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Grandezas e Medidas CURRÍCULO LATTES Professora Genilda de Lourdes Maurício Guimarães ● Especialista em Didática e Metodologia do Ensino. ● Graduada em Licenciatura em Matemática. ● Tempo de atuação como professora no Estado do Paraná de 40 anos. ● Disciplina de Matemática para as turmas de 1º e 2º graus. ● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE). Professora Vanice Vieira Fernandes ● Especialista em Gestão e Docência no Ensino Superior. ● Especialista em Tecnologias Aplicadas ao EAD. ● Graduada em Licenciatura em Matemática. ● Graduada em Licenciatura em Pedagogia. ● Tutora Pedagógica na UniFCV. ● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE). ● Tempo de atuação na área da educação desde 2013. #CURRÍCULO LATTES# APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá, caro(a) acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) à disciplina de Grandezas e Medidas, para o curso de Licenciatura em Matemática. Você já venceu algumas etapas de seu curso e chegou até aqui, meus parabéns! O objetivo principal da disciplina é compreender que a Grandeza constitui-se como um conceito fundamental a ser construído para se entender o processo de medir, que é uma competência central no currículo do ensino fundamental. Para compor este material, organizamos uma introdução, seguida de quatro unidades criteriosamente analisadas, selecionadas para dar sustentação à presente discussão, conclusão, referências, leituras complementares, indicações de livros, filmes, entre outros. ● Unidade I, intitulada “O ensino de grandezas e medidas de acordo com a Base Nacional Curricular”, com os subtópicos: Políticas Públicas para o Ensino de Matemática; Base Nacional Curricular - BNCC: etapa do ensino fundamental - anos iniciais, anos finais e etapa do ensino médio. ● Unidade II, intitulada “Conceito e Classificação de Grandezas e Medidas”, com os subtópicos: Contexto histórico das noções básicas de unidade de medidas; Tipos de unidades de medidas e suas transformações. ● Unidade III, intitulada “Práticas Pedagógicas: Resolução de problemas de medidas envolvendo grandezas comprimento, massa e tempo”, com os subtópicos: Grandeza comprimento; Grandeza massa; Grandeza tempo. ● Unidade IV, intitulada “Práticas Pedagógicas: Resolução de problemas de medidas envolvendo grandezas área, capacidade e volume”, com os subtópicos: Grandeza área; Grandeza capacidade; Grandeza volume. Lembre-se, caro(a) estudante, que o texto apresentado não irá esgotar todas as possibilidades de pensar e refletir acerca das temáticas abordadas ao longo da disciplina, mas irá iniciar momentos importantes e oportunos para a compreensão das análises realizadas acerca das temáticas propostas. Pensamos que, para além do texto em si, você, estudante, poderá explorar as sugestões de leitura de Educação Matemática, uma vez que têm se preocupado em investigar questões relacionadas ao estudo das Grandezas e Medidas, com o objetivo de evidenciarem o seu papel para o Ensino de Matemática no Ensino Fundamental e Médio. Bom estudo! Sucesso! Professora Esp. Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Esp. Vanice Vieira Fernandes UNIDADE I O ENSINO DE GRANDEZAS E MEDIDAS DE ACORDO COM A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Professora Especialista Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Especialista Vanice Vieira Fernandes Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Políticas Públicas para o Ensino de Matemática. • Base Nacional Curricular - BNCC: etapa do ensino fundamental - anos finais, etapa do ensino médio. Objetivos de Aprendizagem: • Conhecer as políticas públicas para o Ensino de Matemática. • Estudar as Grandezas e Medidas na Base Nacional Comum Curricular nas etapas do ensino fundamental. INTRODUÇÃO Prezado(a) acadêmico(a), Seja bem-vindo(a) à Unidade I da disciplina de Grandezas e Medidas. Nesta primeira unidade, intitulada “O ENSINO DE GRANDEZAS E MEDIDAS DE ACORDO COM A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR”, estudaremos primeiramente sobre políticas públicas voltadas para o ensino de matemática, em que abordaremos a definição de tal expressão, um pouco de seu contexto histórico e em quais legislações essas políticas públicas se respaldam. Posteriormente, trataremos sobre a unidade temática Grandezas e Medidas voltadas para o ensino fundamental e ensino médio de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), ressaltando os objetivos e habilidades a serem desenvolvidos em cada ano do período escolar. Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa primeira unidade. Boa leitura! 1 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA Acadêmico(a) antes de tudo, observe que políticas públicas é uma expressão composta com duas palavras com significados distintos. Assim, cumpre definirmos o que é política, o que são políticas públicas e, finalmente, o que significa a expressão completa. Política é a ciência da governança de um Estado ou nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público. Na ciência política, trata-se da forma de atuação de um governo em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse público: política educacional, política de segurança, política salarial, política habitacional, política ambiental entre outros. Num significado mais abrangente, o termo pode ser utilizado como um conjunto de regras ou normas de uma determinada instituição (POLÍTICA, 2016 apud TERRA, 2016, p. 73-74). Já o significado de políticas públicas, expressão muito usada nas últimas décadas, principalmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando o Estado passou a intervir mais na sociedade para manter a paz e o bem-estar social. Políticas públicas consistem em ações tomadas pelo Estado que têm como objetivo atender aos diversos setores da sociedade civil. Essas políticas são muitas vezes feitas juntamente e com o apoio de ONGs (Organizações Não Governamentais) ou de empresas privadas. Quanto aos seus tipos, as políticas públicas podem ser distributivas, redistributivas e regulatórias, sendo que podem atuar na área industrial, agrícola, educacional e da assistência social (POLÍTICAS PÚBLICAS, 2016 apud TERRA, 2016, p. 74). De acordo com esse conceito, às políticas públicas são ações governamentais com a missão de atender a certas demandas da sociedade, tendo como objetivo satisfazer determinados interesses econômicos, políticos, sociais e culturais. Os responsáveis legais por elaborar e aplicar as políticas públicas são aqueles que detêm o poder público, no entanto, estes podem aceitar propostas de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, e também fechar parcerias com empresas, sindicatos, entidades profissionais ou organizações não governamentais (ONGs) para colocar as medidas em prática. De acordo com as diretrizes, os objetivos e as metas traçadas, o tipo de intervenção realizada pelo Estado assumirá formas diferentes (TERRA, 2016). Para tanto, a elaboração das políticas públicas envolve um trabalho complexo de planejamento; a definição das ações a serem executadas, junto com as devidas atribuições e competências; a previsão do tempo necessário para a sua implantação (a curto, médio ou longo prazo); as consequências geradas por tal política; e, principalmente, a identificação do público-alvo. No caso brasilerio, as políticas públicas devem estar em sintonia com a Constituição Federal e com a organizaçãopolítico-administrativa do país, de natureza federativa. Desde modo, as políticas públicas educacionais, em sentido mais amplo, são aquelas aplicadas à educação escolar. Os princípios, as normas e as diretrizes que orientam as políticas públicas aplicadas à educação no Brasil podem ser encontrados nas Constituições do país, nas LDBs de 1961, de 1971 e de 1996, nas legislações específicas, nos planos e nos programas educacionais do governo federal, entre outros. Acadêmico(a), a Constituição Federal de 1988 amparou a educação como um direito particular do cidadão, sendo dever do Estado garantir o cumprimento desse direito. Como afirma o Art. 6º “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (BRASIL, 1988). Em 1996 a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) veio para levar a vista e reforçar a universalização da educação, que a partir daí propiciou grande avanço no sistema educacional no Brasil, visando que a escola se torne um ambiente de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão, dando mais essência e significado para os discentes. O ensino da Matemática, assim como os demais componentes curriculares, é previsto no Art. 32º, da Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996 (LDBEN) “I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; [...]” (BRASIL, 1996). Assim, fica claro que a partir da criação da LDBEN/1996 muitas alterações curriculares foram propostas com o intuito político de organizar os currículos escolares