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Conceitos Fundamentais em Ergonomia

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Conceitos Fundamentais em Ergonomia
Lailah Vilela
Auditora-fiscal do Trabalho/Médica
2020
Introdução
As condições de trabalho
� recursos que possibilitam a realização do trabalho
� envolvendo as instalações físicas, 
� os materiais e insumos disponíveis 
� equipamentos e meios
� condições de emprego
� as condições objetivas em que processo de trabalho é realizado, pressões e os 
“constrangimentos” (contraint) presentes no ambiente físico e organizacional em 
que as tarefas são desenvolvidas.
� organização do trabalho
As condições de trabalho
As Condições e a Organização do trabalho exprimem de 
modo determinado a sociedade de que fazem parte. 
Ou seja, são uma expressão histórica.
No tempo, no espaço e na cultura.
demandas do cliente
flutuações do mercado
Estratégia de obter 
produtos de qualidade
em curto prazo
•política de treinamento
•capacitação profissional
•proteção social
•contratos de trabalho precários
•subcontratação em cascata
•externalização de riscos e responsabilidades
•redução de salários e de empregos
Transformações econômicas
Reestruturação
produtiva
Saúde e Trabalho
Assunção,A.A.
Precariedade do emprego
• Sem contrato
• Contrato temporário
Precariedade do estatuto
do emprego
• Terceirizado
• Parcial
• Domiciliar
Precariedade do ambiente de trabalho
• Ausência de meios
• Importação de riscos 
• Exposição a microorganismos 
desconhecidos 
• Ambiente psicológico nocivo
• Ausência de segurança
Precariedade da organização do 
trabalho
• Horários extremos
• Polivalência
• Novas exigências tecnológicas
• Novas demandas dos cidadãos
• Avaliação quantitativa dos resultados
EMPREGO
TRABALHO
P
R
E
C
A
RI
Z
A
Ç
Ã
O
Ser Humano
¢Dimensão biológica: hiper-solicitação, posturas, ambientes físicos, 
etc.;
¢Dimensão cognitiva: esforço de memorização, sobrecarga de 
informação, pressão temporal, etc.
¢Dimensão psíquica: construção da identidade no trabalho, auto-
estima, reconhecimento;
¢Dimensão coletiva: isolamento, estratégias coletivas impossíveis, a 
ideologia do bom profissional, etc.
As transformações no 
trabalho 
¡ do conteúdo do trabalho
¡ das técnicas de gestão
¡ dos objetivos globais da 
produção
¡ Os danos à integridade física
acidentes e as mortes
¡ Os danos à inserção inapropriada 
ou excessiva dos seres humanos 
no trabalho
Lesões por Esforços Repetitivos
¡ Os danos à dignidade e à auto-
estima
humilhação
Conceitos
Ergonomia - Conceitos
Ergos
Atividade
Nomos
Leis Naturais
• Ergonomia estuda as leis naturais que regulam a atividade 
humana – compreensão da interação entre os humanos e 
os outros elementos de um sistema.
• Torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e 
dificuldades das pessoas.
“Ciência da configuração de trabalho adaptada 
ao homem”
Etienne Grandjean
Ergonomia
• “Ergonomia é o estudo do 
relacionamento entre o homem e 
seu trabalho, equipamento e 
ambiente e, particularmente, a 
aplicação dos conhecimentos de 
anatomia, fisiologia e psicologia 
na solução dos problemas 
surgidos desse relacionamento”. 
• Ergonomics Research Society (1949) 
• “Ergonomia é o conjunto dos 
conhecimentos científicos 
relacionados ao homem e 
necessários à concepção de 
instrumentos, máquinas e 
dispositivos que possam ser 
utilizados com o máximo de 
conforto, segurança e eficiência”. 
