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1 61 1 Prof. Marcos Baroncini Proença Princípios dos Processos Químicos Industriais Aula 6 61 2 Conversa Inicial 61 3 Nesta aula, iremos comentar sobre indústrias de processos químicos, especificamente sobre as características e atuação da petroquímica, química fina, farmacêutica, inorgânica e agroindústria Ao final desta aula, você terá visto conceitos técnicos referentes às indústrias de processos químicos 61 4 Petroquímica 61 5 É inegável o quanto o mundo moderno necessita dos derivados do petróleo, mesmo sendo uma fonte de energia não sustentável. Esta dependência vai perdurar por muitos anos ainda, de modo que essa área propiciará boas oportunidades de emprego, desde a extração e refino até a comercialização dos produtos derivados 61 6 O petróleo é composto, em uma fração percentual mínima de 80%, por uma cadeia de hidrocarbonetos que, no processo de refino, irá gerar desde gases até o coque. Possui também oxigênio, nitrogênio, enxofre e metais pesados, em forma combinada com os hidrocarbonetos, em pequenas porcentagens. As frações percentuais dos hidrocarbonetos e dos elementos combinados definem a qualidade dos diversos tipos de petróleo existentes 1 2 3 4 5 6 2 61 7 O API (American Petroleum Institute) apresenta diversas formas de classificar o petróleo, segundo sua densidade, teor de enxofre e característica predominante dos hidrocarbonetos presentes. O grau de densidade API (°API), é obtido por: ��� � ���,� �� ��� ��� �í� �� � 131.5� Onde a densidade específica do material é calculada em função do padrão, que é a água. Quanto maior o valor de °API, mais leve é o petróleo 61 8 Assim, a classificação pelo valor do °API é: Petróleos leves: acima de 30°API (<0,72g/cm3) Petróleos médios: entre 21 e 30°API Petróleos pesados: abaixo de 21°API (>0,92g/cm3) A classificação do óleo bruto segundo o teor de enxofre da amostra é: Petróleos doces (sweet oil): teor de enxofre <0,5% da massa Petróleos ácidos (sour oil): teor de enxofre >0,5% da massa 61 9 Sabemos que o petróleo produzido no Brasil apresenta, em média, 29°API e um teor médio de enxofre de 0,52% em peso, o que o caracteriza como petróleo médio do tipo ácido. Também é predominantemente parafínico ou parafínico-naftênico, sendo: 61 10 Petróleos parafínicos: os hidrocarbonetos parafínicos, de cadeia carbônica linear, estão presentes em uma fração igual ou superior a 75%. Geram gasolina de baixo índice de octanagem e resíduos com elevado teor de parafina, mas querosene de alta qualidade, óleo diesel de boa combustão e óleos lubrificantes de elevada viscosidade Petróleos naftênicos: os hidrocarbonetos naftênicos, de cadeia carbônica cíclica, estão presentes em uma fração superior a 70%. Geram gasolina de alto índice de octanagem, óleos lubrificantes de boa viscosidade e resíduos asfálticos de bom valor agregado 61 11 A indústria do petróleo é composta das seguintes etapas: exploração, extração, produção, transporte, refino e distribuição. Vamos nos ater ao refino do petróleo, embora em todas estas etapas haja oportunidades de emprego na área de processos químicos industriais Fig.1.Fluxograma indústria petróleo Macrovector/Schutterstock 1263180493 61 12 No refino, por diversas operações físicas e químicas interligadas entre si para aproveitamento máximo da energia do processo, o chamado óleo bruto é fracionado, gerando até 350 produtos derivados de composição e propriedades físico-químicas diferentes, para as mais diversas aplicações Fig.2. Refinaria de petróleo jutawat Rawichot/Schutterstock 7 8 9 10 11 12 3 61 13 O refino de petróleo começa pela dessalinização. Nesse processo, o petróleo é aquecido e encaminhado a um vaso onde emulsificadores irão gerar uma lama oleosa, bem como um efluente de água salgada Após isso, é aquecido até aproximadamente 370°C e segue para o fracionamento em colunas de destilação atmosférica. A parte líquida, ou condensada, desce e é retirada pelo fundo. A gasosa sobe e é retirada pelo topo 61 14 No sentido do fundo para o topo da coluna, cada prato tem temperatura menor