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DONATELLI, ANCONA-LOPEZ – psicodiagnóstico interventivo fenomenológico existencial Inicialmente psicodiagnóstico com caráter investigativo e classificatório, objetivo de levantamento de informações. Hoje em dia temos modelo interventivo, atendimento ativo, queixas são investigadas junto com paciente, com devolutivas e pontuaçõesque auxiliam a ressignificar experiencias para que possa agir na realidade O psicodiagnóstico interventivo em crianças defende a importância da participação dos pais que contribuem ou não na problemática atribuída a criança, sendo realizada um prática colaborativa Inicia a entrevista inicial pelos pais, explicando procedimentos e objetivo, fala sobre ajuda que vai precisar deles, entende as expectativas em relação ao terapeuta. Segunda consulta é a anamnese, pode ser um questionário entregue aos pais que vão responder e depois debater a resposta com o profissional, ou através da entrevista presencial iniciando pelo momento que os pais se conheceram ate o momento atual utilizando de perguntas abertas para entender o projeto de vida e sistema de valores O primeiro contato com a criança deve ser o de trazer o contexto do porque ela esta ali. É explicado para a criança de maneira clara e na linguagem dele tudo o que faremos ali, inclusive o acordo com o sigilo Primeira sessão é utilizado a caixa lúdica com o objetivo de observar as relações, criatividade, se possui iniciativa de abrir a caixa, lógica, realidade, etc Devolução para os pais e a criança são feitos em momentos diferentes levando em consideração o contexto de vida dos pais, deve ser uma orientação e não uma “receita médica” Uso de testes é opcional, usado como uma forma de complementar e deve ser levado em consideração o histórico social, cultural e experiencia Visita escolar deve ser comunicada a criança e aos pais e tem como objetivo observar a escola, investigar o desempenho da criança e seu relacionamento com professores e outros alunos. A visita domiciliar deve ser permitida pela família, sera observado a casa no geral e as relações, levando em consideração a presença do psicólogo no ambiente Ultima sessão com os pais tem o objetivo de trazer uma percepção geral de todos os processo trabalhado, se foi atingido o objetivo e o desligamento do psicodiagnóstico. Relatório final consta todas as informaçações dadas e trabalhadas pelos pacientes que deve ser lido pelos pais, podendo tirar ou acresnetar informações. Devolutiva final para a criança deve ser feito um livro com gravuras, legendas e o enredo trata a história da criança e todo o processo no psicodiagnóstico O papel do psicólogo nesse atendimento é de colaborador, onde através do diálogo com todas as partes, ele os ajuda a compreender a queixa trazida, além de, realizando a prática compartilhada, compartilhar suas percepções com os pais ou responsáveis pelas crianças, como postulado pela abordagem fenomenológica-existencial. Também é esperado do profissional a compreensão do campo fenomenal, ou seja, o campo de coisas experenciadas ao longo da vida que vão ganhando sentido para o indivíduo, que o psicólogo deve partilhar para se envolver nessa realidade e dessa forma, atuar de forma interventiva, pois a partir do momento que a queixa deixou de ser algo isolado para dar acesso ao mundo do sujeito, é papel do psicólogo prestar auxílio para compreenderem aquela forma de enxergar a realidade e a atuação para transforma-la quando necessário. (MORENO, Viviana. 2022) YEHIA – Psicodiagnóstico interventivo Saude e doença não podem ser vistas de forma dicotômica. Doença mental passa a ser pensada como construção de outros modos de existência diante da dificuldade de responder aos fatos de existir Saúde significa condição benéfica de bem-estar e de segurança, refere-se a cura como promoção da integridade e cuidado Pratica psicológica inclina-se para acolher o sofrimento humano como perda de sentido O momento clinico inicial, com toda sua potencialidade de promover uma confiança terapêutica através de atenção e acolhimento, é reduzido a uma atividade de triagem. Atualmente tal modelo mostra sinais de esgotamento Em nossa pratica no momento do encontro com o outro, percebemos que o domínio do saber não funciona como lugar seguro. Se propõe um deslocamento do saber, não existe uma verdade a ser transmitida mas uma construção conjunta de sentidos. Faz-se necessário que o psicólogo se retire do lugar de psicólogo, e funcione como um mediador, onde exerce a função de acolher o paciente e desmistificar verdades naturalizantes e universalizantes