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RESUMO AVD SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR 
Tema 1: Iniciação ao Exame Clínico em Enfermagem.
· A fase inicial do processo de enfermagem, comumente conhecida como coleta de dados do paciente. Na coleta de dados, são obtidas várias informações e, nesse momento, o enfermeiro deverá atentar para o que realmente influencia no diagnóstico do paciente. A coleta de dados é realizada a partir de três métodos: entrevista semiestruturada, observação ativa e exame físico. Tipos de dados: subjetivos (baseados na fonte de dados) e objetivos (baseados no exame). A fonte de dados pode variar.
· Hinkle (2016) estabelece que o processo de enfermagem tem seu ponto de partida na avaliação, que é subdividida nas seguintes etapas: coleta do histórico de saúde; realização do exame físico; entrevista com familiares ou outros entes próximos do paciente; estudo do prontuário do paciente; e organização, análise, síntese e resumo dos dados obtidos. Seguindo todas essas etapas, um diagnóstico é obtido e, por meio dele, é traçado um plano assistencial.
· Histórico de saúde e registro em enfermagem: Uma forma de acompanhar o quadro evolutivo e de obter dados sobre o paciente está na evolução ou na anotação da enfermagem. Chamados de registros são realizados diariamente no prontuário, acompanhando melhora ou piora da saúde do paciente a cada 12 ou 24 horas. A construção e a evolução de enfermagem são responsabilidade do enfermeiro, já as anotações, responsabilidade do técnico de enfermagem. Durante a internação, além da evolução, geralmente realizada no início da manhã e no início da noite, registram-se ocorrências, administração de medicações em casos emergenciais (SOS), realização de procedimentos e encaminhamento para outros setores. No histórico deve conter: dados biográficos do paciente, motivo da procura pelo serviço de saúde (queixa principal), o que o paciente espera deste tratamento (expectativa), doença atual, história de saúde do paciente, história de saúde familiar, história ambiental, história psicossocial, espiritualidade, exame físico e diagnóstico. 
· O histórico de saúde é a reunião dos dados que foram coletados na entrevista pelo enfermeiro. Com base nele, haverá a identificação da causa da doença do paciente. A partir disso, um planejamento de assistência de enfermagem será realizado.
· Exame clínico: O exame físico do paciente é a última etapa que compõe a coleta de dados, sendo depois incorporado às outras informações, para se analisar e fechar um diagnóstico do paciente. Essa etapa é considerada a mais criteriosa e demorada, pois o paciente será avaliado em busca de sinais e sintomas da queixa inicial apresentada por ele. O exame clínico deve ser realizado diariamente na internação ou durante atendimento emergencial, pois qualquer alteração no quadro do paciente requer uma adaptação do plano assistencial que foi traçado. Esse é o momento de maior intimidade entre enfermeiro e paciente, pois, além da existência de um diálogo, o examinado se expõe fisicamente para o examinador, permitindo que este encontre qualquer sinal que indique sua patologia.
· Os objetivos do exame clínico são: obter dados sobre a saúde do paciente, confirmar ou refutar os dados colhidos na anamnese, avaliar mudanças no estado clínico do paciente, avaliar os resultados obtidos por meio da assistência prestada.
· A propedêutica utiliza os órgãos dos sentidos do examinador (visão, olfato, audição e tato) para buscar sinais que possam determinar o que realmente acontece com o paciente. Ao realizar o exame clínico, diante de suas habilidades cognitivas, o enfermeiro faz uso dos seguintes componentes: inspeção, ausculta, percussão e palpação, bem como utiliza vários instrumentos e aparelhos simples.
Tema 2: Avaliação em enfermagem: Exame físico geral. 
1. Estado geral e psíquico:
· Durante a avalição, devem ser analisados os seguintes itens: estado geral; nível de consciência; biotipo; tipo de face; linguagem; dados vitais; dados antropométricos; estado de hidratação; estado nutricional; atitude e decúbito preferidos no leito; tipo de marcha; e características da pele, das mucosas e dos fâneros. Além disso, incluem-se a coleta de dados antropométricos, a verificação de pressão arterial e a checagem de pulso.
· Na avaliação da consciência, devemos observar como está o ciclo de sono e vigia do paciente, ou seja, se ele está cansado, sonolento, com tendência a fechar os olhos e com raciocínio lento ou torporoso (que consiste em uma sonolência patológica). Também é possível identificar sinais de obnubilação, que é uma apatia constante.
