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1 2 3 As Autoras Doraci Batista de Tolêdo Manguci possui graduação em CIÊNCIAS CONTÁBEIS e em DIREITO pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Pós- Graduada em Prática Jurídica, Direito Tributário e Processo Tributário, Pós- Graduanda em Ciências de Segurança Pública pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), Mestra pela PUC-GO, Professora de Graduação e Pós-Graduação e MBA, leciona a mais de sete anos nos cursos de Contabilidade, Administração, Gestão Comercial e Direito. Orientadora de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), trabalhos acadêmicos na graduação, como Artigos Científicos, Monografias. Na pós- graduação orienta artigos científicos. Tem experiência na área de Assessoria, Consultoria e Administrativa, com ênfase em Ciências Contábeis. E-mail: mangucci.toledo@gmail. Soraya Pedroso Coqueiro possui graduação em CIÊNCIAS CONTÁBEIS pela PUC-GO, Pós-Graduada em Auditoria e Gestão Governamental, Mestra pela PUC- GO em Desenvolvimento e Planejamento Territorial, Professora na Graduação. Leciona a mais de nove anos nos cursos de Contabilidade, Administração e Gestão Comercial. Orientadora de TCC, trabalhos acadêmicos na graduação, como artigos científicos, monografias. Atua na área de Contabilidade Pública Municipal. E-mail: sorayapedrosoc@gmail.com. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP M277c Manguci, Doraci Batista de Toledo Contabilidade geral I / Doraci Batista de Toledo Manguci; Soraya Pedroso Coqueiro – Goiânia: NUTEC, 2017. 66 p. : il. - (Educação a distância Araguaia). Possui bibliografia. 1. Contabilidade. 2. Educação a distância – Contabilidade. 3. Educação superior. I. Faculdade Araguaia. II. Título. ISBN: 978-85-98300-25-2 CDU: 657(07) mailto:mangucci.toledo@gmail 4 FACULDADE ARAGUAIA – FARA 1º Edição – 2016 É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais. DIRETORIA GERAL Professor Mestre Arnaldo Cardoso Freire DIRETORIA FINANCEIRA Professora Adriana Cardoso Freire DIRETORIA ACADÊMICA Professora Ana Angélica Cardoso Freire DIRETORIA ADMINISTRATIVA Professor Hernalde Menezes DIRETORIA PEDAGÓGICA Professora Mestra Rita de Cássia Rodrigues Del Bianco VICE-DIRETORIA PEDAGÓGICA Professor Mestre Hamilcar Pereira e Costa COORDENAÇÃO GERAL DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Professora Especialista Terezinha de J. Araújo Castro REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA Professora Doutora Tatiana Carilly Oliveira Andrade Professora Mestra MonikeHyasmin Gomes Miranda Professor Especialista Guilherme Augusto Montes COORDENAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM VÍDEO E WEB Professora Doutora Tatiana Carilly Oliveira Andrade DESIGN GRÁFICO E EDITORIAL Bruno Adan Vieira Haringl Isabela De Souza Takahashi FACULDADE ARAGUAIA Unidade Centro – Polo de Apoio Presencial Endereço: Rua 18 nº 81 - Centro - Goiânia-GO, CEP: 74.030.040 Fone: (62) 3224-8829 Unidade Bueno Endereço: Av. T-10 nº 1.047, Setor Bueno - Goiânia-GO, CEP: 74.223.060 Fone: (62) 3274-3161 Site Institucional www.faculdadearaguaia.edu.br NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Polo Goiânia: Unidade Centro Correio eletrônico: nutec@faculdadearaguaia.edu.br 5 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 7 TERMINOLOGIAS APLICADAS À CONTABILIDADE .............................................. 8 UNIDADE I – NOÇÕES PRELIMINARES................................................................. 12 1.1 A História da Contabilidade ......................................................................... 12 1.2 Contabilidade: Conceito ............................................................................... 14 1.3 Objetivos da Contabilidade ........................................................................... 15 1.4 Objeto da Contabilidade ............................................................................... 16 1.5 Usuários da Informação Contábil ................................................................ 17 1.6 Principais informações contábeis de acordo com as necessidades dos usuários ......................................................................................................... 17 ATIVIDADES ........................................................................................................ 20 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 21 UNIDADE II – PATRIMÔNIO ................................................................................... 22 2.1 Conceito de Patrimônio ................................................................................ 22 2.2 Aspectos Qualitativos e Quantitativos do Patrimônio ............................... 22 2.3 Representação Gráfica do Patrimônio ........................................................ 25 2.4 Configurações do Estado Patrimonial ........................................................ 26 2.5 Procedimentos Contábeis Básicos ............................................................. 27 2.5.1 Contas ................................................................................................. 36 2.5.2 Débito e Crédito ................................................................................... 37 2.5.3 Contas do Ativo ................................................................................... 37 2.5.4 Contas do Passivo e Patrimônio Líquido ............................................. 37 2.5.5 Método das Partidas dobradas ............................................................ 38 ATIVIDADES ......................................................................................................... 40 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 41 UNIDADE III – AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................. 42 3.1 Despesa, Receita e Resultado ..................................................................... 42 3.2 Período Contábil ........................................................................................... 42 3.3 Apuração do Resultado do Exercício .......................................................... 43 3.4 Regime de competência ............................................................................... 43 3.5 Registros Contábeis .................................................................................... 44 3.5.1 Elaboração do balanço patrimonial por meio do inventário geral ...... 44 3.5.2 Registros contábeis por meio de balanços sucessivos ..................... 44 3.5.3 Registros contábeis por meio de partidas dobradas .......................... 44 3.5.4 Estruturação das demonstrações contábeis a partir do registro ........ 45 ATIVIDADES ......................................................................................................... 50 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 51 UNIDADE IV – DEMONSTRAÇOES CONTABEIS .................................................. 52 4.1 Balanço Patrimonial (BP) ............................................................................. 52 4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ...................................... 54 4.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ................. 55 4.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ..................56 4.5 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) ..................................................... 57 6 4.6 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e Notas Explicativas e Parecer de Auditoria ......................................................................................................... 60 4.7 Operações Com Mercadorias ....................................................................... 61 4.7.1 Resultado Bruto com Mercadorias (RCM) ....................................... 61 4.7.2 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) ........................................ 62 4.7.3 Métodos de avaliação de estoques ................................................. 63 ATIVIDADES ......................................................................................................... 