica sua inclusão na sociedade moderna.
Sobre os direitos fundamentais conferidos aos estudantes Costa (1996) destaca que:
Cada escola representa a presença e a ação do poder público em uma dada comunidade, em atendimento ao que prescreve o Art. 208 da Constituição Federal, o Art. 163 da Constituição Estadual e o Art. 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que se referem ao dever do Estado de assegurar à criança e ao adolescente o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, inclusive aos que eles não tiveram acesso na idade própria: progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; atendimento educacional especializado aos portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino; manutenção de programas suplementares de material didático, transporte, alimentação e assistência à saúde; ensino noturno regular adequado às condições do educando. (COSTA, 1996, p. 34)
Vasconcellos (1995) ressalta a importância dos professores também estarem envolvidos neste processo de mediação que contribui para a aquisição do conhecimento e a transformação social.
2. 
DESENVOLVIMENTO
A partir da década de 1930 a educação de jovens e adultos efetivamente começa a se destacar no cenário educacional do país, quando em 1934, o governo cria o Plano Nacional de Educação que estabeleceu como dever do Estado o ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional (FRIEDRICH et.al, 2010). Em 1.945 surgiram muitas críticas aos adultos analfabetos.
A EJA-educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino destinado a jovens e adultos que não tiveram acesso ou que por algum motivo não puderam concluir o ensino na idade própria. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade criada em pelo Governo Federal destinada a quem não teve acesso à educação na escola convencional. Especialmente voltada a adultos, permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo, possibilitando sua qualificação para conseguir melhores posições no mercado de trabalho. Anteriormente, o EJA era conhecido como supletivo. Sua criação teve como objetivo principal a democratização do ensino no Brasil.
Diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". A Lei não muda a realidade, mas indica caminhos, orienta o cidadão e a sociedade dos seus direitos, propiciando a exigência do que nela está contido. 
A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Observa-se, desse modo, que educação não é dever exclusivo do Estado, tendo também a família igual responsabilidade. Além disso, a sociedade também deve colaborar. O objetivo da educação é o desenvolvimento pleno da pessoa, ou seja, em todos os aspectos e dimensões e seu preparo para viver e participar da sociedade – cidadania, estando preparado para o trabalho. 
A LDB elucida a importância da inclusão da EJA, a mesma refere-se a uma modalidade de ensino para pessoas que não puderam concluir os seus estudos no período adequado. Isso é proporcionar uma nova oportunidade para tais pessoas.
A educação é o maior e melhor instrumento gestor de mudança, através dela o homem consegue compreender melhor a si mesmo e ao mundo em que vive, dessa forma, a própria educação deve ser a primeira a aceitar e a acompanhar o desenvolvimento e suas especificidades, ou seja, renovar e promover a interação com o novo.
O papel fundamental do educador da EJA é mostrar aos educandos que não se deve ter vergonha, e sim, orgulho de voltar a estudar; ajudá-los a identificar o valor e a utilidade do estudo, através de atividades ligadas ao cotidiano; relacionar os conteúdos a atividades significativas; elaborar aulas estimulantes e dinâmicas; utilizar a experiência da turma como base na elaboração das aulas e dos projetos; ampliar os horizontes culturais dos alunos; criar um ambiente receptivo para esses educandos; ser receptivo para conversar; mostrar que o saber do professor não é mais importante que o deles e que a aula é um momento para trocas de experiências; valorizar o conhecimento e as habilidades de cada aluno e utilizá-los em sala de aula.
A ausência do domínio da leitura e da escrita, no entanto, não representa ausência de cultura e outros saberes não acadêmicos. Nesse contexto, os projetos pedagógicos para turmas da EJA devem ser pensados de maneira que possam contemplar o multiculturalismo e que sejam capazes de valorizar e reconhecer a complementaridade entre os saberes acadêmicos e os informais (ligados ao contexto sociocultural do educando), a experiência de vida já adquirida pelos discentes e as diferenças entre as formas de conhecimento (SANTOS, 2005).
Deste período até os dias de hoje muito se foi feito para que a Educação de Jovens e Adultos fosse vista não apenas como uma forma de habilitação para o mercado de trabalho, mas como a formação de cidadãos críticos, reflexivos e autônomos. O papel do professor é de mediador desta formação, utilizando métodos de ensino adequados, possibilitando aos alunos a oportunidade de alcançarem cada vez mais um novo nível de conhecimento que satisfaça suas necessidades como individuo de uma sociedade. Para que esse objetivo seja alcançado têm-se a preocupação com a formação do professor, que deve ser contínua. A formação de professores para a EJA é essencial para que haja uma educação de qualidade, pois somente desta maneira o educador será capaz de elaborar didáticas que resultem bons desempenhos em sala de aula, garantindo a permanência desses alunos na escola. Mostrando-os a importância de continuar seus estudos, a fim de que se tornem cidadãos críticos e reflexivos para que possam interagir de forma participativa na sociedade. “Não há razão para se envergonhar por desconhecer algo, testemunhar a abertura dos outros, a disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, sãosaberes necessários à prática educativa” (FREIRE, 1996, p. 69-115).
O homem é um ser social, apto a aprender, através da educação se forma sua identidade, ideologia e o seu modo de vida. Nessa perspectiva, aprender é uma descoberta criadora, com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina. Assim, sendo o educador é um profissional da pedagogia da política, da pedagogia da esperança, como já disse o educador Paulo Freire, precursor da alfabetização de jovens e adultos, assim sendo, o educador é aquele que necessita construir o conhecimento com seus alunos, e o educando é um dos eixos fundamentais de todo o trabalho. No entendimento que ele pode promover profundas transformações em si, e por efeito, no mundo em que vive.