que o do estágio anterior e assim os derivados de petróleo condensam. Nesta etapa, são obtidos o GLP, a gasolina, o querosene, o óleo diesel e nafta. Também é gerado resíduo atmosférico, que segue para tratamento e recuperação de derivados. A fração mais pesada, retirada pelo fundo da coluna, segue para reaquecimento e para um segundo fracionamento, agora em coluna de destilação a vácuo Fig.3. Destilação do petróleo Steve Cymro/Schutterstock 61 15 A alimentação da coluna de destilação a vácuo, pré-aquecida a 395°C, é feita na parte inferior da coluna. Os hidrocarbonetos mais pesados, como o óleo combustível ou o asfalto, se depositam no fundo da coluna, formando o resíduo de valor agregado. O óleo pesado, o gasóleo pesado e gasóleo leve são retirados lateralmente. Os gases que chegam ao topo são ejetados por ejetores de vapor d'agua, sendo essa ejeção responsável pela geração do vácuo da coluna de destilação Os gasóleos seguem para o craqueamento catalítico fluido (FCC) 61 16 O processo de craqueamento utiliza, sequencialmente, o riser (para pré-aquecimento da alimentação), o reator FCC (para a geração dos produtos), o ciclone e o regenerador, onde os catalisadores são recuperados para uso. No fundo, saem resíduos aromáticos e o coque; nas laterais, o óleo leve; no topo, saem o gás combustível, o GLP e a gasolina. Os catalisadores mais usados são a platina, a alumina e a sílica Fig.4. Unidade FCC EVGENY HAR/ Schutterstock 61 17 Há ainda os processos de dessulfurização do gás combustível e do GLP e gasolina, desasfaltação a propano, que é um processo de obtenção de óleo desasfaltado para ser incorporado ao gasóleo da destilação a vácuo para produção de combustíveis na U-FCC ou na produção direta de lubrificante desaromatização a furfural, para a produção de lubrificantes, desparafinação a metil-isobutilcetona (MIBC), para a produção de lubrificantes, mas também para geração de parafinas oleosas que seguem com o gasóleo para a U-FCC ou são desoleificadas para produção de parafinas comerciais 61 18 Posteriormente, seguem para processos de conversão, que são processos de natureza química cujas reações, fracionamento, reagrupamento ou reestruturação molecular modificam a composição molecular para um produto de maior valor agregado. Esses processos podem ser de craqueamento térmico, hidrocraqueamento catalítico, viscorredução, coqueamento, hidrotratamento/hidroprocessamento, alquilação, isomerização e polimerização 13 14 15 16 17 18 4 61 19 Química fina 61 20 A indústria de química fina gera produtos de alto grau de pureza, isentos de contaminações, usados para fabricação de fármacos, defensivos agrícolas, corantes e pigmentos, extratos, essências e fragrâncias, aditivos para cosméticos, excipientes e intermediários de síntese, aditivos para polímeros, combustíveis, graxas e lubrificantes, catalisadores e aditivos para alimentos. Os produtos são gerados por meio de sínteses químicas orgânicas e inorgânicas com alto grau de complexidade ou por processos biotecnológicos e nanotecnológicos 61 21 Química fina Fig.5. Unidade de extração de perfume Laborant/Schutterstock 61 22 Os processos de fabricação da indústria de química fina são realizados, em sua maioria, por processos em batelada, entretanto, alguns produtos, como corantes, são gerados por processos de fluxo contínuo. Os produtos gerados são de alto valor agregado e baixa produtividade. Nessa indústria, é usada a maioria das operações unitárias referentes à extração, concentração, adsorção, absorção, destilação, filtragem, além de rigorosos processos de tratamento de efluentes 61 23 Farmacêutica 61 24 A indústria farmacêutica produz, por processo de síntese química, os fármacos, substâncias químicas farmacologicamenteativas utilizadas na preparação de medicamentos. Também são obtidos, por processo de extração, fármacos de origem vegetal, animal e biotecnológica. Esses dois processos são característicos das duas áreas que essa indústria abrange: a dos produtos alopáticos e a dos produtos homeopáticos 19 20 21 22 23 24 5 61 25 Além disso, esta indústria gera