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Relatório CT e E coli

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL
Coliformes Totais e Escherichia coli
 (
Relatório apresentado como parte das exigências da disciplina ENG 
320
-
Poluição e Legislação 
Ambiental do Departamento de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFV.
)
 
 Kaio Kauê Marteli Marques 59307
VIÇOSA – MG
Abril de 2013
1. Introdução
O grupo dos coliformes totais inclui todas as bactérias na forma de bastonetes gram-negativos, não esporogênicos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 a 48 horas a 35ºC. Esta definição é a mesma para o grupo de coliformes fecais, porém, restringindo-se aos membros capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 horas a 44,5-45,5ºC (HITCHINS et al., 1996; SILVA & JUNQUEIRA,1995; SILVA et al., 1997).
Os principais agentes de infecções intestinais entre outros encontram-se as enterobactérias, destacandose como um microorganismo de interesse em alimentos a Escherichia coli O157:H7. Sua designação surgiu inicialmente em 1982, após ter sido implicada como agente etiológico da colite hemorrágica (NASCIMENTO & STAMFORD, 2000).
No uso da água, considera-se 2 tipos de contato, contato primário e o secundário. O contato primário é definido por contato direto e prolongado com a água na qual a possibilidade do banhista ingerir água é elevada, por exemplo, natação, mergulho, esqui-aquático. O secundário refere-se a atividades onde o contato com a água é acidental ou esporádico com a chance de ingestão de água pequena ou mínima, por exemplo, pesca.
	A resolução usada para controlar as águas para balneabilidade é a resolução CONAMA 274/2000, onde a classificação é feita por próprias e impróprias para banho, a classificação é feita por número de coliformes, totais e termotolerantes. As águas próprias são ainda divididas em: excelente, muito boa e satisfatória.
	As águas impróprias para banho avaliadas inicialmente pelo não preenchimento dos requisitos anteriores, e outros dados como pH, concentrações nocivas de resíduos químicos e/ou orgânicos, floração de algas devido ao risco de toxinas, entre outros requisitos que estão presentes na resolução.
	A definição do CONAMA pararece na resolução CONAMA 357/2005, capitulo 1º, Artigo 2º, XXIII caracteriza E.coli por “Escherichia coli (E.Coli): bactéria pertencente a família Enterobacteriaceae caracterizada pela atividade da enzima β-glicuronidase. Produz indol a partir do aminoácido triptofano. E a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes cujo habitat exclusivo e o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas;”
	Devido ao fato de os coliformes serem um critério decisivo para águas próprias, esta analise é feita inicialmente.
	O fato dele ser usado como padrão inicial ocorre, porque os coliformes termotolerantes tem tempo de vida muito similar ao tempo de vida de patógenos, logo, apesar de não corresponder a patologia, em si, indica o risco da presença de patógenos.
2. Objetivos
Quantificar coliformes totais e Escherichia coli em urina, esgoto e água da represa.
3. Materiais e Métodos
Foi usado o método Colilert®.
3.1. Material
-Autoclave;
-Meio de cultura (Colilert®);
Frascos esterilizados (estufa 180ºC), transparentes, de vidro não fluorescente, de 100 mL;
-Frascos coletores;
-Pipetas graduadas de 10mL e 1 mL
-Cartela de 51 concavidades ou de 97 ( 49 grandes e 48 pequenas) concavidades;
-Incubadora bacteriológica, temperatura de 35 ± 0,5ºC;
-Seladora para cartelas;
-Caixa para observação UV de 365 nm;
-Luvas e máscaras para coleta de amostra.
3.2. Método
-Fez-se 3 diluições (usar água mantida em autoclave por 15 min), conforme sugerido abaixo;
	-Amostras de manancias não poluídos – não fazer diluição;
	-Amostra desconhecida – preparar várias diluições;
-Quebrou-se a extremidade superior do frasconete (Colilert®) e incorporar seu conteúdo ao frasco esterilizado contendo 100 mL da amostra diluída a ser avaliada. Tomar o cuidado para q todo conteúdo do frasconete seja incorporado á amostra diluída;
