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Grandezas e Medidas CURRÍCULO LATTES Professora Genilda de Lourdes Maurício Guimarães ● Especialista em Didática e Metodologia do Ensino. ● Graduada em Licenciatura em Matemática. ● Tempo de atuação como professora no Estado do Paraná de 40 anos. ● Disciplina de Matemática para as turmas de 1º e 2º graus. ● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE). Professora Vanice Vieira Fernandes ● Especialista em Gestão e Docência no Ensino Superior. ● Especialista em Tecnologias Aplicadas ao EAD. ● Graduada em Licenciatura em Matemática. ● Graduada em Licenciatura em Pedagogia. ● Tutora Pedagógica na UniFCV. ● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE). ● Tempo de atuação na área da educação desde 2013. #CURRÍCULO LATTES# APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá, caro(a) acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) à disciplina de Grandezas e Medidas, para o curso de Licenciatura em Matemática. Você já venceu algumas etapas de seu curso e chegou até aqui, meus parabéns! O objetivo principal da disciplina é compreender que a Grandeza constitui-se como um conceito fundamental a ser construído para se entender o processo de medir, que é uma competência central no currículo do ensino fundamental. Para compor este material, organizamos uma introdução, seguida de quatro unidades criteriosamente analisadas, selecionadas para dar sustentação à presente discussão, conclusão, referências, leituras complementares, indicações de livros, filmes, entre outros. ● Unidade I, intitulada “O ensino de grandezas e medidas de acordo com a Base Nacional Curricular”, com os subtópicos: Políticas Públicas para o Ensino de Matemática; Base Nacional Curricular - BNCC: etapa do ensino fundamental - anos iniciais, anos finais e etapa do ensino médio. ● Unidade II, intitulada “Conceito e Classificação de Grandezas e Medidas”, com os subtópicos: Contexto histórico das noções básicas de unidade de medidas; Tipos de unidades de medidas e suas transformações. ● Unidade III, intitulada “Práticas Pedagógicas: Resolução de problemas de medidas envolvendo grandezas comprimento, massa e tempo”, com os subtópicos: Grandeza comprimento; Grandeza massa; Grandeza tempo. ● Unidade IV, intitulada “Práticas Pedagógicas: Resolução de problemas de medidas envolvendo grandezas área, capacidade e volume”, com os subtópicos: Grandeza área; Grandeza capacidade; Grandeza volume. Lembre-se, caro(a) estudante, que o texto apresentado não irá esgotar todas as possibilidades de pensar e refletir acerca das temáticas abordadas ao longo da disciplina, mas irá iniciar momentos importantes e oportunos para a compreensão das análises realizadas acerca das temáticas propostas. Pensamos que, para além do texto em si, você, estudante, poderá explorar as sugestões de leitura de Educação Matemática, uma vez que têm se preocupado em investigar questões relacionadas ao estudo das Grandezas e Medidas, com o objetivo de evidenciarem o seu papel para o Ensino de Matemática no Ensino Fundamental e Médio. Bom estudo! Sucesso! Professora Esp. Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Esp. Vanice Vieira Fernandes UNIDADE I O ENSINO DE GRANDEZAS E MEDIDAS DE ACORDO COM A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Professora Especialista Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Especialista Vanice Vieira Fernandes Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Políticas Públicas para o Ensino de Matemática. • Base Nacional Curricular - BNCC: etapa do ensino fundamental - anos finais, etapa do ensino médio. Objetivos de Aprendizagem: • Conhecer as políticas públicas para o Ensino de Matemática. • Estudar as Grandezas e Medidas na Base Nacional Comum Curricular nas etapas do ensino fundamental. INTRODUÇÃO Prezado(a) acadêmico(a), Seja bem-vindo(a) à Unidade I da disciplina de Grandezas e Medidas. Nesta primeira unidade, intitulada “O ENSINO DE GRANDEZAS E MEDIDAS DE ACORDO COM A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR”, estudaremos primeiramente sobre políticas públicas voltadas para o ensino de matemática, em que abordaremos a definição de tal expressão, um pouco de seu contexto histórico e em quais legislações essas políticas públicas se respaldam. Posteriormente, trataremos sobre a unidade temática Grandezas e Medidas voltadas para o ensino fundamental e ensino médio de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), ressaltando os objetivos e habilidades a serem desenvolvidos em cada ano do período escolar. Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa primeira unidade. Boa leitura! 1 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA Acadêmico(a) antes de tudo, observe que políticas públicas é uma expressão composta com duas palavras com significados distintos. Assim, cumpre definirmos o que é política, o que são políticas públicas e, finalmente, o que significa a expressão completa. Política é a ciência da governança de um Estado ou nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público. Na ciência política, trata-se da forma de atuação de um governo em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse público: política educacional, política de segurança, política salarial, política habitacional, política ambiental entre outros. Num significado mais abrangente, o termo pode ser utilizado como um conjunto de regras ou normas de uma determinada instituição (POLÍTICA, 2016 apud TERRA, 2016, p. 73-74). Já o significado de políticas públicas, expressão muito usada nas últimas décadas, principalmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando o Estado passou a intervir mais na sociedade para manter a paz e o bem-estar social. Políticas públicas consistem em ações tomadas pelo Estado que têm como objetivo atender aos diversos setores da sociedade civil. Essas políticas são muitas vezes feitas juntamente e com o apoio de ONGs (Organizações Não Governamentais) ou de empresas privadas. Quanto aos seus tipos, as políticas públicas podem ser distributivas, redistributivas e regulatórias, sendo que podem atuar na área industrial, agrícola, educacional e da assistência social (POLÍTICAS PÚBLICAS, 2016 apud TERRA, 2016, p. 74). De acordo com esse conceito, às políticas públicas são ações governamentais com a missão de atender a certas demandas da sociedade, tendo como objetivo satisfazer determinados interesses econômicos, políticos, sociais e culturais. Os responsáveis legais por elaborar e aplicar as políticas públicas são aqueles que detêm o poder público, no entanto, estes podem aceitar propostas de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, e também fechar parcerias com empresas, sindicatos, entidades profissionais ou organizações não governamentais (ONGs) para colocar as medidas em prática. De acordo com as diretrizes, os objetivos e as metas traçadas, o tipo de intervenção realizada pelo Estado assumirá formas diferentes (TERRA, 2016). Para tanto, a elaboração das políticas públicas envolve um trabalho complexo de planejamento; a definição das ações a serem executadas, junto com as devidas atribuições e competências; a previsão do tempo necessário para a sua implantação (a curto, médio ou longo prazo); as consequências geradas por tal política; e, principalmente, a identificação do público-alvo. No caso brasilerio, as políticas públicas devem estar em sintonia com a Constituição Federal e com a organizaçãopolítico-administrativa do país, de natureza federativa. Desde modo, as políticas públicas educacionais, em sentido mais amplo, são aquelas aplicadas à educação escolar. Os princípios, as normas e as diretrizes que orientam as políticas públicas aplicadas à educação no Brasil podem ser encontrados nas Constituições do país, nas LDBs de 1961, de 1971 e de 1996, nas legislações específicas, nos planos e nos programas educacionais do governo federal, entre outros. Acadêmico(a), a Constituição Federal de 1988 amparou a educação como um direito particular do cidadão, sendo dever do Estado garantir o cumprimento desse direito. Como afirma o Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (BRASIL, 1988). Em 1996 a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) veio para levar a vista e reforçar a universalização da educação, que a partir daí propiciou grande avanço no sistema educacional no Brasil, visando que a escola se torne um ambiente de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão, dando mais essência e significado para os discentes. O ensino da Matemática, assim como os demais componentes curriculares, é previsto no Art. 32º, da Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996 (LDBEN) “I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; [...]” (BRASIL, 1996). Assim, fica claro que a partir da criação da LDBEN/1996 muitas alterações curriculares foram propostas com o intuito político de organizar os currículos escolares e promover a aprendizagem no ambiente escolar. Isso fica claro a partir da homologação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio (2010/2012), o Plano Nacional de Educação (2014), entre outras normativas até chegarmos a Base Nacional Comum Curricular (2018). O ensino da matemática necessita da organização de novos contextos de modo a ampliar as possibilidades de aprendizagem, de desenvolvimento dos alunos, garantindo uma educação de qualidade para todos, como afirma o Art. 206º, inciso VII da Constituição Federal de 1988. “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VII - garantia de padrão de qualidade” (BRASIL, 1988). Para tanto, conforme definido na LDBEN, a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil. (BRASIL, 1996; BRASIL, 2018). A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, 2018). Em síntese, podemos observar que no decorrer dos anos, a educação vem se destacando nas políticas públicas e as tentativas de reformar o sistema educacional no seu conjunto são muitas, isso devido à necessidade de mudar a crise do sistema educativo. SAIBA MAIS Você sabia que tivemos reformas curriculares na área da Matemática? Na segunda metade do século XX, temos três marcos fundamentais para compreendermos o processo de organização e desenvolvimento curricular no Brasil: o Movimento Matemática Moderna (de 1965 a 1980), as diretrizes que buscavam contrapor-se ao Movimento Matemática Moderna, lideradas por Secretarias Estaduais e Municipais do Ensino (de 1980 a 1994) e o projeto nacional de reforma cujo documento são os Parâmetros Curriculares Nacionais (a partir de 1995). Para saber mais sobre, indicamos a leitura do artigo EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS: CURRÍCULOS, AVALIAÇÃO, LIVROS DIDÁTICOS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. 2007. Disponível em: https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho_encomendado_gt19_- _antonio_vicente_-_int.pdf Acesso em: 28 jan. 2022. Boa leitura! #SAIBA MAIS# https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho_encomendado_gt19_-_antonio_vicente_-_int.pdf https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho_encomendado_gt19_-_antonio_vicente_-_int.pdf 2 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC 2.1 Etapa do Ensino Fundamental - Anos Iniciais Caro(a) acadêmico(a) neste tópico estudaremos a “Base Nacional Comum Curricular” em especial o tópico sobre Grandezas e Medidas, sendo assim, todo fragmento inserido aqui será da BNCC (BRASIL, 2018). No item 4.2.1.1. MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES, o documento descreve que (BRASIL, 2018, p. 276-297): No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, deve-se retomar as vivências cotidianas das crianças com números, formas e espaço, e também as experiências desenvolvidas na Educação Infantil, para iniciar uma sistematização dessas noções. Nessa fase, as habilidades matemáticas que os alunos devem desenvolver não podem ficar restritas à aprendizagem dos algoritmos das chamadas “quatro operações”, apesar de sua importância. No que diz respeito ao cálculo, é necessário acrescentar, à realização dos algoritmos das operações, a habilidade de efetuar cálculos mentalmente, fazer estimativas, usar calculadora e, ainda, para decidir quando é apropriado usar um ou outro procedimento de cálculo. Em todas as unidades temáticas, a delimitação dos objetos de conhecimento e das habilidades considera que as noções matemáticas são retomadas, ampliadas e aprofundadas ano a ano. No entanto, é fundamental considerar que a leitura dessas habilidades não seja feita de maneira fragmentada. A compreensão do papel que determinada habilidade representa no conjunto das aprendizagens demanda a compreensão de como ela se conecta com habilidades dos anos anteriores, o que leva à identificação das aprendizagens já consolidadas, e em que medida o trabalho para o desenvolvimento da habilidade em questão serve de base para as aprendizagens posteriores. Nesse sentido, é fundamental considerar, por exemplo, que a contagem até 100, proposta no 1º ano, não deve ser interpretada como restrição a ampliações possíveis em cada escola e em cada turma. Afinal, não se pode frear a curiosidade e o entusiasmo pela aprendizagem, tão comum nessa etapa da escolaridade, e muito menos os conhecimentos prévios dos alunos. Na Matemática escolar, o processo de aprender uma noção em um contexto, abstrair e depois aplicá-la em outro contexto envolve capacidades essenciais, como formular, empregar, interpretar e avaliar – criar, enfim –, e não somente a resolução de enunciados típicos que são, muitas vezes, meros exercícios e apenas simulam alguma aprendizagem. Assim, algumas das habilidades formuladas começam por: “resolver e elaborar problemas envolvendo...”. Nessa enunciação está implícito que se pretende não apenas a resolução do problema, mas também que os alunos reflitam e questionem o que ocorreria se algum dado do problema fosse alterado ou se alguma condição fosse acrescida ou retirada. Nessa perspectiva, pretende-se que os alunos também formulem problemas em outros contextos. Acadêmico(a), vejamos agora a descrição da unidade temática “Grandezas e Medidas”, seus objetivos e habilidades para cada ano do ensino fundamental - anos finais, nos quadros 1, 2, 3 e 4. Quadro 1 - Matemática1º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento, massa e capacidade: comparações e unidades de medida não convencionais. - Comparar comprimentos, capacidades ou massas, utilizando termos como mais alto, mais baixo, mais comprido, mais curto, mais grosso, mais fino, mais largo, mais pesado, mais leve, cabe mais, cabe menos, entre outros, para ordenar objetos de uso cotidiano. - Medidas de tempo: unidades de medida de tempo, suas relações e o uso do calendário. - Relatar em linguagem verbal ou não verbal sequência de acontecimentos relativos a um dia, utilizando, quando possível, os horários dos eventos. - Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, quando necessário. - Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de uma data, consultando calendários. - Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas. - Reconhecer e relacionar valores de moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver situações simples do cotidiano do estudante. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 280-2081). Quadro 2 - Matemática 2º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medida de comprimento: unidades não padronizadas e padronizadas (metro, centímetro e milímetro). - Estimar, medir e comparar comprimentos de lados de salas (incluindo contorno) e de polígonos, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas (metro, centímetro e milímetro) e instrumentos adequados. - Medida de capacidade e de massa: unidades de medida não convencionais e convencionais (litro, mililitro, cm3 , grama e quilograma). - Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando estratégias pessoais e unidades de medida não padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro, grama e quilograma). - Medidas de tempo: intervalo de tempo, uso do calendário, leitura de horas em relógios digitais e ordenação de datas. - Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas datas, como dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, para planejamentos e organização de agenda. - Medir a duração de um intervalo de tempo por meio de relógio digital e registrar o horário do início e do fim do intervalo. - Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas e equivalência de - Estabelecer a equivalência de valores entre moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver valores. situações cotidianas. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 284-285). Quadro 3 - Matemática 3º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Significado de medida e de unidade de medida. - Reconhecer que o resultado de uma medida depende da unidade de medida utilizada. - Escolher a unidade de medida e o instrumento mais apropriado para medições de comprimento, tempo e capacidade. - Medidas de comprimento (unidades não convencionais e convencionais): registro, instrumentos de medida, estimativas e comparações. - Estimar, medir e comparar comprimentos, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (metro, centímetro e milímetro) e diversos instrumentos de medida. - Medidas de capacidade e de massa (unidades não convencionais e convencionais): registro, estimativas e comparações. - Estimar e medir capacidade e massa, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (litro, mililitro, quilograma, grama e miligrama), reconhecendo-as em leitura de rótulos e embalagens, entre outros. - Comparação de áreas por superposição. - Comparar, visualmente ou por superposição, áreas de faces de objetos, de figuras planas ou de desenhos. - Medidas de tempo: leitura de horas em relógios digitais e analógicos, duração de eventos e reconhecimento de relações entre unidades de medida de tempo. - Ler e registrar medidas e intervalos de tempo, utilizando relógios (analógico e digital) para informar os horários de início e término de realização de uma atividade e sua duração. - Ler horas em relógios digitais e em relógios analógicos e reconhecer a relação entre hora e minutos e entre minuto e segundos. - Sistema monetário brasileiro: estabelecimento de equivalências de um mesmo valor na utilização de diferentes cédulas e moedas. - Resolver e elaborar problemas que envolvam a comparação e a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em situações de compra, venda e troca. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 288-289). Quadro 4 - Matemática 4º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento, massa e capacidade: estimativas, utilização de instrumentos de medida e de unidades de medida convencionais mais usuais. - Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local. - Áreas de figuras construídas em malhas quadriculadas. - Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas em malha quadriculada, pela contagem dos quadradinhos ou de metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com formatos diferentes podem ter a mesma medida de área. - Medidas de tempo: leitura de horas em relógios digitais e analógicos, duração de eventos e relações entre unidades de medida de tempo. - Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em horas, minutos e segundos em situações relacionadas ao seu cotidiano, como informar os horários de início e término de realização de uma tarefa e sua duração. - Medidas de temperatura em grau Celsius: construção de gráficos para indicar a variação da - Reconhecer temperatura como grandeza e o grau Celsius como unidade de medida a ela associada e utilizá-lo em temperatura (mínima e máxima) medida em um dado dia ou em uma semana. comparações de temperaturas em diferentes regiões do Brasil ou no exterior ou, ainda, em discussões que envolvam problemas relacionados ao aquecimento global. - Registrar as temperaturas máxima e mínima diárias, em locais do seu cotidiano, e elaborar gráficos de colunas com as variações diárias da temperatura, utilizando, inclusive, planilhas eletrônicas. - Problemas utilizando o sistema monetário brasileiro. - Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 292-293). Quadro 5 - Matemática 5º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento, área, massa, tempo, temperatura e capacidade: utilização de unidades convencionais e relações entre as unidades de medida mais usuais. - Resolver e elaborar problemas envolvendo medidas das grandezas comprimento, área, massa, tempo, temperatura e capacidade, recorrendo a transformações entre as unidades mais usuais em contextos socioculturais. - Áreas e perímetros de figuras poligonais: algumas relações. - Concluir, por meio de investigações, que figuras de perímetros iguais podem ter áreas diferentes e que, também, figuras que têm a mesma área podem ter perímetros diferentes. - Noção de volume. - Reconhecer volume como grandeza associada a sólidos geométricos e medir volumes por meio de empilhamento de cubos, utilizando, preferencialmente, objetos concretos. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 296-297). Em resumo,nos anos iniciais o ponto principal é que os alunos tenham clareza de que medir e comparar uma grandeza com uma unidade e expressar o resultado dessa observação por meio de um número. Além disso, se espera que os estudantes sejam capacitados para resolver problemas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume, sem uso de fórmulas, fazendo a transformação entre unidades de medida padronizadas usuais e sabendo identificar quando a situação exige esse procedimento (NOVA ESCOLA, 2022). 2.2 Etapa do Ensino Fundamental - Anos Finais Caro(a) acadêmico(a), neste tópico estudaremos a “Base Nacional Comum Curricular” em especial o tópico sobre Grandezas e Medidas, sendo assim, todo fragmento inserido aqui será da BNCC (BRASIL, 2018). As medidas quantificam grandezas do mundo físico e são fundamentais para a compreensão da realidade. Assim, a unidade temática Grandezas e Medidas, ao propor o estudo das medidas e das relações entre elas – ou seja, das relações métricas –, favorece a integração da Matemática a outras áreas de conhecimento, como Ciências (densidade, grandezas e escalas do Sistema Solar, energia elétrica etc.) ou Geografia (coordenadas geográficas, densidade demográfica, escalas de mapas e guias etc.). Essa unidade temática contribui ainda para a consolidação e ampliação da noção de número, a aplicação de noções geométricas e a construção do pensamento algébrico (BRASIL, 2018). No item 4.2.1.2. MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES (BRASIL, 2018, p. 298-299), o documento descreve que: Para o desenvolvimento das habilidades previstas para o Ensino Fundamental – Anos Finais, é imprescindível levar em conta as experiências e os conhecimentos matemáticos já vivenciados pelos alunos, criando situações nas quais possam fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles e desenvolvendo ideias mais complexas. Essas situações precisam articular múltiplos aspectos dos diferentes conteúdos, visando ao desenvolvimento das ideias fundamentais da matemática, como equivalência, ordem, proporcionalidade, variação e interdependência. A aprendizagem em Matemática no Ensino Fundamental – Anos Finais também está intrinsecamente relacionada à apreensão de significados dos objetos matemáticos. Esses significados resultam das conexões que os alunos estabelecem entre os objetos e seu cotidiano, entre eles e os diferentes temas matemáticos e, por fim, entre eles e os demais componentes curriculares. Nessa fase, precisa ser destacada a importância da comunicação em linguagem matemática com o uso da linguagem simbólica, da representação e da argumentação. Além dos diferentes recursos didáticos e materiais, como malhas quadriculadas, ábacos, jogos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares de geometria dinâmica, é importante incluir a história da Matemática como recurso que pode despertar interesse e representar um contexto significativo para aprender e ensinar Matemática. Entretanto, esses recursos e materiais precisam estar integrados a situações que propiciem a reflexão, contribuindo para a sistematização e a formalização dos conceitos matemáticos. Nessa fase final do Ensino Fundamental, é importante iniciar os alunos, gradativamente, na compreensão, análise e avaliação da argumentação matemática. Isso envolve a leitura de textos matemáticos e o desenvolvimento do senso crítico em relação à argumentação neles utilizada. Acadêmico(a), vejamos agora a descrição da unidade temática “Grandezas e Medidas”, seus objetivos e habilidades para cada ano do ensino fundamental - anos finais, nos quadros 6, 7, 8 e 9. Quadro 6- Matemática 6º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume. - Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. - Ângulos: noção, usos e medida. - Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às figuras geométricas. - Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de visão. - Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de transferidor e/ou tecnologias digitais. - Plantas baixas e vistas aéreas. - Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de residências e vistas aéreas. - Perímetro de um quadrado como grandeza proporcional à medida do lado. - Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, igualmente, as medidas de seus lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com a área. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 302-303). Quadro 7 - Matemática 7º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Problemas envolvendo medições. - Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada. - Cálculo de volume de blocos retangulares, utilizando unidades de medida convencionais mais usuais. - Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de blocos retangulares, envolvendo as unidades usuais (metro cúbico, decímetro cúbico e centímetro cúbico). - Equivalência de área de figuras planas: cálculo de áreas de figuras que podem ser decompostas por outras, cujas áreas podem ser facilmente determinadas como triângulos e quadriláteros. - Estabelecer expressões de cálculo de área de triângulos e de quadriláteros. - Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de figuras planas que podem ser decompostas por quadrados, retângulos e/ou triângulos, utilizando a equivalência entre áreas. - Medida do comprimento da circunferência. - Estabelecer o número como a razão entre a medida de uma circunferência e seu diâmetro, para compreender e resolver problemas, inclusive os de natureza histórica. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 308-309). Quadro 8 - Matemática 8º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Área de figuras planas - Área do círculo e comprimento de sua circunferência - Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expressões de cálculo de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de terrenos. - Volume de bloco retangular. - Medidas de capacidade. - Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro cúbico e a relação entre litro e metro cúbico, para resolver problemas de cálculo de capacidade de recipientes. - Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo do volume de recipiente cujo formato é o de um bloco retangular. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 314-3015). Quadro 9 - Matemática 9º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades - Unidades de medida para medir distâncias muito grandes e muito pequenas. - Unidades de medida utilizadas na informática - Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distância entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou decélulas, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros. Grandezas e Medidas - Volume de prismas e cilindros - Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de volumes de prismas e de cilindros retos, inclusive com uso de expressões de cálculo, em situações cotidianas. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 318-319). Em síntese, nos anos finais os alunos devem ser preparados para relacionar comprimento, área, volume e abertura de ângulo com figuras geométricas e para resolver problemas usando unidades de medida padronizadas. É fundamental que os alunos compreendam que uma mesma medida pode ser expressa por valores diferentes e que quando usamos medidas padrão (centímetros ou metros, por exemplo) existe uma relação de proporção entre elas. O terceiro ponto importante é a relação de medidas entre grandezas diferentes, como capacidade (medida em unidades cúbicas) e volume (medida em litros). Ao estabelecer todas essas relações, os alunos devem ser capazes de extrapolar os conceitos aprendidos para medidas não geométricas, como de tempo e temperatura, além de quaisquer outras que os alunos possam entrar em contato, como watts, bytes, decibéis entre outros. As expressões de cálculo de áreas de quadriláteros, triângulos e círculos, e de volumes de prismas e cilindros, são outros conteúdos que o professor precisa desenvolver com a turma nessa fase do ensino. A unidade também abre espaço para o trabalho com a linguagem computacional, a partir do estudo de medidas de capacidade de armazenamento de computadores como grandeza (a exemplo dos quilobytes, megabytes entre outros) (NOVA ESCOLA, 2022). 2.3 Etapa do Ensino Médio A Base apresenta para a Educação Básica, incluindo o Ensino Médio, um currículo com foco nas competências e nas habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos. O conceito de competências adotado pelo documento é o mesmo que foi inserido na LDBEN em seu Artigo 35º, que discute as finalidades gerais do Ensino Médio (BRASIL, 1996). I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) (BRASIL, 1996). Assim, ao adotar esse enfoque, a Base recomenda que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 13). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art3 O foco no desenvolvimento de competências tem orientado a maioria dos estados e municípios brasileiros e, diferentes países, na construção de seus currículos. Na BNCC, são definidas competências específicas para cada área do conhecimento, que também orientam a construção dos itinerários formativos relativos a essas áreas. Elas estão articuladas às competências específicas de área para o Ensino Fundamental, com as adequações necessárias ao atendimento das especificidades de formação dos estudantes do Ensino Médio. A BNCC propõe para a área de Matemática e suas Tecnologias a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas durante todo o Ensino Fundamental, enquanto que “[…] no Ensino Médio, o foco é a construção de uma visão integrada da Matemática, aplicada à realidade” do aluno (BRASIL, 2018, p. 528). Nesse cenário, quando a realidade é a referência, é preciso levar em consideração as vivências cotidianas dos estudantes nesse nível de ensino, envolvidos em diferentes graus dados por suas condições socioeconômicas, pelos avanços tecnológicos, pelas exigências do mercado de trabalho, pela potencialidade das mídias sociais, entre outros. Assim, caro(a) acadêmico(a) dando continuidade ao tópico estudaremos a “Base Nacional Comum Curricular” em especial o tópico sobre Grandezas e Medidas, sendo assim, todo fragmento inserido aqui será da BNCC (BRASIL, 2018). No item 5.2 A ÁREA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS, o documento descreve que (BRASIL, 2018, p. 298-299): A BNCC da área de Matemática e suas Tecnologias propõe a consolidação, a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas no Ensino Fundamental. Para tanto, propõe colocar em jogo, de modo mais inter-relacionado, os conhecimentos já explorados na etapa anterior, a fim de possibilitar que os estudantes construam uma visão mais integrada da Matemática, ainda na perspectiva de sua aplicação à realidade. Na BNCC de Matemática do Ensino Fundamental, as habilidades estão organizadas segundo unidades de conhecimento da própria área (Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas, Probabilidade e Estatística). Atenção! Acadêmico(a), abordaremos apenas o trecho que descreve sobre o tema que estamos estudando. No que se refere a Grandezas e Medidas, os estudantes constroem e ampliam a noção de medida, pelo estudo de diferentes grandezas, e obtêm expressões para o cálculo da medida da área de superfícies planas e da medida do volume de alguns sólidos geométricos. Outro ponto enfatizado no Ensino Fundamental é o desenvolvimento do pensamento proporcional. Isso pode ser feito pela exploração de situações que oportunizem a representação, em um sistema de coordenadas cartesianas, da variação de grandezas, além da análise e caracterização do comportamento dessa variação (diretamente proporcional, inversamente proporcional ou não proporcional). As aprendizagens previstas para o Ensino Médio são fundamentais para que o letramento matemático dos estudantes se torne ainda mais denso e eficiente, tendo em vista que eles irão aprofundar e ampliar as habilidades propostas para o Ensino Fundamental e terão mais ferramentas para compreender a realidade e propor as ações de intervenção especificadas para essa etapa. Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da Educação Básica e com as da área de Matemática do Ensino Fundamental, no Ensino Médio, a área de Matemática e suas Tecnologias deve garantir aos estudantes o desenvolvimento de competências específicas. Relacionadas a cada uma delas, são indicadas, posteriormente, habilidades a serem alcançadas nessa etapa. As competências não têm uma ordem preestabelecida. Elas formam um todo conectado, de modo que o desenvolvimento de uma requer, em determinadas situações, a mobilização de outras. Cabe observar que essas competências consideram que, além da cognição, os estudantes devem desenvolver atitudes de autoestima, de perseverança na busca de soluções e de respeito ao trabalho e às opiniões dos colegas, mantendo predisposição para realizar ações em grupo. A BNCC traz como a terceira competênciaespecífica a utilização de “estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos, em seus campos” da Aritmética, Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e Estatística, “para interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente” (BRASIL, 2018, p. 523). CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) acadêmico(a), Chegamos ao término de nossa primeira unidade intitulada “O Ensino de Grandezas e Medidas de Acordo com a Base Nacional Comum Curricular”, no decorrer de tal unidade estudamos um pouco sobre as Políticas Públicas voltadas para o ensino da matemática, enfatizamos sua importância para melhoria e garantia de um ensino de qualidade. Posteriormente, estudamos a unidade temática Grandezas e Medidas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), destacando a importância de termos ciência dos objetivos e habilidades a serem desenvolvidos pelos educandos. Vale ressaltar que a Base Nacional Comum Curricular, como o nome já diz, tem o intuito de tornar comum e padronizar o currículo escolar a ser trabalhado com os alunos em todo território brasileiro, visando uma educação mais democrática. Ademais, apresentamos os estudos da unidade temática Grandezas e Medidas na etapa do ensino fundamental - anos iniciais e anos finais, assim como no ensino médio, ou seja, o processo de estudos da temática no decorrer de toda educação básica. Esperamos que os conteúdos trabalhados tenham proporcionado a aquisição de novos conhecimentos e que eles te incentivem a procura de mais conhecimentos. Aguardamos você, acadêmico (a) em nossa próxima unidade. Abraços! LEITURA COMPLEMENTAR Acadêmico(a), visando complementar seu estudo acerca do ensino de grandezas e medidas de acordo com a base nacional comum curricular, consulte as fontes indicadas a seguir: ● BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ . Acesso em: 23 mar. 2022. ● VEIGA, Ilma Passos Alencastro; SILVA, Edileuza Fernandes da Silva (Org.). Ensino Fundamental: da LDB à BNCC. Campinas, SP: Papirus, 2018. ● SILVA, Lucenildo Elias da. Educação Matemática e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): um desafio para a educação básica. Revista Humanidades e Inovação, Palmas-O, v. 6, n. 6, p. 52-61, maio 2019. Mensal. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1325. Acesso em: 23 mar. 2022. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1325 LIVRO • Título BNCC no chão da sala de aula • Autor Paulo Henrique de Souza • Editora Conhecimento Editora • Sinopse Essa obra nasce para auxiliar gestores e professores em reflexões e ações interessantes com foco na ação pedagógica. A BNCC objetiva a promoção da equidade por meio de uma formação integral do cidadão. A integralidade da educação trata do desenvolvimento intelectual, social, físico, emocional e cultural, compreendidos como fundamentais para a excelência na construção dos saberes. Esse livro, mostra que as aprendizagens essenciais, foram estabelecidas por meio de dez competências gerais que nortearão o trabalho das escolas e dos professores em todos os anos e componentes curriculares. FILME/VÍDEO • Título O Homem que viu o infinito • Ano 2016 • Sinopse Uma verdadeira história de amizade que mudou a matemática para sempre. Em 1913, Ramanujan, um gênio da matemática autodidata da Índia viaja para a o Colégio Trinity, na Universidade de Cambridge, onde ele se aproxima do seu mentor, o excêntrico professor Godfrey Harold Hardy, o filme mostra o conflito entre a razão (matemática) e a crença de que suas teorias eram de origem divina. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf Acesso em: 10 jan. 2022. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. NOVA ESCOLA. Conheça os principais pontos em cada unidade temática de matemática: Grandezas e medidas, Números, Álgebra, Geometria, Probabilidade e estatística: entenda o que é esperado para cada um desses eixos. 2022. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/34/conheca-os-principais-pontos-em-cada- unidade-tematica-de-matematica Acesso em: 10 jan. 2022. TERRA, M. de L. E. (Org.). Políticas públicas e educação. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. UNIDADE II CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE GRANDEZAS E MEDIDAS Professora Especialista Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Especialista Vanice Vieira Fernandes http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/34/conheca-os-principais-pontos-em-cada-unidade-tematica-de-matematica https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/34/conheca-os-principais-pontos-em-cada-unidade-tematica-de-matematica Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Contexto histórico das noções básicas de unidade de medidas; • Tipos de unidades de medidas e suas transformações. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar o processo histórico das noções básicas de unidade de medidas; • Compreender os tipos de unidades de medidas e suas transformações. INTRODUÇÃO Prezado(a) acadêmico(a), Seja bem-vindo(a) à Unidade II da disciplina de Grandezas e Medidas. Nesta segunda unidade, intitulada “CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE GRANDEZAS E MEDIDAS”, estudaremos a respeito do contexto histórico envolvendo essa temática, que foi desenvolvido pela necessidade das civilizações em medir/contar o que acarretou a padronização das unidade de medidas. Posteriormente trabalharemos sobre alguns tipos de unidades de medidas e suas transformações, são elas: medidas de comprimento, medidas de massa, medidas de tempo, medidas de volume, medidas de temperatura e medidas de superfícies. Mais do que saber medir, é preciso que saibamos a aplicabilidade de tais medições, para que dessa forma possamos ensinar nossos alunos de um modo contextualizado e significativo. Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa primeira unidade. Boa leitura! 1 CONTEXTO HISTÓRICO DAS NOÇÕES BÁSICAS DE UNIDADE DE MEDIDAS 1.1 Noções básicas de unidades de medidas Na história das civilizações, os povos sempre tiveram a necessidade de trocar algo uns com os outros. A troca de produtos ou o comércio (compra e venda) de produtos não pode ser desenvolvida sem as unidades de medidas. Isso significa que, sem pesos e medidas precisos, nenhum negócio poderia ser realizado, a menos que cada pessoa tivesse a certeza de que a outra estava sendo justa e honesta. As primeiras unidades de medida utilizadas foram baseadas em partes do corpo humano, por exemplo, utilizar as mãos como unidade de comprimento ou, ainda, utilizar o antebraço ou o tamanho dos dedos das mãos para medir algo. Assim, é muito comum as crianças aprenderem diferentes medidas e medições utilizando o próprio corpo e comparar suas medidas às das demais crianças. O peso era medido a partir da utilização de sementes, grãos e pedras, já o tempo eramedido com base nos períodos de sol e lua e na variação das estrelas. Contudo, notou-se que esses pesos e medidas não eram sempre os mesmos, ou seja, não eram uniformes, por exemplo, sementes, pedras e as mãos das pessoas eram tamanhos diferentes. Assim, à medida que as civilizações foram se desenvolvendo, tornou-se necessário padronizar os pesos e as medidas para garantir que as pessoas não seriam enganadas ou, ainda, para se assegurar de que o peso de um produto não iria variar muito de uma compra para outra. A medida-padrão seria um valor a que todas as medidas deveriam corresponder, por exemplo, a quantidade de feijão em meio quilo deve ser a mesma independentemente de quem está medindo e da localidade na qual essa mediação está sendo realizada. No início da implantação de medidas padronizadas (ou medidas oficiais), havia funcionários para verificar se todos estavam cumprindo o padrão de medidas. Com a expansão do comércio entre países, surgiu a necessidade de um sistema internacional de medidas, que chamamos de sistema métrico. Uma exceção ao sistema métrico são os Estados Unidos, que adotam o “sistema imperial” de medidas. SAIBA MAIS O Sistema Internacional de Unidades (Système Internationale d’Unités ou SI) define as sete grandezas básicas. Quadro 1 - As setes grandezas básicas Magnitude Nome Símbolo Distância metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Intensidade de corrente elétrica ampere A Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de substância mol mol Intensidade luminosa candeia cd Fonte: Bonafini ( 2016, p. 89). SAIBA MAIS Antes de introduzir as definições conceituais de diferentes unidades de medidas, é preciso saber que o desenvolvimento da compreensão de conceitos e relações de medidas nos estudantes é gradual e passa da aprendizagem experiencial e física para a aprendizagem teórica e inferencial. Assim, no ensino fundamental, os alunos aprendem a calcular, medir e registrar o comprimindo, a altura, a distância entre objetos, a área, a capacidade de determinados recipientes, a massa, entre outras habilidades. Isso ocorre, muitas vezes, com os alunos utilizando medidas não padrão, por exemplo, o tamanho da palma da mão, e, também, fazendo uso de unidades-padrão. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de comparar e descrever a ordem de grandeza de diferentes objetos utilizando atributos medidos em unidades fora e dentro do padrão. Atividades em sala de aula podem começar com os alunos construindo ferramentas de medição. O professor pode deixá-los selecionar e justificar suas escolhas com relação às possíveis unidades de medidas. Isso vai ajudá-los a investigar as relações entre o tamanho do objeto e as unidades escolhidas, o número de unidades necessárias para medir um objeto e a determinar as relações entre unidades, por exemplo, horas, dias, semanas ou centímetros e metros entre outros. Nas séries posteriores, os estudantes já estarão aptos a estimar, medir e comparar atributos de diferentes objetos. Nessa fase, eles já são capazes de descrever algo utilizando atributos medidos. Medidas de volume, área, superfície, tempo e temperatura já podem ser introduzidos. O professor deve enfatizar a precisão das medições e a utilização de expressões matemáticas que regem volumes, perímetros, áreas entre outros. À medida em que os alunos vão aprofundando seus conhecimentos com relação às diferentes unidades de medida, é possível explorar diferentes formas que apresentam a mesma área ou o mesmo volume. Pode-se perguntar, por exemplo: “quais são as dimensões possíveis de uma caixa retangular cujo perímetro é de 48 cm?” ou, ainda, “qual é o menor comprimento de cerca necessário para contornar uma área retangular de 72 cm?”. Problemas como esses oferecem aos estudantes a oportunidade de integrar conhecimentos de medição e álgebra. Problemas de medição são, muitas vezes, situados em contextos da vida real. Sendo assim, o aprendizado de unidades de medidas pode ser beneficiado a partir da implementação das tendências em educação matemática. Você, acadêmico(a) pode, por exemplo, utilizar a abordagem da resolução de problemas para que os alunos desenvolvam as noções de medição e as unidades de medida. Além disso, aprender sobre medições permite aos alunos desenvolver os conceitos e a linguagem necessária para descrever objetos do cotidiano. EXEMPLO Por que medimos? Medimos porque temos a necessidade de: ● Fazer previsões: quanto tempo gastamos em uma viagem de ida e volta? 40 litros de combustível serão suficientes para fazer uma viagem de 350 km? ● Relacionar e comparar medidas: para fazer essa escada você pode optar por 4 degraus de 15 cm de altura e 25 cm de largura ou por 5 degraus de 12 cm de altura e 20 cm de largura. ● Controlar experiências: o desempenho do atleta melhorou quando comeu 80 gramas de carboidratos a mais, em cada refeição, durante os últimos 30 dias. Fonte: Brasil (2007, p. 12). Para saber mais acesse o vídeo abaixo: Fonte: Por que medimos as coisas? Bate-papo: educação. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tIf_QOeKsBU Acesso em: 23 jan. 2022. #EXEMPLO# 2 TIPOS DE UNIDADES DE MEDIDAS E SUAS TRANSFORMAÇÕES https://www.youtube.com/watch?v=tIf_QOeKsBU As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, como, por exemplo: comprimento, massa, tempo, volume, temperatura e superfície. 2.1 Medidas de comprimento As medidas de comprimento nos ajudam a medir quão longo ou alto é um objeto ou quão distante um objeto está de determinado ponto de referência, por exemplo, o lápis da Figura 1 tem 16 centímetros. Figura 1 - Medição de um lápis Fonte: Bonafini (2016, p. 103). As unidades de medidas mais comuns são os milímetros (mm), centímetros (cm), metros (m) e quilômetros (km). Para pequenas unidades de comprimento utilizamos os milímetros. Por causa disso, temos: ● 1 cm = 10 mm; ● 1 m = 100 cm ou 1.000 mm; ● 1 km = 1.000 m ou 1.000.000 mm. Figura 2 - Conversão das unidades de comprimento Fonte: Bonafini (2016, p. 103). 2.1.1 Sistema métrico decimal, metro e os múltiplos do metro O metro (m) é a unidade fundamental de comprimento do Sistema Internacional de Unidades (SI). Ele tem múltiplos e submúltiplos, como a massa, que em breve, acadêmico(a) iremos conhecer. Um múltiplo do metro muito utilizado em nosso dia a dia é o quilômetro (km). Outros submúltiplos do metro são o centímetro (cm) e o milímetro (mm). Quadro 2 - Múltiplos e submúltiplos do metro Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro km hm dam m dm cm mm 1.000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Fonte: Bonafini (2016, p. 104). SAIBA MAIS Para saber mais sobre Conversão de unidades de medida e comprimento, acesse o vídeo. Nele temos uma tabela com os múltiplos e os submúltiplos da unidade de base de comprimento que é o metro, faço uma breve explicação utilizando a tabela, os múltiplos e submúltiplos multiplicando ou dividindo por 10, em seguida, apresento alguns exemplos utilizando o deslocamento da vírgula para indicar a conversão pedida no exemplo, comparando com os múltiplos e submúltiplos da tabela tendo como unidade de base de comprimento o metro (m). https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 Fonte: Conversão de Unidades de Medidas de Comprimento - Professora Angela. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 Acesso em: 23 jan. 2022. #SAIBA MAIS# Assim, ao converter de uma unidade para outra imediatamente inferior, devemos fazer uma multiplicação por 10, por exemplo, 1 m = 10 dm. Para fazer a conversão de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos dividir por 10, por exemplo, 1 dam= 0,1 hm. Então, para converter de uma unidade para qualquer outra, basta multiplicar ou dividir sucessivamente até chegar à unidade que se está buscando. Por exemplo: ● 1 m = 100 cm; ● 1 cm = 10 mm; https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 ● 1 m = 0,001 km; ● 1 decâmetro = 0,1 hm; ● 1 hectômetro = 10.000 cm; ● 1 centímetro = 0,0001 hm. Uma sugestão para que as crianças internalizem o conceito de metro e medidas é a construção do metro de cartolina (BRASIL, 2007), para isso, os alunos já devem conhecer os conceitos e relações existentes entre o metro, o centímetro e o decímetro. Essas relações também podem ser construídas concretamente, marcado, em uma tira de cartolina, 100 centímetros para formar 1 metro ou 10 centímetros para formar 1 decímetro, notando que no metro cabem 10 decímetros. Para o conceito de quilômetro é importante que o aluno entenda sua relação com o metro e quando o quilômetro deve ser utilizado. Como os comprimentos fazem parte de um sistema decimal, é importante ressaltar que a conversão de unidades está associada à multiplicação ou à divisão por 10. Em outras palavras, as unidades valem 10 vezes a ordem dos décimos, que vale 10 vezes a ordem dos centésimos e que, por sua vez, a ordem dos milhares vale 1.000 vezes a ordem das unidades. Por isso, acadêmico(a) dizemos que essas unidades - metro, decímetro, centímetro, quilômetro - fazem parte de um sistema de medidas denominado sistema métrico decimal. Sugere-se, então, que o sistema métrico decimal seja trabalhado em sala de aula em conjunto com os números escritos na forma decimal. Isso facilitará a compreensão de medidas como 1,53 metros, por exemplo. As diferenças entre representações também podem ser exploradas, por exemplo, determinado estudante pode escrever sua altura como 1,53 metros, 153 centímetros, 1 metro, 5 decímetros e 3 centímetros, 1 metro e 53 centímetros ou, ainda, 15 decímetros e 3 centímetros. Tarefas de conversão de unidades utilizando o sistema decimal podem auxiliar os alunos a entender melhor o significado da vírgula em um número quando este está representando o comprimento de um objeto. No Sistema Imperial ou Sistema Usual de medidas, o comprimento pode ser medido em: ● 1 pe (ft) = 12 polegadas; ● 1 jarda (yd) = 3 pés = 36 polegadas; ● 1 milha (mi) = 1.760 jardas = 5.280 pés = 63.360 polegadas. Lembre-se que 1 polegada equivale a 2,54 centímetros. 2.1.2 Leitura das medidas de comprimento Para fazer a leitura de uma medida de comprimento, segundo (BONAFINI, 2016, p. 106) devemos: a) construir o quadro de unidades conforme segue; b) inserir, primeiro, os três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada e, depois, os números após a vírgula. Por exemplo: 1. Leia a seguinte medida: 87,78 m km hm dam m dm cm mm 8 7, 7 8 Lê-se 87 metros e 78 decímetros. 