geradoras de injustiças e exclusão social A perspectiva fenomenológica existencial foi o referencial de fundamento dessa clínica, pois considera que a condição constituinte da existência do ser humano é relacional, ou seja, revela-se pelo encontro com o outro. São essas situações de encontro intersubjetivo que propiciam, no cotidiano da vida, mudanças para o desenvolvimento e aprendizagem do ser humano, bem como as formas de convivência no mundo e com os outros, vendo e sendo visto, ouvindo e sendo ouvido Intituições oferecem psicodiagnósticos, pais são encaminhados por escola, medico ou assistente social, instituição ofecre o psicodiagnóstico uma vez qu o distúrbio pode ter a concorrência de varias causas sendo importante investigar qual área deve ser prioritariamente atendida Psicodiagnóstico infantil consta com uma ou duas entrevistas com os pais (queixa, dinâmica famíliar e desenvolvimento das crianças), em seguida a criança é testada e em seguida integrados as informações obtidas, ao fim o psicólogo realiza uma ou duas entrevistas devolutivas como os pais (conclusões diagnosticas, encaminhamentos ) Os pais parecem não compreender o processo de psicodiagnóstico, mas para o psicólogo é uma parte de importante compreensão Psicodiagnóstico como um momento de transição, passaporte para o atendimento posterior, este sim considerado significativo (porque capaz de provocar mudanças), no qual o cliente encontrará acolhida para suas dúvidas e sofrimento quando a criança começa a apresentar atitudes e comportamentos que rompem com algumas expectativas dos pais, dos professores ou de outros agentes da comunidade, surge o encaminhamento ou a busca espontânea pelo psicólogo. É neste momento que podem ser problematizadas, questionadas, as relações dos pais e da criança consigo mesmos, com os outros e com o mundo. É neste contexto que o psicodiagnóstico se propõe explicitar o sentido da experiência do cliente. Importante trazer um interesse dos pais a tona para que sejam colaborativas com os atendimentos, mostrar a importância do atendimento e explicar como serão feitas as coisas para que eles se sintam a vontade e contribuam para os atendimentos Primeiro atendimento fazendo a entrevista inicial e descobrindo a queixa, segunda a anamnese permite o conhecimento do desenvolvimento biopsicossocial da criança, sendo uma oportunidade para os pais perceberem sua experiencia passada e presente com o filho Primeiro contato com a criança é dito para os pais explicarem o motivo dos atendimentos, se desenvolve através de observação lúdica ou entrevista com desenhos A partir da observação é necessário pesquisar com os pais certos aspectos da vida e do relacionamento que não eram relevantes ate o momento Intrumentos utilizados no atendimento devem ser comunicado aos pais sobre pressupostos teóricos em que o instrumento se baseia e o motivo de estar utilizando, o que foi observado ate chegar a utilizar o instrumento, importante falar aos pais para que sintam confiança no processo, psicólogo deve “traduzir” conceitos teóricos para que os pais compreendam melhor o processo No fim psicólogo elabora um relatório e entrega aos pais para que seja observado se as compreensões sobre o caso são parecidas As intervenções podem ser como forma de compreensão de algo que os pais disseram, como confrontações e incitar os pais a defrontarem suas angustias, outravezes pode ser uam intervenção de apoio, questionamento e ampliação onde apenas acompanha os pais Profissional faz colocações pessoais para aproximar ele e os pais Uso de testes traz contradições, mas ainda são utilizados pela compreensão que o psicólogo pode obter a partir daquele instrumento não so pelo resultado como também pela observação das ações da criança Visita escolar e domiciliar também são recursos utilizados Entrevista de Follow-up, feita após um ano aproximadamente do psicodiagnóstico para saber da eficácia dos atendimentos, mostrando que os pais possuem maior compreensão do filho após esse tempo e maior habilidade para lidar com novas situações. Pode propiciar uma revisão do que foi trabalhado CYTRYNOWICZ – mundo da criança Compreensão da infância como “na claridade sem fala”, deste modo podemos compreender a relação da criança com o outro, criança é percebida mais no âmbito do cuidado dos outros do que seu próprio dizer Muitas vezes utilizamos de matáforas para entendermos os significados de experiencias do desenvolvimento das crianças, de suas estruturas internas, do mundo e da realidade, temos como exemplo o mito de Édipo O mundo da criança é compreendido em proximidade com ela e que