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ESTÊNCIL, GRAVURA E CULTURA URBANA
Acadêmico (s): Amanda Jaqueline Kamradt
Tutor (a) externo (a): Neila Duncke
Turma: FLC3679ART
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Artes Visuais
Disciplina: Prática Interdisciplinar
Data: 16/04/2022
Resumo 
Neste Paper abordaremos uma das vertentes da gravura, o estêncil, como arte se diferencia pela rapidez e facilidade de se estampar uma imagem,a partir de uma matriz.
Palavras Chave: Gravura; Estêncil; Arte Urbana.
 
INTRODUÇÃO 
 A Gravura está presente em nossa vida diariamente, a reprodução de uma imagem, quanto o resultado obtido pelo processo de reprodução dessa imagem, a sua estreita relação com a necessidade do homem de se comunicar e registrar suas necessidades, crenças e conquistas. A gravura foi utilizada, desde o seu surgimento, como veículo de multiplicação e reprodução de imagens, de ideias e de conhecimento. Uma arte de cunho artesanal, produzida em equipe, destinada ao coletivo, feita para proporcionar satisfações e informações às camadas mais baixas da população, foi testemunha das transformações ocorridas nos procedimentos criados para a reprodução de imagens.
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 A gravura surgiu da necessidade humana de se comunicar e da necessidade de se expressar artisticamente, o homem sempre procurou deixar sua sua presença deixando marcas em lugares, nos tempos pré-históricos os nossos ancestrais imprimiam suas mãos sobre pedras de cavernas, o ser humano, com intenções mais profundas voltadas para a investigação e reflexão sobre si mesmo e sobre ‘as coisas’ do mundo, avança no desejo de expressar-se artisticamente, buscando a multiplicação da imagem que gravou em um suporte, surgindo a estampa.
Segundo Catafal e Oliva (2003, p. 14):
 [...] as primeiras estampas japonesas consistiam em simples gravuras, que se difundiram rapidamente por toda a zona influenciada pelo budismo e por todo o Extremo Oriente, incluindo o Japão. De fato, será dali, que, a partir do século XVI, se desenvolverão estampas populares, impressas e inspiradas na pintura popular chamada Ukiyo-e. A ideia original consistia em produzir pinturas populares a preços acessíveis, que, a longo prazo, conduziu ao aparecimento de uma estética profundamente japonesa que chegou até hoje através do manga
 Resende diz: No Brasil, a gravura é um recurso importante na identidade de vários artistas, que em algum momento a utilizaram como forma de produção, fazendo uso das diversas matrizes e explorando temas que vão da simples leitura da natureza à crítica social.
 Segundo Coldwell, no cenário contemporâneo das artes, destaca-se a gravura como uma forma de arte multifacetada, na qual coexistem uma série de tecnologias antigas e novas, sobrepondo-se umas às outras, ao mesmo tempo em que descobertas de novos processos, em especial digitais, acontecem em ritmo crescente
 Gravura é tanto reprodução de uma imagem, quanto o resultado obtido pelo processo de reprodução dessa imagem. Implica gravar um suporte, madeira, metal, pedra, poliéster ou outro qualquer que seja plano e que suporte gravações; este suporte, ao receber as gravações, passa a chamar-se matriz. Esta contém a imagem gravada; essa imagem gravada é transferida para outro suporte, tradicionalmente o papel (mas pode ser outro, como tecido, por exemplo) e recebe o nome de estampa. A vantagem, é que essa matriz permite a reprodução, ou seja, pode-se obter mais que uma imagem da mesma matriz. A essa série de cópias, chamadas impressões, denominamos tiragem ou obra gráfica. 
Paiva Raposo escreve que:
 [...] As novas tecnologias de reprodução de imagens foram retirando sentido à gravura de reprodução e progressivamente à própria razão de ser do múltiplo enquanto processo de multiplicação de imagens gravadas. Esse sem sentido da multiplicação da imagem gravada, que já não se justifica pela sua divulgação e, muito menos, por razões comerciais de redução de custos, tem como consequência criar um espaço de autonomia e de emancipação da imagem gravada, espaço em que, atualmente, se geram todo um conjunto de reflexões sobre o estatuto da gravura enquanto linguagem autônoma, portadora de uma identidade específica e suportada historicamente.
 Uma das técnicas de gravura usadas com muita habilidade por chineses e japoneses na impressão de tecidos e papéis decorativos foi o estêncil.
 O estêncil funciona como um molde vazado para reproduzir a imagem desejada, quantas vezes se queira, desde que o molde seja adequado para carregar várias mãos de tinta. O princípio de funcionamento é o do negativo de uma fotografia, cujas partes que receberão a tinta apresentam-se abertas ou claras. Utilizando um papel mais encorpado, pode ser um papelão, ou então plástico duro, chapa de raio-x usada ou acetato, o desenho é feito com uma caneta hidrocor ou similar e em seguida as áreas que receberão a cor são recortadas formando espaços vazados. 
