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Resumo de Semiologia e Semiotécnica (estudo)

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Dia 08/08/22 
Aula 1: Raciocínio Clinico. 
 
Segundo Posso 2006 a Semiologia é a investigação e o estudo dos sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente, centrados na realização do exame físico A Semiotécnica diz 
respeito ao estudo e ensino da técnica e dos procedimentos necessários ao cuidar que 
sucedem ao exame físico. 
“A clínica é soberana e a comunicação é essencial. ” 
A clínica é soberana por que através dela podemos investigar o que se passa com o seu 
processo saúde-doença. Uma boa anamnese e exame físico muitas vezes não é necessário 
o exame complementar. 
Raciocínio Clínico. 
Um erro comum e simples de ser cometido, é subestimar a importância dos dados clínicos 
para análise de um exame de imagem. 
Exemplo, tomografia computadorizada com ampla distensão do abdome da paciente, com 
múltiplas alças intestinais distendidas e cheias de ar Abdome obstrutivo clássico. Porém, 
uma coisa que chamava atenção era a presença de pequenas bolhas de ar na parede 
intestinal em alguns segmentos sinal de pneumatose intestinal que é indicativo de 
sofrimento de alças de intestino. Esse sinal gera medo, uma vez que, frequentemente, está 
associado à isquemia mesentérica sendo uma condição que ameaça a vida a ser tratada 
com cirurgia de urgência. 
A paciente não estava com problema sério, pelo contrário, estava na terceira semana de 
puerpério do parto cesáreo e estava com dificuldade de evacuar havia alguns dias, por 
isso no seu exame mostrava ar nas paredes do intestino. Se tivesse os dados clínicos sobre 
o estado de como a paciente chegou no hospital poderíamos descarta qualquer doença 
Profa. Izabela Monteiro 
Aula toda segunda-feira (Bloco B, sala 05) 
séria, pois, a paciente em si estava muito bem para alguém com alguma isquemia ou 
pneumatose intestinal. 
Justamente devido a essa “ da clínica, os profissionais devem trabalhar sempre no sentido 
de deixar esses dados o mais completo possível, estabelecendo uma boa comunicação 
com a equipe diagnóstica, a fim de buscar o melhor para o paciente; 
Qualquer falha em um dos pontos dessa interação pode resultar em intervenções 
desnecessárias, diagnósticos incorretos, prejuízos, desperdício de tempo, etc. 
Por isso que sempre é ressaltada a importância de escrever bem e comunicar bem com a 
equipe diagnóstica. Pois de nada adianta querer que os profissionais atentem-se sempre 
aos dados clínicos, se esses dados muitas vezes nem chegam a eles. Ressalto aqui a 
importância de uma anamnese bem-feita, e, mais importante ainda, um pedido de exames 
que seja bem escrito. 
Raciocínio Clínico: Pode ser entendido como a sistematização de um conjunto de 
conexões cognitivas e de associações entre os dados percebidos, relatados e medidos do 
paciente que contribuem para um diagnóstico. Assim, o objetivo é encontrar, da melhor 
maneira, a solução para o problema do paciente. Em outras palavras, é o processo de 
interligar os sinais e sintomas do paciente, bem como as informações de sua anamnese, 
para conduzir o atendimento de forma eficaz. 
Pesquisa: Raciocínio clínico é o processo usado por profissionais da área da saúde para 
refletir e planejar o tratamento do paciente, ou seja, é a chamada tomada de decisão. Serve 
para orientar e conduzir da melhor maneira possível o tratamento do paciente. 
You tube: O pensamento clínico visa a pessoa e não a doença. Primeiro precisamos saber 
o que é normal, o processo patológico (como a doença se instala), e depois, 
compreendemos como diagnóstica. Assim, precisamos pensar no que aquela doença ou 
trauma pode causar além dos seus sintomas. Associamos e somamos dados, por isso, 
precisamos ver e ouvir para saber qual exame solicitar. 
