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Partes e Procuradores - Giulia Christensen - Método QLR (Aula 02 - Processo Civil)

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AULA 02 – PROCESSO CIVIL 
TEMA: PARTES E PROCURADORES 
PROFESSOR MONITOR: Giulia Christensen 
@giuliachristensen ; @concursodosmeussonhos 
Aula 02 - Partes e Procuradores: 
02.I. Considerações Iniciais 
Parte 
● Trata-se de um dos elementos da ação (partes, pedido e causa de pedir). 
● Conceito de parte: 
➔ Restritivo (Chiovenda): parte é somente aquele que faz o pedido e 
contra quem se faz o pedido na demanda (parte na demanda - relação 
material). 
➔ Ampliativo (Liebman): parte é todo aquele que participa do processo 
em contraditório (parte no processo - relação processual). 
 
Capacidade(s) 
 
 
Capacidade de ser parte 
(art. 1º e 2º, CC). 
 
Capacidade de estar em 
juízo = capacidade “ad 
processum” 
(art. 70, CPC). 
 
Capacidade “ad causam” / 
legitimidade “ad causam” 
(art. 17 e 18, CPC). 
Art. 1º, CC: “Toda pessoa é 
capaz de direitos e deveres 
na ordem civil” 
 
Regra geral: somente a 
pessoa viva pode ser parte 
no processo. *Obs.: A lei põe 
a salvo o nascituro. 
Art. 70, CPC: “Toda pessoa 
que se encontre no exercício 
de seus direitos tem 
capacidade para estar em 
juízo.” 
Trata-se da capacidade 
genérica para ajuizar e ser 
demandado em ações. É 
atribuída àqueles que 
possuem capacidade civil. 
Civilmente capazes: 18 anos 
completos + não abrangidos 
pelos arts. 3 e 4º do CC (não 
haja incapacidade absoluta 
e relativa). 
Trata-se da capacidade 
definida à luz do caso concreto 
(à luz do direito material). 
Necessário observar se as 
partes possuem relação com o 
que está sendo pedido. 
- Legitimidade ordinária: 
nome próprio, direito 
próprio. 
- Legitimidade 
extraordinária: nome 
próprio, direito alheio. 
 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
Incapacidades 
 
Como os incapazes ingressam em juízo? Através do seu assistente ou 
representante. É como se os incapazes “tomassem emprestada” a capacidade 
processual (capacidade de estar em juízo) do assistente ou representante. Assim, 
o representante/assistente age em nome alheio na defesa de interesse alheio 
(do incapaz). 
 
 
 
Ademais, o juiz pode nomear curador especial (Defensoria Pública) se: 
a) o incapaz não tiver representante legal ou quando seus interesses 
COLIDIREM com os do representante/assistente. 
b) réu citado por edital ou com hora certa enquanto não constituído advogado 
e réu preso. 
 
A Defensoria Pública poderá, se o caso, apresentar contestação por negativa geral 
e não haverá revelia. 
 
Pessoa Jurídica (Representação/Presentação) 
 
As pessoas jurídicas “falam” por intermédio de representantes (ficção jurídica): 
 
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão 
vinculado; 
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
III - o Município, por seu prefeito ou procurador; 
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado 
designar; 
V - a massa falida, pelo administrador judicial; 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, 
não havendo essa designação, por seus diretores; 
Relativa 
Absoluta 
Assistência 
Representação 
 
Pais, 
Tutor, 
Curador. 
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IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem 
personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de 
sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
Incapacidade/Irregularidade da representação 
Nesse caso, o juiz deverá suspender o processo e dar prazo razoável para que o 
vício seja sanado (art. 76 c.c 139, IX, CPC). 
 
➔ Caso seja descumprida a determinação na instância originária: 
 
 
 
➔ Caso seja descumprida a determinação em fase recursal: 
 
