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CURSO - PETIÇÕES REVISIONAIS BANCÁRIAS

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BAIXE AGORA O MELHER MATERIAL JURIDICO NO SUPER PETIÇÃO 
E-BOOK 
 
 
PETIÇÕES 
REVISIONAIS 
 
 
 
GRATUITO 
 
 
 
https://superpeticao.com.br/
BAIXE AGORA O MELHER MATERIAL JURIDICO NO SUPER PETIÇÃO 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3 
2. MODELO DE INICIAL DE AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C 
REVISIONAL DE DÍVIDA DE FINANCIAMENTO ........................................... 4 
3. MODELO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO INDEFERIMENTO PEDIDO 
LIMINAR ........................................................................................................ 32 
4. MODELO DE RECURSO ADESIVO – MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS 
SUCUMBENCIAIS ......................................................................................... 44 
5. NOSSO AGRADECIMENTO ......................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
 
O material exclusivo que você está recebendo agora é 
apenas uma pequena parcela de anos de prática forense dedicada à 
defesa de pessoas físicas e jurídicas em ações revisionais 
bancárias. 
 
O material que você estão recebendo nesse momento 
contempla três modelos simplificados de petições (uma inicial, um 
agravo de instrumento e um recurso adesivo) com jurisprudência 
atualizada, todos produzidos por advogados especialistas na 
matéria, que possibilitam a você utilizá-las imediatamente. 
 
Nesse ebook, queremos que você conheça e 
comprove a qualidade do material e encontre em nosso trabalho o 
suporte necessário para começar a trabalhar com ações revisionais 
bancárias, caso você ainda não tenha experiência na matéria, ou se 
já atua ou atuou, que venha aprimorar sua atuação na área de 
direito bancário. 
 
 Um Forte Abraço e Sucesso. 
 
 
 
 
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BAIXE AGORA O MELHER MATERIAL JURIDICO NO SUPER PETIÇÃO 
 
 
2. MODELO DE INICIAL DE AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE 
VALORES C/C REVISIONAL DE DÍVIDA DE 
FINANCIAMENTO 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 
______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXX/XX. 
 
 
 
Com pedido de DEPÓSITO 
dos valores 
INCONTROVERSOS em 
conformidade com o § 
único do artigo 285-B do 
CPC 
 
 
FULANO DA SILVA, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, 
estado civil, profissão, com endereço na Rua xxxxxxxxxx, nº. 
xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx, vem, 
respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu procurador 
signatário, instrumento de mandato em anexo, propor: 
 
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C REVISIONAL DE 
DÍVIDA DE FINANCIAMENTO COM PEDIDO DE 
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
 
 
em face do BANCO XXXXXXXXX S/A, instituição financeira de 
direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob n° 
XX.XXX.XXX/XXXX-XX, estabelecida na Rua XYZ, nº. XXX, na 
cidade de XXXXXXXX - (SIGLA DO ESTADO) – CEP XXXXX-
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BAIXE AGORA O MELHER MATERIAL JURIDICO NO SUPER PETIÇÃO 
XXX, em decorrência dos fatos e fundamentos que passa a 
expor. 
 
I - DOS FATOS 
 
O requerente firmou com o BANCO XXXXXX S.A. o contrato de 
Cédula de Crédito, realizado na data de XX de XXXX de XXXX. O contrato 
refere-se ao financiamento do empréstimo em conta corrente realizado, no valor 
total de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXX mil reais) para que fosse aprovado o 
financiamento e mais um refinanciamento no valor total de de R$ XX.XXX,XX 
(XXXXXXX mil reais). 
 
Ocorre que, somando-se os encargos e juros, o valor final do 
contrato passou para o total de mais de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXX mil reais) 
que foi parcelado em XX (XXXXXXXX) parcelas mensais no valor de R$ 
X.XXX,XX (XXXXX) e no refinanciamento posterior passou para o total de mais 
de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXX mil reais) em parcelas mensais no valor de R$ 
XXX,XX (XXXXXXXXXXXX). 
 
Para que o parcelamento da dívida fosse possível o banco 
ofereceu a adesão de contrato um seguro (Seguro XXXXXXXX e demais 
serviços), o qual se trata de compra casada, sendo a forma de pagamento 
parcelado mensal, diluído nas parcelas do financiamento. 
 
Como se trata de compra casada devem estes valores serem 
devolvidos. 
 
II- DO DIREITO 
 
Artigo 
Tributos e juros extorsivos 
PAULO BROSSARD/ Jurista, ministro aposentado do STF. 
 
“(...) Mas o caso mais chocante é o referente ao cheque 
especial, por envolver em cheio a classe média, que mais se 
serve desse expediente fácil e cômodo, mas inexorável em 
suas conseqüências. O juro chega a quase 150% ao ano, 
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146,4% para ser exato. Importante jornal de São Paulo, em 
editorial, salientou que "havia um tempo em que taxas como 
essas (146,5% em fevereiro) caracterizavam a chamada 
agiotagem". Agora esses juros, segundo o Banco Central, estão 
em linha com a política monetária. 
 
O que importa em proclamar que a usura se harmoniza, senão 
completa a política monetária. 
 
Não posso deixar de dizer que esses dados me preocupam, por 
entender que eles não podem deixar de gerar conseqüências 
danosas ao país, embora possam ser bem-vindas ao sistema 
financeiro, que vem auferindo lucros bilionários. 
 
Como se vê ao lado da exagerada carga tributária, ainda 
prolifera a usura oficial. Não será demais e não seria oportuno 
libertar a sociedade brasileira desses ônus terríveis, enquanto 
eles não se tornarem (...).” 
 
a) Da possibilidade de revisão do contrato 
 
- DA QUANTIFICAÇAO DO VALOR INCONTROVERSOS E DO PEDIDO DE 
DEPÓSITO NO TEMPO E MODO CONTRATADOS 
 
Art. 285-B. Nos litígios que tenham por objeto 
obrigações decorrentes de empréstimo, 
financiamento ou arrendamento mercantil, o autor 
deverá discriminar na petição inicial, dentre as 
obrigações contratuais, aquelas que pretende 
controverter, quantificando o valor incontroverso. 
(Incluído pela Lei nº 12.810, de 2013). 
 
Parágrafo único. O valor incontroverso deverá 
continuar sendo pago no tempo e modo contratados. 
(Incluído pela Lei nº 12.810, de 2013). 
 
Os encargos e fórmula de apuração do mesmo adotado pela 
REQUERIDA ocasionam um acréscimo no valor das prestações que as tornam 
impossíveis de serem cumpridas. A capitalização dos juros e as taxas cobradas 
pela REQUERIDA elevaram de sobremaneira o valor do crédito obtido, o valor 
inicial da divida era de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais), para que fosse 
aprovado o financiamento, sendo o valor final cobrado a ser pago pelo autor em 
mais de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais) e no refinanciamento posterior 
no valor total de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais) para o total de mais de 
R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais) ambos acrescidos de forma indevida. O 
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autor já pagou um total de XX (XXXXXXXX ) parcelas no valor de R$ XXX,XX 
(XXXXXXXXX) totalizando o valor pago de mais de R$ XX.XXX,XX 
(XXXXXXXX mil reais) e posteriormente num refinanciamento de XX 
(XXXXXXXX) parcelas no valor de R$ XXX,XX totalizando o valor pago de mais 
de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais). 
 
Assim, desde já requer seja deferido o deposito judicial das 
parcelas restantes ao VALOR INCONTROVERSO AINDA DEVIDO, ou seja, XX 
(XX) parcelas mensais faltantes no valor de R$ XX,XX (XXX reais) e mais XX 
(XX) parcelas mensais faltantes no valor de R$ XX,XX (XXX reais) ambas 
acrescidas de juros de 12% ao ano, mais IGP-M, em conformidade com o 
paragrafo único do artigo 285-B do CPC, caracterizando, assim, a boa-fé da 
parte Autora em adimplir o que é realmente devido. 
 
