Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS www.esab.edu.br 3 Sumário 1. Apresentação l.......................................................................08 2. Contextualizando logística reversa.........................................09 3. Objetivos estratégicos da logística reversa............................15 4. Atividades e desafios em logística reversa.............................20 5. Resumo I................................................................................26 6. Apresentação II......................................................................27 7. Diferenças entre os ciclos logísticos reversos: pós-venda e pós-consumo..........................................................................28 8. Pós-venda na logística reversa..............................................34 9. Pós-consumo na logística reversa.........................................39 10. Resumo II...............................................................................46 11. Apresentação III.....................................................................47 12. Política nacional de resíduo sólido e a logística reversa.......48 13. A importância do sistema de gestão ambiental na logística reversa...................................................................................58 14. Código de defesa do consumidor e o e-commerce................63 15. Resumo III..............................................................................69 16. Apresentação IV.....................................................................71 17. A logística tradicional e a logística no e-commerce................72 18. O e-commerce na logística reversa.......................................78 19. O planejamento da logística reversa e a competitividade.....84 20. Resumo IV..............................................................................91 21. Apresentação V......................................................................92 22. Sustentabilidade e suas dimensões......................................93 23. Logística reversa e desenvolvimento sustentável...............99 24. Abordagens emergentes para a sustentabilidade.............105 www.esab.edu.br 4 25. Resumo V.............................................................................113 26. Glossário..............................................................................115 27. Referências.........................................................................118 www.esab.edu.br 5 LOGÍSTICA REVERSA Apresentação Caro (a) estudante! Seja bem-vindo/a à disciplina Logística Reversa. Nesta disciplina trataremos a Logística Reversa revisitando conceitos, focando sua atuação frente a problemática ambiental, interligando suas temáticas com a legislação, a qual insere definições importantes para nosso conhecimento e atribuí responsabilidades aos diversos atores que de alguma forma assumem papel que acarretam resultados para a perspectiva de uma Logística Reversa. Para seu melhor aprendizado e aproveitamento dos assuntos desta disciplina é essencial que você procure aprofundar seus estudos em muitas outras informações disponíveis nos livros e artigos científicos. Nesse sentido, a apostila lhe ajudará no processo de aprendizagem, juntamente com os demais recursos disponíveis, possibilitando o aperfeiçoamento do conhecimento dos conteúdos apresentados nas unidades desta disciplina. Bons estudos e ótimo aprendizado! Prof.ª. Eliana Rangel Ementa: Discutir os fundamentos do contexto da logística reversa nas organizações e na sociedade, assim como o planejamento e os processos de negócios e de gestão, com base em alguns fundamentos científicos a saber: reconhecer operações logísticas; principalmente - pós-vendas e pós-consumo; www.esab.edu.br 6 apresentar as tipologia dos canais reversos de pós-venda e pós- consumo e a revalorização econômica no mercado primário e secundário; pontuar os desafios para o desenvolvimento sustentável frente à conservação do meio ambiente e o papel dos fluxos reversos. Objetivos Gerais: Desenvolver fundamentos técnicos e científicos, relativos à LOGÍSTICA REVERSA, bem como, capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diferentes situações profissionais. Competências e Habilidades: • Conceituar Logística Reversa • Identificar os canais logísticos. • Compreender os objetivos e as atividades logísticas. • Entender os ciclos logísticos reversos. • Identificar os ciclos logísticos reversos pós-venda e pós- consumo. • Relacionar os processos logísticos após a entrega do produto ao mercado, com áreas de meio ambiente e competitividade empresarial. • Demonstrar conhecimento das normas pertinentes aos resíduos sólidos, ao Sistema de Gestão Ambiental e do Código de Defesa do Consumidor no e-commerce. • Apontar a relevância da Logística Reversa para o desenvolvimento sustentável. www.esab.edu.br 7 • Aplicar conhecimentos pertinentes ao meio ambiente e suas relações com a sustentabilidade e fluxos reversos. • Demonstrar conhecimento crítico sobre os objetivos das Agendas Mundiais referentes à sustentabilidade. www.esab.edu.br 8 SEÇÃO 01 – ABORDAGENS GERAIS DA LOGÍSTICA REVERSA Nesta seção vamos trazer algumas considerações pertinentes à Logística Reversa. Nosso foco será para seu conceito, abordando a diferença entre o fluxo direto e reverso. Também estudaremos o objetivo, as atividades e os desafios da logística reversa. www.esab.edu.br 9 Mas o que é Logística Reversa? REVISITANDO O CONCEITO DE LOGÍSTICA Então, antes de adentrarmos em conceitos e outras especificidades de Logística Reversa, vamos revisitar definições abrangentes do tema. Ressaltamos, conforme Vitorino (2018), que a logística existe desde os tempos de José do Egito, quando ele ordenou a construção de celeiros para guardar os grãos durante os anos de fartura. Ademais, todos nós ouvimos corriqueiramente falar em logística. Mas vamos entendê-la a partir de algumas definições, começando pela origem da palavra. ¾ Logística: do francês logistique, do baixo latim logisticus. 1. Militar: ramo dos conhecimentos e atividades militares que tem como objetivo assegurar às forças armadas, em especial as que se encontram em companhia ou em combate, a satisfação das suas necessidades materiais, no tempo, no local, na quantidade e qualidade requeridas, de forma a desempenharem eficazmente a missão que lhes foi confiada; 2. Matemática: arte de calcular ou aritmética prática, entre os gregos do período clássico; 3. Desusado. Filosofia: lógica simbólica ou matemática; forma de lógica moderna que utiliza algoritmos. www.esab.edu.br 10 ¾ Logística: do grego logistiké, a ciência prática do cálculo. ¾ Logística, é parte da arte militar referente ao transporte em suprimentos das tropas em operações. Ressaltamos, que de acordo com Novaes (2015), o conceito de logística, inicialmente, estava relacionado às operações militares. Nessas operações havia os grupos logísticos militares responsáveis pelo abastecimento de munição, mantimentos e socorro médico para o campo de batalha. Por essa perspectiva, a logística não recebia o devido reconhecimento, uma vez que era apenas considerada uma operação de apoio. Ronald Ballou (2010) traz a definição de logística sob a abordagem de um processo de planejamento do fluxo de materiais, objetivando a entrega das necessidades na qualidade desejada no tempo certo, otimizando recursos e aumentando a qualidade nos serviços. O Council of Logistics Managements (CLM), organização de gestores logísticos, educadores e profissionais da área logística, criada em 1962 para que o ensino nesse campo pudesse receber incentivo e também para que houvesse um intercâmbio de ideias, traz uma definição que melhor se adequa à logística empresarial. Assim, “logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativasdesde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender as exigências dos clientes” (BALLOU, 2010, p. 27). Ballou (2010) contextualiza a definição da Council of Logistics Managements (CLM), pontuando que o referido conceito abrange a noção sobre o fluxo de mercadorias, onde o mesmo precisa ser acompanhado desde o ponto onde existem mercadorias, como matéria prima, até o local onde são descartadas. www.esab.edu.br 11 Agora, uma vez revisitado o conceito de logística em uma breve abordagem do tema que o contextualiza para esta disciplina, vamos embarcar na definição de Logística Reversa. LOGÍSTICA REVERSA Embora a Logística Reversa tenha foco em gestões mais sustentáveis em face da sua importância frente ao desenvolvimento sustentável, os canais logísticos reversos é uma atividade relativamente nova nas organizações. Conforme Almeida (2020), os primeiros conceitos de logística reversa surgem na Europa nas décadas de 1970 e 1980 e no Brasil na década de 1990. Você sabia que a logística reversa é muito importante para as empresas e a sociedade? A Logística Reversa, também conhecida como