É a capacidade de “analisar as entrelinhas”, a subjetividade dos achados no exame físico, 
da anamnese e dos exames laboratoriais que devem ser interpretados por uma mente 
humana capacitada para tal. 
 
 
 
 
 
 
 
Script de Doença. 
Os processos cognitivos dos scripts de doenças ficam armazenados na memória de longo 
prazo e contêm poucas informações fisiopatológicas, devido ao processo do 
encapsulamento, mas são ricas em critérios clínicos que definem e discriminam as 
doenças. Com o tempo, o refinamento dos scripts e o aprimoramento dos mecanismos 
mentais automáticos de busca pelo melhor script, levará à resolução de casos clínicos com 
maior precisão e em menor tempo. 
 
 
You tube: Script de doença é a maneira estruturada de guarda na nossa memória de longo 
prazo as características das doenças e que possa ser rapidamente recuperada quando 
associamos com algo e realizar o diagnóstico. Elas dependem das experiências 
profissionais, dos conhecimentos prévios e como o profissional organiza sua base de 
conhecimento. 
Formação dos Script das doenças. 
Algumas características dos scripts de doenças devem ser lembradas: 
1. As informações pertencentes a um determinado script não são exclusivas. Os sinais e 
sintomas podem pertencer a outros tipos de doenças; 
2. A ativação de um script pode automaticamente ativar outros scripts que comungam 
apresentações clínicas; 
Coleta de dados 
Diagnóstico 
Conhecimento Biomédico Processo de Raciocínio 
Informações Clínicas Esquema de Doenças Rede de Esquema de 
Doenças 
3. Os scripts são estruturas genéricas que podem se relacionar a vários tipos de doenças, 
portanto é necessário que o profissional certifique se o script evocado pode estar correto 
ou não; e 
4. Ao atender um paciente, a memória deste atendimento será armazenada na forma de 
script validado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Processo Saúde-Doença. 
É um conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e 
doença de uma população, que variam em diversos momentos históricos e do 
desenvolvimento cientifico da humanidade. 
Portanto, o processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas 
as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população. Ele 
considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores. 
 Dia: 15/08/22 
 Aula 2: Processo saúde doença e a sistematização da assistência 
Esse período contempla a prevenção primária, que inclui a promoção da saúde 
(intersetoriais) e a proteção específica. Ele é caracterizado por incluir as relações entre 
agente, hospedeiro e meio ambiente. 
Pré-patogênese é antes do adoecimento: 
Contempla a prevenção primaria, que inclui a promoção da saúde (intersetoriais) e a 
promoção especifica. 
Caracterizado por incluir as relações entre agente, hospedeiro e meio ambiente. 
Agente ou fatores etiológicos: o que causa da doença. Um vírus, por exemplo. 
Hospedeiro: homem ou animal que podem ficar doentes. 
Meio ambiente: espaço onde ocorre ou pode ocorrer a infecção do hospedeiro pelo 
agente. 
O desequilíbrio nessas interações, portanto, leva ao adoecimento. Mas, neste momento, 
na fase pré-patogênese, ainda não temos o adoecimento em si e sim a identificação dos 
fatores de risco que podem contribuir para que a doença aconteça de fato. 
O período patológico vem após o pré-patológico e acontece quando já ocorreu a 
contaminação e o desenvolvimento da doença. Nessa fase é comum o aparecimento de 
sintomas. Ou seja, o corpo já começa a sofrer com as manifestações presentes no 
hospedeiro. 
O conceito de prevenção é definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da 
história natural a fim de torna improvável o progresso posterior da doença. ” 
Prevenção primaria: Promoção da saúde e proteção especifica. 
Prevenção secundaria: Diagnóstico e tratamento precoce e limitação da invalidez. 
Prevenção terciaria: Reabilitação. 
• Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE): 
De acordo com a Resolução COFEN 358/2009 a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, 
tornando possível a operacionalização do Processode Enfermagem. 