70 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 71 7 APRESENTAÇÃO A disciplina Contabilidade Geral I foi desenvolvida para iniciar seus conhecimentos na ciência contábil. Estruturada de maneira objetiva, permitirá conhecer o início da ciência contábil e, ainda, aprofundar seus conhecimentos sobre o objeto da contabilidade, que é o patrimônio. Ao fazer a disciplina, descobrirá as formas utilizadas pela contabilidade para o controle patrimonial e o desenvolvimento da entidade. A disciplina aborda o conteúdo de forma teórica e prática, com aplicação de exercícios que simulam a realidade de uma empresa, colocando o aluno num contato próximo com a realidade empresarial e contábil. Na primeira Unidade, você conhecerá os conceitos básicos que servirão de suporte para a disciplina; na Unidade II, adquirirá conhecimento sobre o patrimônio e as formas de registro e controle; em seguida, na Unidade III, aprenderá sobre as variações patrimoniais e como se chegar ao resultado econômico; finalizaremos com a Unidade IV, quando confeccionaremos as Demonstrações Contábeis e trabalharemos as operações com mercadorias. Todo esse conhecimento será um subsídio para se tornar um grande gestor. Então, vamos lá. 8 TERMINOLOGIAS APLICADAS À CONTABILIDADE Na área da Contabilidade, é fundamental para o estudante o uso dos termos técnicos para aplicação de maneira correta. Porém, o uso impróprio poderá trazer compreensão equivocada para o entendimento técnico científico. Dessa forma, seguem algumas terminologias que utilizaremos durante a disciplina. ATIVO – é um conjunto de Bens e Direito de uma empresa. ATIVO CIRCULANTE – é um grupo de contas na contabilidade que registra todas as disponibilidades, a curto prazo, isto é, prazo de 12 meses após o balanço. Tais como conta caixa, bancos conta movimento e aplicações financeiras. ATIVO NÃO CIRCULANTE – grupo que inclui todos os bens duradouros (automóvel ou máquina de lavar roupa), que destinam o funcionamento da sociedade de maneira satisfatória. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – é qualquer conjunto de bens e direitos que irão realizar-se após o término do exercício subsequente. AÇÕES EM TESOURARIA – são ações da empresa pela própria empresa e mantidas em tesouraria no limite do saldo dos lucros e reservas com a finalidade de vendas futuras. BALANÇO PATRIMÔNIAL – demonstração contábil e/ou financeira que apresenta o estado patrimonial em data específica, com a representação dos bens, dos direitos e das obrigações. BENS – conforme CPC 00, representam benefícios econômicos futuros e que podem ser quantificados monetariamente. CONCILIAÇÃO – é o estudo dos saldos das contas contábeis, em conjunto com sua movimentação, visando ao ajuste de seus saldos com a realidade de forma que a 9 contabilidade seja confiável. CAPITAL SOCIAL – corresponde à parte do patrimônio líquido que os sócios subscrevem na empresa, conforme o contrato social. CONTABILIDADE – é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas à administração econômica (conceito formado no I Congresso Brasileiro de Contabilistas, em 1924, na Cidade do Rio de Janeiro). CONTAS REDUTORAS (Retificadoras) – são contas que têm o funcionamento contrário ao grupo que elas pertencem e que servem para ajustar o valor da conta à qual ela retifica ao valor real. CUSTO – é o conjunto de todos os gastos envolvidos para o desenvolvimento de certos produtos. DESPESAS – conforme CPC 00, são decréscimos nos benefícios econômicos, durante um período, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos sem o concomitante no passivo ou surgimento de passivo sem o concomitante no ativo. DESEMBOLSO – prestação resultante da compra de um bem ou serviço. DIREITOS – são haveres da empresa em mão de terceiros (aquilo que temos a receber). ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL – são atos administrativos e fatos contábeis praticados na empresa. Os atos administrativos não ocasionam variações no patrimônio, como, por exemplo, a assinatura de um contrato. Porém, os fatos contábeis provocam alterações nos valores patrimoniais. ESTOQUES – conjunto de mercadorias, produtos finais ou em elaboração que ficam à disposição da empresa. 10 GASTO – na área da indústria, gastos são os bens e serviços adquiridos, a sua efetivação considera-se no momento do lançamento contábil, seja no reconhecido da dívida assumida ou no pagamento com redução (ativo), o acontecimento de fato ocorre na transmissão do bem ou serviço da propriedade da entidade, ou seja, momento da entrega ou promessa de entrega de ativos. INVESTIMENTOS – para a indústria, o gasto aplicado referente à vida útil ou atribuição de benefícios futuros, para aquisição de bens e serviços, denominados de gastos, estes serão armazenados na entidade no ativo para, posteriormente, mediante fatos contábeis, tais como baixa ou amortização de venda, ou mesmo para gastos ou mesmo para dissipação ou depreciação. IMOBILIZADO – conjunto de bens destinados à manutenção das atividades fins da empresa. INTANGÍVEL – conjunto de bens incorpóreos que compõem o patrimônio da empresa. OBRIGAÇÕES – são recursos de terceiros em poder da empresa. PASSIVO – representa a parte negativa do patrimônio, onde são registradas as origens de recursos de terceiros (passivo exigível) e de recursos próprios (patrimônio líquido). PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PASSIVO NÃO EXIGÍVEL) – no início da empresa, representa o capital dos sócios, à medida do desenvolvimento da empresa representa as reservas e os lucros ou prejuízos acumulados. PERDA – prejuízo com o desperdício do bem ou do serviço, por exemplo, perdas de estoques. RESERVA DE CAPITAL – são valores acumulados recebidos de proprietários ou terceiros (exceto correção monetária). 11 RESERVAS DE LUCROS – têm origem no lucro da empresa constituídos em forma de reservas para uso futuro. TRIBUTOS – é toda prestação paga em dinheiro, obrigatória, que não seja multa, descrita em lei, cobrada pelo ente público. 12 UNIDADE I – NOÇÕES PRELIMINARES Estudaremos, nesta unidade, a História da Contabilidade e sua evolução. Abordaremos também noções sobre o método das Partidas Dobradas utilizado para os registros contábeis mencionado pelo frei franciscano Luca Pacioli. Traremos, ainda, o conceito de Contabilidade e Patrimônio. Demonstraremos, também, o Patrimônio e seu campo de aplicação nas entidades econômicas. Evidenciaremos a contabilidade como ciência social. 1.1 A História da Contabilidade A história da contabilidade se confunde com a história da civilização. Desde as primeiras manifestações humanas houve a necessidade de proteção à sua propriedade. Quando o homem começou a controlar a produção agrícola e animal e passou a existir excedente na sua provisão de subsistência, inicioua preocupação para o controle do seu patrimônio e à proporção que este aumentava houve a necessidade de registros. O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a consequência natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, que no século X experimentou grande crescimento, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa. O método das Partidas Dobradas utilizado para os registros contábeis até os dias de hoje teve sua origem na Itália e ficou conhecido com a obra Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornaliti, do Frei Luca Pacioli, em 1494. Luca Pacioli era um mestre do Renascimento. Apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas, mas sim seu grande divulgador (SÁ, 2004). 13 Figura 01 – Luca Pacioli, um mestre do Renascimento Fonte: SÁ, Antonio Lopes. Luca Pacioli um mestre do renascimento. Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 20041. O frei franciscano Luca Pacioli é considerado o primeiro codificador da Contabilidade, em seu livro de 1494, já mencionado, que tratava, especialmente, de matemática, mais tarde foi incluída no livro uma seção sobre o sistema de escrituração das partidas dobradas (QUINTANA, 2014). O estudo da Contabilidade pauta-se em entender como controlar o patrimônio das empresas, isto quer dizer registrar os fatos ocorridos diariamente, como, por exemplo, em uma empresa comercial na aquisição de compras de mercadoria, vendas, entradas e saídas no caixa da entidade, interpretação dos gastos nela ocorridos, movimentação financeira. Sendo assim, essas informações, tanto a conciliação como os registros contábeis, têm como base o fornecimento de informações que alteram o resultado econômico da empresa. 1Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/Livro_lucapacioli.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2015. 14 A Contabilidade é uma ciência social, embora muitos achem que é exata, em razão de os números serem instrumentos usados para estudo das ações humanas sobre o componente. Os números são dados que geram informações de natureza econômica, financeira e física do patrimônio, usados em forma de registro, demonstrações, auxiliando em análises, diagnósticos expressos por meio de pareceres, tabelas, planilhas e outros meios. 