logística inversa, é a área da logística com foco no retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo, visando o reaproveitamento ou descarte apropriado de materiais e a preservação ambiental. Quando uma empresa de logística consegue empregar um processo de logística reversa de maneira ainda lucrativa, ela está alcançando a sustentabilidade econômica e ambiental do seu negócio (https://blog.texaco.com.br/ursa/ logistica-reversa-o-que-e-como-funciona/) Almeida (2020) explica que anteriormente, em razão da abundância dos recursos naturais, não havia preocupação com a recuperação de materiais, uma produção mais limpa ou um desenvolvimento sustentável. Assim, somente com o https://blog.texaco.com.br/ursa/logistica-reversa-o-que-e-como-funciona/ https://blog.texaco.com.br/ursa/logistica-reversa-o-que-e-como-funciona/ www.esab.edu.br 12 aumento da demanda pelo consumo de bens e com o agravamento das questões ambientais, começa a se manifestar uma forma de preocupação por parte de governantes, empresas e consumidores com objetivo de promover a garantia de sobrevivência das gerações futuras. Podemos encontrar uma definição para Logística Reversa na Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde Logística Reversa é um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.” Pode-se dizer que a Logística Reversa tem uma trajetória que apresenta três momentos distintos: ¾ 1º momento: vincula-se ao objetivo de recolhimento de materiais com foco na reciclagem de embalagens; ¾ 2º momento: preocupa-se com o desenvolvimento sustentável e com a escassez de novas fontes de matérias-primas; ¾ 3º momento: contribui para a agregação de valor à prestação de serviços, à adequação às legislações, o reforço a uma imagem empresarial sustentável e de retorno financeiro. A Logística Reversa ganha novos focos a partir das revoluções tecnológicas que transformam os processos produtivos diminuindo a vida útil dos produtos. A internet facilita a abertura do comércio internacional e o mundo globalizado transforma o perfil dos consumidores, que se apropriam do e-commerce como novo estilo de consumo. É no contexto desse www.esab.edu.br 13 cenário que a Logística Reversa, muito focada no pós-consumo (destinação de bens a um final de vida útil) passa a manter também uma preocupação com o pós-venda, a fim de agregar valor ao retorno de produtos devolvidos por erros de pedidos, avarias no transporte, garantias ou defeitos e falhas no funcionamento (ALMEIDA, 2020). CANAIS LOGÍSTICOS DIRETOS E REVERSOS Incialmente devemos lembrar que um canal distribuição é um dos fatores que formam a rede de distribuição, sendo composta por: armazenagem, informação, produto, transporte e cliente. Nos canais logísticos diretos ocorre o fluxo da cadeia de suprimentos. Assim, o fluxo tem início com a matéria prima até a produção, passa pela distribuição e chega ao consumidor final com a entrega. Nos canais logísticos reversos o fluxo de materiais passa a ser circular. Assim, uma vez que os canais formam ciclos, fazem com que os materiais retornem a etapas anteriores da cadeia para o seu processamento em uma nova utilização, por meio da reutilização ou reciclagem. Nos fluxos reversos ocorre a perspectiva do meio ambiente, pois, o objetivo principal da cadeia reversa é agregar valor ao resíduo por meio da reciclagem. Por esse motivo é importante que alguns fatores sejam analisados com bastante atenção, dentre eles: ¾ Custos de transporte e desmontagem dos produtos; ¾ Estratégia logística para o recolhimento dos produtos pós- consumo; ¾ Localização regional de centros de consolidação de desmanche e remanufatura; www.esab.edu.br 14 ¾ Desenvolvimento de sistemas para integração entre fornecedor e cliente; ¾ Tecnologia para a desmontagem e separação dos materiais. O quadro abaixo traz as diferenças entre os fluxos direto e reverso. FLUXO DIRETO FLUXO REVERSO Recursos para a estimação da demanda Impossibilidade na estimação da demanda Transporte de um ponto a muitos pontos Transporte de vários pontos a um ponto Preço uniforme Preço não uniforme Gestão de estoque tradicional Gestão de estoque mais complexa Métodos de marketing bem conhecidos Modelos de marketing mais complexos Custos claros e monitorados por sistemas de contabilidade Custos menos visíveis e poucas vezes contabilizados Quadro: diferenças entre fluxo direto e reverso. Fonte: (Leite, 2017, citado por Almeida 2020, p. 09). EXERCITANDO: vamos às questões on-line! Na próxima unidade vamos estudar os objetivos da logística reversa. Até breve! www.esab.edu.br 15 Diante das mudanças de paradigmas que os novos processos de produção incorporaram ao mercado consumidor, cujos hábitos de consumo foram devidamente regulamentados pelo governo, incluindo a importância da sustentabilidade, a logística reversa representa para as empresas uma forma de ganho e de competitividade. Izidoro (2015) enfatiza que a logística reversa tem como objetivo tornar possível o retorno dos bens ou dos seus materiais constituintes ao ciclo produtivo de negócios, agregando-lhes valor econômico, de serviço, ecológico e legal ao planejar as redes reversas e suas respectivas informações, e, também, com a operacionalização do fluxo da coleta dos bens de pós- venda e pós-consumo, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, separação, seleção, ou até mesmo sua reintegração ao ciclo produtivo. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA LOGÍSTICA REVERSA Para Almeida (2020) a Logística Reversa tem como objetivos estratégicos fatores como a prestação de serviços, o cumprimento das legislações governamentais, a revalorização econômica dos bens, a boa imagem corporativa e a preocupação com a sustentabilidade. www.esab.edu.br 16 Figura: objetivos estratégicos da logística reversa. Fonte: adaptado de Almeida (2020, p. 14). Continuamos com Almeida (2020) para compreendermos os objetivos da Logística Reversa utilizados estrategicamente. Objetivos econômicos Os objetivos econômicos da logística reversa está pautado na possibilidade de revalorização financeira, por meio de reaproveitamento de materiais constituintes, das economias provenientes da sua utilização, da revalorização dos produtos em condições de uso. Essas estratégias resultam para as organizações a possibilidade da obtenção de ganhos financeiros e melhoria na competitividade de custos. Os ganhos podem ser adquiridos por intermédio dos canais reversos através da valorização econômica dos seguintes pontos: ¾ Manufatura reversa:separa os componentes e os encaminha para reaproveitamento diversos, gerando lucratividade com sua venda. Exemplos: automóveis, eletrônicos e eletrodomésticos. ¾ Remanufatura: reaproveita parte de um produto, substituindo industrialmente outros componentes de forma a tornar o produto manufaturado, capaz de cumprir www.esab.edu.br 17 novamente suas funções originais. Dessa forma, o produto remanufaturado terá seu preço reduzido no pós-venda. Exemplo: cartuchos de impressoras e motores elétricos. ¾ Reciclagem: reintegra materiais substituindo matérias- primas primárias na fabricação de outros produtos, gerando economia pelo diferencial de preço entre elas e pela redução de gasto de energia nos processos de manufatura. Exemplos: papel, plástico e alumínio. ¾ Reuso: reutiliza materiais como embalagens, computadores, veículos, comercializando esses produtos em mercados secundários. O objetivo de sustentabilidade ambiental e a boa imagem corporativa Inicialmente vamos trazer o conceito de sustentabilidade ambiental ou desenvolvimento sustentável. Em 1983, o conceito foi criado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas (ONU), onde “Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”. Vamos entender como o conceito de desenvolvimento sustentável se relaciona com Logística Reversa. Quando um organização trabalha preocupada com a sustentabilidade ambiental foca seu desenvolvimento econômico à minimização dos impactos ambientais, de forma que essa atitude está pautada no princípio do atendimento às necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras. www.esab.edu.br 18 É por essa perspectiva que a Logística Reversa se relaciona com a sustentabilidade, dando aos resíduos sólidos destinação correta e principalmente reutilizando insumos, evitando que novas fontes de matérias-primas sejam utilizadas. É também importante que o público em geral, através de campanhas, possam ter conhecimento da necessidade do reaproveitamento de produtos usados, a fim de cooperar com o efetivo conceito e objetivo do desenvolvimento sustentável. As empresas têm apresentado, também, uma preocupação crescente com sua reputação e suas marcas no mercado, sendo cada vez mais comum que na mídia apareçam as iniciativas das mesmas com a sustentabilidade ambiental e social. Isso vem demonstrar que as empresas adotam uma nova consciência com relação aos custos intangíveis relativos às marcas e à