• Método cientifico e o Raciocínio Clínico: 
O pensamento crítico se apresenta como aptidão essencial para o uso do método 
científico, que para a Enfermagem, representa a utilização do Processo em Enfermagem 
em sua prática assistencial. É definido como um julgamento intencional, que resulta em 
interpretação, análise e tomada de decisão do enfermeiro em relação aos problemas e 
situações de saúde-doença da pessoa, família e coletividade, em suas dimensões 
biopsicossocioespirituais. Para isso devem apropriar-se de uma base própria de 
conhecimentos que atenda a multidimensionalidade do ser, orientando a coleta de dados, 
o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou 
intervenções de enfermagem, de modo a fornecer a base para a avaliação dos resultados 
de enfermagem alcançados. 
O marco ou modelo conceitual visa situar as ações dos profissionais de enfermagem, 
quando formula modos de agir logicamente organizados, servindo de base para o 
desenvolvimento de uma metodologia da assistência, sustentando as decisões no processo 
de assistir a pessoa na sua multidimensionalidade. O marco conceitual pode emergir da 
prática vivenciada, devendo ser consideradas as suas particularidades, na medida em que 
subsidiarão a prática do enfermeiro… 
As ações da equipe de enfermagem devem ser pautadas nos domínios da Enfermagem 
que visa manter, prevenir e recuperar a saúde da pessoa, família e coletividade, 
direcionadas pela identificação/avaliação, diagnóstico e implementação de ações ou 
intervenções de enfermagem que atendam às Necessidades Humanas Básicas. 
O raciocínio clínico é um pensamento é um pensamento focado em resultados que: 
A) É orientado por padrões, políticas e procedimentos e pelo código de ética dos 
profissionais de enfermagem; 
B) É baseado no processo de enfermagem, na aplicação de todas as suas etapas de modo 
dinâmico e crítico em prol da solução de problemas e alcance de resultados; 
C) É proativo, possibilita a identificação das situações de risco envolvidas; 
D) É direcionado pelas necessidades da pessoa, família e coletividade; 
E) Exige estratégia que maximizem o potencial humano e atendem as necessidades 
humanas; 
F) Está constantemente em processo de avaliação e reavaliação. 
• Processo de Enfermagem: 
O Processo de Enfermagem é definido como um instrumento metodológico que orienta o 
cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. Propicia 
a organização e direção ao cuidado de enfermagem, sendo a essência, o instrumento e a 
metodologia da prática de enfermagem, contribuindo para o pensamento crítico do 
enfermeiro no processo de tomada de decisões e de prever e avaliar os resultados. 
1. Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem): 
Enfermeiro – Técnico e Auxiliar de Enfermagem. 
Colete e registre toda informação necessária para: 
a. Prevenir/detecta e controlar os problemas de saúde potenciais ou reais, visando à 
promoção da saúde, a independência e o bem-estar da pessoa, família e coletividade; 
b. Utilize as técnicas da entrevista e exame físico. 
2. Diagnóstico de Enfermagem: 
Enfermeiro. 
Analise os dados coletados, tire conclusões e determine se existem: 
a. Problemas de saúde potenciais ou reais que exigem intervenção e controle de 
enfermagem; 
b. Riscos para a segurança ou transmissão de infecção; 
c. Sinais ou sintomas que necessitam de avaliação de outro profissional da equipe de 
saúde; 
d. Necessidades de aprendizado da pessoa, família e coletividade que devem ser 
abordadas; 
e. Recursos da pessoa, família e coletividade, pontos fortes e uso de comportamentos 
saudáveis; 
f. Estados de saúde que são satisfatórios, mas podem ser melhorados. 
Realize o julgamento clínico e estabeleça o enunciado Diagnóstico de Enfermagem que 
irá subsidiar o Planejamento de Enfermagem. 
Existe 4 tipos de diagnósticos, exemplos: diagnóstico de enfermagem real; diagnóstico 
de enfermagem de bem-estar (ou promoção da saúde); diagnóstico de enfermagem de 
risco e diagnóstico de síndrome. 