e promover a aprendizagem no ambiente escolar. Isso fica claro a partir da homologação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio (2010/2012), o Plano Nacional de Educação (2014), entre outras normativas até chegarmos a Base Nacional Comum Curricular (2018). O ensino da matemática necessita da organização de novos contextos de modo a ampliar as possibilidades de aprendizagem, de desenvolvimento dos alunos, garantindo uma educação de qualidade para todos, como afirma o Art. 206º, inciso VII da Constituição Federal de 1988. “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VII - garantia de padrão de qualidade” (BRASIL, 1988). Para tanto, conforme definido na LDBEN, a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil. (BRASIL, 1996; BRASIL, 2018). A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (BRASIL, 2018). Em síntese, podemos observar que no decorrer dos anos, a educação vem se destacando nas políticas públicas e as tentativas de reformar o sistema educacional no seu conjunto são muitas, isso devido à necessidade de mudar a crise do sistema educativo. SAIBA MAIS Você sabia que tivemos reformas curriculares na área da Matemática? Na segunda metade do século XX, temos três marcos fundamentais para compreendermos o processo de organização e desenvolvimento curricular no Brasil: o Movimento Matemática Moderna (de 1965 a 1980), as diretrizes que buscavam contrapor-se ao Movimento Matemática Moderna, lideradas por Secretarias Estaduais e Municipais do Ensino (de 1980 a 1994) e o projeto nacional de reforma cujo documento são os Parâmetros Curriculares Nacionais (a partir de 1995). Para saber mais sobre, indicamos a leitura do artigo EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E POLÍTICAS PÚBLICAS: CURRÍCULOS, AVALIAÇÃO, LIVROS DIDÁTICOS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. 2007. Disponível em: https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho_encomendado_gt19_- _antonio_vicente_-_int.pdf Acesso em: 28 jan. 2022. Boa leitura! #SAIBA MAIS# https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho_encomendado_gt19_-_antonio_vicente_-_int.pdf https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho_encomendado_gt19_-_antonio_vicente_-_int.pdf 2 BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC 2.1 Etapa do Ensino Fundamental - Anos Iniciais Caro(a) acadêmico(a) neste tópico estudaremos a “Base Nacional Comum Curricular” em especial o tópico sobre Grandezas e Medidas, sendo assim, todo fragmento inserido aqui será da BNCC (BRASIL, 2018). No item 4.2.1.1. MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES, o documento descreve que (BRASIL, 2018, p. 276-297): No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, deve-se retomar as vivências cotidianas das crianças com números, formas e espaço, e também as experiências desenvolvidas na Educação Infantil, para iniciar uma sistematização dessas noções. Nessa fase, as habilidades matemáticas que os alunos devem desenvolver não podem ficar restritas à aprendizagem dos algoritmos das chamadas “quatro operações”, apesar de sua importância. No que diz respeito ao cálculo, é necessário acrescentar, à realização dos algoritmos das operações, a habilidade de efetuar cálculos mentalmente, fazer estimativas, usar calculadora e, ainda, para decidir quando é apropriado usar um ou outro procedimento de cálculo. Em todas as unidades temáticas, a delimitação dos objetos de conhecimento e das habilidades considera que as noções matemáticas são retomadas, ampliadas e aprofundadas ano a ano. No entanto, é fundamental considerar que a leitura dessas habilidades não seja feita de maneira fragmentada. A compreensão do papel que determinada habilidade representa no conjunto das aprendizagens demanda a compreensão de como ela se conecta com habilidades dos anos anteriores, o que leva à identificação das aprendizagens já consolidadas, e em que medida o trabalho para o desenvolvimento da habilidade em questão serve de base para as aprendizagens posteriores. Nesse sentido, é fundamental considerar, por exemplo, que a contagem até 100, proposta no 1º ano, não deve ser interpretada como restrição a ampliações possíveis em cada escola e em cada turma. Afinal, não se pode frear a curiosidade e o entusiasmo pela aprendizagem, tão comum nessa etapa da escolaridade, e muito menos os conhecimentos prévios dos alunos. Na Matemática escolar, o processo de aprender uma noção em um contexto, abstrair e depois aplicá-la em outro contexto envolve capacidades essenciais, como formular, empregar, interpretar e avaliar – criar, enfim –, e não somente a resolução de enunciados típicos que são, muitas vezes, meros exercícios e apenas simulam alguma aprendizagem. Assim, algumas das habilidades formuladas começam por: “resolver e elaborar problemas envolvendo...”. Nessa enunciação está implícito que se pretende não apenas a resolução do problema, mas também que os alunos reflitam e questionem o que ocorreria se algum dado do problema fosse alterado ou se alguma condição fosse acrescida ou retirada. Nessa perspectiva, pretende-se que os alunos também formulem problemas em outros contextos. Acadêmico(a), vejamos agora a descrição da unidade temática “Grandezas e Medidas”, seus objetivos e habilidades para cada ano do ensino fundamental - anos finais, nos quadros 1, 2, 3 e 4. Quadro 1 - Matemática1º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento, massa e capacidade: comparações e unidades de medida não convencionais. - Comparar comprimentos, capacidades ou massas, utilizando termos como mais alto, mais baixo, mais comprido, mais curto, mais grosso, mais fino, mais largo, mais pesado, mais leve, cabe mais, cabe menos, entre outros, para ordenar objetos de uso cotidiano. - Medidas de tempo: unidades de medida de tempo, suas relações e o uso do calendário. - Relatar em linguagem verbal ou não verbal sequência de acontecimentos relativos a um dia, utilizando, quando possível, os horários dos eventos. - Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, quando necessário. - Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de uma data, consultando calendários. - Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas. - Reconhecer e relacionar valores de moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver situações simples do cotidiano do estudante. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 280-2081). Quadro 2 - Matemática 2º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medida de comprimento: unidades não padronizadas e padronizadas (metro, centímetro e milímetro). - Estimar, medir e comparar comprimentos de lados de salas (incluindo contorno) e de polígonos, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas (metro, centímetro e milímetro) e instrumentos adequados. - Medida de capacidade e de massa: unidades de medida não convencionais e convencionais (litro, mililitro, cm3 , grama e quilograma). - Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando estratégias pessoais e unidades de medida não padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro, grama e quilograma). - Medidas de tempo: intervalo de tempo, uso do calendário, leitura de horas em relógios digitais e ordenação de datas. - Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas datas, como dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, para planejamentos e organização de agenda. - Medir a duração de um intervalo de tempo por meio de relógio digital e registrar o horário do início e do fim do intervalo. - Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas e equivalência de - Estabelecer a equivalência de valores entre moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver valores. situações cotidianas. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 284-285). Quadro 3 - Matemática 3º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Significado de medida e de unidade de medida. - Reconhecer que o resultado de uma medida depende da unidade de medida utilizada. - Escolher a unidade de medida e o instrumento mais apropriado para medições de comprimento, tempo e capacidade. - Medidas de comprimento (unidades não convencionais e convencionais): registro, instrumentos de medida, estimativas e comparações. - Estimar, medir e comparar comprimentos, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (metro, centímetro e milímetro) e diversos instrumentos de medida. - Medidas de capacidade e de massa (unidades não convencionais e convencionais): registro, estimativas e comparações. - Estimar e medir capacidade e massa, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (litro, mililitro, quilograma, grama e miligrama), reconhecendo-as em leitura de rótulos e embalagens, entre outros. - Comparação de áreas por superposição. - Comparar, visualmente ou por superposição, áreas de faces de objetos, de figuras planas ou de desenhos. - Medidas de tempo: leitura de horas em relógios digitais e analógicos, duração de eventos e reconhecimento de relações entre unidades de medida de tempo. - Ler e registrar medidas e intervalos de tempo, utilizando relógios (analógico e digital) para informar os horários de início e término de realização de uma atividade e sua duração. - Ler horas em relógios digitais e em relógios analógicos e reconhecer a relação entre hora e minutos e entre minuto e segundos. - Sistema monetário brasileiro: estabelecimento de equivalências de um mesmo valor na utilização de diferentes cédulas e moedas. - Resolver e elaborar problemas que envolvam a comparação e a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em situações de compra, venda e troca. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 288-289). Quadro 4 - Matemática 4º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento, massa e capacidade: estimativas, utilização de instrumentos de medida e de unidades de medida convencionais mais usuais. - Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local. - Áreas de figuras construídas em malhas quadriculadas. - Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas em malha quadriculada, pela contagem dos quadradinhos ou de metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com formatos diferentes podem ter a mesma medida de área. - Medidas de tempo: leitura de horas em relógios digitais e analógicos, duração de eventos e relações entre unidades de medida de tempo. - Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em horas, minutos e segundos em situações relacionadas ao seu cotidiano, como informar os horários de início e término de realização de uma tarefa e sua duração. - Medidas de temperatura em grau Celsius: construção de gráficos para indicar a variação da - Reconhecer temperatura como grandeza e o grau Celsius como unidade de medida a ela associada e utilizá-lo em temperatura (mínima e máxima) medida em um dado dia ou em uma semana. comparações de temperaturas em diferentes regiões do Brasil ou no exterior ou, ainda, em discussões que envolvam problemas relacionados ao aquecimento global. - Registrar as temperaturas máxima e mínima diárias, em locais do seu cotidiano, e elaborar gráficos de colunas com as variações diárias da temperatura, utilizando, inclusive, planilhas eletrônicas. - Problemas utilizando o sistema monetário brasileiro. - Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 292-293). Quadro 5 - Matemática 5º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento, área, massa, tempo, temperatura e capacidade: utilização de unidades convencionais e relações entre as unidades de medida mais usuais. - Resolver e elaborar problemas envolvendo medidas das grandezas comprimento, área, massa, tempo, temperatura e capacidade, recorrendo a transformações entre as unidades mais usuais em contextos socioculturais. - Áreas e perímetros de figuras poligonais: algumas relações. - Concluir, por meio de investigações, que figuras de perímetros iguais podem ter áreas diferentes e que, também, figuras que têm a mesma área podem ter perímetros diferentes. - Noção de volume. - Reconhecer volume como grandeza associada a sólidos geométricos e medir volumes por meio de empilhamento de cubos, utilizando, preferencialmente, objetos concretos. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 296-297). Em resumo,nos anos iniciais o ponto principal é que os alunos tenham clareza de que medir e comparar uma grandeza com uma unidade e expressar o resultado dessa observação por meio de um número. Além disso, se espera que os estudantes sejam capacitados para resolver problemas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume, sem uso de fórmulas, fazendo a transformação entre unidades de medida padronizadas usuais e sabendo identificar quando a situação exige esse procedimento (NOVA ESCOLA, 2022). 2.2 Etapa do Ensino Fundamental - Anos Finais Caro(a) acadêmico(a), neste tópico estudaremos a “Base Nacional Comum Curricular” em especial o tópico sobre Grandezas e Medidas, sendo assim, todo fragmento inserido aqui será da BNCC (BRASIL, 2018). As medidas quantificam grandezas do mundo físico e são fundamentais para a compreensão da realidade. Assim, a unidade temática Grandezas e Medidas, ao propor o estudo das medidas e das relações entre elas – ou seja, das relações métricas –, favorece a integração da Matemática a outras áreas de conhecimento, como Ciências (densidade, grandezas e escalas do Sistema Solar, energia elétrica etc.) ou Geografia (coordenadas geográficas, densidade demográfica, escalas de mapas e guias etc.). Essa unidade temática contribui ainda para a consolidação e ampliação da noção de número, a aplicação de noções geométricas e a construção do pensamento algébrico (BRASIL, 2018). No item 4.2.1.2. MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES (BRASIL, 2018, p. 298-299), o documento descreve que: Para o desenvolvimento das habilidades previstas para o Ensino Fundamental – Anos Finais, é imprescindível levar em conta as experiências e os conhecimentos matemáticos já vivenciados pelos alunos, criando situações nas quais possam fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles e desenvolvendo ideias mais complexas. Essas situações precisam articular múltiplos aspectos dos diferentes conteúdos, visando ao desenvolvimento das ideias fundamentais da matemática, como equivalência, ordem, proporcionalidade, variação e interdependência. A aprendizagem em Matemática no Ensino Fundamental – Anos Finais também está intrinsecamente relacionada à apreensão de significados dos objetos matemáticos. Esses significados resultam das conexões que os alunos estabelecem entre os objetos e seu cotidiano, entre eles e os diferentes temas matemáticos e, por fim, entre eles e os demais componentes curriculares. Nessa fase, precisa ser destacada a importância da comunicação em linguagem matemática com o uso da linguagem simbólica, da representação e da argumentação. Além dos diferentes recursos didáticos e materiais, como malhas quadriculadas, ábacos, jogos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares de geometria dinâmica, é importante incluir a história da Matemática como recurso que pode despertar interesse e representar um contexto significativo para aprender e ensinar Matemática. Entretanto, esses recursos e materiais precisam estar integrados a situações que propiciem a reflexão, contribuindo para a sistematização e a formalização dos conceitos matemáticos. Nessa fase final do Ensino Fundamental, é importante iniciar os alunos, gradativamente, na compreensão, análise e avaliação da argumentação matemática. Isso envolve a leitura de textos matemáticos e o desenvolvimento do senso crítico em relação à argumentação neles utilizada. Acadêmico(a), vejamos agora a descrição da unidade temática “Grandezas e Medidas”, seus objetivos e habilidades para cada ano do ensino fundamental - anos finais, nos quadros 6, 7, 8 e 9. Quadro 6- Matemática 6º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume. - Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. - Ângulos: noção, usos e medida. - Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às figuras geométricas. - Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de visão. - Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de transferidor e/ou tecnologias digitais. - Plantas baixas e vistas aéreas. - Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de residências e vistas aéreas. - Perímetro de um quadrado como grandeza proporcional à medida do lado. - Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, igualmente, as medidas de seus lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com a área. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 302-303). Quadro 7 - Matemática 7º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Problemas envolvendo medições. - Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada. - Cálculo de volume de blocos retangulares, utilizando unidades de medida convencionais mais usuais. - Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de blocos retangulares, envolvendo as unidades usuais (metro cúbico, decímetro cúbico e centímetro cúbico). - Equivalência de área de figuras planas: cálculo de áreas de figuras que podem ser decompostas por outras, cujas áreas podem ser facilmente determinadas como triângulos e quadriláteros. - Estabelecer expressões de cálculo de área de triângulos e de quadriláteros. - Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de figuras planas que podem ser decompostas por quadrados, retângulos e/ou triângulos, utilizando a equivalência entre áreas. - Medida do comprimento da circunferência. - Estabelecer o número como a razão entre a medida de uma circunferência e seu diâmetro, para compreender e resolver problemas, inclusive os de natureza histórica. