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Direito Financeiro e
Tributário II
Direito Financeiro
Universidade Estácio de Sá (Estácio)
70 pag.
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO 2.
Ementa.
Crédito tributário: surgimento (teorias); lançamento: conceito, natureza, princípios e 
modalidades. 
Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. Garantias e privilégios do crédito tributário. 
Administração tributária: Fiscalização e Certidões. 
Dívida ativa e sua cobrança. 
Execução fiscal. 
Globalização, integração econômica e harmonização tributária conceitos e influências sobre o 
Sistema Tributário Nacional; as experiências da União Européia e do Mercosul. 
Impostos sobre o comércio exterior, sobre a produção e a circulação e sobre a renda e o 
patrimônio. 
Taxas. Contribuições de melhoria. Contribuições parafiscais ou especiais. Empréstimos 
compulsórios.
Objetivos.
Analisar o lançamento tributário e os incidentes do crédito tributário: suspensão, extinção e 
exclusão. 
Compreender as garantias e os privilégios do crédito tributário, a dívida ativa, sua cobrança e os 
mecanismos da Administração Tributária. 
Analisar as influências do fenômeno da globalização sobre o Sistema Tributário Nacional, a 
necessidade de harmonização tributária com sistemas de países economicamente integrados, os impostos 
de per se, e as demais espécies tributárias. Aplicar os conhecimentos em situações concretas.
Metodologia de Ensino.
Aulas expositivas dialógicas. Leitura e análise crítica de textos legais, doutrina e jurisprudência. 
Estudo de casos. Pesquisa. Trabalhos monográficos.
Metodologia de Avaliação.
Provas escritas individuais, trabalhos individuais.
PLANO DE UNIDADE
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE 1
Crédito Tributário.
•Conceito, natureza, teorias sobre seu nascimento; o lançamento tributário, seus princípios e modalidades.
UNIDADE 2.
Incidentes e extinção do Crédito Tributário.
•Suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
•Extinção do crédito tributário, em especial decadência, prescrição, compensação e restituição de tributos.
•Exclusão do crédito tributário. Isenções e sua tipologia.
UNIDADE 3.
Garantias e privilégios do crédito tributário. 
•As garantias materiais e os privilégios processuais do crédito tributário. 
Administração tributária: fiscalização e certidões.
1
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UNIDADE 3.
Dívida Ativa e sua cobrança.
•Dívida ativa: acepções, conceito, natureza, espécies, efeitos jurídicos.
•Execução fiscal: visão geral e peculiaridades.
•Arrolamento administrativo. Medida cautelar fiscal.
UNIDADE 4.
Globalização, integração econômica e harmonização tributária.
Impostos sobre o comércio exterior.
•Os Impostos de Importação e de Exportação: normas e legislação básicas, princípios, elementos 
da obrigação tributária; regimes aduaneiros.
UNIDADE 5
Os Impostos internos sobre a produção e a circulação.
•A experiência internacional do IVA/TVA/VAT – Imposto sobre o Valor Agregado. 
•O IPI e o ICMS; a Lei Complementar 87/96; questões controvertidas.
•O IOF.
•O ISS; questões polêmicas.
UNIDADE 6
Os Impostos sobre a Renda e o Patrimônio.
•O Imposto de Renda: IRPF, IRPJ e IR na fonte; conceitos básicos, regimes, questões relevantes.
•Os Impostos de Transmissão: ITD e ITBI; questões polêmicas.
•O ITR, o IPTU e o IPVA; aspectos controvertidos.
•A previsão constitucional do IGF
UNIDADE 7.
Impostos Extraordinários, Taxas e Contribuições de Melhoria.
•Os impostos residuais e os de guerra.
•Taxas: conceitos, espécies, características, distinções. Principais taxas federais, estaduais e 
municipais e questões controvertidas.
•Contribuições de melhoria: conceito, origens históricas, modelos do direito comparado e razões 
de seu insucesso no Brasil.
UNIDADE 8.
Contribuições Parafiscais ou Especiais e Empréstimos Compulsórios.
•Contribuições parafiscais ou especiais: conceitos, natureza, histórico, espécies, princípios.
•As principais contribuições, legislação, elementos da obrigação.
•Empréstimos compulsórios: origens, natureza, legislação básica, princípios, elementos da obrigação.
Bibliografia Básica.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 24 ed. São Paulo: Malheiros, 2004. 
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 11 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004. 
Bibliografia Complementar
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. 11. ed. rev. e compl.. 11. ed. rev. e compl. 
Rio de Janeiro: Forense, 1999.
MACHADO, Hugo de Brito. Princípios jurídicos da tributação na Constituição de 1988. 4. ed. 
São Paulo: Dialética, 2001.
2
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ROSA JR., Luiz Emygdio F. da. Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: 
Renovar, 2003.
XAVIER, Alberto. Direito tributário internacional do Brasil: tributação das operações 
internacionais. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.
PLANO DE AULAS.
AULA 1:
1.1 – Apuração do Crédito Tributário.
1.2 – Modalidades de Lançamento.
AULA – 2
2.1 – Suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário. 
2.1. – Considerações Finais sobre Suspensão.
2.2 – Exclusão do Crédito Tributário.
2.2.1 – Isenção.
2.2.2 – Anistia. 
2.2.3 – Considerações Finais sobre Exclusão.
AULA – 3
3.1 – Extinção do Crédito Tributário.
3.1.1 – Causas, disciplina do CTN. 
3.2.2 – Prescrição e Decadência. 
3.2.3 – Considerações finais sobre Extinção.
AULA - 4
4.1 – Restituição de Receitas Originárias.
4.2 – Restituição de Receitas Derivadas oriundas dos Tributos.
4.2.1 – Espécies.
4.3 – Compensação de tributos.
4.4 – Questões controvertidas.
AULA - 5
5.1 – Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.
5.2. – A Administração Tributária e a Dívida Ativa. Conceitos. Previsão Legal.
5.2.1 – Sigilos Comercial, Profissional e Fiscal.
5.2.1.1 – Auxílio da Força Pública.
5.2.2 – Certidões Negativas.
5.2.2.1 – Certidão Negativa e Tributo não Vencido.
5.2.2.2 – Certidão Negativa e Perecimento de Direito.
5.2.2.3 – Certidão Negativa e Consignação em pagamento.
AULA 6
6.1 – Dívida Ativa.
6.1.1 – Conceito.
6.1.2 – Legislação de Regência. CTN, Lei 4320/64 e Lei 6830/80.(LEF).
6.2 – Evasão, Elisão, Sonegação e a Fraude Fiscal.
AULA – 7
7.1 – Imposto de Importação.
7.1.1 – Considerações Finais sobre o Imposto de Importação.
7.2 – Imposto de Exportação.
7.2.1 – Considerações Finais sobre o Imposto de Exportação.
7.3 – Globalização e integração econômicas.
7.3.1 – Harmonização tributária: conceitos, graus de harmonização tributária, fases, instrumentos 
e experiências.
7.3.2 – União Européia e Mercosul. Reflexos sobre o sistema tributário brasileiro.
3
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AULA – 8
8.1 – ICMS.
8.2 – IPI.
AULA – 9
9.1 – IOF.
9.2 – ISS.
AULA – 10
10.1 – IR
10.2 - ITR
10.3 - IGF
10.4 - IPVA
10.5 - ITD
10.6 - IPTU
10.7 – ITBI
10.8 – Contribuições Federais e o Simples.
AULA 11
11.0 – Execução Fiscal.
11.1 – Medida Cautelar Fiscal. Lei nº 8397/82.
11.2 – Arrolamento Administrativo. Lei nº 9532/97, Art. 64.
11.3 – Defesa do executado. 
11.4 – O processo Administrativo – fiscal federal. Princípios Constitucionais, legislação e reforma.
11.4.1 – A Consulta.
11.4.2 – Os órgãos julgadores, sua estrutura e composição.
11.4.3 – Rito Procedimental.
UNIDADE I - CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
AULA – 1
1.1 - Apuração do Crédito Tributário.
1.2 - Modalidades de Lançamento.
1.1 - Apuração do CréditoTributário.
Verificamos, na Disciplina Direito Financeiro e Tributário I, detalhadamente, o nascimento da OT, 
dessa forma, passaremos a abordar agora, o Crédito Tributário (CT). 
Em face, tão somente da OT o Estado ainda não pode exigir o tributo (OT principal e acessória ou 
deveres instrumentais), visto que a OT traz consigo um CT na forma ilíquida, logo inexigível. 
O CT é o vínculo de natureza obrigacional, por força do qual o Estado (SA) pode exigir do 
particular, o contribuinte ou responsável (SP), o pagamento do tributo ou a penalidade pecuniária (objeto 
da relação obrigacional). 
A matéria que disciplina o CT encontramos nos Arts. 139 ao 141 do CTN. 
Para tornar esse CT ilíquido em líquido e exigível, necessário se faz que ocorra o Lançamento 
Tributário (LT). 
O LT é um procedimento administrativo, ou seja, segue atos administrativos, tendentes a:
Constatar, verificar a ocorrência do FG da OT.
Determinar a BC.
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Calcular o tributo devido, fixar o valor do tributo (alíquota >> quantum 
debeatur).
Identificar o SP.
Propor a aplicação da penalidade cabível. 
A noção de LT está exposta no Art.142 do CTN. A guia do IPTU é um bom exemplo de 
materialização do LT. 
Importante observação há de ser feita em relação à natureza jurídica do LT. 
Apesar da letra da lei no artigo acima apontado falar “....constituir o crédito tributário.......” sua 
natureza jurídica é, meramente, declaratória visto que o CT se constitui pela ocorrência do FG, o que o LT 
faz, na realidade, como acima demonstrado é quantificar, declarar.