Wisner (1987)
• 1994: Saber técnico científico E 
Saber do Trabalhador
Objetivos
Alvo – Desenvolver bases científicas para adequação das condições de
trabalho às capacidades e realidades da pessoa que trabalha
(Grandjean,E)
A ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a
atividade neles existentes às características, habilidades e limitações das
pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro
(ABERGO, 2000)
Classificação
•International Ergonomics Association
vErgonomia Física – posto de trabalho, ambiente físico, aspectos
biomecânicos (posturas)
vErgonomia Cognitiva – Todo trabalho tem um processo mental que
antecede os atos propriamente ditos. Envolve o raciocínio, aprendizado,
experiencia e a tomada de decisão
Classificação
vErgonomia Organizacional
• Repartição de tarefa no tempo
• Sistemas de comunicação
• Rotinas e procedimentos
• Avaliação de desempenho
• Mecanismos de seleção mão de obra
• Métodos de treinamento
Macroergonomia
• Contextualizar a empresa
v Aspectos socioeconômicos e culturais
v Porte, origem
v Cultura organizacional
v Estrutura hierárquica
v Gestão de pessoas e de segurança do trabalho
Macroergonomia
vInterface humano-organização
vEquilíbrio entre tecnologia, pessoas e organização
vAspectos relativos aos sistemas produtivos como um todo
vGarantir projetos com interação ótima de humanos com as ocupações, 
máquinas e sistemas.
Intervenção
• Possibilidades de intervenção
v Mudança maior do sistema de trabalho já agendada
v Mudanças de tecnologia
v Reposição de equipamentos
v Transferência para uma nova planta
v Mudanças de objetivos, escopo e direção
Intervenção
• Possibilidades de intervenção
vElevado índice de acidentes de trabalho
vDoenças do trabalho
vRedução da produtividade – absenteísmo, retrabalho, queda da 
motivação
vQualidade de vida no trabalho
Intervenção
• Possibilidades de intervenção
vIntervenção ergonômica – transformação positiva das condições de
trabalho
vErgonomia participativa – envolve empregados de todos os níveis da
organização no processo do projeto
vProjeto com abordagem organizacional
vErgonomia de Concepção
Legislação
• CLT – Capítulo V – Lei 6514/77
vArt 175 – iluminação
vArt.176, 177 e 178 – conforto térmico
vArt. 183 – levantamento carga
vArt. 198 – limite peso – 60 Kg
vArt 199 - assentos
Ergonomia e Trabalho
Parte I
Norma Regulamentadora 17
• 17.1 – Esta norma regulamentadora visa estabelecer 
parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente. 
CONFORTO ?
CONFORTO ?
Características Psicofisiológicas
• Individuais.
• capacidades sensitivas, motoras, psíquicas e cognitivas.
• Antropometria
• Gênero
• Idade
• Experiência
• Mecanismos de execução dos movimentos: reflexos, postura, equilíbrio, 
coordenação motora. 
• Níveis de vigilância, sono, motivação e emoção; memória e aprendizagem.
• Variam entre os indivíduos e no mesmo indivíduo a cada momento
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• Prefere escolher livremente sua postura dependendo das 
exigências da tarefa e do estado de seu meio interno.
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• Tolera mal tarefas fragmentadas com tempo exíguo para 
execução e, pior ainda, quando este tempo é imposto por uma 
máquina, pela gerência, pelos clientes ou colegas de trabalho, 
ou seja, o trabalhador prefere impor sua própria cadência ao 
trabalho.
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• É compelido a acelerar sua cadência quando estimulado 
pecuniariamente ou por outros meios, não levando em conta 
os limites de resistência de seu sistema músculo-esquelético.
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• Sente-se bem quando solicitado a resolver problemas ligados à 
execução das tarefas, logo, não pode ser encarado como uma 
mera máquina mas sim como um ser que possui competências
e deseja aumentá-las.
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• Tem capacidades sensitivas e motoras que funcionam dentro 
de certos limites, limites que variam de um indivíduo a outro e 
ao longo do tempo para um mesmo indivíduo.
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• Organiza-se coletivamente para gerenciar a carga de trabalho, 
ou seja, nas atividades humanas a cooperação tem um papel 
importante, muito mais que a competitividade.
Algumas características 
psicofisiológicas do ser humano
• Suas capacidades sensório-motoras modificam-se com o 
processode envelhecimento mas perdas eventuais são 
amplamente compensadas por melhores estratégias de 
percepção e resolução de problemas desde que possa 
acumular e trocar experiências e competências.