É importante propor práticas pedagógicas contextualizadas que sejam significativas para esses sujeitos, que valorizem suas experiências de vida e que considerem a relação entre trabalho, práticas sociais e culturais, contribuindo positivamente para a melhoria da aprendizagem, fortalecendo os vínculos com o espaço escolar e reduzindo os índices de abandono; um trabalho pedagógico consciente, acolhedor e comprometido com a aprendizagem desses alunos, que atenda às necessidades enfrentadas por eles nas suas relações sociais, que, certamente são as razões que os motivam a buscar a escola e a retomada dos estudos, pode contribuir, efetivamente, para uma mudança nos índices de analfabetismo que tanto limitam os direitos e interferem no pleno exercício da cidadania para uma parcela significativa da população.
 A evasão escolar é quando o aluno não continua seus estudos na escola, ou não efetua sua matrícula na continuidade do novo ano letivo, podendo ter motivos como repetência, dificuldade em ir para escola devido ao transporte, ou até mesmo por desestímulo do ambiente escolar. A maior causa da evasão é o desinteresse, resultando falta de profissionais qualificados pode afetar a economia, além de contribuir para o avanço da desigualdade social.
O abandono escolar é mais frequente do que a evasão, pois a falta de interesse dos alunos aumenta de acordo com a idade, no caso, quanto maior a idade do estudante menos interesse ele tem pelos estudos, isso envolve diversos fatores. O abandono escolar é quando o aluno matriculado desiste do ano letivo e para de frequentar as aulas, abandonando de fato a escola.
O trabalho da EJA é constituído por uma pedagogia que fomenta o desenvolvimento do aluno mediante ao contexto em que ele se encontra, se antes o professor era visto como o centro da sala de aula, hoje, essa didática mudou. O aluno passa a ser o ponto central do ensino e deve ser observado de maneira intrínseca de acordo com o modo que haja, bem como, o meio em que vive. O professor deve ser um canal, através do qual o aluno pode criar novas perspectivas, bem como, novas formas de compreender o mundo e a sociedade em que vive. 
A Campanha de 1947 deu também lugar à instauração no Brasil de um campo de reflexão pedagógica em torno do analfabetismo e suas consequências psicossociais; entretanto, ela não chegou a produzir nenhuma proposta metodológica específica para a alfabetização de adultos, nem um paradigma pedagógico próprio para essa modalidade de ensino. Isso só viria a ocorrer no início dos anos 60, quando o trabalho de Paulo Freire passou a direcionar diversas experiências de educação de adultos organizadas por distintos atores, com graus variados de ligação com o aparato governamental. Foi o caso dos programas do Movimento de Educação de Base (MEB), do Movimento de Cultura Popular do Recife, ambos iniciados em 1961, dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, entre outras iniciativas de caráter regional ou local. Embaladas pela efervescência política e cultural do período, essas experiências evoluíam no sentido da organização de grupos populares articulados a sindicatos e outros movimentos sociais. Professavam a necessidade de realizar uma educação de adultos críticos, voltada à transformação social e não apenas à adaptação da população a processos de modernização conduzidos por forças exógenas. O paradigma pedagógico que então se gestava preconizava a centralidade do diálogo como princípio educativo e a assunção, por parte dos educandos adultos, de seu papel de sujeitos de aprendizagem, de produção de cultura e de transformação do mundo (Di Pierro, Joia & Ribeiro, 2001, p. 61).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As diversas instituições do poder público cumprem papéis importantes na garantia dos direitos dos cidadãos. Num país marcado por desigualdades como o Brasil, onde a distribuição de direitos espelha essa desigualdade, garantir o direito à educação é, sem dúvida, uma prioridade e um passo fundamental na consolidação da cidadania. A educação é uma competência comum a todos os entes federados que formam o Estado brasileiro. É um direito público subjetivo de todos.
A EJA tem papel fundamental no impulso do conhecimento, tendo um grande potencial de tornar o espaço de aprendizagem em um ambiente propício para sanar dúvidas, medos e questões, o que permite ampliar o desenvolvimento intelectual. É fundamental que a política de inclusão que contemple as diferenças supere o aspecto social, visto que se trata de uma noção mais ampla e politizada de inclusão, que tem como eixo o direito ao trato democrático e público da diversidade em contextos marcados pela desigualdade e exclusão social.
Como visto na atualidade, a aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades e competências educacionais, profissionais e pessoais é importante para tanto o ingresso ou melhorias no âmbito profissional quanto para vida pessoal de cada indivíduo. A conclusão dos estudos é a consequência do aprendizado, onde a mesmo pode possibilitar aos jovens e adultos um melhor ingresso no mercado de trabalho, em cursos profissionalizantes, em cursos superiores e consequentemente possibilita melhorias na qualidade de vida tanto pessoal quanto profissional.
 
4. REFERÊNCIAS
COSTA, Antônio Carlos Gomes da. É possível mudar: a criança, o adolescente, e a família na política social do município. Série Direitos das crianças. São Paulo: Malheiros, 1996.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. Cadernos Pedagógicos do Libertad, 2; 3. ed. São Paulo: Libertad,1995.
FRIEDRICH et.al. Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio: avaliação das políticas públicas educacionais. Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p. 389-410, abr./jun. 2010.
FREIRE, Ana Maria Araújo. A voz da esposa: A trajetória de Paulo Freire. In: GADOTTI, Moacir. Paulo Freire: uma biobibliográfica. São Paulo. Cortez: instituto Paulo Freire 1996, p.69-115.
FREIRE, P. Conscientização teoria e prática de libertação. São Paulo. Cortez e Morais, 1979.
Di Pierro, M. C., Joia, O., & Ribeiro, V. M. (2001). Visões da educação de jovens e adultos no Brasil. Cadernos CEDES, 21(55), 58-77.
SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Semear outras soluções. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

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