 
Deveres das partes (art. 77, CPC). 
● Dentre os deveres das partes está expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
cumprir as decisões judiciais com exatidão (sem criar embaraços) e não 
praticar inovação ilegal. 
● NOVIDADE - Lei nº 14.195 de 2021: 
“Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de 
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do 
processo: VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais 
perante os órgãos do Poder Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste 
Autor 
Réu 
Extinto 
Revel 
Terceiro Revel ou 
excluído do 
Recorrente 
Recorrido 
Não conhecerá do 
recurso 
Desentranhamento das 
contrarrazões 
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Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações e 
intimações”. 
● O não cumprimento de decisão judicial e a inovação ilegal poderão constituir 
ato atentatório à dignidade da justiça, situação em que será aplicada ao 
responsável multa até 20% do valor da causa ou até 10x o valor do salário 
mínimo (no caso do valor da causa ser irrisório). Ressalta-se que quem é 
responsável pelo pagamento da multa é a própria parte. Assim, o seu 
representante não pode ser compelido a pagar. Ao advogado, ao MP e à 
Defensoria Pública não se aplica tal multa, todavia, será apurada eventual 
responsabilidade no órgão de classe (OAB) ou corregedoria. 
Vedação (art. 78, CPC). 
● Expressões ofensivas são vedadas e, se forem por escrito, podem ser 
riscadas de ofício ou a requerimento do ofendido. Caso tal situação se dê 
de forma oral ou presencialmente, o juiz deve advertir quem o fez ou cassar a 
palavra deste. 
 
Responsabilidades das Partes por Dano Processual 
 
Litigância de má-fé (arts. 79-81, CPC). 
 
● Pode ser reconhecida de ofício ou a requerimento. 
● Hipóteses: alterar verdade dos fatos, opor resistência injustificada ao 
andamento do processo, interpor recurso com intuito protelatório, deduzir 
pretensão contra texto expresso em lei, entre outras. 
● Consequência: pagamento de multa destinada à parte contrária de 1% à 10% 
do valor da causa atualizado (se o valor da causa for irrisório ou inestimável, a 
multa será de até 10x o valor do salário mínimo), bem como o pagamento de 
honorários advocatícios e despesas que efetuou. 
 
Despesas 
● As despesas do processo incumbem às partes, as quais devem antecipar-lhes 
o pagamento, salvo em caso de gratuidade à justiça (art. 98, CPC). O autor 
deve adiantar, inclusive, as despesas de atos requeridos pelo JUIZ. 
● Ao final, a sentença condenará o vencido ao pagamento das custas. 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
● Se os litigantes forem em parte vencidos/vencedores, simultaneamente, as 
despesas serão distribuídas proporcionalmente entre eles (art. 86, CPC). 
● No caso de sucumbência mínima de uma das partes, a parte que “perdeu” 
quase tudo que pagará. 
● Se houver transação e nada for acordado sobre as despesas, estas serão 
divididas igualmente. 
● Se o réu reconhecer a procedência do pedido e simultaneamente cumprir a 
prestação reconhecida, os honorários são reduzidos pela metade (art. 90, 
parágrafo 4o, CPC). 
● No que tange à perícia, será paga de forma aditada pela parte que requereu e 
caso o juiz que tenha determinado, será rateada entre as partes. Os respectivos 
assistentes técnicos serão remunerados pela parte que houver indicado. 
 
Honorários (art. 85, CPC). 
● A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor 
(art. 85, caput), sendo VEDADA a compensação de honorários (art. 85, 
parágrafo 14, CPC). 
● Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, sendo 
devidos, inclusive, quando o advogado atuar em causa própria. 
● Sãodevidos os honorários também na (o): reconvenção, cumprimento de 
sentença, recurso, execução. 
● Valor: 10% à 20% do proveito econômico pretendido/condenação ou do valor 
da causa, sendo que o Tribunal majorará tal valor fixado em razão do trabalho 
adicional realizado, devendo NECESSARIAMENTE ser respeitado o teto de 
20% (ou seja, se o juiz já fixou em 20%, o Tribunal não poderá majorar). 
● Não são devidos honorários pela Fazenda Pública no cumprimento de sentença 
DESDE QUE ela não tenha impugnado. 
● Se a decisão transitada em julgado omissa quanto aos honorários ou seu valor: 
ação autônoma para a definição e cobrança dos honorários. 
 