Ergonomia e Trabalho
Parte II
Análise Ergonômica do Trabalho
• AET
• Vários Métodos
• Contexto socioeconômico
• Biomecânica
• Organização do Trabalho
• Questões Psicossociais
Trabalho PRESCRITO X Trabalho REAL
• Tarefa - aquilo que se 
apresenta ao trabalhador como 
dado:
• a máquina em si
• o seu funcionamento
• o meio físico que rodeia o 
posto de trabalho
• as instruções 
• os objetivos
• Atividade - processo 
complexo, original e em 
evolução, destinado à adaptar-
se à tarefa, mas também, a 
transformá-la.
• Variabilidade
• Estratégias
Conceitos
Variabilidade do indivíduo
Variabilidade 
interindividual
- Estratégias operatórias
- Modos operatórios
- Resolução de problemas
- Aprendizagem
Variabilidade 
intraindividual
- Ciclo circadiano
- Alterações hormonais
- Fadiga
- Aprendizagem
Análise Ergonômica do Trabalho
• Tarefas complexas:
• Variabilidade da tarefa
Matéria Prima
Meios 
Meio ambiente
Equipamentos
Equipe
Organização do trabalho
Produto
Compreendendo o trabalho
• Estratégia
O termo agrupa os procedimentos em que o operador é confrontado a um 
problema ‘mal colocado e nem mesmo colocado.’ 
O operador tenta organizar sua atividade, definindo progressivamente subobjetivos
para a construção progressiva de uma decisão.” (Montmollin, 1986)
O caso do minério
O caso do empréstimo no posto de enfermagem
Grandes áreas da Ergonomia
Biomecânica
Biomecânica
Biomecânica
Trabalho Estático e Dinâmico:
Posturas
Movimentos Repetitivos • MÉTODOS PARA ANÁLISE BIOMECÂNICA
• Susanne Rodgers
• OWAS (Ovako Working Posture Analysing System),
• RULA (Rapid Upper Limb Acessment)
• OCRA (Occupational Repetitive Actions)
• LPR (Limite de Peso Recomendável) NIOSH
• Modelos articulados bidimensionais
• Check list de Couto
• ...
Trabalho Estático e Dinâmico
� Trabalho dinâmico
• ativo - quando se contrai
• resistente - quando se distende
• provoca um deslocamento dos 
segmentos ósseos
• corresponde aos movimentos 
efetuados durante a execução de 
uma tarefa
• há consumo de oxigênio
• direção, amplitude, velocidade, 
precuisão, frequência
� Trabalho estático
• quando se contrai sem que haja 
modificação na sua extensão
• imobilização dos segmentos 
ósseos
• corresponde à permanência no 
espaço dos segmentos 
corporais
• obstáculo à circulação 
sanguínea
Trabalho Estático e Dinâmico
Sobrecarga muscular 
estática ou dinâmica do 
pescoço, ombros, dorso e 
membros superiores e 
inferiores, e a partir da 
AET
Pausas para 
descanso!!
Postura
• é o arranjo relativo das partes do corpo
• A postura adotada pelo trabalhador não é uma casualidade.
• Não é de livre escolha
• Ela é a maneira inteligente de organização dos segmentos corporais para
atender aos objetivos globais e específicos da produção.
Postura
• Espaços não são 
planejados para o 
trabalho humano.
• As posturas 
adotadas serão as 
possíveis nas 
condições dadas.
Fatores de risco para dor e lesões
Literatura:
À flexão de 60º, após 
120 minutos, ocorrência 
de dor intensa.
Fatores de risco para dor e lesões
Literatura:
Abdução de mais de 60º ou 
flexão por mais de 1h/dia.
A POSIÇÃO DA NÓRIA 
DETERMINA A POSTURA
Postura determinada pelas condições 
de trabalho
Posição da bancada
Exigência de força
Piso escorregadio
Risco da serra
Recomendações:
Adotar postura correta????
Postura determinada pelas condições 
de trabalho
Zonas de Alcance
Zona de alcance?
FLEXÃO/ EXTENSÃO DOS BRAÇOS, 
FLEXÃO/TORÇÃO do pescoço
Elevação de membros superiores
Desvio de punhos e inclinação do 
tronco
Quais os problemas neste trabalho?