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 308-309). Quadro 8 - Matemática 8º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades Grandezas e Medidas - Área de figuras planas - Área do círculo e comprimento de sua circunferência - Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expressões de cálculo de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de terrenos. - Volume de bloco retangular. - Medidas de capacidade. - Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro cúbico e a relação entre litro e metro cúbico, para resolver problemas de cálculo de capacidade de recipientes. - Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo do volume de recipiente cujo formato é o de um bloco retangular. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 314-3015). Quadro 9 - Matemática 9º ano Unidade Temática Objetivos Habilidades - Unidades de medida para medir distâncias muito grandes e muito pequenas. - Unidades de medida utilizadas na informática - Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distância entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou decélulas, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros. Grandezas e Medidas - Volume de prismas e cilindros - Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de volumes de prismas e de cilindros retos, inclusive com uso de expressões de cálculo, em situações cotidianas. Fonte: Elaborado com base na BNCC (2018, p. 318-319). Em síntese, nos anos finais os alunos devem ser preparados para relacionar comprimento, área, volume e abertura de ângulo com figuras geométricas e para resolver problemas usando unidades de medida padronizadas. É fundamental que os alunos compreendam que uma mesma medida pode ser expressa por valores diferentes e que quando usamos medidas padrão (centímetros ou metros, por exemplo) existe uma relação de proporção entre elas. O terceiro ponto importante é a relação de medidas entre grandezas diferentes, como capacidade (medida em unidades cúbicas) e volume (medida em litros). Ao estabelecer todas essas relações, os alunos devem ser capazes de extrapolar os conceitos aprendidos para medidas não geométricas, como de tempo e temperatura, além de quaisquer outras que os alunos possam entrar em contato, como watts, bytes, decibéis entre outros. As expressões de cálculo de áreas de quadriláteros, triângulos e círculos, e de volumes de prismas e cilindros, são outros conteúdos que o professor precisa desenvolver com a turma nessa fase do ensino. A unidade também abre espaço para o trabalho com a linguagem computacional, a partir do estudo de medidas de capacidade de armazenamento de computadores como grandeza (a exemplo dos quilobytes, megabytes entre outros) (NOVA ESCOLA, 2022). 2.3 Etapa do Ensino Médio A Base apresenta para a Educação Básica, incluindo o Ensino Médio, um currículo com foco nas competências e nas habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos. O conceito de competências adotado pelo documento é o mesmo que foi inserido na LDBEN em seu Artigo 35º, que discute as finalidades gerais do Ensino Médio (BRASIL, 1996). I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) (BRASIL, 1996). Assim, ao adotar esse enfoque, a Base recomenda que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 13). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art3 O foco no desenvolvimento de competências tem orientado a maioria dos estados e municípios brasileiros e, diferentes países, na construção de seus currículos. Na BNCC, são definidas competências específicas para cada área do conhecimento, que também orientam a construção dos itinerários formativos relativos a essas áreas. Elas estão articuladas às competências específicas de área para o Ensino Fundamental, com as adequações necessárias ao atendimento das especificidades de formação dos estudantes do Ensino Médio. A BNCC propõe para a área de Matemática e suas Tecnologias a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas durante todo o Ensino Fundamental, enquanto que “[…] no Ensino Médio, o foco é a construção de uma visão integrada da Matemática, aplicada à realidade” do aluno (BRASIL, 2018, p. 528). Nesse cenário, quando a realidade é a referência, é preciso levar em consideração as vivências cotidianas dos estudantes nesse nível de ensino, envolvidos em diferentes graus dados por suas condições socioeconômicas, pelos avanços tecnológicos, pelas exigências do mercado de trabalho, pela potencialidade das mídias sociais, entre outros. Assim, caro(a) acadêmico(a) dando continuidade ao tópico estudaremos a “Base Nacional Comum Curricular” em especial o tópico sobre Grandezas e Medidas, sendo assim, todo fragmento inserido aqui será da BNCC (BRASIL, 2018). No item 5.2 A ÁREA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS, o documento descreve que (BRASIL, 2018, p. 298-299): A BNCC da área de Matemática e suas Tecnologias propõe a consolidação, a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas no Ensino Fundamental. Para tanto, propõe colocar em jogo, de modo mais inter-relacionado, os conhecimentos já explorados na etapa anterior, a fim de possibilitar que os estudantes construam uma visão mais integrada da Matemática, ainda na perspectiva de sua aplicação à realidade. Na BNCC de Matemática do Ensino Fundamental, as habilidades estão organizadas segundo unidades de conhecimento da própria área (Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas, Probabilidade e Estatística). Atenção! Acadêmico(a), abordaremos apenas o trecho que descreve sobre o tema que estamos estudando. No que se refere a Grandezas e Medidas, os estudantes constroem e ampliam a noção de medida, pelo estudo de diferentes grandezas, e obtêm expressões para o cálculo da medida da área de superfícies planas e da medida do volume de alguns sólidos geométricos. Outro ponto enfatizado no Ensino Fundamental é o desenvolvimento do pensamento proporcional. Isso pode ser feito pela exploração de situações que oportunizem a representação, em um sistema de coordenadas cartesianas, da variação de grandezas, além da análise e caracterização do comportamento dessa variação (diretamente proporcional, inversamente proporcional ou não proporcional). As aprendizagens previstas para o Ensino Médio são fundamentais para que o letramento matemático dos estudantes se torne ainda mais denso e eficiente, tendo em vista que eles irão aprofundar e ampliar as habilidades propostas para o Ensino Fundamental e terão mais ferramentas para compreender a realidade e propor as ações de intervenção especificadas para essa etapa. Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da Educação Básica e com as da área de Matemática do Ensino Fundamental, no Ensino Médio, a área de Matemática e suas Tecnologias deve garantir aos estudantes o desenvolvimento de competências específicas. Relacionadas a cada uma delas, são indicadas, posteriormente, habilidades a serem alcançadas nessa etapa. As competências não têm uma ordem preestabelecida. Elas formam um todo conectado, de modo que o desenvolvimento de uma requer, em determinadas situações, a mobilização de outras. Cabe observar que essas competências consideram que, além da cognição, os estudantes devem desenvolver atitudes de autoestima, de perseverança na busca de soluções e de respeito ao trabalho e às opiniões dos colegas, mantendo predisposição para realizar ações em grupo. A BNCC traz como a terceira competênciaespecífica a utilização de “estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos, em seus campos” da Aritmética, Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e Estatística, “para interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente” (BRASIL, 2018, p. 523). CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) acadêmico(a), Chegamos ao término de nossa primeira unidade intitulada “O Ensino de Grandezas e Medidas de Acordo com a Base Nacional Comum Curricular”, no decorrer de tal unidade estudamos um pouco sobre as Políticas Públicas voltadas para o ensino da matemática, enfatizamos sua importância para melhoria e garantia de um ensino de qualidade. Posteriormente, estudamos a unidade temática Grandezas e Medidas de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), destacando a importância de termos ciência dos objetivos e habilidades a serem desenvolvidos pelos educandos. Vale ressaltar que a Base Nacional Comum Curricular, como o nome já diz, tem o intuito de tornar comum e padronizar o currículo escolar a ser trabalhado com os alunos em todo território brasileiro, visando uma educação mais democrática. Ademais, apresentamos os estudos da unidade temática Grandezas e Medidas na etapa do ensino fundamental - anos iniciais e anos finais, assim como no ensino médio, ou seja, o processo de estudos da temática no decorrer de toda educação básica. Esperamos que os conteúdos trabalhados tenham proporcionado a aquisição de novos conhecimentos e que eles te incentivem a procura de mais conhecimentos. Aguardamos você, acadêmico (a) em nossa próxima unidade. Abraços! LEITURA COMPLEMENTAR Acadêmico(a), visando complementar seu estudo acerca do ensino de grandezas e medidas de acordo com a base nacional comum curricular, consulte as fontes indicadas a seguir: ● BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ . Acesso em: 23 mar. 2022. ● VEIGA, Ilma Passos Alencastro; SILVA, Edileuza Fernandes da Silva (Org.). Ensino Fundamental: da LDB à BNCC. Campinas, SP: Papirus, 2018. ● SILVA, Lucenildo Elias da. Educação Matemática e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): um desafio para a educação básica. Revista Humanidades e Inovação, Palmas-O, v. 6, n. 6, p. 52-61, maio 2019. Mensal. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1325. Acesso em: 23 mar. 2022. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1325 LIVRO • Título BNCC no chão da sala de aula • Autor Paulo Henrique de Souza • Editora Conhecimento Editora • Sinopse Essa obra nasce para auxiliar gestores e professores em reflexões e ações interessantes com foco na ação pedagógica. A BNCC objetiva a promoção da equidade por meio de uma formação integral do cidadão. A integralidade da educação trata do desenvolvimento intelectual, social, físico, emocional e cultural, compreendidos como fundamentais para a excelência na construção dos saberes. Esse livro, mostra que as aprendizagens essenciais, foram estabelecidas por meio de dez competências gerais que nortearão o trabalho das escolas e dos professores em todos os anos e componentes curriculares. FILME/VÍDEO • Título O Homem que viu o infinito • Ano 2016 • Sinopse Uma verdadeira história de amizade que mudou a matemática para sempre. Em 1913, Ramanujan, um gênio da matemática autodidata da Índia viaja para a o Colégio Trinity, na Universidade de Cambridge, onde ele se aproxima do seu mentor, o excêntrico professor Godfrey Harold Hardy, o filme mostra o conflito entre a razão (matemática) e a crença de que suas teorias eram de origem divina. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. pdf Acesso em: 10 jan. 2022. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. NOVA ESCOLA. Conheça os principais pontos em cada unidade temática de matemática: Grandezas e medidas, Números, Álgebra, Geometria, Probabilidade e estatística: entenda o que é esperado para cada um desses eixos. 2022. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/34/conheca-os-principais-pontos-em-cada- unidade-tematica-de-matematica Acesso em: 10 jan. 2022. TERRA, M. de L. E. (Org.). Políticas públicas e educação. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. UNIDADE II CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE GRANDEZAS E MEDIDAS Professora Especialista Genilda de Lourdes Maurício Guimarães Professora Especialista Vanice Vieira Fernandes http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/34/conheca-os-principais-pontos-em-cada-unidade-tematica-de-matematica https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/34/conheca-os-principais-pontos-em-cada-unidade-tematica-de-matematica Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Contexto histórico das noções básicas de unidade de medidas; • Tipos de unidades de medidas e suas transformações. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar o processo histórico das noções básicas de unidade de medidas; • Compreender os tipos de unidades de medidas e suas transformações. INTRODUÇÃO Prezado(a) acadêmico(a), Seja bem-vindo(a) à Unidade II da disciplina de Grandezas e Medidas. Nesta segunda unidade, intitulada “CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE GRANDEZAS E MEDIDAS”, estudaremos a respeito do contexto histórico envolvendo essa temática, que foi desenvolvido pela necessidade das civilizações em medir/contar o que acarretou a padronização das unidade de medidas. Posteriormente trabalharemos sobre alguns tipos de unidades de medidas e suas transformações, são elas: medidas de comprimento, medidas de massa, medidas de tempo, medidas de volume, medidas de temperatura e medidas de superfícies. Mais do que saber medir, é preciso que saibamos a aplicabilidade de tais medições, para que dessa forma possamos ensinar nossos alunos de um modo contextualizado e significativo. Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa primeira unidade. Boa leitura! 1 CONTEXTO HISTÓRICO DAS NOÇÕES BÁSICAS DE UNIDADE DE MEDIDAS 1.1 Noções básicas de unidades de medidas Na história das civilizações, os povos sempre tiveram a necessidade de trocar algo uns com os outros. A troca de produtos ou o comércio (compra e venda) de produtos não pode ser desenvolvida sem as unidades de medidas. Isso significa que, sem pesos e medidas precisos, nenhum negócio poderia ser realizado, a menos que cada pessoa tivesse a certeza de que a outra estava sendo justa e honesta. As primeiras unidades de medida utilizadas foram baseadas em partes do corpo humano, por exemplo, utilizar as mãos como unidade de comprimento ou, ainda, utilizar o antebraço ou o tamanho dos dedos das mãos para medir algo. Assim, é muito comum as crianças aprenderem diferentes medidas e medições utilizando o próprio corpo e comparar suas medidas às das demais crianças. O peso era medido a partir da utilização de sementes, grãos e pedras, já o tempo eramedido com base nos períodos de sol e lua e na variação das estrelas. Contudo, notou-se que esses pesos e medidas não eram sempre os mesmos, ou seja, não eram uniformes, por exemplo, sementes, pedras e as mãos das pessoas eram tamanhos diferentes. Assim, à medida que as civilizações foram se desenvolvendo, tornou-se necessário padronizar os pesos e as medidas para garantir que as pessoas não seriam enganadas ou, ainda, para se assegurar de que o peso de um produto não iria variar muito de uma compra para outra. A medida-padrão seria um valor a que todas as medidas deveriam corresponder, por exemplo, a quantidade de feijão em meio quilo deve ser a mesma independentemente de quem está medindo e da localidade na qual essa mediação está sendo realizada. No início da implantação de medidas padronizadas (ou medidas oficiais), havia funcionários para verificar se todos estavam cumprindo o padrão de medidas. Com a expansão do comércio entre países, surgiu a necessidade de um sistema internacional de medidas, que chamamos de sistema métrico. Uma exceção ao sistema métrico são os Estados Unidos, que adotam o “sistema imperial” de medidas. SAIBA MAIS O Sistema Internacional de Unidades (Système Internationale d’Unités ou SI) define as sete grandezas básicas. Quadro 1 - As setes grandezas básicas Magnitude Nome Símbolo Distância metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Intensidade de corrente elétrica ampere A Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de substância mol mol Intensidade luminosa candeia cd Fonte: Bonafini ( 2016, p. 89). SAIBA MAIS Antes de introduzir as definições conceituais de diferentes unidades de medidas, é preciso saber que o desenvolvimento da compreensão de conceitos e relações de medidas nos estudantes é gradual e passa da aprendizagem experiencial e física para a aprendizagem teórica e inferencial. Assim, no ensino fundamental, os alunos aprendem a calcular, medir e registrar o comprimindo, a altura, a distância entre objetos, a área, a capacidade de determinados recipientes, a massa, entre outras habilidades. Isso ocorre, muitas vezes, com os alunos utilizando medidas não padrão, por exemplo, o tamanho da palma da mão, e, também, fazendo uso de unidades-padrão. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de comparar e descrever a ordem de grandeza de diferentes objetos utilizando atributos medidos em unidades fora e dentro do padrão. Atividades em sala de aula podem começar com os alunos construindo ferramentas de medição. O professor pode deixá-los selecionar e justificar suas escolhas com relação às possíveis unidades de medidas. Isso vai ajudá-los a investigar as relações entre o tamanho do objeto e as unidades escolhidas, o número de unidades necessárias para medir um objeto e a determinar as relações entre unidades, por exemplo, horas, dias, semanas ou centímetros e metros entre outros. Nas séries posteriores, os estudantes já estarão aptos a estimar, medir e comparar atributos de diferentes objetos. Nessa fase, eles já são capazes de descrever algo utilizando atributos medidos. Medidas de volume, área, superfície, tempo e temperatura já podem ser introduzidos. O professor deve enfatizar a precisão das medições e a utilização de expressões matemáticas que regem volumes, perímetros, áreas entre outros. À medida em que os alunos vão aprofundando seus conhecimentos com relação às diferentes unidades de medida, é possível explorar diferentes formas que apresentam a mesma área ou o mesmo volume. Pode-se perguntar, por exemplo: “quais são as dimensões possíveis de uma caixa retangular cujo perímetro é de 48 cm?” ou, ainda, “qual é o menor comprimento de cerca necessário para contornar uma área retangular de 72 cm?”