através dessa relação de proximidade nos descobrimos a importância do mundo próximo para o crescimento das crianças, A relação da criança com o mundo é sempre a rica de novas possibilidades, as crianças na infâncias vivem intensamente e se envolvem totalmente naquilo que se apresenta, é assim que as crianças descobrem o mundo e seus significados Por mais amparado que tenha sido a criança ela brevemente terá que enfrentar a angustia Durante a infância a criança se percebe apenas no presente imediato, o que pode trazer momentos de intenso desamparo, porem a criança tambem vai lidar com o futuro de acordo com o seu crescimento, e quando se encontra com algo novo sem o amparo de sua família a criança experimenta extrema angustia O adulto quando cuida de uma criança, cuida pensando em resolver problemas futuros, cuida para que a criança não fique doente, cuida para que a criança não chore A responsabilidade de cuidar de uma criança pode provocar tambem uma angustia no adulto a medida que ressalta as suas próprias limitações e possibilidades Na relação adulto e criança, o adulto existe de um modo que pode antecipar experiencias ainda não descobertas pela criança. Há diferente modos de cuidar: - cuidado autoritário: impõe regras, exigente, desconsidera necessidades e nega as possibilidades - Cuidado indiferente: desconsidera necessidades, omite posições - Cuidado exibicionista: criança como oportunidade para se avaliar, angaria reconhecimento - Cuidado que estimula: provoca descobertas - Cuidado paciente: sabe esperar pelas oportunidades e pelo possível No envolvimento entre criança e adulto, os dois encontram oportunidade de desenvolvimento, porem se um dos dois estiver prisioneiro de um processo, o outro também não estará livre para compartilhar outras possibilidades Brincar é atuar e falar é expressar. Brincar é um jogo de aparências. Os brinquedos parecem ser algo que na realidade o terapeuta sabe que eles não são. Uma arma so será uma arma na brincadeira se a criança a usar de tal forma, se a criança a utilizar como um martelo então sera um martelo Criatividade, originalidade e diferenciações são condições fundamentais do brincar Brincar significa fazer ligações, ligar. Neste sentido é descobrir relações, é enredar, fazer enredo ou fazer história Os limites de uma brincadeira se mostram não a partir do impedimento impostos por autoridade externas ou por regras gerais, mas do próprio brincar A fantasia aproxima e familiariza a realidade e ampara a criança EFRON – processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas (hora lúdica) A hora do jogo diagnóstica é um instrumento técnico que o psicólogo utiliza para conhecer a realidade da criança que foi trazida a consulta. A atividade lúdica é a forma de expressão da criança. Diferença entre hora de jogo diagnóstica e hora de jogo terapêutica, a primeira é um processo que tem começo meio e fim e opera como uma unidade A segunda é um processo mais amplo, o qual novos aspectos e modificações estruturais vão surgindo pela intervenção do terapeuta Na atividade lúdica o mediador é o brinquedo oferecido que expressa o que a criança esta vivenciando no momento A hora de jogo diagnóstica é precedida das entrevistas realizadas com os pais, onde são dadas instruções que devem ser passadas as crianças Sala, tambem conhecido como sala de jogos, não deve ser muito pequena, com mobiliário escasso a fim de possibilitar liberdade de movimento a criança, preferível que as paredes e piso sejam laváveis, conveniente oferecer a possibilidade de brincar com água, elemento devem estar expostos sobre a mesa ao lado da caixa, distribuídos sem corresponder a nenhum agrupamento de classes. A apresentação dos brinquedos sobre a mesa, fora da caixa evita a ansiedade persecutória que pode surgir frente a uma caixa fechada Oferecer a criança materiais de tipos diferentes, estruturados (bonecos, armas) e não estruturados (madeiras de tamanha diferente, tinta, barbante) possibilitando a expressão sem que a experiencia se torne invasiva Importante ser material de boa qualidade para que não tenha perigo de quebrar facilmente, evitar inclusão de material perigoso para a integridade física, e o material deve estar em bom estado, para que a criança não ache que o material já foi usado por outras crianças Assim que a criança entra no consultório o psicólogo deve explicar a definição de papeis, limitação de tempo e espaço, material a ser utilizado, objetivos esperados Papel do psicólogo como passivo, funciona como observador, pode ser que a criança peça por nossa participação, fazendo assim um papel