E a coluna?
Espaço para movimentação livre de 
segmentos corporais?
Postura 
Correta?
Grandes áreas da Ergonomia
Biomecânica II
Trabalho em pé
• Sempre que o trabalho puder ser executado na posição 
sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado 
para esta posição.
Trabalho em pé
• a tensão muscular permanentemente desenvolvida para 
manter o equilíbrio dificulta a execução de tarefas de 
precisão; 
• a penosidade da posição em pé pode ser reforçada se o 
trabalhador tiver ainda de manter posturas inadequadas 
dos braços (acima do ombro, por exemplo), inclinação ou 
torção de tronco, etc.;
Trabalho em pé
• A manutenção da postura em pé imóvel tem ainda as 
seguintes desvantagens: 
• tendência à acumulação do sangue nas pernas, o que 
predispõe ao aparecimento de insuficiência valvular venosa 
nos membros inferiores, resultando em varizes e sensação de 
peso nas pernas; 
• sensações dolorosas nas superfícies de contato articulares 
que suportam o peso do corpo (pés, joelhos, quadris);
Trabalho em pé
• A escolha da postura em pé só está justificada nas seguintes condições: 
A tarefa exige:
• deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e pessoas que fazem rondas; 
• manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5 kg; 
• alcances amplos frequentes, para cima, para frente ou para baixo; no entanto, 
deve-se tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar 
sentado;
• operações frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados; 
• exige a aplicação de forças para baixo, como em empacotamento. 
• Fora disso, não devemos aceitar!
Trabalho em pé
• Indústria calçadista
• A tarefa não poderia ser 
realizada na posição 
sentada?
Trabalho em pé
Trabalhos que devam ser realizados em pé
ASSENTOS 
PARA 
DESCANSO
UTILIZADOS POR 
TODOS OS 
TRABALHADORES 
DURANTE AS 
PAUSAS
Movimentos Repetitivos
• Trata-se da execução de ciclos similares de trabalho que 
ocorrem mais de uma vez durante a realização de uma tarefa
Movimentos Repetitivos - Dois 
conceitos
• Trabalho repetitivo designa a execução de ciclos 
similares, com duração inferior a 30 segundos de 
trabalho, que ocorrem mais de uma vez durante a 
realização de uma tarefa.
• Ou quando o ciclo fundamental de trabalho constitui 
50 % da jornada.
• A literatura sugere, ainda como parâmetro, a 
existência de um ciclo mais curto que dois minutos, o 
qual é repetido durante a jornada.
(Kilbom, 1994; Kuorinka & Forcier, 1995).
Movimentos Repetitivos 
• Ausência da pausa necessária para que a fibra 
muscular retorne ao seu estado inicial de repouso, o 
que permite adequada reperfusão sanguínea do 
tecido muscular
Movimentos Repetitivos 
• Além das exigências de movimentos repetitivos, os 
elementos de cada ciclo de trabalho possuem 
exigências posturais estáticas, principalmente 
envolvendo a musculatura cervical e dorsal, 
exigências visuais e exigências mentais.
Movimentos Repetitivos 
• Mesmo em situações fortemente repetitivas, com ciclos curtos, 
existe uma variabilidade da matéria-prima, do tipo de 
demanda, do estado do maquinário etc., que levam o 
trabalhador a mudar seu modo operatório, exigindo, portanto, 
planejamento da ação – isto é, comportam exigências 
cognitivas.
• A exigência de responsabilidade e atenção aumenta a 
contração muscular estática chamada nestes casos de 
atividade muscular adicional ou involuntária
Movimentos Repetitivos 
• As tarefas comportam ao mesmo tempo uma 
sobrecarga pela frequência elevada dos gestos e 
movimentos e uma subcarga individual de trabalho.
• Essa situação gera um conflito: de um lado, o pequeno 
leque de possibilidades de criação, e de outro, a 
intensidade da atividade requerida. 
UNICEP
Grandes áreas da Ergonomia
Aspectos Cognitivos e Psicossociais
Cognição
n Mecanismos mentais que agem sobre a 
informação sensorial, buscando a sua 
interpretação, classificação e organização
n Conjunto de atividades e processos pelos 
quais um organismo adquire informação 
e desenvolve conhecimentos.