. Problemas como esses oferecem aos estudantes a oportunidade de integrar conhecimentos de medição e álgebra. Problemas de medição são, muitas vezes, situados em contextos da vida real. Sendo assim, o aprendizado de unidades de medidas pode ser beneficiado a partir da implementação das tendências em educação matemática. Você, acadêmico(a) pode, por exemplo, utilizar a abordagem da resolução de problemas para que os alunos desenvolvam as noções de medição e as unidades de medida. Além disso, aprender sobre medições permite aos alunos desenvolver os conceitos e a linguagem necessária para descrever objetos do cotidiano. EXEMPLO Por que medimos? Medimos porque temos a necessidade de: ● Fazer previsões: quanto tempo gastamos em uma viagem de ida e volta? 40 litros de combustível serão suficientes para fazer uma viagem de 350 km? ● Relacionar e comparar medidas: para fazer essa escada você pode optar por 4 degraus de 15 cm de altura e 25 cm de largura ou por 5 degraus de 12 cm de altura e 20 cm de largura. ● Controlar experiências: o desempenho do atleta melhorou quando comeu 80 gramas de carboidratos a mais, em cada refeição, durante os últimos 30 dias. Fonte: Brasil (2007, p. 12). Para saber mais acesse o vídeo abaixo: Fonte: Por que medimos as coisas? Bate-papo: educação. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tIf_QOeKsBU Acesso em: 23 jan. 2022. #EXEMPLO# 2 TIPOS DE UNIDADES DE MEDIDAS E SUAS TRANSFORMAÇÕES https://www.youtube.com/watch?v=tIf_QOeKsBU As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, como, por exemplo: comprimento, massa, tempo, volume, temperatura e superfície. 2.1 Medidas de comprimento As medidas de comprimento nos ajudam a medir quão longo ou alto é um objeto ou quão distante um objeto está de determinado ponto de referência, por exemplo, o lápis da Figura 1 tem 16 centímetros. Figura 1 - Medição de um lápis Fonte: Bonafini (2016, p. 103). As unidades de medidas mais comuns são os milímetros (mm), centímetros (cm), metros (m) e quilômetros (km). Para pequenas unidades de comprimento utilizamos os milímetros. Por causa disso, temos: ● 1 cm = 10 mm; ● 1 m = 100 cm ou 1.000 mm; ● 1 km = 1.000 m ou 1.000.000 mm. Figura 2 - Conversão das unidades de comprimento Fonte: Bonafini (2016, p. 103). 2.1.1 Sistema métrico decimal, metro e os múltiplos do metro O metro (m) é a unidade fundamental de comprimento do Sistema Internacional de Unidades (SI). Ele tem múltiplos e submúltiplos, como a massa, que em breve, acadêmico(a) iremos conhecer. Um múltiplo do metro muito utilizado em nosso dia a dia é o quilômetro (km). Outros submúltiplos do metro são o centímetro (cm) e o milímetro (mm). Quadro 2 - Múltiplos e submúltiplos do metro Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro km hm dam m dm cm mm 1.000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Fonte: Bonafini (2016, p. 104). SAIBA MAIS Para saber mais sobre Conversão de unidades de medida e comprimento, acesse o vídeo. Nele temos uma tabela com os múltiplos e os submúltiplos da unidade de base de comprimento que é o metro, faço uma breve explicação utilizando a tabela, os múltiplos e submúltiplos multiplicando ou dividindo por 10, em seguida, apresento alguns exemplos utilizando o deslocamento da vírgula para indicar a conversão pedida no exemplo, comparando com os múltiplos e submúltiplos da tabela tendo como unidade de base de comprimento o metro (m). https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 Fonte: Conversão de Unidades de Medidas de Comprimento - Professora Angela. 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 Acesso em: 23 jan. 2022. #SAIBA MAIS# Assim, ao converter de uma unidade para outra imediatamente inferior, devemos fazer uma multiplicação por 10, por exemplo, 1 m = 10 dm. Para fazer a conversão de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos dividir por 10, por exemplo, 1 dam= 0,1 hm. Então, para converter de uma unidade para qualquer outra, basta multiplicar ou dividir sucessivamente até chegar à unidade que se está buscando. Por exemplo: ● 1 m = 100 cm; ● 1 cm = 10 mm; https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 https://www.youtube.com/watch?v=_ANQ-xSIhs4 ● 1 m = 0,001 km; ● 1 decâmetro = 0,1 hm; ● 1 hectômetro = 10.000 cm; ● 1 centímetro = 0,0001 hm. Uma sugestão para que as crianças internalizem o conceito de metro e medidas é a construção do metro de cartolina (BRASIL, 2007), para isso, os alunos já devem conhecer os conceitos e relações existentes entre o metro, o centímetro e o decímetro. Essas relações também podem ser construídas concretamente, marcado, em uma tira de cartolina, 100 centímetros para formar 1 metro ou 10 centímetros para formar 1 decímetro, notando que no metro cabem 10 decímetros. Para o conceito de quilômetro é importante que o aluno entenda sua relação com o metro e quando o quilômetro deve ser utilizado. Como os comprimentos fazem parte de um sistema decimal, é importante ressaltar que a conversão de unidades está associada à multiplicação ou à divisão por 10. Em outras palavras, as unidades valem 10 vezes a ordem dos décimos, que vale 10 vezes a ordem dos centésimos e que, por sua vez, a ordem dos milhares vale 1.000 vezes a ordem das unidades. Por isso, acadêmico(a) dizemos que essas unidades - metro, decímetro, centímetro, quilômetro - fazem parte de um sistema de medidas denominado sistema métrico decimal. Sugere-se, então, que o sistema métrico decimal seja trabalhado em sala de aula em conjunto com os números escritos na forma decimal. Isso facilitará a compreensão de medidas como 1,53 metros, por exemplo. As diferenças entre representações também podem ser exploradas, por exemplo, determinado estudante pode escrever sua altura como 1,53 metros, 153 centímetros, 1 metro, 5 decímetros e 3 centímetros, 1 metro e 53 centímetros ou, ainda, 15 decímetros e 3 centímetros. Tarefas de conversão de unidades utilizando o sistema decimal podem auxiliar os alunos a entender melhor o significado da vírgula em um número quando este está representando o comprimento de um objeto. No Sistema Imperial ou Sistema Usual de medidas, o comprimento pode ser medido em: ● 1 pe (ft) = 12 polegadas; ● 1 jarda (yd) = 3 pés = 36 polegadas; ● 1 milha (mi) = 1.760 jardas = 5.280 pés = 63.360 polegadas. Lembre-se que 1 polegada equivale a 2,54 centímetros. 2.1.2 Leitura das medidas de comprimento Para fazer a leitura de uma medida de comprimento, segundo (BONAFINI, 2016, p. 106) devemos: a) construir o quadro de unidades conforme segue; b) inserir, primeiro, os três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada e, depois, os números após a vírgula. Por exemplo: 1. Leia a seguinte medida: 87,78 m km hm dam m dm cm mm 8 7, 7 8 Lê-se 87 metros e 78 decímetros. 2. Leia a seguinte medida: 0,007 km hm dam m dm cm mm 0, 0 0 7 Lê-se 7 milímetros. 2.1.3 Perímetro O perímetro é a medida do comprimento do contorno de um objeto bidimensional. Se esse objeto for uma figura geométrica, o perímetro é a soma de todos os lados dessa figura geométrica. Se esse objeto for círculo, o perímetro de um círculo é chamado de circunferência. Para calcular o perímetro de uma circunferência utilizamos a fórmula: 𝐶 = 2𝜋𝑟, ou seja, comprimento de uma circunferência é dado por 2 vezes 𝜋 vezes o raio (𝑟) da circunferência. O diâmetro (𝑑), por sua vez, é o dobro do raio, ou seja, 𝑑 = 2𝑟. Então, o comprimento de uma circunferência pode também ser escrito por 𝐶 = 𝜋𝑑. Veja, na figura 3, a localização das medidas: Figura 3 - Localização das medidas na circunferência Fonte: Bonafini (2016, p. 107). Um polígono tem perímetro igual à soma do comprimento de seus lados. Veja as figuras 4 e 5: Figura 4 - Perímetro de figuras geométricas e comprimento de circunferência Continuação da figura na próxima página. Fonte: Bonafini (2016, p. 107-108). Figura 5 - Perímetro das principais figuras planas Continuação da figura na próxima página. Fonte: Bonafini (2016, p. 108-109). 