imagem, elevando o potencial de competitividade no mercado. A competividade é uma expressão importante no aspecto pontuado, pois, é um componente que atinge diretamente aquele consumidor que está atento aos problemas ecológicos, inclusive, disposto a pagar mais por produtos que foram gerados com menor impacto ao meio ambiente. A esses fatores também se alinham as pressões sociais para as regulamentações governamentais quanto ao consumo voltado para a seletividade ecológica, dando ênfase para a destinação dos bens no pós-venda e no pós-consumo. O objetivo legal Mais adiante teremos uma seção que abordará todo aspecto legal que envolve a logística reversa. Aqui, apenas, pontuaremos o objetivo legal como um dos objetivos estratégicos na atividade da Logística Reversa. Izidoro (2015) ressalta que as legislações ambientais envolvem www.esab.edu.br 19 diferentes aspectos da cadeia logística e do ciclo de vida útil de um produto, do uso de matérias-primas virgens na fabricação, até a disposição final dos produtos. Pontua-se que diversos países têm promulgado legislações sobre resíduos sólidos. No Brasil a temática da Política Nacional de Resíduos Sólidos trata do reaproveitamento e da destinação adequados de materiais e até normas específicas para tratamento de determinados produtos, como pneus e medicamentos. A legislação, ainda, visa o cumprimento da responsabilidade compartilhada pelo ciclo dos produtos, tanto dos agentes da cadeia direta (produtores, fabricantes, distribuidores, varejistas e consumidores), assim como aqueles da cadeia reversa (coletores e processadores, até o reaproveitamento ou a destinação final dos produtos ou materiais). Assim, as empresas para cumprir seu papel no atendimento da legislação, procuram trabalhar e fazer parcerias para o desenvolvimento da Logística Reversa, investindo em programas educacionais e conscientização junto à sociedade para a correta destinação dos resíduos sólidos. Assista o vídeo O que é reciclagem. Acesse https://www.youtube.com/watch?v=OQ5jpiKzNqg EXERCITANDO: vamos às questões on-line e à atividade dissertativa! Até a próxima unidade, onde vamos entender as atividades e desafios na Logística Reversa. https://www.youtube.com/watch?v=OQ5jpiKzNqg www.esab.edu.br 20 ATIVIDADES DA LOGÍSTICA REVERSA Vamos lembrar, no entanto, conforme pontua Lacerda (2002), que o processo de Logística Reversa é composto por um conjunto de atividades realizadas para coletar, separar, embalar e expedir itens, ao final de sua vida útil, danificados ou obsoletos, dos pontos de consumo até os seus locais de reprocessamento, de revenda ou de descarte. De acordo com a figura abaixo, dependendo das condições em que os materiais entram no sistema de Logística Reversa, poderão passar por diferentes tipos de reprocessamento. Atividades típicas do processo logístico reverso: Figura: atividades típicas do processo logístico reverso. Fonte: Lacerda (2002, p. 03). www.esab.edu.br 21 Revendas: quando os produtos apresentarem condições adequadas de comercialização em mercados secundários, serão revendidos. Recondicionamentos: justificado pelo ganho econômico, representam o retrabalho dos produtos. Reciclagem: caso não haja possibilidade de recuperação, os produtos serão reciclados, com objetivo de reintegrá-los ao ciclo produtivo como substitutos de matérias-primas novas. Descartes: quando não houver possibilidade para sua recuperação e nem reciclagem, os produtos irão para o descarte final. Nesse caso, serão destinados à incineração ou depositados em aterros sanitários. Atividades da cadeia de suprimentos reversa A figura que segue destacam cinco grupos de atividades da cadeia de suprimento reversa logística: Figura: grupos de atividades da cadeia de suprimento reversa logística. Fonte: Adaptado de Almeida (2020). www.esab.edu.br 22 Conforme o que está apresentado em Almeida (2020, p. 18-19) vamos à análise de cada grupo, entendendo as respectivas atividades: Coleta: a coleta acontece quando a empresa providencia o retorno dos produtos, componentes ou materiais a diversos pontos de origem. Nesse caso a atividade pode ser realizada por um operador logístico especializado, com transporte próprio, ou o produto pode ser levado pelos clientes a pontos de coleta autorizados, abarcando, dessa forma, atividade de aquisição, transporte e armazenagem. Inspeção/separação: a partir dessa etapa ocorre a divisão do fluxo para várias opções de recuperação e eliminação. Isso pode envolver atividades como teste, desmontagem, destruição, classificação e armazenamento. Reprocessamento: os fluxos reutilizáveis representam a transformação de um item reutilizável. Nesse caso, dependendo da opção de recuperação escolhida poderá envolver atividades como desmontagem, trituração, reparo ou substituições. Descartes: no descarte os produtos reaproveitáveis seguem para a incineração ou aterro sanitário. Redistribuição: os itens reutilizados são comercializados em mercados de segunda linha. Incluem-se aqui atividades de venda, transporte e armazenamento. Almeida (2020), ainda, pontua que para uma boa gestão das atividades logísticas reversas é necessário considerar os seguintes critérios: ¾ Pontos de origem do produto; ¾ Quantidade e tipo de produtos que irão retornar; www.esab.edu.br 23 ¾ Caminho de retorno dosprodutos (fluxo direto, transporte próprio ou terceirizado); ¾ Seleção de destino (se o produto vai ser reutilizado, se voltará a ser matéria-prima, reciclado ou aproveitado de peças componentes). ¾ Adequação do local de armazenamento do material até o momento de sua coleta; ¾ Modo de redistribuição, após o tratamento do produto. A correta gestão das atividades logísticas permite às organizações o alcance dos objetivos quanto aos ganhos financeiros, de imagem corporativa, como empresa responsável e engajada nas questões ambientais, além dos benefícios por cumprir a legislação. DESAFIOS GLOBAIS DA LOGÍSTICA REVERSA Um dos grandes desafios logísticos reversos envolve a temática dos resíduos sólidos. A Abrelpe, no Brasil, pontua que a Recuperação Energética é hoje uma realidade e uma alternativa concreta para a destinação dos resíduos sólidos urbanos em várias localidades. A tecnologia transforma o resíduo urbano em energia elétrica e térmica por um processo amplamente utilizado ao redor do mundo, pois aproveita o alto poder calorífico contido nos resíduos sólidos para uso como combustível. Além de estar expressamente prevista nas disposições da PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, como uma das alternativas de destinação ambientalmente adequada de resíduos, a recuperação energética pode trazer alguns resultados adicionais quando colocada em prática: ¾ É uma das soluções para a destinação final dos resíduos urbanos não recicláveis recomendada pelo IPCC/ONU; www.esab.edu.br 24 ¾ Reduz a emissão de gases do efeito estufa (GEE) dos aterros sanitários. ¾ Possibilita a recuperação energética mais eficiente dos resíduos urbanos que estariam inutilizados ou sub- utilizados; ¾ Substitui fontes fósseis de energia, com vistas à otimização de recursos naturais; ¾ Exige menor área para sua implantação, pode ser instalada próxima aos centros urbanos, o que implica em redução dos custos de coleta e transporte dos resíduos. No âmbito global os maiores desafios estão contidos na necessidade de uma mudança da visão tradicional operacional para uma visão ampliada holística, incluindo em suas preocupações os diversos aspectos inibidores dos ciclos reversos de reaproveitamento de produtos e materiais. Entre os principais desafios da logística reversa, estão: ¾ Necessidade de conhecimento e prática de logística reversa; ¾ Adaptações de legislações que permitem eficiência no retorno dos produtos; ¾ Avanço nos projetos pertinentes ao reaproveitamento dos produtos; ¾ Avanço na cultura empresarial quanto à colaboração e parceria para o retorno e reaproveitamento de produtos; ¾ Métricas no desempenho na organização da logística reversa; ¾ Avanços na percepção dos riscos da não execução. www.esab.edu.br 25 Aumente seu conhecimento, lendo o artigo ‘Os desafios da logística reversa de resíduos sólidos: um estudo de casos múltiplos no comércio varejista de móveis em BH. Acesse o link: http://engemausp.submissao.com. br/17/anais/arquivos/329.pdf. Boa Leitura! EXERCITANDO: vamos às questões on-line! Na próxima seção nossa abordagem será sobre os ciclos da logística reversa. Até breve! http://engemausp.submissao.com.br/17/anais/arquivos/329.pdf http://engemausp.submissao.com.br/17/anais/arquivos/329.pdf www.esab.edu.br 26 Resumo da seção 01 Nesta primeira seção entendemos que a Logística Reversa segue por uma perspectiva de proteção ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável, sendo a mesma um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.” A Logística Reversa tem como objetivos estratégicos fatores como a prestação de serviços, o cumprimento das legislações