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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS ENGENHARIA CIVIL Daiana Terezinha Vieira – 12102804 João Victor Cardoso Castro – 11613108 Josiane Fatima dos Santos - 11511868 Kaik Lopes de Castro Alves – 11523740 Letícia Patriny Silva Cruz - 12100665 BARRAGENS DE REJEITOS NAS CIDADES DE MARIANA E BRUMADINHO - MG Estudo apresentado ao curso de Engenharia Civil, do Centro Universitário Newton Paiva, como parte das exigências para a obtenção de notas para aprovação na disciplina de Mecânica dos Solos 1. Área de Concentração: Ciências Exatas Orientador: Alvimar Alvares Malta. Belo Horizonte 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4 2 OBJETIVO ....................................................................................................................... ..5 3 METODOLOGIA ................................................................................................................. 5 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 88 7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 99 3 1 INTRODUÇÃO O rompimento das barragens de rejeitos (Fundão) da mineradora Samarco em Mariana, no dia 13 de novembro de 2015, e na Mina Córrego do Feijão em Brumadinho no dia 25 de janeiro de 2019 no estado de Minas Gerais, acendeu o alerta para as questões de segurança envolvendo a atividade minerária no Brasil. A ruptura dessas duas barragens em Minas Gerais, Mariana (2015) e em Brumadinho (2019) custou centenas de vidas e destruiu a maior parte das bacias do Rio Doce e do Rio Paraopeba. Esses eventos são o auge dos desastres, que começaram com o licenciamento ambiental e continuaram com uma ineficiente gestão de reparação de danos, causando ainda mais sofrimento social. A barragem de Fundão abrigava cerca de 56,6 milhões de m³de lama de rejeito. Desse total, 43,7 milhões de m³ vazaram. Os rejeitos atingiram os afluentes e o próprio Rio Doce, destruíram distritos e deixaram milhares de moradores da região sem água e sem trabalho, esse foi o maior desastre ambiental do Brasil. A barragem na Mina do Córrego do Feijão em Brumadinho, foram cerca de 14 milhões de toneladas de lama e rejeitos de minério de ferro e mais de 252 mortos, um desastre com muitas mais vítimas humanas. As barragens que se romperam em Brumadinho e Mariana são do tipo chamado de “a montante”, que é um tipo de barragem que permite a ampliação para cima do dique usando o próprio rejeito como fundação. É um dos modelos de construção de barragens mais usados na mineração, por causa do custo, mas também um dos mais instáveis. 4 2 OBJETIVO Existem dois principais motivos para o rompimento de barragens, um dos motivos é fenômeno da natureza e o outro é a falha humana que pode acontecer por problema na estrutura ou o local escolhido para construção. A barragem de Brumadinho rompeu quando rejeitos sofreram uma súbita perda da resistência, mais conhecido como liquefação estática. Esse fenômeno ocorre quando a estrutura da barragem sofre deformação. Alguns especialistas aprontaram a redução de uma grande parte da estrutura devido à infiltração das chuvas fortes. Existe varias maneiras de evitar que se repitam tragédias como a de brumadinho. Com um maior acompanhamento e fiscalização na criação de novas barragens, o acompanhamento se dar necessário devido o despreparo de grandes empresas em questões de segurança e equipamentos, sendo necessário investimento em equipamentos avançados de monitoramento de riscos, como acelerômetros, inclinômetros e satélites radares. Além disso grandes empresas visa apenas o lucro e acaba criando estrutura para suportar certa quantidade de rejeitos e acaba extrapolando o limite de segurança. A necessidade de criação de leis e projetos se dar devido a grande demanda de barragens sem fiscalização com risco iminente de rompimentos, essas tragédias mostrou ainda o a falta de preparo das empresas e do governo em ações eficazes na solução de crise ambiental. As empresas devem realizar vistorias para verificar rupturas e colapsos nas barragens, com uso de equipamentos para fazer monitoramentos para garantir a segurança da estrutura. 3 METODOLOGIA O minério de ferro é encontrado em forma de rochas junto com outros elementos, existem alguns tipos de minério como mostra na tabela abaixo (tabela 1), é a principal matéria prima na fabricação de aço, utilizado na fabricação de automóveis, eletrodomésticos dentre outros (fig 1). 5 6 As barragens surgiram na década de 1930, são o principal meio de armazenamento de rejeitos de mineração, comparando desde o surgimento até os dias atuais podemos observar uma evolução, pois no início das atividades de extração de minério os rejeitos eram descartados sem nenhum planejamento e os impactos ambientais não eram levados em consideração. Funcionam da seguinte forma, é feito a separação do material com valor do restante sem valor estimado comercial, as barragens são constituídas por barramento compacto, blocos e rochas com mecanismo de impermeabilização e drenagem. (fig 2). 