· A avaliação da atenção está associada à capacidade do paciente de entender o que está sendo dito e de se concentrar. É importante observar se o paciente está: Hipervigilante (estado de vigia aumentado) x hipovigilante (estado de vigia reduzido). Ex: Um paciente em estado hipervigilante pode demonstrar episódios de mania. Se ele estiver em estado hipovigilante, pode apresentar depressão.
· A avaliação da orientação divide-se em autopsíquica (é quando o paciente consegue ter orientação sobre si próprio) e alopsíquica (é quando está orientado quanto ao tempo e o espaço em que está inserido).
· Avaliação da Sensopercepção corresponde à capacidade de interpretar os estímulos e conferir um significado. Tem ligação direta com os sentidos e pode ser influenciada pela vontade, afetividade e inteligência. Dentre as alterações da sensopercepção, temos principalmente as ilusões (ocorre quando um estímulo real é confundido e interpretado de maneira inadequada. Por exemplo, ouvir um som e achar que alguém o chamou, ou ver um desconhecido na rua e achar que viu algum conhecido) e as alucinações (não existem estímulo. Por exemplo, quando não há som no ambiente, mas o paciente escuta uma voz ou vê um objeto que não existe. As alucinações podem ser divididas em: visuais, auditivas, sensoriais, gustativas, táteis, olfatórias, dentre outra).
· Avaliação da Memória: A memória é a capacidade do indivíduo de fixar, lembrar ou evocar e reconhecer pessoas, estímulos ou objetos. Memória de fixação: capacidade de registrar fatos novos; Memória de evocação: relacionada às experiências individuais, aquelas que armazenamos no cérebro; Memória recente: armazenamento de fatos recentes; Memória remota: referente a acontecimentos de meses ou anos. As alterações da memória são divididas em hipermnésia, que é o aumento da memória, e em amnésia, que é a diminuição da memória. As amnésias podem ser classificadas em: Amnésia de evocação: esquecimento de pessoas e objetos; Amnésia de fixação: dificuldade de guardar fatos novos; Amnésia lacunar: esquecimento parcial.
· Avaliação da Inteligência: Pode ser avaliada pela forma com que o paciente responde às perguntas, devendo o profissional se atentar para o vocabulário utilizado e para a coerência com idade e nível de escolaridade. As alterações da inteligência se dividem naquelas que sempre existiram, chamadas de oligofrenia, e naquelas que surgiram somente na fase adulta, como é o caso da demência.
· Avaliação do Pensamento: O pensamento é a junção de funções integrativas, unindo novos conhecimentos a conhecimentos antigos, e integrando estímulos tanto internos quanto externos. Em um indivíduo normal, predomina o pensamento realista. Os transtornos do pensamento são avaliados por meio da linguagem, uma vez que essa é a expressão simbólica do pensamento. 
· Avaliação da Afetividade Humor e Condições Emocionais: A afetividade é considerada um processo psíquico essencial. Trata-se de uma experiência imediata e subjetiva das emoções em relação a alguma situação. É possível avaliar a afetividade, o humor e as condições emocionais do paciente através da fala e do conteúdo do discurso. É necessário ter atenção, uma vez que o paciente pode ter choro fácil, riso sem motivo e incontrolável. Dentre as alterações que se pode encontrar nesta etapa da avaliação, podemos citar: ansiedade, depressão, euforia, indiferença, labilidade afetiva, incongruência afetiva e incontinência afetiva do paciente.
· Vontade e Psicomotricidade:A vontade é definida como a disposição do ser humano de fazer alguma atividade e pode ser motivada por escolha ou decisão. É comum que pacientes com alterações na vontade relatem que “não sentem vontade de fazer nada”. Geralmente, esses indivíduos sofrem de depressão. É a junção entre as funções motrizes mentais com influência da educação e do desenvolvimento do sistema nervoso. O estado de psicomotricidade pode estar aumentado (o indivíduo, pode apresentar-se ansioso, inquieto ou até psicótico) ou diminuído (pode apresentar-se de maneira quieta, contida, pobre em expressões, podendo até chegar ao estupor).