2.2 Medidas de massa Acadêmico(a), vamos começar distinguindo os conceitos de massa e peso, conforme (BONAFINI, 2016, p. 91): ● Massa é a quantidade de matéria apresentada por um corpo ou objeto. ● Peso é a força que a gravidade exerce sobre um objeto, podendo, por isso, variar de lugar para lugar. Na linguagem cotidiana, os termos massa e peso são utilizados livremente, quase sempre de maneira imprecisa, como se significasse a mesma coisa. Porém, é importante que o professor diferencie esses dois conceitos e utilize o termo massa, e não peso. Para auxiliar os alunos a entender a diferença entre massa e peso, é importante lembrar que peso é a força com que um corpo é atraído pela gravidade para o centro da Terra, por exemplo, se estivéssemos na lua, nosso peso mudaria, pois a força da gravidade lá é mais fraca que na Terra. Entretanto, a massa de nosso corpo permaneceria a mesma, porque ainda somos feitos da mesma quantidade de matéria. Agora, imagine-se em um espaço longe de qualquer campo gravitacional e com a bola de boliche em suas mãos: você solta a bola e ela simplesmente flutua em sua frente. Isso acontece porque sem gravidade não há peso. Quadro 3 - Comparando massa e peso Massa Peso A massa é uma propriedade da matéria. A massa de um objeto é a mesma em todos os lugares O peso depende do efeito da gravidade. Ele varia de acordo com a localização. A massa nunca pode ser zero. O peso pode ser zero se nenhuma gravidade age sobre um objeto, como no espaço. A massa não se altera de acordo com a localização O peso aumenta ou diminui diante de maior ou menor gravidade. A massa é uma quantidade escalar; tem magnitude. O peso é uma grandeza vetorial; tem magnitude e está dirigido para o centro da Terra ou outro poço da gravidade. A massa pode ser medida com uma balança simples. O peso é medido utilizando-se uma balança de mola. Normalmente a massa é medida em gramas e quilogramas. O peso, muitas vezes, é medido em newtons ou em uma unidade de força. Fonte: Bonafini (2016, p. 92). 2.2.1 Quilograma e os múltiplos do grama A massa é medida em gramas (𝑔), quilogramas (𝑘𝑔) e toneladas (𝑡). Essas medidas são conhecidas como unidades métricas de massa. ● 1 kg = 1.000 g. ● 1 tonelada = 1.000 kg. A unidade fundamental de massa é o 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑘𝑔). O protótipo internacional do quilograma encontra-se guardado no Bureau Internacional de Poids et Mesures (BIPM), em Sèvres (França). Todos os padrões de massa existentes são baseados nesse artefato. Você já deve ter observado que, apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, na prática e no dia a dia utilizamos o grama como unidade cotidiana de massa. SAIBA MAIS Você conhece a história do quilograma? Quando abrimos um livro de receitas ou compramos qualquer coisa no supermercado, sabemos quanto devemos usar para cada prato ou quanto daquela comida estamos comprando. Isso é medido em gramas e quilogramas. Essas medidas têm uma história que não é apenas complexa, mas profundamente política e ligada ao exponencial aumento do comércio no século 19. Uma história que mistura ciência, comércio e religião, entre outras variáveis, que resultou muitas vezes em revoltas populares e insatisfações. Por muito tempo, o metro e o quilograma foram acusados de serem sistemas de pesos e medidas ligados ao ateísmo, à adoração do diabo estragando os desígnios de Deus. O quilograma, assim como o metro, nasceu dos questionamentos sobre as medidas tradicionais e despadronizadas durante o Iluminismo,na França do século 18. Para filósofos e cientistas da época, a profusão de pesos e medidas usadas então por diferentes países ou mesmo regiões da França, atrapalhavam o comércio, a ciência e, em última instância, a vida cotidiana das pessoas. Para continuar lendo acesso a fonte abaixo. Boa leitura! Fonte: MONTELEONE, J. A história do quilograma, essa medida revolucionária. Brasil de Fato. Ago. 2020. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/08/07/a-historia-do-quilograma-essa-medida- revolucionaria Acesso em: 24 jan. 2022. #SAIBA MAIS# 2.2.2 Múltiplos e submúltiplos do grama Os múltiplos da medida grama são chamados de 𝑑𝑒𝑐𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑑𝑎𝑔), ℎ𝑒𝑐𝑡𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (ℎ𝑔) e 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑘𝑔). Já os submúltiplos são chamados de 𝑑𝑒𝑐𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑑𝑔), 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑐𝑔) e 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 (𝑚𝑔). Veja o Quadro 4 a seguir: Quadro 4 - Múltiplos e submúltiplos do grama https://www.brasildefato.com.br/2020/08/07/a-historia-do-quilograma-essa-medida-revolucionaria https://www.brasildefato.com.br/2020/08/07/a-historia-do-quilograma-essa-medida-revolucionaria Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilôograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama kg hg dag g dg cg mg 1.000 g 100 g 10 g 1 g 0,1g 0,01 0,001 g Fonte: Bonafini (2016, p. 93). O uso do grama é comum em diversas situações, por exemplo, quando compramos frutas, legumes, carnes ou grãos, como lentilha, ervilha e feijão. Quando os objetos são maiores, geralmente utilizamos o quilograma como unidade de massa. Isso se aplica à massa do nosso corpo, sacos de cimento, pedras, areia entre outros. Já em situações nas quais os objetos são muito grandes, como carros, trens, navios ou aviões, utilizamos a toneladas (𝑡), ou seja, um múltiplo do quilograma. Portanto, uma tonelada é igual a 1.00 quilogramas (𝑘𝑔) ou 1.000.000 de gramas (𝑔). 2.2.3 Transformação de unidades de massa Acadêmico(a), você pode utilizar o esquema da Figura 6 para efetuar conversões. Assim, é importante saber que: ● 1 quilograma (kg) = 1.000 gramas (g); ● 1 hectograma (hg) = 100 gramas (g); ● 1 decagrama (dg) = 10 gramas (g); ● 1 grama (g) = 0,1 decagramas (dag); ● 1 grama (g) = 10 decigramas (dg). Figura 6 - Transformação de unidades de massa Fonte: Bonafini (2016, p. 94). Note que para as unidades de medidas de massa, cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita e cada unidade de massa é 0,1 (um décimo) da unidade imediatamente à sua esquerda. Para realizar a conversão de medidas de massa, devemos observar essa relação de multiplicidade entre as unidades de medidas. EXEMPLO 1. Murilo e Guilherme estão competindo para ver quem tem mais areia acumulada. Na última medição, Murilo afirmou que já tinha 10.394 decigramas de areia, e Guilherme disse ter 3.751 decagramas de areia. Quem acumulou mais areia? Esse problema pode ser resolvido de diversas maneiras. Uma delas é converter ambas as grandezas para uma unidade-padrão e, em seguida, comparar as quantidades acumuladas por Murilo e Guilherme. Vejamos o que acontece quando convertemos essas quantidades para quilogramas: Para o valor acumulado de Murilo, temos 1 quilograma (kg) ---------------------------------- 10.000 decigramas (dg) X ------------------------------------------------------- 10.394 decigramas (dg) x=10.394/10.000=1,0394 kg Para o valor acumulado de Guilherme, temos: 1 quilograma (kg) ---------------------------------- 100 decagramas (dag) X ------------------------------------------------------- 3.751 decigramas (dag) x=3.751/100=37,51 kg Comparando, temos que 37,51 kg > 1,0394 kg. Assim, Guilherme possui a maior quantidade de areia acumulada, vencendo a competição. 2. Elisa ganhou 9 barras de chocolate, uma de cada tia, e cada barra tem 301 gramas de chocolate. Quantos quilogramas de chocolate Elisa possui? Para iniciar a resolução desse problema, o aluno deverá somar as barras de chocolate e, em seguida, efetuar a conversão para quilos. Daniel tem 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 + 301 = 2.709 gramas de chocolate. (lembre-se de que seus alunos também podem efetuar essa conta multiplicando 301 x 9 = 2.709). Para converter 2.709 gramas em quilos, é preciso saber que: 1 quilograma (kg) = 1.000 gramas (g) X quilogramas (kg) = 2.709 gramas (g) x=2.709/1.000=2,709 kg Fonte: a autora (2022). #EXEMPLO# Além do quilograma e suas derivações, a massa também pode ser medida em unidades imperiais, ou seja, 𝑜𝑛ç𝑎 (𝑜𝑧) e 𝑙𝑖𝑏𝑟𝑎 (𝑙𝑏): ● 1 libra = 16 onças; ● 1 onça = 28,3495 gramas; ● 1 libra = 0,453592 quilogramas. Vejamos, a seguir, alguns exemplos utilizando o sistema imperial (ou sistema usual) de medidas de massa: EXEMPLO 1. O gato de Sofia pesa 7 libras. Qual seria o peso do gato em onças? E em quilogramas? Para resolver problemas como esse você deve notar que: 1 lb = 16 oz 7 lb = 7 x 16 oz, ou seja, 112 oz Para transformar em quilogramas, utilizamos a seguinte relação: 1 oz = 0,0283495 kg 112 oz = 3,175144 kg 2. O coelho de Alice pesa 48 onças. Quanto seria esse valor em libras? Para fazer a conversão, utilizamos um procedimento semelhante ao anterior: 1 lb=16 oz x=48 oz Logo, x = 3 lb, ou seja, o coelho de Alice pesa 3 libras. Fonte: a autora (2022). #EXEMPLO# Acadêmico(a), exemplos como os apresentados abaixo, auxiliam o aluno a desenvolver a noção de qual unidade de medida é a mais apropriada para a mediação que se pretende fazer do objeto. Qual unidade é a mais apropriada para medir os objetos a seguir? Lembre-se de que mais de uma unidade de medida pode ser aplicada. Figura 7 - Exemplos de unidade de medida Fonte: Bonafini (2016, p. 97). Acadêmico(a), utilizar uma balança de dois pratos em sala de aula e solicitar que os alunos, primeiro, estimem a massa de cada objeto (por exemplo, diferentes alimentos) e, depois, confirmem suas estimativas com relação à massa de cada objeto que pode auxiliar os alunos a consolidar os conceitos de unidades de medidas. 2.2.4 Leitura das medidas de massa Para fazer a leitura de uma medida de massa, devemos: a) construir o quadro de unidades conforme abaixo; b) inserir, primeiro, o três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada e, depois, os números após a vírgula. Por exemplo: 1. Leia a seguinte medida: 43,784 m. kg hg dag g dg cg mg 4 3, 7 8 4 Lê-se 43 hectogramas e 784 decigramas. 