governamentais, a revalorização econômica dos bens, a boa imagem corporativa e a preocupação com a sustentabilidade. O processo de Logística Reversa é composto por um conjunto de atividades realizadas para coletar, separar, embalar e expedir itens, ao final de sua vida útil, danificados ou obsoletos, dos pontos de consumo até os seus locais de reprocessamento, de revenda ou de descarte. Um dos maiores desafios da logística reversa de âmbito global está na necessidade de uma mudança da visão tradicional operacional para uma visão ampliada holística, incluindo em suas preocupações os diversos aspectos inibidores dos ciclos reversos de reaproveitamento de produtos e materiais. www.esab.edu.br 27 SEÇÃO 02 – LOGÍSTICA REVERSA E SEUS CICLOS Nesta seção abordaremos os ciclos logísticos reversos de pós-venda e pós-consumo e suas características e diferenças. www.esab.edu.br 28 Até aqui já podemos compreender que a Logística Reversa é uma nova área da logística empresarial que atua de forma a gerenciar e operacionalizar o retorno de bens e materiais após sua venda e consumo às suas origens, agregando valor aos mesmos. Explicando melhor, Ballou (2010) afirma que dentro do contexto econômico, ambiental e social, essa nova ferramenta vem contribuir de forma significativa para o reaproveitamento de produtos e materiais após seu uso, amenizando os prejuízos causados ao meio-ambiente pelo grande volume de bens fabricados pelos complexos produtivos. A prática da logística reversa e sua iniciativa no meio empresarial significa retornos econômicos para as empresas. Dentre as ações que favorecem consideráveis lucros, podemos citar a utilização de embalagens retornáveis e o reaproveitamento de materiais para produção. Ciclos de vida do produto e Logística Reversa A metodologia da análise do ciclo de vida adquiriu considerável importância no que tange a gestão ambiental, ela teve sua estrutura normatizada pela ISO 14000. A ISO 14000, foi definida pela International Organization for Standartization - ISO (Organziação Internacional para Padronização). O objetivo da criação da ISO 14000 estava relacionado à redução do impacto causado pelas empresas ao meio ambiente. Sendo assim, se a empresa seguir as normas propostas pela ISO 14000 e implementar os processos indicados, ela pode obter a certificação da ISO. www.esab.edu.br 29 LUZ (2011), pontua que a metodologia para a avaliação do ciclo de vida do produto, inclui quatro fases: definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação de impactos e interpretação de resultados. Vamos entender cada uma destas fases. ¾ 1ª fase - definição de objetivo e escopo: na primeira fase determina-se como o estudo de Análise do Ciclo de Vida será conduzido, definindo o propósito do estudo e sua dimensão, cujo objeto será a fase final do ciclo de vida, referente ao pós-consumo. ¾ 2ª fase - inventário do ciclo de vida: na segunda fase é realizada a coleta de dados e o procedimento de cálculo para que seja quantificado as entradas e saídas que irão construir a base de dados para a avaliação do impacto do ciclo de vida. A ISO 14044:2009 apresenta uma sequência dos procedimentos para a análise do inventário que deve incluir principalmente: preparação para a coleta, validação e agregação dos dados. ¾ 3ª fase - avaliação do impacto do ciclo de vida: utiliza os resultados da análise do inventário para avaliar a significância dos impactos ambientais potenciais. Nesse momento a escolha dos impactos avaliados e das metodologias utilizadas bem como o nível de detalhes é diretamente relacionado ao objetivo e escopo do estudo. ¾ 4ª fase - interpretação de resultados: esta etapa visa alcançar conclusões e recomendações, portanto, são identificados os pontos críticos do ciclo de vida. São percebidos diversos indicadores quanto aos impactos gerados pelas entradas e saídas do sistema analisado. Os indicadores são divididos em seis grupos principais: consumo de energia; consumo de recursos naturais;uso do solo; emissões para o ar; emissões para a água e resíduos sólidos gerados. www.esab.edu.br 30 Assim, de acordo com Mota (2013), no momento em que se usa estes indicadores para a fase final da análise do ciclo de vida, tem-se a possibilidade do uso da Logística Reversa como ferramenta para a correta destinação ou para o retorno dos resíduos ao ciclo produtivo, o que leva a proposta conhecida como “cradle to cradle”, ou seja, do berço ao berço, onde o resíduo gerado pelo sistema passa a ser reutilizado como matéria-prima secundária para um sistema produtivo. Neste caso, a Logística Reversa tem um papel crucial ao ser utilizada em conjunto com a análise do ciclo de vida, pois traz a possibilidade de reduzir os impactos apontados no final do ciclo de vida, quanto aos resíduos, tornando-os novamente matérias-primas. Mas qual a diferença entre o ciclo da Logística Reversa de pós-venda e de pós-consumo? Almeida (2020) responde que os ciclos logísticos reversos são caracterizados por etapas, formas e meios nos quais uma parte dos produtos com pouco ou sem uso após a venda (caracterizados de Logística Reversa de pós-venda) ou após a extinção de sua vida útil (caracterizados de Logística Reversa de pós-consumo) retornam ao ciclo produtivo ou de negócios, readquirindo valor de diversas naturezas, no mesmo mercado original ou em mercados secundários, por meio do reaproveitamento de seus componentes ou de seus materiais constituintes. Vamos entender agora, a partir da figura que segue, quais são os caminhos que ‘diversos itens’ referentes ao pós- venda ou ao pós-consumo podem percorrer para retornar ao ciclo produtivo ou à sua destinação correta. Ainda, podemos entender quais são as atividades que diferenciam os dois tipos de Logística Reversa. www.esab.edu.br 31 Figura: materiais e ciclo reverso. Fonte: Leite (2002) adaptado de Almeida (2020, p. 28). Assim, os canais reversos de pós-venda e de pós-consumo são diferentes quanto à coleta, aos meios de retorno e suas destinações. De acordo com Leite (2017) os referidos canais recebem as seguintes definições: Pós venda: constituídos por uma parcela de produtos, com pouco ou nenhum uso, que retornam do consumidor ao varejista ou lojas virtuais (e-commerce) e destes aos fabricantes. Em geral, retornam pelos mesmos agentes do fluxo direto, motivados por problemas relacionados à qualidade, erros de pedidos, avarias de transporte e recall. Pós-consumo: constituídos por materiais originados no descarte, após o término de sua vida útil e que devem retornar ao ciclo produtivo. Distinguem-se em três subsistemas: reuso, remanufatura e reciclagem. www.esab.edu.br 32 Seguem as diferenças básicas entre ciclo-reverso pós venda e pós-consumo. Figuras: diferenças entre ciclos reversos pós-venda e pós-consumo. Fonte: Adaptado Almeida (2020, p. 29). O novo perfil dos consumidores, aliado ao baixo ciclo de vida de produtos e serviços, levou as empresas a repensarem o modo e a necessidade de adaptar a Logística Reversa. Nesse sentido, também é importante entender a classificação dos bens, que, conforme Izidoro (2015) podem ser: ¾ Bens descartáveis: são bens que apresentam duração de vida útil média de algumas semanas, raramente superior a seis meses (produtos de embalagens, brinquedos, materiais para escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de equipamentos eletrônicos, fraldas, jornais, revistas, etc.). ¾ Bens semiduráveis: apresentam duração média de vida útil de alguns meses, raramente superior a dois anos (baterias de veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas especializadas, etc.). www.esab.edu.br 33 ¾ Bens Duráveis: são os bens que apresentam duração de vida útil variando de alguns anos a algumas décadas (automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, as máquinas e os equipamentos industriais, edifícios, aviões, navios, etc.). EXERCITANDO: vamos às questões on-line! Até a próxima unidade onde trataremos mais especificamente sobre o pós-venda na Logística Reversa. www.esab.edu.br 34 LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-VENDA De acordo com Leite (2009, p. 187) a logística reversa de pós-venda é a área específica de atuação da Logística Reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam pelos elos da cadeia de distribuição direta. Os produtos com origem na logística de pós-venda, de natureza durável, semidurável ou descartável, são devolvidos sem uso, ou com pouco uso por motivos diversos, geralmente percorrendo o mesmo canal direto em que foram entregues. Lembra Almeida (2020) que as devoluções não ocorrem apenas dos consumidores finais quando por erros de pedidos, garantias de qualidade ou problemas com avarias no transporte. As devoluções se originam, também, de varejistas e atacadistas e de agentes do e-commerce para os fabricantes, que pode acontecer por erros de pedido, para a limpeza do canal nos elos da cadeia de distribuição, para a redução de excessos de