Aula 07 - A Lei de EE

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29/09/2017
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P ro f a . RE N A T A A RA RIP E DE M A CE D0 BA RRO CA , M S C .
e - m a i l : r e n a t a m @ c h e s f . go v . b r
C U R S O : E N G E N H A R I A E L É T R I C A
T U R M A : G R A 0 4 5 0 1 09NN A
D I S C I P L I N A : 5 1 0 0 0 0 - C O N S E R V A Ç Ã O E E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A
CONSERVAÇÃO E 
EFICIENCIA ENERGÉTICA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Aula 07 – 19.09.2017
� Potencial econômico de conservação 
de energia;
� Medidas de eficiência energética.
PNEf:
1. Caracterização 
técnico-econômica no 
uso da energia;
2. Potencial de 
eficiência energética 
no uso da energia;
3. Perspectivas da 
conservação de 
energia elétrica;
4. Mecanismos de 
promoção para 
eficiência energética;
5. Estratégia de 
promoção para 
eficiência energética.
POTENCIAL DE 
CONSERVAÇÃO 
DE ENERGIA
1. Potencial
Técnico
2. Potencial
Econômico;
3. Potencial de 
Mercado
� Para se planejar 
adequadamente novos 
programas de eficiência 
energética, é necessário se 
conhecer os potenciais de 
conservação de energia dos 
setores. 
� Estes potenciais podem ser 
classificados como: técnicos, 
econômicos, ou de mercado.
� O PNE 2030 disponibiliza o 
cálculo de potenciais de 
conservação de energia.
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POTENCIAL DE 
CONSERVAÇÃO 
DE ENERGIA
1. Potencial
Técnico
2. Potencial
Econômico;
3. Potencial de 
Mercado
� Introdução de medidas 
de eficiência energética:
PNE-2050
PNE-2030 
lançado em 
2007 foi o 
primeiro estudo 
na esfera de 
governo com a 
visão de 
planejamento 
integrado de 
energia.
O PNE 2050 é o 
segundo estudo 
de longo prazo 
realizado pela 
EPE/MME.
AULA-01
Demanda atendida 
através de ações 
de eficiência 
energética devido 
a MEE de: 
(i) políticas 
existentes; 
(ii) políticas 
adicionais; 
(iii) decisão final 
do consumidor sem 
vínculo direto com 
essas políticas.
Penetração das MEE: considera a parcela 
a ser atingida com a medida, exemplo: 
a Lei de Eficiência Energética só está 
considerada para motores de indução 
trifásicos de 1 a 250 cv), onde a medida 
não é viável ou à parcela que já foi 
eficientizada.
PNE-2030
� Para o atendimento à demanda, entende-se que é possível 
desenvolver mecanismos que possam estimular ou induzir o 
aumento da eficiência no uso da energia.
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POTENCIAL DE 
CONSERVAÇÃO 
DE ENERGIA
A projeção da 
eficiência no uso 
da energia 
reconheceu a 
existência de dois 
tipos de 
movimento:
- Progresso 
autônomo
- Progresso 
induzido
� NOTA: os montantes de conservação 
indicados no PNE 2030 são decorrentes do 
efeito combinado dos progressos.
POTENCIAL DE 
CONSERVAÇÃO 
DE ENERGIA
A projeção da 
eficiência no uso 
da energia 
reconheceu a 
existência de dois 
tipos de 
movimento:
- Progresso 
autônomo
- Progresso 
induzido
� Progresso autônomo: Refere-se à 
dinâmica natural de aumento da 
eficiência: Os indutores dessa 
eficiência incluem tanto ações 
intrínsecas a cada setor – como a 
reposição tecnológica natural, seja 
pelo término da vida útil, seja por 
pressões de mercado ou 
ambientais -, quanto motivadas 
por programas e ações de 
conservação já em uso no país. 
� Progresso induzido: refere-se à 
instituição de programas e ações 
específicas, orientadas para 
determinados setores e refletindo 
políticas públicas.
Tipos de mecanismos e ações de 
promoção para a EE
� Tecnológicos: implementar novos processos e 
utilizar novos equipamentos que permitam reduzir 
as perdas de energia. Inclui a Substituição 
Energética, mecanismos em que uma fonte de 
energia é substituída, como é a cogeração ou a 
substituição de chuveiros elétricos ou aquecimento 
de água a gás por aquecimento de água solar.