 
Gratuidade de Justiça (art. 98, CPC). 
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● A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de 
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários 
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça. 
● Insuficiência: não conseguir pagar as despesas/despesas/honorários sem 
prejuízo do próprio sustento e de sua família. 
● Pessoa natural: mera declaração (de acordo com a lei, apesar de, na prática, 
ser comum a exigência das últimas declarações de IR) alegando a 
hipossuficiência e caso não haja elementos em sentido contrário, o juiz deve 
deferi-la. Caso a parte haja de má-fé, será condenada a pagar até o décuplo 
(10x) das custas. O advogado pode declarar no lugar do cliente desde que 
tenha poderes especiais. 
● Pessoa jurídica: NÃO basta mera declaração, tem que comprovar 
(documentos, balanço da empresa). 
● Presume-se verdadeira a declaração de insuficiência da pessoa natural e a 
assistência por advogado particular NÃO impede a concessão do 
benefício. 
● Caso o beneficiário da gratuidade PERCA, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente 
poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito 
em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou 
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão 
de gratuidade. Após esse prazo, estará extinta tal obrigação. 
● A gratuidade NÃO afasta o dever do beneficiário em pagar multas processuais 
ao final, caso haja. 
● Pode ser concedida a um ou mais (até todos) os atos processuais. Ademais, 
o juiz pode conceder parcelamento de despesas processuais que o 
beneficiário tiver que adiantar durante o processo. 
● O pedido pode ser feito a qualquer momento (art. 99, CPC) devendo ser 
cumpridos os pressupostos legais para concessão da gratuidade, somente 
podendo o juiz indeferir depois de ter determinado a parte a comprovação de 
tais requisitos. 
● Deferida a gratuidade, a parte contrária pode apresentar impugnação que 
pode ser em contestação, réplica, contrarrazões ou petição simples em 15 dias, 
sem suspensão do processo. 
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● Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou acolher a impugnação cabe 
agravo de instrumento, salvo se for tratado disso na sentença, pois, nesse 
caso, caberá apelação. 
● Quando for requerido em recurso o recorrente pode deixar de recolher o 
preparo e, nesse caso, o relator vai analisar e caso indefira a gratuidade, 
determinará que a parte recolha o preparo. 
● O direito de gratuidade é pessoal e não se estende ao litisconsorte. 
 
 
Procuradores 
● A parte será representada em juízo por um advogado (procurador) 
regularmente inscrito na OAB, sendo possível postular em causa própria 
desde que tenha habilitação para tanto. Excepcionalmente, é possível a 
postulação sem advogado, como ocorre, por exemplo, nos Juizados 
Especiais Cíveis em causas de até 20 salários mínimos e nas ações 
trabalhistas. 
● Para postular, o advogado necessita apresentar procuração, sendo essa 
apresentação dispensada somente para evitar preclusão, decadência ou 
prescrição ou para praticar ato urgente. Sendo que, mesmo nesses casos, a 
procuração deve ser apresentada no prazo de 15 dias, o qual pode ser 
prorrogado pelo juiz uma única vez por igual período. 
● Direitos do advogado estão dispostos no art. 10 do CPC, dentre os quais: 
examinar autos mesmo sem procuração, salvo segredo de justiça e requerer 
vista dos autos por 05 dias. 
Sucessão das Partes e dos Procuradores 
● Morte de qualquer das partes → espólio ou seus sucessores. 
● Parte revogar os poderes outorgados à advogado → deve constituir no 
mesmo ato outro advogado. 
● Advogado renunciar ao mandato → possibilidade em qualquer tempo, 
desde que prove que comunicou a renúncia ao mandante. Permanecerá 
representando a parte pelos 10 dias seguintes desde que necessário para 
evitar prejuízo. Dispensa-se essa comunicação caso o advogado renuncie, 
mas outro advogado que esteja na procuração permaneça. 
 
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Aula 02 - Partes e Procuradores: 
02.ii. LITISCONSÓRCIO 
Conceito: cumulação subjetiva de demandas, isto é, há mais de um autor e/ou 
mais de um réu. 
 
 Classificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Quanto aos SUJEITOS: 
+ de um autor → litisconsórcio ativo 
+ de um réu → litisconsórcio passivo 
+ de um autor e + de um réu → litisconsórcio misto 
 
Obs.: Litisconsórcio multitudinário: 
● Quando existir muitas partes e essa quantidade de partes prejudicar a 
rápida solução do litígio ou dificultar a defesa há o chamado 
litisconsórcio multitudinário, o qual poderá ser limitado pelo juiz na 
hipótese de ser facultativo, tanto na fase de conhecimento, quanto no 
cumprimento de sentença e na execução. NÃO pode ser limitado o 
litisconsórcio necessário. 
 