soros e vacinas; contraceptivos; medicamentos fitoterápicos; a fabricação de kits e preparados para diagnósticos médicos; curativos, bandagens, água oxigenada, água boricada, tintura de iodo e outros. (...) Fig.6. Tanques de mistura para produção de medicamento Dmitry Kalinovsky/Schutterstock 61 26 (...) Há ainda o ramo da indústria farmacêutica veterinária, onde são produzidos fármacos alopáticos e homeopáticos destinadas a animais, abrangendo desde pets até animais da agroindústria e selvagens, bem como vacinas veterinárias e antiparasitárias Dmitry Kalinovsky/Schutterstock 61 27 A produção dos medicamentos usa os fármacos, onde se encontra o princípio ativo do medicamento, e os excipientes, que são substâncias inertes, usadas como veículos para os fármacos 61 28 Esta área é a que mais exige eficiência no controle de qualidade. Durante todo o processo produtivo, são coletadas amostras de todos os lotes, dentro de um programa estatístico de controle de qualidade, para verificar se características como peso, dureza, aparência e composição estão dentro das especificações do produto e seguem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No final do processo produtivo, os medicamentos passam por novos processos de controle de qualidade antes de serem liberados 61 29 O processo de controle de qualidade considerado mais importante é o teste microbiológico, no qual amostras de lotes finais são colocados em meios de cultura seletivos para o desenvolvimento de microrganismos, permanecendo encubados por sete dias Fig.7. Meios de cultura em incubadora Khamkhlai Thanet/Schutterstock 61 30 (...) O aparecimento de qualquer microrganismo, inofensivo ou não para a saúde humana, durante ou ao final do período de encubação, levará ao descarte de todo o lote e investigação sobre a contaminação Khamkhlai Thanet/Schutterstock 25 26 27 28 29 30 6 61 31 A etapa mais crítica do processo produtivo é a pesagem dos fármacos e excipientes 61 32 Cada fármaco ou excipiente é pesado individualmente para evitar contaminação por partículas de outras substâncias ou até mesmo entre lotes diferentes da mesma substância, sendo que, em toda troca de lote de substâncias, a sala é completamente higienizada, para evitar que um lote seja arrastado para outro (carryover). São usadas balanças de ultraelevada precisão e específicas para cada substância. A substância pesada segue para o processo produtivo, em recipientes identificados que são rastreados e validados de acordo com normas da Anvisa 61 33 A grande maioria dos medicamentos se apresenta na forma de cápsulas ou comprimidos. Antes de se transformarem em comprimidos ou cápsulas, a mistura contendo fármacos e excipientes passa por uma operação unitária de granulação, que transforma o pó em grânulos. Esses grânulos seguem então para a operação unitária de prensagem, seguida ou não do encapsulamento, para sua apresentação final. Após isso, seguem para o acondicionamento em cartelas ou frascos, embalagem e expedição, sempre passando por análises rigorosas de controle de qualidade 61 34 As cartelas são de plástico e/ou alumínio, e os frascos de plástico ou vidro temperado, para evitar qualquer tipo de contaminação da expedição até seu uso 61 35 O conjunto cartelas ou frasco, bula e embalagem são então pesados em uma balança de alta precisão, para o controle de peso (checkweigher). Se o conjunto não atingir a especificação de peso correspondente à mistura estequiométrica dos fármacos e excipientes mais o peso das cartelas/frasco, da bula e da embalagem externa, o conjunto é descartado e segue para checagem manual. O conjunto rejeitado segue para um processo de análise de erro e depois é preferencialmente incinerado 61 36 Agroindústria 31 32 33 34 35 36 7 61 37 Agroindústria é o conjunto de operações unitárias para a transformação de matérias- primas provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura ou silvicultura em produtos industriais de valor agregado. Comparativamente a outros processos químicos industriais, apresenta a singularidade de depender de sazonalidade, perecibilidade e heterogeneidade, principalmente, da matéria-prima agrícola. (...) 