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Ansiedade é o medo do futuro, o que faz com que a pessoa viva constantemente num estado de “luta e fuga”. A resposta é desproporcional à situação e os sintomas são persistentes e disfuncionais. As formas de ansiedade são a livre flutuante (tônica) ou ansiedade generalizada (dura a maior parte do tempo) e a paroxística (ocorre em algumas situações) podendo ser situacional (desencadeada por estímulos externos) ou espontânea (ataques de pânico) Iniciam em geral na adolescência – fobias e ansiedade social mais cedo, TAG e transtorno de pânico mais tarde. Tem prevalência em 10-14% dos adultos e os mais comuns são fobia específica, ansiedade social e pânico. O TAG é mais prevalente em mulheres, tem relação com a hereditariedade (35% dos TAG, 50% da ansiedade social, pânico e agorafobia) Fatores de risco: maus tratos na infância (especialmente abuso), história de punições na infância, história familiar de transtornos mentais (pais), baixo status socioeconômico, pais rígidos/superprotetores, comportamento retraído/inibido, sexo feminino • O circuito de resposta à ameaça em mamíferos envolve a atenção, emoção, aprendizado e memória. O que ocorre na síndrome ansiosa é a disfunção do mecanismo de resposta a ameaças, se dando de maneira exacerbada Transtorno de ansiedade de separação: • Medo ou ansiedade acerca da separação de figuras de cuidado num grau desapropriado • A pessoa pode ter pesadelos e sintomas físicos de estresse • A duração é necessária para o diagnóstico do transtorno e é de 4 semanas para crianças e 6 meses em adultos Mutismo seletivo: • Dificuldade persistente de falar em determinadas situações sociais. Não tem relação com problemas motores da fala • Normalmente a criança se expressa com os familiares e pessoas conhecidas • Precisa ter, pelo menos, 1 mês de persistência dos sintomas Fobia específica: • Normalmente começa na adolescência e se intensifica na vida adulta. Marcado pelo medo, ansiedade e evitar as circunstâncias e locais que causam essa sensação. É uma reação desproporcional à situação • Pode ser fobia de animais, altura, tempestade, vento, objetos específicos, avião, entre outros Transtornos de ansiedade FISIOPATOLOGIA TRANSTORNOS DA INFÂNCIA Transtorno de ansiedade social: • Medo, ansiedade e evitar certas situações em que a pessoa precisa se expor socialmente. A pessoa começa se sentir avaliado e julgado por outras pessoas • O indivíduo pode ter queixas físicas, psíquicas, medo de vomitar, urgência miccional ou fecal Transtorno de pânico: • O paciente tem uma crise aguda de ansiedade sem motivo desencadeador aparente, ocorre em picos, e tem sintomas físicos (tremor fino, taquicardia, dor no peito, sudorese, entre outros). Dura cerca de 15-20 minutos no máximo • Normalmente o indivíduo tem medo de ir a lugares que tiveram a crise, evitando esses lugares • Pessoas no início dos 20 anos tem maior prevalência da crise de pânico, por conta do início da vida adulta • O transtorno de pânico é diagnosticado quando os episódios ocorrem 1-2x por semana durante 1 mês Agorafobia: • Marcado por medo, ansiedade e evitação de situações como transporte público, espaços abertos ou fechados, avião, etc • Muito difícil a pessoa ter agorafobia e não ter outros transtornos Transtorno de ansiedade generalizada: • Marcado por ansiedade e preocupação, na maior parte dos dias que a pessoa tem maior dificuldade de controle e que dure pelo menos 6 meses • Os sintomas incluem fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, distúrbio do sono (dificuldade de cair e permanecer dormindo ou acordar cansado) e sintomas autonômicos • Entrevista psiquiátrica deve ser muito detalhada: uso de cafeína e outros estimulantes, higiene do sono e uso de SPA (uso de substâncias psicoestimulantes) • Outros testes para descartar diagnóstico diferencial: ECG, marcadores cardíacos, eletrólitos e função tireoidiana • Diagnósticos diferenciais: uso de SPA, tireoide, doenças respiratória (asma), convulsões, tumores (feocromocitoma) Exame do estado mental: • Humor ansioso e inquietação • Se ocorre cansaço fácil e fatigabilidade • Se tem dificuldades de concentração e atenção • Se há irritabilidade e alterações de sono • Se há taquipsiquismo e taquilalia • Se há medo de morrer ou enlouquecer (em casos de transtorno de pânico) • Baseia-se na psicoterapia (TCC) e de farmacoterapia costuma-se utilizar o ISRS e benzodiazepínicos o Ansiedade leve – recomenda-se a observação do paciente o Ansiedade moderada – o paciente ainda tem algum grau de funcionalidade, pode-se pensar na farmacoterapia e/ou TCC o Ansiedade graves ou resistentes – combina-se a farmacoterapia e psicoterapia • Outro ponto muito importante são intervenções no estilo de vida (como atividade física, atividade de meditação/mindfullness/psicoeducação) • Antidepressivos – primeira linha para a maioria dos distúrbios de ansiedade (exceto fobia específica) podendo ser utilizado o ISRS ou duais (IRSN) → diferente do tratamento para depressão, inicia-se com doses baixas e atingir doses terapêutica mais alta posteriormente TRANSTORNOS DA VIDA ADULTA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO • Tempo de tratamento – quando chegar a um nível de dose que se manteve estável, segurar por 12 meses e depois pensa-se na reducação da medicação de maneira gradativa
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