Sujeitos 
 
Momento 
 
Efeitos 
 
Obrigatoriedade 
Ativo 
Passivo 
Misto 
Litisconsórcio 
Inicial 
Ulterior 
Simples 
Unitário 
 
 
Facultativo 
Necessário 
 
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● Tal limitação pode ser realizada de ofício ou a requerimento. Caso o 
requerimento de limitação não seja acolhido, o prejudicado pode interpor 
agravo de instrumento (art. 1.015, VII, CPC). 
b) Quanto ao MOMENTO de formação: 
b.1) Inicial: 
● A regra geral para o momento da formação do litisconsórcio é na 
própria propositura da ação, justamente para preservar o princípio do 
juiz natural. 
 
b.2) Ulterior: 
● A formação do litisconsórcio não se dá com a propositura da ação, 
mas sim, no decorrer do processo. Dessa forma, trata-se de situação 
excepcional, devendo estar autorizada em lei. 
● Conexão; intervenção iussu iudicis; intervenção de terceiros; 
alimentos avoengos (1.698, CC). 
 
c) Quanto aos EFEITOS da decisão/uniformidade da decisão: 
c.1) Unitário (art. 116, CPC): 
● Ocorre quando o juiz tem que decidir o mérito de forma unitária para 
todos, há incindibilidade da relação jurídica, ou seja, todos os 
litisconsortes vão sofrer da mesma maneira os efeitos da decisão 
(“todos perdem ou todos ganham”). 
● Ex.: anulação de casamento. 
c.2) Simples: 
● Há cindibilidade dos efeitos da decisão, ou seja, a decisão pode ser 
diferente para os litisconsortes. 
● Ex.: condenação ao pagamento de alimentos avoengos - cada 
avô/avó pagará de acordo com as suas possibilidades (binômio 
necessidade-possibilidade). 
d) Quanto à obrigatoriedade (da sua formação): 
d.1) Facultativo (art. 113, CPC): 
● É opcional, ou seja, decorre exclusivamente da vontade da parte. 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
● Ocorre quando houver: comunhão de direitos ou de obrigações; 
conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; afinidades de questões 
por pontos comuns. 
d.2) Necessário (art. 114, CPC): 
● É obrigatório, sob pena de ineficácia ou invalidade da relação jurídico 
processual. Trata-se de legitimidade “ad causam” plúrima, ou seja,precisa necessariamente de todos os indivíduos, caso contrário, 
poderá ser extinto por ilegitimidade de parte. 
● Decorre: 
- De disposição de lei (ex.: litisconsórcio necessário entre os 
cônjuges nas ações de direito real imobiliário - art. 73, CPC) ou 
- Da natureza da relação jurídica (ação pauliana e ação de 
anulação de casamento). 
 
Considerações complementares. 
 
*Ato praticado por um dos litisconsortes atinge aos demais? Depende. 
 
Litisconsórcio simples: em regra, se o ato for prejudicial ou benéfico, a ação de 
um não prejudicará o outro. Contudo, em se tratando de ato benéfico, se for com 
base em teses comuns de defesa, de recurso ou de produção de provas, é possível 
que o ato aproveite aos demais litisconsortes. 
 
Litisconsórcio unitário: se a conduta for benéfica, beneficiará o outro litisconsorte. 
Todavia, se o ato for prejudicial, a ação de um não prejudicará os outros. 
 
Vide art. 117. “Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte 
adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os 
atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.” 
 
*Efeitos da não formação do litisconsórcio: 
 
Facultativo: no caso da não formação do litisconsórcio facultativo, não há efeitos, 
já que é opcional. Assim, aquele que não participou do litisconsórcio facultativo 
pode ser autor ou réu de uma outra ação posterior. 
 
Necessário (art. 114, CPC). Depende: 
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a) antes da sentença (intervenção iussi iudicis – art. 115, parágrafo único, 
CPC): se não houver a formação do litisconsórcio necessário e isso ocorrer 
antes da sentença, ocorrerá a intervenção iussi iudicis, ou seja, o juiz 
determinará a citação de todos que devam ser litisconsortes necessários, 
dentro do prazo que assinalar, sob pena de extinção do processo. 
b) após a sentença (efeitos variáveis conforme se tratar de litisconsórcio 
unitário ou simples – art. 115, CPC): O art. 115, CPC, faz uma divisão: 
 
• O artigo 115, I, CPC, diz que será nula a sentença se a formação do litisconsórcio 
necessário unitário não for observada. Essa nulidade abrangerá, inclusive, quem 
foi parte no processo. Exemplo: ação anulatória de casamento. 
 
• O inciso II, art. 115, CPC, diz que, se o litisconsórcio for necessário simples, o 
caso é de ineficácia apenas para aquele que não integrou o processo. 
Exemplo: oposição. 
 