1.2 Contabilidade: conceito “A Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos nas empresas e no patrimônio, mediante o registro com a finalidade de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial” (FRANCO, 1997). Existem inúmeras abordagens de vários autores acerca do conceito de contabilidade, mas todos tendem a evidenciar a coleta e o registro de informações com a finalidade do controle patrimonial, dessa forma, podemos afirmar que o objeto da contabilidade é o patrimônio, então: É o patrimônio e seu campo de aplicação o das entidades econômico- administrativas, assim chamadas aquelas que para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo que pratica os atos de natureza econômica e financeira necessária a seus fins (FRANCO, 1997, p. 19). A Resolução 774 do Conselho Federal de Contabilidade estabelece que, na Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir lucro (BRASIL, 1994). Como a Ciência Contábil surgiu juntamente com as civilizações e tendo por objeto o patrimônio, podemos definir como seu objetivo básico o fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais (IUDÍCIBUS, 1995), podendo ser aplicada a todas as entidades econômico- administrativas com fins lucrativos ou não. 15 Alexandre Costa Quintana, em sua obra Contabilidade Básica, traz o conceito de Contabilidade como o “instrumento para geração de informações sobre as situações econômicas-financeiras das entidades” (QUINTANA, 2014, p. 01). É a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (FRANCO, 1996, p. 21 apud QUINTANA, 2014). O método de partidas dobradas escrito primeiro por Pacioli era usado para verificar se o “crédito foi superado por seu débito”, embora não houvesse conhecimento sobre números negativos. Segundo Sergio de Iudícibus, em sua obra Introdução à teoria da contabilidade, relata-se que o frade franciscano Luca Pacioli era um matemático. Nota-se que Luca Pacioli, um frade franciscano, era um matemático e que o mecanismo das partidas dobradas é, basicamente, um mecanismo algébrico com premissas iniciais convencionais (o fato de o lado esquerdo do balanço ser, por convenção, o lado do ativo força a que, como consequência, o lado esquerdo de uma conta de ativo deva ser debitado pela criação de ativos ou por seus incrementos) (IUDÍCIBUS, 1995, p. 12). Na visão de Alexandre Costa Quintana (2014), “a contabilidade, desde seu surgimento, é tratada como uma ciência, arte ou técnica, dependendo do autor e das correntes do conhecimento que este segue”. Ainda conforme o autor, a contabilidade pode ser definida como a ciência que registra as transações ocorridas em uma entidade, com a finalidade de resumir esses fatos em demonstrativos, que possam expressar situação patrimonial e resultado da entidade, como o objetivo principal de gerar informações que contribuam para a tomada de decisões (QUINTANA, 2014). 1.3 Objetivos da Contabilidade A contabilidade tem como objetivo referir as informações econômicas, financeiras com reflexo social, isto quer dizer aos usuários, tanto internos quanto externos, da empresa de forma estruturada. Estudar o patrimônio e suas mutações, para melhor entender os seus elementos essenciais para a tomada de decisões pelos 16 seus gestores. Para atingir seu objetivo, a contabilidade, de acordo com Franco (1996), citado por Quintana (2014), utiliza-se de: a) escrituração contábil – registro dos fatos que ocorrem no patrimônio; b) demonstrações contábeis – Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado; c) auditoria contábil – exame de documentos, livros e registros, obedecendo a normas específicas de procedimentos; d) análise de demonstrações contábeis – permite decompor, comparar e interpretar as demonstrações, oferecendo dados analíticos e interpretações sobre os componentes do patrimônio e sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida pela entidade (QUINTANA, 2014, p. 03). 1.4 Objeto da Contabilidade Alexandre Costa Quintana (2014, p. 10) menciona que “o objeto da Contabilidade é o patrimônio, que corresponde a um conjunto de bens, direito e obrigações vinculados à entidade econômica-administrativa”. Ressalta, ainda, que os bens, os direitos e as obrigações precisam ser analisados em moeda corrente nacional. Podemos mencionar que tudo aquilo que seja apropriado para suprir as necessidades das pessoas e tenha condiçõesde ser avaliado, economicamente, poderá ser considerado bens. Para Quintana (2014), os bens podem ser de dois tipos. Então, vejamos: a) Materiais, tangíveis ou corpóreos: são os objetos que a empresa tem para uso, troca ou consumo. Exemplos: equipamentos de informática, máquinas, dinheiro, mercadorias, material de expediente, entre outros. b) Imateriais, intangíveis ou incorpóreos: não possuem existência física, correspondem a determinados gastos que, por sua natureza, a legislação brasileira determina que façam parte do patrimônio. Exemplos: direito de uso de marcas, patentes de invenções, fundo de comércio, entre outros (RIBEIRO, 2010 apud QUINTANA, 2014, p. 10). Podemos entender por direitos tudo aquilo que temos a receber de terceiros, 17 isto quer dizer valores a receber de aquisição a prazo efetivada pelas empresas, podemos destacar títulos, duplicatas, empréstimos concedidos. Logo, podemos entender por obrigações dívidas ou compromisso assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse, como, por exemplo, duplicatas, salários e notas promissórias a pagar, entre outros (QUINTANA, 2014, p. 10). 1.5 Usuários da Informação Contábil Essas informações que servirão de base para as tomadas de decisões são de interesse para as pessoas físicas ou jurídicas que direta ou indiretamente se preocupem com o desempenho da entidade e se dividem em usuários internos, como os administradores, que usam as informações para tomar decisões vitais para o sucesso do negócio; os proprietários, quando querem saber a rentabilidade da empresa, e os funcionários, para saber se a empresa tem condições de pagar seus salários. Temos, ainda, os usuários externos, como os fornecedores que se preocupam em saber da situação financeira da empresa e o consequente risco de se vender a prazo; os bancos, com o interesse de saber se a empresa consegue cumprir com seus compromissos de financiamentos, e o governo na preocupação de obter dados a fim de melhorar a sua arrecadação fiscal. 1.6 Principais Informações Contábeis de Acordo com as Necessidades dos Usuários Os interessados nas informações contábeis são aqueles que as usam de maneira direita ou indireta, esses interessados são os investidores, empregados, credores por empréstimos, fornecedores, clientes, governo e público. Os investidores são pessoas interessadas e que se preocupam com o risco referente ao investimento e o retorno que ele produz, eles são as pessoas que investem na empresa. Os empregados são presentes diante das informações, tanto pela estabilidade do emprego quanto a lucratividade para que eles possam manter a remuneração, o emprego e futuros benefícios de aposentadoria. Os credores por empréstimo possuem interesse que a empresa consiga honrar seus empréstimos e juros em tempo hábil. Os fornecedores são interessados em saber se a empresa tem 18 condições financeiras de pagar o valor no tempo do vencimento. Os clientes são interessados na continuidade a longo prazo da empresa ou dependem dela como fornecedor. O Governo tem interesse na permanência da atividade empresarial que envolva destinação de recursos e regular sua atividade, ainda estabelecer políticas fiscais. O público possui interesse em relação às informações, tendo em vista que as atuações da empresa possam afetar o ambiente das pessoas (QUINTANA, 2014). 19 RESUMO DA UNIDADE A história da contabilidade demonstra desde os primórdios da civilização proteção aos seus pertences, isto quer dizer propriedade, como os produtos agrícola, animais, e provisionar para controlar as despesas para a sua própria sobrevivência e de seus familiares. Assim, podemos destacar o controle de patrimônio e a necessidade de registros. Podemos compreender a contabilidade como ciência que estuda o controle e registro dos acontecimentos, sendo realizado por meio dos registros contábeis dos atos e fatos nas demonstrações dos resultados obtidos. O objetivo da contabilidade é fornecer informações contábeis qualitativas aos gestores para tomada de decisão. Sendo o objeto da contabilidade o patrimônio das empresas, tanto as econômicas quanto as administrativas. Precisamos evidenciar que o patrimônio é o conjunto de Bens, Direito e Obrigações da empresa. As informações da contabilidade devem ser eficientes e eficazes e seus usuários são os internos e externos. Os internos são os empresários, sócios e acionistas, já os externos são as instituições financeiras e fornecedores, o Governo em sua atividade de fiscalizar, auditores externos. Podemos destacar os internos como todos os indivíduos que fazem parte da entidade, sendo os externos aqueles que tenham interesses direitos e indiretos em relação à empresa. A qualidade básica das informações contábeis de acordo com as necessidades dos usuários pode ser destacada como o usuário ter conhecimento razoável dos negócios, ou seja, da atividade da empresa, com uma contabilidade que possa atender os públicos com capacidade de interpretar os valores registrados. Nas principais informações contábeis de acordo com as necessidades dos usuários das demonstrações contábeis estão inseridos os investidores, empregados, credores, fornecedores, governos e o público. 20 ATIVIDADES Você deve elaborar um resumo explicativo sobre o texto. Seu resumo deve conter entre 20 e 25 linhas explicando sobre os principais conceitos apresentados no texto lido. Seu texto precisa ser escrito com os conceitos (ideias) do texto, mas com suas palavras. Cópias da internet serão zeradas. O texto deve ser todo feito em forma de paráfrase dos conteúdos estudados até agora. Você precisa ler, compreender e explicar o que está no texto. Você deve construir o texto em um documento do Word com letra Times New Roman tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5, texto justificado (formatação ABNT) e postar na plataforma para a correção pelo tutor. 