Diagnóstico real: problema / relacionado / evidenciado; 
- Dor aguda relacionado à queda automobilista evidenciado por escala de 1 a 10 
classificada por 5. 
Diagnóstico de bem-estar: prontidão para / para a ação; 
- Déficit no autocuidado relacionado à diminuição da força muscular. 
Diagnóstico de risco: problema / relacionado a causa; 
- Risco de infecção no sítio cirúrgico relacionado por mal conduta de limpeza. 
Diagnóstico de síndrome: problema / relacionado a causa. 
3. Planejamento de Enfermagem: 
Enfermeiro 
Esclareça os resultados esperados, com base nas prioridades e determine as intervenções/ 
ações (prescrição) de enfermagem: 
Intervenções Independentes: não exigem orientações ou prescrições de outros 
profissionais, são ações autônomas, com base científica. Estão relacionadas às atividades 
da vida diária, educação e promoção da saúde. 
Intervenções Interdependentes: são aquelas que envolvem a participação de outros 
profissionais, como o fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, nutricionista, dentre 
outros. 
Intervenções Dependentes: são aquelas que requerem a prescrição médica, visando 
tratar ou controlar as alterações fisiopatológicas. O enfermeiro executa essas ações de 
forma colaborativa, tendo por base as prescrições médicas, como por exemplo, a 
administração de medicamentos. 
Assim, como todas as ações de enfermagem, tanto as intervenções independentes quanto 
as dependentes, o enfermeiro necessita desenvolver competência técnica e conhecimentos 
para a sua execução. Sabendo reconhecer os resultados esperados após a ação, o que 
influenciará na avaliação do cliente e requer saber identificar os possíveis efeitos 
advindos da ação. No momento de selecionar a intervenção, o enfermeiro deve conhecer 
as possibilidades de planejá-las, seja através de protocolos, rotinas ou padrões de 
orientações. 
4. Implementação: 
Enfermeiro – Técnico e Auxiliar de Enfermagem. 
Coloque seu plano em ação: 
a. Realize as intervenções/ações de enfermagem; 
b. Registre as intervenções/ações de enfermagem e as respostas da clientela (pessoa, 
família ou coletividade) no prontuário. 
5. Avaliação de Enfermagem: 
Enfermeiro – Técnico e Auxiliar de Enfermagem. 
Faça uma investigação abrangente da clientela (pessoa, família ou coletividade) para 
decidir se os resultados esperados foram alcançados ou se surgiram novos problemas: 
a. Decida se modifica, mantem ou encerra o plano de cuidados; 
b. Realize investigação contínua até a alta da clientela (pessoa, família ou coletividade), 
sempre revisando os enunciados de diagnósticos e intervenções de enfermagem. 
 
 
 
• Anamnese e coleta de dados: 
Processo deliberado, sistemático e continuo, realizado com auxílio de método e técnica 
variada, que tem por finalidade a obtenção de informação sobre a pessoa, família ou 
coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e 
doença. 
A anamnese é uma entrevista conduzida pelo médico, enfermeiro, técnico e ouros 
funcionários da saúde que possui o objetivo de identificar os sintomas do paciente e 
chegar ao diagnóstico de uma doença. São relados realizado desde nascimento do paciente 
até sua doença atual. 
• Sinais vitais: 
Determinam a condição de saúde do paciente, demonstrando o desempenho em atividades 
corporais indispensáveis à sobrevivência. Os sinais vitais são frequência cardíaca, 
frequência respiratória, pressão arterial e temperatura. Eles descrevem a 
 Dia: 22/08/22 e dia 29/08/22 
 Aula 3: Anamnese e coleta de dados, sinais vitais… 
performance das funções corporais básicas, que podem ser influenciadas por uma série 
de doenças, anormais internas ou externas. 