O LT é procedimento administrativo complexo porque envolve a prática de uma série de atos 
(cognição, determinação, apuração, identificação). A iniciativa do LT tanto pode ser do contribuinte, 
quanto da administração. Hoje em dia nos impostos mais importantes a iniciativa do lançamento é do 
contribuinte. 
O LT é uma atividade administrativa vinculada (LEI) e obrigatória (porque não está ao arrepio da 
fiscalização cobrar ou não cobrar, lançar ou não lançar, autuar ou não autuar), conforme preceitua o Art. 
142 § único do CTN. 
A eficácia do LT é meramente declaratória, conforme anteriormente informada, porque o LT se 
reporta à data da ocorrência do FG e rege-se sob a LEI então vigente. Assim nos aponta o Art. 144 do 
CTN.
As conseqüências de a eficácia ser meramente declaratória são as seguintes:
1ª) A revogação da lei não alcança as OT aperfeiçoadas pela ocorrência do FG mesmo que pendente o LT, 
ou seja, se ocorreu o FG e depois a lei revogou ou diminui aquele tributo, essa mudança não altera a OT, 
porque no momento do FG a lei era eficaz. 
2ª) As condições pessoais relacionadas com a incidência ou isenção, obedecerão sempre à data do FG e 
não a do LT. Ex. Seu pai era seu dependente no IR. Ele morre no mês do lançamento, mesmo assim será 
lançado na sua declaração do IR. 
Sintetizando o raciocínio jurídico das conseqüências da natureza jurídica declaratória do LT, 
podemos dizer, pela visão do educador do direito, descompromissada da boa técnica jurídica que o Art. 
144 do CTN nos ensina, que para fazer o LT. 
“VOCÊ DEVE ENTRAR NUMA MÁQUINA DO TEMPO
E
VOLTAR AO PASSADO.”
Para finalizar nossas considerações sobre o LT, é importante frisarmos que é fundamental para a 
revisão do LT que o contribuinte seja notificado do novo lançamento. O SP tem que conhecer tanto a 
revisão quanto o próprio LT. Essa necessidade existe para possibilitar a impugnação (administrativa ou 
judicial) por parte do SP. 
O SP pode alegar para impugnar o LT o seguinte:
Negativa de ocorrência do FG.
Não é ele o contribuinte.
BC utilizada no LT não corresponde a realidade.
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Alíquota. 
Se essas impugnações forem acolhidas pela administração, irão implicar na revisão do LT, por 
iniciativa do SP. O Art. 145 do CTN prevê outras formas de alteração do LT regularmente notificado. 
Assim podemos finalizar as considerações sobre o LT e passarmos a verificar as modalidades de 
lançamento. 
1.2 - Modalidades de Lançamento.
Dentro das normas elencadas a partir do Art. 147 do CTN encontramos, sucessivamente, as 
seguintes modalidades de lançamento Tributário (LT):
LT por declaração.
LT por arbitramento.
LT de ofício.
LT por homologação.
1ª) LT por declaração.
O SP declara ao fisco a ocorrência do FG e lhe fornece as informações necessárias à apuração do tributo 
devido. Ex. A declaração de ajuste anual do IR. Art. 147 do CTN.
2ª) LT por arbitramento.
Ocorre nos tributos imobiliários. Ex: ITBI e ITCMD. O contribuinte apresenta à repartição a guia 
com o valor da transmissão; se o fisco aceitar o dito valor, procederá ao LT; se o não aceitar, arbitrará o 
valor que lhe pareça compatível. Art. 148 do CTN.
3ª) LT de ofício. 
Podemos verificar essa modalidade de lançamento através de duas situações distintas:
Quando o próprio SA efetua o lançamento.
O SA somente procede à revisão do LT anterior realizado pelo SP.
a) LT de ofício por iniciativa do fisco.
A administração tem toda a iniciativa. Tem o cadastro, emite a guia, materializa o LT.
O contribuinte não tem qualquer intervenção. Convém aos impostos patrimoniais. Ex. IPTU, ITR, 
IPVA e também às taxas e a contribuição de melhoria. 
b) O SA procede à revisão do LT anterior.
Aqui a iniciativa do LT cabe ao SP e por conta de uma situação de fiscalização tributária o SA ao 
verificar uma irregularidade, procederá a revisão do LT. Art. 149 do CTN. 
4ª) LT por homologação.
A Lei por medida de economia administrativa atribui ao contribuinte a tarefa de calcular o 
quantum debeatur e recolher aos cofres públicos o valor devido. Cabe a administração homologar. Art. 
150 do CTN. 
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A posição ativa é do contribuinte. Convém aos impostos indiretos: IPI, ICMS, IOF, II e ao IR. É 
conveniente à administração porque em assim sendo, possibilita o planejamento da fiscalização. Exs. 
Fiscalização das concessionárias de automóveis- ICMS, das fábricas de cigarros – IPI.
O contribuinte recolhe e aguarda 5 anos. Se nesse período não sofrer fiscalização, a homologação 
será tácita, neste caso houve a decadência do direito de fiscalizar para a administração. Art.150 § 4º do 
CTN. 
A outra modalidade de homologação é a expressa. Neste caso ocorrendo a fiscalização e 
verificado que o LT está correto, o SA procede a homologação no próprio livro de escrituração. 
Caso haja dolo, fraude ou simulação, não se observa a regra acima mencionada e caímos na regra 
geral do Art. 173 do CTN. 
O SA TEM 5ANOS PARA HOMOLOGAR E + 5 ANOS PARA COBRAR.
FG HOMOLOGAÇÃO COBRAR
5 ANOS Decadência 5 ANOS Prescrição
Exemplificando, no caso do LT feito pelo SP, passado o 1º ano do LT, suponhamos que ocorra 
uma fiscalização e resulte na lavratura de um auto de infração. Após a lavrar o auto o SA terá 5 anos para 
cobrar no caso de inadimplemento, depois prescreve o direito de ação de execução fiscal. 
Temos que ressaltar que em conseqüência do LT por homologação 2 situações podem ocorrer com 
o CT:
CT decaído se pagar tem direito à restituição.
CT prescrito se pagar não tem direito à restituição.
Conforme vimos anteriormente, o LT transforma o CT ilíquido em líquido e exigível. 
Diante dessa situação, perante a um CT líquido e exigível o SP pode assumir 3 posições:
Pagar.
Não concordar e impugnar, administrativamente ou judicialmente.
Se omitir. 
Em conseqüênciado pagamento, ficará o CT extinto. 
Caso o SP venha a impugnar administrativa ou judicialmente, ficará a exigibilidade do CT 
suspensa. O CT ainda existe, o que não pode é o SA até a decisão administrativa irrecorrível ou da 
sentença transitado em julgado exigir o adimplemento CT do SP.
A lei 5172/66 nos aponta além das hipóteses de extinção e suspensão do CT os casos de exclusão. 
UNIDADE II – INCIDENTES E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
AULA – 2
2.1 – Suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário. 
2.1. – Considerações Finais sobre Suspensão.
2.2 – Exclusão do Crédito Tributário.
2.2.1 – Isenção.
2.2.2 – Anistia. 
2.2.3 – Considerações Finais sobre Exclusão.
2.1 – Suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário. 
A partir de agora passaremos a nos ater nas disposições previstas nos Capítulos III, IV e V do 
CTN.
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Dispõe, inicialmente, o Art. 151 sobre as hipóteses de suspensão, senão vejamos:
I) Suspensão da exigibilidade do CT.
Só se suspende CT já constituído pelo LT. A suspensão da exigibilidade do CT implica em que 
também fiquem suspensos os prazos da prescrição. Art.155 § único do CTN. 
A suspensão do CT não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes ou 
conseqüentes da OT principal. Art. 151 § único do CTN.
São hipóteses de suspensão da exigibilidade do CT:
a) Moratória.
É o alargamento dos prazos para o cumprimento da OT. Esse alargamento ocorre em casos de 
calamidades, catástrofes ou conjunturas econômicas desfavoráveis. Os Arts. 152 ao 155 do CTN 
regulamentam a matéria. 
Pode ser de uma só vez ou através de parcelamento; geral ou individual, a todos que se 
encontrarem naquela situação definida em lei. 
Situa-se no campo da reserva legal, conforme prevê o Art. 97 VI do CTN.
b) Depósito.
Pode ser feito tanto na esfera administrativa quanto judicial, não é obrigatório, não constitui 
condição para que o SP possa impugnar a exigência. 
Na instância administrativa evita a incidência de juros e correção monetária.
Na esfera judicial suspenderá a exigibilidade do CT e a fluência dos juros e da correção 
monetária. Art. 151 II do CTN.
c) Reclamações e recursos.
A interposição de reclamações e de recursos também suspende a exigibilidade do CT, desde que 
feita nos termos das leis reguladoras do procedimento tributário administrativo, ou seja, nos casos e nos 
prazos. 
Não podem as leis federais, estaduais ou municipais, negarem às reclamações e / ou aos recursos 
esse efeito suspensivo. 
d) Medida liminar em Mandado de Segurança.
Uma das garantias que a CRFB /88 assegura aos indivíduos para proteção de direito líquido e 
certo, lesado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade. 
Assim, em face de cobrança de tributo indevido pode o SP, em princípio, valer-se do MS.
O contribuinte tem 120 dias a contar da ciência do ato de cobrança do tributo que considera 
indevido, para impetrar o MS. 
2.1. – Considerações Finais sobre Suspensão.
A) O que se suspende?
Resposta F 0
D E
 A exigibilidade.
B) A partir de que momento o crédito tributário é exigível? 
Resposta F 0
D E
 Do lançamento.
C) Liminar pode impedir o lançamento (suspensão prévia da exigibilidade, antes do lançamento)?