 Com o estêncil pronto, podemos entintar os espaços abertos sobre papel criando cartazes, por exemplo, plástico, parede, madeira, sempre de acordo com uma ideia e com a tinta disponível. Como o processo de impressão é rápido, o estêncil passou a ser um veículo artístico muito utilizado entre os jovens artistas inseridos em projetos de arte urbana. Estes meios podem integrar o que é conhecido como Arte Urbana, termo dado para manifestações artísticas em espaços públicos. Costumeiramente considerados atos de vandalismo executados por jovens “desocupados”, este tipo de arte passou a ser valorizada e considerada arte, recebendo o reconhecimento de galerias de arte e museus. 
METODOLOGIA 
Para a prática resolvi fazer uma gravura, e o método escolhido foi o estêncil, já que a gravura surgiu pela necessidade de se expressar eu decidi seguir por esta vertente, essa liberdade de produzir uma expressão artística minha, primeiro precisava de um local para realização da obra, uma parede branca vaga estava disponível em meu quarto, poderia ter feito no muro de um amigo, mas quis garantir primeiro a experiência, antes de querer realizar em outros locais de cunho público, após decidir o local passei para o passo seguinte, preparar o material, para essa prática resolvi criar algo mais econômico, usei papel de baixa gramatura como cartolina e tinta a base de água como tinta guache, pois o local não da aplicação não tem contato com o externo e não corre risco de ser molhado ou sofrer com insolação, com essas características os materiais elencados estavam de bom tamanho, os quais foram: mesa para corte; estilete; fita crepe; lápis; borracha; cartolina; tinta guache amarela, preto e vermelha; prato e esponja. 
Após algumas horas de pesquisa e esboço dos desenhos que gostaria de grafitar na parede comecei a recortar na cartolina os espaços que ficariam vazados para receber a tinta, após todos os quinze desenhos já recortados comecei então a dispô-los na parede e fixá-los com ajuda da fita crepe, após encontrar um layout que gostasse comecei a produzir a cor de tinta que combinaria com o trabalho, escolhi a cor dourada, fiz ela misturando as tintas guache: vinte por cento de vermelho, vinte por cento de preto e completando com sessenta por cento de amarelo, assim resultando em um amarelo dourado, parecido com mostarda, após obter a cor escolhida embebi a esponja na tinta disposta no prato e a apliquei por cima do papel já na parede, com cuidado para preencher todos os recortes vazados que havia produzido, e por fim tirando a matriz (papel) e deixando apenas a gravura obtida, desse modo um a um fui completando o painel. 
Aplicação de tinta no vazado do estêncil contra parede
Foto: Amanda J. Kamradt
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 É de muita importância que o papel ou qual for o material usado para confeccionar a matriz do estêncil seja grosso e possa receber a tinta mais de uma vez, pois folhas finas como o sulfite após a segunda aplicação acabam cedendo e rasgando facilmente, e todo o trabalhode desenho e recorte se perdem sendo assim perda de tempo e material, uma das dificuldades mais visíveis que vivenciei foi o recorte do papel, como usei uma ferramenta mais em conta como o estilete percebi uma dificuldade maior na coordenação motora, os recortes ficam mais brutos e quadrados, levando uma certa dificuldade e esforço para conseguir realizar moldes circulares.
 Foi uma das práticas mais realizadoras até agora na minha opinião, após alguns anos de estudo fica subentendido que todos os processos são de extrema importância e cuidado, desde os materiais, ao local, método, cor, elaboração, execução.
criei padrões de desenhos que se combinavam, com uma cor que simboliza aquilo que eles transmitem, dediquei tempo aos esboços, pois eles que iriam dar forma ao produto final, cortei os moldes com calma e precisão para que não precisasse cortar outras vezes o mesmo molde, tudo com planejamento, tempo e dedicação, essas são as qualidades de uma boa arte.
REFERÊNCIAS 
COLDWELL, A. Printmaking a contemporary perspective. London: Black Dog Publishing, 2010, p. 33.
FAVERO, Sandra Maria Correia. Caderno de Estudos: Gravura / Sandra Maria Correia Favero. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial, Grupo UNIASSELVI, 2009
RAPOSO, Paiva. Ainda a Gravura: novas reflexões. In: Cadernos de Gravura - notas para um entendimento teórico da gravura. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2005.
RESENDE, Ricardo. Os desdobramentos da gravura contemporânea. In: Gravura brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural, 2002. 
RIBENBOIM, Ricardo; AIDAR, Flávia (Orgs.). Gravura: história e técnica. São Paulo: Itaú Cultural, 2002.
ANEXOS

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