Cada um dos sinais vitais mede funções fundamentais para a manutenção da vida. Quando 
algum delas é alterado, pode ser a primeiraorientação de alteração na saúde. Por exemplo, 
a elevação da temperatura (febre), que pode sinalizar a existência de uma infecção. Por 
sua vez, uma pulsação baixa no normal pode indicar problemas como insuficiência 
cardíaca e valores de pressão elevados constantemente revelam a hipertensão. 
Em resumo, os sinais vitais é o meio em que o enfermeiro utiliza para verificar 
anormalidade no paciente, por exemplo, temperatura elevada maior que 37,2°C. No 
exame físico possui quatro (4) parâmetro que devemos verificar. 1- Temperatura, 2- 
frequência cardíaca (FC), 3- frequência respiratória (FR) e 4- pressão arterial (PA). 
• Frequência cardíaca (FC): 
Também conhecida como pulsação, descreve o número de batimentos por minutos 
realizados pelo coração. Como bomba natural, o musculo cardíaco precisa bater num 
ritmo regular e suficiente para impulsionar o sangue pelas artérias, depois, o líquido leva 
oxigênio e nutrientes para todos as células do organismo. 
A FC é um meio de verificar os batimentos do coração. Um adulto possui normalmente 
50 a 100 bpm em repouso, se tiver maior ou menor que esse parâmetro já pode se 
considerar anormal. Entretanto, isso depende muito, pois bebê e idosos possui frequência 
diferente de um adulto. 
Num adulto jovem, o pulso ideal fica entre 50 a 100 bpm – batimento por minuto. Atletas 
possui uma pulsação mais baixa, chegando a 40 batimento por minuto sem que haja 
comprometimento ao seu bem-estar. Antes de um ano, os bebês possuem batimentos 160 
bpm sem qualquer problema para saúde. 
• Pulso: 
É uma expressão e contração alternada de uma artéria após a ejeção de um volume de 
sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo. O pulso radial está localizado 
medialmente ao processo estiloide do rádio, emprega-se a polpa dos dedos indicador e 
médio. Polegar se fixa ao dorso do punho, antebraço apoiado e em supinação. 
O pulso pode ser verificado entre o osso rádio e o polegar. Utiliza-se a polpa do indicador 
e o médio. 
Procedimento para verificar a frequência de pulso: 
Lavar as mãos; orienta ao paciente quanto ao procedimento; coloca o paciente em posição 
confortável, sentado ou deitado, porém sempre com braço apoiado; identificar e palpar o 
pulso radial. 
Observa: Verifica durante a palpação com os dedos. 
Estado da parede da artéria (lisa, endurecida, tortuosa); 
Ritmo (irregular); Amplitude ou Magnitude (mediana, pequena); 
Tensão ou dureza (duro); Tipos de onda (paradoxal, filiforme). 
Comparar com o lado homólogo (desigualdade); contar o número de pulsações durante 1 
minuto inteiro; 
Anotar; e lavar as mãos ao término. 
Descrição do exame normal: Pulsos palpáveis, simétricos e sem anormalidades FP bpm 
acima de 100 bpm taquisfigmia; abaixo de 60 bpm bradisfigmia. 
• Frequência respiratória: 
A taxa de frequência respiratória (revela a quantidade de respirações completas em um 
minuto, fica entre 12 e 20 irpm incursões respiratórias por minuto num adulto saudável, 
e com menos de 40 anos). Da mesma forma que a frequência cardíaca, a respiratória tende 
a sofrer variações conforme a idade e atividade, por exemplo, os bebês menores de 1 ano 
ficam entre 30 e 60 mrm. 
A FR é verificada através da observação ou pelo monitor cardíaco, podendo também 
utilizar o oximetro de pulso, nele ser observa a saturação de oxigênio. 
Ventilação: Processo pelo qual o ar chega aos alvéolos. Ocorre pela ação de músculos 
respiratórios com a intenção de aumentar ou reduzir o volume da cavidade torácica; 
Ciclo ventilatório: Alternância de uma inspiração, seguida de uma expiração e de breve 
repouso; 
Frequência respiratória: é o número de vezes que a pessoa respira por minuto (um ciclo 
completo). Observa-se a expansibilidade e retração da parede torácica e abdominal. 