A relação entre as partes ora litigantes deve ser mantida pelo 
princípio da boa-fé nos contratos, eis que o Requerente não pretendendo 
esquivar-se do pagamento de eventuais débitos junto à REQUERIDA, pois 
cumpriu com os pagamentos, que foram possíveis. Entretantoexige que sejam 
aplicados os índices de correção adequados e que não causem o 
locupletamento ilícito a nenhuma das partes. 
 
Em respeito à mantença dessa boa-fé, os encargos pactuados 
devem ser analisados e revistos pelo Juízo, a fim de proporcionar à lide a 
solução mais justa de acordo com os princípios gerais de direito. 
 
III. DO CONTRATO: 
 
a) Da relação contratual 
a.1) Da adesão 
 
O contrato firmado pela Requerente pode ser qualificado como 
contrato de adesão, pois teve que se submeter em aceitar as cláusulas 
estabelecidas pela REQUERIDA, aderindo a uma situação contratual que se 
encontrava definida em todos os seus termos. Na relação jurídica existente 
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entre as partes ora litigantes, há predomínio categórico da vontade das 
Requeridas, que impôs condições contratuais favoráveis somente a si, em 
detrimento do Requerente. Os excessivos encargos prejudicam a 
comutatividade contratual e exigem intervenção judicial para coibir a aplicação 
integral dos encargos a que está submetido o Requerente perante a Requerida. 
 
a.3) Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor 
 
As normas contidas na Lei nº 8.078/90 estão exercendo uma 
influência sobre todo o sistema jurídico, fortalecendo as tendências 
jurisprudenciais que apreciavam com mais severidade os contratos de adesão, 
a repressão aos abusos de direito e a aplicação mais ampla da própria teoria da 
imprevisão, justificando-se, assim, um trabalho preventivo de revisão dos 
modelos contratuais e o eventual reexame de alguns modelos operacionais. 
 
Da mesma forma, o consumidor está sendo mais protegido 
após a assinatura do contrato, judicialmente, nas quais a aplicabilidade do 
Código de Defesa do Consumidor ocasiona uma maior possibilidade de 
discussão das cláusulas firmadas, pois, consoante art. 47 do Código de Defesa 
do Consumidor: 
 
“as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais 
favorável ao consumidor” 
 
O reconhecimento da hipossuficiência da parte que contrata 
com uma empresa do porte das REQUERIDAS, seja pessoa jurídica ou física, 
ocasiona, no curso do processo, principalmente a inversão do ônus probandi, 
ficando a REQUERIDA responsável em provar toda a evolução do débito que 
cobraria, explicitando os percentuais das taxas de juros, o método para o 
cálculo. 
 
A aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos 
contratos de administração de cartão de crédito, encontra guarida no artigo 52 
dessa Lei: 
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Art. 52 – No fornecimento de produtos ou serviços que envolva 
outorga de crédito ou concessão de financiamento ao 
consumidor, o fornecimento deverá, entre outros requisitos, 
informá-lo prévia e adequadamente sobre: 
(...) 
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros; 
III - acréscimos legalmente previstos; 
IV - número e periodicidade das prestações; 
V - soma total a pagar, com e sem financiamento. 
§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de 
obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por 
cento do valor da prestação. 
 
Dessa forma, há de se reconhecer a hipossuficiência do 
Requerente que, na hora da contratação, subordinou-se às regras impostas 
pela REQUERIDA, sem poder discutir as cláusulas contidas no contrato. 
Com relação à inversão do ônus da prova que a aplicação do 
Código de Defesa do Consumidor acarreta, não se nega que o artigo 333 do 
Código de Processo Civil e seus parágrafos estabeleçam que incumbe ao autor 
o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu direito e ao réu quanto à 
alegação de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do requerente. 
 
Porém, sabidamente, o Código de Defesa do Consumidor, em 
seu artigo 6º, inciso VIII, prevê esta inversão na distribuição do ônus da prova 
em favor do consumidor, pois é evidente que em determinados casos o 
consumidor, não terá acesso a outros dados que a instituição financeira detém, 
face ao monopólio de informações que pertence à REQUERIDA. 
 
Nesse sentido, o Código de Defesa do Consumidor menciona: 
 
"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
III – a facilidade da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova a seu favor, no processo civil, 
quando a critério do juiz for verossímil a alegação ou quando for 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência." 
 
Certamente, como será demonstrado, houve abusividade no 
contrato, o que somente poderá ser verificado através de perícia contábil. 
Diante da hipossuficiência da Requerente, deve-se inverter o ônus da prova, 
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obrigando-se a REQUERIDA a demonstrar, documentalmente todos os 
procedimentos adotados no cálculo, desde o início da relação contratual. 
 
c) Da forma de cálculo: 
c.1) Dos juros remuneratórios: 
 
Conforme já mencionado, a parte autora não teve acesso às 
cláusulas de contrato e de acordo com o documento fornecido pela 
REQUERIDA, em anexo, não há menção da espécie do contrato. Assim, em 
caso de se tratar de Cédula de Crédito Bancário, requer que os juros sejam 
limitados ao percentual de 12% ao ano, em razão da ausência de 
demonstração de autorização do Conselho Monetário Nacional para cobrança 
de taxa diversa. 
 
Nesse sentido, colaciona-se o seguinte julgado: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS 
BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO 
BANCÁRIO. PRESCRIÇÃO. Não verificada. 
JUROSREMUNERATÓRIOS. Limitados em 12% ao 
ano nas notas de crédito comercial por ausência de 
demonstração de autorização do Conselho Monetário 
Nacional para cobrança de taxa diferente. 
CAPITALIZAÇÃO. Permitida a pactuação de 
periodicidade inferior à anual nos contratos 
posteriores a 31-3-2000 por força da Medida 
Provisória nº 2.170-36. Quando anterior o contrato ou 
ausente pactuação expressa, deverá ser anual. 
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. Não é ilegal a 
cobrança da comissão de permanência depois do 
vencimento do contrato, desde que não cumulada 
com os juros remuneratórios, correção monetária e 
demais encargos moratórios. Aplicação da súmula 
472 do Superior Tribunal de Justiça. Vedada sua 
cobrança nas cédulas de crédito incentivado por 
ausência de previsão legal. VENDA CASADA. Não 
demonstrada a cobrança. REPETIÇÃO DE 
INDÉBITO E COMPENSAÇÃO DE VALORES. 
Permitidas na forma simples. Desnecessidade de 
comprovação do erro para a repetição de indébito, 
com o fim de evitar o enriquecimento sem causa do 
credor. INSCRIÇÃO EM ÓRGÃOS RESTRITIVOS 
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DE CRÉDITO. Vedada por ausência de verificação 
de mora em razão da cobrança de encargos 
remuneratórios abusivos. Permitida nos contratos em 
que não verificada a cobrança desses encargos. 
MORA. Afastada nos contratos em que verificada a 
cobrança de encargos remuneratórios abusivos. 
APELO DO AUTOR CONHECIDO EM PARTE E 
DESPROVIDO. APELO DO BANCO 
PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME. (Apelação 
Cível Nº 70048089601, Décima Primeira Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio 
Maria Rodrigues de Freitas Iserhard, Julgado em 
20/03/2013).” (Grifei). 
 