2. Leia a seguinte medida: 0,007 km hm dam m dm cm mm 0, 0 0 7 Lê-se 7 milímetros. 2.1.3 Perímetro O perímetro é a medida do comprimento do contorno de um objeto bidimensional. Se esse objeto for uma figura geométrica, o perímetro é a soma de todos os lados dessa figura geométrica. Se esse objeto for círculo, o perímetro de um círculo é chamado de circunferência. Para calcular o perímetro de uma circunferência utilizamos a fórmula: 𝐶 = 2𝜋𝑟, ou seja, comprimento de uma circunferência é dado por 2 vezes 𝜋 vezes o raio (𝑟) da circunferência. O diâmetro (𝑑), por sua vez, é o dobro do raio, ou seja, 𝑑 = 2𝑟. Então, o comprimento de uma circunferência pode também ser escrito por 𝐶 = 𝜋𝑑. Veja, na figura 3, a localização das medidas: Figura 3 - Localização das medidas na circunferência Fonte: Bonafini (2016, p. 107). Um polígono tem perímetro igual à soma do comprimento de seus lados. Veja as figuras 4 e 5: Figura 4 - Perímetro de figuras geométricas e comprimento de circunferência Continuação da figura na próxima página. Fonte: Bonafini (2016, p. 107-108). Figura 5 - Perímetro das principais figuras planas Continuação da figura na próxima página. Fonte: Bonafini (2016, p. 108-109). 2.2 Medidas de massa Acadêmico(a), vamos começar distinguindo os conceitos de massa e peso, conforme (BONAFINI, 2016, p. 91): ● Massa é a quantidade de matéria apresentada por um corpo ou objeto. ● Peso é a força que a gravidade exerce sobre um objeto, podendo, por isso, variar de lugar para lugar. Na linguagem cotidiana, os termos massa e peso são utilizados livremente, quase sempre de maneira imprecisa, como se significasse a mesma coisa. Porém, é importante que o professor diferencie esses dois conceitos e utilize o termo massa, e não peso. Para auxiliar os alunos a entender a diferença entre massa e peso, é importante lembrar que peso é a força com que um corpo é atraído pela gravidade para o centro da Terra, por exemplo, se estivéssemos na lua, nosso peso mudaria, pois a força da gravidade lá é mais fraca que na Terra. Entretanto, a massa de nosso corpo permaneceria a mesma, porque ainda somos feitos da mesma quantidade de matéria. Agora, imagine-se em um espaço longe de qualquer campo gravitacional e com a bola de boliche em suas mãos: você solta a bola e ela simplesmente flutua em sua frente. Isso acontece porque sem gravidade não há peso. Quadro 3 - Comparando massa e peso Massa Peso A massa é uma propriedade da matéria. A massa de um objeto é a mesma em todos os lugares O peso depende do efeito da gravidade. Ele varia de acordo com a localização. A massa nunca pode ser zero. O peso pode ser zero se nenhuma gravidade age sobre um objeto, como no espaço. A massa não se altera de acordo com a localização O peso aumenta ou diminui diante de maior ou menor gravidade. A massa é uma quantidade escalar; tem magnitude. O peso é uma grandeza vetorial; tem magnitude e está dirigido para o centro da Terra ou outro poço da gravidade. A massa pode ser medida com uma balança simples. O peso é medido utilizando-se uma balança de mola. Normalmente a massa é medida em gramas e quilogramas. O peso, muitas vezes, é medido em newtons ou em uma unidade de força. Fonte: Bonafini (2016, p. 92). 2.2.1 Quilograma e os múltiplos do grama A massa é medida em gramas (𝑔), quilogramas (𝑘𝑔) e toneladas (𝑡). Essas medidas são conhecidas como unidades métricas de massa. ● 1 kg = 1.000 g. ● 1 tonelada = 1.000 kg. A unidade fundamental de massa é o 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑘𝑔). O protótipo internacional do quilograma encontra-se guardado no Bureau Internacional de Poids et Mesures (BIPM), em Sèvres (França). Todos os padrões de massa existentes são baseados nesse artefato. Você já deve ter observado que, apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, na prática e no dia a dia utilizamos o grama como unidade cotidiana de massa. SAIBA MAIS Você conhece a história do quilograma? Quando abrimos um livro de receitas ou compramos qualquer coisa no supermercado, sabemos quanto devemos usar para cada prato ou quanto daquela comida estamos comprando. Isso é medido em gramas e quilogramas. Essas medidas têm uma história que não é apenas complexa, mas profundamente política e ligada ao exponencial aumento do comércio no século 19. Uma história que mistura ciência, comércio e religião, entre outras variáveis, que resultou muitas vezes em revoltas populares e insatisfações. Por muito tempo, o metro e o quilograma foram acusados de serem sistemas de pesos e medidas ligados ao ateísmo, à adoração do diabo estragando os desígnios de Deus. O quilograma, assim como o metro, nasceu dos questionamentos sobre as medidas tradicionais e despadronizadas durante o Iluminismo,na França do século 18. Para filósofos e cientistas da época, a profusão de pesos e medidas usadas então por diferentes países ou mesmo regiões da França, atrapalhavam o comércio, a ciência e, em última instância, a vida cotidiana das pessoas. Para continuar lendo acesso a fonte abaixo. Boa leitura! Fonte: MONTELEONE, J. A história do quilograma, essa medida revolucionária. Brasil de Fato. Ago. 2020. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/08/07/a-historia-do-quilograma-essa-medida- revolucionaria Acesso em: 24 jan. 2022. #SAIBA MAIS# 2.2.2 Múltiplos e submúltiplos do grama Os múltiplos da medida grama são chamados de 𝑑𝑒𝑐𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑑𝑎𝑔), ℎ𝑒𝑐𝑡𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (ℎ𝑔) e 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑘𝑔). Já os submúltiplos são chamados de 𝑑𝑒𝑐𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑑𝑔), 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑐𝑔) e 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑚𝑔). Veja o Quadro 4 a seguir: Quadro 4 - Múltiplos e submúltiplos do grama https://www.brasildefato.com.br/2020/08/07/a-historia-do-quilograma-essa-medida-revolucionaria https://www.brasildefato.com.br/2020/08/07/a-historia-do-quilograma-essa-medida-revolucionaria Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilôograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama kg hg dag g dg cg mg 1.000 g 100 g 10 g 1 g 0,1g 0,01 0,001 g Fonte: Bonafini (2016, p. 93). O uso do grama é comum em diversas situações, por exemplo, quando compramos frutas, legumes, carnes ou grãos, como lentilha, ervilha e feijão. Quando os objetos são maiores, geralmente utilizamos o quilograma como unidade de massa. Isso se aplica à massa do nosso corpo, sacos de cimento, pedras, areia entre outros. Já em situações nas quais os objetos são muito grandes, como carros, trens, navios ou aviões, utilizamos a toneladas (𝑡), ou seja, um múltiplo do quilograma. Portanto, uma tonelada é igual a 1.00 quilogramas (𝑘𝑔) ou 1.000.000 de gramas (𝑔). 2.2.3 Transformação de unidades de massa Acadêmico(a), você pode utilizar o esquema da Figura 6 para efetuar conversões. Assim, é importante saber que: ● 1 quilograma (kg) = 1.000 gramas (g); ● 1 hectograma (hg) = 100 gramas (g); ● 1 decagrama (dg) = 10 gramas (g); ● 1 grama (g) = 0,1 decagramas (dag); ● 1 grama (g) = 10 decigramas (dg). Figura 6 - Transformação de unidades de massa Fonte: Bonafini (2016, p. 94). Note que para as unidades de medidas de massa, cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita e cada unidade de massa é 0,1 (um décimo) da unidade imediatamente à sua esquerda. Para realizar a conversão de medidas de massa, devemos observar essa relação de multiplicidade entre as unidades de medidas. EXEMPLO 1. Murilo e Guilherme estão competindo para ver quem tem mais areia acumulada. Na última medição, Murilo afirmou que já tinha 10.394 decigramas de areia, e Guilherme disse ter 3.751 decagramas de areia. Quem acumulou mais areia? Esse problema pode ser resolvido de diversas maneiras. Uma delas é converter ambas as grandezas para uma unidade-padrão e, em seguida, comparar as quantidades acumuladas por Murilo e Guilherme. Vejamos o que acontece quando convertemos essas quantidades para quilogramas: Para o valor acumulado de Murilo, temos 1 quilograma (kg) ---------------------------------- 10.000 decigramas (dg) X ------------------------------------------------------- 10.394 decigramas (dg) x=10.394/10.000=1,0394 kg Para o valor acumulado de Guilherme, temos: 1 quilograma (kg) ---------------------------------- 100 decagramas (dag) X ------------------------------------------------------- 3.751 decigramas (dag) x=3.751/100=37,51 kg Comparando, temos que 37,51 kg > 1,0394 kg. Assim, Guilherme possui a maior quantidade de areia acumulada, vencendo a competição. 2. Elisa ganhou 9 barras de chocolate, uma de cada tia, e cada barra tem 301 gramas de chocolate. Quantos quilogramas de chocolate Elisa possui? Para iniciar a resolução desse problema, o aluno deverá somar as barras de chocolate e, em seguida, efetuar a conversão para quilos. Daniel tem 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 = 2.709 gramas de chocolate. (lembre-se de que seus alunos também podem efetuar essa conta multiplicando 301 x 9 = 2.709). Para converter 2.709 gramas em quilos, é preciso saber que: 1 quilograma (kg) = 1.000 gramas (g) X quilogramas (kg) = 2.709 gramas (g) x=2.709/1.000=2,709 kg Fonte: a autora (2022). #EXEMPLO# Além do quilograma e suas derivações, a massa também pode ser medida em unidades imperiais, ou seja, 𝑜𝑛ç𝑎 (𝑜𝑧) e 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎 (𝑙𝑏): ● 1 libra = 16 onças; ● 1 onça = 28,3495 gramas; ● 1 libra = 0,453592 quilogramas. Vejamos, a seguir, alguns exemplos utilizando o sistema imperial (ou sistema usual) de medidas de massa: EXEMPLO 1. O gato de Sofia pesa 7 libras. Qual seria o peso do gato em onças? E em quilogramas? Para resolver problemas como esse você deve notar que: 1 lb = 16 oz 7 lb = 7 x 16 oz, ou seja, 112 oz Para transformar em quilogramas, utilizamos a seguinte relação: 1 oz = 0,0283495 kg 112 oz = 3,175144 kg 2. O coelho de Alice pesa 48 onças. Quanto seria esse valor em libras? Para fazer a conversão, utilizamos um procedimento semelhante ao anterior: 1 lb=16 oz x=48 oz Logo, x = 3 lb, ou seja, o coelho de Alice pesa 3 libras. Fonte: a autora (2022). #EXEMPLO# Acadêmico(a), exemplos como os apresentados abaixo, auxiliam o aluno a desenvolver a noção de qual unidade de medida é a mais apropriada para a mediação que se pretende fazer do objeto. Qual unidade é a mais apropriada para medir os objetos a seguir? Lembre-se de que mais de uma unidade de medida pode ser aplicada. Figura 7 - Exemplos de unidade de medida Fonte: Bonafini (2016, p. 97). Acadêmico(a), utilizar uma balança de dois pratos em sala de aula e solicitar que os alunos, primeiro, estimem a massa de cada objeto (por exemplo, diferentes alimentos) e, depois, confirmem suas estimativas com relação à massa de cada objeto que pode auxiliar os alunos a consolidar os conceitos de unidades de medidas. 2.2.4 Leitura das medidas de massa Para fazer a leitura de uma medida de massa, devemos: a) construir o quadro de unidades conforme abaixo; b) inserir, primeiro, o três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada e, depois, os números após a vírgula. Por exemplo: 1. Leia a seguinte medida: 43,784 m. kg hg dag g dg cg mg 4 3, 7 8 4 Lê-se 43 hectogramas e 784 decigramas. 3. Leia a seguinte medida: 0,089. kg hg dag g dg cg mg 0, 0 8 9 Lê-se 89 miligramas. 2.3 Medidas de tempo A medição do tempo requer a especificação de unidades. No entanto, existem muitas unidades de tempo diferentes, algumas das quais podem ser mais apropriadas que outras em certas circunstâncias. O Sistema Internacional de Unidades (SI) define o segundo (𝑠) como unidade de base para o tempo. As demais unidades que podem ser geradas a partir do segundo são: minutos, hora, dia: ● 1 minuto = 60 segundos; ● 1 hora = 60 minutos; ● 1 dia = 24 horas. A partir das unidades acima podemos, ainda, gerar a semana, o mês, ao ano, a década, o século e o milênio: ● 1 semana = 7 dias; ● 1 mês = 30 ou 31 dias; ● 1 ano = 365 dias; ● 1 década = 10 anos; ● 1 século = 100 anos; ● 1 milênio = 1.000 anos. Desde a criação do Sistema Internacional de Unidades, em 1967, um segundo é tecnicamente definido em termos atômicos mais precisos e absolutos como “ a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133”. Em 1997, essa definição passou a ser ainda mais específica, com a condição de que estase refere a um átomo de césio em repouso a uma temperatura de 0 Kelvin (UNITS OF MEASUREMENT, 2016, apud BONAFINI, 2016, p. 99). O Ministério da Educação (BRASIL, 2007, p. 78) sugere que as noções de tempo sejam introduzidas aos alunos em situações em que eles vivenciem o tempo como um elemento fundamental. São sugestões para os alunos: ● construindo uma sequência de acontecimentos: antes de, depois de, ao mesmo sequência de tempo que; ● entendendo e aplicando a noção de período de tempo (o que representa uma séria dificuldade, pois até nós, adultos, temos experiência da grande diferença que sentimos entre meia hora em uma festa muito boa e meia hora de espera em uma fila...); ● adquirindo conhecimento social, ou seja, identificando fenômenos considerados importantes, na nossa cultura, como: as quatro estações, o registro dos anos, meses, dias da semana etc.; [...]. 2.3.1 Os segundos, os minutos e as horas Cada dia é constituído por unidades de tempo menores. Assim, temos que 1 dia = 24 horas, 1 hora = 60 minutos e 1 minuto = 60 segundos. Note que o tempo é uma das poucas grandezas que medimos a partir de um sistema diferente do sistema de base 10. Isso acontece porque as unidades de tempo que podemos “ver” ou “perceber”, como os dias e os anos, não se encaixam em potências de 10. Devemos o sistema sexagesimal aos babilônios, que definiram que havia 360 graus em um círculo e 60 minutos em uma hora. Assim, a base principal do tempo é a base 60. Acadêmico(a), você pode observar que o número 60 tem 12 fatores, a saber: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30 e 60, dentro os quais temos três números primos: 2, 3 e 5. Então, 60 minutos (o equivalente a uma hora) podem ser divididos igualmente em seções de 30 minutos, 20 minutos, 15 minutos, 12 minutos, 10 minutos, 6 minutos, 5 minutos etc. Ao ensinar as conversões entre unidades de medida de tempo, você perceberá que estas são mais complexas que as conversões em outras unidades de medida. É importante que o aluno saiba que, para converter horas e minutos para minutos, ele pode multiplicar o valor das horas por 60 segundos e, a partir daí, adicionar os minutos restantes. Vejamos um exemplo: 6 horas e 17 minutos = 6 X 60 + 17 minutos = 377 minutos. Um procedimento similar pode ser executado caso queiramos converter um tempo em horas, minutos e segundos para somente segundos. Por exemplo: 2 horas, 43 minutos e 25 segundos 2 horas = 2 X 60 X 60 = 7.200 segundos 43 minutos = 43 X 60 = 2.580 segundos 25 segundos = 25 segundos 2 horas, 43 minutos e 25 segundos = 7.200 + 2.580 + 25 = 9.805 segundos Se precisarmos converter minutos para horas e minutos, basta contar os minutos por múltiplos de 60 para obter o número de horas, e o restante serão os minutos extras. Por exemplo: 187 minutos = 180 minutos + 7 minutos 187 minutos = 3 horas e 7 minutos Caso tenhamos um número grande de segundos e queiramos fazer a conversão para horas, minutos e segundos, a primeira divisão por 60 vai fornecer o número de minutos. Por exemplo, converta 5.000 segundos em horas, minutos e segundos: Primeiro, dividimos 5.000 ÷ 60, simplificando, temos 500 ÷ 6 = 83.33333, ou seja 83 minutos e 0,33333333 minutos. Agora, vamos converter esses 0,33333333 minutos em segundos. Para isso, temos de lembrar que 1 minuto = 60 segundos. Então, 0,33333333 minutos = 20 segundos. Logo, temos que 5.000 segundos = 83 minutos e 20 segundos; Agora, vamos dividir os minutos por 60 novamente para obter as horas, minutos e segundos. 5.000 segundos = 83 minutos e 20 segundos = 1 hora, 23 minutos e 20 segundos. 2.3.2 Outras unidades de medida de tempo Ao trabalhar as unidades de medida de tempo em sala de aula, o professor estará, pela primeira vez, trabalhando com unidades de medida que, diferentemente de outras (como medidas de comprimento, massa etc.), não mantêm uma relação decimal entre si. Vejamos: ● minuto (60 segundos); ● hora ( 60 minutos ou 3.600 segundos); dia (24 horas ou 86.400 segundos); ● semana (o agrupamento de 7 dias ou 604.800 segundos); ● mês (28-31 dias, ou o agrupamento de 4 semanas e alguns dias, ou 2.419.200- 2.678.400 segundos); ● ano (o agrupamento de 12 meses, ou cerca de 365,25 dias, ou cerca de 31.557.600 segundos). 2.3.3 Fusos horários Acadêmico(a), você já deve ter ouvido falar em fuso horário. Como a Terra gira, uma parte dela está sob o sol, ou seja, é dia, e outra parte está sob a ausência do sol, ou seja, noite. Podemos demonstrar esse conceito aos alunos utilizando uma vela ou lanterna e um globo. Segurando a vela em uma posição fixa e girando o globo, é possível verificar que, quando é noite nos Estados Unidos, por exemplo, já é dia nas Filipinas. “O mundo está dividido em fusos horários, e em um determinado fuso horário a hora é a mesma em todos os locais dentro dele. Países grandes, como Estados Unidos, Austrália e China têm vários fusos horários” (AUSTRALIA, 2011, apud BONAFINI, 2016, p. 102). SAIBA MAIS Para saber mais sobre como ensinar diferentes fusos horários, acesse o vídeo abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=NPeiU5FsSyo Fonte: (MATEMÁTICA COM RAFA JESUS - TÁ LEMBRANDO?, 2021). #SAIBA MAIS# 2.3.4 Leitura das horas em relógios Existem basicamente dois tipos de relógios: o de ponteiros (analógico) e o digital. Os relógios analógicos têm dois ponteiros, sendo um mostrando a hora (ponteiro menor) e outro marcando os minutos (ponteiro maior). Muitos modelos contam, ainda, com um ponteiro que demonstra a passagem dos segundos. Esse ponteiro é geralmente mais fino que os outros dois. Na Figura 8, por exemplo, lemos 10 horas (leitura do ponteiro menor) e 09 minutos (leitura do ponteiro maior). O ponteiro mais fino indica 36 segundos. Figura 8 - Relógio analógico https://www.youtube.com/watch?v=NPeiU5FsSyo Os relógios digitais mostram as horas no formato "horas: minutos”. Depende da configuração, ele pode mostrar as horas no padrão 24 horas ou no padrão 12 horas, no qual as 24 horas do dia são divididas em dois períodos: AM (Ante Meridien, do latim, que significa “antes do meio-dia”) e PM (Post Meridien, do latim, cujo significado é “depois do meio-dia”) (BONAFINI, 2016, p. 102). Figura 9 - Relógio digital: (a) no padrão 24 horas e (b) no padrão 12 horas (AM/PM) Fonte: Bonafini (2016, p. 103). 2.3 Medidas de volume O conceito de volume ou a noção de metros cúbicos, refere-se para problemas que envolvem o uso de três dimensões - comprimento, largura e altura. Vejamos: Figura 10 - Volume de um prisma retangular Fonte: Bonafini (2016, p. 122). A Figura 10 representa o metro cúbico (𝑚³). O metro cúbico é a unidade fundamental de volume e tem esse nome, pois representa a medida correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 metro de aresta. O metro cúbico também tem múltiplos e submúltiplos ( Quadro 5). Quadro 5 - Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilômetro cúbico hectômetro cúbico decâmetro cúbico metro cúbico decímetro cúbico centímetro cúbico miliímetro cúbico km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³ 109 m³ 106 m³ 103 m³ 1 m³ 10−3 m³ 10−6 m³ 10−9 m³ Fonte: Bonafini (2016, p. 122). Observando a Figura 11, vemos que cada uma das unidades de medidas de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita. Consequentemente, cada unidade é igual a 0,001 (um milésimo) do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Figura 11 - Conversão das unidades de volume Fonte: Bonafini (2016, p. 123). Para converter medidas de volume, lembre-se que cada uma das unidades de medidas de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamenteà sua direita. Consequentemente, cada unidade é igual a 0,001 (um milésimo) do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. 2.3.1 Capacidade de medição Capacidade, ou volume, é uma medida da quantidade de espaço que algo ocupa. Colheres de medição ou jarras de medição são comuns para medirmos capacidade (volume). O volume de um recipiente é medido pelo comprimento X comprimento x comprimento. Assim, a unidade base de volume é o m³ (metro cúbico). Um metro cúbico é igual a 1.000 litros, ou seja, 1 m³ = 1.000 1. Encontre o volume deste recipiente: Figura 12 - Recipiente Fonte: Bonafini (2016, p. 123). Sabemos que o volume de um prisma retangular é dado por: comprimento X largura X altura. Encontrando o comprimento, a largura e a altura do prisma retangular, temos: Comprimento: 9 cm Largura: 4 cm Altura: 9 cm Inserindo esses valores na fórmula, temos: 𝑉 = 9 𝑋 4 𝑋 9 𝑉 = 324 𝑐𝑚3 O volume é 324 centímetros cúbicos. A capacidade é medida em mililitros (𝑚𝑙) e litros (𝑙). Assim, 1 litro (l) = 1.000 mililitros (ml). As medidas de capacidade no Sistema Imperial são essas: onças fluídas (𝑓𝑙 𝑜𝑧), copos (𝑐), pints (𝑝𝑡), quartos (𝑞𝑡), ou seja, um quarto de galão, e galões (𝑔𝑎𝑙), sendo o galão a unidade-base. SAIBA MAIS Para saber mais sobre as Unidades de medidas habitualmente utilizadas nos Estados Unidos, acesse o vídeo abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=u75yXcbeMrg Fonte: (KHAN ACADEMY BRASIL, 2014). #SAIBA MAIS# Ao ensinar medidas de capacidade, você pode trabalhar com os alunos as principais medidas utilizadas na cozinha, tanto para os ingredientes líquidos quanto para https://www.youtube.com/watch?v=u75yXcbeMrg os secos. Acadêmico(a), você pode, ainda, explorar as diferenças nas medições para uma colher de chá no sistema métrico e uma colher de chá no sistema imperial. Com relação ao sistema métrico de medição, explore os múltiplos e submúltiplos do litro ou metro cúbico, oferecendo aos alunos a oportunidade de realizar experimentos em sala de aula. Os estudantes devem saber a nomenclatura dos múltiplos e submúltiplos do litro, conforme os itens a seguir: ● 1 quilolitro é igual a 1.000 litros; ● 1 hectolitro é igual a 100 litros; ● 1 decalitro é igual a 10 litros; ● 1 litro é a unidade básica do volume; ● 1 decilitro é igual a 1 10 litro; ● 1 centilitro é igual a 1 100 litro; ● 1 mililitro é igual a 1 1.000 litro; Quadro 6 - Múltiplos e submúltiplos do litro Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro kl hl dal l dl cl ml 1.000 l 100 1 10 l 1 l 0,1 l 0,01 l 0,001 l Fonte: Bonafini (2016, p. 125). Observando a Figura 13, é possível notar que cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Isso significa que cada unidade equivale a um décimo do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Figura 13 - Conversão das unidades de litro Fonte: Bonafini (2016, p. 125). Para converter medidas de volume, lembre-se que cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Consequentemente, cada unidade é um décimo do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Para ler uma medida de volume utilizamos o mesmo método aplicado à leitura de medidas de comprimento e das medidas de superfície, porém, para cada unidade do quadro de unidades, associamos três algarismos do valor numérico da medida. Vejamos como esse procedimento ocorre: 1. Leia 12,5 cm³. Para ler essa medida de volume: a) construímos o quadro de unidades; b) inserimos, primeiro, os três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada. Nesse caso, vamos escrever o 12 com a vírgula sob a unidade cm³. Os demais algarismos são escritos “três a três” nas unidades vizinhas. Então, escrevemos o algarismo 5 sob a unidade mm³, completando a casa com dois zeros (00) (BONAFINI, 2016). km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³ 12, 500 Lê-se 12 centímetros cúbicos e 500 milímetros cúbicos. 2.4 Medidas de temperatura Temperatura é o grau ou intensidade de calor presente em uma substância ou objeto, expressa de acordo com uma escala comparativa e mostrada por um termômetro ou percebida pelo toque. Assim, a temperatura é uma medida de quão quente ou quão frio algo está. Essa medida é obtida pela energia cinética média das partículas em um objeto, sendo a energia cinética um tipo de energia associada com o movimento das partículas. Então, você, acadêmico(a) se pergunta: “Mas o quão quente é quente, e como o frio é frio?”