Art. 115: 
“A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: 
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter 
integrado o processo; 
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. 
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará 
ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do 
prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.” 
 
*Prazo em dobro: 
Litisconsortes com diferentes procuradores, de escritórios de advocacia 
distintos e em processo físico possuem prazo em dobro para todos os prazos 
processuais, independente de requerimento. NÃO se aplica ao processo eletrônico. 
 
Súmula 641, STF: Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um 
dos litisconsortes haja sucumbido. 
 
 
 
 
 
 
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Aula 02 - Partes e Procuradores: 
02.iii. intervenção de terceiros 
 
Conceito de intervenção de terceiros: 
Os efeitos da sentença, em princípio, são endoprocessuais (art. 506, CPC), ou 
seja, se dão entre as partes que compõem o processo. 
Todavia, em certos casos, os efeitos ultrapassam a relação jurídica entre as 
partes, atingindo terceiros, até então, alheios ao processo em questão e quando 
isso ocorre, há a possibilidade do terceiro intervir no processo, sendo caracterizada 
a chamada intervenção de terceiros. 
É importante destacar que o terceiro, ao ingressar no processo, em regra, se torna 
parte (pelo conceito de parte de Liebman - conceito ampliativo). *Há exceções, 
amicus curiae, por exemplo, sempre será terceiro. 
 
Conceito de terceiro: 
A definição de terceiro é dada a partir da negativa do que se entende por parte. 
Dessa forma, terceiro é o sujeito que não é autor nem réu (parte). 
 
Classificação das formas de intervenção de terceiros: 
a) Típicas ou atípicas 
a.1) Típicas: são aquelas previstas em lei como tal. Atualmente, há 5 
espécies de intervenção de terceiro típicas: a assistência, a denunciação da 
lide, o chamamento ao processo, o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica e o amicus curiae. 
a.2) Atípicas: são aquelas não previstas na lei como tal. Ex.: embargos de 
terceiro e recurso de terceiro prejudicado. 
b) Espontânea ou provocada 
b.1) Espontânea: o terceiro se apresenta espontaneamente no processo, 
isto é, independentemente de provocação das partes ou do juiz. 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
b.2) Provocada: o terceiro é trazido ao processo por provocação das partes, 
ou seja, ele será citado/intimado para comparecer ao feito 
independentemente de sua própria vontade. 
c) Por ação ou por inserção 
c.1) Por ação: terceiro não ingressa na mesma relação jurídica processual 
já existente entre as partes, mas sim, através da formação de uma nova 
relação jurídica processual. É o caso da denunciação à lide. 
c.2) Por inserção: o terceiro ingressa na mesma relação jurídica processual 
existente, isto é, não se forma uma nova relação jurídica processual. 
 
Modalidades de intervenção de terceiros: 
 
“ADICA!” 
 
1 - Assistência (arts. 119 a 124, CPC): ocorre quando o terceiro ingressa no 
processo de forma voluntária para auxiliar o autor ou o réu na obtenção de uma 
decisão favorável, que lhe irá beneficiar. O terceiro deve necessariamente ter 
interesse jurídico e deve comprová-lo. NÃO cabe assistência em razão de 
interesse econômico e moral. 
Admite-se em todos os graus de jurisdição e em qualquer procedimento, recebendo 
o processo no estado em que se encontra (não tem efeito retroagido, pode discutir 
só a partir de agora). O pedido de ingresso é feito por petição simples incidental. 
Prazo para impugnar o pedido: 15 dias, caso contrário, a intervenção será deferida. 
Cabe agravo de instrumento quanto ao ingresso do assistente (1.015, IX, CPC). 
Tipos de assistência: 
a) Assistência simples (art. 121, CPC): o terceiro não tem vínculo direto com 
a parte contrária do processo (o assistente apenas tem relação com o 
assistido). Ex.: sublocação. 
b) Assistência litisconsorcial (art. 124, CPC): existe um vínculo direto com a 
parte contrária, inclusive o terceiro poderia ser parte no processo (poderia 
haver litisconsórcio). Ex.: vítima - empregador - empregado. 
Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
 