estoques, pelo fim de vida comercial dos produtos e para a eliminação de estoques obsoletos. www.esab.edu.br 35 Característica de logística reversa pós-venda Almeida (2020) apresenta os principais motivos de retorno de produtos no pós-venda: ¾ Erros de expedição; ¾ Excesso ou baixo giro de estoque; ¾ Produtos sazonais; ¾ Defeitos e trocas em garantia; ¾ Recall; ¾ Danos causados no trânsito entre os elos da cadeia logística. Vamos demonstrar, através do quadro abaixo, a origem do retorno do produto de pós-venda, apresentando o retorno do produto através dos eventos que podem acontecer a partir do consumidor final, do varejo fixo, do e-commerce e do fabricante. Do consumidor final Do varejo fixo Do e-commerce Do Fabricante Defeito de funcionamento Nova coleção Erros de pedidos Erros diversos Não entendimento do manual Excesso de estoque Defeitos/qualidade Excesso de estoque Estética não esperada Defeituosos Insatisfação com o produto Qualidade Conteúdo ou embalagem alterados Embalagens retornáveis Desistência da compra Embalagem retornável Quadro: demonstração da origem do retorno do produto pós-venda Fonte: Adaptado de Almeida (2020). www.esab.edu.br 36 Categorias do retorno de pós-venda Leite (2002) apresenta três categorias de retorno do pós-venda de acordo com os motivos das devoluções: comerciais, por garantia/qualidade e por substituição de componentes. Para melhor compreensão destas categorias, vamos apresentá-las individualmente: ¾ Retorno Comercial são destacadas a categoria de “Estoques”, caracterizada pelo retorno devido a erros de expedição, excesso de estoques no canal de distribuição, mercadorias em consignação, liquidação de estação de vendas, pontas de estoques, etc., que serão retornados ao ciclo de negócios através de redistribuição em outros canais de vendas. Devido ao término de validade de produtos ou a problemas observados após a venda, o denominado “recall” de produtos, os produtos serão devolvidos por motivos legais ou por diferenciação de serviço ao cliente. O retorno comercial pode acontecer sob as formas: a) Contratuais: ocorrem por meio de acordo prévio entre as partes envolvidas na operação, geralmente entre empresas. Neste modelo, há negociações de prazos para a devolução, quantidades e condições de armazenagem e estocagem. Como exemplos podemos citar: vendas em consignação e o retorno de embalagens descartáveis. b) Não contratuais: ocorre por erro do fornecedor em vendas diretas aos consumidores finais por varejistas, vendas de catálogos ou e-commerce. Usualmente o retorno é realizado no ato do recebimento ou constatado por motivo de retorno. Podemos citar como exemplos: devoluções para atendimento de reclamação de consumidores finais ou devoluções por errode expedição. www.esab.edu.br 37 ¾ Retorno por Garantia/Qualidade: aquelas nas quais os produtos apresentam defeitos de fabricação ou de funcionamento (verdadeiros ou não), avarias no produto ou na embalagem etc. Estes produtos poderão ser submetidos a consertos ou reformas que permita retornar ao mercado primário, ou a mercados diferenciados, novos ou secundários, agregando-lhes valor comercial novamente. O retorno por garantia/qualidade pode acontecer pelos seguintes motivos: a) Validade dos produtos: retorno de produtos, provenientes de distribuidores/varejistas, ao perderem sua validade. Nesses casos, importante ressaltar, que, normalmente, há exigência legal. b) Conserto e reforma: representam produtos que retornam dos consumidores finais para as empresas, e que se relacionam às legislações de proteção ao consumidor, nos casos de garantias de qualidade. ¾ Retorno por Substituição de Componentes: decorre da substituição de componentes de bens duráveis e semi – duráveis em manutenções e consertos ao longo de sua vida útil e que são remanufaturados, quando tecnicamente possível, e retornam ao mercado primário ou secundário, ou são enviados à reciclagem ou para um destino final, na impossibilidade de reaproveitamento. www.esab.edu.br 38 Objetivos da Logística Reversa de pós-venda Almeida (2020) apresenta os seguintes objetivos da Logística Reversa de pós-venda: ¾ Objetivo econômico: no objetivo econômico o foco está na revalorização financeira do produto pós-venda. Neste caso as possibilidades de retorno são: • Venda no mercado primário por meio de redistribuição; • Reparos e consertos, podendo ser comercializados nos mercados primário ou secundário. • Desmanche, pela possibilidade de aproveitamento de partes, peças e acessórios. • Remanufatura, oriunda do desmanche de bens, que após a sua recuperação são enviados aos mercados secundários. • Reciclagem industrial, comercializados entre empresas especializadas na reciclagem dos materiais constituintes. ¾ Objetivo de competitividade: vinculado principalmente ao varejo, propicia a limpeza do canal ao realizar o reposicionamento dos estoques. ¾ Objetivo legal: o foco é o atendimento de legislações governamentais e de norma de certificação. ¾ Objetivo logístico: possibilita identificar as diferenças entre os fluxos logísticos diretos e reversos dos bens. EXERCITANDO: vamos às questões on-line! Na próxima unidade estudaremos a Logística Reversa no pós- consumo. Até breve! www.esab.edu.br 39 LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO De acordo com Leite a Logística Reserva de pós – consumo é a área de atuação da Logística Reversa que igualmente equaciona e operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós – consumo descartados pela sociedade em geral que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo através de canais de distribuição reversos específicos. Constituem-se bens de pós-consumo os produtos em fim de vida útil ou usados com possibilidade de utilização e os resíduos industriais em geral. Seu objetivo estratégico é o de agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original, ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados por terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluírem por canais reversos de reuso, desmanche, reciclagem até a destinação final. Canais de distribuição reversos de pós-consumo De acordo com Izidoro (2015) uma parcela dos bens de consumo é reintegrada ao ciclo produtivo por meio de canais reversos de reciclagem. Nesse contexto, ocorre a revalorização dos materiais constituintes que podem ser reintegrados ao ciclo www.esab.edu.br 40 produtivo de duas maneiras: ¾ Na fabricação de um produto similar que lhe deu origem. ¾ Na fabricação de um produto distinto Tipos de canais de distribuição reversos: Como tem duas formas de reintegração de produtos pós- consumo, ocorre a geração de duas categorias de ciclos reversos de retorno ao ciclo produtivo: ¾ Canais de distribuição reverso de ciclo aberto: o ciclo aberto tem como principal característica o retorno de materiais como metais, plásticos, vidros, papéis, embalagens e outros à cadeia de produção na forma de matéria-prima. Abaixo segue a demonstração de produtos originados da substituição de matérias-primas novas: Figura: exemplos de canais reversos de ciclo aberto. Fonte: Izidoro (2015, p. 60). Os canais de ciclo aberto não distingue os produtos de origem do pós-consumo. Eles têm seu foco na matéria-prima que os constitui. www.esab.edu.br 41 São características dessa categoria os seguintes materiais: • Metais (ferro, alumínio, cobre, etc.). • Plásticos constituídos por polímeros de diversas naturezas (polietilenos, polipropilenos etc.). • Vidros • Papéis ¾ Canais de distribuição reverso de ciclo fechado: Os canais de ciclo fechado caracterizam-se pelo retorno de um determinado produto, sendo que do mesmo é extraído o material constituinte de forma seletiva para a fabricação de outro produto similar ao original. Assim, dos canais de distribuição reversos de ciclo fechado são extraídos seletivamente os materiais constituintes de determinados produtos descartado, ao fim de sua vida útil, com a finalidade de se fabricar um produto similar. Nesses casos, todas as fases da cadeia produtiva reversa são especializadas na revalorização do material constituinte de determinado produto, seja por interesses tecnológicos, econômicos, logísticos ou outros. Abaixo segue a representação exemplificando o ciclo reverso fechado. Figura: exemplos de ciclo reverso fechado. Fonte: Almeida (2020, p. 36). www.esab.edu.br 42 Almeida (2020) apresenta as diversas possibilidades de retorno de bens nos canais de pós-consumo: bens duráveis, semiduráveis, descartáveis e resíduos industriais. Vamos abordá-los: ¾ Canais de distribuição reversos de pós-consumo de bens duráveis e semiduráveis: um bem durável possui em sua constituição uma série de componentes com diferentes ciclos de vida. Chegam à cadeia reversa de várias formas: • Coleta seletiva; • Leilões; • Coleta informal ou sistemas logísticos reversos organizados. ¾ Canais de distribuição reversos de pós-consumo de descartáveis: tem origem nos descartes provenientes de