. Os termos quente e frio não são muito científicos. Se realmente queremos especificar quão quente ou frio algo está, precisamos usar o conceito de temperatura. Por exemplo, o quão quente é o ferro fundido? Para responder a essa pergunta, um físico poderia medir a temperatura do metal líquido. Sabemos que toda matéria é feita de partículas - átomos ou moléculas - que estão em constante movimento e, portanto, têm energia cinética. Assim, quanto mais rápido as partículas estão se movimentando, maior energia cinética elas têm, e vice- versa (BONAFINI, 2016). A temperatura é uma medida média, pois partículas de matéria estão em constante movimento, mas nem todas as partículas se movem na mesma velocidade e na mesma direção o tempo todo. O movimento das partículas é aleatório, ou seja, as partículas de matéria em uma objeto se movem rapidamente que outras, e o resultado é que algumas partículas têm mais energia cinética que outras. A temperatura de um objeto ou corpo é uma medida da velocidade com que as partículas se movem. Mais exatamente, a temperatura é uma medida da energia cinética das partículas. Isso significa que, ao medirmos a temperatura de um objeto, estamos medindo a energia cinética média das partículas desse objeto. Acadêmico(a), como vimos há pouco, quanto mais elevada for a temperatura, mais rápido será o movimento das moléculas da substância, relativamente à média. Contudo, a temperatura não tem a ver com o número de moléculas envolvidas, pois as temperaturas das amostras de 10ml e 100 ml de água fervente são iguais. Isso significa que a energia cinética média das moléculas é a mesma para as duas quantidades de água diferentes (BONAFINI, 2016). Existem dispositivos que utilizam a expansão de uma substância para fornecer uma medida indireta da temperatura, conhecidos como termômetros, vide Figura 14. Os termômetros mais conhecidos são os que contêm mercúrio e álcool. Essas substâncias são frequentemente utilizadas em termômetros porque elas permanecem líquidas sobre uma grande faixa de temperatura. Assim, uma mudança na temperatura faz que ocorra uma pequena mudança no volume do líquido. Quando a temperatura esfria, a substância dentro do termômetro volta à posição inicial. Figura 14 - Termômetro Observando a figura 14, percebe-se que o espaço entre os pontos fixos apresenta divisões chamadas graus, que são utilizados para indicar a temperatura. Existem três tipos de escalas de temperatura comumente utilizados hoje: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. No Brasil, estamos acostumados a expressar temperatura em graus Celsius (C). Já nos Estados Unidos, a temperatura é comumente expressa em Fahrenheit (F). Os cientistas, de modo geral, utilizam frequentemente graus Celsius (C), porém Kelvin (K) é a unidade utilizada no Sistema Internacional de Unidades. 2.4.1 Temperatura e as diferentes escalas Como vimos, existem três grandes escalas utilizadas para medir temperatura: a escala Celsius, criada pelo cientista Anders Celsius, a escala Fahrenheit, criada pelo cientista Gabriel Daniel Fahrenheit, e a escala Kelvin, criada pelo inglês Lord William Thomson Kelvin. A escala Fahrenheité uma escala de temperatura com base em 32 para o ponto de congelamento da água e 212 para o ponto de ebulição da mesma substância, e o intervalo entre os dois é dividido em 180 partes. O físico alemão Gabriel D. Fahrenheit, no século 18, teve originalmente como o zero de sua escala a temperatura de uma mistura de gelo e sal em partes iguais e selecionou os valores de 30 e 90 para o ponto de congelamento da água e da temperatura normal do corpo, respectivamente; mais tarde, esses valores foram revistos para 32 e 96 graus, porém, a escala final exigiu um ajustamento para 98,6 em vez de 96 graus (BONAFINI, 2016). Até os anos 1970, a escala de temperatura Fahrenheit era de uso comum geral em países de língua inglesa. A escala Celsius, por sua vez, foi a escala empregada na maioria dos outros países e para fins científicos. A escala Celsius de temperatura, também chamada de escala de temperatura em graus Celsius, é baseada em 0 graus para o ponto de congelamento da água e 100 graus para o ponto de ebulição da mesma substância. Inventada em 1742 pelo astrônomo sueco Anders Celsius é, às vezes chamada de escala centígrada, por causa do intervalo de 100 graus entre os pontos definidos - os graus Celsius, então, são também chamados de graus centígrados (BONAFINI, 2016). Figura 15 - Comparação entre as escalas Kelvin, Celsius e Fahrenheit Na figura acima, é possível notar que o ponto de fusão do gelo é 0ºC (na escala Celsius), 32ºF (na escala Fahrenheit) e 273,15 K (na escala Kelvin). Já o ponto de ebulição da água ocorre em 100ºC, 212ºF e 373,15 K. Vamos comparar agora a escala de C e K, assim temos: ● 0ºC = 32ºF; ● 100ºC = 212ºF. A escala Kelvin é a escala de temperatura utilizada na medição de temperaturas termodinâmicas no Sistema Internacional (SI) de medição. É definida como 1 273,16 do ponto triplo, ou seja, equilíbrio entre sólido, líquido e gases de água pura. O símbolo K é utilizado para representar a escala Kelvin e deve ser utilizado sem o símbolo de grau (º), como fazemos nas escalas Celsius e Fahrenheit. Assim, a escala Kelvin é uma escala de temperatura absoluta, tendo como ponto zero, o zero absoluto (a temperatura teórica em que as moléculas de uma substância têm a menor energia). A escala Kelvin está relacionada com a escala Celsius. A diferença entre os pontos de congelamento e de ebulição da água é de 100 graus em cada um, de modo que a escala Kelvin tem a mesma magnitude da escala Celsius. Observando a Figura 15 novamente, é possível perceber que: ● 0ºC = 273,15 K; ● -273, 15ºC = 0 K; ● 100ºC = 373,15 K. 2.4.2 Conversão entre as escalas Celsius e Fahrenheit Para converter uma temperatura em Fahrenheit (F) para seu valor na escala Celsius (C), utilizamos a fórmula a seguir: º𝐶 = 5 9 (º𝐹 − 32) Manipulando a fórmula anterior, podemos converter também uma temperatura em Celsius (C) para seu valor em Fahrenheit (F). Então, temos: º𝐹 = 9 5 (º𝐶) + 32 Assim, criamos um guia rápido de procedimentos para a conversão entre escalas Celsius e Fahrenheit: ● Celsius para Fahrenheit: multiplique por 9, em seguida, divida por 5 e, por fim, adicione 32 graus. ● Fahrenheit para Celsius: subtraia 32 graus, em seguida, multiplique por 5 e, por fim, divida por 9. EXEMPLOS Vejamos alguns exemplos: 1. Converta 42°C para °F Para resolver esse problema, utilizamos a fórmula °𝐹 = 9 5 (°𝐶) + 32: °𝐹 = 9 5 (42) + 32 °𝐹 = 107,6° 2. Converta -15°C para °F Para resolver esse problema, novamente utilizamos a fórmula °𝐹 = 9 5 (°𝐶) + 32: °𝐹 = 9 5 (−15) + 32 °𝐹 = −5° 3. Converta 92°F para °C Para resolver esse problema, utilizamos a fórmula °𝐶 = 5 9 (°𝐹 − 32): °𝐶 = 5 9 (92 − 32) °𝐶 = 33,3°𝐶 4. Converta 3°F para °C Para resolver esse problema, novamente utilizamos a fórmula °𝐶 = 5 9 (°𝐹 − 32): °𝐶 = 5 9 (3 − 32) °𝐶 = −16,1°𝐶 Fonte: a autora (2022). #EXEMPLOS# 2.5 Medidas de superfície A palavra superfície, em sua concepção mais usual, refere-se a uma extensão de terra ou ao limite de um corpo. Por exemplo, dizemos que a superfície do Brasil é de 8.510.345,538 km², publicado no DOU nº 41, de 03/03/2021, conforme Portaria nº 47, de 01 de março de 2021 (IBGE, 2022). A unidade fundamental de superfície é o metro quadrado (m²). Isto é, a medida correspondente à superfície de um quadrado com 1 metro de lado. Figura 16 - Quadrado com 1 metro de lado Fonte: Bonafini (2016, p. 117). Utilizamos os múltiplos do metro quadrado para medir grandes superfícies. Já os submúltiplos são utilizados para medir pequenas superfícies. Vejamos o Quadro 7. Quadro 7 - Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilômetro quadrado hectômetro quadrado decâmetro quadrado metro quadrado decímetro quadrado centímetro quadrado milímetro quadrado km² hm² dam² m² dm² cm² mm² 1.000.000 m² 10.000 m² 100 m² 1 m² 0,01 m² 0,0001 m² 0,000001 m² Fonte: Bonafini (2016, p. 117). Para transformar medidas de superfície, utilizamos o esquema da Figura 17. Figura 17 - Conversão das medidas de superfície Fonte: Bonafini (2016, p. 117). Para converter medidas de superfície, lembre-se, acadêmico(a) que cada uma das unidades de medidas de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita. Consequentemente, cada unidade é igual a 0,01 (um centésimo) do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. EXEMPLOS Vejamos alguns exemplos de conversão de unidades quadradas: 1. Converta 9,76 m² em mm² Aqui, você deve se lembrar de que as unidades estão elevadas ao quadrado, ou seja, a conversão para cada unidade de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Então, em nosso caso, temos: 9,76 𝑥 (100 𝑥 100 𝑥 100) = 9.760.000 𝑚𝑚2 2. Converta 4.731,65 dam² em km² 4.731,65 100 𝑥 100 = 4.731,65 10.000 = 0,473165 𝑘𝑚² Fonte: a autora (2022). #EXEMPLOS# Agora que aprendemos a converter as unidades de medidas de superfície, vamos calcular a área da superfície de algumas figuras geométricas. Na Figura 17, temos um cubo em que todos os lados têm o mesmo comprimento, neste caso, 𝑎. Figura 17 - Cubo com lados de comprimento 𝑎. Fonte: Bonafini (2016, p. 118). Como 𝑎 é o comprimento de cada lado do cubo, a área da superfície de um cubo é a área dos seis quadrados que o cobrem. Assim, a área de um quadrado é 𝑎 X 𝑎 ou 𝑎² . Sabendo que o cubo é composto de seis quadrados iguais, você pode multiplicar a área de cada um deles por 6, de modo que a área da superfície de um cubo é 6 vezes um dos lados do quadrado. Caso você, acadêmico(a) não conseguir visualizar as 6 faces do cubo, veja a Figura 18: Figura 18 - As seis faces de um cubo Fonte: Bonafini (2016, p. 119). Agora, então, vamos calcular a área da superfície do sólido a seguir (Figura 19): Figura 19 - Cubo Fonte: Bonafini (2016, p. 119). Lembre-se, acadêmico(a) de que um cubo tem seis faces idênticas e que cada face é um quadrado. Em nosso caso, cada face do cubo é um quadrado com lados que têm 10 centímetros de comprimento cada. Encontramos a área de uma face da seguinte maneira: Área = lado X lado Área = 10 cm X 10 cm Área = 100 cm² A área de cada face é de 100 centímetros quadrados. Então, temos: Área da superfície = 6 X 100 cm² Área da superfície = 600 cm² A área da superfície do cubo é de 600 centímetros quadrados. E como ficaria a área da superfície do sólido a seguir (Figura 20)? Figura 20 - Prisma retangular Fonte: Bonafini (2016, p. 120). Agora, acadêmico(a), temos um prisma retangular. Isso significa que a figuratem três pares de faces idênticas, e cada face é um retângulo. Para encontrar a área da superfície desse sólido, primeiro, vamos localizar a área das faces em cada par: Figura 21 - Prisma retangular: área das face Fonte: Bonafini (2016, p. 120). Então, temos: 7 X 5 = 35 7 X 5 = 35 5 X 8 = 40 5 X 8 = 40 8 X 7 = 56 8 X 7 = 56 Agora, somamos as áreas das seis faces: Área da superfície = 35 + 35 + 40 + 40 + 56 +56 Área da superfície = 262 pol² A área da superfície do prisma retangular é de 262 polegadas quadradas. Assim, temos que a área da superfície de um prisma retangular (Figura 22), onde 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐 são os comprimentos dos lados, é dada por: 2𝑎𝑏 + 2𝑏𝑐 + 2𝑎𝑐. Figura 22 - Prisma retangular Fonte: Bonafini (2016, p. 121). SAIBA MAIS Para saber mais sobre a introdução às medidas de superfície e como montar o seu plano de aula acesse o link abaixo: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental Fonte: (NOVA ESCOLA, 2022). #SAIBA MAIS# CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos aqui nossos estudos acerca da nossa segunda unidade da disciplina de Grandezas e Medidas na qual estudamos conceito e classificação de grandezas e medidas, vimos um pouco sobre o contexto histórico envolvendo essa temática, na qual surgiu de necessidades das civilizações em contar e medir determinadas coisas, levando assim a padronização das principais unidades de medidas. Estudamos também algumas unidades de medidas e suas transformações, são elas: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental Medidas de comprimento: conversão das unidades, sistema métrico decimal, metro e os múltiplos do metro, leituras das medidas de comprimento e perímetro. Medidas de massa: comparação de massa e peso, quilograma e os múltiplos do grama, múltiplos e submúltiplos do grama, transformação de unidades de massa e leitura das medidas de massa. Medidas de tempo: os segundos, os minutos e as horas, unidades de medida de tempo e fusos horários. Medidas de volume: volume de um prisma retangular, múltiplos e submúltiplos do metro cúbico, conversão das unidades de volume, capacidade de medição, múltiplos e submúltiplos do litro e conversão das unidades de litro. Medidas de temperatura: termômetro, temperatura e as diferentes escalas, comparação e conversão entre as escalas Kelvin, Celsius e Fahrenheit. Medidas de superfícies: múltiplos e submúltiplos do metro quadrado, conversão das medidas de superfície e figuras geométricas (cubo e prisma retangular). Vale ressaltar que, durante nossos estudos, trabalhamos exemplos envolvendo os conteúdos trabalhados, não somente com o objetivo de fazer com que você, acadêmico (a) saiba resolver, mas também saiba ensinar. Finalizamos aqui mais uma unidade. Até a próxima! LEITURA COMPLEMENTAR Acadêmico(a), visando complementar seu estudo acerca de conceito e classificação de grandezas e medidas, consulte as fontes indicadas a seguir: ● LANGE, Maurício Mailan. O ensino de unidade de medida: comprimento e o sistema métrico decimal. 2010. 47 f. Monografia (Especialização) - Curso de Especialização Matemática, Mídias Digitais e Didática, Matemática Pura e Aplicada, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/31565/000783245.pdf?... 1 Acesso em: 23 mar. 2022. ● O Sistema Internacional de Unidades [Recurso eletrônico]. Tradução luso- brasileira da 9º edição do BIPM. Brasília, DF: Inmetro, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inmetro/pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/documentos-tecnicos-em- metrologia/si_versao_final.pdf/view. Acesso em: 23 mar. 2022. ● SILVA, Cília Cardoso Rodrigues da. Construção de conceitos de grandezas e medidas nos anos iniciais: comprimento, massa e capacidade. 2011. 230 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/9386. Acesso em: 23 mar. 2022. https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/31565/000783245.pdf?...1 https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/31565/000783245.pdf?...1 https://www.gov.br/inmetro/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/documentos-tecnicos-em-metrologia/si_versao_final.pdf/view https://www.gov.br/inmetro/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/documentos-tecnicos-em-metrologia/si_versao_final.pdf/view https://www.gov.br/inmetro/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/documentos-tecnicos-em-metrologia/si_versao_final.pdf/view https://repositorio.unb.br/handle/10482/9386 LIVRO • Título Ensaios temáticos: história e matemática em sala de aula. • Autor. Miguel Chaquiam • Editora. SBEM/PA • Sinopse A obra fundamentalmente estrutura-se em torno de dois eixos. No primeiro discute o uso da história no ensino onde apresenta ampla argumentação com aporte em diversos autores consagrados enfatizando o contexto da História da Matemática e descreve a estruturação de um modelo que traduz seu olhar como pesquisador sobre a possibilidade da História da Matemática ser utilizada com ênfase didática para o ensino de Matemática. No segundo eixo o autor materializa o uso do seu Modelo - Diagrama Metodológico - exemplificando com a apresentação de textos didáticos que abordam temas da Matemática para sala de aula. FILME/VÍDEO • Título Rain Man • Ano 1988 • Sinopse A vida do jovem executivo Charlie muda ao descobrir que o pai faleceu e deixou para ele no testamento apenas um Buick 1949 e algumas roseiras premiadas, enquanto outro “beneficiário” herda 3 milhões de dólares. Curioso, descobre que a fortuna ficou para seu irmão (Raymond), cuja existência ele desconhecia. Raymond é autista e capaz de calcular problemas matemáticos com grande velocidade e precisão. Charlie sequestra o irmão da instituição onde está internado para levá-lo para Los Angeles e exigir metade do dinheiro, mas nessa viagem cheia de pequenos imprevistos entendem o significado de serem irmãos. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Assistência a Programas Especiais. Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Sistema Nacional de Formação de Profissionais da Educação Básica. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestão I. Matemática - caderno de teoria e prática 4: medidas e grandezas. Brasília, DF: MEC, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/gestar/tpmatematica/mat_tp4.pdf Acesso em 23 jan. 2022. BONAFINI, F. C. (org.). Metodologia do ensino da matemática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Áreas Territoriais - o que é. 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do- territorio/estrutura-territorial/15761-areas-dos-municipios.html?=&t=o-que-e Acesso em: 20 de jan. 2022. KHAN ACADEMY BRASIL. Unidades de medidas habitualmente utilizadas nos EUA. Youtube, 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=u75yXcbeMrg Acesso em: 18 de jan. 2022. MATEMÁTICA COM RAFA JESUS - TÁ LEMBRANDO?. Como calcular FUSOS HORÁRIOS - Matemática e Geografia - Hiperativo e Tá Lembrando. Youtube, 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NPeiU5FsSyo Acesso em: 15 de jan. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula do Ensino Fundamental - confira 3617 planos, todos alinhados à BNCC. 2022. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental Acesso em: 19 de jan. 2022. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/gestar/tpmatematica/mat_tp4.pdf https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/15761-areas-dos-municipios.html?=&t=o-que-e https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/15761-areas-dos-municipios.html?=&t=o-que-ehttps://www.youtube.com/watch?v=u75yXcbeMrg https://www.youtube.com/watch?v=NPeiU5FsSyo https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental UNIDADE III PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MEDIDAS ENVOLVENDO GRANDEZAS COMPRIMENTO, MASSA E TEMPO Professora Especialista Genilda de Lourdes Guimarães Professora Especialista Vanice Vieira Fernandes Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Grandeza comprimento; • Grandeza massa; • Grandeza tempo. Objetivos de Aprendizagem: • Trabalhar com resolução de problemas envolvendo grandezas, comprimento, massa e tempo; • Estabelecer a importância de resoluções de problemas de medidas. INTRODUÇÃO Prezado(a) acadêmico(a), Seja bem-vindo(a) à Unidade III da disciplina de Grandezas e Medidas. Nesta terceira unidade, intitulada “PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MEDIDAS ENVOLVENDO GRANDEZAS COMPRIMENTO, MASSA E TEMPO”, estudaremos sobre possíveis resoluções de problemas envolvendo grandezas de comprimento, massa e tempo. Em tais problemas traremos os objetivos nos quais pretendemos atingir, assim como orientações acerca de como trabalhar o problema partindo da realidade do aluno, baseando-nos em propósitos, realizando discussões com a turma de como resolver o problema e também discutir sobre o modo no qual foi realizada a resolução. Buscando através desse processo e com o feedback dos alunos, retroalimentar as informações obtidas até chegarmos no encerramento do problema, onde esperamos que haja mais de uma solução apresentada. É notório que há dificuldade de compreensão de conteúdos e aplicação dos mesmos, assim, montamos guias de intervenções contendo “Possíveis dificuldades na realização da atividade” e as “Intervenções” que podemos realizar para sanar tais dificuldades. Esperamos que os estudos trabalhados até aqui colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa terceira unidade. Boa leitura! 1 GRANDEZA COMPRIMENTO Existem várias medidas de comprimento, como, por exemplo, a jarda, a polegada e o pé. No Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente o metro (m) é definido como o comprimento da distância percorrida pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de um segundo (METRO, 2022). Os múltiplos e submúltiplos do metro são: quilômetro (km), hectômetro (hm), decâmetro (dam), decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm), como estudados na segunda unidade do material. Acadêmico(a), como estudado na primeira unidade de nosso material a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz algumas habilidades para que possa ser desenvolvida com os alunos do 8º ano do ensino fundamental, como: Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expressões de cálculo de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de terrenos (BRASIL, 2018). Partindo dessa habilidade, podemos trabalhar a resolução de problemas envolvendo o comprimento da circunferência. Objetivo: Aplicar a relação entre o comprimento da circunferência e o número na resolução de problemas. Atividade 1: Adriano e Fernanda estão fazendo aulas de robótica, e uma das tarefas é programar um robô montado na forma de um carrinho com quatro rodas com as mesmas dimensões. Uma das maneiras de fazer o robô andar é utilizar um comando no qual o programador diz quantos graus a roda deve girar em torno do seu eixo para que o carrinho ande para frente. Por exemplo: se o eixo da roda girar 360°, então o carrinho andará exatamente no comprimento da circunferência. Figura 1 - Imagem ilustrativa da atividade 1 Fonte: a autora (2022). Acadêmico(a), ajude os alunos a resolver o desafio: sabendo que a roda do robô carrinho possui 1,5 cm de raio, quantos graus ela deve girar para que o carrinho ande exatamente 300 cm para frente até parar? Se a programação fosse feita usando as rotações da roda, quantas rotações completas ela desenvolveu nesse trajeto? Use 𝜋 = 3,14. Orientações: Esse é um ótimo momento para envolver alguma pessoa cadeirante que faz parte da comunidade escolar. Caso não possa ser utilizada uma cadeira de rodas como exemplo concreto, leve, se possível, uma bicicleta para a sala de aula. Utilize esta situação para fazer uma retomada do conteúdo das últimas aulas com os alunos, onde se espera que eles já tenham desenvolvido o conceito de raio, diâmetro, ângulo central e a relação entre o comprimento da circunferência e o número “Pi”. Coloque essas relações no quadro e faça uma breve roda de conversa com os alunos, deixando que eles sugiram como calcular a medida do contorno da circunferência da roda e qual a relação que esse contorno de uma volta completa tem com o ângulo de giro do eixo da roda e a distância percorrida em linha reta. Pode ser colocada uma fita ou barbante em volta da roda, de modo que, se desenrole enquanto ela gira. Propósito: Fazer com que os alunos estabeleçam conexões importantes com conceitos já estudados, apoiando-os para entender algoritmos e procedimentos. Discuta com a Turma: ● Quais medidas eu preciso conhecer para calcular o comprimento da circunferência da roda? ● Qual a distância percorrida quando a roda dá uma volta completa? ● Qual o giro que a roda deveria fazer para percorrer um quarto da distância de uma volta completa? Discussão das Soluções: Se a roda do carrinho possui raio medindo 1,5 cm, então seu diâmetro mede 3 cm. Podemos, então, calcular a medida do comprimento da circunferência da roda. Adotando 𝜋 = 3,14, temos: 𝐶 = 𝜋 . 𝑑 → 𝐶 = 3,14 . 3 = 9,42 Portanto, o comprimento de uma volta da circunferência da roda é igual a 9,42 cm. Essa é a distância que ela percorre no chão quando a roda completa 1 rotação. Para descobrir quantas vezes essa distância cabe em 300 cm, basta fazer uma divisão. Efetuando com a calculadora, temos: 300 ÷ 9,42 = 31,84713375 . .. Essa dízima representa a quantidade de rotações que a roda deve fazer para que o carrinho pare quando atingir a distância de 300 cm. São, aproximadamente, 32 rotações completas. Orientações: Convide os alunos que quiserem vir à frente da sala para apresentar suas soluções. Coloque o nome deles no quadro e peça que expliquem suas soluções para a turma. Valorize a solução de cada aluno e quando surgir algum erro, tente fazer com que o restante dos alunos identifiquem os equívocos na solução, de modo que todos aprendam e possam refletir sobre o processo. Propósito: Apresentar as diferentes soluções encontradas pelos alunos, analisar os erros ou dificuldades e valorizar as diferentes soluções propostas. Garantir que cada aluno compreenda pelo menos uma resolução que leve à solução. Discuta com a Turma: ● Vocês conseguem encontrar algum problema nessa solução? ● Alguém fez diferente e poderia apontar um outro caminho? ● Como fazer aproximações dos valores? No caso do problema do carrinho, essas aproximações são boas? Discussão das Soluções: Para programar o robô utilizando a medida em graus ao invés de rotações, podemos observar que 1 rotação equivale a 360°. Dessa forma, basta pegar o número do visor da calculadora e multiplicar por 360°, obtendo como resposta, aproximadamente, 11 465°. Orientações: Convide os alunos que quiserem vir à frente da sala para apresentar suas soluções. Coloque o nome deles no quadro e peça que expliquem suas soluções para a turma. Valorize a solução de cada aluno e quando surgir algum erro, tente fazer com que o restante dos alunos identifiquem os equívocos na solução, de modo que todos aprendam e possam refletir sobreo processo. Propósito: Apresentar as diferentes soluções encontradas pelos alunos, analisar os erros ou dificuldades e valorizar as diferentes soluções propostas. Garantir que cada aluno compreenda pelo menos uma resolução que leve à solução. Discuta com a Turma: ● Vocês conseguem encontrar algum problema nessa solução? ● Alguém fez diferente e poderia apontar um outro caminho? ● Como fazer aproximações dos valores? No caso do problema do carrinho, essas aproximações são boas? Encerramento: Aqui, acadêmico(a) a intenção é resumir com poucas palavras os conceitos mais importantes que tiveram suas ideias ampliadas nesta aula. Retome o objetivo da aula, que era aplicar a relação entre o comprimento da circunferência e o número “Pi”, na resolução de problemas. Propósito: Resumir com os alunos em uma frase o que de mais importante foi explorado nesta aula. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Atividade 2: A circunferência da roda, que vai dentro do pneu de um carro ou bicicleta, é chamada de “aro”. A bicicleta de Lívia com aro 26 possui o raio da roda com o pneu medindo 30 cm. Figura 2 - Imagem ilustrativa da atividade Fonte: autoras (2022). Lívia percorreu com sua bicicleta uma distância de 2,5 km para ir de sua casa até a escola. Quantas voltas completas foram dadas pela roda da frente para percorrer essa distância? Use 𝜋 = 3,14. Lembre-se que 1 km = 1 000 m e 1 m = 100 cm. Orientações: Peça que, individualmente, os alunos leiam a atividade e a realizem, utilizando as fichas. Dê o apoio necessário para aqueles que tiverem mais dificuldades, principalmente relacionadas ao entendimento de cada questão. Propósito: Verificar se os alunos identificam corretamente os elementos de circunferência e círculo como o raio e o diâmetro, a relação do diâmetro com o raio, e se conseguem fazer estimativas da medida de uma corda comparada com o raio, e da área de um círculo baseada na área do setor circular, apoiados no conceito de ângulo central. Resolução: Como o raio da roda da bicicleta com o pneu mede 30 cm, então podemos calcular o comprimento da sua circunferência externa. Adotando 𝜋 = 3,14, temos: 𝐶 = 2 . 