2. Biótipos, fácies, escleras, mucosas, pele e fâneros:
· Os biótipos correspondem à formação morfológica que cada ser humano possui e são assim classificados: Brevelíneo: indivíduos que possuem o pescoço curto e grosso, com o tórax alargado, camada adiposa espessa, estatura baixa, e ângulo de Charpy maior que 90°; normolíneos ou mediolíneos: indivíduos com um equilíbrio entre membros, tronco, músculos e camada adiposa; longilíneos: Indivíduos cujos pescoço e membros são mais alongados, com tórax mais fino e achatado, camada adiposa mais fina, e ângulo de Charpy menor que 90°.
· Fácies: A análise da face vai desde a compreensão das emoções, como face de dor ou alegria, até a identificação de patologias com traços faciais marcantes, como a face de síndrome de down. 
· Escleras: Durante o exame físico, o profissional deverá se atentar para coloração a fim de identificar qualquer alteração, como a presença de icterícia.
· Mucosas: observar a cor: hipocoradas, normocoradas, cianóticas ou ictéricas. Além da cor, verificar a umidade é importante para identificar se há sinais de desidratação onde as mucosas encontram-se secas e sem brilho. Já na avaliação da integridade, é importante se atentar à presença de lesões ou secreções. 
· Pele e fâneros: A pele faz conexão com as mucosas e possui inúmeras funções, como proteção a estímulos externos, termorregulação e síntese de vitamina D. A pele divide-se em: epiderme (camada externa); derme ou córion e tecido celular subcutâneo. É importante verificar a coloração da pele (hiperpigmentação e hipopigmentação). A cianose é indicativa de má perfusão e ocorre quando há uma grande quantidade de hemoglobina saturada com dióxido de carbono (CO2) circulante na corrente sanguínea, dando à pele uma coloração azulada. A cianose pode ser classificada utilizando o sistema de quatro cruzes. 
O que fazer quando identificar cianose no exame físico? Como a cianose tem relação direta com a oxigenação, ao detectar sua presença, é importante verificar a saturação de oxigênio utilizando o oxímetro. Devemos ainda atentar para alterações na gasometria arterial, pois pode sinalizar hipoxemia (insuficiência de oxigênio no sangue) ou hipercapnia (excesso de dióxido de carbono no sangue). Fâneros: São considerados como fâneros os cabelos, as unhas e os pelos do corpo. Durante o exame físico, é importante o profissional avaliar a implantação e a distribuição dos pelos, a quantidade, a coloração, o brilho, a espessura e a consistência dos cabelos. Dentre as alterações possíveis, podemos citar a alopecia, que consiste em áreas desprovidas de pelos, e a hipertricose, que é o excesso de pelos.
3. Avaliação das condições nutricionais do indivíduo:
· Um indicador nutricional amplamente utilizado é o Índice de Massa Corpórea (IMC), calculado pela seguinte fórmula: peso atual(kg)/altura2(m). Um IMC ≥18,5 e <25 é considerado normal.
· Vale ressaltar que esse indicador não faz distinção de gordura e de massa magra, sendo necessário que o profissional tenha um olhar clínico e avalie o histórico nutricional como um todo. O IMC pode ser utilizado em adolescentes a partir de 15 anos, mas é necessário realizar a avaliação da maturação sexual e avaliar se o indivíduo já passou da fase de rápido crescimento da estatura (estirão).
· A desnutrição é caracterizada pela ingesta insuficiente de nutrientes, não atendendo às necessidades metabólicas do organismo. Indivíduos desnutridos apresentam baixo peso (abaixo dos valores normais), hipotrofia muscular, hipoatividade, camada adiposa insuficiente, pele seca ao toque, cabelos secos, sem brilho e quebradiços, mucosas com ressecamento, pupilas com ausência ou diminuição de fotorreatividade e produção lacrimal diminuída. Além disso, também é possível perceber ascite, edema e derrame pleural devido à baixa concentração de proteínas plasmáticas.
· A obesidade apresenta-se como um agravo de saúde complexo e de difícil enfrentamento devido à sua etiologia multifatorial composta por fatores genéticos, ambientais e socioculturais.
Tema 3: Sistematização da Assistência de Enfermagem 
· Intervenção de Enfermagem (NIC) deve conter o verbo no infinitivo e responder aos seguintes questionamentos: o que será executado? Como fazer? Quando fazer?