domicílios urbanos e de empresas comerciais e industriais. Neste canal há três formas de coleta para captação: • Coleta de lixo urbano; • Coleta seletiva; • Coleta informal. Após a coleta esses materiais são separados e comercializados diretamente com fabricantes de matérias-primas, com intermediários sucateiros ou com indústria de reciclagem. ¾ Canais de distribuição reversos de pós-consumo de resíduos industriais: os diversos seguimentos (têxtil, metalúrgico, automotivo, etc.) geram resíduos em seus processos produtivos. Por se tratar de resíduos com características peculiares, com melhor qualidade do que www.esab.edu.br 43 os materiais de pós-consumo, apresentam uma forma organizada de comercialização, sendo usualmente separados por sua natureza ou composição, embalados para o transporte e coletados por empresas especializadas, e vendidas, posteriormente, para indústrias no mesmo segmento ou de segmentos distintos. Sistema de coleta de bens de pós-consumo. Abaixo seguem especificados os tipos de coleta de bens de pós-consumo. Coleta domiciliar do lixo É a principal fonte de captação de resíduos em comunidades onde não há coleta seletiva. Aterro sanitário e lixões Após a coleta do lixo urbano, e não havendo destinação reversa formal, tanto materiais orgânicos quanto recicláveis são enviados a aterros sanitários e lixões. No caso do aterro sanitário são aplicadas técnicas de engenharia sanitária para tratamento dos materiais orgânicos ali depositados, evitando, assim, a contaminação dos lençóis freáticos,todavia, o aterro sanitário tem um tempo de vida útil. O chorume é o líquido de cor escura, gerado a partir da decomposição da matéria orgânica existente no lixo, que apresenta alto potencial poluidor da água e do solo. O lixão é caracterizado pelo baixo custo operacional e pelos efeitos devastadores ao meio ambiente. www.esab.edu.br 44 Coleta seletiva domiciliar Ocorre tanto em domicílio quanto em setores comerciais. Caracteriza-se por separar os produtos descartáveis não orgânicos (plástico, vidro, papel, lata etc.) para posterior reciclagem. Coleta informal É a coleta manual, realizada por catadores e carroceiros, vinculados ou não à empresas de reciclagem, contribuindo para a correta destinação e reaproveitamento dos materiais. Quadro: tipos de coleta de bens pós-consumo Fonte: adaptado de Almeida (2020). Objetivos da Logística Reversa de pós-consumo De acordo com Almeida (2020) a Logística Reversa de pós- consumo tem os seguintes objetivos: ¾ Fatores econômicos: o objetivo é obter ganhos financeiros em todas as etapas do fluxo reverso, gerando lucratividade com a venda de materiais remanufaturados, com o reaproveitamento dos componentes ou de matérias-primas provenientes da reciclagem. ¾ Fatores tecnológicos: tem como objetivo o uso de tecnologias que permitam a desmontagem e separação de componentes de matérias constituintes, para a transformação de resíduos em matérias primas recicladas, ou na substituição ou reintegração ao ciclo produtivo. www.esab.edu.br 45 ¾ Fatores logísticos: relacionam-se com as atividades logísticas necessárias à fluidez do fluxo reverso, sendo elas: o transporte, a disposição de centros de coleta, o processo de separação e processamento e a distribuição dos materiais reaproveitados aos seus novos destinos. ¾ Fatores ecológicos: atender às pressões geradas pelos consumidores finais, exigências legais, imagem corporativa e diferencial competitivo com relação aos concorrentes; ¾ Fatores legais: educação, regulamentação, promoção e incentivo ao retorno de produtos ao ciclo produtivo, com o objetivo de reduzir as agressões ao meio ambiente. Leia o artigo 'Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicláveis? Um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercados.' Acesse o link: https://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2006000300006. Boa Leitura! EXERCITANDO: vamos às questões on-line e ao fórum! Na próxima seção vamos entender o contexto da Logística Reversa e da legislação pertinente à sua atuação. Até breve! https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2006000300006 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2006000300006 www.esab.edu.br 46 Resumo da seção 02 Nesta seção vimos que os ciclos logísticos reversos são caracterizados por etapas, formas e meios nos quais uma parte dos produtos com pouco ou sem uso após a venda (caracterizados de Logística Reversa de pós-venda) ou após a extinção de sua vida útil (caracterizados de Logística Reversa de pós-consumo) retornam ao ciclo produtivo ou de negócios, readquirindo valor de diversas naturezas, no mesmo mercado original ou em mercados secundários, por meio do reaproveitamento de seus componentes ou de seus materiais constituintes. A Logística Reversa de pós-venda é a área específica de atuação da Logística Reversa que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam pelos elos da cadeia de distribuição direta. A Logística Reserva de pós – consumo é a área de atuação da Logística Reversa que igualmente equaciona e operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós – consumo descartados pela sociedade em geral que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo através de canais de distribuição reversos específicos. www.esab.edu.br 47 SEÇÃO 03 – NORMAS PERTINENTES À LOGÍSTICA REVERSA Nesta seção estudaremos pontos importantes da Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o sistema de Gestão Ambiental e o Direito do Consumidor com foco no e-commerce. www.esab.edu.br 48 A Política Nacional de Resíduos Sólidos preencheu uma importante lacuna no arcabouço regulatório nacional. Essa iniciativa é o reconhecimento, ainda que tardio, de uma abrangente problemática ambiental que assola o país, problemática esta, de proporções desconhecidas, mas já com diversos episódios registrados em vários pontos do território nacional, e que tem origem exatamente na destinação e disposição inadequadas de resíduos e consequente contaminação no solo, além da dificuldade de identificação dos agentes responsáveis. Esses registros indicam a gravidade de situações de contaminação do solo e das águas subterrâneas, com risco efetivo à saúde pública e à biota, além do comprometimento do uso de recursos naturais em benefício da sociedade. Com efeito, os episódios de poluição do solo têm, como característica preponderante, o grande período www.esab.edu.br 49 de latência entre o fato causador e manifestação - e consequente percepção - de efeitos mais graves no meio ambiente e, em algumas vezes, na saúde da população do entorno, direta ou indiretamente exposta à contaminação. De acordo com levantamentos divulgados na imprensa à época da edição da Lei 12.305/2010, das 170 mil toneladas de resíduos produzidas diariamente no país, 40% vão para lixões ou aterros irregulares, 12% não são coletados e 48% são destinados a aterros sanitários (MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco: doutrina jurisprudência, glossário. 7. ed. rev., atual. e reform. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011, p. 855). Durante muito tempo o consumo humano e suas atividades não se relacionaram com as questões ambientais. De acordo com Pereira e Horn (2009) o convívio em sociedade está em constante evolução, e nessa perspectiva, também, o Direito. Atualmente e desde a Revolução Industrial, a maneira de se viver em sociedade sofreu considerável mudança, com sistemas entrelaçados, em que todos se completam. Para que não se torne obsoleto, o Direito, como regulamentador da ação social, precisa acompanhar essas mudanças. Com a Revolução Industrial, desde o século XIX, o consumo deveria ser incentivado, pois significava o incremento da produção em massa e das grandes relações comerciais. Iniciava- se, então, uma nova sociedade, a de consumo. Todavia, também desponta no âmbito da natureza muitos problemas ecológicos, www.esab.edu.br 50 marcados consideravelmente na sociedade atual pelos métodos de consumo de energia, de matéria-prima e, principalmente, dos rejeitos dos produtos eliminados no ambiente. A partir da década de 1980 muitos debates suscitados pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) trouxeram para as sociedades a importância de repensar o consumo em uma perspectiva de proteção à sustentabilidade das gerações futuras. Assim, teve início o surgimento das primeiras legislações sobre a temática. Dentro dos debates e das iniciativas pautadas em lei, a Logística Reversa também foi regulamentada em favor do equilíbrio e preservação do meio ambiente. No Brasil, antes da Constituição Federal de 1988, as regulamentações ambientais eram regidas pela Lei 6.938/1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. A Logística Reversa e a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS Inicialmente, destacamos que a Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001, ‘estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva’: AZUL: papel/papelão; VERMELHO: plástico; VERDE: vidro; AMARELO: metal;PRETO: madeira; LARANJA: resíduos perigosos; BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; ROXO: resíduos radioativos; MARROM: resíduos orgânicos; CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação. www.esab.edu.br 51 O site do Ministério do Meio Ambiente pontua que a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo. Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também, coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. www.esab.edu.br 52 Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos A Lei n. 12.305/2010 consagrou os seguintes princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: Art. 6º São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: I - a prevenção e a precaução; II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; IV - o desenvolvimento sustentável; V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta; VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; www.esab.edu.br 53 IX - o respeito às diversidades locais e regionais; X - o direito da sociedade à informação e ao controle social; XI - a razoabilidade e a proporcionalidade. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Merece destaque na Lei PNRS o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, sendo o mesmo essencial para a efetivação da nova política nacional de resíduos sólidos. Vamos entender a delimitação de alguns conceitos inerentes à PNRS (Lei n. 12.305/2010): ¾ Ciclo de vida do produto: ciclo de vida do produto é a série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final (artigo 3º, inc. IV). ¾ Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada (art. 3º, inc. XV). ¾ Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos www.esab.edu.br 54 ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (art. 3º, inc. XVI). Ainda, na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (art. 9º). Observação: é possível a disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos em bacias de decantação de resíduos ou rejeitos industriais ou de mineração, devidamente impermeabilizadas e licenciadas pelo órgão competente do Sisnama (art. 47, § 2º). Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, compreende o conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos (artigo 3º, inciso XVII). De acordo com a Lei n. 12.305/2010, art. 30, parágrafo único, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: I - compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis; www.esab.edu.br 55 II - promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas; III - reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais; IV - incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; V - estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; VI - propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; VII - incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental. Dentre os instrumentos da PNRS, destaca-se o mecanismo da Logística Reversa, conhecido do setor produtivo, mas que ganha, com a nova lei, contornos ambientais. Já vimos que a PNRS traz uma definição para Logística Reversa em seu art. 3º, inc. XII, onde a mesma é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Uma importante determinação da PNRS é a responsabilização da implementação da Logística Reversa, cuja responsabilidade pelo retorno dos produtos passa a ser das empresas que constituem as cadeias de suprimentos que os produzem e os comercializam. www.esab.edu.br 56 A PNRS também aponta os produtos que tem obrigatoriedade de retorno: Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Pontua Almeida (2020) que apesar da PNRS tratar especificamente de produtos de pós-consumo, a Logística Reversa de pós-venda também poderá ser considerada, quando for tratado, por exemplo, de produto que retornam www.esab.edu.br 57 para assistência técnica ou garantia e que têm alguns de seus componentes ou partes trocadas e reaproveitadas como produto de pós-consumo. EXERCITANDO: vamos às questões on-line e à atividade dissertativa! Na próxima unidade vamos entender o sistema de gestão ambiental. Até breve! www.esab.edu.br 58 As Revoluções Industriais alteraram os processos de produção ao longo da história. De início tínhamos o foco na produção em massa e o atendimento do consumo cada vez mais crescente. Contudo, em face do crescimento acelerado da produção, o meio ambiente passa a sofrer os impactos dos resultados deste processo. A agressão ao meio ambiente não recebeu das indústrias e dos governos, em tempo hábil, a atenção necessária para que tivesse, sobre ele, ao menos minimizado o impacto. Apenas em 1972, após conferência da ONU – Organização das Nações Unidas sobre ambiente humano, pautada na necessidade da preservação dos recursos naturais para garantia das gerações futuras, que surge uma mudança no cenário do comportamento quanto ao meio ambiente. Nessa perspectiva tem início a série ISO 14000. O que é a ISO 14000? Fundada no ano de 1946 em Genebra (Suíça), a Organização Internacional para a Padronização – ISO (International Organization for Standardization), teve por objetivo promover o desenvolvimento de Normas de Padronização Internacional na indústria, no comércio e nos serviços, sendo composta por mais de 110 países. No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o órgão que representa a ISO. www.esab.edu.br 59 Assim, a ISO 14000 é o conjunto de normas, por excelência, que visa a estabelecer diretrizes para a implementação de sistemas de gestão da qualidade ambiental nas diversas atividades econômicas que possam impactar o meio ambiente para a avaliação e certificação desses sistemas, com metodologias uniformes e aceitas internacionalmente. Ressalta Almeida (2020, p. 54) que não é obrigatória a adoção de uma certificação ISO 14000 ou demais normas ISO, o que não acontece com PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, cuja adoção é obrigatória. Todavia, a adoção da ISO 14000 pelas mais diversas empresas é muito importante na esfera atual, considerando as pressões do mercado e o novo perfil de consumidores cada vez mais exigentes. Nesse contexto, a certificação demonstra compromisso ambiental diante das comunidades nas quais as empresas atuam, “[...] atribuindo aos produtos e serviços a imagem de empresa social e ambientalmente responsável”. Vantagens da adoção da ISO ou Sistema de Gestão Ambiental A adoção do Sistema de Gestão Ambiental pelas empresas gera várias vantagens: ¾ Diferencial competitivo: melhoria da imagem, aumento da produtividade e conquista de novos mercados. ¾ Melhoria organizacional: gestão ambiental sistematizada, integração da qualidade ambiental à gestão dos negócios da empresa, conscientização ambiental dos funcionários e relacionamento de parceria com a comunidade. ¾ Minimização de custos: eliminação de desperdícios, conquista da conformidade ao menor custo e racionalização dos recursos humanos, físicos e financeiros. www.esab.edu.br 60 ¾ Minimização de riscos: segurança legal (legislação e outros requisitos), segurança das informações, minimização dos acidentes e passivos ambientais, minimização dos riscos dos produtos e identificação de vulnerabilidades. Na realidade, as empresas que são responsáveis com o meio ambiente promovem ações que reduzem os impactos causados por seus produtos e processos quando implementam sistema de gestão ambiental e sistemas de certificação, como o ISO 14000. ISO 14001 e a Logística Reversa A ISO 14001 tem a finalidade de prover às organizações uma estrutura para a proteção do meio ambiente, possibilitando responder às mudanças das condições ambientais em equilíbrio com necessidades socioeconômicas. Essa norma especifica os requisitos que permitem a uma organização alcançar os resultados pretendidos e definidos para seu Sistema de Gestão Ambiental, diminuindo, no meio ambiente, os impactos negativos. A norma ISO 14001 é fundamentada no ciclo PDCA (Plan – Do – Check – Act) e tem como objetivo alcançar a melhoria contínua. Conforme Almeida (2020, p. 56), o ciclo PDCA pode ser aplicado no Sistema de Gestão Ambiental da seguinte forma: ¾ Plan (planejar): estabelecer os objetivos ambientais e os processos necessários para entregar resultados de acordo com a política ambiental da organização. ¾ Do (fazer): implementar os processos conforme planejado. ¾ Check (checar): monitorar e medir os processos de acordo com a política ambiental, incluindo seus compromissos, objetivos ambientais e critérios operacionais; reportar os resultados. www.esab.edu.br 61 ¾ Act (agir): ações para melhoria contínua. Objetivos da ISO 14001 Podemos dizer que a ISO 14001 apresenta um objetivo principal seguido por outros objetivos. Objetivo principal: ¾ Possibilitar que as organizações atendam às suas necessidades socioeconômicas em equilíbrio com a proteção do meio ambiente. Demais