complementar. Podemos estabelecer limites caso o paciente tenda a romper com o enquadramento. A função especifica consiste em observar Importante analisar os seguintes indicadores a escolha de brinquedos e brincadeiras, modalidades de brincadeiras, personificação, motricidade, criatividade, capacidade simbólica, tolerância a frustração, adequação a realidade A escolha de brinquedos e brincadeiras pode ter diferentes características e a modalidade de abordagem do brinquedo pode assumir as formar de observação a distancia, dependente, evitativa, dubitativa, irrupção brusca sobre os materiais, irrupção caótica e impulsiva, aproximação, tempo de reação inicial para estruturar o campo Deve se levar em conta tambem o tipo de brinquedo escolhido para ter o primeiro contato. Quanto ao tipo de jogo é necessário ver se tem principio, desenvolvimento e fim, e se os jogos organizados correspondem ao estagio de desenvolvimento intelectual A modalidade da brincadeira é a forma como o ego manifesta a função simbólica. Entre as modalidades temos plasticidade, rigidez e estereotipia e perseverança. Na plasticidade a criança consegue alterar o que é o objeto de acordo com a história da brincadeira. Já a rigidez deixa o brincar da criança pouco criativo e monótono. O brincar estereotipado e a perseverança é manifestado uma desconexão com o mundo externo, tipíco de crianças com esquizofrenia ou lesões orgânicas Personificação é a capacidade de assumir e atribuir papeis de forma dramática. Criança assume papel do outro, fazendo seu personagem temido ou desejado. Quando a criança nos pede para assumir um papel na brincadeira, devemos pedir para que ela explique as características do papel atribuído para que responda as fantasias desejadas A motricidade nos permite ver a adaptação da criança a etapa evolutiva que atravessa. Importante observar o deslocamento geográfico, possibilidade de encaixe, preensão e manejo, alternância de membros, lateralidade, movimentos voluntários e involuntários, movimentos bizarros, ritmo do movimento, hipercinesia, hipocinesia, ductabilidade A criatividade é unir ou relacionar dispersos num elemento novo e diferente. A nova configuração traz surpresa paraa criança e é acompanhada do sentimento de realização A tolerância a frustração é detectada na hora de jogo pela possibilidade de aceitar as instruções com as limitações que elas impõem. A capacidade de tolerar a frustração esta relacionada ao principio do prazer e da realidade Atraves da capacidade simbólica que se constrói a relação do sujeito com o mundo exterior e a realidade geral, além de constituir o fundamento de toda a fantasia e sublimação. Atraves da capacidade podemos avaliar a riqueza expressiva, capacidade intelectual, qualidade do conflito, Adequação a realidade é um dos primeiros elementos a se analisar na hora do jogo, permite avaliar as possibilidades egóicas podendo adaptar-se ou não as situações que lhe impõem como aceitação ou não do enquadramento espaço-temporal e possibilidade de colocar-se em seu papel e aceitar o papel do outro, exemplo uma criança que esta brincando de bola dentro de uma sala como se estivesse no campo de futebol A dificuldade para brincar é o índice mais evidente das características psicóticas presentes. Importante observar a diferença de brincadeira e pseudobrincadeira da criança (criança não brinca de ser algo, ela realmente é aquilo. Criança psicótica não pode se adequar a realidade. Criança atua personagens extremamente crueisque estão em correspondência com um superego primitivo de características sádicas, perseverança ou estereotipia na conduta verbal e pré-verbal, dificuldade de adequação a realidade, tolerância a frustração e aprendizagem Na criança neurótica temos uma capacidade simbólica desenvolvida, adequação relativa a realidade, tentativa de satisfazer o principio do prazer, o que gera culpa e assim o deslocamento que é procurar a satisfação em algo que não é seu objeto de prazer, sendo assim continua a busca em outros lugares, baixo limiar de frustração ou a superadaptação, Crianças normais tem boa capacidade de adaptação, boa capacidade simbólica, motricidade adequada, boa criatividade, capacidade de tolerância a frustração LOPES, FERREIRA, SANTIAGO – psicodiagnostico interventivo (colagem) Psicodiagnóstico passa por reformulações, testes psicológicos passam por revisões. Suspensão de recursos estimula os psicólogos a revisarem a pratica clinica e buscarem outros procedimentos Violet Oaklender propõe a colagem, atividade projetiva, representativa do mundo interno da criança, de seus sentimentos e pensamentos Colagem