21 REFERÊNCIAS BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução 774. CFC. Brasília, DF, 1994. FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1997. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. QUINTANA, Alexandre Costa. Contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2014. SÁ, Antonio Lopes. Luca Pacioli um mestre do renascimento. Brasília: Fundação Brasileira de contabilidade, 2004. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/01/Livro_lucapacioli.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2017. 22 UNIDADE II – PATRIMÔNIO Apresentaremos, nesta unidade, o Estudo do Patrimônio e os Procedimentos Contábeis Básicos. 2.1 Conceito de Patrimônio O patrimônio, conforme Alexandre Costa Quintana (2014), é o “conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade econômico-administrativa”. Desse modo, podemos entender que o patrimônio é a grandeza de uma empresa, sendo a contabilidade a ciência que estuda e controla o patrimônio para demostrar os resultados da riqueza patrimonial. Conforme Coelho (2012, p. 95), O patrimônio de uma empresa ou pessoa comum é a soma de suas riquezas, de suas conquistas materiais, tangíveis ou intangíveis, fungíveis e que tenham a possibilidade de demonstrar posse financeira, status e solidez. 2.2 Aspectos Qualitativos e Quantitativos do Patrimônio Os aspectos qualitativos são aqueles mencionados na natureza do patrimônio como uma representação dos bens, do direito e das obrigações da empresa. Desse modo, podemos entender por bens: dinheiro, veículo, máquina. Devem também perceber por direito: as duplicatas a receber e as promissórias a receber. Em seguida, podemos compreender obrigações: duplicatasa pagar e impostos a pagar. Para entender os aspectos quantitativos do patrimônio, precisamos compreender a sua dimensão diante da empresa. Assim, os aspectos quantitativos são aqueles que representam os valores inseridos nos bens, nos direitos e nas obrigações, de tal modo que nos levam a conhecer o tamanho do patrimônio da empresa. O objeto da contabilidade é o patrimônio que corresponde a um conjunto de bens, direitos e obrigações. 23 Tipos de bens: Disponibilidades caixa, banco conta movimento, aplicações de liquidez imediata Bens de venda estoques de mercadorias Bens tangíveis imóveis, veículos, móveis e utensílios Bens de renda imóveis (alugados a terceiros), obras de arte Bens intangíveis patentes, marcas, fundo de comércio. Exemplos de contas representativas de Direitos: duplicatas a receber; notas promissórias a receber; contas a receber; impostos a recuperar etc. BENS São itens tangíveis e intangíveis quantificáveis em dinheiro e que integrarão o patrimônio da entidade para a utilização imediata (MONTOTO, 2012, p . 52). DIREITOS São a parte da riqueza da entidade que a ela pertence, mas que está em poder de terceiros (MONTOTO, 2012, p. 53). OBRIGAÇÕES São direitos de terceiros em poder da entidade (MONTOTO, 2012, p. 54). 24 Exemplos de contas representativas de Obrigações: duplicatas a pagar; notas promissórias a pagar; contas a pagar; salários a pagar; impostos a recolher etc. Exemplos de contas representativas do Patrimônio Líquido: capital social; reservas; capital a integralizar etc. Chamamos de Ativo o conjunto de bens e direitos. Chamamos de Passivo o conjunto de obrigações + o Patrimônio Líquido. PATRIMÔNIO LÍQUIDO É o resultado matemático do somatório dos bens e direitos, subtraídas as obrigações que recaem sobre esse patrimônio (MONTOTO, 2012, p. 54). BENS DIREITOS ATIVO OBRIGAÇÕES PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVO 25 Conforme o CPC 00 Estrutura Conceitual: (a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; (b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; (c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos (CPC, 2011). 2.3 Representação Gráfica do Patrimônio A seguir, consta a representação gráfica do Balanço Patrimonial. Balanço Patrimonial Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa Fornecedores Banco conta movimento Contas a pagar Estoques Contas a receber Ativo não Circulante Passivo não Circulante Veículos Contas a pagar longo prazo PL Capital social Total ativo Total passivo Fonte: elaborado pelas autoras. 26 Conforme o Método das Partidas Dobradas, há sempre uma contrapartida para cada operação. Convencionou-se que as contas do Ativo seriam de natureza devedora (aumentam pelo débito) e as do Passivo de natureza credora (aumentam pelo crédito). Exemplo: Constituição de uma empresa – subscrição de capital inicial no valor de R$ 50.000,00, integralizados em dinheiro no caixa. Onde: debita-se a conta caixa pelo valor de $ 50.000,00 e em contrapartida credita-se a conta capital social pelo mesmo valor. Balanço Patrimonial Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa R$ 50.000,00 PL Capital social R$ 50.000,00 Total ativo R$ 50.000,00 Total passivo R$ 50.000,00 Fonte: elaborado pelas autoras. 2.4 Configurações do Estado Patrimonial Estados Patrimoniais Podemos ter três casos de estados patrimoniais, situações diferentes entre as posições do ativo, passivo e patrimônio líquido. Conforme abaixo: 1º Caso – quando o ATIVO for maior que o PASSIVO e a Situação Líquida for maior que zero. 27 Nesse caso, teremos: Situação Líquida Positiva Situação Líquida Ativa Situação Líquida Superavitária 2º Caso – quando o ATIVO for igual ao PASSIVO, ou seja, a Situação Líquida for igual a zero. Então, teremos: Situação Líquida Nula 3º Caso – quando o ATIVO for menor que o PASSIVO, ou seja, a Situação Líquida menor que zero. Nesse caso, teremos: Situação Líquida Negativa Situação Líquida Passiva Situação Líquida Deficitária Passivo a Descoberto 2.5 Classificação Contábil – Procedimentos Contábeis Básicos Conforme as normas contábeis, toda empresa necessita de manter suas escriturações em conformidade com a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e demais legislações vigentes. Porém, as operações, como compras, vendas, despesas, receita, entre outras, são registradas na contabilidade conforme a natureza das contas. Para registrar, temos como base a análise das documentações fidedignas, isto é, sem rasuras, podemos citar como exemplo dessa documentação notas fiscais, recibos etc. É interessante explicitar que a data da emissão do documento é a que determina o registro contábil. Podemos ressaltar que as notas fiscais de entrada de mercadorias são contabilizadas por entrada definitiva na empresa. Podemos demonstrar a contabilização com o lançamento por data do registro contábil, ou seja, data do fato, com um registro a débito e um outro a crédito ou um registro a débito e vários a crédito; e ainda vários registros a débito e um a crédito; 28 assim como poderá ter também vários registros a débito e vários a crédito. Na contabilidade, é necessário classificar as contas, isto é, uma conta representa debitar em contrapartida a outra que representa creditar, conforme cada movimentação concretizada, assim nascem os registros contábeis, inseridos nos livros Diário, Razão, entre outros, dando origem aos Balanços Patrimoniais e balancetes contábeis. Para a classificação de qualquer movimentação contábil, primeiramente, necessitamos observar as modificações que elas irão impactar em seu patrimônio. Podemos salientar que existem contas tanto do ativo (parte positiva) quanto do passivo (parte negativa), também do Patrimônio Líquido. Para definir o débito ou crédito das contas, necessitamos saber qual a sua origem, ou seja, um direito – conta do ativo ou uma obrigação –, conta do passivo, ou até mesmo um componente do patrimônio líquido. Observações: no ativo, as contas possuem saldo devedor; no passivo, o saldo credor. Sendo o Patrimônio Líquido positivo terá o saldo credor, portanto, sempre será aumentado pelo crédito. Desse modo, o Patrimônio Líquido negativo será sempre debitado, ou seja, terá saldo devedor. As contas do ativo que representam bens ou direitos serão sempre debitadas pelo aumento. Mas as contas que representam as obrigações são contas do passivo e são sempre creditadas. Podemos destacar, ainda, conforme já citado, que as contas do Patrimônio Líquido (PL) como as despesas são debitadas e as receitas creditadas. Quadro 01 – Representação das contas credoras e devedoras CONTA (ATIVO) CONTA (PASSIVO) Representa um bem CAIXA – DÉBITO (D) FORNECEDORES – CRÉDITO (C) Representa uma obrigação Fonte: elaborado pelas autoras. 