· A evolução de Enfermagem é composta de: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM, EXAME FÍSICO, DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM, INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM e AVALIAÇÃO E RESULTADOS.
· A SAE é uma metodologia eficiente para a organização do exercício profissional do enfermeiro, sendo a primeira etapa a anamnese e o exame físico que compõe a coleta de dados. São utilizados, normalmente, dispositivos como checklists para facilitar a coleta, a qual servirá de base para as etapas seguintes.
· Levando em consideração que as etapas posteriores à coleta de dados são: Diagnóstico, planejamento, intervenção e resultados de enfermagem, e estes contam com o apoio dos sistemas de classificação, como NANDA-I, NIC, NOC, CIPE e CIPESC. Esses sistemas podem ser utilizados como estrutura no processo de implementação da SAE, tendo como resposta redução da resistência da equipe de enfermagem.
· A CIPE é fonte para união de uma mesma metodologia a fim de realizar diagnósticos, intervenções e resultados de Enfermagem. Isso gera um dinamismo importante para implementação do processo e, consequentemente, a implementação da SAE.
· Entende-se que a SAE deve ser implantada em todos os níveis de atenção, incluindo a atenção primária. Considera-se, inclusive, que a classificação CIPESC faz com que a SAE seja reconhecida e implementada de forma muito mais fácil neste cenário, situação que era tida como de moderada dificuldade.
Tema 4: Avaliação em Enfermagem: Cabeça, Pescoço, Neuro e Vascular
· Avaliação neurológica: A avaliação resumida das funções psíquicas faz parte do exame neurológico. Para uma avaliação resumida das funções psíquicas, utiliza-se o Mini-Mental State Examination. Pontuação entre 27-30 pontos indica normalidade.
· Distúrbios das funções cerebrais superiores: motora ou verbal (dificuldade de se expressar pela fala ou pela escrita); receptiva ou sensorial (dificuldade leve ou extrema de compreensão da linguagem); global (a compreensão e a expressão da linguagem estão comprometidas); condução (caracterizada pela repetição de vocábulos acompanhada de dificuldade na escrita); amnésica; agnosia auditiva (incapacidade de reconhecimento de som); cegueira cortical ou psíquica (incapacidade de reconhecimento de visão); estereoagnosias (incapacidade de reconhecimento de objetos colocados na mão); somatoagnosias (incapacidade de reconhecimento do próprio corpo em relação ao espaço); prosopoagnosia (incapacidade de reconhecimento da fisionomia alheia) e autoprosopoagnosia (incapacidade de reconhecimento da própria fisionomia).
· Apraxias são distúrbios que significam incapacidade de atividade gestual consciente. 
· Avaliação do nível de consciência: Devido ao seu alto grau de sensibilidade, o nível de consciência é considerado o melhor indicador de disfunção cerebral, podendo ser de natureza encefálica metabólica ou estrutural. A consciência é dividida em dois elementos: o conteúdo da consciência e o despertar. A reatividade é um avaliação feita quando há perda da consciência, sendo as respostas relacionadas aos reflexos, já a perceptividade está relacionada à função cortical. Nesse caso, a avaliação é realizada por respostas envolvendomecanismos de aprendizagem, tais como gestos e palavras.
· A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é utilizada para avaliar o grau de profundidade e duração do coma, além de auxiliar no prognóstico dos pacientes. A avaliação tem três pilares: Abertura Ocular (AO), Resposta Verbal (RV) e Resposta Motora (RM).
· Controle do equilíbrio: A inspeção do equilíbrio deve ser realizada nas posições em pé, sentado ou no leito, e o examinador deve observar todas as expressões, movimentos e posições do paciente. Acerca de alterações neurológicas, é importante salientar que algumas patologias como a Doença de Parkinson e a irritação meníngea afetam diretamente o controle do equilíbrio e podem ser facilmente identificadas pela inspeção.
· Avaliação do sistema vascular: Um sistema vascular periférico saudável e preservado é necessário para o bom funcionamento dos órgãos e tecidos. Esse sistema é formado por uma rede de artérias, veias e vasos linfáticos. A rede vascular é responsável pelo transporte de sangue oxigenado para o coração e pulmões. O sistema linfático auxilia o sistema vascular no retorno do líquido excessivo dos tecidos para a rede vascular.