Alternativamente, reque-se que os juros remuneratórios sejam 
limitados de acordo com a taxa média de mercado da época da contratação. 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO. CONTRATO BANCÁRIO. 
JUROS REMUNERATÓRIOS LIMITADOS À TAXA MÉDIA DE 
MERCADO. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO. 1.- 
Mantém-se a limitação dos juros remuneratórios à taxa média de 
mercado quando comprovada, no caso concreto, a significativa 
discrepância entre a taxa pactuada e a taxa de mercado para 
operações da espécie. 2.- O agravante não trouxe qualquer 
argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, o qual se 
mantém por seuspróprios fundamentos. 3.- Agravo Regimental 
improvido. (STJ - AgRg no AREsp: 504021 RS 2014/0089812-6, 
Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 
27/05/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 
09/06/2014) 
 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA 
E APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. JUROS 
REMUNERATÓRIOS LIMITADOS À TAXA MÉDIA DE MERCADO. 
1.- Mantém-se a limitação dos juros remuneratórios à taxa média 
de mercado quando comprovada, no caso concreto, a 
significativa discrepância entre a taxa pactuada e a taxa de 
mercado para operações da espécie. 2.- Agravo Regimental 
improvido. (STJ - AgRg no REsp: 1423475 SC 2013/0401171-1, 
Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 
11/02/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 
13/03/2014) 
 
 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE BUSCA 
E APREENSÃO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. JUROS 
REMUNERATÓRIOS LIMITADOS À TAXA MÉDIA DE MERCADO. 
1. - Mantém-se a limitação dos juros remuneratórios à taxa média de 
mercado quando comprovada, no caso concreto, a significativa 
discrepância entre a taxa pactuada e a taxa de mercado para 
operações da espécie. 2. - agravo regimental improvido. (STJ - AgRg-
REsp 1.423.475; Proc. 2013/0401171-1; SC; Terceira Turma; Rel. 
Min. Sidnei Beneti; DJE 13/03/2014) 
 
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c.2) Da capitalização dos juros 
 
Com efeito, o artigo 4º da Lei da Usura proíbe expressamente a 
cobrança de juros sobre juros (anatocismo); a Súmula 121 do STF veio dar 
maior ênfase para este dispositivo legal, proibindo também a capitalização de 
juros, ainda que expressamente convencionada. 
 
Nesse mesmo sentido é a explicação de Theotônio Negrão, in 
Código Civil, 12ª ed., 1993, p. 601: 
 
 “Esta Súmula (121 do STF) deve ser harmonizada com a de n.º 
596. A capitalização de juros é vedada mesmo em favor das 
instituições financeiras.” 
 
Mesmo que não seja esse o entendimento de V. Excelência, 
diante da inexistência de cláusula que destaca a cobrança deste encargo 
contratual e mais, sua periodicidade, toda sua cobrança deve ser afastada, nos 
exatos termos expressos nos Tribunais: 
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. CONTRATO DE 
ARRENDAMENTO MERCANTIL. APLICAÇÃO DO CDC. 
JUROS REMUNERATÓRIOS. TAXA MÉDIA DE MERCADO. 
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. AUSENTE PACTUAÇÃO. 
ILEGALIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. AUSÊNCIA 
DE PREVISÃO. REPETIÇÃO SIMPLES DO INDÉBITO. 
Segundo as orientações firmadas pelo Colendo Superior 
Tribunal de Justiça no RESP. 1.061.530/RS, julgado 
segundo o rito dos recursos repetitivos, a abusividade dos 
juros remuneratórios, contratados com as instituições 
financeiras que compreendem o Sistema Financeiro 
Nacional, deve ser observada, levando-se em consideração 
a taxa média de mercado estabelecida pelo Banco Central, 
bem como as regras do Código de Defesa do Consumidor 
(Súmula n. 297 do STJ), que coíbem a percepção de 
vantagem excessiva dos bancos em desfavor dos 
consumidores (artigos 39, inciso V, e 51, inciso IV).. 
Quando não houver pactuação no contrato, os juros 
remuneratórios deverão ser limitados à taxa média de 
mercado apurada para operações da mesma espécie, no 
mesmo período, salvo se ficar constatado que a taxa 
cobrada é mais vantajosa para o consumidor. De acordo 
com o recente entendimento firmado pelo Colendo Superior 
Tribunal de Justiça no RESP. 973.827/RS, julgado segundo 
o rito dos recursos repetitivos, é "permitida a capitalização 
de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos 
celebrados após 31.03.2000, data de publicação da Medida 
Provisória n. 1.963-7/2000 (em vigor como MP 2.170-
36/2001), desde que expressamente pactuada".. Não há 
como se admitir a cobrança de juros capitalizados se 
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ausente cláusula contratual expressa nesse sentido e se 
inexistente sequer previsão da taxa de juros anual, superior 
ao duodécuplo da mensal, visto que impede o consumidor 
contratante ter ciência da forma de cálculo do débito e, via 
de consequência, viola violando seus direitos à informação 
e à transparência. A comissão de permanência é um 
encargo de inadimplênciae, consoante a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça, para não se configurar 
condição potestativa, deve ser calculada pela taxa média 
do mercado, apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada 
à taxa do contrato (Súmulas n. 294 e 472 do STJ), de forma 
não cumulativa com demais encargos moratórios. Não se 
declara abusividade, contudo, se não há expressa previsão 
de sua cobrança. A repetição dos valores cobrados 
indevidamente se dá de forma simples, por meio de 
compensação, quando cabível, ou restituição, caso não 
haja mais débito em razão da declaração de abusividade 
das cláusulas debatidas. Recurso provido em parte. V.V.P.: 
DIREITO CIVIL. AÇÃO ORDINÁRIA. REVISÃO 
CONTRATUAL. LEASING. JUROS REMUNERATÓRIOS -
CAPITALIZAÇÃO MENSAL. PREVISÃO. AUSÊNCIA. 
EFEITOS. Em contrato de arrendamento mercantil não há 
falar-se em ilegalidade de juros remuneratórios 
capitalizados se o pacto, por sua própria natureza, não 
comporta semelhante encargo. Recurso não provido (Des. 
Saldanha da Fonseca). REPETIÇÃO DO INDÉBITO EM 
DOBRO (Des. Domingos Coelho). (TJMG - APCV 
1.0024.11.181425-7/002; Rel. Des. Alvimar de Ávila; Julg. 
22/05/2013; DJEMG 03/06/2013) 
 
DIREITO BANCÁRIO E COMERCIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. 
RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE CARTÃO DE 
CRÉDITO. ADMINISTRADORA. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. 
TAXA DE JUROS REMUNERATÓRIOS CONTRATADA. 
ABUSIVIDADE. LIMITAÇÃO À TAXA MÉDIA DE MERCADO 
PARA OPERAÇÕES DA ESPÉCIE. 1. Recurso especial, 
concluso ao Gabinete em 09/06/2011, no qual se discute a 
utilização da taxa média de mercado do "cheque especial" 
divulgada pelo Banco Central do Brasil para limitação da 
taxa de juros remuneratórios contratada em operação de 
cartão de crédito. Ação de cobrança ajuizada em 2008. 2. 
Reconhecida a abusividade da cláusula contratual de taxa 
de juros remuneratórios, limitam-se os juros praticados à 
taxa média do mercado em operações da espécie. 3. A 
ausência de divulgação pelo Banco Central do Brasil de 
taxas médias para a operação de cartão de crédito não é 
suficiente para fundamentar a transposição das taxas 
médias apuradas para as operação de "cheque especial", 
ante a manifesta diversidade de natureza jurídica das 
operações. 4. Recurso especial provido. 
(STJ - REsp: 1256397 RS 2011/0120643-5, Relator: Ministra 
NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 17/09/2013, T3 - 
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/09/2013) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
REVISIONAL. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO. TAXA 
DE JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITAÇÃO À TAXA 
MÉDIA DE MERCADO PARA OPERAÇÕES DA ESPÉCIE OU 
ASSEMELHADAS. 1. O reconhecimento da abusividade da 
taxa de juros nos contratos de cartão de crédito pode ser 
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verificada mediante o cotejo entra a taxa contratada e a 
média das taxas de mercado para as mesmas operações ou 
assemelhadas. 2. A verificação da abusividade ou não, no 
caso concreto, encontra óbice no enunciado 7/STJ, não se 
podendo extrair do acórdão o quanto a taxa de juros 
contratada superou a média de mercado para símile 
operação. 3. As instâncias ordinárias registraram não se 
poder extrair dos autos a data da contratação ou a 
pactuação expressa da capitalização mensal de juros, tema 
que não se sujeita à verificação desta Corte na esteira dos 
enunciados nº 5 e 7/STJ. 4. AGRAVO REGIMENTAL 
DESPROVIDO.(STJ - AgRg no REsp: 1235612 RS 
2011/0027728-6, Relator: Ministro PAULO DE TARSO 
SANSEVERINO, Data de Julgamento: 06/08/2013, T3 - 
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 19/08/2013) 
 
AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE ABERTURA DE 
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - CHEQUE ESPECIAL. 
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. AUSÊNCIA DA JUNTADA DO 
CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES. EXCLUSÃO.A 
capitalização de juros nos contratos de conta corrente só 
poderá ser deferida se expressamente contratada. Exclusão 
mantida. APELAÇÃO CONHECIDA E NÃO PROVIDA. (TJ-PR 
7626000 PR 762600-0 (Acórdão), Relator: Edgard Fernando 
Barbosa, Data de Julgamento: 04/04/2012, 14ª Câmara Cível) 
 
APELAÇÃO CÍVEL. REVISÃO CONTRATUAL. CONTRATO 
DE ADESÃO CARTÃO DE CRÉDITO. APLICAÇÃO DO 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. JUROS 
REMUNERATÓRIOS. ABUSIVIDADE DEMONSTRADA. 
REDUÇÃO. APLICAÇÃO DA TAXA REFERENTE AO 
CHEQUE ESPECIAL. POSSIBILIDADE. CAPITALIZAÇÃO 
MENSAL DE JUROS. NECESSIDADE DE PACTUAÇÃO DE 
FORMA EXPRESSA E EM DESTAQUE. REPETIÇÃO DO 
INDÉBITO. POSSIBILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE 
PROVIDO. 
Em se tratando de contrato de adesão a controvérsia deve ser 
dirimida à luz do CDC. A taxa de juros remuneratório em torno 
de 436% ao ano demonstra-se abusiva cabendo a sua redução 
para patamares aplicáveis ao cheque especial à época. A 
cobrança de juros mensalmente capitalizados requer a sua 
pactuação expressa em observância as disposições do CDC. 
Havendo eventual saldo em favor do consumidor a repetição do 
indébito, na forma simples, é medida que se impõe. (TJMT - 
APL 101220/2013; Capital; Segunda Câmara Cível; Relª Desª 
Maria Helena Gargaglione Póvoas; Julg. 19/02/2014; DJMT 
27/02/2014; Pág. 38) 
 
Mais ainda, considerando-se que o pacto é posterior a vigência 
das MPs 1.963-17 (art. 5º) e 2.170-36 (art. 5º), mantidas pela Emenda 
Constitucional nº. 32/01, não há que se admitir que os juros capitalizados 
possam ser cobrados por força das referidas MPs, uma vez que inclusive 
nessas hipóteses, o ajuste expresso de capitalização se faz necessário. 
Nesse sentido, entende a jurisprudência: 
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APELAÇÃO. REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. 
CHEQUE ESPECIAL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS 
JUROS. MP 1.963-17/2000, REEDITADA SOB O Nº 2.170-
36/2001. INCONSTITUCIONALIDADE. VINCULAÇÃO. 
NECESSIDADE DE PACTO EXPRESSO. DANO MORAL. 1. O 
art. 4º, IX, da Lei nº 4.591/64, não revogou a vedação legal do 
anatocismo, presente no art. 4º do Decreto nº 22.626/33, mas 
apenas a limitação das taxas prevista no art. 1º do mesmo 
decreto. Tanto assim que o Poder Executivo reconheceu a 
necessidade de inovar o ordenamento com a edição de 
medidas provisórias que, em tese, permitissem a capitalização 
dos juros para as instituições financeiras. 2. Vinculam cada um 
dos órgãos judicante da Corte, por força do art. 103 de seu 
Regimento Interno, as declarações de inconstitucionalidade 
proferidas pelo Órgão Especial, em face do art. 5º da Medida 
Provisória nº 1.963-17/2000, nos autos das Argüições nº 
10/2003 e nº 04/2004. 3. Mesmo abstraída a 
inconstitucionalidade do art. 5º da medida provisória, 
atualmente reeditada sob o nº 2.170-36/2001, a norma nele 
contida é meramente autorizativa da cobrança de juros 
compostos por instituições integrantes do Sistema Financeiro 
Nacional. Segue-se daí - em prestígio aos princípios da 
autonomia volitiva e do pacta sunt servanda, bem como às 
mais básicas regras hermenêuticas (dentre as quais o art. 
47 do CDC) que essa forma excepcional de contagem dos 
juros só poderia (em tese) ser admitida na existência de 
pacto expresso, do qual não há prova nos autos, sob pena 
de transmutar em cláusula obrigatória uma mera faculdade 
que a lei, excepcionalmente, concede aos particulares na 
formação dos contratos (REsp 629.487/RS). 4. Gera dano 
moral a retenção abusiva da quase totalidade do salário do 
correntista, por meses a fio, para cobrança de juros compostos 
e satisfação de valores que, ao fim e a cabo, nem sequer eram 
devidos pelo consumidor. Verba indenizatória que se arbitra em 
R$ 10.000,00. 5. Provimento do recurso. (TJ-RJ - APL: 
00041368920088190055 RJ 0004136-89.2008.8.19.0055, 
Relator: DES. MARCOS ALCINO DE AZEVEDO TORRES, 
Data de Julgamento: 13/03/2014, VIGÉSIMA SÉTIMA CAMARA 
CIVEL/ CONSUMIDOR, Data de Publicação: 14/04/2014 18:14) 
APELAÇÃO CíVEL - Revisional de contrato de financiamento 
para aquisição de veículo. Sentença que julga parcialmente 
procedente a pretensão deduzida na exordial. Irresignação de 
ambos os contendores. Recurso da autora processual civil. 
Preparo. Pressuposto objetivo para conhecimento do recurso. 
Justiça gratuita indeferida na origem. Recolhimento das custas 
iniciais pela requerente. Demandante que almeja a extensão do 
benefício para as instâncias superiores. Ausência de combate 
específico à decisão de indeferimento do beneplácito, bem 
como de nova situação fática que autorizasse a concessão da 
benesse. Deserção estampada. Aplicação do art. 511 do código 
buzaid. Recurso não conhecido. Apelo do banco Código de 
Defesa do Consumidor. Incidência. Exegese da Súmula n. 297 
do STJ. Ato jurídico perfeito e princípios do pacta sunt servanda 
e da autonomia da vontade que cedem espaço, por serem 
genéricos, à norma específica do art. 6º, inciso V, da Lei n. 
8.078/90. Institutos que, ademais, foram mitigados pela 
constitucionalização do direito civil e pelos princípios da função 
social do contrato e da boa-fé objetiva. Possibilidade de revisão 
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do contrato, nos limites do pedido da autora. Inteligência dos 
arts. 2º, 128, 460 e 515, todos do código de processo civil. 
Aplicação do verbete n. 381 do pretório da cidadania. 
Anatocismo. Periodicidade inferior à anual. Art. 5º da Medida 
Provisória nº 1.963-17, reeditada pela 2.170-36. Permissividade 
a partir de 31-3-00 desde que pactuada impossibilidade. 
Comando normativo que foi declarado inconstitucional por esta 
corte na arguição de inconstitucionalidade em apelação cível n. 
2007.059574-4/0001.00, julgada sob a batuta do 
desembargador Lédio rosa de Andrade, em 16-2-11. Extensão 
de seus efeitos a este julgado. Inexistência de avença no caso 
concreto. Pretensão de cobrança implícita que ofende a regra 
contida no art. 6º, inciso III, do código consumerista. 
Impossibilidade de exigência, em tese, em qualquer intervalo de 
tempo. Caso concreto em que foi autorizada a incidência do 
encargo na modalidade ânua, sem que houvesse irresignação 
da consumidora. Manutenção do decisum que se impõe, sob 
pena de reformatio in pejus. Descaracterização do 
inadimplemento. Existência de abusividade contratual no 
período de normalidade. Impontualidade por ausência de culpa 
da devedora. Aplicação do art. 396 do Código Civil. Aresto do 
Superior Tribunal de Justiça pacificando o entendimento em 
decisão proferida no julgamento de recurso das questões 
idênticas que caracterizam multiplicidade. Mora desconfigurada. 
Encargos do período de inadimplência que passam a ser 
exigíveis empós a realização dos cálculos em fase de 
cumprimento da sentença e se decorrido in albis o prazo 
assinado pelo togado a quo ao cumprimento da obrigação. 
Sentença mantida quanto ao tema. Repetição do indébito. 
Prescindibilidade de produção da prova do vício. Inteligência do 
art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. Aplicação do 
verbete n. 322, do Superior Tribunal de Justiça. 
Permissibilidade na forma simples. Compensação dos créditos. 
Partes reciprocamente credoras e devedoras. Incidência do art. 
368 do Código Civil. Decisum inalterado neste viés. Ônus de 
sucumbência. Pleito de alteração em razão do acolhimento do 
apelo. Manutenção in totum da sentença que redunda no 
inacolhimento do pedido. Honorários advocatícios. Almejada 
redução do estipêndio arbitrado em favor da causídica da 
autora. Impossibilidade de albergue. Verba honorária fixada em 
consonância aos balizamentos insertos nas alíneas "a", "b" e 
"c", § 3º, do art. 20 do código buzaid. Rebeldia da autora não 
conhecido e recurso do réu improvido. (TJSC - AC 
2014.008528-3; Araranguá; Quarta Câmara de Direito 
Comercial; Rel. Des. José Carlos Carstens Kohler; Julg. 
25/02/2014; DJSC 05/03/2014; Pág. 213) 
 