Aspectos Cognitivos e Psicossociais
•Processos Cognitivos
•Memória
•Categorização
•Atenção
•Resolução de Problemas: tipos de raciocínio•Linguagem
Processos perceptivo e cognitivo
Objeto
Características:
- cor
- textura
- tamanho
- formato
- profundidade
Captação
pelo 
Sistema
Sensorial
Cérebro
Estrutura
s
corticais
Sistema 
Cognitivo
Processo Perceptivo Processos Cognitivos
Interpretação e 
Integração das 
características 
do objeto aos 
conhecimentos 
do sujeito
R
E
S
P
O
S
T
A
S
•Memória
•Categorização
•Atenção
•Resolução de 
Problemas: tipos 
de raciocínio
•Linguagem
Júlia Abrahão
Ergonomia Cognitiva
• Estuda os processos mentais que afetam a relação do ser humano 
com os sistemas:
• Percepção Sensorial
• Visão, tato, olfato, audição, paladar
• Memória
• Racionalização
• Resposta motora – comportamento.
Carga Mental
• Trabalho altamente demandante ou pouco demandante 
(monótono)
• Responsabilidade
• O risco do erro
• Lidar com pessoas diversas todo o tempo
• Necessidade de lidar com diversos problemas 
simultaneamente.
• Necessidade do uso intenso da memória e atenção
• Interação com sistemas
• Tomada de decisões
• Gestão de múltiplas tarefas
Ergonomia Cognitiva e aspecto 
Psicossocial
• Escassez de pessoal
• Sobrecarga qualitativa
• Sobrecarga quantitativa
• Conflito de atribuições
• Ambiguidade de atribuições
• Insatisfação no Trabalho
• Falta de reconhecimento
• Impossibilidade de ascensão na carreira
• Conflitos hierárquicos
Ergonomia Cognitiva e aspecto 
Psicossocial
• Trabalho emocional
• Contato entre pessoas
• Necessidade de moldar emoções
• A dimensão emocional faz parte da tarefa
(Hochschild, 1983; Soares, 2002)
Poder do cliente
• Possuir o dinheiro, maior interesse da empresa – Ex: estudantes de 
escolas particulares.
• Lay-out permite grande proximidade do cliente em alguns serviços
• Placar de avaliação do funcionário
• Tratar o funcionário como servo, não-humano ou invisível. Ex: 
faxineiras
• Discriminações de gênero, raça, cultura.
Grandes áreas da Ergonomia
Organização do Trabalho
Organização do Trabalho
Organização do 
Trabalho: normas, 
regras e prescrições
que visam determinar 
a forma de realizar o 
trabalho – ritmo, 
pausas, horários, 
treinamento, 
estrutura hierárquica.
Relações rígidas entre 
organização do 
trabalho e trabalhador, 
com a impossibilidade 
de adaptar regras e 
criar estratégias 
defensivas podem 
gerar insatisfação e 
sofrimento psíquico.
Paraguay, 2003; Abrahão, Torres & Assunção, 2003; Lima, 2000)
Organização do Trabalho
• A organização do trabalho deve levar em consideração, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
Organização do Trabalho
a) As normas de produção
• Todas as normas, prescrições, regulamentos, exigências que o 
trabalhador deve obedecer quando executa sua tarefa.
• Para realizar bem a sua tarefa, o trabalhador deve atender as 
exigências de diversos setores, clientes etc.
• Em alguns casos, estas exigências são contraditórias. O ergonomista
deve evidenciar estas contradições.
Organização do Trabalho
• ModoS operatórioS
• Designa todos os atos praticados para se atingir os objetivos da 
tarefa.
• Dependendo de sua idade, sexo, experiência, formação, estado de 
saúde, meios disponíveis etc. o trabalhador adota o modo operatório 
mais econômico.
• Em certas situações, ele é minuciosamente prescrito.
Modo Operatório
Organização do Trabalho
• OT mais flexíveis permitem que o trabalhador adote o melhor modo operatório 
conforme a variabilidade individual ou conforme variabilidades externas. 
Ferramentas, máquinas, matérias primas... 