29 Escrituração Escrituração é uma das técnicas contábeis que consiste em registrar os acontecimentos que possam alterar o patrimônio da entidade, que também chamamos de fatos contábeis. O Código Civil Brasileiro (2002), em seus artigos 1.179 e 1.180, obriga a utilização dos livros contábeis. Livros Diário e Razão Na contabilidade, o Livro Diário é considerado o principal, isto é, o livro básicoonde são registrados todos os acontecimentos contábeis na empresa, dia a dia, assim podemos afirmar que nestes livros há os registros contábeis, ou seja, todas as informações completas servindo de provas tanto para a auditoria quanto para a perícia contábil. Todavia, na contabilidade, o próprio nome Livro Razão deixa claro que este livro registra todos os motivos, ou seja, as razões, cada conta é específica e individualizada, lançando todos os débitos e créditos de cada período correspondente, chamadas conta “T”, sendo do lado esquerdo os débitos e, no lado direito, lançados os créditos, assim permite apurar seus saldos para o balanço. Figura 2 – Livro razão Fonte: Quintana (2014), adaptado pelas autoras. São livros obrigatórios para todo o tipo de empresa, exceto o microempreendedor individual – MEI. São itens essenciais aos lançamentos2 no livro Diário: data, conta a ser debitada e creditada, histórico e valor. 2Lançamento de um fato contábil. Caixa Nome da Conta Registro de débitos Registro de Créditos 30 Exemplo de escrituração – 1º fato: Livro Diário: Constituição de uma empresa – subscrição de capital inicial no valor de R$ 50.000,00, integralizados em dinheiro no caixa. Exemplo de escrituração – 1º fato Livro Razão: Constituição de uma empresa – subscrição de capital inicial no valor de R$ 50.000,00, integralizados em dinheiro no caixa. Caixa D 50.000,00 Capital Social 50.000,00 C Fonte: elaborado pelas autoras. Legenda: D – Débito C – Crédito Exemplo de escrituração – 2º fato: Livro Diário: Aquisição de veículo no valor de R$ 25.000,00 a prazo. Goiânia, 15 de fevereiro de X1 Débito Crédito Caixa R$ 50.000,00 a Capital social R$ 50.000,00 Pela integralização do capital social, conforme Contrato Social 31 Exemplo de escrituração – 2º fato: Livro Razão: Aquisição de veículo no valor de R$ 25.000,00 a prazo. Veículos D 25.000,00 Financiamentos a pagar 25.000,00C Fonte: elaborado pelas autoras. Legenda: D – Débito C – Crédito Perceba que os mesmos valores foram escriturados tanto no livro Diário quanto no livro Razão, a diferença é que no livro Razão os lançamentos são feitos em locais separados que chamamos de razonetes, ou seja, a escrituração é individual por conta e no livro Diário os lançamentos são feitos por dia com todas as contas envolvidas. Após a escrituração, o contador irá proceder à emissão do Balancete de Verificação mensal. Goiânia, 15 de fevereiro de X1 Débito Crédito Veículo R$ 25.000,00 a Financiamentos a pagar R$ 25.000,00 Pela aquisição de veículo, conforme nota fiscal n. xxx 32 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO – trata-se de uma Demonstração Contábil ou Financeira que elenca a relação das contas com seus respectivos saldos, pode conter até oito colunas de valores de acordo com a necessidade do contador. Balancete de Verificação Contas Movimento Saldo Débito Crédito Devedor Credor Caixa 50.000,00 50.000,00 Veículos 25.000,00 25.000,00 Financiamentos a pagar 25.000,00 25.000,00 Capital social 50.000,00 50.000,00 TOTAL 75.000,00 75.000,00 75.000,00 75.000,00 Fonte: elaborado pelas autoras. BALANÇO PATRIMONIAL O artigo n. 1.179 do novo Código Civil Brasileiro torna obrigatória a apresentação do Resultado Econômico e do Balanço Patrimonial uma vez ao ano. Sua apresentação pode vir de forma sobreposta (ativo anteposto ao passivo) ou justaposta (ativo ao lado do passivo). O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil (financeira) destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade (RIBEIRO, 2013, p. 377). O balanço patrimonial é representado em um gráfico em forma de “T”, como o “T” tem dois lados, ficou convencionado que o lado esquerdo é o lado do Ativo e que 33 o lado direito é o lado do Passivo. Podemos perceber que o Balanço Patrimonial é composto de duas partes, que são o Ativo e o Passivo. Sendo o lado direito representando o Passivo, que é composto de obrigações e Patrimônio Líquido, revela a origem dos recursos, isto é, o capital que a empresa tem a sua disposição e que estão aplicados no patrimônio. As obrigações que denominamos como Passivo Exigível representam os recursos derivados de terceiros, que são os capitais de terceiros, já o Patrimônio Líquido representa o Passivo Não Exigível, assim representando a origem dos recursos derivados dos proprietários, isto é, capitais próprios. Então, podemos afirmar que o ativo representa a aplicação total do Capital, dessa maneira, deixa claro que a empresa investiu todo o capital, tanto o próprio quanto de terceiros. Do lado do ativo temos dois grupos: o circulante e o não circulante, são classificadas no ativo circulante as contas com disponibilidade até o final do exercício subsequente; no não circulante, aquelas com disponibilidade após o final do exercício subsequente (RIBEIRO, 2013). BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens Obrigações (Passivo Exigível) Direitos Patrimônio Líquido (Passivo não Exigível) Fonte: RIBEIRO, 2013, p. 378. A disposição das contas do Ativo é pela ordem decrescente de liquidez ou disponibilidade. Já no lado do Passivo, também temos o circulante e o não circulante cuja diferenciação é pela exigibilidade: passivo circulante – contas exigíveis até o final do exercício subsequente – e não circulante – após o final do exercício subsequente. As contas estão dispostas em ordem decrescente de exigibilidade. No Patrimônio Líquido, estão classificadas as origens de recursos próprios da entidade, ou seja, os recursos integralizados pelos sócios no momento da constituição. Podemos ter, além do mais, contas retificadoras que representam a parcela ainda não integralizada do capital social, contas de prejuízos acumulados e contas de reservas de lucros. Segue a representação do Balanço Patrimonial de forma justaposta. 34 Balanço Patrimonial Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa R$ 50.000,00 Financiamentos a pagar R$ 25.000,00 Ativo não Circulante Veículos R$ 25.000,00 PL Capital social R$ 50.000,00 Total ativo R$ 75.000,00 Total passivo R$ 75.000,00 Fonte: Araújo (2009), adaptado pelas autoras. Informações sobre a estrutura financeira são utilizadas para prever as futuras necessidades de financiamentos e como os lucros futuros e os fluxos de caixa serão distribuídos entre aqueles que têm participação na entidade (QUINTANA, 2014, p. 11). ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Fonte: Quintana (2014) adaptado pelas autoras. Vejamos alguns exemplos apresentados por Alexandre Costa Quintana (2014, p.12-13) e adaptados pelas autoras. 1) Constituição do capital da empresa que inicia suas atividades com R$ 80.000,00, sendo 50% em dinheiro, 20% em mercadorias para o estoque e o restante em bens permanentes integralizados pelos sócios. Esses bens representam máquinas a serem utilizadas na atividade-fim da entidade. 35 ATIVO PASSÍVO EXIGÍVEL PATRIMÔNIO LÍQUIDO Caixa 40.000,00 Estoque 16.000,00 Capital Social 80.000,00 Máquinas 24.000,00 TOTAL 80.000,00 TOTAL 80.000,00 Fonte: Quintana (2014), adaptado pelas autoras. 2) Compra à vista de mobiliários no valor de R$ 2.000,00 e equipamentos de informática no valor de R$ 3.500,00. ATIVO PASSÍVO EXIGÍVEL PATRIMÔNIO LÍQUIDO Caixa 34.500,00 Estoque 16.000,00 Capital Social 80.000,00 Máquinas 24.000,00 Moveis 2.000,00 Equipamentos de Informática 3.500,00 TOTAL 80.000,00 TOTAL 80.000,00 Fonte: Quintana(2014), adaptado pelas autoras. 3) Aquisição a prazo de mercadorias para estoque no valor de R$ 5.000,00. ATIVO PASSÍVO EXIGÍVEL Caixa 34.500,00 Estoque 21.000,00 Capital Social 5.000,00 Máquinas 24.000,00 Moveis 2.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Equipamentos de Informática 3.500,00 Capital 80.000,00 TOTAL 85.000,00 TOTAL 85.000,00 Fonte: Quintana (2014), adaptado pelas autoras. 36 4) Depósito para abertura de conta bancária no valor de R$ 30.000,00. Fonte: Quintana (2014), adaptado pelas autoras. 5) Pagamento das obrigações com fornecedores de mercadorias, por meio de recursos disponíveis em nossa conta corrente. ATIVO PASSÍVO EXIGÍVEL Caixa 4.500,00 Banco 25.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Estoque 21.000,00 Capital 80.000,00 Máquinas 24.000,00 Moveis 2.000,00 Equipamentos de Informática 3.500,00 TOTAL 80.000,00 TOTAL 85.000,00 Fonte: Quintana (2014), adaptado pelas autoras. 2.5.1 Das contas e classificação O local onde registramos toda a movimentação de compra e venda da empresa, o que ela recebe ou paga é o elemento identificador que chamamos de CONTA. Para designar uma conta, depende da necessidade de registrar acontecimentos, isto é, os fatos contábeis. Conta “é o dado para identificar tudo o que a empresa compra, vende, recebe ou paga. É pelas contas que a empresa pode analisar de forma mais realista sua situação econômico-financeira, conhecendo os valores de cada bem, direito e obrigação (COELHO et al., 2008, p. 14-15 apud QUINTANA, 2014, p. 29). ATIVO PASSÍVO EXIGÍVEL Caixa 4.500,00 Banco 30.000,00 Fornecedores 5.000,00 Estoque 21.000,00 Máquinas 24.