Resposta F 0
D E
 Em princípio, não.
D) E se liminar ou tutela antecipada obstar expressamente o lançamento? 
Resposta F 0
D E
 Cessado seu efeito, devolve-se o prazo para lançar à Fazenda Pública.
E) Efeitos:
 Impede o ajuizamento da execução fiscal.
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Suspende o prazo prescricional para ajuizamento da execução fiscal.
Não dispensa o cumprimento das “obrigações” acessórias (CTN, Art. 151, §. único).
F) Modalidades de Suspensão ou Causas Suspensivas:
a) Moratória. (CTN, arts. 153 a 155).
Distinta de novação, parcelamento, transação, remissão e anistia.
Concessão por lei do ente tributante competente; requisitos da lei (Art. 153).
Discutível competência heterônoma da União (Art. 152, I, b).
a.1) Distingue-se do depósito recursal em garantia de instância.
b.1) Impede execução fiscal.
Condicional ou não.
Ampla ou Específica.
Territorialmente restrita ou não.
MODALIDADES 
DE De créditos já lançados e por lançar (mas cujo FG já MORATÓRIA ocorreu).
Incabível para créditos objeto de dolo, fraude ou simulação (Art. 154, §. único).
Anulabilidade (Art. 155).
b) Depósito.
Em dinheiro apenas (Súmula 112 do STJ).
Faculdade para elidir a fluência de acréscimos, não condição de admissibilidade 
de recurso administrativo ou pressuposto processual de ação; interpretação do 
Art. 38 da LEF (Lei 6.830/80).
Distingue-se do depósito recursal em garantia de instância.
Impede execução fiscal.
b.1) Integral; e se for parcial?
Resposta F 0
D E
 Nas vias administrativa ou judicial (Lei 9.703/98: repasse da Caixa Econômica ao Tesouro Nacional 
– controvérsias);
b.2) Em ação cautelar inominada ou na ação principal?
Resposta F 0
D E
 Conversão em renda ou levantamento pelo depositante?
c) Reclamações (Rectius: Impugnações) e Recursos Administrativos).
Duplo grau obrigatório?
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 Impossibilidade de prescrição intercorrente (Súmula 153 do TFR).
d) Liminar em Mandado de Segurança.
Outras Liminares e Tutela Antecipada (LC 104/2001).
e) Parcelamento (LC 104/2001).
2.2 – Exclusão do Crédito Tributário.
2.2.1 – Isenção.
2.2.2 – Anistia. 
Verificamos, anteriormente, que perante a um CT líquido e exigível o SP pode assumir 3 posições: 
pagar, não concordar e impugnar, ou, simplesmente, se omitir. 
Também vimos, que desses posicionamentos poderiam resultar a extinção, a suspensão da 
exigibilidade do CT, ou após se omitir, se vier a ser descoberto, a inscrição em Dívida Ativa. É certo que 
todas essas posições apresentadas somente o SP pode adotar.
A exclusão, tema que passaremos a abordar, é algo diverso em termos de posicionamento perante 
o CT. Aqui quem se posiciona é o SA.
Para tal o SA pode oferecer ao SP a Isenção ou a Anistia como maneiras de se excluir o CT. 
O Art. 175 do CTN aponta as duas maneiras pelas quais o SA pode excluir o crédito tributário.
1ª) Pela Isenção.
Estamos diante do exercício do poder discricionário do SA na medida que a isenção é produto de 
política fiscal e econômica do Estado, visando interesse social. O SA operacionaliza essa política 
focalizando coisas, pessoas e situações. Ocorre a HI, surge o FG, nasce a OT, porém o LT não se 
concretiza.
Cabe observava que na prática o LT ocorre e que há a necessidade do SP se dirigir ao SA para 
provar que está alcançado pela isenção que pleiteia. 
A isenção não alcança as Taxas e às Contribuições de Melhoria. Art. 177 do CTN. 
2ª) Pela Anistia.
Inicialmente não podemos confundir anistia com remissão. 
A remissão conforme já verificamos é causa de extinção, é o perdão total da dívida. 
A anistia, também é um perdão só que parcial, envolve, somente, o perdão das multas pecuniárias.
A anistia não se estende aos atos criminosos, contravencionais ou atos praticados com dolo, 
fraude, simulação e às infrações resultantes de conluio. Art. 180 do CTN.
2.2.3 – Considerações Finais sobre Exclusão.
A) CTN, Arts. 175 a 182.
B) Exclusão => Impedir que se “constitua” o crédito pelo lançamento ou excluir o fato gerador?
B.1) Isenção (CTN, arts. 176 a 179).
Dispensa legal do pagamento de tributo devido; ocorre o fato gerador e surge a 
obrigação, mas a lei dispensa o pagamento do crédito: CTN, Art. 142: 
“constituir” (Rubens Gomes de Souza, Amílcar Falcão, Ruy Barbosa Nogueira, 
Luiz Emygdio Rosa Jr.e STF).
Espécie de não-incidência; a norma isentiva obstaculiza a incidência da norma 
que tributa: CTN, Art. 144 (Alfredo Becker, Aliomar Baleeiro, Souto Maior 
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Borges, Flávio Bauer Novelli, Ricardo Lobo Torres, Hugo de Brito Machado, 
Luciano Amaro, Sacha Calmon, Paulo de Barros Carvalho).
B.1.1) Institutos afins.
Redução de base de cálculo ou de alíquota;
Deduções e abatimentos;
Renúncias 
de 
Receitas
(LRF, art. 14) Restituição (Ex. Drawback-restituição);
Subvenções e subsídios (Ex. Crédito-prêmio de IPI à exportação);
Remissão.
B.1.2) ADCT, Art. 41.
2 anos para reavaliação dos incentivos fiscais setoriais e dos concedidos por convênios 
interestaduais (ICMS). 
B.1.3) CTN, art. 175, § único.
Não dispensa deveres acessórios. 
Aplicável à isenção, mas não à anistia.
B.1.4) Classificações.
Absolutas ou em caráter geral.
Quanto à forma de concessão.
Relativas ou em caráter específico.
Simples, gratuita, unilateral ou incondicionada.
Quanto à natureza.
Contratual, onerosa, bilateral ou condicionada.
Instantânea.
Quanto ao prazo. A prazo certo.
A prazo indeterminado.
Ampla
Quanto à área.
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Restrita ou regional
Geral ou total
Quanto aos tributos que alcança.
Especial ou limitada
Objetiva ou real
Quanto ao elemento. Subjetiva ou pessoal
Mista
Fiscal (justiça: isonomia, capacidade contributiva)
Quanto ao fundamento: Extrafiscal (desenvolvimento econômico, equilíbrio regional, 
redistribuição de renda).
Autonômica.
Quanto ao ente que a concede. Heterônoma. Ex. ICMS – CRFB/88, Art. 155, § 2º, X, a, e 
XII, e ISS – CRFB/88, Art. 156, § 3º; concedida por Tratado 
internacional.
B.1.5) Princípios aplicáveis.
a) Legalidade.
ICMS: convênio interestadual, ratificados por Decreto Estadual. (CRFB/88, Art. 155, § 2º, XII, g; 
LC 24/75). 
b) Irretroatividade.
Caráter prospectivo.
c) Anterioridade.
Para revogar, segundo boa doutrina.
d) Transparência orçamentária.
CRFB/88, Arts. 70, 165, § 7º, 150, § 6º; LRF, art. 14.
e) Isonomia.
Vedação de discriminações odiosas, não razoáveis; STJ: RESP 15.200.
f) Capacidade contributiva.
g) Desenvolvimento econômico.
h) Equilíbrio regional.
i) Redistribuição de renda.
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j) Economicidade e eficiência.
B.1.6) Revogação de isenção.
A qualquer tempo (CTN, Art. 178), segundo a doutrina obedecido o princípio da anterioridade 
(CTN, art. 104, III); segundo o STF com eficácia imediata (RE 99.908, Súmula 615; RESP 5.573 e 
48.735). Mas se onerosa (condição + prazo certo), revoga-se a norma mas respeitam-se as situações 
jurídicas subjetivas (direitos adquiridos) – CTN, art. 178, doutrina e Súmula STF 544.
B.1.7) Interpretação.
Literal (CTN, art. 111, II), entretanto a doutrina entende ser igual a qualquer outra (todos os 
métodos), admitida até a de resultado extensivo.
B.1.8) Prestações jurisdicionais.
Há direito subjetivo à isenção (crítica ao CTN, art. 179, § 2º) e, portanto, ação no caso concreto; 
ações constitucionais; ação popular contra renúncia arbitrária de receita.
B.2) Anistia (do grego amnestia). (CTN, art. 180 a 182).
B.2.1) Conceito.
Esquecimento, apagamento, abolição de infração cometida, tendo por conseqüência o perdão das 
sanções correspondentes (pecuniárias ou não) e a “exclusão” do crédito tributário respectivo (se a sanção 
for pecuniária), já lançado ou não; extingue a punibilidade pela infração.
Distingue-se da remissão, que é causa de extinção do crédito tributário e pode abranger tanto o 
crédito do tributo quanto o crédito da penalidade. Mas quem já cumpriu a sanção ou pagou o crédito antes 
da lei concessiva, não faz jus nem à anistia nem à remissão.
B.2.2) Anistia de infração futura.
Abolição da infração e revogação da sanção, com eficácia retroativa (CTN, Art. 106, II).
B.2.3) “Cancelamento” de débito fiscal.
Remissão ou anistia?
B.2.4) Não abrange infrações tributárias dolosas.
Dolo, fraude, simulação, conluio nem infrações que constituam delito penal (CTN, art. 180, I e II).