• Padronizações, métodos japoneses, ISO 
• A produção só é garantida pela habilidade dos trabalhadores em contornar 
imprevistos, eventos aleatórios etc. 
• O caso dos bolinhos
• Operação Padrão 
• Controladores de voo – habilidade consiste em saber quais as regras podem ser infringidas sem 
causar danos – às vezes falha e o trabalhador é culpabilizado. 
Modo Operatório
Organização do Trabalho
A exigência de tempo
“Toda atividade humana se desenvolve dentro de um quadro temporal: 
em um momento dado (horários), durante um certo tempo (duração 
da jornada), com uma certa rapidez, em uma certa frequência e com 
uma certa regularidade (velocidade, cadência, ritmo).” (Daniellou et 
alii, 1989)
• Quanto deve ser produzido em um determinado tempo, imposição 
• Capacidade produtiva é variável entre os indivíduos e para o mesmo 
indivíduo ao longo do tempo – exigência pode superar a capacidade 
de alguns e por alguns períodos 
Organização do Trabalho
A determinação do conteúdo do tempo
• Como o trabalhador reparte seu tempo entre diversas subtarefas?
• Quanto tempo se utiliza em cada subtarefa e na gestão de problemas.
• A secretária deve:
• atender ao telefone
• prestar informações
• digitar textos
• Etc.
• “ENXERGAR O TRABALHADOR TRABALHANDO” 
Organização do Trabalho
• Cadência: aspecto quantitativo.
Instalar 30 rodas por hora.
• Ritmo: aspecto qualitativo. 
O trabalhador deve acompanhar a velocidade da esteira.
A costureira ganha por peça costurada.
O caixa é pressionado pela fila.
O teleatendente só ganha se houver adesão ao cartão de crédito. 
O ritmo de trabalho
Organização do Trabalho
O conteúdo das tarefas
• São socialmente relevantes?
• Fazem sentido?
• Ajudam na autoestima?
• São estimulantes?
• Permitem novas habilidades?
• Trazem sobrecarga?
• Exigem gestão de múltiplas situações simultaneamente?
• São compatíveis com os meios dados para realização?
Trabalho em Turnos e Noturno
• Jornadas prolongadas, 12 horas ou mais
• Dobra de turnos
• Dois ou mais empregos
• Sobretempo na troca de turnos
• Impactos na qualidade de vida: Sono, distúrbios alimentares, 
gastrointestinais, excesso de peso, prejuízos na vida social e familiar...
• Maior possibilidade de erros por fadiga em atividades que não 
admitem erros.
Grandes áreas da Ergonomia
Mobiliário e Equipamentos
Mobiliário bom garante boas condições 
ergonômicas?
Mobiliário
• ASSENTOS – REQUISITOS MÍNIMOS DE CONFORTO
CARACTERÍSTICAS DE 
POUCA OU NENHUMA 
CONFORMAÇÃO NA BASE 
DO ASSENTO
ALTURA AJUSTÁVEL À 
ESTATURA DO 
TRABALHADOR E À 
NATUREZA DA FUNÇÃO 
EXERCIDA
Mobiliário
• ASSENTOS – REQUISITOS MÍNIMOS DE CONFORTO
BORDA FRONTAL 
ARREDONDADA
ENCOSTO COM FORMA 
LEVEMENTE ADAPTADA AO 
CORPO PARA PROTEÇÃO 
DA REGIÃO LOMBAR
Mobiliário
• ASSENTOS – REQUISITOS MÍNIMOS DE CONFORTO
Encosto adaptado ao corpo???
Mobiliário
Assento improvisado Sem estofado
Mobiliário
Estofado improvisado Regulagem de altura improvisada
Mobiliário - isso pode??