 
c.3) Da comissão de permanência 
 
Em caso de incidênciade tal encargo, deve ser declarada nula a cláusula que 
prevê a cobrança do referido encargo, uma vez que é vedada cumulação da 
comissão de permanência com os demais encargos moratórios. 
 
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Por oportuno, colaciona-se o seguinte julgado: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE 
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO GARANTIDO POR 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. INCIDÊNCIA DO CDC. No contrato 
de cédula de crédito bancário garantido por alienação fiduciária, 
é certa a incidência do Código de Defesa do Consumidor, como 
prevê o seu art. 3º, § 2º, assim como do art. 166 do Código 
Civil, que autorizam a sua revisão. Súmula 297 do STJ. TAXA 
DE JUROS REMUNERATÓRIOS. Diante da pequena diferença 
entre os percentuais, tenho que os juros remuneratórios 
contratados estão de acordo com a taxa média de mercado 
fixada pelo Banco Central para a época do contrato. 
Jurisprudência consolidada do STJ - Resp. 1.061.530. 
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. Válida, desde que pactuada. 
Entretanto, não poderá ultrapassar a soma dos encargos 
remuneratórios e moratórios previstos no contrato, ou seja: a) 
juros remuneratórios à taxa média de mercado, não podendo 
ultrapassar o percentual contratado para o período da 
normalidade; b) juros moratórios até o limite de 12% ao ano e c) 
multa contratual limitada a 2% do valor da prestação. 
Paradigma do STJ. RESP 1.058.114-RS. Inviabilidade da 
cumulação da comissão de permanência com correção 
monetária, juros remuneratórios e demais encargos moratórios 
(Súmula 472 do STJ). CAPITALIZAÇÃO. A capitalização 
mensal de juros é permitida, diante da expressa contratação, 
nos contratos de cédula de crédito bancário, de acordo com a 
Lei nº 10.931/2004. MORA. Não evidenciadas 
ilegalidades/abusividades em encargos exigidos no período da 
normalidade contratual, configurada está a mora. RESP. 
1.061.530. JUROS MORATÓRIOS. Os juros moratórios são de 
1% ao mês, conforme disposto no Resp. 1.061.530. Todavia, 
diante da manutenção da cobrança da comissão de 
permanência, resta vedada a incidência dos juros moratórios, 
porque vedada a sua cumulação. MULTA. A multa contratual, 
em caso de mora, incide no percentual de 2% sobre o valor da 
parcela inadimplida. Todavia, diante da manutenção da 
cobrança da comissão de permanência, resta vedada a 
incidência da multa, porque vedada a sua cumulação. 
CORREÇÃO MONETÁRIA. Face à pactuação da comissão de 
permanência, mostra-se descabida a incidência da correção 
monetária após o vencimento da dívida (Súmula 30 do STJ). 
(...) Precedente STJ. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Admite-se a 
repetição do indébito, de forma simples, de valores pagos em 
virtude de cláusulas ilegais, em razão do princípio que veda o 
enriquecimento injustificado da parte credora. LIBERAÇÃO DO 
GRAVAME SOBRE O VEÍCULO. Não prosperam os pedidos de 
consolidação da posse e propriedade e de transferência do 
veículo, junto ao DETRAN, sem prova da quitação do contrato, 
o que somente poderá ser obtido após a elaboração do cálculo 
da dívida, com a observação dos parâmetros fixados no 
julgado. PREQUESTIONAMENTO. Na linha decisória do 
acórdão, não há falar em negativa de vigência a qualquer 
dispositivo legal. Apelação Cível parcialmente conhecida e, 
nesta parte, parcialmente provida. (Apelação Cível Nº 
70053427621, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Lúcia de Castro Boller, Julgado em 
28/03/2013).” (Grifei). 
 
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CIVIL E BANCÁRIO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
AÇÃO REVISIONAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. 
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. COMISSÃO DE 
PERMANÊNCIA. CARACTERIZAÇÃO DA MORA. REEXAME 
DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE. DANOS 
MORAIS. VALOR IRRISÓRIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. 
INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7/STJ. 
1. Admite-se a capitalização mensal dos juros nos contratos 
bancários celebrados a partir da publicação da MP 1.963-17 
(31.3.00), desde que seja pactuada. 2. É admitida a incidência 
da comissão de permanência desde que pactuada e não 
cumulada com juros remuneratórios, juros moratórios, correção 
monetária e/ou multa contratual. 3. Afastada a abusividade dos 
encargos exigidos no período de normalidade contratual, 
caracteriza-se a mora. 4. Reconhecida a mora, a posse do bem 
dado em garantia deve ser atribuída ao credor. 5. O reexame 
de fatos e provas em Recurso Especial é inadmissível. 6. A 
alteração do valor fixado a título de compensação por danos 
morais somente é possível, em Recurso Especial, nas 
hipóteses em que a quantia estipulada pelo tribunal de origem 
revela-se irrisória ou exagerada. 7. Agravo conhecido. Recurso 
Especial parcialmente provido. (STJ - Ag-REsp 437.833; Proc. 
2013/0389376-0; GO; Terceira Turma; Relª Min. Nancy 
Andrighi; DJE 13/03/2014) 
1. Segundo o entendimento pacificado na 2ª seção (agrg no 
RESP n. 706.368/rs, Rel. Ministra nancy andrighi, unânime, 
DJU de 8.8.2005), a comissão de permanência não pode ser 
cumulada com quaisquer outros encargos remuneratórios ou 
moratórios, nem com correção monetária, o que retira o 
interesse na reforma da decisão agravada. 2. A jurisprudência 
consolidada por intermédio do Enunciado nº 322 da Súmula do 
STJ admite a compensação/repetição simples quando 
verificada a cobrança de encargos ilegais, tendo em vista o 
princípio que veda o enriquecimento sem causa do credor, 
independentemente da comprovação do equívoco no 
pagamento. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. 
(STJ - AgRg-REsp 1.411.822; Proc. 2013/0350266-7; RS; 
Quarta Turma; Relª Minª Isabel Gallotti; DJE 28/02/2014) 
 
c.4) Dos juros moratórios: 
 
No caso em discussão, destaca-se que o AUTOR NÃO SE 
ENCONTRA EM MORA. 
Isso porque a mora representa uma inexecução de obrigação 
diferenciada, representada pelo retardamento injusto ou descumprimento da 
obrigação. 
Nesse viés, aplicável a regra estabelecida no artigo 394 do 
Código Civil, com a complementação disposta no artigo 396 desse mesmo 
Diploma Legal: 
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Art. 394 - Considera-se em mora o devedor que não efetuar 
o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, 
lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. 
 