B.2.5) Outras causas de extinção da punibilidade previstas no CTN:
Denúncia espontânea de infração, seguida do imediato pagamento ou depósito 
(art. 138).
Observância da jurisprudência administrativa (art. 100, p. único);
Pendência de consulta sobre dúvida fundada e razoável (art. 161, § 2º).
B.2.6) Princípios aplicáveis.
 legalidade (lei específica = lei tributária tipificante, vedada a norma em 
branco).
Retrospectividade.
Equidade (justiça).
B.2.7) Classificações (CTN, Arts. 181 e 182).
 Geral
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Quanto à amplitude.
Limitada (territorialmente, a certos tributos ou a determinadas infrações ou 
valores)
Pura
Quanto aos requisitos.
Condicional
UNIDADE II – INCIDENTES E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
AULA – 3
3.1 – Extinção do Crédito Tributário.
3.1.1 – Causas, disciplina do CTN. 
3.2.2 – Prescrição e Decadência. 
3.2.3 – Considerações finais sobre Extinção.
A extinção do CT, também, é matéria compreendida na reserva legal. Art. 97 VI do CTN. O Art. 
156 do CTN arrola, em seus 11 itens, na realidade, 12 maneiras de extinção do CT, conforme será 
disposto doravante:
a) Pagamento.
É a forma ordinária, usual de extinção do CT.
O CTN estabelece, nos Arts. 157 ao 163, as diversas regras sobre o pagamento. 
Iremos, doravante, tecer alguns comentários sobre acima apontados.
Inicialmente registramos a observação de toda doutrina em relação à letra do Art.157 quanto 
expressão ilide, onde, no entender dominante, deveria se ler elide.
Já sabemos, também, que para o Direito Tributário pouco importa se é ou não o titular quem irá 
saldar o débito existente. O que interessa é que a prestação fiscal seja satisfeita.
Necessário, também, se faz esclarecer que o cometimento de uma infração tributária traz 
conseqüências diversas daquelas do Direito Civil. 
Diz assim a Lei 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 que instituiu o novo código Civil:
CAPÍTULO V
Da Cláusula Penal
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta 
converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
Diante das regras do Direito Tributário o cometimento de uma infração gera a prerrogativa ao SA 
de exigir, concomitantemente, a cumulação tanto da multa moratória, pela demora, impontualidade do 
pagamento, quanto à multa tributária prevista em lei.
Assim não se desassociam as multas da prestação tributária. 
No Art. 158 do CTN, mais uma vez temos que registrar que a interpretação do Direito 
Civil não se aplica ao Direito Tributário:
Seção III
Do Objeto do Pagamento e Sua Prova
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em 
contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
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Deste modo, em sede de Direto Tributário o pagamento de uma parcela do CT não importa na 
presunção da satisfação total da prestação tributária. 
O Art. 159 esclarece sobre o lugar do pagamento e a quem se deve pagar, diferentemente do que 
estabelece o CC. 
Seção IV
Do Lugar do Pagamento
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionaremdiversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Já o Art. 160 do CTN trata do tempo do pagamento, diferentemente do CC. Aqui ocorre, 
normalmente, em 30 dias.
Seção
Do Tempo do Pagamento
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o 
credor exigi-lo imediatamente.
Verificando o Art. 161 encontramos os juros de mora. 
No Art. 162 encontramos as formas de pagamento: moeda e cheque.
No Art. 163 é apresentada a ordem de preferência no recebimento no caso de se constatar 
a existência simultânea de 2 ou mais débitos.
Os Arts. 164 ao 169 tratam, dentro do direito material do CTN, dos aspectos processuais do direito 
de ação.
O Art. 164 de Consignação em Pagamento, o 165 ao 168 da Restituição do Indébito, o Art. 169 da 
ação Anulatória de decisão administrativa que negar a restituição do indébito.
b) Compensação.
É um encontro de contas. 
Se o SP é credor da Fazenda Pública, poderá ocorrer uma compensação pela qual seja extinta a 
OT, isto é, o CT. Art. 170 do CTN.
c) Transação.
É um acordo de concessões mútuas. Só mediante previsão legal. Art.171do CTN. 
d) Remissão.
É o mesmo que perdão ou dispensa. Art. 172 do CTN.
Pode ser concedida, por despacho, pela autoridade administrativa. Para tanto expressamente 
autorizada por lei.
e) Prescrição.
É a perda do direito de ação. A ação de execução fiscal prescreve em 5 anos, contados da data da 
constituição definitiva do CT. Art. 174 do CTN. 
f) Decadência.
É a perda do direito de declarar o CT. Art. 173 do CTN. 
g) A conversão do depósito em renda.
Vencido o SP no litígio, a sentença determinará a conversão do depósito, anteriormente efetuado 
(Art. 151 II do CTN), em renda. 
h) O pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no Art. 150 e 
seus § 1º e 4º.
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A extinção do CT se verifica com o pagamento somado a homologação. 
i) Consignação em pagamento.
Pagar não é apenas um dever, mas também um direito. Por isso existe uma ação própria para 
proteger o direito que tem o SP de pagar o tributo. Art. 164 do CTN.
j) Decisão Administrativa.
k) Decisão Judicial.
l) Dação em pagamento. 
A última maneira de extinção do CT.
A dação em pagamento foi introduzida no Art. 156 através da LC nº 104 de 10 de janeiro de 2001. 
3.2.3 – Considerações finais sobre Extinção.
A) Extinção do Crédito Tributário (e da própria obrigação tributária).
CTN Arts. 156/174.
A.1) Pagamento.
CTN, Arts. 157/164.
Consignação em pagamento judicial ou bancária (CTN, Art. 164; CPC, Arts. 890 e seguintes, com 
alterações da Lei 8.951/94).
Restituição de tributo por pagamento indevido ou a maior (CTN, Arts. 165/169).
A.2) Compensação.
CTN, Art. 170: “créditos líquidos e certos”.
Lei 8.383/91, Art. 66 e § “pagamento indevido ou a maior”.
Lei 9.250/95, Art. 39.
Lei 9.430/96, Art. 74 (Tributos administrados pela Receita Federal).
Lei 10.637/02, Art. 49.
Decreto 2.138/97.
Instrução Normativa da SRF no. 21/97.
Âmbito do INSS: limite de 25%.
Não confundir com compensação de prejuízos para efeito do Imposto de Renda.
A.3) Questões: direito adquirido a compensar?
Lei de regência? (da época em que pagou indevidamente ou a maior, ou da época em que pretende 
compensar?).
A.4) Transação. (CTN, art. 171).
A.5) Remissão.
Só por lei (CRFB/88, Art. 150, §. 6º)
CTN, Art. 172.
A.6) Decadência do direito de lançar. (CTN, art. 173).
A.7) Prescrição da ação de cobrança (CTN, Art. 174; Lei 6.830/80, Art. 2º, § 3º, Art. 8º , § 2º, e Art. 40), 
prescrição intercorrente.
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Prescrição da ação de cobrança de contribuição ao FGTS: 30 anos (Súmula 210 do STJ);
Prescrição da ação de cobrança das contribuições previdenciárias: 5 ou 10 anos?
A.8) Conversão do Depósito Em Renda.
A.9) Decisão Administrativa Irreformável.
A.10) Decisão Judicial Passada em Julgado.
A.11) Confusão (Código Civil Arts. 381/384).
Observação: NOVAÇÃO é a substituição acordada da dívida por outra, ou do devedor por outro (Cód. 
Civil, Arts. 999/1008): incabível no Direito Tributário, segundo alguns; existente na Argentina, segundo 
Hector Villegas.
UNIDADE II – INCIDENTES E EXTINÇÃO DO CRÉDITO
AULA - 4
4.1 – Restituição de Receitas Originárias.
4.2 – Restituição de Receitas Derivadas oriundas dos Tributos.
4.2.1 – Espécies.
4.3 – Compensação de tributos.
4.4 – Questões controvertidas.
A restituição dos ingressos públicos pode ser oriunda de:
Receitas originárias.
Reembolso de despesas processuais.
Levantamento de cauções.
Restituições decorrentes de relações contratuais.
De tributos.
4.1 – Restituição de Receitas Originárias.
A restituição oriunda do Direito Privado se baseia no princípio do enriquecimento sem 
causa do accipiens (credor), em detrimento do solvens.
A.1) Natureza jurídica.
Obrigação de direito público (financeiro), e não obrigação tributária.
A.2) Fundamentos.
Justiça e equidade.
4.2 – Restituição de Receitas Derivadas oriundas dos Tributos.
O Código Tributário Alemão de 1977 no Art. 37 nos ensina as duas pretensões de reembolso 
decorrentes da relação tributária, quais sejam:
 Reembolso a título de incentivo fiscal.
Restituição de indébito.
 Já o Art. 227 nos trás a remissão e a restituição por equidade.
4.2.1 – Espécies.
Segundo Ricardo Lobo Torres a restituição de tributos tem as seguintes espécies:
A.1) Repetição de Indébito. 
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A matéria está disciplinada no Art. 165 do CTN. 
Já o Art. 169 trata da prescrição da ação que pretende anular a decisão administrativa que denegou 
a restituição. Prescreve em 2 anos a ação anulatória.
A repetição pode ocorrer por erro de direito ou de fato, anterior ou contemporâneo ao pagamento.
Nos impostos diretos o SA da repetitória é quem recolheu o tributo. 
Já no caso dos impostos indiretos onde coexistem as figuras do contribuinte de jure (aquele que 
providencia o recolhimento) e do contribuinte de fato (aquele que suporta a carga fiscal, ou seja, em 
última análise aquele quem paga o tributo), o legitimado será o contribuinte de fato. 
Importante a cerca do tema é deixar registrado o que nos ensina o autor acima mencionado.