Mobiliário – semiassento “meia bunda”
Mobiliário - Apoio para os pés
PODERÁ SER EXIGIDO 
SUPORTE PARA OS PÉS, 
QUE SE ADAPTE AO 
COMPRIMENTO DA 
PERNA DO 
TRABALHADOR
Mobiliário - Apoio para os pés
Mobiliário
• altura e características de superfície
Bancadas
Mobiliário
• Bancadas
• alcance e visualização
Mobiliário
• Bancadas
• posicionamento e movimentação adequados
Equipamentos
• Processamento eletrônico de dados
ângulo visibilidade
teclado independente
distancia olho tela, olho teclado e olho documento iguais
altura ajustável
monitor muito baixo 
Equipamentos
Monitor lateralizado
Monitor muito alto
Equipamentos
Ajuste à iluminação do ambiente 
Presença de reflexos de tela 
Grandes áreas da Ergonomia
Transporte de Cargas e outros pontos
Transporte Manual de Cargas
CLT
60 KG
NR17
SEGURANÇA DO 
TRABALHADOR
NIOSH
Transporte Manual de Cargas
vPeso não pode comprometer a saúde.
vTreinamento ou instruções satisfatórias
vMeios técnicos apropriados
vMulheres e jovens peso inferior ao dos homens
vLevantar – puxar - empurrar
Transporte Manual de Cargas
• Avaliar esforço desproporcional
Verificar o tipo de pega e de rodízios, manutenção, peso...
Transporte Manual de Cargas
• Equipamentos mecânicos de ação manual
Pega muito baixa
Transporte Manual de Cargas
tipos de pegas
Transporte Manual de Cargas
tipos de pegas
TransporteManual de Cargas
tipos de pegas
Transporte Manual de Cargas
tipos de pegas
Transporte Manual de Cargas
tipos de pegas
Transporte Manual de Cargas
• Meios técnicos auxiliares
Revista proteção nº 291 - 03/2016 NIOSH 2007
Transporte Manual de Cargas
• Meios técnicos auxiliares
Revista proteção nº 291 - 03/2016
Transporte Manual de Cargas
• Levantamento de peso
Evitar peso >25 Kg
Reduzir frequência
Aproximar do corpo
Manter coluna ereta
Evitar movimentos 
bruscos
Melhorar pega
Condições Ambientais 
NÍVEIS DE RUÍDO
TEMPERATURA 
EFETIVA
VELOCIDADE 
DO ARUMIDADE 
RELATIVA DO AR
ILUMINAMENTO
Análise Ergonômica do 
Trabalho - AET
Situações Críticas: o que não pode 
passar
Posturas extremas por tempo prolongado
Aceleração do ritmo
Trabalho em pé
Sobrecarga estática ou dinâmica sem pausas
Movimentos repetitivos
Análise Ergonômica do Trabalho
• Análise da Atividade
• Comportamentos sobre os 
instrumentos e sobre as 
máquinas
• Comportamentos de tomada 
de informações
• Comportamentos de 
comunicação (gestuais e 
verbais)
• Comportamento de tomada 
de decisão
• medidas
• registros 
• gravações
Reagrupados em uma história com os 
motivos
Será??
AET
• Etapas da AET
1) A análise da demanda e do contexto
2) A análise global da empresa
3) A análise da população de trabalhadores
4) Definição das situações de trabalho a serem estudadas
5) A descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades 
desenvolvidas para executá-las, estratégias com autoconfrontação.
6) Estabelecimento de um pré-diagnóstico
7) Observação sistemática da atividade 
8) O diagnóstico ou os diagnósticos
9) Validação do diagnóstico - entrevistas
10) O projeto de modificações
11) O cronograma de implementação das modificações
12) O acompanhamento das modificações e suas repercussões 
As análises ergonômicas do trabalho 
devem contemplar, no mínimo
• a)descrição das características dos postos de trabalho 
no que se refere ao mobiliário, utensílios, ferramentas, 
espaço físico para a execução do trabalho e condições 
de posicionamento e movimentação de segmentos 
corporais; 
• b)avaliação da organização do trabalho demonstrando:
• 1.trabalho real e trabalho prescrito;
• 2. descrição da produção em relação ao tempo alocado para as tarefas;
• 3.variações diárias, semanais e mensais da carga de atendimento, 
incluindo variações sazonais e intercorrências técnico-operacionais mais 
frequentes;
• 4.número de ciclos de trabalho e sua descrição, incluindo trabalho em 
turnos e trabalho noturno;
As análises ergonômicas do trabalho 
devem contemplar, no mínimo
• 5.ocorrência de pausas interciclos; 
• 6. explicitação das normas de produção, das exigências de tempo, da 
determinação do conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho e do conteúdo das 
tarefas executadas; 
• 7. histórico mensal de horas extras realizadas em cada ano; 
• 8. explicitação da existência de sobrecargas estáticas ou dinâmicas do sistema 
osteomuscular; 
As análises ergonômicas do trabalho 
devem contemplar, no mínimo
• c)relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas 
pela Medicina do Trabalho nos prontuários médicos;
• d) relatórios de avaliações de satisfação no trabalho e clima organizacional, 
se realizadas no âmbito da empresa;
• e) registro e análise de impressões e sugestões dos trabalhadores com 
relação aos aspectos dos itens anteriores;
• f) recomendações ergonômicas expressas em planos e propostas claros e 
objetivos, com definição de datas de implantação.