objetivos: ¾ Proteção do meio ambiente pela prevenção ou mitigação dos impactos ambientais adversos; ¾ Mitigação de potenciais efetivos adversos das condições ambientais na organização; ¾ Auxilio à organização no atendimento aos requisitos legais e outros requisitos; ¾ Aumento do desempenho ambiental; ¾ Controle ou influência no modo que os produtos e serviços da organização são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando uma perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida; ¾ Alcance dos benefícios financeiros e operacionais que podem resultar da implementação de alternativas ambientais que reforçam a posição da organização no mercado; www.esab.edu.br 62 ¾ Comunicação de informações ambientais para as partes interessadas pertinentes. A Logística Reversa surge como instrumento integrado ao Sistema de Gestão Ambiental, resultando para as empresas a responsabilidade sobre seus produtos, quanto aos meios e a forma como são reaproveitados após o descarte. EXERCITANDO: vamos às questões on-line e ao fórum! Na próxima unidade vamos entender o e-commerce no Código de Defesa do Consumidor. Até breve! www.esab.edu.br 63 Muitas pessoas realizam compras pela Internet. No ano de 2017 cerca de 15% da população brasileira realizou ao menos uma compra on-line, o equivalente a 25,5 milhões de pessoas. O Relatório Setores do E-commerce no Brasil Setembro/2020, aponta que nos últimos meses, todos os setores do mercado foram afetados pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Alguns deles registraram curvas altas de crescimento. Por outro lado, outros tiveram alguns de seus piores períodos da história. O Relatório ainda informa que depois de um trimestre intenso, muitos já falam sobre uma possível retomada econômica e oportunidades com a transformação de processos, estratégias e inovações colocadas em prática. O futuro ainda é incerto, mas os números mostram que o e-commerce disparou em tempos de pandemia — o que devese intensificar a cada dia. Segue o Relatório dizendo que no mês de julho de 2020, o e-commerce brasileiro registrou o terceiro melhor mês de sua história, em um movimento que mostra que essa é a hora e vez do comércio online. Pontua, também, o Relatório, que no mês de agosto, em relação ao mês de julho, o número teve www.esab.edu.br 64 uma queda de 1,8%, mas ainda segue muito relevante, pois foram 1,27 bilhão de acessos no oitavo mês do ano - número maior em comparação com o mesmo período de 2019, onde foram registrados 1,18 bilhão de acessos. Por fim, aponta o Relatório que os números altos não são por acaso. “A pandemia acelerou a digitalização do comércio para vendedores e compradores. Quem tinha resistência mudou a mentalidade rapidamente”. O Mercado Livre se consolidou como uma das maiores lojas do Brasil e registrou um crescimento no período da pandemia de 13% (em uma comparação entre fevereiro e agosto deste ano). De acordo com o relatório o Mercado Livre recebeu mais de 240 milhões de acessos apenas no mês de agosto. Então, em razão do aumento considerável das compras pela internet, que já se apresenta como uma tendência do mercado, tendo se intensificado pela pandemia do novo coronavírus, aumentam também as devoluções dos produtos. Nesse contexto entra em ação a Logística Reversa e “[...] dela depende a satisfação do consumidor, que antes era medida apenas no momento da compra, mas agora também é medida na agilidade do processo de devolução, quando solicitado” (Almeida, 2020, p. 62). O Código de Defesa do Consumidor - E-Commerce - Logística Reversa Ao contrário das normas que já abordamos, cujo foco principal são as questões ambientais, o Código de Defesa do Consumidor - CDC (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990) é uma lei abrangente que trata das relações de consumo em todas as esferas, ou seja, civil, administrativa e penal. www.esab.edu.br 65 Atuando em cada esfera da seguinte forma: ¾ Esfera civil: definindo as responsabilidades e os mecanismos para a reparação de danos causados. ¾ Esfera administrativa: definindo os mecanismos para o poder público atuar nas relações de consumo. ¾ Esfera penal: estabelecendo novos tipos de crimes e as punições para os mesmos. O e-commerce, no entanto, recebeu tratamento jurídico específico através do Decreto 7.962 de 15 de março de 2013 que ‘regulamenta a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre a contratação no comércio eletrônico’. Nossa abordagem nesta aula está focada na relação entre a Logística Reversa de Pós-venda e o Consumidor. Vamos fixar alguns conceitos para melhor entendermos o assunto proposto: ¾ Logística Reversa de Pós-Venda é responsável pelo fluxo reverso de bens e produtos com pouco ou sem uso que retornam ao ciclo produtivo devido a desacordos comerciais, avarias, assistência técnica, recall ou garantia. ¾ Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza um produto ou serviço (art. 2º do CDC). ¾ Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira que desenvolve atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços (art. 3º do CDC). www.esab.edu.br 66 ¾ Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial (§ 1º, art. 3º do CDC). ¾ Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista (§ 2º, art. 3º do CDC). Direito de arrependimento no CDC De acordo com o CDC, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. Ainda, pontua que se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados (art. 49 e parágrafo único do CDC). Direito de arrependimento no e-commerce No CDC já está previsto o direito de arrependimento do consumidor, que foi reforçado pela Lei do e-commerce (Decreto 7.962 de 15 de março de 2013 que ‘regulamenta a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre a contratação no comércio eletrônico’). O direito de arrependimento na lei do e-commerce consiste na possibilidade de devolução do produto adquirido fora do estabelecimento comercial, por parte do comprador, sem qualquer desconto na restituição do valor pago ou cobrança maior. www.esab.edu.br 67 De forma que o cliente tem até sete dias úteis, contados do recebimento do produto, para solicitar o cancelamento da compra. Outro importante aspecto que envolve o direito de arrependimento no e-commerce é o dever do fornecedor de prestar informações claras e acessíveis através do site, onde deve deixar explícito ao consumidor a possibilidade de devolução da mercadoria adquirida e as regras para solicitá-la ao vendedor. Vamos ver o que dispõe a legislação - Decreto 7.962/13: Art. 5º O fornecedor deve informar, de forma clara e ostensiva, os meios adequados e eficazes para o exercício do direito de arrependimento pelo consumidor. § 1º O consumidor poderá exercer seu direito de arrependimento pela mesma ferramenta utilizada para a contratação, sem prejuízo de outros meios disponibilizados. § 2º O exercício do direito de arrependimento implica a rescisão dos contratos acessórios, sem qualquer ônus para o consumidor. § 3º O exercício do direito de arrependimento será comunicado imediatamente pelo fornecedor à instituição financeira ou à administradora do cartão de crédito ou similar, para que: I - a transação não seja lançada na fatura do consumidor; ou II - seja efetivado o estorno do valor, caso o lançamento na fatura já tenha sido realizado. www.esab.edu.br 68 Na perspectiva das devoluções de produtos é necessário que esteja bem definido pelo fornecedor as informações do caminho de retorno da mercadoria e, ainda, que o mesmo assuma todas as despesas que envolve a devolução. Almeida (2020) ressalta que os principais motivos de reclamações dos consumidores relacionam-se com as trocas e com as devoluções, por isso, o investimento em Logística Reversa se torna um diferencial competitivo para a empresa, que fideliza clientes e atrai novos compradores. Assim, estima-se que 92% dos consumidores voltem a realizar compras no site, caso o processo de troca/ devolução seja simples e rápido. Planejamento na Logística Reversa Vamos finalizar esta unidade ressaltando que para o êxito da logística de troca se faz essencial o planejamento. Planejar, no âmbito da Logística Reversa, envolve escolher a melhor forma de devolução dos produtos, se por correios ou transportadora, devendo observar o caminho mais eficiente para a empresa e para o produto em questão, seguindo todas as diretrizes da legislação. Assista o video: Direito de arrependimento. Acesse https://www.youtube.com/watch?v=uBvzB53TSqE EXERCITANDO: vamos às questões on-line! Na próxima seção vamos abordar mais especificamente a Logística Reversa no e-commerce. Até breve! https://www.youtube.com/watch?v=uBvzB53TSqE www.esab.edu.br 69 Resumo da seção 03 Nesta seção compreendemos que a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. De forma que dentre os instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, destaca-se o mecanismo da Logística Reversa, conhecido do setor
Compartilhar