“O arcabouço do direito à repetição é de construção nitidamente pretoriana. As normas insertas no CTN 
constituem mera positivação do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal”.
A.2) Restituição de Indébito em virtude de Causa Superveniente.
 Decisão judicial invalidando negócio jurídico que constitua o núcleo do fato 
gerador.
Decisão judicial declaratória da inconstitucionalidade da lei tributária.
Lei interpretativa alterando entendimento.
Pagamento antecipado.
Remissão por equidade.
A.3) Restituição de Tributo a Título de Incentivo Fiscal.
Restituição direta ou autônoma. Exs. Incentivos do I.R., antigo crédito-prêmio 
do IPI.
Condicionada a encargos.
Substitutiva.
Restituição subsidiária (de crédito fiscal).
Restituição funcional (imunidade ou isenção).
A.4) Restituição de Empréstimo Compulsório. 
O Empréstimo compulsório é na realidade uma receita atípica com característica de 
restituibilidade, já que a própria lei que o instituiu estabelecerá o prazo e condições de sua devolução. 
4.2 – Compensação de tributos.
A compensação no direito Civil é automática, conforme nos ensinam os Arts. 368 e 369 do CC 
ocorre, entretanto, que em sede de Direito Tributário, a forma extintiva de créditos tem que estar 
autorizada por lei conforme preconizao Art. 170 e seu § único do CTN.
Criação importante é o mecanismo introduzido ao CTN pelo Art 170 – A , através da LC nº 
104/2001 que em preceito de indisfarçável casuísmo vedou: 
“A compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito 
passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.” 
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4.3 – Questões controvertidas.
UNIDADE III – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 
AULA - 5
5.1 – Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.
5.2. – A Administração Tributária e a Dívida Ativa. Conceitos. Previsão Legal.
5.2.1 – Sigilos Comercial, Profissional e Fiscal.
5.2.1.1 – Auxílio da Força Pública.
5.2.2 – Certidões Negativas.
5.2.2.1 – Certidão Negativa e Tributo não Vencido.
5.2.2.2 – Certidão Negativa e Perecimento de Direito.
5.2.2.3 – Certidão Negativa e Consignação em pagamento.
5.1 – Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.
O CTN a partir do Art. 183 até o 193 enumera as garantias e privilégios do CT.
Inicialmente, verificamos que as garantias são decorrentes de Lei e visam, obviamente, a 
satisfação do CT. A prova está registrada na letra dos Arts. 183 e 161.
Em seguida, o 184, demonstra a força do CT ao não excluir os privilégios especiais em face da lei 
de determinados bens. 
Excetuam-se, é obvio aqueles declarados legalmente absolutamente impenhoráveis.
Trata o Art. 185 da presunção de fraude tão logo se verifique a consumação ou o começo de 
procedimento de inscrição em dívida ativa. Essa presunção por parte do SA é juris et de jure , ou seja, 
impossibilita o SP de provar o contrário.
A partir do Art. 186 encontraremos os privilégios do CT. Neste ponto é importante ressaltar as 
novas regras impostas pela entrada em vigor da LC nº 118 de 9 de fevereiro de 2005 que traz os 
dispositivos da Lei de Falências e recuperação de Empresas. 
A primeira novidade sentida está acrescida pelo parágrafo único no Art. 186 que trata da inclusão 
na ordem de preferência dos créditos referentes ao acidente de trabalho e a possibilidade de limitação das 
condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho, derrubando assim a 
primazia anteriormente existente. 
O Art. 187, por força da nova ordem das regras da falência, passa a incluí-la juntamente com a 
recuperação judicial no rol da não sujeição ao concurso de credores. Seu parágrafo único continua 
inalterado, ou seja, só há concurso de credores entre as Pessoas Jurídicas de Direito Público. 
O Art. 188 introduz novas regras em face da LC 118.
Os Arts. 189 e 190 continuam inalterados.
A LC 118 inova o Art. 191 e cria o 191–A.
Os Arts. 192 e 193 permaneceram inalterados. 
5.2. – A Administração Tributária e a Dívida Ativa. Conceitos. Previsão Legal.
É imprescindível, indispensável que a fiscalização tributária seja feita por pessoas às quais a 
legislação atribua competência para tanto, em caráter geral ou especificamente, em função do tributo de 
que se tratar. 
A lavratura de um auto de infração, como qualquer outro ato da administração tributária, só terá 
validade se praticado por quem tenha competência para fazê-lo.
As regras básicas sobre a matéria estão dispostas nos Arts 194 a 200 do CTN. 
5.2.1 – Sigilos Comercial, Profissional e Fiscal.
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Em relação ao Sigilo Comercial, com o advento do CTN ficou afastada a possibilidade de 
invocação das regras do Código Comercial (Arts.17, 18 e 19 – Lei nº 556 de 25 de junho de 1850) ou 
qualquer outra Lei que exclua ou limite o direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, 
papéis e efeitos comerciais ou fiscais. 
Vale o Art 195 do CTN, ou seja, as normas que preservam o sigilo comercial prevalecem entre os 
particulares, mas não contra a Fazenda Pública. Cabe salientar a previsão legal da obrigação de guardar 
livros e documentos fiscais até que ocorra a prescrição dos créditos tributários. Veja, ainda, que o § único 
do Art. acima citado, não estipula o prazo de 5 anos (Art. 174 do CTN), visto que a prescrição pode ser 
suspensa ou até mesmo interrompida. 
Antes de falarmos do Sigilo profissional, necessário se faz tratarmos do Dever de Informar. 
O dever de prestar informações ao Fisco não é apenas do SP, existem terceiras pessoas que 
também estão obrigadas, a matéria está regulamentada no Art. 197 do CTN. 
O dever de informar de terceiros não é obrigação acessória, tem que estar previsto em LEI e não 
em normas inferiores da Legislação. 
A intimação de que trata o artigo é, na realidade, administrativa, vez que em relação à intimação 
judicial todos, inclusive os citados nos incisos, estão obrigados a prestar.
O dever de informar encontra limite no denominado sigilo profissional previsto no Art. 197 § ú. 
do CTN, nos Arts. 347 II e 363 IV do CPC.
Ainda em relação ao Sigilo Profissional, cabe assinalar que o agente público no desempenho das 
suas funções de fiscalização tributária tem em face do mesmo sigilo profissional acima mencionado, a 
obrigação de não divulgar informações obtidas em razão do seu ofício. 
Assim ao mesmo tempo em que assegura ao Fisco o direito de penetrar nos domínios dos 
particulares, tomando conhecimento do que se passa com seus patrimônios, o CTN no Art. 198 e Art. 37 
XVIII da CRFB/88 impedem que tais conhecimentos cheguem até ao público em geral, sob pena de se 
configurar o crime previsto no Art. 154 do CP.
5.2.1.1 – Auxílio da Força Pública.
O Art. 200 do CTN disciplina a matéria. 
A requisição é feita diretamente pela autoridade administrativa, não havendo necessidade de 
intervenção judicial. 
O pressuposto de legitimidade da requisição é o fato de haver sido a autoridade administrativa 
vítima de embaraço ou desacato no exercício de suas funções ou também o fato de ser o auxílio da força 
pública necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária. 
Não exige o CTN, para que se possa ter lugar o uso da força pública, tenha havido crime ou 
contravenção. 
Assim é bom relembrar que:
Embaraço =>Qualquer forma de resistência à atividade fiscal. Não apenas a que configure o delito de 
resistência previsto no Art. 329 do CP. 
Desacato => É o crime previsto no Art. 331 do CP. 
Em contra – partida a autoridade administrativa na cobrança de tributos está vinculada à lei, 
sujeita as sanções penais previstas no crime de Excesso de Exação conforme Art. 316 do CP.
Na prática, essa disposição legal é inoperante. 
5.2.2 – Certidões Negativas.
Já vimos anteriormente que Dívida Ativa é o conjunto de créditos tributários ou não tributários da 
entidade de direito público. É tudo aquilo que a entidade tem a receber (multas, tributos, indenizações, 
reparações e etc.). 
A Dívida Ativa Tributária está disciplinada nos Arts. 201 a 204 do CTN. 
O crédito é levado à inscrição em dívida ativa depois de definitivamente constituído. 
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A inscrição não é ato de constituição do CT. Pressupõe, isto sim, que este se encontre regular e 
definitivamente constituído, ainda que se tenha esgotado o prazo fixado para seu pagamento. 
Mesmo depois de inscrito, o CT continua a render JUROS de mora. Art. 201 do CTN. 
Depois da inscrição em DA não se pode acrescentar ao CT qualquer quantia a título de MULTA, 
ainda que simplesmente moratória. 
Com relação às Certidões Negativas, encontramos a disciplina da matéria nos Arts. 205 a 208 do 
CTN. 
Não sendo possível o fornecimento de certidão negativa, em face da existência de débito, pode aautoridade administrativa fornecer certidão positiva, que em certos casos pode ter o mesmo valor da 
negativa. Art. 206 do CTN.
5.2.2.1 – Certidão Negativa e Tributo não Vencido.
Com efeito, vale como certidão negativa àquela na qual conste a existência de crédito:
A) Não vencido.
Se o CT não está vencido não se pode dizer que sou inadimplente.
B) Em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora.
Se o CT se encontra em processo de execução, com penhora já efetivada, está com sua extinção 
garantida, de sorte que o fisco não tem interesse em denegar a certidão. 
C) Cuja exigibilidade esteja suspensa.
Se estiver com a exigibilidade suspensa, o fundamento da suspensão justifica também o 
fornecimento da certidão. 
O pagamento do tributo em regra não acontece no momento em que o CT respectivo é constituído, 
mas no tempo fixado pela legislação específica. 