Técnica: 1. Lavar as mãos; 2. Orientar o paciente quanto ao procedimento. Não se deve 
contar ao paciente que sua FR está sendo verificada, uma vez que inconscientemente 
alteramos o nosso padrão respiratório; 3. Colocar o paciente em decúbito dorsal e com o 
tórax e o abdome descobertos; 4. Observar os ciclos respiratórios e contar durante 1 
minuto inteiro; 5. Anotar; e 6. Lavar as mãos ao término. 
Descrição do exame normal: FR irpm (incursões respiratórias por minuto). 
Terminologia: 
Eupneia: respiração normal; 
Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças 
pulmonares e cardíacas pode ser súbita ou lenta e gradativa; 
Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. 
Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco 
profunda; 
Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade; 
Apneia: ausência da respiração; 
Respiração de Cheyne Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a 
profundidade, com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da 
morte; 
Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expiração suspirante, 
característica de como diabético; 
Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período 
irregular de apneia; 
Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios. 
• Pressão arterial: 
Quando o coração bombeia o sangue pelas artérias, o líquido faz força contra as paredes 
desses vasos sanguíneos. Medida sempre em duas partes sistólica e diastólica. 
Sistólica é o esvaziamento do coração (contração) e a diastólica é durante o enchimento 
do coração (relaxamento). 
O valor sistólico corresponde à tensão no momento em que o órgão se contrai e, portanto, 
é superior ao diastólico. O valor obtido na diástole é mais baixo, pois se refere ao instante 
de relaxamento do músculo cardíaco. Idealmente, os valores de pressão num paciente 
adulto ficam entre 120 a 80 mmHg (o famoso 12 por 8). 
• Temperatura: 
Medida por meio de um termômetro, a temperatura demonstra o resultado entre ganho e 
perda de calor do corpo para o ambiente. O valor de referência é de 36, 5 ºC, para qualquer 
idade. No entanto, existe uma variação aceitável, que fica entre 36, 1 ºC e 37, 2 ºC. 
Valores abaixo de 35, 1 ºC caracterizam a hipotermia enquanto aqueles acima de 37, 8 ºC 
correspondem à febre. 
Aferir a temperatura: A medição pode ser feita por via oral, retal ou axilar sendo que 
esta última oferece mais praticidade na rotina das unidades de saúde. Antes de colocar o 
termômetro em contato com a pele do paciente, desinfete o equipamento. Depois, seque 
a axila da pessoa e garanta que o bulbo do aparelho fique junto à pele sendo levemente 
comprimido pelo braço para que não se mova. 
• Esctoscopia: 
SOMATOSCOPIA ou ECTOSCOPIA é a denominação que se dá à avaliação global do 
doente. É a primeira etapa do exame físico, devendo ser iniciada ao primeiro contato com 
o paciente. Seu objetivo é a obtenção de dados gerais (independe da queixa do paciente). 
A avaliação deve ser craniocaudal. 
É uma avaliação geral do paciente independente dos sistemas orgânicos, ou seja, é a 
avaliação da altura, peso, aspectos da pele, face e etc. 
 “Quando o médico olha o paciente ele está fazendo duas coisas: inspecionando seu 
corpo (parte técnica) ao mesmo tempo em que vê a pessoa que se sente doente 
(componente psicológico) “. (Porto) 
Geral: avaliação subjetiva do conjunto de dados exibidos pelo paciente. 
Na avaliação geral vamos avaliar se o paciente está bem, como está sua aparência. É a 
primeira impressão vista do paciente. 
1. Bom estado geral; 
2. Estado geral regular ou levemente comprometido; 
3. Estado geral ruim ou muito comprometido. 
• Estado de consciência: (consciente/ e orientação temporal e espacial). 
Pergunta se ele sabe a data e ano de hoje, se sabe onde está, em que cidade. Se aceita ou 
não responder as perguntas. 
