Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE ODONTOLOGIA ALUNO: WESLEY KLIMIONT KAMINSKI DOENÇA DE GAUCHER Ribeirão Preto 2022 WESLEY KLIMIONT KAMINSKI DOENÇA DE GAUCHER Trabalho de Bases Biológicas e Bioquímicas dos Sistemas apresentado ao curso de Odontologia a Faculdade Estácio de Sá de Ribeirão Preto Orientador: ME. Michelle Christiane Rodrigues Barbosa. Ribeirão Preto 2022 RESUMO A Doença de Guacher é uma doença rara, dividida em três categorias da doença, dentre eles o tipo 1 é o mais comum dos casos atingindo aproximadamente 95%. Causada pela deficiência de uma substancia chamada glicocerebrosidase, que é responsável pela quebra de um tipo de gordura dentro das organelas, levando ao acúmulo lisossomal de glicocerebrosídeos dentro do sistema reticuloendotelial, produzindo alterações hematológicas, viscerais e ósseas. Sua transmissão é hereditária logo no nascimento, afetanto tanto homens quanto mulheres. Descrita em tese de doutoramente de Philippe Ernest Gaucher em 1882. SUMÁRIO 1. Introdução .............................................................................................................1 1.1. Doença de Gaucher .......................................................................................... 1 2.1. Fatores Patológicos ......................................................................................... 2 2.2. Diagnóstico ....................................................................................................... 3 2.3. Sobre o Tratamento .......................................................................................... 3 2.4. Reações e Sintomas Adversos ....................................................................... 3 3. Conclusão ............................................................................................................ 8 3.1. Conclusão Final ................................................................................................ 8 4. Referências Bibliográficas .................................................................................. 9 1 1 INTRODUÇÃO 1.1 DOENÇA DE GAUCHER A doença de Gaucher (DG) descrita inicialmente pelo médico francês Philippe Charles Ernest Gaucher, no ano de 1882. Trata-se de uma doença autossômica recessiva, definida pela presença de dois alelos mutantes para o gene da β- glicosidade ácida (BGA)(1). O francês diagnosticou o primeiro caso em uma paciente mulher de 32 anos com esplenomegalia maciça devido ao acumulo de organelas aparentemente incomum. Chamando a princípio de “epitelioma primário do baço”. E o termo de DG surgiu anos depois com estudo mais complexos da ocasião. Junto aos doutores Libman e Mandelbaum, efetivando a histopatologia da mesma. Esta foi a primeira doença de depósito lisossomal descrita e tem se tornado o protótipo para a descrição clínica e variabilidade fenotípica para mais de 50 doenças desse grupo. (GRABOWSKI,. 2012). Por ser uma doença de depósito lisossomal, proveniente do excesso de glucosilceramida presentes nas células sistema monócito. A β-glicosidade é codificada pelo gene GBa1 localizada no cromossomo 1p21. Tratando de uma doença genética, e da ausência da enzima, acarreta o acumulo de uma espécie de gordura dentro de algumas células. Que por sua deficiência se acumulam dentro de órgãos. Afetando 1 a cada 40 mil pessoas(2). O acumulo do glicocerebrosídeo (ou glucosilceramida) geralmente intensifica no fígado ou baço levando a pancitopenia e á acentuada hepatoesplenomegalia. O ataque na medula óssea leva ao afinamento da córtex medular, fraturas patológicas, dores e infartos ósseos. Mais a fundo pode-se levar a deformidades na região femoral. Em menor escala podem se acumular nos tecidos do cérebro, afetando diretamente no sistema nervoso central. Todos esses órgãos afetados apresentam o aumento estrutural de seu tamanho. Causando diversos sintomas dolor e irreparáveis. (NEVILLE et al., 2009) A DG é classificada em três formas clinicas, com diagnóstico benigno a grave, variando com seu subtipo de classificação