Se esta não fixa o tempo, o vencimento do CT ocorre 30 dias após a data em que se considera o SP 
notificado do LT. Art.160 do CTN. 
Se não há LT, não há CT e por isto é induvidoso o direito do SP à certidão negativa. Se há LT, mas 
o CT não está vencido, também. 
A recusa de certidão negativa somente se justifica quando existe CT vencido. 
Tendo havido o parcelamento da dívida, estando o SP em dia com as prestações correspondentes, 
também não se justifica a recusa. 
Com o parcelamento, dá-se a prorrogação do prazo para pagamento, e por isto não se pode dizer 
que existe CT vencido. O ter sido prestada, ou não, garantia de qualquer natureza, para a obtenção 
do parcelamento, é irrelevante. 
A rigor, a certidão negativa de débito significa apenas que o SP não se encontra em MORA, em 
estado de inadimplência para com o fisco. 
O ato de recusa da certidão negativa, sem que exista débito vencido, pode ser entendido como uso 
de meio ilegal para compelir o SP ao pagamento do tributo, e assim pode configurar o crime de excesso 
de exação, definido no Art. 316 I do CP, com a redação que lhe confere a Lei nº 8. 137 de 27 de dezembro 
de 1990. 
O que se vê na prática, porém, é que as certidões positivas são geralmente recusadas. O disposto 
no Art. 206 do CTN é letra morta. 
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O contribuinte que pretender fazer com que uma certidão positiva, nas condições nele referidas, 
seja aceita em lugar de uma negativa, terá de impetrar Mandado de Segurança contra a autoridade perante 
a qual a certidão tenha de produzir efeitos. 
Por isso o SP termina pagando. 
5.2.2.2 – Certidão Negativa e Perecimento de Direito.
Não é exigível Certidão Negativa para a prática de ato que tenha por fim evitar a caducidade de 
direito. 
Mas todos os participantes do ato respondem pelo tributo porventura devido, conforme prevê o 
Art. 208 do CTN.
Se mesmo havendo débito é expedida certidão negativa, há um erro contra a Fazenda Pública.
5.2.2.3 – Certidão Negativa e Consignação em pagamento.
A propositura da Ação de Consignação em Pagamento não assegura desde logo o direito à certidão 
negativa. Se existe LT, e o SP, por exemplo, oferece valor menor, por entender que o LT está incorreto, 
somente com o trânsito em julgado da sentença que julgar a ação procedente estará extinto o CT e, em 
conseqüência, terá o SP direito a certidão negativa. 
AULA 6
6.1 – Dívida Ativa.
6.1.1 – Conceito.
6.1.2 – Legislação de Regência. CTN, Lei 4320/64 e Lei 6830/80.(LEF).
6.2 – Evasão, Elisão, Sonegação e a Fraude Fiscal.
6.1 – Dívida Ativa.
6.1.1 – Conceito.
6.1.2 – Legislação de Regência. CTN, Lei 4320/64 e LEF.
A DÍVIDA ATIVA É O CONJUNTO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS DA 
ENTIDADE DE DIREITO PÚBLICO.
Dívida Ativa (DA) é tudo aquilo que a entidade tem a receber (multas, indenizações, tributos). 
Então se o contribuinte não paga e não e consegue elidir, eliminar, suprimir, satisfazer aquele CT, 
seja pela via administrativa ou judicial, fatalmente, esse crédito será inscrito em Dívida Ativa. 
Após sua inscrição será, extraída uma certidão, com força de título executivo extrajudicial. 
A Certidão da Inscrição em Dívida Ativa (CDA) é quem vai instruir o Processo de Execução 
Fiscal.
A partir deste momento processual, restará ao contribuinte oferecer Embargos à Execução 
(ação de cognição, incidente no Processo de Execução). Para embargar é preciso assegurar o juízo. 
(depositando R$ ou nomeando bens à penhora). Trata-se, na realidade, de matéria processual.
Essas fases são importantes, por uma questão básica, o tempo que medeia essas fases.
O contribuinte não pode ficar eternamente a mercê do lançamento, da inscrição em dívida ativa. 
O tempo no Direito é quem dá segurança às relações jurídicas. O tempo é quem medeia o direito. 
6.1.2 – Legislação de Regência. CTN, Lei 4320/64 e Lei 6830/80.(LEF).
O Art.201 do CTN conceitua DA.
Já a Lei nº 4320/64 dispõe a respeito de dívida ativa tributária e não - tributária no seu Art. 39. 
Especificamente sobre a DA tributária, trata o § 2º do referido artigo. Importante se frisar que o CTN 
trata somente da DA tributária enquanto a Lei 4320/64 trata da DA tributária e não - tributária.
De acordo com o Art. 159 do Decreto nº 99180 de 15 março de 1990, é a Procuradoria – Geral da 
Fazenda Nacional o órgão encarregado em apurar e inscrever, para fins de cobrança judicial, a Dívida 
Ativa da União.
A LEF nos Arts. 2º e 3º trata da matéria referente à DA. 
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6.2 – Evasão, Elisão, Sonegação e a Fraude Fiscal.
Existem 4 situações importantes ligadas ao FG que são verificadas antes e depois de sua 
ocorrência.
Há dificuldades semânticas com relação a cada um desses conceitos em português e nos outros 
idiomas, além de desencontros teóricos sobre a sua licitude. 
A Evasão e a Elisão ocorrem antes do FG (por isso quase sempre são lícitas), já a Sonegação e a 
Fraude dão-se após a ocorrência do FG (são sempre ilícitas).
A) Evasão.
É a economia de imposto obtida ao se evitar o ato, o fato ou a situação jurídica que dá surgimento 
ao FG. Ex. Deixar de fumar para não pagar IPI e ICMS. 
É sempre lícita porque o SP atua numa área não sujeita a incidência da norma jurídica. 
B) Elisão.
É a economia de imposto obtida pela prática de um ato revestido de forma jurídica que não se 
subsume (não compreendido, não concebido) na descrição abstrata da Lei.
É trabalhar na “brecha da Lei”.
C) Sonegação.
É a economia de tributo pela ocultação da ocorrência do FG. É sempre ilícita. 
D) Fraude.
É a economia de tributo pela falsificação de documentos fiscais, na prestação de informações 
falsas ou na inserção de elementos inexatos nos livros fiscais, com o objetivo de não pagar o tributo ou de 
pagar importância inferior à devida. 
É sempre ilícita.
UNIDADE IV – GLOBALIZAÇÃO, INTEGRAÇÃO ECONÔMICA E HARMONIZAÇÃO 
TRIBUTÁRIA. IMPOSTOS SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR. 
AULA – 7
7.1 – Imposto de Importação.
7.1.1 – Considerações Finais sobre o Imposto de Importação.
7.2 – Imposto de Exportação.
7.2.1 – Considerações Finais sobre o Imposto de Exportação.
7.3 – Globalização e integração econômicas.
7.3.1 – Harmonização tributária: conceitos, graus de harmonização tributária, fases, instrumentos 
e experiências.
7.3.2 – União Européia e Mercosul. Reflexos sobre o sistema tributário brasileiro.
7.1 – Imposto de Importação.
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO.
(I I).
Art.153 I da CRFB/88 e Arts. 19 ao 22 do CTN
I – Competência.
Também conhecido, vulgarmente, como “tarifa aduaneira” e/ou “tarifas da alfândega”. 
É da competência da União Federal, por se tratar de um imposto com implicações no 
relacionamento do país e o exterior. No âmbito internacional não se deve projetar a personalidade jurídica 
dos Estados-membros, mas a própria federaçãocomo um todo. 
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II – Função.
Sua função é extrafiscal. É muito mais importante como instrumento de proteção da indústria 
nacional do que como instrumento de arrecadação de recursos financeiros para o tesouro público. 
Se não existisse o II, a maioria dos produtos industrializados no país não teria condições de 
competir no mercado com seus similares produzidos em países economicamente mais desenvolvidos, 
onde o custo industrial é reduzido graças aos processos de racionalização da produção e ao 
desenvolvimento tecnológico de um modo geral.
Além disso, vários países subsidiam as exportações de produtos industrializados, de sorte que os 
seus preços ficam consideravelmente reduzidos.
O II não está sujeito aos princípios da anterioridade, da legalidade e tão pouco da noventena (Arts. 
150 § 1º e 153 § 1º da CRFB/88 e Art. 21 do CTN). 
Assim, o II funciona como valioso instrumento de política econômica.
III – FG.
Entrada de produtos estrangeiros no território nacional, considerando sob esse aspecto os bem 
móveis destinados ao consumo, inclusive: energia elétrica, combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes 
e minerais.
Não se deve confundir a ocorrência do FG do II com a forma pela qual esta se exterioriza, ou é 
documentada. 
Uma coisa é o FG do imposto, que é a entrada (física e destinação) das mercadorias território 
nacional.
Outra coisa é o momento em que se considera ocorrido tal fato, para determinado fim. 
Assim para fins de direito intertemporal, é relevante a data em que esse conjunto de fatos 
começou a se formar, representando a consolidação de uma situação que se pode considerar incorporada 
ao patrimônio do contribuinte.
Para ilustrar tal situação podemos nos valer do caso do aumento da alíquota do II para carros já 
faturados e embarcados no Exterior. Neste caso tem-se consolidada uma situação que não admite 
mudança no regime jurídico de importação, sob pena de se ter violado o princípio da irretroatividade das 
Leis. 
IV – Alíquotas. 
Podem ser Específicas (quantidade) e Ad Valorem (% sobre um valor).
Normalmente são alíquotas elevadas e constituem verdadeiro estímulo à prática do descaminho. 
Funciona a lei natural segundo a qual a tendência para sonegação aumenta na medida em que é 
maior a alíquota do tributo.
V – BC.