1. Normal consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o exame; 
2. Acordado, ativo, reativo (para bebês). 
• Postura posição adotada pelo paciente:1.Postura ativa é aquela assumida espontaneamente. Boa postura/má postura; 2. Postura 
passiva impossibilidade do paciente em mudar de posição sem auxílio de outra pessoa; 3. 
Postura antálgica adotada para alívio de dor. 
Verificar se a postura do paciente é de dor, ou se possui algum desvio na coluna. Como 
ele senta, se precisa de auxílio para sentar ou coloca em uma posição confortável. Se fica 
na postura antálgica (posição fetal). 
• Higiene pessoal hábitos de higiene: 
1.Hálito do paciente; 2. Odor de secreções; 3. Limpeza das unhas mãos, pés, unhas. 
Observa se o paciente banhou, escovou os dentes, se possui alguma secreção ou ferida na 
boca, como estão as unhas das mãos e pés, se está cortada, com feridas, roídas. 
• Dependência: 
1. Se veio à consulta sozinho; 2. Acompanhado; 3. Em cadeira de rodas; 4. De muletas 
ou bengalas. 
Como ele veio a consulta? Sozinho, com auxílio de alguém, acompanhado, de cadeira de 
rodas ou muletas. 
• Fala e linguagem: 
1. Avaliar a voz; 2. Avaliar a lógica do discurso; 3. Se há distúrbios de articulação das 
palavras, de troca de letras ou se fala o nome dos objetos corretamente. 
Verifica o modo como o paciente fala, se a voz é baixa ou alta, rouca, sussurro. Se fala 
bem ou diz coisa com coisa, se troca as palavras ou esquece. 
Disfonia ou afonia: qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça ou dificulte a 
produção natural da voz, causando prejuízo ao indivíduo; 
Dislalia: alteração da fala em que a pessoa não consegue articular e pronunciar algumas 
palavras, principalmente quando possuem "R” ou “L”. 
Disartria: Fraqueza nos músculos usados para fala, o que muitas vezes faz com que a 
fala fique arrastada ou lenta; 
Disfasia: descoordenação da fala e incapacidade de dispor as palavras de modo 
compreensível, relacionada com lesão cortical. 
• Biótipo, peso e altura: 
Biótipo ou tipo morfológico é o conjunto de características morfológicas apresentadas 
pelo indivíduo. 
É o “modelo” do corpo do paciente, se ele é mais magro, gordo, delgado. Se está sobre 
peso. É necessário observa. 
a) Brevilíneo: membros curtos, tórax alargado, estatura baixa; (Ectomofo) 
b) Longilíneo: tórax afilado e achatado, membros longos e musculatura delgada; 
(Mesomorfo) 
c) Normolíneo: desenvolvimento do corpo, musculatura e do panículo adiposo 
harmônicos. (Endomorfo) 
• Peso e altura: 
Medido em centímetros com paciente descalço e em posição ereta tarar a balança antes. 
O peso é medido através da balança, o paciente deve estar descalço em posição ereta sem 
qualquer objeto, por exemplo, bolsa, celular e etc. 
A altura pode ser medida pela fita métrica, o paciente deve estar descalço, em posição 
ereta. Deve ter cuidado com o recuo da fita. 
• Fácies expressão fisionômica do paciente: 
Verificar o tipo de face do paciente, se estar normal, inchada, com alguma alteração. 
a) Fácies normal ou atípica; 
b) Fácies anormais ou típicas (Fácies leonina, mongoloide, hipocrática, etc.). (Pág. 152). 
• Tegumento Pele e mucosas externas: 
Pele e mucosas externas (conjuntiva, mucolabial, gengival e lingual). 
Verifica a pele do paciente, se está amarela (icterícia), azul/arroxeada (cianose). 
A classificação é feita através das cruzes, cada cruz é uma indicação desde o normal até 
o grave. 
a) Coloração (+/++++). 
Normocoradas; hipocoradas; hiperemia de conjuntiva; 
Ictéricas/Anictéricas; 
Cianóticas/Acianóticas; 
Com ou sem bronzeamento. 