3. Leia a seguinte medida: 0,089. kg hg dag g dg cg mg 0, 0 8 9 Lê-se 89 miligramas. 2.3 Medidas de tempo A medição do tempo requer a especificação de unidades. No entanto, existem muitas unidades de tempo diferentes, algumas das quais podem ser mais apropriadas que outras em certas circunstâncias. O Sistema Internacional de Unidades (SI) define o segundo (𝑠) como unidade de base para o tempo. As demais unidades que podem ser geradas a partir do segundo são: minutos, hora, dia: ● 1 minuto = 60 segundos; ● 1 hora = 60 minutos; ● 1 dia = 24 horas. A partir das unidades acima podemos, ainda, gerar a semana, o mês, ao ano, a década, o século e o milênio: ● 1 semana = 7 dias; ● 1 mês = 30 ou 31 dias; ● 1 ano = 365 dias; ● 1 década = 10 anos; ● 1 século = 100 anos; ● 1 milênio = 1.000 anos. Desde a criação do Sistema Internacional de Unidades, em 1967, um segundo é tecnicamente definido em termos atômicos mais precisos e absolutos como “ a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133”. Em 1997, essa definição passou a ser ainda mais específica, com a condição de que estase refere a um átomo de césio em repouso a uma temperatura de 0 Kelvin (UNITS OF MEASUREMENT, 2016, apud BONAFINI, 2016, p. 99). O Ministério da Educação (BRASIL, 2007, p. 78) sugere que as noções de tempo sejam introduzidas aos alunos em situações em que eles vivenciem o tempo como um elemento fundamental. São sugestões para os alunos: ● construindo uma sequência de acontecimentos: antes de, depois de, ao mesmo sequência de tempo que; ● entendendo e aplicando a noção de período de tempo (o que representa uma séria dificuldade, pois até nós, adultos, temos experiência da grande diferença que sentimos entre meia hora em uma festa muito boa e meia hora de espera em uma fila...); ● adquirindo conhecimento social, ou seja, identificando fenômenos considerados importantes, na nossa cultura, como: as quatro estações, o registro dos anos, meses, dias da semana etc.; [...]. 2.3.1 Os segundos, os minutos e as horas Cada dia é constituído por unidades de tempo menores. Assim, temos que 1 dia = 24 horas, 1 hora = 60 minutos e 1 minuto = 60 segundos. Note que o tempo é uma das poucas grandezas que medimos a partir de um sistema diferente do sistema de base 10. Isso acontece porque as unidades de tempo que podemos “ver” ou “perceber”, como os dias e os anos, não se encaixam em potências de 10. Devemos o sistema sexagesimal aos babilônios, que definiram que havia 360 graus em um círculo e 60 minutos em uma hora. Assim, a base principal do tempo é a base 60. Acadêmico(a), você pode observar que o número 60 tem 12 fatores, a saber: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30 e 60, dentro os quais temos três números primos: 2, 3 e 5. Então, 60 minutos (o equivalente a uma hora) podem ser divididos igualmente em seções de 30 minutos, 20 minutos, 15 minutos, 12 minutos, 10 minutos, 6 minutos, 5 minutos etc. Ao ensinar as conversões entre unidades de medida de tempo, você perceberá que estas são mais complexas que as conversões em outras unidades de medida. É importante que o aluno saiba que, para converter horas e minutos para minutos, ele pode multiplicar o valor das horas por 60 segundos e, a partir daí, adicionar os minutos restantes. Vejamos um exemplo: 6 horas e 17 minutos = 6 X 60 + 17 minutos = 377 minutos. Um procedimento similar pode ser executado caso queiramos converter um tempo em horas, minutos e segundos para somente segundos. Por exemplo: 2 horas, 43 minutos e 25 segundos 2 horas = 2 X 60 X 60 = 7.200 segundos 43 minutos = 43 X 60 = 2.580 segundos 25 segundos = 25 segundos 2 horas, 43 minutos e 25 segundos = 7.200 + 2.580 + 25 = 9.805 segundos Se precisarmos converter minutos para horas e minutos, basta contar os minutos por múltiplos de 60 para obter o número de horas, e o restante serão os minutos extras. Por exemplo: 187 minutos = 180 minutos + 7 minutos 187 minutos = 3 horas e 7 minutos Caso tenhamos um número grande de segundos e queiramos fazer a conversão para horas, minutos e segundos, a primeira divisão por 60 vai fornecer o número de minutos. Por exemplo, converta 5.000 segundos em horas, minutos e segundos: Primeiro, dividimos 5.000 ÷ 60, simplificando, temos 500 ÷ 6 = 83.33333, ou seja 83 minutos e 0,33333333 minutos. Agora, vamos converter esses 0,33333333 minutos em segundos. Para isso, temos de lembrar que 1 minuto = 60 segundos. Então, 0,33333333 minutos = 20 segundos. Logo, temos que 5.000 segundos = 83 minutos e 20 segundos; Agora, vamos dividir os minutos por 60 novamente para obter as horas, minutos e segundos. 5.000 segundos = 83 minutos e 20 segundos = 1 hora, 23 minutos e 20 segundos. 2.3.2 Outras unidades de medida de tempo Ao trabalhar as unidades de medida de tempo em sala de aula, o professor estará, pela primeira vez, trabalhando com unidades de medida que, diferentemente de outras (como medidas de comprimento, massa etc.), não mantêm uma relação decimal entre si. Vejamos: ● minuto (60 segundos); ● hora ( 60 minutos ou 3.600 segundos); dia (24 horas ou 86.400 segundos); ● semana (o agrupamento de 7 dias ou 604.800 segundos); ● mês (28-31 dias, ou o agrupamento de 4 semanas e alguns dias, ou 2.419.200- 2.678.400 segundos); ● ano (o agrupamento de 12 meses, ou cerca de 365,25 dias, ou cerca de 31.557.600 segundos). 2.3.3 Fusos horários Acadêmico(a), você já deve ter ouvido falar em fuso horário. Como a Terra gira, uma parte dela está sob o sol, ou seja, é dia, e outra parte está sob a ausência do sol, ou seja, noite. Podemos demonstrar esse conceito aos alunos utilizando uma vela ou lanterna e um globo. Segurando a vela em uma posição fixa e girando o globo, é possível verificar que, quando é noite nos Estados Unidos, por exemplo, já é dia nas Filipinas. “O mundo está dividido em fusos horários, e em um determinado fuso horário a hora é a mesma em todos os locais dentro dele. Países grandes, como Estados Unidos, Austrália e China têm vários fusos horários” (AUSTRALIA, 2011, apud BONAFINI, 2016, p. 102). SAIBA MAIS Para saber mais sobre como ensinar diferentes fusos horários, acesse o vídeo abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=NPeiU5FsSyo Fonte: (MATEMÁTICA COM RAFA JESUS - TÁ LEMBRANDO?, 2021). #SAIBA MAIS# 2.3.4 Leitura das horas em relógios Existem basicamente dois tipos de relógios: o de ponteiros (analógico) e o digital. Os relógios analógicos têm dois ponteiros, sendo um mostrando a hora (ponteiro menor) e outro marcando os minutos (ponteiro maior). Muitos modelos contam, ainda, com um ponteiro que demonstra a passagem dos segundos. Esse ponteiro é geralmente mais fino que os outros dois. Na Figura 8, por exemplo, lemos 10 horas (leitura do ponteiro menor) e 09 minutos (leitura do ponteiro maior). O ponteiro mais fino indica 36 segundos. Figura 8 - Relógio analógico https://www.youtube.com/watch?v=NPeiU5FsSyo Os relógios digitais mostram as horas no formato "horas: minutos”. Depende da configuração, ele pode mostrar as horas no padrão 24 horas ou no padrão 12 horas, no qual as 24 horas do dia são divididas em dois períodos: AM (Ante Meridien, do latim, que significa “antes do meio-dia”) e PM (Post Meridien, do latim, cujo significado é “depois do meio-dia”) (BONAFINI, 2016, p. 102). Figura 9 - Relógio digital: (a) no padrão 24 horas e (b) no padrão 12 horas (AM/PM) Fonte: Bonafini (2016, p. 103). 2.3 Medidas de volume O conceito de volume ou a noção de metros cúbicos, refere-se para problemas que envolvem o uso de três dimensões - comprimento, largura e altura. Vejamos: Figura 10 - Volume de um prisma retangular Fonte: Bonafini (2016, p. 122). A Figura 10 representa o metro cúbico (𝑚³). O metro cúbico é a unidade fundamental de volume e tem esse nome, pois representa a medida correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 metro de aresta. O metro cúbico também tem múltiplos e submúltiplos ( Quadro 5). Quadro 5 - Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico Múltiplos Unidade Principal Submúltiplos quilômetro cúbico hectômetro cúbico decâmetro cúbico metro cúbico decímetro cúbico centímetro cúbico miliímetro cúbico km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³ 109 m³ 106 m³ 103 m³ 1 m³ 10−3 m³ 10−6 m³ 10−9 m³ Fonte: Bonafini (2016, p. 122). Observando a Figura 11, vemos que cada uma das unidades de medidas de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita. Consequentemente, cada unidade é igual a 0,001 (um milésimo) do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Figura 11 - Conversão das unidades de volume Fonte: Bonafini (2016, p. 123). Para converter medidas de volume, lembre-se que cada uma das unidades de medidas de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente
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