e apresentação. E seu correto diagnostico é declarado por meio da dosagem ativa da BGA e seu tratamento por reposição enzimática específica(4). Segundo Zinram (2011), a DG é pan-étnica, como outras doenças autossômicas recessivas, há algumas predileções. De forma importante, há alta prevalência do tipo I, especialmente com as mutações N370S e 84GG, entre judeus Ashkenazi. De acordo com Ito et al. (2013), em média 300 mutações e polimorfismos no gene da glicocerebrosidase se identificaram, sendo as sete mutações mais comuns: N370S, 84GG, F213I, IVS2+1, L444P, R463C e D409H. em relato Hruska et al., (2008), possuem mutações precisas, com fusões dos GBa1, complicando sua percepção. 2 2.1. FATORES PATOLÓGICOS As principais manifestações da DG decorrentes do acometimento hematológico, visceral, ósseo e também neural, em casos seletos da DG. Apresentam-se em três formas clinicas: • DG tipo 1 apresentam poucos sintomas de maneira crônica, sendo eles identificados pelo próprio indivíduo como palidez, cansaço fadiga, resultante da atividade anormal do baço, ou sendo em grande escala de comparação clínica assintomática. Quando as organelas de Gaucher se intensificam na medula óssea, forçam uma diminuição no número de plaquetas, consecutivamente um maior volume hemorrágico, principalmente nas narinas. Até mesmo possuindo diferenciação quando comparado com outros grupos de portadores de DG, na deficiência salivar(5). E vida similar a população regular. • DG tipo 2 associada com hepatoesplenomegalia (aumento do baço e fígado) (NEVILLE et al., 2009) ocorrendo alterações neurológicas graves e morte. Não possui eficácia em estudos para garantir sobrevivência superior a 2 anos, e tratamento. • DG tipo 3 forma manifestações logo na infância como na DG tipo 1 apresentando sinais de hepatoesplenomegalia, trombocitopenia, manifestações ósseas e anemia, sendo mais severas quando comparadas. Em alguns casos clínicos podem acometer disfunções neurológicas gradativa. Ocorre o falecimento entre os 20 e a 40 anos. A avaliação clínica é fundamental desde uma avaliação de diagnostico até ao tratamento. O exame palpável do fígado ou aferição por imagem de abdômen. Seguem alguns critérios para a hepatomegalia: • Medição por meio de ressonância magnética acima , dado como base linha hemoclavicular direita e de acordo com a idade do paciente: zero a dois meses, acima de cinco centímetros; três mês a um ano, acima de seis centímetros; de um a dois anos, acima de nove centímetros; acima dessa idade superior a treze centímetros; ou • Volume hepático mostrado por ressonância magnética acima de 3,5% do peso corporal de crianças até os doze anos de idade, acima de 2,2% para pessoas de treze a dezessete anos e superior a 2,6% para pessoas maiores ou igual de dezoito anos; ou • Presença de hepatomegalia diagnosticada por laudo radiológico. O baço pode ser palpável ao exame físico em sua maioria indicado a esplenomegalia, sendo usado como critério avaliativo. No brasil não existem dados, concretos sobre a doença. Sendo assim avaliado a critério casos DG grave, o paciente deve apresentar sintomas específicos avaliativos. Em subclassificação crianças e adolescentes com idade inferior a 19 anos variam por exemplo como velocidade do crescimento, estatura de gênero e idade. 3 2.2. DIAGNÓSTICO Depende de um alto grau de suspeita sobre a DG. Diante de sintomas e casos de atraso de cresimento,e desenvolvimento e de hepatoesplenomegalia. As células de Gaucher são encontradas na medula óssea, no tecido espenico ou no tecido hepático. Em coincidência várias outras células vemsendo descobertas em outras doenças também(6,7). A medida da atividade da enzima BGA, por ensaio fluorométrico nos leucócitos do sangue periférico. Pessoas afetadas, logo começa a atividade da enzima nos leucócitos, e tende a ser de 0%-15% da sua atividade regular, variando os valores de acordo com laboratório procedente. Quando resultados de valores incertos, é indicado a realização da medida de atividade da BGA em fibroblastos ou avaliação do gene