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Moveis 2.000,00 Capital 80.000,00 Equipamentos de Informática 3.500,00 TOTAL 85.000,00 TOTAL 85.000,00 37 As Contas são Classificadas em Contas Patrimoniais e Contas de Resultados. As Contas Patrimoniais representam os elementos ativos e passivos, porém as Contas de Resultados são as que registram as variações patrimoniais, tais como as despesas3 e receitas, ainda demonstram o resultado do exercício (DRE). 2.5.2 Débito e crédito Os lançamentos a débito aumentam as contas do Ativo e reduzem as contas do Passivo. Os lançamentos a crédito aumentam as contas do Passivo e reduzem as contas do Ativo. Observação: lembramos que as contas retificadoras têm o funcionamento contrário ao grupo que elas pertencem. 2.5.3 Contas do ativo Para entender as contas do Ativo, primeiramente, precisamos entender o que vem a ser Ativo na Contabilidade. Ativo engloba o conjunto de valores econômicos, normalmente apresentados sob forma de bens e direitos, obtidos no passado e que geram ou podem gerar benefícios futuros. Compreende os itens que estão aplicados os recursos econômicos da entidade fornecidos pelos proprietários ou por terceiros (ARAÚJO, 2009). 2.5.4 Contas do passivo e patrimônio líquido Para entender as Contas do Passivo e Patrimônio Líquido, é necessário entender o que vem a ser o Passivo na Contabilidade. O Passivo é dividido em Passivo exigível e Patrimônio Líquido. O Passivo exigível representa as origens de recursos de terceiros e o Patrimônio Líquido as origens de recursos próprios. 3Despesa – para a obtenção de receitas, considera-se bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para aquisição de receitas, ou seja, para manter a entidade, por meio de vendas diretas ou indiretas dos produtos, como, por exemplo, os materiais de escritório, salários da administração, lanche com o administrativo. 38 2.5.5 Métodos das partidas dobradas Conforme abordado anteriormente, o Método das Partidas Dobradas representa que para cada débito há pelo menos um crédito de igual valor. 39 RESUMO DA UNIDADE O Patrimônio das entidades é um conjunto de bens, direitos e obrigações, constituindo a parte positiva de bens e direitos e também recebe o nome de Ativo. A parte negativa do patrimônio representada pelas obrigações recebe o nome de Passivo. Quanto aos aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio, podemos afirmar que os aspectos qualitativos são uma representação de bens, direito e obrigações da empresa; já os aspectos quantitativos são aqueles que representam os valores inseridos nos bens, nos direitos e nas obrigações, de tal modo que nos leva a conhecer a dimensão da entidade. A representação gráfica do patrimônio, baseada no Balanço Patrimonial, é apresentada pelos componentes do Ativo do lado esquerdo e os componentes do Passivo do lado direito, ressaltamos, ainda, que, no Ativo, constam os bens e direitos; no Passivo, as obrigações (passivo exigível) e o Patrimônio Líquido (recursos próprios). As configurações do Estado Patrimonial apresentam-se de três formas: positiva, negativa e nula. Quando o ativo for maior que o passivo e a situação líquida for maior que zero, configura situação positiva; quando o passivo for igual ao ativo, a situação líquida é nula; e quando o ativo for menor que o passivo, a situação líquida é menor que zero, temos o Estado Patrimonial negativo. Nos procedimentos contábeis básicos, temos que classificar as contas, isto é, uma conta representa debitar em contrapartida a outra que representa creditar, conforme cada movimentação concretizada, assim nascem os registros contábeis, inseridos nos livros Diário, Razão, entre outros, dando origem aos Balanços e Patrimônios e Balancetes de Verificação. As contas do Ativo têm a natureza devedora e as contas do Passivo e PL a natureza credora. O Método das Partidas Dobradas representa o lançamento duplo, com pelo menos um lançamento a débito para cada lançamento a crédito de igual valor. 40 ATIVIDADES Você deve reler a Unidade II e construir um texto que contenha entre 20 e 25 linhas falando sobre o Patrimônio, Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido e o Método das Partidas Dobradas. Seu texto deve ser claro, coerente e estar totalmente relacionado ao conteúdo da disciplina. Ele precisa ser escrito com os conceitos (ideias) do texto, mas com suas palavras. Cópias da internet serão zeradas. O texto deve ser todo feito em forma de paráfrase dos conteúdos estudados até agora. Você precisa ler, compreender e explicar o que está no texto. Você deve construir o texto em um documento do Word com letra Times New Roman tamanho 12, espaçamento entrelinhas 1,5, texto justificado (formatação ABNT) e postar na plataforma para a correção pelo tutor. 41 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Introdução à contabilidade. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. COELHO, Antonio Fernando. Contabilidade para iniciantes. 1. ed. São Paulo: Avercamp, 2012. CPC. PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1). Brasília, 2011. MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral esquematizado. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. QUINTANA, Alexandre Costa. Contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2014. RIBEIRO, Osmi Moura. Contabilidade intermediária. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 42 UNIDADE III – AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Estudaremos, nesta unidade, as Variações do Patrimônio Líquido e os Registros Contábeis. Variações Patrimoniais são aquelas que alteram quantitativamente o Patrimônio Líquido. Essas variações, conforme CPC 00 Estrutura Conceitual, são as seguintes: A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis. A definição de despesas abrange tantoas perdas (desperdícios) quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da entidade (CPC, 2011). 3.1 Despesas, Receitas e Resultado Conforme CPC 00 Estrutura Conceitual, receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais. Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. 3.2 Período Contábil Regime Contábil Conforme o CPC 00 Estrutura Conceitual, é de aplicação obrigatória para todas as empresas a adoção do regime de competência, “a fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de competência” (CPC, 2011). O Regime da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independente do 43 recebimento ou pagamento. Ou seja, consideram-se incorridas as receitas e despesas no momento em que ocorre o fato gerador, independente do pagamento ou recebimento. 3.3 Apuração do Resultado do Exercício 3.4 Regime de Competência Regime Contábil Conforme o CPC 00 Estrutura Conceitual, é de aplicação obrigatória para todas as empresas a adoção do regime de competência, considerando-se o reconhecimento das receitas e das despesas no período dos fatos contábeis. APURANDO O RESULTADO DO EXERCÍCIO APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITAS DESPESAS RECEITA > DESPESA DESPESA > RECEITA LUCRO PREJUÍZO 44 APURANDO O RESULTADO DO EXERCÍCIO 3.5 Registros Contábeis 3.5.1Elaboração do balanço patrimonial por meio de inventário geral No final do exercício social, com base nos dados levantados a respeito dos elementos patrimoniais, entre eles os estoques e o ativo imobilizado, será realizado o inventário geral. Assim sendo, de posse dessas informações serão elaboradas as Demonstrações Contábeis e entre elas o Balanço Patrimonial. 3.5.2 Registros contábeis por meio de balanços sucessivos A elaboração de Balanços Sucessivos após cada evento quer dizer após cada transação. 3.5.3 Registros contábeis por meio de partidas dobradas Conforme abordado em unidades anteriores, o método das partidas dobradas afirma que para cada débito corresponde um crédito de igual valor. AUMENTAM PATRIMÔNIO LÍQUIDO LUCROS DIMINUEM PREJUÍZOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO 45 3.5.4 Estruturação das demonstrações contábeis a partir do registro de operações Os lançamentos contábeis deverão ser estruturados em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC –TG) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 00). Exemplo: A empresa Silva apresentou os seguintes saldos nas contas: Caixa R$ 10.000,00 Bancos Conta Movimento R$ 5.000,00 Estoques R$ 2.000,00 Fornecedores R$ 7.000,00 Capital social R$ 10.000,00 Apresentou as seguintes contas de resultado: Pagamento de despesa de aluguel R$ 3.000,00 Recebimento de receita de serviços R$ 7.000,00 Pagamento de despesa de energia R$ 800,00 Pede-se: apuração do resultado do exercício e Elaboração do Balanço Patrimonial. Resolução: Pelo pagamento da despesa Debita despesa de aluguel e credita caixa Caixa Saldos 10.000,00 10.000,00 D 3.000,00 7.000,00 D Despesa de Aluguel Saldos 3.000,00 3.000,00 D 46 Pelo recebimento da receita de serviços Debita caixa e credita receita de serviços: Caixa Saldos 10.000,00 10.000,00 D 3.000,00 7.000,00 D 7.000,00 14.000,00 D Receita de serviços Saldos 7.000,00 7.000,00 C Pagamento de despesa de