O Art. 20 do CTN além de disciplinar a matéria sobre a BC, traz a previsão da existência das 
alíquotas acima mencionadas.
De um modo geral se entende o preço constante da fatura.
Entretanto, existem duas outras formas de determinar esse preço, visto que essa liberdade poderia 
acarretar verdadeiros absurdos por ocasião da emissão das referidas faturas (Invoice).
O preço de referência.
A pauta de valor mínimo.
O preço de referência é fixado pelo Conselho de Política Aduaneira; e a pauta de valor mínimo, é 
estabelecida pela Comissão Executiva do mencionado Conselho de Política Aduaneira. 
VI – Contribuinte. 
É o importador ou quem a lei equiparar (Art. 22 I do CTN). 
Em se tratando de produtos apreendidos ou abandonados, o contribuinte será o arrematante destes 
(Art. 22 II do CTN). 
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Normalmente o importador é uma PJ, regularmente instalada, mas para fins do II, é considerado 
importador qualquer pessoa, seja natural ou jurídica, regularmente estabelecida ou não que realize a 
introdução da mercadoria em território nacional.
A capacidade tributária passiva independe de formalismo – Art. 126 do CTN.
VII – Lançamento. 
Deveria ser mediante declaração do SP, oferecendo ao fisco os elementos informativos necessários 
a esse fim, ao providenciar o despacho aduaneiro das mercadorias importadas.
Entretanto, a legislação em vigor determina seja feito o pagamento do II antes de qualquer 
providência da fiscalização, tendo-se, assim, um lançamento por homologação. 
7.1.1 – Considerações Finais sobre o Imposto de Importação.
Desde 1º de maio de 2004, as importações de bens, que já eram oneradas pelo Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e pelo 
Imposto de Importação, bem como as de serviços que eram pelo Imposto Sobre Serviços (ISS), passaram 
a sofrer, também, incidência do PIS - Importação e da COFINS - Importação.
A nova sistemática foi crida pela Emenda Constitucional nº 42/03 que trouxe a possibilidade de a 
União instituir contribuições sociais na importação que tivessem como base de cálculo o valor aduaneiro.
Assim surgiu a Lei nº 10.865/04 (fruto da conversão da Medida Provisória nº 164/04) instituindo 
a incidência do PIS e da COFINS nas importações, determinando que tais contribuições incidiriam sobre 
o valor aduaneiro, assim entendido aquele que servir de base para o Imposto de Importação, acrescido do 
ICMS no desembaraço e o valor das próprias contribuições. 
Ocorre que a referida lei extrapolou o conceito de valor aduaneiro, criando mais um elo de uma 
cadeia tributária intrincada, pois o que se observa é a incidência de tributos sobre tributos. 
Desta feita, considerando-se um bem importado, haverá a incidência de tributos, uns sobre os 
outros, sucessivamente, pois uns são componentes da base de cálculo dos outros. 
Primeiramente, o Imposto de Importação apurado sobre o valor aduaneiro, calculado conforme as 
regras do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) de 1994, conhecido como Acordo de Valoração 
Aduaneira, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 30/94. 
Em seguida haverá o IPI, cuja base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido dos impostos 
incidentes no desembaraço e encargos cambiais efetivamente pagos. 
Incidirá ainda o ICMS baseado no valor da mercadoria, acrescido do Imposto de Importação, IPI, 
impostos sobre câmbio e demais despesas aduaneiras. 
Por fim, além dos anteriores, tem-se o PIS - Importação e a COFINS - Importação, cujo cômputo 
de forma pouco tortuosa é composto pelo valor aduaneiro, acrescido do ICMS e dessas mesmas 
contribuições.
Em outras palavras, o PIS - Importação e a COFINS - Importação acabam incidindo sobre eles 
próprios.
No caso da importação de serviços não haverá o Imposto de Importação, IPI ou ICMS, mas, por 
outro lado, desde 1º de janeiro de 2004 há para determinados serviços a incidência do ISS. 
È também importante ressaltar que o valor a ser considerado, para efeitos de determinação do PIS 
-Importação e da COFINS - Importação, nesses casos, é o montante pago pela prestação, antes de 
descontado o IR retido na fonte, mais o ISS.
Como se percebe, tornou-se extremamente complexo o cálculo dos tributos na importação, razão 
pela qual a Secretaria da Receita Federal (SRF) vem expedindo atos normativos, destinados a esclarecer 
ao contribuinte as fórmulas necessárias para tanto. 
Atualmente encontra-se em vigor a Instrução Normativa nº 436, de 27 de julho de 2004, que 
apresenta as fórmulas matemáticas para o cálculo do PIS - Importação e da COFINS - Importação. 
A dificuldade de compreensão do cálculo desses tributos é tanta que atinge não somente os 
contribuintes, mas também as próprias autoridades fazendárias, haja vista que a fórmula de cálculo 
atualmente em vigor por força da Instrução Normativa SRF nº 436/2004, que revogou outra anteriormente 
expedida pelo Ato Declaratório Executivo nº 17, de 30 de abril de 2004. 
Aliás, a própria Instrução Normativa nº 436/04 reconhece a existência de distorções na fórmula 
anterior, na medida que seu artigo 6º menciona o direito de restituição aos contribuintes que, ao seguirem 
o cálculo anteriormente expedido, recolheram PIS e COFINS a maior em suas importações. 
Todavia, observe-se que somente terão direito a tal restituição aqueles contribuintes que nãoutilizaram os valores pagos na importação para compensar o PIS e a Cofins incidente sobre as receitas. 
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Por último, em face da grande importância do II como instrumento de política econômica e do 
comércio exterior, o estudo desse imposto envolve figuras típicas, tais como: Drawback, o porto livre, a 
zona livre ou zona franca, franquia temporária, além de outras. 
Assim se conclui da existência de imensa legislação pertinente ao referido imposto. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO.
1) Legislação Básica.
CRFB/88, Art. 153, I e § 1º; CTN, arts. 19/22; Dec. - Lei 37/66 e alterações; Dec. 4.543/02 
(Regulamento Aduaneiro).
2) Fato Gerador.
Entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro (= data do registro da DI – Declaração 
de Importação).
3) Base de Cálculo.
Valor aduaneiro (= valor normal da operação), quando alíquota for ad valorem.
Quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na TAB – Tarifa Aduaneira do 
Brasil, quando a alíquota for específica (Ex. para X ton do produto Y, a alíquota específica será = Z reais).
4) Alíquotas. 
Estabelecidas na TAB.
 Ad valorem.
Específicas.
Mistas.
5) Contribuintes.
Importador.
Destinatário da remessa postal internacional.
Adquirente / Arrematante.
6) Responsáveis Tributários.
O transportador, depositário, adquirente ou cessionário.
7) Alguns Conceitos Básicos.
a) Território aduaneiro.
Zona primária (portos, aeroportos e pontos alfandegados de fronteiras).
Zona secundária (o restante do território nacional); recintos e terminais alfandegados.
FOB, CIF.
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b) Controle aduaneiro de meios de transporte (navios, aviões, trens, caminhões etc.).
Manifesto de carga.
Vistoria Aduaneira. 
Observação: Mercadoria “estrangeira” (inclui também desnacionalizada = exportada a título definitivo, 
e a reimportada fora do regime de exportação temporária).
c) Despacho aduaneiro de importação; docs. Necessários.
DI, conhecimento de carga, fatura comercial e certificado de origem.
d) Regimes aduaneiros especiais (com suspensão do imposto).
Trânsito aduaneiro.
Admissão temporária.
Exportação temporária.
Drawback (3 espécies: suspensão, isenção e restituição de imposto).
Entreposto aduaneiro.
Entreposto industrial.
e) Regimes aduaneiros atípicos.
Zona Franca de Manaus, Amazônia Ocidental e áreas de livre comércio.
Loja franca (freeshop).
Depósito especial alfandegado.
7.2 – Imposto de Exportação.
IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO.
(IE)
Art.153 II da CRFB/88 e Arts. 23 ao 28 do CTN.
Condenado desde o Império, quando era uma das principais receitas do Fisco Nacional, o imposto 
de exportação foi transferido para os Estados-Membros pela Constituição de 1891.
Discutiu-se, durante gerações, o caráter anti - econômico desse tributo, que, em geral, opera contra 
o país na concorrência internacional, onerando os artigos de sua produção e de seu comércio com o 
estrangeiro.
Diante desta constatação, a sua utilização há de ser feita com extrema prudência. 
É por isso que, obviamente, o imposto de exportação só pode ser instituído para incidir sobre 
produtos relativamente aos quais o país exportador apresente tais vantagens competitivas que, mesmo 
com a tributação, ele se torne concorrencial. 
Hoje só verificamos sua incidência, basicamente, sobre produtos que sejam originários da flora e 
fauna do nosso país.
Para ratificar sua quase total inexistência, nos valeremos dos ensinamentos da feliz expressão de 
Ives Gandra Martins:
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"A tradição do comércio exterior é a de exportar produtos e não exportar tributos. E só se exporta tributos 
quando a exportação de produtos com tributos não retire a competitividade dos produtos nacionais”.
I – Competência. 
É da competência da União instituir e cobrar o IE para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados, isto porque o controle e a uniformidade de critérios na condução da política nacional de 
exportação devem ser preservados.
II – Função. 
Presta-se mais a como instrumento de política econômica do que como fonte de recursos 
financeiros para o Estado. Sua função é extrafiscal. 
Não se aplicam os princípios da legalidade, da anterioridade e noventena (Arts. 150 § 1º e 153 § 1º 
da CRFB/88).
III – FG.