GBa1. Com as mutações de L444P e N370S por exemplo, correspondem a maioria dos alelos dos pacientes de nosso país. Havendo a presença do genes N370S/N370S, N370S/L444P e L444P/L444P confirmam-se o diagnóstico de DG. Casos duvidosos devem ser encaminhados a centros de diagnósticos de referência. Na incerteza de falso-positivo, não se aceitam como os critérios citados e isolado de diagnostico da DG a medida da BGA em papel-filtro. Com a baixa atividade da enzima no material, só é considerado diagnostico de DG na presença junto ao genótipo compatível 2.3. SOBRE O TRATAMENTO Possui dois modos de tratamento, Terapia de Reposição Enzimática (TRE) e Inibidores da Síntese do Substrato (ISS), melhor detalhando-as no tratamento da TRE, considerando para pacientes com idade superior a 18 anos de idade a medicação de escolha pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E nos casos de crianças e adolescentes fica a critério do médico responsável, sendo alfavelaglicerase, alfataliglicerase e imiglucerase. Avaliativo pelos critérios de anemia de acordo com os níveis da hemoglobina, faixa etária e sexo; trombocitopenia levada pela contagem das plaquetas inferior a 50.000/mm³(8); dosagem de vitamina B12; sangramento decorrente de trauma mínimo; hepatomegalia moderada ou maciça; sinais radiológicos de acometimento esquelético reversível com ISS ou TER; acometimento de órgãos, desde que atribuível a DG, coração e/ou pulmão. Com utilização de enzimas artificiais que o paciente não produz na quantidade necessária na administração endovenosa. Na ISS o diagnostico do tipo 1 ou tipo 3; diagnóstico bioquímico de DG. Vale ressaltar que para lactação e/ou gestação a indicação de TRE se faz por analise de risco-benefício, havendo contraindicações(9). Fazendo papel a miglustate agindo como inibidor e conversor. 2.4. REAÇÕES E SINTOMAS ADVERSOS 4 Reações desagradáveis podem surgir tais como dores de cabeça, alergias, coceira, dor no peito, fadiga, formigamento, náuseas, tremores, vômitos, prisão de ventre, diarreia, gases e vermelhidão, decorrentes da medicação, alguns casos também apresentam perda de peso, menor apetite. 3 CONCLUSÃO 3.1 CONCLUSAO GERAL As condições relacionadas hormonais e metabólicas podem ser variadas em principal na doença tipo 1. Com tratamentos de terapias especificas de reposição enzimática e de redução de substrato, apresentando efeitos ainda significativos sobre o tratamento. 5 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS McGovern MM, Desnick RJ. Abnormalities of the monocyte-macropage system: lysososomal storage diseases. In: Greer JP, Foerst J, Lukens N, Rodgers GM, Paraskevas F, Glader B, editors. Wintroble’s clinical hematology. 11 th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wiklkins; 2004 p. 1819-25 Scriver CR, beaudet AL, Sly WS, Valle D, Childs B, Kinzler KW et al. The metabolic and molecular bases of inherited disease. 8th ed. New York: McGraw-Hill; 2001. Charrow J, Andersson HC, Kaplan P, Kolodny EH, Mistry P, Pastores G et al. Enzime reaplacement therapy and monitoring for children with type 1 Gaucher disease: consensus recommendations. J Pedriatr 2004; 144:112-20. Mistry P, A Z. type 1 Gaucher Disease. In: Futerman AH, Zimran A. 2007. p 155-73. Beatler E, Kuhl W, Matsumoto F, Pangalis G. Acid hydrolases in leukocytes and platelets of normal subjects and in patients with Gaucher’s and Fabrys disease. J Exp Med. 1975; 143(4):975-80. NEVILLE, B. W. et al. Anormalidades dentarias; 2009. p 822 Beutler E GG. The Metabolic and Molecular Bases of Disesase. In: Scriver CR JJ, Gavert G, Englis MR, McCrdy P, editor.: Gaucher Disease; 2001. p. 3635-68 The Merck <st1:verbetes style=”text-align: justify; text-indent: 1cm;”>manual of diagnosis ans therapy. Section 2 endocrine and Metabolic disorders. chap. 16; hypolipotemia and Lipidoses, 1999. 1999. Granovsky-Grisaru S, Belmatoug N, vom Dahl S, Mengel E, Morris E, Zimran A. The management of pregnacy in Gaucher Disease. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2011;156(1):3-8
Compartilhar