� Comportamentais: fundamenta-se em mudanças de 
hábitos e padrões de utilização, reduzindo o 
consumo energético sem alterar o parque de 
equipamentos conversores de energia. 
Tipos de mecanismos e ações de 
promoção para a EE
� Desse modo, no âmbito de sua 
implementação, os mecanismos de fomento à 
eficiência energética podem ser classificados 
como:
� Mecanismos voluntários: atua como motivador do 
mercado na implementação voluntária de ações de 
eficiência, seja de caráter econômico ou 
socioambiental.
� Mecanismos compulsórios: baseando-se em 
condicionantes de ordem legal, que impõem à adoção 
de procedimentos que determinam uma redução das 
perdas de energia, normalmente de perfil técnico.
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Mecanismos de fomento à 
eficiência energética
Mecanismos de fomento à 
eficiência energética
� A nota técnica “Mecanismos 
de promoção para eficiência 
energética” descreve e 
analisa a experiência 
nacional e internacional das 
estratégias adotadas pelos 
governos para o fomento a 
eficiência, visto que a 
decisão final da maioria 
dessas medidas cabe ao 
consumidor final. 
� Os programas de 
conservação de energia, ou 
eficiência energética, 
tipicamente são 
caracterizados por 
mecanismos de fomento a 
ações de conservação. 
� Estas ações, por exemplo, 
podem estar direcionadas 
para a troca de 
equipamentos obsoletos por 
outros mais eficientes, 
mudanças de hábitos, ou, 
ainda, substituição de uma 
fonte de energia por outra, 
com ganhos de eficiência, 
entre outras possibilidades.
Lei da 
Eficiência 
Energética:
Até o momento, 
o CGIEE 
regulamentou 
níveis mínimos 
de eficiência dos 
seguintes 
equipamentos: 
Lei da 
Eficiência 
Energética:
Até o momento, 
o CGIEE 
regulamentou 
níveis mínimos 
de eficiência dos 
seguintes 
equipamentos: O CGIEE leva em consideração a tecnologia 
disponível, os custos envolvidos, a maximização 
dos benefícios energéticos e econômicos 
decorrentes, a manutenção da concorrência 
entre os fabricantes, e a preservação do nível de 
emprego na indústria abrangida. 
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LEI DA 
EFICIÊNCIA 
ENERGÉTICA
Lei 10.295/2001 
estabeleceu a 
obrigação de 
adoção de níveis 
máximos de 
consumo de 
energia e mínimos 
de eficiência 
energética. 
Tais limitações são 
estabelecidas pelo 
Poder Executivo 
com base em 
indicadores 
técnicos.
� A Tabela apresenta os 
equipamentos regulamentados 
pela lei nº 10.295.
ONDE ATUAR? (Aula 05)
� A projeção do consumo final de energia baseou-se no 
crescimento do valor adicionado de cada segmento, que reflete 
a trajetória de crescimento econômico de cada um dos setores.
Nota: Utilizando-se os valores apurados no Balanço Energético 
Nacional (BEN) e os parâmetros técnicos do BEU, pode-se calcular 
o potencial de conservação para todas as formas de energia.
POTENCIAL DE 
CONSERVAÇÃO 
DE ENERGIA
Diversos estudos 
se referem ao 
potencial de 
conservação de 
energia elétrica, 
distribuindo esse 
potencial segundo 
setores de 
consumo 
classificado 
conforme a 
natureza, se 
potencial técnico, 
econômico ou de 
mercado.
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Custo na energia para a indústria 
em 2015 em países selecionados
AULA-04
SETOR INDUSTRIAL
� Gastamos muito mais energia do que quase 
todos os países considerados para gerar cada 
dólar do PIB na indústria. 
� Ainda fazemos isso pagando a energia elétrica 
mais cara entre os países pesquisados e isso 
é um atropelo na competitividade da nossa 
indústria. 
SETOR INDUSTRIAL
� Força motriz é predomina em todos os setores, 
exceto aqueles que usam eletrotermia e 
eletrólise de forma intensa: ferro-gusa e aço, 
ferro-ligas e alumínio. 
� Estima-se, portanto, que motores elétricos na 
indústria brasileira consumam 82.217 GWh/ano, 
que equivalem a 60% da eletricidade consumida 
no setor secundário e 27% do consumo 
brasileiro (vale lembrar que motores são usados 
também nos outros setores, o que eleva a sua 
participação). 