 
Anote-se que a grande diferença é prática: o assistente simples está subordinado 
à vontade do assistido, enquanto o assistente litisconsorcial tem atuação autônoma, 
podendo, até mesmo, atuar de forma contrária à vontade do assistido. 
2 – Denunciação da lide (arts. 125 a 129, CPC): ocorre quando há a existência da 
figura do garantidor. Na denunciação da lide uma das partes traz ao processo um 
terceiro que tem responsabilidade de ressarci-la por eventuais danos advindos do 
resultado desse processo. 
Tal intervenção se baseia na economia processual, pois possibilita que, no 
mesmo processo, possa haver a ação regressiva. Ou seja, garante o direito de 
regresso dentro do mesmo processo. 
Hipóteses de cabimento: 
- Evicção: garantia real existente nos contratos de transferência de 
propriedade/posse através da qual, caso a propriedade/posse adquirida 
venha a ser perdida por decisão judicial, seja o adquirente indenizado por 
aqueleque transferiu tal posse/propriedade. 
- Por lei (art. 932 e 934, CC - dono de hotel/hóspedes; 
empregador/empregado) ou contrato (contrato de seguro). 
➔ Obs. com relação ao seguro: não é possível que o autor da ação, que 
sofreu um dano, ingresse diretamente de forma exclusiva em face da 
seguradora da outra parte, isso porque tal autor não possui relação com 
a seguradora. Assim, é possível que ajuize ação em face do segurado 
ou do segurado e da seguradora em litisconsórcio facultativo passivo, 
não sendo possível apenas ingressar somente em face da seguradora. 
Todavia, após já ter tido a ação de conhecimento com a seguradora no 
polo passivo, é possível que o cumprimento de sentença seja realizado 
diretamente contra a seguradora, nos limites da apólice. 
Súmula 529 - “No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o 
ajuizamento de ação pelo terceiro prejudicado direta e exclusivamente em face da 
seguradora do apontado causador do dano.” 
Súmula 537 - “Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se 
aceitar a denunciação ou contestar o pedido do autor, pode ser condenada, direta 
e solidariamente junto com o segurado, ao pagamento da indenização devida à 
vítima, nos limites contratados na apólice”. 
Pode ser feita pelo autor na petição inicial ou na contestação pelo réu, caso não 
seja feita nesses momentos, haverá preclusão, isto é, não será possível haver o 
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direito de regresso no mesmo processo. Nesse caso, será necessário ajuizar uma 
ação autônoma para intentar o direito de regresso. 
É importante destacar que a denunciação é sempre facultativa e que caso o 
denunciante “ganhe” a ação principal/originária, a denunciação não é apreciada 
(será extinta por perda do objeto) e o denunciante deverá arcar com a sucumbência 
da denunciação, já que poderia ter esperado o julgamento do feito para, caso 
perdesse, ingressasse com ação autônoma. 
Não é cabível a denunciação da lide “per saltum” (por salto), isto é, o 
denunciante não pode denunciar diretamente o responsável por todo o evento 
danoso, pois o art. 125, I, CPC, apenas permite a denunciação do alienante 
imediato. 
É possível uma única denunciação da lide sucessiva. Ou seja, é possível que 
haja uma denunciação primitiva e uma sucessiva, podendo o denunciado 
denunciar outrem. Mas esse outrem que fora denunciado pelo próprio denunciado, 
por sua vez, não poderá denunciar outra pessoa (poderá entrar com ação 
autônoma, se for o caso). 
3 - Chamamento ao processo (arts. 130 a 132, CPC): trata-se de hipótese de 
intervenção de terceiro através da qual é possível que haja a responsabilização dos 
obrigados ou coobrigados junto com o demandado no mesmo processo. Ou seja, 
o réu chamará o terceiro para responder com ele os efeitos da decisão, sendo 
formado um litisconsórcio passivo ulterior. 
Pode ser realizado somente pelo réu dentro da contestação, sob pena de 
preclusão. A citação será requerida pelo réu e deve ser promovida em 30 dias sob 
pena de ficar sem efeito o chamamento. 
Hipóteses: (a) fiador chamar o afiançado, (b) fiador chamar os demais fiadores e 
(c) um devedor chamar os demais devedores solidários. 
Sentença de procedência vale como título executivo daquele que pagou em face 
dos demais que não pagaram (demais coobrigados). 
4 - Incidente de desconsideração de personalidade jurídica (arts. 133 a 137, 
CPC): trata-se de hipótese de intervenção de terceiro, na qual o terceiro, sócio (em 
regra), passará a integrar no processo em que será desconsiderada a 
personalidade jurídica da empresa. Todavia, além da desconsideração direta, há a 
inversa, a expansiva e a indireta (temas estudados em civil). 
A desconsideração pode ser requerida pelas partes ou MP (nunca de ofício pelo 
juiz): 
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● Na petição inicial: se houver prova suficiente do desvio de finalidade e da 
confusão patrimonial, situação em que NÃO haverá suspensão do 
processo; ou 
● Em incidente: a qualquer momento do processo, havendo a suspensão 
do processo até o julgamento do incidente. 
Procedimento do incidente: requerimento → suspensão da ação → citação do 
terceiro → apresentação da defesa do terceiro em 15 dias → instrução, se for o 
caso → decisão (interlocutória) → agravo de instrumento (art. 1.015, IV, CPC), caso 
deseje recorrer. 
Hipóteses de desconsideração da personalidade jurídica: 
CC - Teoria maior → abuso de personalidade ou desvio de finalidade com 
confusão patrimonial entre a pessoa jurídica e seus sócios (art. 50, CC). 
CDC → Teoria menor → basta a insolvência → não precisa provar confusão 
patrimonial (art. 28, CDC). 
5 - Amicus curiae (art. 138, CPC): também conhecido como “amigo da corte”, trata-
se de hipótese de intervenção de terceiro, na qual um terceiro (PF ou PJ) intervirá 
no processo para auxiliar o juiz na tomada da decisão em razão: da relevância da 
matéria, da especificidade do tema ou da repercussão social. 
Além de ter que estar presente alguma das três condições acima elencadas para 
que o amigo da corte possa atuar, é preciso que haja representatividade 
adequada (interesse institucional na causa: nexo de causalidade entre a atuação 
do terceiro e o objeto da ação). 
 
