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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE

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FACULDADE MARANHENSE SÃO JOSÉ DOS COCAIS
 COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
CURSO DE BACHAREL EM DIREITO
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE
 ANDRÉ LUIZ GOMES DE OLIVEIRA
 
TIMON - MA
2021
ANDRÉ LUIZ GOMES DE OLIVEIRA
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE
 Artigo Relatório apresentado como requisito para obtenção de carga horária para o trabalho interdisciplinar I. 
Administrada pela Profa. Alexsandra Torquato. 
TIMON – MA
2021
O Príncipe (1513)
Ressumo
Mesmo que você nunca tenha ouvido falar em Nicolau Maquiavel, deve conhecer o termo maquiavélico. Dizemos que uma pessoa é maquiavélica quando faz qualquer coisa para atingir um objetivo.
“Os fins justificam os meios.” Esta é a síntese do pensamento maquiavélico que conhecemos hoje. Porém, ao contrário do que muita gente pensa, essa frase não está em nenhum livro de Nicolau Maquiavel. Trata-se de uma interpretação do pensamento contido nas páginas de O Príncipe, livro escrito há mais de 500 anos e publicado pela primeira vez em 1532.
O Príncipe, nos mostra conselhos políticos como um pequeno manual de conduta de príncipes, descrevendo maneiras de se portar diante de seus súditos, de conduzir os negócios públicos internos e externos e principalmente de como manter o principado. 
Comentário Crítico:
O livro O Príncipe que contêm 26 capítulos, é uma compilação de orientações políticas acerca de como deve agir um governante, no caso o príncipe, para se manter o poder e no controle do Estado que governa. Maquiavel, em sua obra, faz uso de exemplos de principados, impérios e governos mais antigos, e também os de sua época. 
Nos capítulos I a XI, Maquiavel cita os diversos tipos de principados, sendo eles hereditários ou conquistados através de armas, sorte ou virtude. Ao longo desses capítulos propõe meios de manutenção desses principados, como a necessidade de eliminar a família governante, lidar com as leis já existentes e para a dominação total de um novo território o Príncipe deve fixar moradia nesse, além da importância do exército e seus súditos. 
Nos capítulos XII a XIV, o autor apresenta os tipos de exércitos, sendo eles próprios ou mercenários, auxiliares ou mistos. Diz que as tropas mercenárias e as auxiliares são inúteis e perigosas, as mercenárias por serem covardes e as auxiliares pelo seu valor. O exército ideal deve ser sempre formado de pessoas de confiança do governante, uma força própria do estado, sendo nacional ficando à disposição para qualquer eventualidade, também fala da importância de o príncipe estar sempre em alerta com os modos de proceder. 
Nos capítulos XV a XVIII, ele se refere à conduta de um Príncipe, propõe que o governante deve ser versátil em relação ao seu modo de pensar e ser para se adaptar às circunstâncias momentâneas. Aborda a necessidade de monarca equilibrar os opostos entre bondade e maldade. Alerta o hábito de esbanjar seus recursos em excesso, despertando um sentimento odioso por parte de seus súditos. Realça a importância da preferência do príncipe de ser visto como clemente a cruel, porém esta clemencia deve ser usada com controle, pois pode ser imperativo o uso da crueldade para manter seu povo unido e leal a si. 
Nos capítulos XIX a XXIII, Maquiavel dita como de vem ser tratados seus súditos para que o Príncipe seja sempre bem-visto pelo povo, além de dizer que o monarca deve sempre escolher sabiamente a queles que o ajudarão a governar, e um guia sobre o que fazer com os conselhos dados por estes escolhidos. 
Nos capítulos XXIV e XXV Maquiavel faz refere-se à situação em que se encontra a Itália à época, de como seus antigos monarcas não lideraram de forma correta, uma vez que tiveram o povo como inimigo ou até mesmo como amigo, porém não souberam garantir-se contra os grandes. Em dado trecho afirma que o novo Príncipe é mais estimado que um Príncipe hereditário, uma vez que o povo é mais apegado com o presente do que com o passado, pois assim as realizações feitas pelo novo Príncipe poderão ser lembradas mais facilmente. Maquiavel explica que a sorte costuma ficar a o lado daqueles que ousam e se adaptam às transformações de seu tempo. 
No capítulo final XXVI, Maquiavel declara sua vontade pela libertação da Itália, além de elogiar a família Medici. A firma que se seguirem tudo o que foi dito ao longo dos capítulos anteriores seria possível que eles expulsassem os bárbaros de seu país. Maquiavel expõe seu desejo de que Lorenzo de Medici se torne um bom governante italiano. 
Sendo uma obra totalmente realista, Maquiavel trata da natureza humana e não apenas dos fatos ocorridos e ideias de seu tempo. Vê o homem como mal, ingrato, volúvel, fingido e dissimulado, capaz de tudo para a tingir o poder, utilizando-se muitas das vezes de armas e métodos espúrios, retrato fiel de nossa política atual. 
Em várias partes da obra volta na questão (ser amado ou temido?), se pararmos para refletir essa parte da obra seria contraditória, uma vez que fala na obra que se o povo for seu inimigo e o odiar, deve temer tudo e a todos. A resposta mais clara seria uma combinação de amado ou temido, porém essa junção é impossível, assim podendo optar apenas por uma. 
A obra ao longo dos anos esteve nas mãos de grandes personalidades históricas, porém nem sempre usada com sabedoria, exemplo de Hitler, que usou o livro como base política. 
Ainda resta a dúvida do real o objetivo de Maquiavel ao escrever a obra, se era para auxiliar o governante, na expulsão de povos invasores ou se para o povo, restando claro que se trata de um verdadeiro e típico “Manual de Ação Política”. Este não tinha ideia de que sua obra iria ser tão conhecida e estudada ao longo dos séculos. 
Esta obra foi escrita há mais de 500 anos, mas é atemporal e atualíssima, é lida, discutida e dissecada por pessoas de diferentes matizes e pensamentos em todos os cantos do mundo. O livro é de difícil interpretação, por isso que muitos afirmam que ao lê-lo em diferentes épocas de suas vidas tiveram novas percepções em relação a ele, contudo não se pode negar que ao escrever essa instigante obra Maquiavel imortalizou seu nome. 
André Luiz Gomes de Oliveira, graduado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), graduando em Bacharel em Direito pela Faculdade Maranhense São José Dos Cocais.

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