-Colocou-se o na cartela a amostra;
-Selou-se a cartela, utilizando a seladora;
-Colocou-se para incubar, por 24 horas, a 35 ± 0,5ºC;
-Avaliou-se a cor da cartela sob luz natural e, posteriormente sob luz ultravioleta;
-Avaliou-se o numero de concavidades pequenas e grandes positivas, segundo o critério abaixo,
Sob luz natural:
		Transparente = negativo para Coluformes Totais.
		Amarela = positivo para Coliformes Totais
Sob luz ultravioleta:
		Transparente = negativo para E. coli
		Fluorescente = positivo para E. coli
4. Resultado e discussão
Pelo método Colilert® utilizado foram obtidos os dados do Quadro 1;
	Amostra
	Coliformes Totais
	E.coli
	Diluição
	Urina
	Ausente
	Ausente
	Ausente
	Esgoto
	43 G e 16 P
	40 G e 6 P
	10000
	Represa Da UFV
	43 G e 11 P
	13 G e 4P
	100
					Quadro 1: Dados obtidos para Coliformes Totais e E.coli
Pela tabela do Colilert® foram encontrados os valores para Coliformes Totais e Escherichia coli, para as respectivas diluições, sendo esses apresentados no Quadro 2:
	Amostra
	Coliformes Totais(NMP/100 ml)
	E.coli(NMP/100 ml)
	Urina
	0
	0
	Esgoto
	1391000
	882000
	Represa Da UFV
	12110
	1950
Quadro 2: Resultado obtido da tabela Colilert® com diluição para Coliformes Totais e E.coli.
Como se vê, a Urina não apresenta Coliformes Totais nem E.coli, resultado esperado, pois E.coli é presente no intestino de animais de sangue quente e não temos coliformes totais em urina.
Tem-se que no esgoto, nem tudo é E.coli, pois coliformes encontrados no valor de 1391000 NMP/100 ml enquanto de E.coli temos 882000 NMP/100ml.Pode ser visto entretanto, que a quantidade de E.coli é bem significativa como pode ser visto pela relação entre CT e E.coli é muito significativa.
Na resolução CONAMA 274 que trata de Balneabilidade tem-se que acima de 800 E.coli a água é imprópria para banho, sendo o limite de 800 E.coli. Logo, a represa da UFV não é própria para banho.
A represa da UFV pode ter sofrido contaminação devido a área do são Bartolomeu q passa por pastos, carreamento de materiais fecais, e por lançamentos ilegais de esgoto doméstico.
5. Conclusão
Os valores encontrados para Urina Esgoto e para a represa da UFV foram respectivamente: 0, 1391000 NMP/100 ml, 12110 NMP/100 ml para Coliformes Totais e 0, 882000 NMP/100 ml e 1950 NMP/100 ml para E.coli. 
6. Bibliografia
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Comissão Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 274, de 29 de dezembro de 2000. Dispõe Disponível em [http//www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=272]. 
Acesso em 30 de maio de 2012.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Comissão Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Disponível em
<http//www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/35705.pdf>.Acesso em 30 de maio de 2012.
MATOS, A. T. Qualidade do Meio Físico Ambiental. Viçosa: AEAGRI/DEA/UFV.2011 175p. (Caderno Didático no 33)
MATOS, A. T. Práticas de qualidade do meio físico ambiental. Viçosa: ABEAS/DEA-UFV. 71p (Caderno Didático nº 34).
NASCIMENTO, V.P.; SANTOS, L.R.; CARDOSO, M.O.; RIBEIRO, A.R.; SCHUCH, D.M.T.; SILVA, A.B. Qualidade Microbiológica dos produtos avícolas. In: SIMPÓSIO GOIÂNIO DE AVICULTURA, 2., 1996, Goiânia. Anais. Goiânia: 1996. p.13-17.
SILVA, N. & JUNQUEIRA, V.C.A. Métodos de análise microbiológica de alimentos. Campinas: ITAL, 1995. 228p.
SILVA, N.; JUNQUEIRA, V.C.A.; SILVEIRA, N.F.A. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. São Paulo: Varala, 1997. 295p.
HITCHINS, A.D.; HARTMAN, P.A.; TODD, E.C.D. Compendium of methods for the microbiological examination of foods: Coliforms-Escherichia coli and its toxins. 3.ed. Washington:American Public Health Association,
1996. p.325-369.
NASCIMENTO, M.R. & STAMFORD. T.L.M. Incidência de Escherichia coli O157:H7. Rev. Higiene Alimentar, São Paulo, v.14, n.70, p.32-35, 2000.

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