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A prisão preventiva 3

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A prisão preventiva, espécie do gênero prisão provisória, é o instituto 
processual modulado pelo comando normativo inserto nos artigos 
311 e seguintes do Código de Processo Penal, cuja decretação ou 
manutenção reclama a demonstração efetiva de indícios suficientes 
de autoria por parte do ora custodiado, comprovação da 
materialidade da conduta criminosa, ambos requisitos conjugados 
com a necessidade de preservação da ordem pública, da ordem 
econômica ou de garantia da regular instrução criminal e da posterior 
aplicação da lei penal material. 
 
Registre-se ainda que tal modalidade de prisão - ainda que seja 
medida cerceativa de liberdade do cidadão decretada anteriormente 
ao trânsito em julgado - se harmoniza perfeitamente com o sistema 
normativo constitucional em vigor, desde que se mostre como 
providência necessária para uma eficiente prestação jurisdicional. 
 
Demais disso, de acordo com a jurisprudência firmada nos Tribunais 
Superiores e dos princípios da excepcionalidade (artigo 282, § 4.º, 
parte final, e § 6.º, do CPP), provisionalidade (artigo 316 do CPP) 
e proporcionalidade (artigos 282, incisos I e II, e 310, inciso II, parte 
final, do CPP), a prisão preventiva há de ser medida necessária e 
adequada aos propósitos cautelares a que serve, não devendo ser 
mantida caso intervenções estatais menos invasivas à 
liberdade individual, enumeradas no artigo 319 do CPP, mostrem-se 
suficientes ao acautelamento do processo e/ou da sociedade.

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