Deve verificar se a pele está hidratada através da técnica de verificar o turgo cutâneo. 
Como está a pele? Se possui presença de lesão, ferida, macha, mudança de cor. Verificar 
alterações anormal. 
b) Hidratação úmidas, hidratadas, com saliva fluida/desidratado; 
c) Turgor cutâneo normal/diminuído; 
d) Textura da pele áspera enrugada, fina e lisa, de textura normal; 
e) Perfusão capilar preservada/diminuída; 
f) Temperatura cutânea normal/aumentada; 
g) Presença de lesões elementares (Bechelli Curban). 
I. Modificações da cor sem relevo ou espessamento MANCHAS OU MÁCULAS: 
a) relacionadas à melanina (ex.: hiper, hipo e acrômica); 
b) Deposição de pigmentos (ex.: bilirrubina, caroteno); 
c) Alterações vasculares (desaparecem à compressão ex.: eritema, telangiectasias); 
d) Sufusões hemorrágicas (pigmento hemático); petéquias (víbice, forma linear) 
equimoses (em placas); hematomas (maiores que equimoses, em geral com abaulamento 
local e de origem traumática). 
II. Lesões sólidas: 
a) Pápulas (elevações sólidas de até 0 5 cm diâmetro, situados na derme); 
b) Tubérculos (elevações sólidas 0 5 cm diâmetro, situados na derme); 
c) Nódulo (hipoderme); 
▪ Tumor ou Nodosidade (3 cm/diâmetro, hipoderme); 
▪ Goma (nodosidades que amolecem e ulceram, hipoderme) são mais perceptíveis 
à palpação. 
d) Urticariforme (elevações planas, achatadas, bordas irregulares, diversos formatos, 
coalescentes e pruriginosas); 
e) Queratose ou Ceratose (espessamento da epiderme, dura e geral opaca e 
esbranquiçada); 
f) Espessamento ou Infiltração (consistência e espessura da pele, mas depressível); 
g) Liquenificação (espessamento da pele, com estrias quadriculado em rede); 
h) Vegetações (elevações filiformes ou de couve flor); 
i) Esclerose (aumento da consistência e aderência aos planos profundos, não móvel). 
III. Lesões de conteúdo líquido: 
a) Vesícula (até 0 5 cm, líquido seroso); 
b) Bolha ou flictena 0 5 cm, líquido seroso); 
c) Pústula (vesícula ou bolha com conteúdo purulento); 
d) Abcesso (coleção purulenta, flutuante, dermo hipodérmicas). 
IV. Soluções de continuidade: (descontinuidade tegumentar, perdas teciduais). 
a) Escoriação (perda da epiderme); 
b) Úlcera/Ulceração (perda chega a atingir a derme); 
c) Fissura (perda de substância linear, superficial ou profunda); 
d) Fístula (condutos cutâneos com eliminação de líquidos, lesões secretantes. 
V. Lesões caducas: 
a) Escamas (lâmina epidérmica seca que se desprende da pele furfuráceas em farelos 
laminares ou foliáceas em tiras); 
b) Crosta (ressecamento de secreções sobre uma lesão cutânea); 
c) Escara (tecido cutâneo necrosado). 
VI. Sequelas: 
a) atrofia (adelgaçamento da pele, que fica fina, lisa, transparente ex.: estrias atrofias 
lineares em regiões de tração mecânica da pele); 
b) Cicatriz (reposição de perda tecidual por tecido fibroso ex.: queloide cicatriz saliente). 
10. Fâneros: 
a) Pelos. Sua: distribuição, quantidade, cor, brilho; 
b) Unhas. Sua: forma, espessura, consistência, brilho, coloração. 
11. Tecido subcutâneo: 
a) Distribuição varia com idade; 
b) Quantidade; 
c) Edema (consistência, intensidade). 
12. Linfonodos: Avaliar tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade, calor e rubor.

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