· O sistema arterial é composto por artérias, arteríolas e capilares que levam sangue rico em oxigênio do coração para o corpo; possuem inúmeras fibras elásticas, que fazem a vasoconstrição e relaxamento durante a sístole e a diástole; as arteríolas têm mais músculo liso, o que permite maior controle sobre a pressão arterial. A aorta é a maior artéria do corpo. O sistema venoso é composto por veias, vênulas e veias comunicantes que coletam sangue rico em dióxido de carbono (CO²) e retornam para o coração, têm parede fina e funcionam em sistema de baixa pressão e podem se estirar e acomodar grandes volumes de líquido. As veias dos membros superiores, da parte superior do tronco, cabeça e pescoço drenam para a veia cava superior; e as veias dos membros inferiores e parte inferior do tronco drenam para a veia cava inferior.
· Caso o paciente apresente sintomas de oclusão arterial completa ou de trombose venosa profunda (TVP), necessitará de intervenção imediata. Nesse caso, solicite a presença do médico. A TVP é caracterizada por dor, edema e aumento da temperatura de um membro, podendo causar embolia pulmonar, que é potencialmente letal. Nesse caso, deve ser iniciada a terapia anticoagulante. Já a oclusão arterial completa apresenta dor, entorpecimento e extremidades frias ou mudança de cor em qualquer membro, sendo esta uma situação que ameaça o membro. Em situações de suspeita de oclusão arterial aguda, alguns achados clínicos devem ser avaliados, quais sejam: dor; palidez; poiquilotermia (temperatura do membro normalmente fria, refletindo o ambiente); parestesias; ausência de pulso; paralisia. Esses achados são denominados “seis P”. 
· O sistema linfático é composto por linfonodos e vasos linfáticos, além do baço, tonsilas e timo; promove o retorno do líquido linfático para a circulação, mantém o equilíbrio hídrico e proteico e combate infecção. Linfedema é o excesso de linfa no tecido intersticial, que se transforma em tecido fibroso e colágeno.
· Sinal de Homans: Apoie o joelho e faça a dorsiflexão passiva do pé com o cliente em decúbito dorsal. Em caso de presença de dor ou desconforto na panturrilha, o sinal de Homans é considerado positivo e pode indicar TVP ou tromboflebite.
Tema 5: Avaliação em Enfermagem: Tórax, Abdome e Aparelho Locomotor 
· Avaliação do tórax: aparelho respiratório. O sistema respiratório é composto pelas vias aéreas superiores e inferiores e sua principal função consiste em realizar trocas gasosas. Ele transporta o ar atmosférico para os alvéolos pulmonares, onde o oxigênio (O2) é extraído e o dióxido de carbono (CO2) é liberado. 
· Para o exame do sistema respiratório, recomenda-se que o paciente exponha o tórax, fique sentado, com braços cruzados na frente do peito e mãos nos ombros para avaliação da região posterior. Para o exame da região anterior, o paciente deve ficar em decúbito dorsal e, principalmente, no momento da ausculta, sentado.
· Os ruídos adventícios podem ser crepitações grossas e finas, roncos, sibilos, atrito pleural e cornagem, que são considerados sons anormais. Caso estejam presentes, devem ser descritos quanto à intensidade, duração e localização.
· Avaliação do tórax: aparelho cardíaco. Sistema composto pelo coração e vasos, cuja principal função é levar sangue rico em oxigênio (O2) e nutrientes aos tecidos, e transportar o sangue rico em dióxido de carbono (CO2) dos tecidos para o sistema respiratório para que ocorra troca gasosa.
· Para a avaliação específica do sistema cardiovascular, são utilizados três das técnicas propedêuticas: a inspeção, a palpação e a ausculta.
· Na ausculta, a B1 (bulha 1) representa o TUM e é ouvida no ictus cordis durante a sístole, a B2 é o TÁ, ouvida na diástole no foco aórtico e pulmonar (fechamento das valvas). Terceira bulha (B3) e a quarta bulha (B4) são ruídos diastólicos de baixa frequência, geralmente patológicas, entretanto a B3 pode ser considerada fisiológica até os 40 anos de idade e durante a gestação.