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SETOR INDUSTRIAL
� Decreto 4.508/2002, regulamentou o rendimento 
nominal como índice de eficiência energética dos 
motores elétricos trifásicos de indução rotor 
gaiola de esquilo;
� Aplicação em: setores residencial, público, 
comercial e agropecuário, em aplicações como 
bombas, sistemas de ventilação, refrigeração e ar 
condicionado e máquinas diversas, chegando a 
representar um consumo de quase um terçoda 
energia elétrica do país. 
SETOR INDUSTRIAL
O Decreto 4.508 estabelece, no Art. 3o , que “o 
indicador de eficiência energética a ser utilizado é o 
rendimento nominal” (BRASIL, 2002, p. 8). 
Foram estabelecidas duas tabelas de rendimentos 
nominais mínimos, uma para os motores padrão e 
outra para os motores de alto rendimento, que 
reproduzimos na Tabela 2. 
Segundo Geller et al. (1998, p. 867), motores 
representam metade do consumo elétrico industrial, 
40% em prédios comerciais e 40% no setor 
residencial. 
POLÍTICAS PÚBLICAS LEIS DE INCENTIVO
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DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO
DESENVOLVIMENTO 
TECNOLÓGICO
MONITORAMENTO DE PROGRESSO: 
(indicadores de eficiência energética)
� Monitorar o progresso da eficiência energética 
na economia e em setores específicos;
� Avaliar o impacto das políticas e programas 
voltados para eficiência energética;
� Planejar ações futuras;
� Alimentar parâmetros de modelagem de 
modo a melhorar a qualidade de projeção de 
demanda de energia;
� Possibilitar comparações internacionais entre 
setores e entre países.
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MONITORAMENTO DE PROGRESSO
MEDIDAS DE EFICIÊNCIA 
ENERGÉTICA - MEE
� Do lado da demanda, equipamentos mais 
eficientes têm sido recorrentemente colocados à 
disposição do mercado consumidor, contribuindo 
para uma maior eficiência energética e 
econômica.
� Os custos da energia economizada são 
apresentados em US$/MWh, resultado da divisão 
dos custos de implantação da medida 
(investimento inicial anualizado acrescido dos 
custos de operação e manutenção) pela energia 
anual economizada.
MEDIDAS DE EFICIÊNCIA 
ENERGÉTICA - MEE
� As estimativas de ganhos de eficiência 
energética tiveram como fundamento o 
Balanço de Energia Útil – BEU, com cálculo da 
variação do potencial de eficiência energética 
(PEE) entre as edições do BEU de 1994 e 
2004, e definição de fatores de eficiência. 
� Para cada setor, a evolução das eficiências 
energéticas associadas a cada setor é obtida 
aplicando-se o fator eficiência aos indicadores 
de projeção do PDE. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
� Mesmo considerando o efeito do aumento da renda e da 
população, é possível reduzir uma parte do consumo final por 
meio de eficiência energética; 
� Setores industriais e de transportes respondem por 65% do 
consumo final de energia; nestes setores devem ser 
concentradas as ações para aumento da eficiência energética; 
� Em uma visão prospectiva, avalia-se que o progresso autônomo 
da eficiência possa evitar 8,7% do consumo final de energia 
(35,2 milhões tep ) e 5,4% do consumo final de energia elétrica 
(55,7 TWh); 
� Avalia-se, no caso específico da energia elétrica, que se poderá 
induzir uma eficiência energética adicional de modo a atingir, em 
2030, o potencial de mercado da conservação (5,2% do consumo 
final de energia elétrica, ou outros 53,3 TWh), resultando em 
valor total da energia conservada de 10,6% do consumo final 
(109 TWh).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento tecnológico contribui significativamente para a 
superação de desafios ligados a um abastecimento energético confiável, 
eficiente, seguro, ambientalmente aceitável e econômico, em benefício 
da sociedade.
Uma tecnologia que ofereça qualidade superior, mesmo a custos 
eventualmente mais elevados, pode mudar drasticamente o estilo de 
vida e a forma do uso de energia pela população.
Na geração de energia elétrica, novas tecnologias podem contribuir 
significativamente para a o aumento de eficiência e redução de custos.
Nesse contexto, o desenvolvimento tecnológico foi um dos determinantes 
para a escolha das fontes que irão compor a matriz energética nacional, 
no sentido de torná-la mais diversificada no horizonte do PNE 2030.
OBRIGADA
Profa. Renata Araripe de Maced0 barroca, Msc.
e-mail: renatam@chesf.gov.br