61 38 (...) Embora essa área de processos químicos industriais seja majoritariamente voltada a alimentos, uma parcela significativa de sua produção está voltada ao vestuário, fertilizantes e insumos, tendo ainda um crescente aproveitamento de resíduos gerados tanto na produção agrícola quanto na criação pecuária, bem como do processamento agroindustrial, para geração de biofertilizante e energia 61 39 É dividida em duas áreas: produção de produtos alimentares, como refeições industriais, sucos, carnes, embutidos, laticínios, farinhas e outros; e produção de produtos não alimentares, como fibras, couros, calçados, fertilizantes e outros Fig.8. Produção industrial de ovos e de calçados de couro N-sky/Schutterstock panpote/Schutterstock 61 40 Na produção de alimentos de base na agricultura, a matéria-prima passa primeiro por um processo de limpeza, com jatos de ar em peneiras ou spray de água em esteiras rolantes, para remover contaminantes como terra e insetos. Posteriormente, passa por um processo de seleção, onde matérias- primas impróprias para consumo e processamento são descartadas. (...) 61 41 (...) Após isso passa por um processo de classificação, onde a matéria-prima é separada em lotes em função do ponto de maturação, cor, tamanho, peso e outras necessidades de processamento. Por fim, no caso de legumes e frutas, passa por processo de descascamento manual ou mecânico e segue para as operações unitárias específicas 61 42 Na produção de alimentos com base na pecuária, primeiro se faz a seleção dos animais para o abate, posteriormente se efetua o abate, são então retiradas as vísceras, (...) Fig.9. Produção cortes de frango Alf Ribeiro/Schutterstock 37 38 39 40 41 42 8 61 43 (...) o couro ou as penas, para então serem feitos os cortes comerciais ou o processamento para geração de produtos alimentícios, câmaras frias ou embalamento e expedição Alf Ribeiro/Schutterstock 61 44 Na agroindústria, são contempladas várias operações unitárias, de acordo com o produto final. Temos a trituração, a moagem e o peneiramento para produção, por exemplo, de farinhas e sucos. Temos também a secagem, a extração, a homogeneização e a concentração para a produção, por exemplo, de extratos, leite em pó e sucos concentrados. Temos também a operação de mistura, por misturadores e agitadores, fundamental para a produção de bebidas e alimentos industriais. (...) 61 45 (...) Temos ainda as operações de separação por decantação, filtração, centrifugação e ultrafiltração para separação de sólidos de líquidos (ex.: sementes do suco de laranja), de sólidos de sólidos (ex.: cascas dos grãos de uva) e líquidos de líquidos (ex.: o soro do leite) 61 46 Há ainda o tratamento térmico, destacadamente a pasteurização e a esterilização, extremamente importantes no processamento de alimentos, pois eliminam microrganismos patogênicos, como o Clostridium botulinum, e inativam enzimas presentes nos alimentos, aumentando assim o tempo de vida das bebidas e dos alimentos produzidos. (...) 61 47 (...) Outro tratamento térmico de grande importância na agroindústria é o resfriamento, feito em câmaras de refrigeração, que objetiva aumentar o tempo de vida do alimento pela remoção de seu calor. No congelamento, se formam cristais de gelo dentro do alimento,reduzindo a água livre onde se desenvolvem os microrganismos. Na refrigeração, ocorre a inibição da multiplicação microbiana pela redução da energia no alimento. Há ainda a liofilização, que é o congelamento com desidratação do produto 61 48 Temos também a operação unitária de destilação, notoriamente usada na indústria sucroalcooleira, cuja função é separar o etanol da água. Outra operação presente na agroindústria é a cristalização, bastante usada para a produção de açúcar cristal e sal grosso, por exemplo. A cristalização pode ocorrer por precipitação pelo resfriamento de uma solução concentrada e quente, ou por evaporação de uma solução. (...) 