· Avaliação do tórax: A mama é dividida em quatro quadrantes repartidos por uma linha vertical e uma horizontal que se cruzam no mamilo. Essa divisão facilita a descrição e o registro dos achados clínicos. A inspeção das mamas deve ser estática e dinâmica. Para a inspeção estática, a mulher deve estar sentada de frente para o enfermeiro, com os braços ao longo do corpo e o tórax descoberto. A avaliação consiste em avaliar forma, localização e cor das mamas e dos mamilos. Durante a inspeção dinâmica, a mulher deve elevar os membros superiores e, depois, colocar as mãos no quadril, realizando movimentos e contrações do músculo peitoral maior.
· Ausculta e percussão do abdômen: deve iniciar no quadrante inferior direito e seguir no sentido horário. A palpação abdominal consiste na identificação de características da maioria dos órgãos por meio do tato. Pode ser superficial ou profunda, e deve ser seguido o sentido horário durante aplicação da técnica. Grande parte das estruturas do fígado e do baço encontram-se sob as costelas. Portanto, para serem detectadas alterações em seu tamanho, superfície, consistência e sensibilidade são necessários procedimentos especiais de percussão e palpação. Na percussão do fígado, a área de macicez é o ponto-chave para a sua delimitação. Devemos utilizar a linha hemiclavicular média direita como referência e partir de um ponto de timpanismo no abdome em direção ao tórax até que seja observada mudança de timpanismo para macicez, o que identifica a borda inferior do fígado — próximo ao rebordo costal direito.
· Localiza-se aproximadamente abaixo da 10ª costela, na linha axilar média esquerda, o que dificulta sua palpação. Além disso, sua percussão costuma ser difícil devido ao timpanismo do cólon, que interfere na sua macicez característica. Assim sendo, sua localização dificulta ambas as técnicas. Entretanto, quando o baço se encontra aumentado, isso pode ser percebido pela parede do abdome. A técnica bimanual é empregada de modo semelhante ao da palpação do fígado. Caso as bordas do baço sejam sentidas, isso é indicativo de esplenomegalia, e a palpação não deve persistir, devido ao risco de ruptura da víscera. Nas grandes esplenomegalias, a extremidade inferior do órgão pode ultrapassar a cicatriz umbilical.
· Os rins não conseguem ser delimitados por meio da percussão. Entretanto, em casos de inflamação aguda, um sinal é de suma importância para essa avaliação: o sinal de Giordano. E quando temos este sinal? Esse sinal é considerado positivo quando a percussão de um dos punhos sobre a outra mão espalmada na região do rim desencadeia sensação dolorosa. Os rins são órgãos duros, de superfície regular e formato não muito nítido. Os rins policísticos proporcionam uma sensação característica ao toque parecida com palpar um “saco de laranjas”. Em casos detumor, o rim torna-se palpável, duro, indolente e de superfície nodular.
· A palpação da bexiga é realizada após a micção do paciente, para maior conforto. Ela possui uma superfície firme e lisa, que pode ser sentida a aproximadamente 2cm da sínfise púbica. A reação dolorosa à palpação pode ser intensa em casos de distensão vesical gerada por retenção urinária.
· A ausculta consiste na técnica menos eficaz para o exame físico do sistema urinário, sendo útil apenas na identificação de sopros abdominais, caracterizados por sons murmurantes de baixa intensidade que estão relacionados à estenose da artéria renal.
Aparelho locomotor:
· Tipos de ossos: longos, curtos, planos e irregulares.
· A membrana do osso é chamada de periósteo, sendo a bainha de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso (exceto as superfícies articulares) e o endósteo — uma membrana fina e delicada que reveste todas as cavidades ósseas e é capaz de realizar hematopoiese e osteogênese.
· As articulações — ou junturas — formam o sistema articular, em que dois ou mais ossos se interligam em sua região de contato. Sinartrose: imóvel, diartrose: móvel (com líquido sinovial).
· É necessário avaliar as características relacionadas ao sistema muscular, como capacidade do paciente de mudar de posição, força muscular, coordenação motora, aumento da massa muscular devido a processos inflamatórios ou traumáticos, atrofia, hipertrofia ou hipotrofia muscular, encurtamentos e retrações musculares. Ainda avaliar o grau de mobilidade, sendo que um movimento normal deve ser leve, natural e bilateral. A movimentação anormal surge de forma unilateral ou distorcida por causa da tentativa de compensar o movimento impróprio e, por vezes, doloroso. Podem ocorrer, também, tremores (movimentação involuntária).

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