Art. 396 - Não havendo fato ou omissão imputável ao 
devedor, não incorre este em mora 
 
No mesmo sentido é a posição do Superior Tribunal de Justiça: 
BANCÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. 
REVISÃO CONTRATUAL. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. 
IMPOSSIBILIDADE. JUROS REMUNERATÓRIOS. 
LIMITAÇÃO. TAXA MÉDIA DE MERCADO. CAPITALIZAÇÃO 
DE JUROS. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. 
DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA. REPETIÇÃO DO 
INDÉBITO. POSSIBILIDADE. CADASTROS DE PROTEÇÃO 
AO CRÉDITO. INSCRIÇÃO. REEXAME DE FATOS. 
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. 
INADMISSIBILIDADE. 
1. É vedado aos juízes de primeiro e segundo graus de 
jurisdição julgar, com fundamento no art. 51 do CDC, sem 
pedido expresso, a abusividade de cláusulas nos contratos 
bancários. 2. A estipulação de juros remuneratórios superiores 
a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade. 3. Os juros 
remuneratórios incidem à taxa média de mercado em 
operações da espécie, apurados pelo Banco Central do Brasil, 
quando verificada pelo tribunal de origem a abusividade do 
percentual contratado ou a ausência de contratação expressa. 
4. Admite-se a capitalização mensal dos juros nos contratos 
bancários celebrados a partir da publicação da MP 1.963-17 
(31.3.00), desde que seja pactuada. 5. É admitida a incidência 
da comissão de permanência desde que pactuada e não 
cumulada com juros remuneratórios, juros moratórios, correção 
monetária e/ou multa contratual. 6. Reconhecida a abusividade 
dos encargos exigidos no período de normalidade contratual, 
descarateriza-se a mora. 7. A repetição simples e/ou 
compensação dos valores pagos a maior, nos contratos 
bancários, independe da prova de que o devedor tenharealizado o pagamento por erro. 8. A abstenção da 
inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes, requerida 
em antecipação de tutela e/ou medida cautelar, somente será 
deferida se, cumulativamente: a) a ação for fundada em 
questionamento integral ou parcial do débito; b) houver 
demonstração de que a cobrança indevida se funda na 
aparência do bom direito e em jurisprudência consolidada do 
STF ou STJ; c) houver depósito da parcela incontroversa ou for 
prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do juiz. 
9. O reexame de fatos e a interpretação de cláusulas 
contratuais em Recurso Especial são inadmissíveis. 10. 
Recurso Especial parcialmente conhecido e provido. (STJ - 
REsp 1.430.348; Proc. 2014/0008686-5; RS; Relª Minª Nancy 
Andrighi; DJE 14/02/2014) 
 
Tal posição é corroborada na lição de Cláudia Lima Marques: 
“Superadas as dúvidas interpretativas iniciais, a doutrina 
majoritária conclui que a nulidade dos arts. 51 e 53 é uma 
nulidade cominada de absoluta (art. 145, V, do CC/1916 e art. 
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166, VI e VII, do CC/2002, como indica o art. 1º do CDC e 
reforça o art. 7º, caput, deste Código. 
( . . . ) 
Quanto à eventual abusividade de cláusulas de remuneração e 
das cláusulas acessórias de remuneração, quatro categorias ou 
tipos de problemas foram identificados pela jurisprudência 
brasileira nestes anos de vigência do CDC: 1) as cláusulas de 
remuneração variável conforme a vontade do fornecedor, seja 
através da indicação de vários índices ou indexadores 
econômicos, seja através da imposição de ‘regimes especiais’ 
não previamente informados; 2) as cláusulas que permitem o 
somatório ou a repetição de remunerações, de juros sobre 
juros, de duplo pagamento pelo mesmo ato, cláusulas que 
estabelecem um verdadeiro bis in idem remuneratório; 3) 
cláusulas de imposição de índices unilaterais para o reajuste ou 
de correção monetária desequilibradora do sinalagma inicial; 
cláusulas de juros irrazoáveis. “(MARQUES, Cláudio Lima. 
Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 6ª Ed. São 
Paulo: RT, 2011, pp. 942-1139) 
 
E também a doutrina de Washington de Barros Monteiro: 
“A mora do primeiro apresenta, assim, um lado objetivo e um 
lado subjetivo. O lado objetivo decorre da não realização do 
pagamento no tempo, lugar e forma convencionados; o lado 
subjetivo descansa na culpa do devedor. Este é o elemento 
essencial ou conceitual da mora solvendi. Inexistindo fato ou 
omissão imputável ao devedor, não incide este em mora. Assim 
se expressa o art. 396 do Código Civil de 2002. “ (Monteiro, 
Washington de Barros. Curso de Direito Civil. 35ª Ed. São 
Paulo: Saraiva, 2010, vol. 4, p. 368) 
 
Além disso, advertem Cristiano Chaves de Farias e Nélson 
Rosenvald: 
“Reconhecido o abuso do direito na cobrança do crédito, resta 
completamente descaracterizada a mora solvendi. Muito pelo 
contrário, a mora será do credor, pois a cobrança de valores 
indevidos gera no devedor razoável perplexidade, pois não 
sabe se postula a purga da mora ou se contesta a ação. “ 
(Farias, Cristiano Chaves de; Rosenvald, Nelson. Direito das 
Obrigações. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 471) 
 
Na mesma linha de raciocínio, Sílvio Rodrigues assevera: 
“Da conjunção dos arts. 394 e 396 do Código Civil se deduz 
que sem culpa do devedor não há mora. Se houve atraso, mas 
o mesmo não resultar de dolo, negligência ou imprudência do 
devedor, não se pode falar em mora. “ ( In, Direito civil: parte 
geral das obrigações. 32ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 
245). 
 
Verificado o entendimento uniforme da jurisprudência e da 
doutrina quanto a aplicação dos artigos 394 e 396 do CC, resta inquestionavel o 
fato de que a mora cristaliza o retardamento por um fato, quando imputável ao 
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devedor, o que vale dizer que, se o credor exige o pagamento com encargos 
excessivos, o que deverá ser apurado em momento oportuno, retira do 
devedor a possibilidade de arcar com a obrigação assumida, não 
podendo-lhe ser imputados os efeitos da mora. 
 
Assim, constatada a cobrança de encargos abusivos durante o 
período da “normalidade contratual”, necessário o afastamento da eventual 
condição de mora da parte autora. 
 