pode ser individual ou em grupo com diferentes temas Figuras devem ser recortadas de revistas e abordar diversos temas, proposto um tema considerando aspectos a serem avaliados. Figuras dispostas de forma aleatória, observar a exploração, fala e figuras que chamam a atenção mas não são escolhidas, no fim a criança deve apresentar o cartaz Apresentaram cartaz ao pais para ver se identificavam qual era o do seu filho, precisam mostra o conhecimento que tem do filho No fim discute-se a compreensão que tiveram dessa atividade Considera para analise o uso de espaço, podem ser aspectos emocionais ou comprometimentos de outra ordem, imagem escolhida pode ter mais significado, escolha de figuras pode ser utilizada para a revelação de segredos familiares, recortar uma figura já cortada indica que não aceita o significado atribuído aquela imagem Atividade pode ser feita individual ou em grupo, ou com os pais. A observação da interação de pai e filho durante a atividade possibilita uma compreensão da dificuldade de ambos e nos permite fazer intervenções que ampliem o entendimento dos integrantes LOPES – visita domiciliar A casa com as características particulares de quem habita, pode ser vista com uma visão critica como uma extensão da personalidade e do interno do paciente e seu seio familiar, é sua forma física e psiquismo grupal Influencia do ambiente em estar em família e a forma que expressam sua afetividade e veem seu papel e ocupação cotidiana dentro daquele contexto social e emocional Ferramenta de intervenção e favorecimento para consistência diagnóstica Denota uma estratégia de enriquecimento, onde além de termos contato com a família, possuímos acesso a sua interação com a criança e a organização do espaço Importante combinar com os pais a visita domiciliar já no momento do contrato terapêutico, assim podendo escolher uma data confortável para todos e que esteja a maior parte da família na casa, a recusa da visita também é uma opção Ackerman menciona a necessidade de uma visita de 3 horas podendo observar com melhor atenção e fidedignidade detalhes necessários que terá que relatar de memorio no fim da visita, uma vez que anotações podem privar as pessoas da espontaneidade Visita pautada na fenomenologia existencial vai se ater a demanda, duração dependera da avaliação do profissional em relação a suficiência de elementos para compreensão diagnóstica, melhor momento para visita é quando a família e a criança já desenvolveram um grau de confiabilidade com o profissional, assim as chances de naturalidade são maiores, sociabilidade deve ser preservada para que os moradores se sintam a vontade A respeito das expectativas do profissional, importante se atentar as inseguranças e desconfortos de se colocar no contexto familiar, sendo caso de resistência de alguns profissionais, nesses casos há a possibilidade de mandar outro profissional apenas para fazer a visita, mas perde-se o fator do vinculo ser uma relaxamento para a família Ficou evidente influência da habitação e muitas vezes da transformação necessária no espaço da criança e nos limites que podem ser impostos para preserva-la, para criar um centro identitário, com isso é possível perceber que o homem é quem dá forma e sentido aos espaços que ocupa, influenciando todos que convivem nesse meio e absorvem seus sentimentos, frivolidades, ritmos, paixões, através da interação com o ambiente, imprimindo a imagem o mundo interno do indivíduo projetado nos cômodos e em suas relações afetivas com as coisas e com outros. Entendemos, durante a leitura, a relação simbólica e associativa entre o mundo interior –eu –e o espaço exterior –mundo, por isso por mais que os clientes tentem passar uma nova impressão da residência, limpando, faxinando, organizando e preparando tudo para receber uma visita, a essência dequem vive ali permanece, pois por mais que eles queiram passar uma imagem para a visita e para si mesmos, chamada de ‘’situação artificial’’, existem marcas, a escolha de objetos, sua organização, o que é ou não guardado, revelam a organização interna de quem habita a casa e todos os limites que são estabelecidos entre a família. (MORENO, Vivian. 