energia Debita despesa de energia e credita caixa Caixa Saldos 10.000,00 10.000,00 D 3.000,00 7.000,00 D 7.000,00 14.000,00 D 800,00 13.200,00 D Despesa de energia Saldos 800,00 800,00 D Apurando o resultado do exercício Como as contas de resultado (receitas e despesas) não podem ir para o Balanço Patrimonial (nele se configuram apenas as contas patrimoniais), temos que apurar o resultado e transferir o saldo para uma conta patrimonial. Utilizaremos para a apuração uma conta chamada Apuração do Resultado do Exercício (ARE), encerraremos as contas de resultado transferindo os saldos para a conta ARE. Esse procedimento será possível com lançamentos inversos à natureza das contas de resultados e a contrapartida na conta ARE, como segue: Despesa de Aluguel Saldos 3.000,00 3.000,00 D 3.000,00 0,00 47 Receita de serviços Saldos 7.000,00 7.000,00 C 7.000,00 0,00 Despesa de energia Saldos 800,00 800,00 800,00 0,00 ARE Saldos 3.000,00 3.000,00 D 7.000,00 4.000,00 C 800,00 3.200,00 C Após a Apuração do Resultado do Exercício, temos o saldo da conta ARE credora em R$ 3.200,00 – isso significa que as receitas ultrapassaram as despesas nesse valor. Agora, precisamos transferir o saldo da conta ARE para uma conta patrimonial para que o saldo possa ir para o Balanço Patrimonial. Para tanto, precisamos zerar o razonete da conta ARE, com o lançamento inverso à natureza de seu saldo e a contrapartida será em conta patrimonial. Se temos um saldo credor em R$ 3.200,00, então, faremos um débito do mesmo valor e um crédito na conta lucros acumulados (conta patrimonial). ARE Saldos 3.000,00 3.000,00 D 7.000,00 4.000,00 C 800,00 3.200,00 C 3.200,00 0,0 Lucros acumulados Saldos 3.200,00 3.200,00 C Pronto, concluímos que a Apuração do Resultado do Exercício é um lucro de R$ 3.200,00, valor que após reunião com os dirigentes da empresa será direcionado a outras propostas (por exemplo, poderá ser revertido em reservas). 48 Elaboração do balanço patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Caixa 13.200,00 Fornecedores 7.000,00 BCM 5.000,00 Estoques 2.000,00 PL Capital social 10.000,00 Reservas de lucros 3.200,00 Total do Ativo 20.200,00 Total do Passivo 20.200,00 49 RESUMO DA UNIDADE As variações do Patrimônio Líquido pautam-se no movimento das receitas e despesas, que serão responsáveis pelo resultado econômico. O período contábil é aquele correspondente ao lançamento dos acontecimentos em tempo hábil, representando o regime de competência. Os registros contábeis se configuram com os lançamentos contábeis, isso significa a concretização do fato contábil. A elaboração do Balanço Patrimonial por meio do inventário geral se dá após o levantamento das informações no decorrer do exercício e, ainda, com o levantamento do inventário incluindo os estoques e o ativo imobilizado. Os balanços são elaborados de forma sucessiva, com base no método das partidas dobradas. 50 ATIVIDADES Ler a aula e responder às questões abaixo. 1. Na CPC 26, está definido o Regime de Competência para consideração da existência de receita e despesa. Cite o conceito da Competência? 2. Conforme o Pronunciamento Contábil CPC 00, qual a definição de receita? 3. Conforme o Pronunciamento Contábil CPC 00, quando a despesa deve ser reconhecida? 4. Analise o Balanço Patrimonial. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Caixa R$ 35.000,00 FornecedoresR$ 1.300,00 Mercadorias R$ 5.000,00 Duplicatas a pagar R$ 500,00 Duplicatas a receber R$ 4.500,00 Móveis e utensílios R$ 10.000,00 Capital social R$ 52.700,00 Total R$ 54.500,00 Total R$ 54.500,00 Responda: a) Qual o valor das origens de recursos de terceiros? b) Qual o valor das origens de recursos próprios? c) Qual o valor dos recursos aplicados no patrimônio? 51 REFERÊNCIA CPC. PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1). Brasília, 2011. 52 UNIDADE IV – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Caros alunos, durante o curso, já tivemos a oportunidade de estudar o Balanço Patrimonial e as Variações Patrimoniais, nesta unidade, estudaremos a Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado, também veremos as Notas Explicativas e faremos uma introdução aos Pareceres de Auditoria. As Demonstrações Contábeis são exigidas pela Lei n. 6.404/1976 – Lei das Sociedades Anônimas –, pelo Regulamento do Imposto de Renda – RIR –, pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC –, mas os tipos de Demonstração que cada entidade deve apresentar vai depender do formato de sua constituição e porte. Conforme a Lei n. 6.404/1976, em seu artigo 176, ao final de cada exercício social, cada entidade deve apresentar as seguintes Demonstrações: I – balanço patrimonial; II – demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, III – demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; V – demonstração do valor adicionado. 4.1 Balanço Patrimonial (BP) O Balanço Patrimonial é o resultado dos saldos de todas as contas de uma empresa, é por meio dele que a empresa tem uma posição de como foi o seu desempenho em período ou exercício, esta demonstração apresenta todos os bens e direitos da empresa, como também todas as obrigações em determinada data. O Balanço Patrimonial é obrigatório em todas as empresas (exceto Micro Empreendedor Individual – MEI), é com ele que a entidade tem a ciência do que obteve de crescimento tanto nos seus recursos. O balanço patrimonial é a demonstração responsável por mostrar em um determinado momento, normalmente, quantitativa e qualitativamente o patrimônio líquido de uma organização. O balanço pode ser apresentado em colunas justapostas, ou seja, Ativo de um lado e Passivo + Patrimônio Líquido (PL) do outro lado, ou em 53 colunas sobrepostas, sendo uma em cima do outro, sempre na ordem Ativo, Passivo, PL. Os grupos de contas do balanço já sofreram várias modificações desde o surgimento dessa demonstração, a última alteração ocorreu com a Lei n. 11.941, de 2009. Com essa alteração, o balanço passou a ter a seguinte estrutura conforme o art. 178: Ativo Circulante, Ativo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado; Intangível), Passivo Circulante; Passivo Não Circulante; Patrimônio Líquido. O ativo é o grupo onde se localizam os bens e direitos da organização, dividido naqueles de curto e longo prazos, mostra para o usuário de que forma foi investido o capital da empresa. O passivo é onde ficam as obrigações da empresa, ou seja, suas dívidas e compromissos. O passivo também se divide naqueles de curto e longo prazos, ficando os de curto prazo no Circulante e os de longo prazo no Não Circulante. Essa parte do passivo é chamada de capital de terceiros, pois é obtido por intermédio de empréstimos, financiamentos, compra a prazo, em suma, recursos de outras pessoas ou empresas emprestadas à organização para manutenção de sua operação. Patrimônio Líquido (PL), também chamado de capital próprio, é onde fica a fonte de recursos próprios da empresa, que são o capital social (recursos ou estruturas cedidas pelos sócios para composição da empresa), os lucros, as reservas, entre outras. Patrimônio Líquido corresponde à parcela do patrimônio que pertence ao proprietário do negócio. Os elementos do Patrimônio Líquido são constituídos pelo capital, representado pela soma de investimentos realizados pelo proprietário, pelos sócios, pelas reservas de capital e de lucros, entre outros (ARAÚJO, 2009, p. 15). O passivo total (que é a soma do capital de terceiros e o capital próprio) é chamado de origem dos recursos. O passivo tem suas contas organizados pela ordem de exigibilidade. A ordem de liquidez do ativo significa o quão liquida é a conta, ou seja, com que velocidade ela se transformará em dinheiro (espécie), por esse motivo as contas caixa e banco serão sempre as contas mais líquidas do ativo, assim como contas de terrenos e outros imobilizados que têm uma certa dificuldade na venda ou demora no processo de recebimento serão contas de menor liquidez. No passivo, a ordem de exigibilidade se dá na forma que serão pagas as 54 dívidas e os compromissos, logo, aquelas que serão pagas mais cedo serão as primeiras na ordem de classificação. Essa ordem de liquidez/exigibilidade ajuda o usuário a ter conhecimento de quais são seus compromissos mais urgentes ou recebimentos, de forma a manter um melhor controle de seu capital de giro. Estrutura Básica do Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE - Disponível PASSIVO NÃO CIRCULANTE - Créditos PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Estoques - Capital Social - Despesas do exercício seguinte - Reservas de capital ATIVO NÃO CIRCULANTE - Ajustes de avaliação patrimonial - Realizável a longo Prazo - Reservas de lucros - Investimentos - Ações em tesouraria (-) - Imobilizado - Resultados acumulados (+/-) - Intangível Fonte: Quintana (2012, p. 66) apud Quintana (2014). 4.