43 44 45 46 47 48 9 61 49 (...) A extrusão é uma operação unitária por um processo termomecânico de transformação termoplástica contínua, onde o produto a ser moldado é extrudado, gerando produtos como salsichas. Há ainda o processo de transporte, que pode ser por bombas, esteiras, elevadores de canecas e transportadores pneumáticos 61 50 Inorgânica 61 51 A indústria de processos inorgânicos trata da extração, transformação e purificação de substâncias e elementos químicos a partir de matérias-primas inorgânicas. Também trata da síntese de produtos químicos inorgânicos. (...) 61 52 (...) A área mais conhecida da indústria de produtos inorgânicos é a de transformação de minérios para a produção de cimento e cal, de materiais cerâmicos, siderúrgicos e metalúrgicos. As operações unitárias usadas nas indústrias inorgânicas são quase que exclusivamente matérias-primas sólidas, onde, além de mudanças de tamanho e composição química, ocorrem transformações na estrutura cristalina durante os processos físicos e químicos industriais para a geração dos produtos 61 53 As operações unitárias mais usadas são as de trituração, moagem e peneiramento, mistura, fundição, clinquerização, extrusão, laminação, homogeneização, concentração e tratamentos térmicos. Com relação principalmente à fundição, alterações na temperatura ou tempo de residência podem gerar produtos diferentes para a mesma matéria-prima, por exemplo, produzindo aços com menor teor de carbono e produtos fora das especificações de mercado. Desse modo, o eficiente controle dos processos operacionais é de extrema importância 61 54 O processo de produção de cimento implantado na maioria das indústrias brasileiras utiliza as seguintes operações unitárias: Mistura e moagem das matérias-primas: o calcário, a argila e quantidades menores de óxidos de ferro e alumínio são misturados e moídos em moinhos de bolas até a obtenção da farinha crua 49 50 51 52 53 54 10 61 55 Clinquerização da farinha crua em fornos rotativos: esta é aquecida até uma temperatura de 1.500°C e depois é subitamente resfriada por rajadas de ar, gerando o clínquer Moagem do clínquer e adição de gesso e cargas para obtenção dos diversos tipos de cimento, embalamento e expedição do produto final 61 56 Inorgânica Fig.10. Produção de cimento kamienczanka/Schutterstock 61 57 Esse processo exige um alto consumo de energia térmica, gerando um elevado consumo de combustíveis utilizados para aquecer os fornos rotativos para a produção de clínquer, e de energia elétrica, consumida para movimentar os equipamentos de operações unitárias e os de transporte. O controle de efluentes gerados pelas fábricas de cimento são essenciais, pois estas têm sido responsáveis por impactos ambientais relevantes. Assim, a precipitação eletrostática e a filtragem dos gases e pós de moinhos e outras operações têm de ser feitas de maneira bem precisa 61 58 Na siderurgia, há a conversão de minério de ferro em ferro gusa e, posteriormente, a produção dos diversos tipos de aços com base nesse ferro gusa mais aditivos. No Brasil, o carvão vegetal é amplamente usado no processo siderúrgico, junto com o carvão mineral. O carvão exerce duplo papel na fabricação do aço. Como combustível, permite alcançar altas temperaturas (cerca de 1.500ºC) necessárias à fusão do minério. (...) 61 59 (...) Como redutor, associa-se ao oxigênio que se desprende do minério com a alta temperatura, deixando livre o ferro. No alto forno, além do ferro gusa, se forma a escória, que é usada para a fabricação de cimento. Há novamente a necessidade de um rigoroso controle de qualidade no processo produtivo, bem como do tratamento de efluentes gerados 61 60 Inorgânica Fig.10. Siderúrgica Lisa-S/Schutterstock 55 56 57 58 59 60 11 61 61 Na metalurgia, são geradas ligas não ferrosas com base em minérios e aditivos. Estes processos compreendem desde a obtenção da liga não ferrosa em fornos de conversão, até operações como extrusão, forjamento, estampagem, laminação e trefilação. Podem ainda ser feitos tratamentos térmicos ou tratamentos termoquímicos para se obter o produto final 61 62 61 62
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