Inclusive, merece destaque o entendimento do Superior 
Tribunal de Justiça, ao concluir o julgamento de recurso repetitivo sobre revisão 
de contrato bancário (REsp nº. 1.061.530/RS), quanto ao tema da “configuração 
da mora”: 
 
a) O reconhecimento da abusividade nos encargos 
exigidos no período da normalidade contratual (juros remuneratórios e 
capitalização) descaracteriza a mora; 
 
b) Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de 
ação revisional, nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade 
incidir sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência 
contratual. “ 
 
Do mesmo acórdão, merece destaque ainda, o entendimento 
de que: 
“Os encargos abusivos que possuem potencial para 
descaracterizar a mora são, portanto, aqueles relativos ao 
chamado ‘período da normalidade’, ou seja, aqueles 
encargos que naturalmente incidem antes mesmo de 
configurada a mora.” 
 
Diante do que se apresenta, imprescindível o afastamento dos 
encargos moratórios, ou seja, da comissão de permanência, multa contratual e 
juros moratórios do contrato ora em liça. 
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c.5) Da venda casada: 
 
Para ser aprovado o financiamento, a parte autora foi 
condicionada a compra de um Seguro de Proteção Cobertura Premiada e 
demais serviços, o qual a autora foi obrigada a aderir adesivamente. Cabe 
ressaltar que a venda casada é prática vedada nas relações de consumo, na 
medida em que é defeso ao fornecedor condicionar o fornecimento de produto 
ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, conforme dispõe o 
art. 39, I, do CDC. 
 
A venda casada consiste na vinculação de um produto ou 
serviço a outro produto ou serviço não desejado pelo consumidor, ocasionando 
interferência indevida na vontade de contratar e o enfraquecimento do poder de 
escolha. 
 
A exigência da contratação de seguro para a celebração de 
contrato bancário realizado por administradoras de cartão de crédito ou 
instituições financeiras configura a denominada venda casada. 
 
A pratica da venda de seguros como condição para constituir ou 
refinanciar valores junto a financeira é expressamente proibida pela CDC: 
 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS DE CARTÃO DE 
CRÉDITO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE 
NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADA COM PEDIDO DE 
RESSARCIMENTO. VENDA CASADA. SEGURO. 
ABUSIVIDADE. A denominada venda casada é prática abusiva 
vedada nas relações de consumo conforme dispõe o inciso I do 
artigo 39 do CDC. Presume-se venda casada o contrato de 
seguro realizado na mesma data do contrato de cartão de 
crédito. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Demonstrado o prejuízo 
advindo da falha na prestação dos serviços, a instituição 
financeira deve restituir, de forma simples, a quantia 
indevidamente paga. APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível 
Nº 70050760842, Vigésima Quarta Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em 
27/03/2013). (Grifei). 
 
 
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c.6 - TAC, TEC e tarifas genéricas: 
 
Excelência, evidentemente, não há qualquer contraprestação 
em favor do contratante que justificasse a cobrança da Taxa de Análise de 
Crédito (TAC), Taxa de Emissão de Carnê (TEC) e tarifas genéricas, tendo, 
assim, que tal valor ser suportado pela instituição financeira eis que decorrente 
da atividade comercial desenvolvida. 
 
Efetivamente, tais cobranças não integram a remuneração 
ordinária da instituição financeira, que é atendida quando da cobrança dos juros 
e respectivacapitalização. 
 
Assim sendo, não se vislumbra “serviço remunerável” de forma 
autônoma a análise do crédito do contratante, para a confecção do contrato, 
que justifique a cobrança das taxar /tarifas descritas, considerando que se trata 
de operação rápida, informatizada e sem necessidade de diligências custosas. 
 
Ora, vale salientar, seguindo argumentação ad absurdum (entre 
outras lições, acerca do tema vale mencionar o magistério de Tércio Sampaio 
Ferraz Júnior in Introdução ao Estudo do Direito - técnica, decisão, dominação. 
São Paulo: Atlas, 1988. p. 307), que o eventual reconhecimento de custo da 
operação ensejaria a cobrança da aludida “taxa” de todos os que busquem 
contratação, ainda que tenha o crédito negado. 
 
Neste ponto, como bem observado pela Des. Breno Pereira da 
Costa Vasconcellos, relator da Apelação Cível Nº 70025255894, TJRS , a taxa 
genericamente chamada de abertura de crédito, também designada tarifa de 
abertura de crédito, comissão de abertura de crédito, taxa de análise de ficha 
cadastral, tarifa de análise de crédito, comissão de operações ativas, "tarifa 
bancária", taxa de abertura de cadastro, é inexigível, pois atribui valor ao 
encargo, sem esclarecer sua finalidade. 
 
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Seguindo por tal trilha, de igual forma a Taxa de Emissão de 
Carnê (TEC) não possui correlação com custo extra, considerando que se 
apresenta como a única forma de pagamento disponibilizada ao contratante. 
 
No mesmo sentido, como apontado pelo Min. Aldir Passarinho 
Junior, no julgamento do Agravo Regimental no Resp nº 899287 
(2006/0237480-5 - 07/05/2007): “o atual posicionamento da e. 2ª Seção, que 
considera que a cobrança do crédito com acréscimos indevidos, como por 
exemplo, as tarifas de emissão de carnê, de abertura de crédito e a 'bancária', 
por exclusiva iniciativa do credor, não tem o condão de constituir o devedor em 
mora, porque dificultado o pagamento, causando a impontualidade.” 
Por tais razões, REQUER o reconhecimento da ilegalidade da 
cobrança de tais encargos. 
 
c.7 - Imposto de operações financeiras (IOF): 
 
No que diz com a cobrança do IOF, embora seja legalmente 
permitida a cobrança, é abusiva na forma contratada, porque nos valores 
mensalmente cobrados já estão embutidos demais encargos contratados. 
Assim, requer seja reconhecido que a sua cobrança não poderá ser feita de 
forma diluída nas parcelas mensais. 
 
No caso dos autos, Excelência, entende-se que é indevida a 
cobrança do IOF de forma diluída, o que deverá ser acolhido, conforme 
jurisprudência que segue no mesmo entendimento, com a devida vênia, como 
razões a serem seguidas em sua respeitável decisão: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. REVISÃO DE 
CONTRATO. APLICAÇÃO DO CDC. DISPOSIÇÕES DE 
OFÍCIO. JUROS REMUNERATÓRIOS. CAPITALIZAÇÃO DE 
JUROS. DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. TAXA DE 
ABERTURA DE CRÉDITO. TARIFA DE EMISSÃO DE CARNÊ. 
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS. DA MORA. 
COMPENSAÇÃO DE VALORES E REPETIÇÃO DO 
INDÉBITO. PREQUESTIONAMENTO. DA APLICAÇÃO DO 
CDC E DOS CONTRATOS DE ADESÃO. (...) IMPOSTO 
SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS. Embora seja legalmente 
permitida a cobrança de IOF, é abusiva na forma contratada, 
porque nos valores mensalmente cobrados já estão embutidos 
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demais encargos contratados. Assim, sua cobrança não pode 
ser feita em forma diluída nas parcelas mensais (...). APELOS 
PARCIALMENTE PROVIDOS. (Apelação Cível Nº 
70041956723, Décima Quarta Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Roberto Sbravati, Julgado em 
09/06/2011).”(Grifei). 
 
 
 
 
 
c.8 - Emissão de Título de Crédito: 
 
No que se refere à emissão do título de crédito Nota 
Promissória, entende-se que deverá ser acolhido o pedido de determinação de 
cancelamento de eventual protesto, uma vez que, reconhecida a ilegalidade de 
qualquer cláusula do contrato, é de ser declarado nulo o respectivo título. 
 