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) As demonstrações contábeis são uma representação estruturada de forma qualitativa e quantitativa da posição patrimonial e financeira, o objetivo é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, são úteis para os usuários na tomada de decisões. Os usuários internos das informações contábeis, para fins de administração da entidade, como o titular da firma, ou seja, empresário, sócios, acionistas, diretores, utilizam essas informações para as tomadas de decisão. Os usuários externos são governo, bancos, fornecedores, auditores, eles concentram suas atenções nas demonstrações contábeis, devem ser suficientes para a avaliação da situação patrimonial da entidade e das mutações ocorridas em seu patrimônio. Demonstração do Resulto do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas datas. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto 55 é, inicia-se com receita bruta operacional e dela deduz-se custos e despesas, para apurar o lucro líquido. Ela demonstra a situação dinâmica da empresa. A DRE é uma demonstração que tem o objetivo de mostrar a situação econômica real da entidade, seja lucro ou prejuízo. A Lei n. 6.404/1976 em seu artigo 187 descreve a DRE: art. 187. A Demonstração do Resultado do Exercício discriminará: I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro líquido; III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas [...] (BRASIL, 1976). Conhecendo a DRE Receita bruta – total geral das vendas (-) Deduções – impostos cobrados do consumidor/devoluções (=) Receitalíquida – total das vendas menos os impostos (-) custos da mercadoria vendida – gastos de produção (=) lucro bruto – receita líquida menos o CMV (-) despesas – gastos operacionais (=) lucro/prejuízo operacional – resultado após os gastos operacionais (-) outras despesas – gastos imprevistos (=) lucro antes do Imposto de Renda – lucro antes do IR (-) Despesa com IR – parcela com IR (-) Participações Estatutárias sobre o Lucro – distribuição do lucro (=) Lucro /Prejuízo Líquido – parcela da entidade 4.3 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) Demonstração do lucro ou prejuízo acumulados (DLPA) é a demonstração que tem o objetivo de apresentar todas as alterações no saldo da conta de prejuízos ou lucros acumulados no Patrimônio Líquido que ainda não foram divididos entre os acionistas ou sócios. O detalhamento de como aconteceram essas modificações no 56 patrimônio deve ser feito. É obrigatória para as sociedades limitadas e algumas outras empresas determinadas pela legislação do Imposto de Renda. A DLPA deve apresentar as modificações de todas as contas que compõem o Patrimônio Líquido da entidade. O lucro do exercício acarretará um lançamento credor no PL na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados e o prejuízo credor. Após a apuração do lucro nas entidades, é necessário saber o que fazer com ele, normalmente uma parcela do lucro é distribuída aos donos da empresa (acionistas ou sócios) em dinheiro, remunerando o capital investido, em forma de dividendos. Outra parcela pode retornar à entidade, em forma de reservas. Esta parcela é conhecida como lucro retido (não distribuído) e, mais cedo ou mais tarde, será incorporada ao Capital Social. Após a apuração do lucro, soma-se ao lucro já existente e faz-se as destinações específicas. A legislação brasileira estabelece que o lucro não pode ser influenciado por valores anteriores. A DLPA representa um elo entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Após a apuração do lucro, o resultado será anunciado aos sócios para a indicação das tomadas de decisões. 4.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) expõe a movimentação das contas do Patrimônio Líquido ocorrida durante o exercício. Assim, todo aumento e a diminuição do Patrimônio Líquido são apresentados por meio desta demonstração, também evidencia na formação e utilização das reservas. A DMPL não é obrigatória pela lei 6404/1976, mas sua publicação é exigida pela CVM em sua instrução n. 59, de 22 de dezembro, de 1986, para as companhias abertas. A DMPL, dada sua amplitude inclui, a DLPA. Fatos contábeis que aumentam o patrimônio líquido: lucro líquido do exercício; ajustes credores de exercícios anteriores; aumento do capital por integralização dos sócios; constituição de reservas de capital. 57 Fatos contábeis que diminuem o patrimônio líquido: prejuízo do exercício; ajustes devedores de exercícios anteriores; distribuição de dividendos. Fatos contábeis que não alteram o patrimônio líquido: aumento do capital com utilização de reservas; formação de reservas criadas a partir do saldo da conta lucros ou prejuízos acumulados; reversões de reservas; compensação de prejuízos com reservas. 4.5 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) deve fornecer informações importantes sobre as movimentações de entradas e saídas de caixa de determinado período, apresentando as transações de caixa oriundas das seguintes atividades: operacionais, de investimentos e de financiamento. As informações contidas na DFC, em conjunto com outras demonstrações contábeis, devem ser suficientes para que seus usuários possam conhecer e avaliar a capacidade de geração de caixa da empresa. Pode ser elaborada pelo método direto ou indireto. Esta Demonstração tem o objetivo de apresentar toda a movimentação ocorrida no caixa durante o exercício social. Lembrando que a DFC apresenta a movimentação da conta caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo (equivalente de caixa). A DFC deve apresentar as variações do caixa, nos três segmentos: operacionais, investimentos e financiamentos. Ela pode ser apresentada da forma direta ou indireta, a diferença principal está na maneira de apresentação das atividades operacionais, as atividades de investimentos e financiamentos se apresentam da mesma forma em ambas. As atividades operacionais estão ligadas ao esforço para a realização das atividades finalísticas da entidade e podem acontecer em forma de ingressos ou saídas. 58 Como exemplos de ingressos operacionais temos recebimentos de receitas, comissões ou desconto de duplicadas; como saídas temos os pagamentos à vista de fornecedores, despesas financeiras e indenizações. As atividades de investimentos estão ligadas a aplicações financeiras e podem ser em forma de aquisição de títulos do mercado financeiro, empréstimos e adiantamentos e/ou recebimento de venda de títulos, e amortizações de empréstimos ou adiantamentos concedidos. Nas atividades de financiamento, temos como exemplo os aumentos de capital pelos sócios ou distribuição de dividendos. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO DIRETO Fluxos de caixa das atividades operacionais: Recebimento de clientes (+) Pagamentos de Fornecedores (-) Pagamentos de empregados (-) Pagamentos de seguros (-) Pagamentos de impostos e outras despesas legais (-) Recebimentos de seguros (+) Caixa líquido resultante das atividades operacionais (=) Fluxos de caixa das atividades de investimentos: Recebimento por venda de imobilizado ou intangível (+) Pagamento por aquisição de imobilizado ou intangível (-) Pagamento por aquisição de outras empresas (-) Caixa líquido resultante das atividades de investimento (=) Fluxos de caixa das atividades de financiamento: Recebimento por empréstimos obtidos (+) Recebimento por emissão de ações (+) Pagamento por aquisição de ações próprias (-) Caixa líquido resultante das atividades de financiamento (=) Aumento/diminuição do líquido de caixa e equivalentes de caixa (=) Caixa e equivalentes de caixa – início do ano Caixa e equivalentes de caixa – final do ano Fonte: Quintana (2012, p. 72) apud Quintana (2014). 59 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO Fluxos de caixa das atividades operacionais: Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social Ajustes: Depreciação e amortização (+) Provisão para devedores duvidosos (+) Aumento/diminuição em fornecedores (+/-) Aumento/diminuição em contas a pagar (+/-) Aumento/diminuição em clientes (+/-) Aumento/diminuição em estoques (+/-) Imposto de renda e contribuição social pagos (-) Caixa líquido resultante das atividades operacionais (=) Fluxos de caixa das atividades de investimentos: Recebimento por venda de imobilizado ou intangível (+) Pagamento por aquisição de imobilizado ou intangível (-) Pagamento por aquisição de outras empresas (-) Caixa líquido resultante das atividades de investimento (=) Fluxos de caixa das atividades de financiamento: Recebimento por empréstimos obtidos (+) Recebimento por emissão de ações (+) Pagamento por aquisição de ações próprias (-) Caixa líquido resultante das atividades de financiamento (=) Aumento/diminuição do líquido de caixa e equivalentes de caixa (=) Caixa e equivalentes de caixa – início do ano Caixa e equivalentes de caixa – final do ano Fonte: Quintana (2012, p. 73) apud Quintana (2014). 60 4.6 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e Nota Explicativa e Parecer de Auditoria A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) deve fornecer informações relativas à riqueza criada pela empresa e como elas foram distribuídas
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