𝜋 . 𝑅 → 𝐶 = 2 . 3,14 . 30 = 188,4 Então, o comprimento de uma volta da circunferência externa da roda da bicicleta possui 188,4 cm. Essa é a distância percorrida pela bicicleta quando a roda completa uma rotação. Como a distância da casa até a escola de Lívia é de 2,5 km, basta dividir este valor pela distância equivalente ao comprimento de uma volta da roda. Porém, é preciso lembrar que a razão entre duas grandezas de mesma natureza deve ser feita utilizando os valores com a mesma unidade de medida. Sabendo que 1 km = 1 000 m, temos que 2,5 km = 2 500 m. E como 1 m = 100 cm, então 2 500 m = 250 000 cm. Então, basta fazer a divisão utilizando a calculadora: 250 000 ÷ 188,4 = 1 326,96,906 . .. Podemos dizer que foram dadas 1 326 voltas completas pela roda da bicicleta durante este trajeto. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Atividade 3: Antônio adora empinar pipas e toda vez que vai estrear uma pipa nova deixa ela ir o mais alto possível, usando toda a linha disponível. Na última vez, ele utilizou uma linha com um comprimento total de 1.000 m. Depois de brincar, ele precisou enrolar toda essa linha em uma latinha com formato cilíndrico de 10 cm de diâmetro. Quantas voltas completas aproximadamente ele precisa dar com a linha na lata até enrolá-la por completo? Use 𝜋 = 3,14. Figura 3 - Imagem ilustrativa da atividade Fonte: autoras (2022). Para resolvermos esse problema, devemos primeiro transformar a unidade do diâmetro da latinha para a mesma unidade do comprimento total da linha: 10 𝑐𝑚 = 0,1 𝑚 Agora precisamos calcular o valor total de uma volta da linha na latinha utilizando a fórmula do perímetro 𝑃 = 2𝜋 ∗ 𝑟 𝑃 = 2 ∗ 3,14 ∗ ( 0,1 2 ) Obs: dividimos o valor do diâmetro pela metade para obtermos o valor do raio. 𝑃 = 0,314 𝑚 Ao sabermos o perímetro total da latinha, dividimos o valor do comprimento total de linha com o perímetro para obter a quantidade de voltas aproximadamente. 𝑥 = 1.000 0,314 𝑥 = 3184 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Atividade 4: A pista de atletismo construída em uma cidade, cujas medidas não são oficiais, é formada por uma região retangular e dois semicírculos com as dimensões indicadas na figura abaixo: Figura 4 - Imagem ilustrativa da atividade A pista é composta por duas retas com 600 metros de comprimento e dois semicírculos com um diâmetro de 240 metros. Se um atleta der uma volta completa nessa pista, correndo pela parte mais externa, percorrerá aproximadamente quantos metros de distância? Para resolvermos esse problema, devemos encontrar o valor correspondente percorrido no semicírculo utilizando a fórmula do perímetro 𝑃 = 2𝜋 ∗ 𝑅 𝑃 = 2 ∗ 3,14 ∗ ( 240 2 ) Obs: dividimos o valor do diâmetro pela metade para obtermos o valor do raio. 𝑃 = 753,6 𝑚 Agora devemos somar todos os valores percorridos pelo atleta 𝑥 = 600 + 753,6 + 600 + 753,6 𝑥 = 2707,2 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- SAIBA MAIS Para saber mais indicamos alguns links para consulta: TUBALATUDO. Como fazer um carrinho robô de garrafa PET. Youtube, 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NH8L0OOtdas Acesso em: 10 fev. 2022. INFO. O Mindstorms EV3 é o robô mais avançado da Lego. Youtube, 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VRDVBzXrV8M Acesso em: 10 fev. 2022. NASCIMENTO, M. C. do; SCARPIM, S. Iniciando com o Geogebra. 2022. Disponível em: http://wwwp.fc.unesp.br/~mauri/Down/Geogebra.pdf Acesso em: 10 fev. 2022. GEOGEBRA. Representação do comprimento da circunferência na reta numérica. 2022. Disponível em: https://www.geogebra.org/m/aD6dxpMS Acesso em: 10 fev. 2022. #SAIBA MAIS# Acadêmico(a), agora apresentaremos o quadro 1 guia de intervenções para a resolução de problemas envolvendo o comprimento da circunferência trabalhada anteriormente com a turma do 8º ano. Quadro 1 - Guia de Intervenções Possíveis dificuldades na realização da atividade Intervenções - Pode ser que os alunos mostrem logo no Aquecimento, alguma dificuldade para estabelecer uma proporcionalidade entre o comprimento de um arco da circunferência e a medida do ângulo central, ao se abordar os giros. Isso não é ruim, pois pode dar um - Pode-se fazer com que os alunos percebam essa proporcionalidade fazendo uma tabela com as colunas contendo os ângulos centrais e o comprimento da circunferência. Proponha o cálculo do comprimento da circunferência com um ângulo de 360°, ou uma volta completa. Depois, sugira meia-volta na circunferência https://www.youtube.com/watch?v=NH8L0OOtdas https://www.youtube.com/watch?v=VRDVBzXrV8M http://wwwp.fc.unesp.br/~mauri/Down/Geogebra.pdf https://www.geogebra.org/m/aD6dxpMS indicativo de que é preciso trabalhar mais com essa ideia nas Atividades Complementares. ou 180°, assim eles devem responder que o comprimento da circunferência será metade do original. Trabalhe de maneira análoga com um quarto da circunferência. Dessa forma, com a razão sendo constante e igual a 2 para ambas as grandezas, ficará estabelecida uma proporção. Alguns alunos podem sugerir resolver problemas futuros utilizando uma “regra de três” e essa proporção justifica tal fato. - Alguns alunos ainda podem se confundir no momento de utilizar a medidado raio ou do diâmetro, e qual das relações utilizar com o comprimento da circunferência e o número “Pi”. - Sempre que necessário, faça com que retomem essa importante relação na resolução dos problemas através de questionamentos como: qual a relação entre o raio e o diâmetro? O que um tem a ver com o outro? Você tem uma relação onde pode utilizar a medida do diâmetro e outra equivalente, onde basta substituir o valor do raio. Qual delas prefere utilizar? - Na Atividade 1, pode ser que os alunos consigam encontrar o comprimento da circunferência da roda como 9,42 cm e tentem dividir a distância de 300 cm por este valor, obtendo na calculadora uma dízima como 31,84713375… A dificuldade pode estar em interpretar o significado do valor encontrado. - Neste caso, questione por que fizeram a divisão para verificar se compreendem o valor encontrado como o número de vezes que 9,42 cm (comprimento de uma rotação), cabe em 300 cm. Faça perguntas como: e o valor encontrado é mais que 31 vezes? É menos que 32 vezes? É mais próximo de 32 ou de 31? Se coubesse 1 vez, seria uma rotação de quantos graus? E se coubesse 2 vezes, quantos graus seriam? E se coubesse 3 vezes e meia, o que fazer? Faça com que estabeleçam a proporcionalidade entre o número de rotações da roda do carrinho e a quantidade do giro em torno de seu eixo. - Alguns alunos têm a concepção de que o maior ângulo possível mede 360°, pois ainda estão presos à ideia de ângulo como abertura e não como giro ou rotação. Pode ser que tenham dificuldade em relacionar valores encontrados à medidas maiores do que 1 volta (giro ou rotação). - Sempre é bom contextualizar as medidas maiores do que 360° nos esportes: manobras de skate, bailarinos, saltos etc. Faça com que os alunos percebam através de exemplos próximos de sua realidade, que ângulos maiores do que 360° representam mais do que um giro de uma volta ou uma rotação. - Talvez os alunos apresentem dificuldades na Resolução da Atividade 2, em trabalhar com as grandezas expressas em unidades de medidas de comprimento diferentes. - Esta dificuldade não deve impedir que seja avaliado o comprimento do objetivo proposto para esta aula. Portanto, já foram fornecidas as equivalências entre as principais unidades de medida. Caso ainda observe dificuldades, retome com os alunos que as razões ou divisões devem ser feitas com as grandezas expressas na mesma unidade de medida, de modo que seja possível compará-las em termos de dimensões. Valorize as diferentes estratégias dos alunos para estabelecer essas conversões. Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018b). Dando continuidade acadêmica aà temática grandeza e comprimento podemos trazer exemplos para o 5º ano, de como obter medidas de comprimento através de estimativas. Objetivo: Fazer estimativas utilizando estratégias pessoais estabelecendo relações entre as unidades usuais de medidas de comprimento. Orientação: Inicie a aula projetando o texto do slide e abordando alguns conceitos como o significado das palavras altura, comprimento, largura e espessura. Esses termos são usados para indicar o que querem medir. Peça aos alunos para que pesquisem no dicionário, com a ajuda do professor, o significado de cada termo. Agrupe os alunos em duplas e peça que anotem no caderno o quanto eles acham que mede (estimativa) a caneta e o lápis de cada um. Em seguida, determine um tempo para que comparem suas estimativas. Observe qual a dificuldade em estimar e se os resultados foram diferentes apenas nos tamanhos dos palmos ou se algum aluno não domina os conceitos de estimativas e as equivalências entre as unidades de medidas. Após essa etapa, questione aos alunos se as estimativas que fizeram podem ser verificadas com uma régua. Disponibilize uma régua para que visualizem. Essas representações mentais facilitam as estimativas. Compare novamente as medidas. Essa atividade fará com que o aluno perceba a equivalência entre as medidas não convencionais e as padronizadas (um palmo mede quantos cm?) ou, até mesmo, entre duas medidas não convencionais (quantos palmos correspondem ao comprimento de uma mesa?) Enquanto os alunos realizam as medidas, circule pela sala e observe as estratégias pessoais que cada um usou para responder o que foi solicitado. Propósito: ● Promover a reflexão e levá-los a perceber que quando medimos um comprimento, comparamos esse comprimento a outro comprimento. ● Explorar e conhecer a noção de estimativa que os alunos dominam. Discuta com a turma: ● As estimativas que vocês fizeram, foram iguais? ● Qual foi a estratégia usada para estimar as medidas solicitadas? ● Por que houve tantas variações entre os resultados estimados? ● A medida obtida pela estimativa foi exata? ● O que significam os risquinhos menores na régua? E os maiores? ● Quantas divisões dos risquinhos maiores tem na régua? ● O que significa cada divisão dessas? ● A medida do objeto que você estimou é maior ou menor que 1 cm? ● É maior ou menor que um mm? ● A medida do seu colega foi parecida com a sua? ● E se eu quiser medir a largura de um caminhão, ou a altura da entrada de um túnel, ou mesmo o comprimento de uma cama? Qual instrumento de medida seria o ideal para medir? ● E se eu quisesse medir o comprimento de uma formiga? E a espessura de uma borracha? ● A medida estimada inicialmente do lápis e da caneta foi aproximada com a medida obtida com a régua? ● Qual foi sua maior dificuldade ao medir os objetos? Atividade 5: A professora pediu à coordenadora da escola se era possível trocar o armário da sala de aula, pois estava muito velho. A coordenadora concordou. Vamos ajudar a coordenadora estimando as medidas do armário e da porta. Anote as medidas em seu caderno. Figura 5 - Imagem ilustrativa da atividade Fonte: autoras (2022). Orientação: Inicialmente peça aos alunos que pesquisem no dicionário o significado dos termos: altura, largura, espessura e comprimento, a fim de distinguir qual é o lado que terão de medir, tendo em vista que o armário tem três dimensões. Em seguida, os alunos poderão discutir uma estratégia para estimar as dimensões sem usar os instrumentos de medidas e de maneira que o resultado seja o mais próximo do exato. Nestas situações, poderão utilizar o palmo, levando em consideração que o objeto a ser medido permite o uso deste recurso. As estimativas podem ser anotadas no caderno para posterior comparação. Comente com os alunos que os palmos são apenas uma estimativa e que para obtermos a medida exata, faz-se necessária a transformação em uma unidade de medida padronizada. O professor pode sugerir brevemente a transformação de uma medida coletivamente, contornando o palmo de sua mão bem aberta no quadro e, em seguida, fazer o cálculo da transformação. Divida a sala em grupos, enquanto um grupo fica encarregado de estimar as medidas da porta, outro irá se encarregar das medidas do armário. Fazer dessa forma para que todos tenham oportunidade de estimar as medidas, compará-las e, passar pela verificação. Oriente-os a fazer uma tabela no mesmo modelo que consta no slide 6 para que possam registrar as medidas efetuadas e para posterior análise e comparação. Enquanto realizam essa tarefa, observe nas duplas as estratégias usadas para medir, se estão medindo os lados que foi solicitado. Após esse tempo, compartilhe com a turma as medidas estimadas, compare-as e questione-os sobre as variações nos resultados obtidos e o motivo de tais variações. Propósito: Fazer com que os alunos percebam que é possível estimar medidas baseadas nas unidades convencionais (palmo), porém, sem obter a medida exata. Explorar estratégias pessoais de medição. Discuta com a turma: ● De que maneira vocês realizaram a estimativa das medidas? ● As estimativas foram iguais? ● Os resultados foram exatos? ● Por que as estimativasvariaram de uma dupla para outra? ● Vocês estimam que a altura da porta é maior ou menor que 1 metro? ● E do armário? É maior ou menor que um metro? ● Qual dimensão é maior, a largura ou a altura dos objetos medidos? ● Qual é a diferença de medida (palmos) entre as duas dimensões? ● O que vocês podem concluir após as comparações feitas entre as várias medidas encontradas? Discussão da solução: Acadêmico(a) para esta atividade é importante fazer os alunos pesquisarem no dicionário o significado de: altura, comprimento, largura e espessura. Orientação: Depois que os alunos compararam suas estimativas e estratégias de resolução, apresente os slide 5 (reconhecimento do significado dos termos) e 6, para que observem se seus resultados coincidem com os da tabela ou do quadro, dependendo da forma que o professor registrou (os resultados desta tabela são baseados em uma estimativa de quanto mede um palmo de uma criança). Discuta novamente com a turma sobre as variações de medidas encontradas. Discuta quais foram as razões que levaram à padronização das unidades de medidas. Propósito: Realizar um fechamento das ideias discutidas até o momento. Discuta com a turma: ● Podemos relacionar uma medida não convencional com outra adotada como convencional? ● Quais razões levaram à padronização das unidades de medidas? ● Qual foi a equivalência que você percebeu entre as medidas? ● Como você explicaria o conceito de medida agora? ● Como você conceituaria o termo “estimar”? Discussão da resolução: Orientação: Assim que os alunos concluírem suas estratégias de cálculo e estimativas, socializar as soluções que encontraram, registrando e comparando um resultado ao outro. Projete a tabela no multimídia ou desenhe no quadro somente quando os alunos concluírem suas estimativas. Caso necessário, o professor pode utilizar o quadro para registrar as estimativas para posterior comparação. A resposta dessa estimativa é aberta pois temos armários e portas de várias medidas. Compare as estimativas para que os alunos percebam que o número de palmos obtidos para uma mesma medida pode ser diferente, pois nem todos têm o mesmo tamanho de palmo. Por meio desta atividade poderão refletir sobre a conservação da proporcionalidade de tamanho e a necessidade de padronização das unidades de medidas. Propósito: Realizar um fechamento das ideias discutidas até o momento, levando-os a refletirem sobre as estratégias pessoais utilizadas nas resoluções e as diferentes respostas encontradas. Levar os alunos a refletirem que quanto maior o tamanho da unidade, menor é o número de vezes que se utiliza para medir um objeto. Discuta com a turma: ● Vocês perceberam alguma diferença entre o número de palmos de cada aluno? ● Por que houve essa variação? ● O que vai acontecer se eu usar as medidas do Pedro ao invés de usar as medidas do Ana para concluir se o armário passa pela porta? ● A partir das medidas obtidas, como faremos para passar o armário pela porta? Será necessário desmontá-lo? (Essas intervenções vão depender do modelo do armário). ● Como podemos fazer em uma situação em que o armário seja mais largo que a porta? (Essas discussões vão depender do modelo do armário, alguns são mais largos e outros mais compridos, nesse caso, os alunos irão encontrar uma estratégia para que consigam passar o armário pela porta). Resposta: Esta é uma situação que exige que o aluno tenha bem desenvolvido noções de estimativas, para que ele possa chegar mais próximo do resultado da medição. Além disso, a unidade de medida utilizada para medir não é padronizada, por isso o resultado será apenas aproximado, pois cada palmo tem medidas diferentes e o que vai ser medido também varia em suas dimensões (porta e armário). Solução: As medidas estimadas pelos alunos podem ser anotadas no caderno. Após a verificação, poderão ser comparadas com as medidas obtidas e analisá-las, de acordo com o ponto de vista de cada um. Como os procedimentos de cálculos não devem ser limitados aos cálculos escritos e exatos, esta atividade incentiva a realização de estimativas. Quando o aluno busca estratégias pessoais para resoluções ou analisa o ponto de vista de outros colegas, ele tem oportunidade de ampliar seu repertório de estratégias e estimativas. Por isso, ofereça a busca e a escolha desses mecanismos, pois somente produzindo suas próprias estratégias é que o cálculo terá significado. Quadro 2 - Números de palmos obtidos na porta e armário Grupos Números de palmos obtidos nas medidas da porta Números de palmos obtidos nas medidas do armário 1 Altura: 15 palmos Largura: 6 palmos Altura: 9 palmos Largura: 5 palmos 2 Altura: 13 palmos e meio Largura: 5 palmos e meio Altura: 8 palmos e meio Largura: 4 palmos e meio Fonte: autoras (2022). Refletindo sobre os resultados: Ao comparar as medidas é possível dar significado às variações que ocorreram. A medida do palmo diferencia-se de uma pessoa para outra, portanto, o resultado, quando comparado a um outro realizado com uma grandeza padronizada ( régua, ou metro), terá diferença, porém, o objeto medido não altera o tamanho. Para comparar as medidas e estabelecer a relação de que quanto maior o tamanho da unidade, menor é o número de vezes que se utiliza para medir o armário e a porta, observe: ● Grupo 1: utilizou para medir as dimensões da porta, 15 palmos na altura e 6 palmos na largura (15 X 6). ● Grupo 2: utilizou 13 palmos e meio de altura e 5 palmos e meio de largura (13,5 X 5,5). A variação encontrada faz com que o aluno perceba a necessidade de se criar instrumentos padronizados para medir. Ao fazer a verificação das medidas com um instrumento padronizado é possível perceber onde ocorrem as variações. Medidas obtidas na largura e altura do armário. A medida dos palmos é apenas uma suposição. Altura do armário: Medida do palmo de um dos alunos do grupo 1: 21 cm. 9 palmos X 21 cm = 189 cm ou 1 metro e 89 centímetros. Medida do palmo de um dos alunos do grupo 2: 17 cm 8,5 palmos X 17 = 144 cm ou 1 metro e 44 centímetros. A diferença que há entre as medidas do aluno do grupo 1 e do grupo 2 precisa ser entendida, qual foi motivo desta variação se o objeto a ser medido foi o mesmo. Encerramento: Acadêmico(a) para medir a altura de uma pessoa ou a largura e comprimento de um caderno, eu posso usar uma medida não convencional (palmo) ou, um instrumento com medida padronizada (régua, metro). A diferença é que a primeira medida não resulta em uma informação precisa, ela pode variar de um resultado para outro. Orientação: Professor, este é o momento de fazer uma revisão geral de tudo o que foi trabalhado nesta aula sobre estimar medidas de comprimento. Propósito: Fazer um fechamento das ideias exploradas nesta aula, sistematizando as aprendizagens. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Atividade 6: A diretora da escola pretende colocar cortina na janela da nossa sala de aula. Colabore com ela e estimule as dimensões que deverá ter a cortina. Orientação: Peça que individualmente os alunos leiam a atividade proposta, bem como os cálculos de estimativas das medidas pedidas, utilizando os conhecimentos adquiridos na aula. Sugira que estimem as dimensões da janela, em um primeiro momento, apenas pela observação. Em seguida, utilizar o palmo como medida não padronizada para comparar as estimativas feitas. Nessa comparação, aproveite o momento para relembrar que quanto maior a unidade usada para medir menor será o número de vezes que se utiliza a grandeza para medir um objeto. Relacionar essa ideia à medida padronizada, o milímetro, parte menor do metro cabem mais vezes dentro dessa unidade do que o centímetro que emboraseja menor que um metro é maior que o milímetro. Esta atividade será o momento de avaliar se os alunos conseguiram identificar grandezas mensuráveis que ocorrem no seu dia a dia, convencionais ou não, relacionadas ao comprimento. Discuta com a turma: ● Qual a estimativa que você pode fazer das dimensões dessa janela apenas pela observação? Quantas vezes seu palmo caberá nessas dimensões? ● O que vocês concluíram após a análise das diferentes estimativas? Resposta: Neste caso, a resposta é muito relativa, pois vai depender do tamanho da janela da sala de aula, as medidas vão variar muito, tanto na unidade usada para medir (tamanho do palmo), quanto na dimensão a ser medida (tamanho da janela). Solução: Neste problema, os alunos terão de testar seus conhecimentos sobre estimativas. Pretende-se que agora estejam aptos a estimar as medidas chegando a um resultado bem próximo da medida tomada. Para isso, é preciso inicialmente fazer as estimativas na tabela ou em um caderno ou até mesmo no quadro, para em seguida fazer a comparação e conferir os resultados. Quadro 3 - Números de palmos obtidos para a cortina Nome dos alunos Altura da janela estimada Largura da janela estimado Número de palmos obtidos na altura da janela Número de palmos obtidos na largura da janela Pedro 8 palmos 10 palmos 7 palmos 11 palmos Ana 8 palmos 11 palmos 8 palmos 12 palmos Maria 7 palmos 11 palmos 9 palmos 13 palmos Fonte: autoras (2022). Para comparar as medidas e estabelecer a relação de que quanto maior o tamanho da unidade, menor é o número de vezes que se utiliza para medir a janela, observe: A aluna Maria utilizou maior números de palmos para medir a altura e a largura da janela (9 x 13), em relação às medidas do Pedro (7 x 11), porém, a quantidade de tecido que terão de comprar para fazer a cortina é a mesma. Na conversão dessas medidas podemos obter a seguinte resposta: Medidas obtidas na largura e altura da janela. Largura da janela: - Medida do palmo de Pedro: 15 cm 11 palmos X 15 cm = 165 cm ou 1, 65 m - Medidas do palmo de Ana: 16 cm 12 palmos X 16 cm = 192 ou 1, 92 m - Medida do palmo de Maria: 18 cm 13 palmos X 18 cm = 234 cm ou 2,34 m Altura da janela: - Medida do palmo de Pedro: 15 cm 7 palmos X 15 cm = 105 cm ou 1, 05 m - Medidas do palmo de Ana: 16 cm 8 palmos X 16 cm = 128 cm ou 1, 28 m - Medida do palmo de Maria: 18 cm 9 palmos X 18 cm = 162 cm ou 1, 62 m Os resultados variam de acordo com o tamanho do palmo de cada um. Acadêmico(a), agora apresentaremos o quadro 4 guia de intervenções para obter medidas de comprimento através de estimativas, das atividades 5 e 6. Quadro 4 - Guia de Intervenções Possíveis dificuldades na realização da atividade Intervenções - O aluno poderá ter dificuldades em identificar quais dimensões terá de medir para saber se o armário passa pela porta. - Neste caso, além da pesquisa no dicionário dos termos em questão, utilize alguns objetos como livro, borracha, caixa, caderno para identificar as dimensões. Mostre aos alunos que as dimensões de um objeto são relativas à posição que olhamos para elas. - Nas experiências de medições intuitivas e informais o aluno terá de dominar os conceitos e equivalências entre as unidades de medidas. Por isso, o aluno poderá ter dificuldades nas representações mentais, ou seja, estimar. O “chute” - que é uma estimativa deve ser acompanhado de uma noção do espaço e da unidade escolhida, o que pode ser ainda difícil. - Para fazer o aluno refletir sobre essa questão, primeiro o professor precisa questioná-lo sobre como fez para calcular a medida a ser colocada, isso poderá auxiliar o professor a descobrir qual estratégia o aluno usou para fazer o registro. Assim, o professor poderá intervir retomando o trabalho de medidas exatas de objetos comuns à sua vivência, até chegar ao cálculo de medidas inexatas. O aluno precisa entender que estimar é comparar; “quantas vezes a unidade medida cabe dentro do objeto medido”. Assim, desafiar o aluno a fazer comparações do tipo “qual porta é maior, da nossa sala ou do refeitório?” Neste caso, o aluno percebe que medir é uma necessidade e que leva ele a refletir sobre os diferentes resultados encontrados e a necessidade de criação de uma medida padrão. - O aluno poderá ter dificuldades em relacionar grandezas de diferentes formas. Ou seja, a conservação da proporcionalidade de tamanho. - Neste caso, levar o aluno a refletir que quanto maior o tamanho da unidade medida, menor é o número de vezes que se utiliza para medir um objeto. Por exemplo: “O número de palmos usados para medir uma mesa de uma pessoa adulta será menor ou maior que de uma criança?” Aqui mais uma vez, vale ressaltar a importância da padronização das unidades de medidas. Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018a). 2 GRANDEZA MASSA Acadêmico(a), como estudado na primeira unidade de nosso material a BNCC traz algumas habilidades para que possa ser desenvolvida com os alunos do 7º ano do ensino fundamental, como: Resolução e elaboração de problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento (BRASIL, 2018). Partindo desta habilidade, podemos trabalhar as medidas de massa na alimentação. Objetivo: Observar, interpretar e manipular os registros referentes a medidas de massa em embalagens para resolver problemas em situações diárias que há mais de uma solução. Aquecimento Orientação: Peça que cada aluno traga de casa embalagens de algum alimento (biscoito, cereal ou outros que que utilizem unidade de massa) que eles consumam com frequência. Solicite que registrem em seus cadernos o peso líquido de cada embalagem e a quantidade dos nutrientes em cada porção. Propósito: Ler rótulos das embalagens e compreender que eles servem para apresentar as informações necessárias sobre um produto. Discuta com a turma: Em casa, é comum as pessoas lerem essas informações? Alguém saberia indicar a quantidade de nutrientes da embalagem inteira? Atividade 7: Escolher corretamente a quantidade de ração para um cão filhote é essencial para o seu desenvolvimento. A ração deve ser de acordo com o peso e idade de seu amigo canino. Se ele tem de 2,5 kg a 4,7 kg e até 90 dias você deve oferecer de 82 a 137 gramas de ração diariamente. Quantos dias você conseguiria alimentá-lo com 5 kg de ração se ele tem 4,1 kg e 83 dias? Orientações: Leia a questão com os alunos, você poderá projetá-la ou imprimi-la, solicite que respondam individualmente (5 minutos), em seguida, deixe que discutam com um colega suas soluções e modos de representar a atividade. Reserve um tempo para um debate coletivo e deixe que as duplas compartilhem o que discutiram e como chegaram ao resultado. Nesse processo de troca terão a oportunidade de observar diferentes soluções. Utilize o guia de intervenções para analisar dificuldades e realizar intervenções, vide quadro 3. Propósito: Estabelecer e elaborar relações entre gramas e quilogramas relacionando a outras medidas na resolução do problema. Discuta com a turma: ● Qual etapa foi mais fácil resolver? ● Como poderão verificar se a resposta obtida está correta? ● Se julgar oportuno, registre uma resposta no quadro e pergunte se alguém encontrou outra resposta e como fez para obtê-la. Discussão da solução: Transformando quilogramas em gramas: 1𝑘𝑔 = 1000𝑔 5 𝑘𝑔 = 5 𝑥 1000𝑔 = 5.000 g Considerando diferentes quantidades de ração: a) Considerando que será oferecido a quantidade mínima diária de ração (82g): 5.000𝑔 ÷ 82 𝑔 ≃ 61 𝑑𝑖𝑎𝑠 b) Considerando que será oferecida uma quantidade média diária de ração (109g): 5.000𝑔 ÷ 109𝑔 ≃ 46 𝑑𝑖𝑎𝑠c) Considerando que será oferecida uma quantidade máxima diária de ração (137g): 5.000𝑔 ÷ 137𝑔 ≃ 36 𝑑𝑖𝑎𝑠 Em diversas situações cotidianas há diferentes modos de resolução de uma mesma situação, assim como diversas soluções em que precisaremos analisar o contexto e decidir qual é a mais adequada àquela situação específica. E, para isso, é muito importante compreender, interpretar e comparar medidas em diferentes unidades Orientação: Solicite que os alunos apresentem suas resoluções e expliquem como cada um pensou para resolver o problema. Caso algum aluno da turma tenha proposto uma explicação diferente, peça que vá até o quadro e a explique para os colegas. Caso queira a resolução impressa desta atividade você poderá obtê-la. Propósito: Incentivar os alunos a tentarem explicar o raciocínio utilizado para solucionar uma questão. Que considerem “legítimos” os problemas com mais de uma solução, preparando-os para um melhor desempenho em situações do dia a dia. Discuta com a turma: ● Existem diferenças e semelhanças entre as estratégias apresentadas e a sua? ● Quais são os prós e contras dessas diferentes abordagens? Encerramento: Orientação: Acadêmico(a), para encerrar a atividade retomando com os estudantes que a solução dependerá da situação-problema dada e que ao lidar com unidades de medidas é muito importante interpretar e comparar as unidades de massa. Propósito: Sistematizar os conhecimentos adquiridos e aplicados na resolução de situações-problema relacionados a medidas de massa. Quadro 3 - Guia de Intervenções Possíveis dificuldades na realização da atividade Intervenções - O aluno pode sentir dificuldade em estruturar o problema. - O professor pode questionar ao aluno sobre situações do seu cotidiano em que ele utiliza as unidades de medida de massa e relacionar com a atividade. -Que estratégia você tentará desenvolver? - Você se lembra de um problema semelhante que pode ajudá-lo a resolver este? - Em razão da atividade não apresentar uma única solução. - O professor pode levar o aluno a refletir e pensar em outras possibilidades de resposta e outras maneiras de reescrever o problema. Pedir para que os alunos comparem as soluções com um colega, pois isso já o leva a perceber que há mais de uma solução possível. - Mudanças de unidades básicas de quilograma para o grama. No sistema métrico, os gramas são utilizados para medir pequenas quantidades de pesos; já os quilogramas, para as quantidades maiores. Mostrar métodos de conversão com significados para o aluno. As unidades mais utilizadas para o trabalho com a massa de uma matéria são: ● Tonelada (t); ● Quilograma (kg): é a unidade de massa padrão segundo o Sistema Internacional ● Grama (g); ● Miligrama (mg). Para converter uma unidade em outra, basta seguir estas relações: ● 1 t = 1000 Kg ● 1 kg = 1000 g ● 1 g = 1000 mg Relação entre as unidades de massa Como podemos observar, uma unidade de massa é sempre 1000 vezes maior que a outra. Veja alguns exemplos: → Transforme 2,5 kg em gramas Como 1 kg equivale a 1000 gramas, podemos montar a seguinte regra de três: 1 kg --------- 1000 g 2,5 Kg---------- x x . 1 = 2,5.1000 x = 2500 g - Cálculo com números decimais (não inteiros), utilizando as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão deste tipo. Mostrar aos alunos que a representação de medidas é facilitada pelo uso de unidades de medidas padronizadas que empregam múltiplos e submúltiplos decimais. Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018c). Atividade 8: Apresente a tabela aos alunos, que poderá ser projetada ou impressa. Comente sobre a importância de nos alimentarmos bem, e que alguns alimentos devem ser consumidos com moderação, informe a eles que de acordo com a organização mundial de saúde (OMS), o sal e o açúcar estão entre as substâncias que devem ser reduzidas na alimentação e o seu consumo está limitado a 5g (1g=400mg de sódio) e 50g diárias respectivamente. Dentre as opções apresentadas, solicite aos alunos que individualmente escolham uma opção de lanche de sua preferência entre dois e três itens e escrevam em seus cadernos, como também estabeleçam a quantidade de cada item que pretendem consumir. Depois solicite que adicione as quantidades de sódio e açúcar correspondentes e compare nesta refeição o quanto de açúcar e sódio é consumido em relação ao recomendado pela organização mundial de saúde. Caso queira um exemplo de resolução impressa desta atividade. Tabela 1 - Tabela nutricional das embalagens Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018d). Possível resolução: 1. Uma opção de lanche 1 lata de suco de fruta 49g (açúcar) 5,6 mg (sódio) 4 biscoitos recheados (2 x 30 g) 19 g (2 x 9,5 g) (açúcar) 76 mg (2 x 38 mg) (sódio) 1 maçã 10g (açúcar) 0mg (sódio) Total de açúcar consumido = 78 g - maior que a recomendação diária, ultrapassando em 28 g. Total de sódio consumido = 81,6 mg - é uma quantidade pequena (dentro do recomendado). Resolução: Propósito: Compor uma opção de lanche de acordo com suas preferências e observar a quantidade de açúcar e sódio ingeridos. Discuta com a turma: ● A sua escolha de lanche está dentro das recomendações diárias de açúcar e sódio ou já ultrapassou? se sim, em quanto? ● Se a quantidade de açúcar ou sódio não foram ultrapassadas quanto ainda se poderia consumir, quais desses itens seria uma outra opção de lanche em outro horário? ● Como poderia reduzir a quantidade de sódio e açúcar ingerido diariamente? ● Quais foram as melhores opções de lanches apresentados? Atividade 9: Orientação: Organize os alunos em duplas produtivas e solicite que leiam os diálogos, em seguida, peça que anotem no caderno as informações, termos e palavras desconhecidas para que posteriormente pesquisem seus significados no dicionário. (Essa aula poderá ser trabalhada em conjunto com o professor de ciências, para que explique o processo da pressão do fluxo sanguíneo e como o sal e o açúcar provocam a retenção de líquidos no organismo, exigindo do coração mais esforço em bombear o sangue para o corpo. Um vídeo explicativo sobre Pressão Arterial - Link do vídeo(https://www.youtube.com/watch?v=v_UyNI0yOnM) -, como também pode ser localizado no material de apoio para explicação do processo. Esclarecer aos alunos que para crianças e adolescentes os valores da pressão arterial são diferenciados e apresentados em tabelas de acordo com sexo e idade, (disponíveis em consultórios médicos). https://www.youtube.com/watch?v=v_UyNI0yOnM Figura 6 - Diálogo Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018d). Figura 7 - Diálogo Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018d). Propósito: Estabelecer a relação entre quantidades de pequenas unidades de medidas de massa e capacidade e sua importância na prevenção da saúde. Discuta com a turma: ● Se eles consomem comidas muito doces ou muito salgadas? ● Se algum aluno ou alguém da sua família tem problemas de saúde devido a problemas com alimentação? ● A importância das unidades de medidas para a nossa saúde, ou seja, para uma vida saudável? Atividade 10: O Vovô Pedro gosta muito de beber sucos prontos e refrigerantes. Olhando as informações nutricionais, vi que em cada garrafa de 280 ml de refrigerante que ele bebe tem uma grande quantidade de açúcar. São em torno de 31 g de açúcar e 18 mg de sódio. Já nas garrafas de 335 ml de sucos prontos, há 49 g de açúcar e 5,9 mg de sódio. Ele consome diariamente uma garrafa de refrigerante no almoço e outra no jantar. No lanche da tarde é um copo de 500 ml de suco. De acordo com essas informações, qual é a ingestão diária de açúcar e sódio ingerida por meu avô? Ele pode estar apresentando um quadro de hipertensão? Considere: Recomendações (OMS): 50 g diárias de açúcar 5 g de sal ou 2000 mg de sódio Os valores ideaisde uma pressão arterial situa-se em torno de 120/80 mmHg e valores superiores a 140/90 mmHg, já se considera esta em uma situação de Hipertensão. Orientação: Apresente o problema aos alunos, você poderá imprimir esta atividade aqui. Solicite que a dupla responda as questões em seus cadernos (5 minutos). Reserve um tempo para um debate coletivo e deixe que as duplas compartilhem o que discutiram e como chegaram ao resultado. Nesse processo de troca terão a oportunidade de observar como encontraram a solução. Resolução da atividade: Primeiramente vamos anotar as quantidades de açúcar e sódio ingeridos pelo avô de João diariamente no almoço e no lanche da tarde: Refrigerante: 2 garrafa de 280 ml Açúcar : 31g x 2 = 62 g Sódio: 18 mg x 2 = 36 mg Suco pronto: Quantidade 335 ml 49g (açúcar) 5,9 mg (sódio) Quantidade 500 ml x y x: quantidade de açúcar em 500ml de suco; y: quantidade de sódio em 500ml de suco. Se aumentarmos a quantidade de ml ingeridos aumenta-se a quantidade de açúcar e sódio, logo: 335𝑚𝑙 = 49𝑔 335𝑚𝑙 = 5,9𝑔 500𝑚𝑙 = 𝑥 500𝑚𝑙 = 𝑦 𝑥 = 49𝑔 𝑥 500𝑚𝑙 335𝑚𝑙 = 73, 13𝑔 𝑦 = 5, 9𝑔 𝑥 500𝑚𝑙 335𝑚𝑙 = 8, 8𝑚𝑔 As quantidades de açúcar e sódio ingeridos pelo Sr. Pedro diariamente no almoço e no lanche da tarde são: Açúcar: Refrigerante: 62g Suco: 73,13g Total: 135,13g Sódio: Refrigerante: 26mg Suco: 8,8mg Propósito: Levar o aluno a saber relacionar as unidades de medidas (quantidades ingeridas) de massa e capacidade em situações relacionadas à saúde. Discuta com a turma: ● Como organizaram a resolução do problema do avô de João? ● Qual etapa foi mais fácil resolver? ● Se julgar oportuno, registre uma resposta no quadro e pergunte se alguém encontrou outra resposta e como fez para obtê-la. Quadro 4 - Guia de Intervenções Possíveis dificuldades na realização da atividade Intervenções - O aluno pode sentir dificuldade em estruturar o problema. - O professor pode questionar ao aluno sobre situações do seu cotidiano como também a atividade realizada no aquecimento e relacionar com a atividade principal. - Em razão da necessidade de realizar diferentes etapas de resolução. - O professor pode levar o aluno a refletir em cada informação, bem como outras maneiras de reescrever o problema. Pedir para que os alunos comparem as soluções com um colega, pois isso já o leva a perceber que há uma construção de procedimentos para a resolução. - Em associar as referências para elaboração da resolução da questão e a conclusão sobre o quadro de hipertensão. - O professor pode pedir para o aluno ler a questão e ir anotando as informações fornecidas de maneira organizada e ir fazendo associações das quantidades indicadas. - Cálculo com números decimais (não inteiros), utilizando as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão deste tipo. Mostrar aos alunos que a representação de medidas é facilitada pelo uso de unidades de medidas padronizadas que empregam múltiplos e submúltiplos decimais. Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018d). SAIBA MAIS Para saber mais como trabalhar com este tema com a sua turma do 7º ano, sugerimos a leitura do plano de aula disponível no site da Revista Nova Escola. Fonte: NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 7º ano / Grandezas e Medidas. Saúde, o açúcar e o sódio em alimentos - medidas de massa, capacidade e volume. Elaborado por Lábita Fabiana Sousa Azevedo, 2018d. Disponivel em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/saude-o-acucar-e-o-sodio-em- alimentos-medidas-de-massa-capacidade-e-volume/391 Acesso em: 10 fev. 2022. #SAIBA MAIS# https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/saude-o-acucar-e-o-sodio-em-alimentos-medidas-de-massa-capacidade-e-volume/391 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/saude-o-acucar-e-o-sodio-em-alimentos-medidas-de-massa-capacidade-e-volume/391 3 GRANDEZA TEMPO Acadêmico(a), como estudado na primeira unidade de nosso material, a BNCC traz algumas habilidades para que possa ser desenvolvida com os alunos do 6º ano do ensino fundamental, como: Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento (BRASIL, 2018, grifo das autoras). Atividade “Ler horas” - material retirado da autora Lima (2017). Objetivos: - Realizar leitura de horas. Forma de realização: atividade individual. Materiais utilizados: papel bobina, canetinha. Desenvolvimento da atividade: Fazer no papel bobina um relógio sem ponteiros marcando o centro com um ponto. Pedir a um aluno que se coloque no centro do relógio para ele servir de ponteiro. O seu braço esquerdo será o ponteiro grande, e a sua perna direita o ponteiro pequeno. O aluno marca as horas com o seu próprio corpo. Observação: Conversar com os alunos sobre a representação das horas, falar dos ponteiros e da posição dele no relógio. Pedir que os alunos registrem as horas no caderno. Atividade “Tempo de duração” Objetivos: - Calcular estimativas do tempo de duração; - Realizar a leitura de horas. Forma de realização: atividade individual. Materiais utilizados: Exercícios contextualizados (em folhas avulsas) Desenvolvimento da atividade: Solicitar que o aluno estime o horário de encerramento de um evento dado o seu horário de início. Veja o exemplo: Quando Renata colocou uma torta para assar, o relógio marcava: Figura 8 - Relógio A torta ficou pronta em 35 minutos. Que horário o relógio estava marcando quando a torta ficou pronta? Atividade “Confecção de um relógio” Objetivos: - Confeccionar um relógio; - Realizar a leitura de horas. Forma de realização: atividade individual. Materiais utilizados: cartolina, canetinha, cola. Desenvolvimento da atividade: Fazer com os alunos um disco de cartolina, com duas tiras finas de tamanhos diferentes presas ao centro. Cada aluno deve confeccionar seu próprio relógio. Observação: Esta atividade permitiu que os alunos pudessem mexer com os ponteiros do relógio modificando as horas e os minutos. Cada aluno, um de cada vez, marcava determinada hora e os minutos e os demais colegas do grupo realizavam a leitura dessa hora marcada, e assim, seguiu até que todos os componentes do grupo realizassem a atividade. Outros exemplos de atividades relacionado com o tempo para turma de 6º ano: ● Vanice começou a estudar às 8h20min. E terminou às 12h50min. Durante quanto tempo ela estudou? ● Durante um grande prêmio de Fórmula 1, o vencedor recebeu a bandeira com o tempo de 1h58min40s. O segundo colocado recebeu a bandeira 1 minuto e 30 segundos após o vencedor. Qual é o tempo de prova do segundo colocado? ● Numa partida de futsal, o juiz prorrogou o tempo regulamentar em 3 minutos e 35 segundos. Esse tempo prorrogado pelo juiz em segundo é? ● Uma confeiteira preparou um bolo de aniversário e colocou-o no forno às 14h35min. O bolo finalmente ficou pronto após 55 minutos. Desse modo, a confeiteira retirou o bolo do forno às? ● A aula de matemática iniciou às 9h e 35min. E tem duração de 1h e 50min. Em que horário a aula de matemática se encerrou? ● Rau correu a Maratona de São Paulo em 2019. Ele fez o percurso em 3 horas e 24 minutos. Quantos tempo em minutos Rau gastou para concluir aMaratona? ● O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é produzida e transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro. O olho humano enxerga 12 imagens por segundos. Desse modo, durante 60 segundos, quantas imagens o olho humano consegue enxergar? ● Uma escola técnica oferece um curso de informática que dura 49 dias. O aluno terá aulas todos os dias da semana, inclusive aos sábados e domingos. Quantas semanas serão necessárias para conclusão do curso? CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos aqui nossos estudos acerca da nossa terceira unidade da disciplina de Grandezas e Medidas, na qual trabalhamos práticas pedagógicas envolvendo resolução de problemas referente a grandezas de comprimento, massa e tempo. O intuito de trabalharmos tais problemas é preparar você, futuro (a) professor (a) para a sala de aula, nosso objetivo não é somente que o educador saiba a resposta correta e o modo de resolução, mas que também consiga identificar outras possibilidades, respeitando os conhecimentos adquiridos e aplicados pelos alunos, mesmo que de maneira fora do “padrão”. Em sala de aula, podem surgir muitos questionamentos e dúvidas relativas aos conteúdos, com propósito de auxiliar nesse processo de mediação, trabalhamos guias de intervenções contendo “Possíveis dificuldades na realização da atividade” e as “Intervenções” que podemos realizar para sanar tais dificuldades. Esperamos que os conteúdos trabalhados tenham proporcionado a aquisição de novos conhecimentos e que te incentive a procura de mais. Aguardamos você, acadêmico (a) em nossa próxima unidade. Abraços! LEITURA COMPLEMENTAR Acadêmico(a), visando complementar seu estudo acerca de práticas pedagógicas, consulte as fontes indicadas a seguir: ● PAIVA, Ana Maria Severiano de; SÁ, Ilydio Pereira de. Educação matemática crítica e práticas pedagógicas. Revista Ibero-Americana de Educação, Araraquara - Sp, v. 2, n. 55, p. 1-7, mar. 2011. Disponível em: https://rieoei.org/historico/deloslectores/3869Severiano.pdf. Acesso em: 25 mar. 2022. ● MILANEZI, Pollyanna Lara. A participação da matemática em práticas pedagógicas interdisciplinares. 2006. 129 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado da Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-85TQ84/1/1000000614.pdf. Acesso em: 25 mar. 2022. ● ROMANATTO, Mauro Carlos. Resolução de problemas nas aulas de matemática. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 6, n. 1, p. 299-311, maio 2012. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/413. Acesso em: 25 mar. 2022. https://rieoei.org/historico/deloslectores/3869Severiano.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-85TQ84/1/1000000614.pdf http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/413 LIVRO • Título. A arte de resolver problemas • Autor. George Pólya • Editora. Interciência • Sinopse Uma grande descoberta resolve um grande problema, mas há sempre uma pitada de descoberta na resolução de qualquer problema. O problema pode ser modesto, mas se ele desafiar a curiosidade e puser em jogo as faculdades investidas, quem o resolver por seus próprios meios, experimentará a tensão e gozará o triunfo da descoberta. Experiências tais, numa idade susceptível, poderão gerar o gosto pelo trabalho mental e deixar, por toda a vida, a sua marca na mente e no caráter. FILME/VÍDEO • Título. Mentes que brilham • Ano. 1991 • Sinopse Aos sete anos Fred Tate (Adam Hann-Byrd) demonstra ter talentos extremamente precoces, se destacando em áreas distintas como matemática e artes. Ele tem consciência de seu dom, da mesma forma que conhece a responsabilidade que ele lhe traz. Dede Tate (Jodie Foster), sua mãe, trabalha como garçonete em um restaurante chinês e luta para que o filho tenha uma vida normal. O maior medo de Dede é que Fred seja visto como alguém anormal, devido aos seus talentos. Só que, ao tentar lhe dar uma educação normal, Dede também limita seu potencial. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf Acesso em: 10 jan. 2022. LIMA, Alana. Ensino de grandezas e medidas: uma proposta com materiais didáticos manipuláveis para o 6º ano do ensino fundamental. 2017. 107 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia) - Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2017. Disponível em: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2523/2/PG_PPGECT_M_Lima%2C% 20Alana_2017_1.pdf Acesso em: 18 fev. 2022. METRO. Aulete digital. Disponível em https://www.aulete.com.br/metro Acesso em: 18 fev. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 5º ano / Grandezas e Medidas. Obter medidas de comprimento através de estimativas. Elaborado por Rosélia Sezerino Fenner, 2018a. Disponível em: https://novaescola.org.br/imprimir-plano-de- aula?download=true&id=9609&inc=info;ori;mat-comp;cartao;ed-infantil Acesso em: 10 fev. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 8º ano / Grandezas e Medidas. Resolução de Problemas envolvendo o Comprimento da Circunferência. Elaborado por Leonardo Anselmo Perez, 2018b. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/matematica/resolucao-de- http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2523/2/PG_PPGECT_M_Lima%2C%20Alana_2017_1.pdf https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2523/2/PG_PPGECT_M_Lima%2C%20Alana_2017_1.pdf https://www.aulete.com.br/metro https://novaescola.org.br/imprimir-plano-de-aula?download=true&id=9609&inc=info;ori;mat-comp;cartao;ed-infantil https://novaescola.org.br/imprimir-plano-de-aula?download=true&id=9609&inc=info;ori;mat-comp;cartao;ed-infantil https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/matematica/resolucao-de-problemas-envolvendo-o-comprimento-da-circunferencia/733 problemas-envolvendo-o-comprimento-da-circunferencia/733 Acesso em: 10 fev. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 7º ano / Grandezas e Medidas. Medidas de massa na alimentação. Elaborado por Lábita Fabiane Sousa Azevedo, 2018c. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/medidas-de- massa-na-alimentacao/390 Acesso em: 10 fev. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 7º ano / Grandezas e Medidas. Saúde, o açúcar e o sódio em alimentos - medidas de massa, capacidade e volume. Elaborado por Lábita Fabiana Sousa Azevedo, 2018d. Disponivel em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/saude-o- acucar-e-o-sodio-em-alimentos-medidas-de-massa-capacidade-e-volume/391 Acesso em: 10 fev. 2022. UNIDADE IV PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS DE MEDIDAS ENVOLVENDO GRANDEZAS ÁREA, CAPACIDADE E VOLUME Professora Especialista Genilda de Lourdes Guimarães Professora Especialista Vanice Vieira Fernandes Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Grandeza área; • Grandeza capacidade; • Grandeza volume. Objetivos de Aprendizagem: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/matematica/resolucao-de-problemas-envolvendo-o-comprimento-da-circunferencia/733 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/medidas-de-massa-na-alimentacao/390 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/medidas-de-massa-na-alimentacao/390 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/saude-o-acucar-e-o-sodio-em-alimentos-medidas-de-massa-capacidade-e-volume/391https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/saude-o-acucar-e-o-sodio-em-alimentos-medidas-de-massa-capacidade-e-volume/391 • Trabalhar com resolução de problemas envolvendo grandezas área, capacidade e volume; • Estabelecer a importância de resoluções de problemas de medidas. INTRODUÇÃO Prezado(a) acadêmico(a), Seja bem-vindo(a) à Unidade IV da disciplina de Grandezas e Medidas. Nesta última unidade, intitulada “PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS DE MEDIDAS ENVOLVENDO GRANDEZAS ÁREA, CAPACIDADE E VOLUME”, estudaremos sobre resoluções de problemas envolvendo grandezas de área, capacidade e volume. Em tais problemas traremos o objetivo no qual pretendemos atingir, assim como orientações acerca de como trabalhar o problema partindo da realidade do aluno, baseando-nos em propósitos, possíveis discussões a serem trabalhadas com a turma de como resolver o problema e também discutir sobre o modo no qual foi realizada a resolução. Buscando através desse processo e com o feedback dos alunos, retroalimentar as informações obtidas até chegarmos no encerramento do problema, em que esperamos que haja mais de uma solução apresentada. É notório que há dificuldade de compreensão de conteúdos e aplicação dos mesmos, assim, montamos guias de intervenções contendo “Possíveis dificuldades na realização da atividade” e as “Intervenções” que podemos realizar para sanar tais dificuldades. Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa primeira unidade. Boa leitura! 1 GRANDEZA ÁREA Acadêmico(a), como estudado na primeira unidade de nosso material a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz algumas habilidades para que possa ser desenvolvida com os alunos do 5º ano do ensino fundamental, como: Resolver e elaborar problemas envolvendo medidas das grandezas; comprimento, área massa, tempo, temperatura e capacidade, recorrendo transformações entre as unidades mais usuais em contextos socioculturais. (BRASIL, 2018). Partindo desta habilidade, podemos trabalhar a resolução de problemas envolvendo áreas de figuras planas irregulares. Objetivo: Calcular área aproximada de superficies planas irregulares. Orientação: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo para a turma. Propósito: Compartilhar o objetivo da aula. Retomada: Figura 1 - Área do retângulo Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018). Orientações: Projete a atividade do slide, ou o professor pode desenhar a figura no quadro. Lance o questionamento para a turma sobre como calcular a área dessa figura sem contar os quadrinhos um a um. Propicie um momento para que a turma analise a figura, elaborem suas estratégias para obter a área da figura pedida. A intenção da atividade é retomar a ideia do cálculo de área do retângulo que pode ser obtido pela multiplicação das medidas de seus lados. Ao observar a figura, espera-se que o aluno perceba que não é necessário contar os quadrinhos um a um para saber a área da figura, já que ela é composta de 4 fileiras horizontais e 5 verticais, o que resulta no total 20 quadradinhos (4 x 5 = 20). Como cada quadradinho tem área de 1 cm², a área da figura completa é igual a 35 cm². Dê continuidade na retomada explorando a figura 1. Propósito: Relembrar cálculo de área de figuras planas obtido através da multiplicação de seus lados. Discuta com a turma: ● Qual é a medida do segmento de cada quadradinho da primeira figura? ● Qual o significado de área? ● Qual é a superfície de área de cada quadradinho? ● Quantas unidades de área há na primeira linha horizontal desta figura? ● E na vertical? ● Quantas unidades de área de 1 cm² cabem nesta figura? ● De que maneira posso calcular a área dessa figura sem precisar contar os quadradinhos um a um? Retomada: Figura 2 - Área da figura Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018). Orientações: Projete a figura 2, ou desenhe-a no quadro. Provoque os alunos a refletirem sobre a seguinte pergunta: Quantas e quais figuras vocês podem observar nesta imagem? Aqui poderá surgir diferentes figuras identificadas, dependendo da forma de visualização (1 retângulo 3 cm x 2 cm e dois quadrados de 2 cm x 2 cm; 1 retângulo de 3 cm x 2cm e 1 retângulo de 4 cm x 2 cm; 4 retângulos de 1 cm x 2 cm e 3 retângulos de 1 cm x 2 cm…). Fique atento se os alunos visualizaram um quadrado maior de 4 cm x 4 cm. Caso ninguém tenha percebido essa figura, provoque-os de forma que percebam que os retângulos são resultado da decomposição do quadrado. Desafie-os agora a calcularem a área dessa figura. Questione-os qual a maneira de calcular? Por onde começar? Este é o momento do professor conduzir os questionamentos de maneira que fique bem claro a diferença entre área de uma figura plana e perímetro. Pergunte como fariam para calcular quantos metros de barbante precisaria para contornar essa figura. E se o formato dessa figura fosse o de um piso e eu quisesse colocar cerâmicas, como faria para saber a quantidade que deveria comprar? Determine um tempo para que em duplas registrem no caderno suas conclusões. Após as explorações de estratégias, discutir com a turma as formas de resolução que encontraram, permitindo que expressem o modo que pensaram para encontrar as medidas. Neste segundo exemplo, espera-se que o aluno tenha primeiro explorado o processo de decomposição de figuras. Uma das formas consiste em dividir a área da figura maior em dois retângulos de medidas diferentes, assim, calcula-se a área dos dois retângulos separadamente, multiplicando as duas dimensões dadas. Adiciona-se as duas áreas encontradas e assim tem-se a área total da figura. Após terem concluído a atividade peça que expliquem no caderno como calcular a área de quadrados e de retângulos sem riscar ou contar quadradinhos. Esses conceitos são importantes para que o aluno possa compreender o cálculo de área de figuras regulares, para ampliar para o conceito de estimativa de regiões irregulares. Propósito: Relembrar cálculo de área de figuras planas através da decomposição da figura. Discuta com a turma: ● Qual o formato da segunda figura? ● Quantas e quais figuras vocês conseguem visualizar? ● Essas figuras têm as mesmas medidas? ● Quais são as medidas dessas figuras? ● Como vocês fariam para calcular o perímetro dessa figura? ● Como vocês fariam o cálculo da área dessa figura? Atividade 1: Figura 3 - Pergunta da Atividade 1 Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018). Orientações: Para esta atividade sugere-se agrupar os alunos em duplas, tendo em vista que, a atividade em duplas ou mesmo grupos instigam o aluno a pensar do ponto de vista do outro, em condições igualitárias. Nas atividades de interação entre colegas, os alunos arriscam-se mais, sem medo de errar. Projete a atividade, ou escreva-a no quadro. Em seguida, distribua uma cópia da atividade do slide 6 para que os alunos possam discutir a questão e fazer as estimativas. Figura 4 - Ilustração da Atividade 1 Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018). Dê um tempo para que os alunos possam discutir a questão e elaborar suas estratégias. Durante as discussões das duplas, cabe ao professor instigar os alunos a participarem ativamente da atividade, observe as hipóteses que estão sendo debatidas, os argumentos usados para defender seu ponto de vista. Circule pela sala, observe a maneira como estão conduzindo a realização da tarefa proposta, se a habilidade de estimar que está sendo aplicada corresponde a essa ideia. São nessas observações que o professor poderá avaliar quais são as dificuldades dos alunos para intervir com êxito. Neste momento, apenas faça questionamentos para ampliar o esforço produtivo do aluno: “Por que vocês decidiram fazer dessa forma?”, “ Existe outra maneira de fazer?”,“ Que tal vocês explicarem tudo isso no caderno de vocês, todas essas possibilidades?”. Recomende aos alunos para não sobrepor a malha quadriculada na figura da árvore, a ideia neste momento não é contar os quadrinhos e sim fazer estimativas. Propósito: Fazer com que os alunos ampliem seus conhecimentos sobre medidas de superfície, explorando o cálculo de área de uma figura não regular por meio de estimativas. Discussão de soluções 1: Figura 5- Ilustração da discussão de solução 1 Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018). Orientações: Este é o momento de analisar e discutir as estratégias, comparar os resultados obtidos pelos alunos, coletivamente. Projete ou desenhe a imagem e provoque os alunos para que discutam com sua dupla, qual foi a estratégia empregada para chegar no cálculo da área da figura. Alguma dupla usou a mesma estratégia para chegar no resultado? Compare as respostas, se houve muita diferença entre a estimativa apresentada das estimativas dos alunos. Propósito: Incentivar os alunos a discutir diferentes estratégias de estimativas. Discuta com a turma: ● A estimativa que vocês fizeram, foi muito diferente desta apresentada agora? ● De quanto foi essa diferença? ● Como foi que vocês fizeram a primeira estimativa? ● Como vocês explicariam a estratégia usada para o cálculo da área desta figura, agora apresentada na malha quadriculada? ● O raciocínio apresentado na estimativa da área desta figura foi igual ao que vocês pensaram? Quem pode explicar como pensou? ● Existem outras formas de calcular a área aproximada da figura da árvore? Como posso fazer isso? ● O resultado da estimativa dessa área será o mesmo? Discussão de soluções 2: Figura 6- Ilustração da discussão de solução 2 Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018). Orientações: Abra espaço para mais esta discussão. A proposta de apresentar diferentes modos de resolução permite enunciações do aluno que exijam dele diferentes modos de pensar, como, por exemplo, ele pode multiplicar grandezas lineares ou contar as unidades de área. Ao comparar as variações, estabelecem relações entre seus resultados. Projete ou desenhe a imagem novamente no quadro, caso não seja possível, em uma cópia da atividade faça o contorno da área, destacando com uma canetinha colorida como mostra no slide com antecedência e entregue para cada aluno uma cópia. Peça que analisem e discutam as diferenças que encontraram entre as duas imagens. Novamente oriente para que expliquem como foi feito o cálculo da área neste procedimento, se a estratégia usada foi a mesma e se houve alterações no resultado, entre a primeira estimativa (do aluno), a estimativa da segunda figura apresentada com o resultado que encontraram nesta terceira figura. Observe, se todos os alunos estão participando ativamente expondo suas ideias. A proposta de apresentar diferentes modos de resolução permite enunciações do aluno que exijam dele diferentes modos de pensar, como, por exemplo, ele pode multiplicar grandezas lineares ou contar as unidades de área. Ao comparar as variações, estabelecem relações entre seus resultados. É interessante pedir a alguns alunos que vão até o quadro, diante do slide projetado ou do desenho no quadro e explique, como foi feito o cálculo neste caso. Por último, instigue os alunos a refletirem sobre tudo o que foi discutido de forma que possam compreender que as variações que ocorreram deve-se ao fato de ser um resultado aproximado, está entre um resultado mínimo aceitável e um máximo permitido. Propósito: Incentivar os alunos a compartilhar as diferentes maneiras que encontraram para estimar a área da figura dada. Discuta com a turma: ● Vocês perceberam alguma diferença entre o resultado estimado na figura anterior e esta? ● Que diferenças foram essas? ● Por que isso aconteceu? ● Como você explicaria o procedimento usado para estimar a área desta figura? ● O resultado encontrado através deste procedimento é muito diferente em relação ao outro da figura anterior? ● Quais dos dois resultados você considera que está correto? ● Explique como foi que você chegou a essa conclusão. ● Você acha que é possível encontrar outro resultado, diferente dos já apresentados? Como? Resolução da atividade 1: Resposta: Inicialmente, a proposta é estimar o cálculo da área da figura irregular. Por se tratar de uma estimativa, exige do aluno habilidade visual, senso numérico e estratégia pessoal. Por isso,é importante discutir com o aluno as estratégias pessoais que utilizou para estimar esse número. Na sequência, será apresentado diferentes procedimentos de cálculo. 1ª procedimento de cálculo - área externa: Esta pode ser uma das várias maneiras do aluno calcular o número de quadradinhos que cobrem a superfície da figura da árvore: Nesta representação, a área foi calculada fazendo primeiro o contorno por fora dela, passando pelas linhas da malha, e calculando a área da figura formada por esse contorno, através da contagem de quadrículas. A área por excesso da região contornada é 71 unidades de área, aproximadamente. 2ª procedimento de resolução - área interna: O procedimento usado agora consiste em fazer um contorno por dentro da figura da árvore, passando pelas linhas da malha, calculando a área da figura formada por esse contorno, utilizando o recurso da contagem de quadrículas. Assim, a área por falta da figura é de 43 unidades de área, aproximadamente. Para se chegar a uma solução mais próxima do exato, é preciso observar as propriedades da figura. Por exemplo: A mínima parte da unidade de área da quadrícula da linha 1 e coluna 3, quando encaixada na unidade de área na quadrícula da linha 1 coluna 8, irá completar uma unidade de área inteira. 3ª procedimento de resolução: A área aproximada da figura pode ser compreendida entre a medida que está entre a máxima e a mínima, e que fica bem no meio. A área compreende duas medidas, neste caso, o resultado ficou entre a mínima, 43 quadradinhos e 71 quadradinhos a máxima. Para determinar a área aproximada da figura, pode ser feito uma média aritmética da quantidade de quadradinhos. Neste caso o resultado será de 57 quadradinhos aproximadamente. 43 + 71 = 114 114 : 2 = 57 quadradinhos. Encerramento: A área de figuras irregulares pode ser obtida através de diferentes procedimentos. Para determinar a área aproximada da figura, pode ser feita uma média aritmética da medida que está a máxima e a mínima. Orientações: Reforçar a ideia de que a área de figuras irregulares tem como resultado um número aproximado. Propósito: Fazer um fechamento desta aula de acordo com o objetivo apresentado. Acadêmico(a), agora apresentaremos o quadro 2 guia de intervenções para a resolução de problemas envolvendo áreas de figuras planas irregulares trabalhadas anteriormente com a turma do 5º ano. Quadro 2 - Guia de intervenções - estimando área de figuras irregulares Possíveis dificuldades na realização da atividade Intervenções - Senso numérico e habilidade de estimar pouco desenvolvidos. - Dificuldades em comparar e completar quantidades. - Não consolidou o conceito de área. - A primeira tarefa da atividade era aplicar o conhecimento do aluno em uma das habilidades matemáticas que envolvem as noções de grandeza e medidas: explorar o cálculo de área de uma figura através de estimativas. Esse conceito promove a prática de estratégias de contagem mais maduras e eficientes, porém, exige representações mentais, estratégias pessoais: o desenvolvimento do senso numérico. Tais conhecimentos irão favorecer para o aluno a construção de aprendizagens conceituais para resolução aritmética (contagens que permitam a descoberta de relações matemáticas). - O senso numérico permite ao aluno ser capaz deestimar quantidades, reconhecer erros de medida, de fazer comparações. Por isso, quando o professor perceber que o aluno pensa que tudo pode ser resolvido da forma convencional, não reconhecendo que há outras maneiras de solucioná-lo, deverá ser feita uma intervenção, porém, através de recursos que desenvolvam autonomia do aluno, permitindo que eles confiem em seu próprio pensamento, falando por si mesmos, refletindo sobre o que fizeram, analisando e organizando todas as suas estratégias, ações, para que possam avançar seu nível de conhecimento. Inicialmente faça uma sondagem para entender a dificuldade do aluno: “Que tal você me explicar como foi que você contou a quantidade de quadrinhos que cobrem a figura da árvore?” Para realizar a estimativa pedida, requer do aluno comparar a unidade estabelecida na malha com a figura representada (árvore). Nesta experiências intuitiva e informal, a estimativa do aluno deve vir acompanhada de uma noção do espaço e da unidade escolhida, o que pode tornar a tarefa ainda mais difícil. - Neste caso, faça uma retomada com o trabalho de medidas exatas de objetos comuns à sua vivência, até chegar ao cálculo de medidas aproximadas. Faça com que ele entenda que estimar é comparar, “quantas vezes a unidade pedida cabe dentro do que está sendo medido”. Desafie-o a fazer comparações com unidades diferentes de medida, por exemplo: Calcule a área de cada uma das figuras usando: - O quadradinho verde como unidade de área. - O retângulo vermelho como unidade de área. Neste exemplo pergunte ao aluno: “Quantos quadradinhos verdes ocupam a mesma superfície que a figura A?” 8 quadradinhos verdes. “Quantos retângulos vermelhos ocupam a mesma superfície que a figura A?” 4 retângulos vermelhos. “Quantos quadradinhos verdes ocupam a mesma superfície que a figura B?” 7 quadradinhos verdes. “Agora, quantos retângulos vermelhos ocupam a superfície da figura B?” 3 retângulos e meio (3,5). “Por que o número de retângulos vermelhos que ocupam a superfície das figuras A e B é diferente do número de quadradinhos verdes que ocupam essa mesma área? Espera-se que o aluno perceba que o quadradinho verde (unidade de área) é menor que o retângulo (unidade de área), por isso é preciso mais quadradinhos verdes do que retângulos vermelhos para ocupar a mesma superfície. Converse com os alunos sobre o fato de os quadradinhos da malha auxiliarem na comparação das medidas da superfície ocupada por cada uma das figuras. Espera-se que digam que, ao contar quantos quadradinhos e retângulos cabem na figura, eles possam comparar a medida de uma com a outra. Esta atividade também poderá auxiliar o aluno no conceito de área. Questione se ele entendeu qual o significado de área. Espera-se que ele responda que é um número que expressa uma quantidade, ou seja, a superfície. “Como você pode calcular a área da figura A?” E da figura B?” O aluno pode confundir o conceito de unidade área com medidas lineares de comprimento. Neste caso, ele irá contar os quadrinhos um a um, sem perceber que cada fileira tem a mesma quantidade de quadrinhos, passando a calcular por meio da adição de parcelas iguais, não recorrendo à multiplicação, que assume um papel importante na resolução de problemas de contagem. Além da malha quadriculada, utilize o material dourado, que oferece possibilidades de atividades relacionadas à multiplicação. Este material apresenta uma vantagem na sua característica tridimensional que facilita a visualização e manejo das peças. Peça ao aluno que represente a figura A com o material dourado na carteira. Explique pra mim, quantas unidades de cubinho você usou para formar a figura? Peça a ele que explique como contou. Ele poderá responder que contou um a um. Será que tem outra forma de contar os cubinhos sem ser um a um? Deixe o aluno pensar e discuta com ele as ideias que ele apresentar. Ele poderá fazer a seguinte adição: 4 + 1 = 5, ou, multiplicar, 4 x 1 = 4. Isso fará com que ele mesmo perceba que os resultados não correspondem com o apresentado no início do questionamento, 8 cubinhos. Então, desafie-o: Quantas fileiras e quantas colunas você consegue identificar nesta figura? Espera-se que ele responda que há duas fileiras e 4 colunas. Esta conclusão nos remete à ideia de configuração retangular 2 x 4 = 8 cubinhos, ou seja, ele pode multiplicar o número de fileiras de cubinhos pelo número de colunas, obtendo assim a quantidade total de cubinhos, que neste caso é a superfície ocupada por eles. A propriedade comutativa também é evidenciada e pode ser melhor compreendida, pois o aluno pode se apoiar no senso numérico compreendendo que se trata de um reagrupamento da mesma quantidade (8 cubinhos que são agrupados em 2 subconjuntos de 4 itens, ou, 4 subconjuntos com 2 itens, em ambos os casos, a quantidade de ítens permanece a mesma. Um recurso para que o aluno possa consolidar o conceito de área, é realizar atividades de recobrimento, nas quais eles possam usar quadradinhos para compor figuras de formas usuais (quadrados, retângulos, triângulos…). Atividades de ladrilhamento também é um recurso que pode ser usado para efetuarem o cálculo de área e outros cálculos para saberem quantos quadrinhos faltam para completar a área. - Não distinguir as diferenças entre figuras regulares e irregulares. Neste caso, é necessária uma intervenção de modo que o aluno estabeleça as diferenças entre essas classificações dos polígonos. Utilize o desenho da árvore e de um retângulo. Pergunte a ele: Você consegue perceber alguma diferença entre essas duas figuras? Fale para mim que diferenças são essas? Quantos lados e quantos ângulos você consegue identificar na figura do retângulo, eles são iguais? E na figura da árvore? São iguais? Essas perguntas farão com que o aluno compreenda que o retângulo possui lados e ângulos iguais, são congruentes entre si, portanto é uma figura regular. No caso da figura da árvore, não apresenta essas características, ou seja, os lados e ângulos não são iguais, não têm congruência entre eles, por isso são denominados de irregulares. O aluno pode compreender também que toda figura regular possui uma expressão matemática responsável pelo cálculo. Exemplo: área do retângulo 2 x 4 = 8 unidades de área, é exato. Para as figuras irregulares, como o caso da árvore, o cálculo da área ocorre de uma forma especial. Devemos transpor a figura sobre um papel quadriculado e obter uma medida aproximada da superfície ocupada pela figura da árvore. Aproveite o momento, para discutir as diferentes estratégias de cálculo da área da figura da árvore. Ao transpor a figura na malha quadriculada, peça que faça o contorno passando pelas linhas da malha, e calculando a área da figura formada por esse contorno, através da contagem de quadrinhos. A área por excesso da região contornada é 71 unidades de área, aproximadamente. Em seguida, peça que contorne por dentro da figura da árvore, passando pelas linhas da malha, calculando a área da figura formada por esse contorno, utilizando o recurso da contagem de quadrinhos. Assim, a área por falta da figura é de 43 unidades de área, aproximadamente. Pergunte ao aluno: Os resultados foram iguais? Por que os resultados foram diferentes? Como calcular, então, um resultado mais aproximado entre esses números? Através desses questionamentos o professor pode incentivar o aluno a compreender que o resultado (estimativa) neste caso, é um valor aproximado, que está entre 43 e 71. Para um resultado ainda mais aproximado, utiliza-se a média aritmética da quantidade de quadrinhos: 71 + 43 = 114 quadradinhos 114 : 2 = 57 quadradinhos Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018a).2 GRANDEZA CAPACIDADE Acadêmico(a), como estudado na primeira unidade de nosso material a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz algumas habilidades para que possa ver desenvolvida com os alunos do 6º ano do ensino fundamental, como: Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. Partindo desta habilidade, podemos trabalhar a resolução de problemas envolvendo capacidade. Objetivo: Realizar exercícios práticos envolvendo medida de capacidade. Orientação: Projete, escreva no quadro ou leia o objetivo para a turma. Propósito: Compartilhar o objetivo da aula. Aquecimento Orientação: Professor(a) relembrar com a turma que o litro é a unidade fundamental de capacidade. Entretanto, também é usado o quilolitro(kL), hectolitro(hL) e decalitro que são seus múltiplos e o decilitro, centilitro e o mililitro que são os submúltiplos. Como o sistema padrão de capacidade é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-se ou dividindo-se por 10. Atividade 2: Paula esteve doente. Como tinha muita tosse, o médico receitou um xarope para tomar de acordo com a receita médica. Receita Médica: Uma medida de 5ml, de 6 em 6 horas. Após 6 dias, tomar metade da dose, de 8 em 8 horas, durante 4 dias. Figura 7 - Ilustração do Xarope 120ml Fonte: A autora (2022). Paula fez o tratamento completo. Quantos vidros de xaropes Paula precisará comprar e se sobrar, qual a quantidade de xarope sobrou? Apresente o resultado em mililitros. Resolução: Quantidade em mililitros nos 6 primeiros dias: 6 𝑒𝑚 6 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 4 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑎𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑥 = 5𝑚𝑙 𝑥 4 𝑥 6 (𝑑𝑖𝑎𝑠) 𝑥 = 120 𝑚𝑙 Quantidade em mililitros nos 4 últimos dias: 8 𝑒𝑚 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = 3 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑎𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑥 = 2,5𝑚𝑙 𝑥 3 𝑥 4 (𝑑𝑖𝑎𝑠) 𝑥 = 30 𝑚𝑙 Total: 𝑥 = 120𝑚𝑙 + 30𝑚𝑙 𝑥 = 150𝑚𝑙 Paula deverá comprar 2 vidros de xarope e sobrará 90ml do segundo frasco. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Atividade 2=3: Marcos distribuiu 15 litros de água em garrafas com capacidade de 325ml cada uma. Se para cada garrafa que for encher, jogar fora 12ml de água, quantas garrafas serão usadas? Figura 8 - Ilustração de garrafas 325ml Fonte: autoras (2022). Resolução: Como há um desperdício de 12ml em cada garrafa, podemos considerar que cada garrafa comporta um total de 𝑥 = 325𝑚𝑙 (𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙) + 12𝑚𝑙(𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑑í𝑐𝑖𝑜) = 337𝑚𝑙 Nesse caso, o total de garrafas necessárias será: 15 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 = 15000 𝑚𝑙 𝑥 = 15000/337 𝑥 = 44,51 garrafas Portanto, precisará de 45 garrafas no total. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Atividade 4: Luís e seu pai levaram o gato ao consultório veterinário. Depois de examinar o animal, o médico veterinário recomendou a ingestão de um medicamento na seguinte proporção: 2,5 mL do remédio para cada 0,5 kg do gato, uma vez ao dia. Sabendo que o gato tem 5,5kg, quantos mililitros desse medicamento, o gato tem que ingerir por dia? Esse tratamento durou 8 dias, quantos mililitros do medicamento o gato ingeriu durante o tratamento? Figura 9 - Ilustração da atividade Fonte: autoras (2022). Resolução: Se 2,5 ml de remédio está para 0,5 kg do gato, então x ml de remédio está para 5,5 kg. Resolvendo a regra de três: 𝑥 = 2,5 𝑥 5,5 0,5 𝑥 = 27,5 𝑚𝑙 O gato ingeriu 27,5ml por dia. Sabendo que o tratamento durou 8 dias: 𝑦 = 27,5𝑚𝑙 𝑥 8 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑦 = 220 𝑚𝑙 no total ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Atividade 5: Para pintar a fachada da casa de sua filha Bia, Humberto vai precisar de 24 litros de tinta. Em uma loja, ele encontrou a tinta de que precisava disponível em latas de três tamanhos. Sendo elas: Lata Tipo 1: 18 litros = 140 reais. Lata Tipo 2: 3,6 litros = 30 reais. a) Por qual tipo de lata Humberto deve optar para gastar menos dinheiro e qual será esse gasto? b) E qual seria o maior valor gasto? c) Quantos litros de tinta sobrará no caso de optar por gastar menos dinheiro? Figura 10 - Ilustração dos três tipos de latas de tinta Fonte: autoras (2022). Resolução: a) A opção de menor gasto será comprar 1 lata do tipo 1 e duas latas do tipo 2: 𝑥 = (1 𝑥 𝑡𝑖𝑝𝑜 1) + (2 𝑥 𝑡𝑖𝑝𝑜 2) 𝑥 = (1 𝑥 140) + (2 𝑥 30) 𝑥 = 140 + 60 𝑥 = 200 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 b) A opção de maior gasto será comprar 7 latas do tipo 2: 𝑦 = 7 𝑥 𝑡𝑖𝑝𝑜 2 𝑦 = 7 𝑥 30 𝑦 = 210 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 c) Para saber a sobra de tinta faremos: 𝑧 = (1 𝑥 𝑡𝑖𝑝𝑜 1) + (2 𝑥 𝑡𝑖𝑝𝑜 2) 𝑧 = (1 𝑥 18) + (2 𝑥 3,6) 𝑧 = 18 + 7,2 𝑧 = 25,2 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 Sobrará 1,2 litros de tinta. SAIBA MAIS Para saber mais sobre Grandezas e Medidas: Medidas de Capacidade. As medidas de capacidade são grandezas utilizadas para estimar uma quantidade que está inserida em um reservatório/recipiente, ou seja, são empregadas na medição de líquidos. Assista ao vídeo disponível no link abaixo para compreender melhor: https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/eaja/grandezas-e-medidas-medidas-de- capacidade/ https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/eaja/grandezas-e-medidas-medidas-de-capacidade/ https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/eaja/grandezas-e-medidas-medidas-de-capacidade/ #SAIBA MAIS# 3 GRANDEZA VOLUME Acadêmico(a), como estudado na primeira unidade de nosso material a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz algumas habilidades para que possa ver desenvolvida com os alunos do 7º ano do ensino fundamental, como: Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de blocos retangulares, envolvendo as unidades usuais (metro cúbico, decímetro cúbico e centímetro cúbico). Partindo desta habilidade, podemos trabalhar a resolução de problemas envolvendo medidas do volume de blocos retangulares. Objetivo: Interpretar e aplicar o conhecimento de medidas de capacidade. Atividade 6: Seu João mora em um sítio e cultiva alface e cenoura em uma pequena área medindo 10m de frente por 14,4m de comprimento, para irrigação gasta diariamente em média de 21L de água por m², o espaçamento entre as cultivares é em torno de 55 cm. O Sr. João colhe as hortaliças 89 dias após o plantio. Agora ele deseja reduzir os custos e aumentar a produção, para isso resolveu aumentar a área de produção para 90m². No qual seguirá o mesmo esquema apresentado na figura ao lado. Também mudou o sistema de irrigação para irrigação por gotejamento que lhe proporciona 65% de redução no consumo de água. Para o armazenamento diário da água ele construiu uma cisterna de 0,9m de comprimento, 1,1 m de largura e 1,2 m de altura. Quantas hortaliças a mais seu João conseguirá produzir? A cisterna construída por seu João atenderá a necessidade diária de água para a irrigação após a implantação do novo sistema? Figura 11 - Ilustração da colheita de seu João Fonte: autoras (2022). Orientação: Solicite aos alunos que, em duplas, respondam as questões em seus cadernos. Circule pela sala observando a maneira como organizam a solução, não interfira no processo, apenas auxilie na reflexão dos conceitos. Reserve um tempo para um debate coletivo e deixe que as duplas compartilhem o que discutiram ecomo chegaram ao resultado. Nesse processo de troca terão a oportunidade de observar como encontrar a solução. Propósito: Entender a importância das unidades de medidas de capacidade, área e volume na agricultura em contexto local. Discuta com a turma: ● Como organizaram a resolução da produção de cultivo do seu João? ● Qual etapa foi mais complicada de resolver? ● Se julgar oportuno, registre uma resposta no quadro e pergunte se alguém encontrou outra resposta e como fez para obtê-la. Resolução: Diante do croqui apresentado por seu João, vamos calcular sua produção de hortaliças atual: Área de plantio do seu João: 6,2𝑚 𝑥 4𝑚 = 24,8 𝑚² Como as hortaliças foram divididas em 6 linhas com 55 cm de espaçamento temos: 55𝑐𝑚 = 0,55𝑚 ℎ𝑜𝑟𝑡𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠 = 6,2𝑚 0,55𝑚 = 11,27 = 11 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙ℎ𝑜𝑟𝑡𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠 = 11 𝑥 6 = 66 Total de hortaliças produzidas na nova área disponibilizada por seu João = x. Tabela 1 - Organização da regra de três para resolução Área de cultivo Hortaliças produzidas 24,8 m² 66 90 m² x Fonte: autoras (2022). 𝑥 = 66 𝑥 90 24,8 ≃ 240 Portanto, seu João aumentará sua produção em 174 hortaliças. Cálculo de irrigação diária da área de plantio atual: 21𝐿 = 1𝑚² 𝑥 = 24,8𝑚² ⇒ 𝑥 = 21 𝑥 24,8 = 520,8𝐿 Volume de água utilizado na área para plantação disponibilizada por seu João (em litros): Tabela 2 - Organização da regra de três para resolução Área de cultivo Hortaliças produzidas Água L/dia 24,8 m² 66 520,8 90 m² 240 y Fonte: autoras (2022). Como as grandezas são diretamente proporcionais, o aumento da área de cultivo aumentará a produção e a quantidade de água utilizada. Logo, 𝑦 = 240 𝑥 520,8 66 𝑦 = 1893,8 𝐿 Como há uma redução de 65% no volume de água utilizado no novo sistema de irrigação por gotejamento temos: 65% = 0,65 0,65 𝑥 1893,8 = 1230,98 𝐿 Capacidade de água de cisterna construída por seu João: 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,9𝑚 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 1,1𝑚 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 = 1,2𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑣 𝑣 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑥 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑣 = 0,9𝑚 𝑥 1,1𝑚 𝑥 1,2𝑚 = 1,188𝑚³ 1𝑚³ = 1000𝑑𝑚³ 1𝑑𝑚³ = 1𝐿 1000𝑑𝑚³ = 1000𝐿 𝑣 = 1,188 𝑥 1000 = 1188𝐿 Então, a cisterna tem capacidade de 1188L e não atenderá ao consumo diário de 1230,98L para irrigação do cultivo das hortaliças de seu João. Acadêmico(a), agora apresentaremos o quadro 2 guia de intervenções para a resolução de problemas envolvendo medidas do volume de blocos retangulares trabalhados anteriormente com a turma do 7º ano. Quadro 3 - Guia de intervenções - consumo de água - medidas de volume Possíveis dificuldades na realização da atividade Intervenções - O aluno pode sentir dificuldade em organizar e interpretar o problema. - O professor pode questionar ao aluno sobre situações do seu cotidiano como também a atividade realizada no aquecimento e relacionar com a atividade principal. - O professor pode pedir para o aluno ler a questão e ir anotando as informações fornecidas de maneira organizada e ir calculando as medidas de áreas solicitadas. - Em razão da necessidade de realizar diferentes etapas de resolução. - O professor pode levar o aluno a refletir em cada informação, bem como outras maneiras de reescrever o problema. - Pedir para que os alunos comparem as soluções com um colega, pois isso já o leva a perceber que há uma construção de procedimentos para a resolução. - Explicar que mesmo que a questão não solicite explicitamente, está subtendido que é necessário calcular o volume de água utilizado atualmente para poder calcular a redução de 50%. - Professor, instigue a curiosidade, o que propiciará ao aluno a busca de soluções para as situações-problema. -Se não tiver o croqui da área de cultivo. -Visualizando a área de cultivo o aluno pode se sentir mais seguro ao calcular a área, a quantidade de hortaliças produzidas e o volume de água utilizado para irrigação. - O professor poderá solicitar caso a atividade não seja projetada no data show que o aluno, faça o croqui da área de cultivo no caderno. -cálculo com números decimais (não inteiro), utilizando as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão deste tipo. -Mostrar aos alunos que a representação de medidas é facilitada pelo uso de unidades de medidas padronizadas que empregam múltiplos e submúltiplos decimais. -Não interpretar corretamente o texto do problema. - Os alunos não entenderam a pergunta em relação ao texto do problema, ou se confundiram no contexto do mesmo. - Faça perguntas que levem os alunos a explorar os dados e as informações do problema ou sugira aos alunos que leia novamente a atividade destacando o que ela pede como resultado final. - Que resolvam por etapas primeiro calculando a quantidade de hortaliças ou área de irrigação , para depois calcular a redução de água e por último o volume da cisterna. -Não organizar corretamente as proporções. -Em todas as situações dentro da atividade as grandezas são diretamente proporcionais. Se aumentar a área de cultivo aumentará a quantidade de hortaliças produzidas e, portanto, terá um maior gasto no volume de água utilizado na irrigação. Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018b). Dando continuidade acadêmica à temática grandeza volume podemos trazer exemplos para o 8º ano, de como resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo do volume de recipiente cujo formato é o de um bloco retangular. Objetivo: Realizar exercícios práticos envolvendo volume e capacidade do paralelepípedo retângulo. Orientações: Apresente aos alunos o que será discutido nesta aula, dando destaque ao conceito de volume, ou seja, o “espaço” que o paralelepípedo ocupa. Se desejar, introduza a discussão sobre se o espaço que ele ocupa é igual ao seu espaço interno. Isso será o princípio da conceituação da diferença entre volume e capacidade. Propósito: Indicar para a turma o que será apresentado na aula Aquecimento Orientações: Mostre aos alunos a imagem do paralelepípedo retângulo ou leve uma caixa nesse formato para sala. Discorra sobre suas características e veja se os alunos se lembram como calcular seu volume. Utilize a imagem (no slide ou desenhada na lousa) do paralelepípedo formado por 16 cubos para mostrar que seu volume é dado por 2 x 2 x 4 unidades lineares. Propósito: Sobre as variações das formas dos paralelepípedos retângulos, comparando-os a objetos como caixas de sapatos, por exemplo, que possuem formato aproximado. Dessa maneira, introduzir a visão técnica do volume do paralelepípedo analisando também as suas medidas. Discuta com a turma: ● Quais os conceitos de largura, altura e profundidade (dimensões)? ● Quais as formas das faces de um paralelepípedo reto retângulo? ● O que é o volume de um sólido? ● Qual unidade usamos para medir volume? Atividade 7: Um cargueiro transporta 300 contêineres de produtos diversos, num volume total de 9.900 m³. Sabendo-se que estes contêineres serão transportados por via férrea em trens com vagões de dimensões 25 m x 6 m x 6,5 m, quantos vagões serão necessários para transportar esta carga de contêineres? Figura 11 - Ilustração: cargueiro e trem Fonte: autoras (2022). Orientação: Deixe que os alunos leiam o problema sozinhos. Uma característica interessante do problema é que não é necessário saber as medidas individuais ou mesmo as de altura, comprimento e largura dos contêineres. Para resolver o problema basta saber qual o volume individual e comparar ao volume do vagão de trens, descobrindo quantos contêineres cabem num vagão. Propósito: Aprofundar o estudo no volume e capacidade de blocos retangulares. Discuta com a turma: ● Se conseguiramcompreender a proposta do problema ● Se conseguem pensar numa forma de solucionar o problema (se conseguem “sair” do zero) Se necessário leia o problema junto com a turma. Resolução: Considerando o volume total de contêineres de 9.900 m³ e o total de contêineres, 300, podemos chegar à conclusão de que cada contêiner tem um volume, 𝑉 = 9900/300 = 33𝑚³. Sabendo que a capacidade de cada vagão, K, é igual ao produto de suas dimensões, temos que: 𝐾 = ? ; 𝑐 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) = 25; 𝑎 (𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎) = 6; 𝑙 (𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎) = 6,5. Onde, 𝐾 = 25 𝑥 6 𝑥 6,5 𝐾 = 975𝑚³ Assim, cada vagão pode transportar 975 / 33 = 29,5, aproximadamente 29 contêineres. A quantidade, Q, de vagões necessária para levar todos os contêineres é de 300 / 29 = 10,34, aproximadamente 11 vagões. Resposta: Serão necessários 11 vagões para transportar a carga de contêineres. Acadêmico(a), agora apresentaremos o quadro 4 guia de intervenções para a resolução de problemas envolvendo medidas do volume de blocos retangulares trabalhados anteriormente com a turma do 8º ano. Quadro 4 - Guia de intervenções Possíveis Observações Diagnóstico e Intervenções - Os alunos podem ter dificuldade para pensar em objetos com formato de paralelepípedo, devido a contornos ou a tampa da caixa, por exemplo. - Pedir que levem caixas e outros objetos em formato de paralelepípedo e mostrar que tampas e decorações não interferem na capacidade ou no volume do objeto em si ou podem simplesmente ser desprezados para efeitos de cálculo. - Os alunos podem não entender que as medidas individuais de altura, comprimento e largura dos contêineres são dados desnecessários para a solução do problema. - Se fizerem questão das medidas individuais dos contêineres e for possível, desenhe no quadro.. Deixe que façam as contas que acharem necessárias e, posteriormente, leve-os a entender que aquelas contas não eram necessárias. Porque bastava descobrir o volume de cada contêiner e isso podia ser feito apenas dividindo o volume total pela quantidade de contêineres -Há o risco (como em todas as resoluções apresentadas pelo professor) dos alunos pensarem que esta solução é única. -Utilize as eventuais soluções encontradas por eles próprios para mostrar que há mais de uma forma de resolver. (Inclusive, poderiam ir ao site indicado, verificar as medidas dos contêineres e ignorar o volume total ocupado no navio, calculando diretamente quantos contêineres cabem num vagão e quantos vagões seriam necessários para x contêineres). Fonte: (NOVA ESCOLA, 2018c). ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Atividade 8: Uma piscina foi construída com as seguintes medidas: - 7,5m comprimento - 4m largura - X m profundidade Sabendo que cabem 42 mil litros de água, descubra a profundidade. Figura 12 - Ilustrativa da atividade Fonte: A autora (2022). Orientação: Apresente a ideia central do slide aos alunos e reforce o conceito de cálculo do volume, destacando as respectivas medidas do desenho representado. Ressalte a diferença entre volume (espaço ocupado) e capacidade (espaço interno) de um sólido e explique que independente da posição escolhida para apoiar o paralelepípedo (mudando assim a face escolhida como base), o volume é sempre o mesmo. Resolução: ➔ Transforma-se litros em m³, usando regra de três: 1𝑚³ = 1000𝑙 𝑦 = 42000𝑙 𝑦 = 42000 1000 𝑦 = 42𝑚³ ➔ Calcula-se o valor de X, usando a fórmula do volume: 𝑉 = 𝑐 𝑥 𝑙 𝑥 𝑎 42 = 7,5 𝑥 4 𝑥 𝑋 42 = 30 𝑋 𝑋 = 42 30 𝑋 = 1,4𝑚 A profundidade da piscina é de 1,4m. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -- Atividade 9: Seu Zeca tem um caminhão de transporte, cujas medidas do baú são: - Comprimento: 12 m, - Altura: 4,9 m, - Volume: 220 m3 . Ele precisa fazer uma entrega em uma fazenda, cuja porteira tem 4,1 m de largura. Essa porteira será suficiente para passar o caminhão de Seu Zeca? Figura 13 - Ilustração do caminhão Fonte: autoras (2022). Orientações: Deixe os alunos pensarem por 2 minutos marcados no relógio, faça como um “desafio”: “vocês têm 2 minutos para resolver!”. Então, rapidamente, lembre-se da solução da atividade principal e parta para a solução. Se julgar procedente, faça a primeira pergunta conceitual antes de começar a resolver. A terceira pergunta, se houver tempo, verificará se os alunos compreenderam a multiplicação e já deixará “um gancho” para quando for falado sobre as unidades de medida. Resolução: Utilizando “v” como sendo o volume do baú, “a” sendo a altura, “c” o comprimento e “l” a largura. Então 𝑉 = 220 𝑚³ ; 𝑎 = 4,9 𝑚; 𝑐 = 12 𝑚 𝑒 𝑙 = ? Sendo 𝑉 = 𝑎 𝑥 𝑐 𝑥 𝑙; 220 = 4,9 𝑥 12 𝑥 𝑙; 220 = 58,8 𝑙; 𝑙 = 220/58,8 = 3,74𝑚 Se a porteira tem 4,1m de largura, o caminhão passará por ela. SAIBA MAIS Para saber mais sobre as possibilidades didático-pedagógicas da Educação Matemática, na perspectiva das habilidades da BNCC, com a temática principal “Grandezas e Medidas” indicamos o livro do 6º ano abaixo, páginas 93 -116. SANTOS, W. da Silva.; AZEVEDO, S. G. de M.; RODRIGUES, M. U. (Organizadores). Matemática no 6º ano do Ensino Fundamental na Perspectiva das Habilidades da BNCC/DRC - Lucas do Rio Verde/MT. ISBN: 978-65-00-06820-7. Disponível em: https://www.lucasdorioverde.mt.gov.br/arquivos/userfiles/educacao/MATERIAL_DIDA TICO/LIVRO_6_ANO_EF_Lucas_do_Rio_Verde.pdf Acesso em fevereiro: 2022. #SAIBA MAIS# https://www.lucasdorioverde.mt.gov.br/arquivos/userfiles/educacao/MATERIAL_DIDATICO/LIVRO_6_ANO_EF_Lucas_do_Rio_Verde.pdf https://www.lucasdorioverde.mt.gov.br/arquivos/userfiles/educacao/MATERIAL_DIDATICO/LIVRO_6_ANO_EF_Lucas_do_Rio_Verde.pdf CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos aqui nossos estudos acerca da disciplina de Grandezas e Medidas, em nossa última unidade, trabalhamos práticas pedagógicas envolvendo resolução de problemas referente a grandezas de área, capacidade e volume. O intuito de trabalharmos tais problemas é preparar você, futuro (a) professor (a) para a sala de aula, nosso objetivo não é somente que o educador saiba a resposta correta e o modo de resolução, mas que também consiga identificar outras possibilidades, respeitando os conhecimentos adquiridos e aplicados pelos alunos, mesmo que de maneira fora do “padrão”. Em sala de aula, podem surgir muitos questionamentos e dúvidas relativas aos conteúdos, com propósito de auxiliar nesse processo de mediação, trabalhamos guias de intervenções contendo “Possíveis dificuldades na realização da atividade” e as “Intervenções” que podemos realizar para sanar tais dificuldades. Terminamos nossos estudos a respeito da disciplina Grandezas e Medidas sugerindo que acesse os materiais complementares citados em nossa apostila,pois são ricos em conteúdos. Abraços! LEITURA COMPLEMENTAR Acadêmico(a), visando complementar seu estudo acerca de práticas pedagógicas para resolução de problemas matemáticos, consulte as fontes indicadas a seguir: ● MUNHOZ, Maurício de Oliveira. Propostas Metodológicas para o Ensino de Matemática. Curitiba: Intersaberes, 2013. ● KIKUCHI, Luzia Maya; TREVIZAN, Wanessa Aparecida. Obstáculos epistemológicos na aprendizagem de grandezas e medidas na escola básica. XIV EBRAPEM–Campo Grande, MS, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Luzia-Maya- Kikuchi/publication/305398926_Obstaculos_Epistemologicos_na_Aprendizage m_de_Grandezas_e_Medidas_na_Escola_Basica/links/578d0f1908ae5c86c9a6 532e/Obstaculos-Epistemologicos-na-Aprendizagem-de-Grandezas-e-Medidas-na-Escola-Basica.pdf. Acesso em: 25 mar. 2022. ● PEREZ, M. Grandezas e medidas: representações sociais de professores do ensino fundamental. 2008. 202 f. Tese (Doutorado em Educação)-Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2008. Disponível em: http://ri.uepg.br:8080/riuepg/handle/123456789/669. Acesso em: 25/03/2022. https://www.researchgate.net/profile/Luzia-Maya-Kikuchi/publication/305398926_Obstaculos_Epistemologicos_na_Aprendizagem_de_Grandezas_e_Medidas_na_Escola_Basica/links/578d0f1908ae5c86c9a6532e/Obstaculos-Epistemologicos-na-Aprendizagem-de-Grandezas-e-Medidas-na-Escola-Basica.pdf https://www.researchgate.net/profile/Luzia-Maya-Kikuchi/publication/305398926_Obstaculos_Epistemologicos_na_Aprendizagem_de_Grandezas_e_Medidas_na_Escola_Basica/links/578d0f1908ae5c86c9a6532e/Obstaculos-Epistemologicos-na-Aprendizagem-de-Grandezas-e-Medidas-na-Escola-Basica.pdf https://www.researchgate.net/profile/Luzia-Maya-Kikuchi/publication/305398926_Obstaculos_Epistemologicos_na_Aprendizagem_de_Grandezas_e_Medidas_na_Escola_Basica/links/578d0f1908ae5c86c9a6532e/Obstaculos-Epistemologicos-na-Aprendizagem-de-Grandezas-e-Medidas-na-Escola-Basica.pdf https://www.researchgate.net/profile/Luzia-Maya-Kikuchi/publication/305398926_Obstaculos_Epistemologicos_na_Aprendizagem_de_Grandezas_e_Medidas_na_Escola_Basica/links/578d0f1908ae5c86c9a6532e/Obstaculos-Epistemologicos-na-Aprendizagem-de-Grandezas-e-Medidas-na-Escola-Basica.pdf https://www.researchgate.net/profile/Luzia-Maya-Kikuchi/publication/305398926_Obstaculos_Epistemologicos_na_Aprendizagem_de_Grandezas_e_Medidas_na_Escola_Basica/links/578d0f1908ae5c86c9a6532e/Obstaculos-Epistemologicos-na-Aprendizagem-de-Grandezas-e-Medidas-na-Escola-Basica.pdf http://ri.uepg.br:8080/riuepg/handle/123456789/669 LIVRO • Título. Ensino Aprendizagem de Matemática • Autor. Eliel Constantino da Silva (Org.) • Editora. Atena • Sinopse. Esta obra reúne importantes trabalhos que têm como foco a Matemática e seu processo de ensino e aprendizagem em salas de aula do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. A importância deste livro está na excelência e variedade de abordagens, recursos e discussões teóricas e metodológicas acerca do ensino e aprendizagem da Matemática em diversos níveis de ensino, decorrentes das experiências e vivências de seus autores no âmbito de pesquisas e práticas. • Link do livro: https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/08/E- book-Ensino-Aprendizagem-de-Matematica.pdf https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/08/E-book-Ensino-Aprendizagem-de-Matematica.pdf https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/08/E-book-Ensino-Aprendizagem-de-Matematica.pdf FILME/VÍDEO • Título. Quebrando a Banca • Ano. 2008 • Sinopse Ben Campbell (Jim Sturgess) é um jovem tímido e superdotado do MIT que, precisando pagar a faculdade, busca a quantia necessária em jogos de cartas. Ele é chamado para integrar um grupo de alunos que, todo fim de semana, parte para Las Vegas com identidades falsas e o objetivo de ganhar muito dinheiro. O grupo é liderado por Micky Rosa (Kevin Spacey), um professor de matemática e gênio em estatística, com quem consegue montar um código infalível. Contando cartas e usando um complexo sistema de sinais, eles conseguem quebrar diversos cassinos. Até que, encantado com o novo mundo que se apresenta e também por sua colega Jill Taylor (Kate Bosworth), Ben começa a extrapolar seus próprios limites. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf Acesso em: 10 jan. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 5º ano / Grandezas e Medidas. Estimando área de figuras irregulares. Rosélia Sezerino Fenner, 2018a. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/5ano/matematica/estimando- area-de-figuras-irregulares/457 Acesso em: 25 fev. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 7º ano / Grandezas e Medidas. Consumo de água - medidas de volume. Iábita Fabiana Sousa Azevedo, 2018b. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/consumo-de- agua-medidas-de-volume/496 Acesso em: 25 fev. 2022. NOVA ESCOLA. Planos de aula / Matemática / 8º ano / Grandezas e Medidas. Problemas de volume e capacidade. Fernando César Escobar, 2018c. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/matematica/problemas- de-volume-e-capacidade/1773 Acesso em: 25 fev. 2022. CONCLUSÃO GERAL Chegamos, caro(a) acadêmico(a), ao fim de mais uma pequena jornada, que teve como objetivo estudar, ao longo das quatro unidades, criteriosamente selecionadas para dar sustentação à presente discussão, autores que promoveram uma rica interlocução entre: O ensino de grandezas e medidas de acordo com a Base Nacional Curricular; Conceito e Classificação de Grandezas e Medidas; Práticas Pedagógicas: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/5ano/matematica/estimando-area-de-figuras-irregulares/457 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/5ano/matematica/estimando-area-de-figuras-irregulares/457 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/consumo-de-agua-medidas-de-volume/496 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/7ano/matematica/consumo-de-agua-medidas-de-volume/496 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/matematica/problemas-de-volume-e-capacidade/1773 https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/matematica/problemas-de-volume-e-capacidade/1773 Resolução de problemas de medidas envolvendo grandezas comprimento, massa, tempo, área, capacidade e volume. Sendo assim, caro(a) acadêmico(a), chegamos ao final dos nossos estudos relacionados a essa temática, mas reforçamos o que dissemos inicialmente, o texto apresentado não esgota todas as possibilidades de pensar e refletir acerca das temáticas abordadas. Esperamos ter lhe oportunizado momentos importantes e oportunos para a compreensão das análises realizadas ao longo da disciplina. Desejamos a você, estudante, sucesso e inúmeras realizações profissionais. Até breve! Professora Esp. Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Esp. Vanice Vieira Fernandes aec1f33b095a922dcaebe8152ffce0e0c4d8fc45a10b6a8fab03cb5f51ed88c5.pdf aec1f33b095a922dcaebe8152ffce0e0c4d8fc45a10b6a8fab03cb5f51ed88c5.pdf