7 A ruptura da barragem de Fundão foi considerado um dos maiores desatres ambientais, segundo o pequisador Luíz Sanchez da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), existem pequenas chances de as mineradoras deixarem de utilizar as barragens em pouco espaço de tempo por se tratar de uma prática segura desde que seja monitorada devidamente, porém após o desastre pesquisas foram iniciadas com ênfase em novas tecnologias e projetos a fim de descobrir uma segunda alternativa na a disposição final dos rejeitos de minério. Foram 34 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério que desceram da barragem de Fundão passando por cima da barragem de Santarém que retia aguá, daí o motivo do desastre, a lama percorreu aproximadamente 55 km do Rio Gualaxo, 22 km do Rio do Carmo até chegar ao Rio Doce, um total de 663 km até o Mar da Regência no Espírito Santo(ES). (fig 3). Passados três anos após o desastre, ainda nota-se os impactos ambientais causados pela lama de rejeito, a mesma foi grande promissora pela implosão do ecossistema à sua defastação trouxe consigo perdas irreparáveis tanto no setor economico, social e cultural. 8 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A mineração sempre foi identificada como uma atividade extremamente agressiva, devido a degradação ambiental e social sem recuperação. Atualmente as mineradoras em atividade estão com foco na sustentabilidade e muito mais preocupadas com relação à recuperação de áreas tentando compensar os impactos gerados no meio ambiente e as populações locais, voltando também a atenção para as legislações. A mineração é considerada uma das principais atividades no Brasil, sendo fundamental para o desenvolvimento econômico e influência no PIB ( Produto Interno Bruto), o Brasil fica atrás somente da Austrália como produtor, referente a extração e comercialização do minério de ferro. Os resíduos da extração do minério são gerados diariamente em média 1 tonelada de minério gera 1,5 tonelada de resíduo arenoso e argiloso estes por sua vez são armazenados em barragens devidamente licenciadas e monitoradas. Após o rompimento de uma das barragens em operação da empresa Samarco localizada no subdistrito de Bento Rodrigues no município de Mariana-MG, foram levantadas várias questões para entender o que realmente ocorreu para se dar a ruptura da estrutura da barragem, desde o funcionamento, licenciamento até o monitoramento. O grande problema de uma barragem e que como qualquer empreendimento licenciado, tem um tempo de vida útil e a quantidade a ser depositada em determinado período, sendo assim é necessário ter todos os documentos em dia, equipamentos em ótimo estado de funcionamento e profissionais capacitados, o caso ocorrido no dia 05 de Novembro de 2015 está mais que comprovado que houve negligência dos responsáveis, e concepção errada de engenharia, considerando também os equipamentos que não estavam funcionamento corretamente, sendo assim justifica-se pesquisar sobre outras alternativas para o descarte e/ou disposição final dos rejeitos de minério. 9 7 REFERÊNCIAS TERRITORIUM Revista Internacional de Riscos: https://impactum- journals.uc.pt/territorium/article/view/6392 Acesso: 15 de novembro de 2021 AMBIENTES Revista de geografia e ecologia politica: https://e- revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/23299 Acesso: 15 de novembro de 2021 BBC. Após dois anos, imapacto ambiental do desastre em Mariana ainda não é totalmente conhecido.2017 < https://g1.globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/apos- dois-anosimpacto-ambiental-do-desastre-em-mariana-ainda-nao-e-totalmente- conhecido.ghtml>. BOGOSSIAN, Francis. Acidentes em barragens de rejeito.2018. <http://m.jb.com.br/artigo/noticias/2018/05/11/acidentes-em-barragens-de-rejeito/ > Acesso em 18 de abr.2018. CORRÊA, Hudson; LIMA, Samantha; GOMIDE, Raphael.Mariana: os dramas e as culpas pela tragédia.2015. < https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/mariana-os-dramas-e-culpas-pela- tragedia.html> Acesso em 10 de jun.2016. Departamento Nacional de Produção Mineral. Cooperativismo mineral no Brasil.2008. < http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie- sustentabilidade/cooperativismo- mineral-nobrasil> IBRAM. Instituto Brasileiro de Museos Ministério do Meio Ambiente. Segurança de Barragens.2010.< http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/licenciamento-e- avalia%C3%A7%C3%A3oambiental/item/10589-seguran%C3%A7a-de-barragens> Revista Brasileira de Engenharia de Barragens. Comitê Brasileiro de Barragens.Rio de Janeiro, n.01, p 15-21. Reso Soluções Ambientais. Mineração e seus Residuos. 2015. < http://resoambiental.com/produtos-minerais/> . Acesso em 20 de mai.2018. SARMENTO,Gabriela. Consequências do desastre em Mariana são discutidas na USP. 2015 <https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2019/12/12/interna_nacional,1107773/e specialistas-apontam-causas-do-rompimento-de-barragem-em-brumadinho.shtml> < http://www.usp.br/aun/antigo/exibir?id=7465&ed=1276&f=12> Acesso em 23 de mai.2018.Vale.Entenda o que são as barragens de rejeito. 2016. < http://www.vale.com/samarco/PT/Paginas/entenda-barragens-rejeito.aspx> https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/6392 https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/6392 https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/23299 https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/23299 https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/mariana-os-dramas-e-culpas-pela-%20tragedia.html https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/11/mariana-os-dramas-e-culpas-pela-%20tragedia.html
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