 
 
 
 
 
 
O amicus curiae tem a pretensão de ampliar a legitimidade democrática da decisão 
judicial, mediante a pluralização do debate, trazendo elementos/subsídios 
importantes para o deslinde do feito. 
Representatividade 
adequada 
Relevância da 
matéria 
ESPECIFICIDADE DO 
TEMA 
REPERCUSSÃO SOCIAL 
OU 
OU 
e 
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Pode ser de ofício ou a requerimento. 
Pode ser pessoa física ou jurídica (no Processo Civil). 
O amicus curiae pode recorrer em apenas duas hipóteses (no Processo Civil): 
(1) embargos de declaração (ED) e (2) decisão de mérito do incidente de resolução 
de demandas repetitivas (IRDR). 
Considerações finais sobre intervenção de terceiros. 
Recorribilidade ou irrecorribilidade da decisão que admite ou inadmite a 
intervenção de terceiros. 
No Processo Civil: a decisão que admite ou inadmite a intervenção do amicus 
curiae é IRRECORRÍVEL. Por outro lado, a decisão que admite ou inadmite 
qualquer outra modalidade de intervenção de terceiros pode ser objeto de agravo 
de instrumento (art. 1.015, IX, CPC → “Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento 
contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...) IX - admissão ou 
inadmissão de intervenção de terceiros”). 
Intervenção de terceiros e JEC: No Juizado Especial Cível, NÃO cabe 
intervenção de terceiros, em regra. Cabendo apenas a desconsideração da 
personalidade jurídica (art. 1.062, CPC e art. 10 da Lei 9.099/95). 
 