Recomendações 
• As recomendações ergonômicas deverão ser 
propostas claras e objetivas, específicas para a 
realidade da empresa, com definição de datas de 
implantação.
• Validação do diagnóstico e das recomendações
• Acompanhamento da implantação
• Reavaliação após implantadas – PDCA
• Ergonomia é processo de melhoria contínua!
Problemas mais comuns nas AET
• Não há descrição da atividade, apenas da tarefa 
• Não se vê o trabalhador refletido nas descrições 
• Resumem várias atividades completamente diversas em “Grupo 
Homogêneo” 
• Descrevem somente mobiliário 
• Raramente tratam dos seis itens da Organização do Trabalho 
• Utilizam métodos que não são indicados para o tipo de trabalho 
realizado no local 
• Não deixam claro o(s) método(s) utilizado(s). 
• Check-lists, fotos 
Problemas mais comuns nas AET
• Durante a descrição são citados vários problemas, principalmente quando 
captados pela fala do trabalhador, que não são utilizados no diagnóstico e, muito 
menos contemplados nas recomendações 
• Descrição de problemas da organização e recomendações somente de mobiliário 
• Recomendações genéricas, como “estudar uma solução para o problema X”, 
“trocar mobiliário por outro mais ergonômico” 
• Ou “entender o uso do dispositivo tal no posto x” 
Problemas mais comuns nas AET
• Contratação de consultoria pontualmente 
• Contratação para uma “etapa” do estudo 
• Laudo para engavetar 
• Ingerências da empresa no que vai constar no relatório do 
Ergonomista
• Laudo- Propaganda 
• “A empresa cumpre a NR 17” 
• Troca constante da consultoria, gerando uma quebra do processo, 
com recomeço a cada nova equipe 
Como pedir a AET?
• Por Demandas
• Espontâneas
• Noções de Ergonomia para todos os trabalhadores
• Canal de comunicação fácil
• Comitês de Ergonomia
• Busca Ativa
• Queixas de dor e desconforto
• Casos registrados de adoecimento/acidentes
• Uso de medicamentos
• Absenteísmo por causas gerais
• Problemas na produção
Obrigada pela atenção!
Mini currículo 
Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela
Médica pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2001, concluiu residência em Medicina Preventiva 
e Social com área de concentração em Saúde e Trabalho no Hospital das Clínicas da UFMG em 2003 e 
Mestrado em Saúde Coletiva/ Saúde e Trabalho na Faculdade de Medicina da UFMG.
Atualmente é Auditora fiscal do Trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego, trabalha nos grupos de 
fiscalização da Inclusão de Pessoas com Deficiência/Reabilitadas e de Saúde e Segurança no Trabalho.
Já foi Médica Perita do INSS e Analista pericial no Ministério Público do Trabalho. Professora de cursos de 
pós-graduação em várias escolas, nas áreas de Ergonomia e Saúde e Segurança no Trabalho. 
Integrante do Grupo Interministerial para criação do Sistema de avaliação e valoração das deficiências e 
do grupo de elaboração do Índice de Funcionalidade Brasileiro IF-Br e de grupo técnico de validação do 
IF-BrM.
Integrante do grupo de Elaboração da parte de Saúde e Segurança do E-Social.
Obs: Agradeço os slides cedidos por colegas, Mara Camisassa, Ada 
Assunção, Júlia Abrahão e outros

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