2022) GHIRINGHELO e LANGE – Visita escolar A escola tem grande importância na vida das crianças, onde se desenvolve socialmente, adquire novos conhecimentos mas também um lugar de julgamento e humilhação, pode ser uma grande ferramenta nesse processo do psicodiagnóstico Importante ver expectativas dos pais em relação a escola, como as crianças a enxergam e sua relação com colegas e professores Visita as escolas as vezes se mostra quase como necessária, profissional deve ser cauteloso nas observações e conversa com os funcionários para que a criança e os colegas não fiquem em alerta em relação ao paciente Observar o espaço físico, higiene ambiental, avaliar parte mobiliária e acessibilidade no geral, avalia merenda, materiais didáticos, etc. Antes da visita pode ser enviado um relatório e um roteiro. Importante ter a presença da professora e de um membro responsável pela escola Observar instrumentos escolares como o caderno escolar, pois assim é possível ver as dificuldades de aprendizado, podemos compreender melhor o mundo da criança, podemos observar como a criança expressa as funções lógicas, como lógica, estratégia, planejamento, resolução de problemas, memória de trabalho, etc. observando essas funções podemos descobrir dificuldades que permitem pais e professores lancem estratégias que favoreçam o melhor desenvolvimentodas capacidades da criança Maioria das quixas são relacionadas a dificuldade de ler e escrever das crianças, demandando uma maior analise dessa parte, podendo fazer uso de jogos educativos que o ajudam a identificar a capacidade da criança Para avaliar o nível de escrita, solicita a criança que escreva seu nome, em seguida, dita-se 5 palavras do cotidiano dela, sequencia iniciando com palavras polissílabas ate monossílabas, e por ultimo pede-se que escreva uma pequena frase, no fim pede para que a criança leia o que escreveu enquanto aponta ao lugar que esta lendo Assim avaliamos o nível de escrita e leitura da criança Pré-silábico: começa a diferenciar letras e números Silábico: noção que cada sílaba corresponde a uma letra, as vezes coloca um símbolo sem valor sonoro Silábico-alfabético: obedece valor sonoro, acrescenta letra corretas na primeira silaba Alfabético: aprende organização das letras, Ortográfico: aprendeu a escrever mas não integralmente bem, etapa em que o professor deve intervir Criança alfabetizada utiliza-se testes psicopedagógicos Ao final o profissional precisa elaborar um relatório que expressa suas impressões, incluindo orientações e recomendações sobre o processo de aprendizagem para os pais e escola BECKER – psicodiagnóstico interventivo (livro de história) O livro de historia como devolutiva tem como finalidade a transmissão de conhecimento de si, da sua história, dos seus conflitos. As metáforas, analogias e e imagens visuais favorecem uma apreensão adequada da criança O objetivo essencial da devolutiva é auxiliar o paciente a realizar uma integração psíquica daqueles aspectos da personalidade que estão dissociados Conceito de devolução esta baseado na ideia de projeção e posterior reintrojeção de aspectos que o paciente revelou durante o processo. Importante realizar devolutivas parciais durante o processo, assim pode explorar melhor as hipótese levantadas e aumentar os possíveis efeitos terapêuticos Na devolutiva começar com aspectos mais adaptativos para depois falar sobre os menos adaptativos, fazendo uso de linguagem simples e apropriada Existe a possibilidade do terapeuta estimular a criança a criar uma história para apreender seu tema psicodinâmico através da projeção, formula e narra uma historia para a criança com características dela onde introduz soluções de conflitos mais saudáveis Outra possibilidade é a construção da história em conjunto com os pais, a qual os pais vão ler a criança varias vezes para que haja uma compreensão dos problemas A criação de uma história devolutiva exclusiva permite uma vivencia psicológica exclusica, através da identificação com os personagens a criança parece obter uma percepção de seu sintoma, assim como a expressão dos sentimentos envolvidos. O livro de histórias é uma compreensão dos atendimentos, contempla a historia vital e experiencias da criança, suas dificuldade e recursos internos, deve ser feito em uma linguagem acessível Linguagem e personagens devem ser escolhidos de em função das afinidades e analogias expressas durante o psicodiagnóstico É fundamental que o livro traduza a história de vida e familiar da criança, o sintoma, a busca de atendimento e a relação com o psicólogo, explicitação dos sentimentos do personagem de identificação, integração dos diferentes aspectos observados durante a hora de jogo, testes e visitas Ao final é importante que a criança tenha a chance de expressar sua própria solução final O livro de histórias pode ajudar na elaboração psíquica após o encerramento das sessões uma vez que a criança leva o livro embora e pode gradativamente se apropriar das questões apresentadas
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