Quadro resumo sobre intervenção de terceiros: 
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já caiu! 
OAB XX 2016. A médica Carolina é devedora de R$ 100.000,00 (cem mil reais), 
débito esse originado de contrato particular de mútuo, vencido e não pago, no qual 
figura como credora a advogada Zélia. Diante do inadimplemento, Zélia ajuizou 
ação de cobrança que, após instrução probatória, culminou em sentença com 
resolução de mérito procedente. O juiz não se pronunciou quanto ao pagamento de 
honorários advocatícios de sucumbência à advogada porque esta atuou em causa 
própria. A omissa sentença proferida transitou em julgado recentemente. Sobre o 
caso apresentado, segundo o CPC/15, assinale a afirmativa correta. 
A) O juiz agiu com acerto ao deixar de condenar Carolina ao pagamento de 
honorários. 
B) Os honorários advocatícios de sucumbência constituem direito do advogado 
sem natureza alimentar. 
C) A advogada Zélia não poderá requerer que o pagamento dos honorários seja 
efetuado em favor da sociedade de advogados no qual figura comosócia. 
D) O recente trânsito em julgado da omissa sentença não obsta o ajuizamento 
de ação autônoma para definição e cobrança dos honorários de 
sucumbência. 
OAB XXIV - 2017. Marcos se envolveu em um acidente, abalroando a motocicleta 
de Bruno, em razão de não ter visto que a pista estava interditada. Bruno ajuizou, 
em face de Marcos, ação de indenização por danos materiais, visando receber os 
valores necessários ao conserto de sua motocicleta. Marcos, ao receber a citação 
da ação, entendeu que a responsabilidade de pagamento era da Seguradora 
Confiança, em virtude de contrato de seguro que havia pactuado para seu veículo, 
antes do acidente. Diante de tal situação, assinale a afirmativa correta. 
A) Marcos pode promover oposição em face de Bruno e da seguradora. 
B) Marcos pode promover denunciação da lide à seguradora. 
C) Marcos pode pedir a instauração de incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica em face da seguradora. 
D) Marcos pode promover o chamamento ao processo da seguradora. 
OAB XXV - 2018. Alice, em razão de descumprimento contratual por parte de 
Lucas, constituiu Osvaldo como seu advogado para ajuizar uma ação de cobrança 
com pedido de condenação em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), valor atribuído 
à causa. A ação foi julgada procedente, mas não houve a condenação em 
honorários sucumbenciais. Interposta apelação por Lucas, veio a ser desprovida, 
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sendo certificado o trânsito em julgado. Considerando o exposto, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Em razão do trânsito em julgado e da preclusão, não há mais possibilidade 
de fixação dos honorários sucumbenciais. 
B) Como não houve condenação, presume-se que há fixação implícita de 
honorários sucumbenciais na média entre o mínimo e o máximo, ou seja, 
15% do valor da condenação. 
C) O trânsito em julgado não impede a discussão no mesmo processo, podendo 
ser requerida a fixação dos honorários sucumbenciais por meio de simples 
petição. 
D) Deve ser proposta ação autônoma para definição dos honorários 
sucumbenciais e de sua cobrança. 
OAB XXX - 2019. Daniel, sensibilizado com a necessidade de Joana em alugar um 
apartamento, disponibiliza-se a ser seu fiador no contrato de locação, fazendo 
constar nele cláusula de benefício de ordem. Um ano e meio após a assinatura do 
contrato, Daniel é citado em ação judicial visando à cobrança de aluguéis 
atrasados. Ciente de que Joana possui bens suficientes para fazer frente à dívida 
contraída, Daniel consulta você, como advogado(a), sobre a possibilidade de Joana 
também figurar no polo passivo da ação. Diante do caso narrado, assinale a opção 
que apresenta a modalidade de intervenção de terceiros a ser arguida por Daniel 
em sua contestação. 
A) Assistência. 
B) Denunciação da lide. 
C) Chamamento ao processo. 
D) Nomeação à autoria. 
OAB XXVIII - 2019. Felipe, a fim de cobrar dívida proveniente de contrato de mútuo 
firmado com Aline, ajuizou demanda de conhecimento em face de João Alberto, 
fiador. Surpreendido pela citação, João Alberto procura, no mesmo dia, um(a) 
advogado(a). Diante de tal quadro, assinale a opção que apresenta a medida mais 
adequada a ser adotada pelo(a) advogado(a) para obter a responsabilização de 
Aline. 
A) Realizar o chamamento ao processo de Aline. 
B) Efetuar a denunciação da lide de Aline. 
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C) Sustentar a ilegitimidade passiva de João Alberto, na medida em que 
somente após eventual tentativa malsucedida de responsabilização de Aline, 
João Alberto poderia ser demandado. 
D) Não promover a intervenção de terceiros e aguardar a fase executiva, 
momento em que deverá ser requerido o benefício de ordem, de modo que 
os bens de Aline sejam executados antes dos de João Alberto. 
Gabarito: D; B; D; C; A. 
TEMAS TRABALHADOS NO MATERIAL DA AULA 02 - PARTES E PROCURADORES: 
- Partes e Procuradores: considerações iniciais (conceito, deveres, vedações, 
responsabilidades das partes por dano processual, despesas, honorários, 
gratuidade da justiça, procuradores, sucessão de partes e procuradores). 
- Litisconsórcio (conceito, classificação, considerações complementares). 
- Intervenção de Terceiros (conceito e classificações de formas e de modalidades 
de intervenção de terceiros). 
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato através das minhas redes sociais: 
@giuliachristensen @concursodosmeussonhos ; estou 100% disponível para 
todos vocês! Sigam firmes! Bons estudos! 
 
 
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