O Imposto de exportação, ou mais propriamente sobre exportação (IE) tem como FG a saída de 
produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional. (Art. 23 do CTN). Considera-se ocorrido o 
FG no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente. Tal saída, por ficção 
legal, ocorre no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente. Não se 
consumando, porém, a exportação, por qualquer motivo, o IE deve ser restituído, eis que efetivamente 
inocorreu o seu FG.
IV – Alíquotas.
Podem ser Específicas ou Ad Valorem. 
A alíquota do imposto é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para 
atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 150%.
O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou 
as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio 
exterior.
Devido ao fato de que o equilíbrio da balança comercial depende fundamentalmente do esforço de 
exportação e que o imposto é extrafiscal, o imposto é minimamente exigido, sendo comum o uso da 
alíquota zero.
V – BC.
A BC do IE é, em se tratando de produto sujeito à alíquota específica, a unidade de medida 
adotada pela Lei, e, em se tratando de produto sujeito à alíquota ad valorem, o preço normal (FOB) que o 
produto, ou similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre 
concorrência. (Art. 24 do CTN). 
O Art. 24 do CTN prevê tanto alíquotas específicas, quanto ad valorem. 
No entanto, o Decreto-Lei nº 1.578/77 preferiu adotar apenas alíquotas ad valorem, estabelecendo 
em seu Art. 2º, in verbis:
A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao 
tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, 
observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-Lei n. 1.578, de 1977, art. 
2º, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, Art.51).
§ 1º - Quando o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações 
bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio Exterior fixará critérios específicos ou 
estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração da base de cálculo (Decreto-Lei n. 1.578, de 1977, 
art. 2º, § 2º, com a redação dada pela Medida Provisória n. 2.158-35, de 200, Art.51).
§ 2º - Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das 
mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou de produção, acrescido dos 
impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos 
custos, mais impostos e contribuições (Decreto-Lei n. 1.578, de 1977, art. 2º, § 3º, com a redação dada 
pela Lei n. 9.716, de 1998, Art. 1º).
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VI – Contribuinte.
É o exportador ou quem a lei assim equiparar. (Art. 27 doCTN).
Exportador é aquele que remete a mercadoria, a qualquer título, para o exterior, ou a leva consigo.
Não é necessário que seja comerciante, industrial ou produtor, vale dizer, não é necessário que 
seja empresário, pois a exportação, como FG do imposto em causa, pode ser eventual e sem intuito de 
lucro. 
VII – Lançamento. 
Geralmente é feito por declaração do exportador, mas a autoridade administrativa tributária tem a 
faculdade de recusar qualquer um dos elementos dessa declaração, especialmente o preço das 
mercadorias. (Art. 149 III do CTN). 
7.2.1 – Considerações Finais sobre o Imposto de Exportação
A utilização do IE é eventual, eis que ele não significa, como já verificamos, fonte de receita 
orçamentária permanente. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO.
1) Legislação básica.
CRFB/88 art. 154, II, e § 1º; CTN, Arts. 23/28; Dec. - Lei 1.578/77, alterado pelas Leis 9.362/96, 
9529/97 e 9.716/98;
Dec. 4.543/02 (Regulamento Aduaneiro) e legislação do Imposto de Importação, 
subsidiariamente.
2) Fato gerador.
Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do território nacional (= registro da exportação no 
SISCOMEX).
3) Base de cálculo.
Preço normal (= preço à vista FOB ou colocado na fronteira); pauta de valores mínimos
4) Alíquota.
Ad valorem de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la até 5 vezes.
5) Contribuinte.
Exportador ou equiparado
7.3 - Globalização e integração econômicas.
7.3.1 - Harmonização tributária: conceitos, graus de harmonização tributária, fases, instrumentos 
e experiências.
7.3.2 - União Européia e Mercosul. Reflexos sobre o sistema tributário brasileiro.
A integração econômica, após a 2ª Grande Guerra, ocorreu, inicialmente, com a criação de três 
grandes conglomerados econômicos, por senão vejamos:
I) Na Europa Ocidental:
Surge a CEE, ou seja, a União Européia.
II) Na América do Norte:
NAFTA - North American Free Trade Agreement (EUA, Canadá e México).
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III) No Sudeste Asiático: (Japão; China).
APEC - Associação de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Taiwan, Honk-Kong, Coréia, 
Vietnã, Índia, Indonésia, Filipinas, Malásia, Tailândia, Cingapura)
Paralelamente, outros blocos econômicos menores se formaram, cabendo destaque:
I) AFTA - Associação Asiática de Livre Comércio.
II) COMECON - Conselho de Assistência Econômica Mútua (ex-países-satélites da URSS).
III) CEI - Comunidade dos Estados Independentes (ex-URSS).
IV) Pacto de VISEGRAD (Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslovaca)
COMESA - Mercado Comum dos Países do Leste e do Sul da África.
Na América Latina, verificamos o surgimento dos seguintes blocos:
:
I) CEPAL
II) OEA
III) ALALC / ALADI - Associação Latino-Americana de Integração.
IV) PACTO ANDINO (Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela).
IV) CARICOM (países do Caribe).
V) MCCA - Mercado Comum Centro-Americano
VI) MERCOSUL - Mercado Comum do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai)
Para se chegar a ter, na realidade, um bloco econômico os países desenvolvem o processo através 
ad observância das seguintes fases ou graus de integração econômica:
1 - ZONA DE LIVRE COMÉRCIO (eliminação progressiva de gravames e restrições ao comércio 
intrazonal)
2 – UNIÃO ADUANEIRA (política comercial uniforme e relação a terceiros e pauta aduaneira comum)
3 – MERCADO COMUM (abolição também de restrições aos fatores de produção: capital e trabalho).
4 – UNIÃO ECONÔMICA (harmonização das políticas econômicas nacionais).
5 – INTEGRAÇÃO ECONÔMICA TOTAL (uniformização das políticas monetária, fiscal, social: 
traçadas por autoridades supranacionais).
UNIDADE V – OS IMPOSTOS INTERNOS SOBRE A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO.
AULA – 8
8.1 – ICMS.
8.2 – IPI.
8.1 – ICMS.
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE 
COMUNICAÇÃO
30
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(ICMS)
Art. 155 II § 2º do item I ao XII da CRFB/88. LC nº 87/96 e Lei nº 2657/96
I – Competência.
Antigo ICM, na CRFB/88, teve seu âmbito de atuação ampliado, passando a abranger, também, as 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; com isso a sigla 
ICM foi substituída por ICMS. 
Competente é o Estado onde se verifica a sua HI. 
Todavia, esta regra não produz os efeitos práticos desejados, em virtude da não cumulatividade do 
imposto, técnica da qual em muitos casos decorrem sérias distorções, com favorecimento dos Estados 
predominantemente produtores, em detrimento daqueles predominantemente consumidores. 
II – Função.
A sua função é predominantemente fiscal. 
É fonte de receita bastante expressiva para os Estados e o Distrito Federal. 
Conforme o Art. 156, § 2º, item III da CRFB/88, o ICMS poderá ser seletivo em função da 
essencialidade dos serviços e mercadorias, facultando assim o seu uso com função extrafiscal. Entretanto 
para não permitir abusos, cuidou a CRFB/88 de estabelecer que o Senado Federal poderá estabelecer as 
alíquotas mínimas e máximas, conforme dispõe o Art. 155, § 2º, itens IV e V.
III – FG.
O FG do ICMS é descrito na Lei Estadual ou do Distrito Federal que o instituiu.
Segundo a CRFB/88, cabe a LC estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre a definição dos FG. Art. 146, item III, alínea a. A LC, todavia, não é o 
instrumento hábil a instituição do tributo, a não ser, é claro, naqueles casos nos quais a própria CRFB/88 
determina, por exemplo, conforme o Art. 154, item I.
Assim temos que entender que a lei complementar a que se refere o Art. 146, item III, não institui 
tributo, não descreve o seu FG. 
Não é Lei de tributação, mas LEI SOBRE LEIS DE TRIBUTAÇÃO.
No caso do ICMS, a CRFB/88 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) no 
seu ART. 34, § 8º, estabeleceu que se no prazo de 60 dias contados de sua promulgação, não fosse editada 
a LC necessária a sua instituição, vale dizer, a LC a que se reporta o Art. 146, item III, os Estados e o 
DF, mediante convênio celebrado nos termos da LC nº 24 /75 regulariam a matéria. 
Assim o Constituinte Federal substituiu a LC pelo convênio interestadual, para o fim de viabilizar 
a instituição do ICMS, logo após a promulgação da Carta Magna. 
Os Estados celebraram o Convênio nº 66/88, segundo o qual o ICMS tem como FG as operações 
relativas à circulação de mercadorias e as prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior (Art. 1º). 
Estabelecia, ainda, dito Convênio, que o imposto incide também sobre a entrada de mercadoria do 
exterior, ainda que se trate de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como 
sobre serviço prestado no exterior. (Art. 1º, § único do Convênio 66/88). (Art. 155, § 2º, item IX, alínea a 
da CRFB/88). 
Ocorre que com a entrada em vigor da LC nº 87 de 13 de dezembro de 1996, a falta da lei 
complementar acima mencionada deixou de existir e o ICMS passou a ser regulamentado pelos 36 artigos 
da LC 87/96 mais conhecida como Lei Kandir.
Dentro do aspecto do FG, algumas considerações precisam ser realizadas para um melhor 
entendimento do núcleo dessa obrigação tributária. 
Desmembrando sua descrita teremos:
a) Imposto sobre operações relativas à circulação.......
Operações relativas à circulação são quaisquer atos ou negócios que implicam na circulação de 
mercadorias, ou seja a mudança de propriedade dentro da circulação econômica que as leva da fonte até 
o consumidor. 
A principal dessas operações é, sem dúvida, o contrato de compra e venda. Vale ressaltar que um

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