Nesse sentido, com a devida vênia, colaciona-se o aresto do 
Tribunal: 
 
Ementa: Apelação cível. Ação revisional de cédula de crédito 
bancário, com pacto adjeto de alienação fiduciária. Ausência de 
interesse recursal do autor quanto aos pleitos de vedação da 
inscrição do financiado em cadastros restritivos de crédito, 
manutenção de posse do bem, depósito judicial de valores, 
repetição e compensação de valores. Não conhecimento. 
Mérito. Aplicabilidade do CDC. Juros remuneratórios à taxa 
média de mercado apurada pelo Bacen. Juros moratórios em 
um por cento ao mês. Precedente. Cabimento da capitalização 
mensal de juros, quando contratada. REsp nº 973.827/RS. 
Legalidade da comissão de permanência à taxa média dos 
juros de mercado apurada pelo Bacen, limitada à soma de 
encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato e 
não cumulada com juros remuneratórios, juros moratórios, 
multa moratória ou correção monetária. Multa moratória 
mantida em 2%. Verificadas ilegalidades no contrato, a mora vai 
afastada. Multa diária por descumprimento. Majoração. 
Nulidade da nota promissória emitida como garantia do 
contrato. Descabimento da liberação do gravame junto ao 
DETRAN. Apelo do autor, em parte, conhecido e, onde 
conhecido, parcialmente provido e apelo do réu, em parte, 
provido. (Apelação Cível Nº 70060291184, Décima Terceira 
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Breno 
Pereira da Costa Vasconcellos, Julgado em 10/07/2014) 
 
c.9 - Compensação de valores: 
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Em vista do que restou exposto na fundamentação supra, 
eventuais valores pagos a maior deverão ser compensados. 
 
Registre-se que o fato de ter sido excluída a cobrança da 
comissão de permanência, afastada a cobrança da TAC, TEC e tarifas 
genéricas, mais o reconhecimento dos Juros Abusivos, tem-se que deverá ser 
afastada a mora da parte contratante, pois os denominados “encargos do 
período da normalidade”, não foram respeitados pela Instituição Financeira, de 
acordo com a Tabela de Juros fornecida pelo Banco Central do Brasil para os 
contratos de mesma modalidade do contrato sub judice. 
 
Por tais razões, requer sejam declarados abusivos e, ainda, 
seja reconhecida a abusividade dos encargos cobrados dentro do período da 
inadimplência, assim, afastando, portanto, a caracterização da mora do 
demandante. 
 
D – DO CANCELAMENTO DO DESCONTO QUE ULTRAPASSA A MARGEM 
CONSIGNÁVEL (30%) E DA IMPENHORABILIDADE DO SALÁRIO 
 
 
A revisão contratual também se refere ao cancelamento dos 
descontos e restituição dos valores do salário da parte autora até o limite da 
margem consignável (30%) – O SALÁRIO – no qual é utilizado para o seu 
próprio sustento e de sua família, consoante prevê o Código Civil Brasileiro, que 
veda a cobrança de juros superiores a 12% ao ano, ao Decreto 22.262/33, à Lei 
4.594/64, verbete sumular n.º 121 do STF e, em especial, ao Código de Defesa 
do Consumidor, sem contar com a farta jurisprudência de Tribunais de todas as 
localidades amparando consumidores há muito explorados pelas operadoras de 
crédito. 
 
Nos documentos a serem juntados, se verá claramente, o 
excesso na cobrança de juros e correção, muito superior ao determinado em 
lei, sendo isto, um abuso, um absurdo. Só estes índices, demonstram o direito 
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da parte autora à revisão de toda a contratualidade, com total procedência de 
seus pedidos. 
 
Trata-se, na verdade, de juros remuneratórios pactuados acima 
do permitido legal, art. 406 do Código Civil, o que viola a legislação 
constitucional e infraconstitucional, merecendo que sejam declaradas ilegais e 
abusivas as cláusulas que estipulam sua cobrança nestes patamares, o que 
deverá ser apontado em liquidaçãode sentença. 
 
O requerido vem realizando descontos / débitos absurdos 
mensalmente e aumentando diariamente o montante devido na conta-corrente / 
conta-salário da parte autora, contudo, não verificou o dispositivo descrito no 
artigo 649, IV do Código Civil Brasileiro, ou seja, in verbis: 
 
Art. 649 – São absolutamente impenhoráveis: 
(...) 
 
IV – os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, 
proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as 
quantias recebidas por liberalidade de terceiros e destinadas ao 
sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador 
autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o 
disposto no §3º deste artigo. 
(grifamos) 
 
Conforme notícia extraída do site jusbrasil.com.br : 
 
Banco do Brasil é condenado por reter salário de correntista 
para saldar empréstimo!!! 
 
Extraído de: Expresso da Notícia - 29 de Dezembro de 2008 
 
“O Banco do Brasil deve restituir, com juros e correção 
monetária, os salários indevidamente descontados da conta-
corrente de um cliente para pagamento de empréstimos e 
pagar-lhe indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil, 
corrigidos desde a data do primeiro desconto irregular. A 
decisão, unânime, é da Terceira Turma do Superior Tribunal de 
Justiça. 
 
O cliente aguardava sua restituição do imposto de renda para 
saldar empréstimo referente à antecipação desse valor. 
Vencido o prazo do pagamento, o banco realizou o desconto do 
valor devido em sua conta-corrente e, como não encontrou 
saldo suficiente, passou a reter o valor integral de sua 
aposentadoria para o pagamento de vários empréstimos 
contratados junto à instituição bancária. Segundo os autos, o 
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cliente contraiu empréstimos no valor de R$ 25.832,21, pagou 
R$ 20.167,61 entre juros e principal e ainda permaneceu com 
um saldo devedor de R$ 26.476,29. 
O correntista ingressou na Justiça requerendo a restituição 
integral dos salários retidos - R$ 31.530,32 - e indenização por 
danos morais. O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou o 
pedido de danos morais improcedente por entender que o 
cliente teve evidente proveito econômico pela contratação dos 
empréstimos e que o desconto em folha estava previsto em 
contrato. 
 
Segundo a relatora, ministra Nancy Andrighi, em situações 
análogas, o STJ considerou que o devedor, ao ter seu salário 
irregularmente excutido, de forma extrajudicial, tão logo 
depositado em sua conta-corrente, faz jus à reparação dos 
danos morais sofridos. Citando precedentes da Corte, ela 
reiterou que, ainda que expressamente ajustada, a retenção 
integral do salário do correntista com o propósito de honrar 
débito deste com a instituição bancária enseja a reparação 
moral. 
 
A ministra também destacou, em seu voto, que a apropriação 
integral do salário coloca em xeque a sobrevivência do devedor 
e que sua aceitação significa admitir que o credor tem direito a 
retirar do devedor, impunemente, os meios necessários à sua 
sobrevivência e de seus familiares, sujeitando-os à condição 
indigna de vida. 
 
Sustentou, ainda, que desconto em folha de pagamento é 
diferente de desconto em conta-corrente, tanto é que, no caso 
de contrato de empréstimo consignado, a cláusula de desconto 
em folha de pagamento é válida dentro de limites certos e em 
conformidade com a legislação especifica, porque o tomador do 
empréstimo se beneficia de condições vantajosas, como juros 
reduzidos e prazos mais longos. 
 
Para outras formas de empréstimo, onde não se vê a 
comutação clara entre garantias e formas mais vantajosas de 
pagamento, o STJ entende que, em nosso ordenamento 
jurídico, nem mesmo ao Poder Judiciário é licito penhorar 
salários no processo de execução", ressaltou. Para a relatora, a 
autorização contratual para que o credor se aproprie do salário 
pago ao devedor constitui evidente fraude ao artigo 649 , IV, do 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-
civil-lei-5869-73CPC , cabendo ao banco obter o pagamento da 
dívida em ação judicial.” 
 
Assim, não está ocorrendo o resguardo de um dos princípios 
basilares da Constituição Federal, qual seja, o da dignidade da pessoa humana, 
uma vez que está ocorrendo o extravasamento do patamar de descontos em 
folha de pagamento da parte da Agravante, ultrapassando os 70% dos 
vencimentos percebidos pela mesma. 
 
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Com isso, existe jurisprudência pacificada pelo Colendo 
Superior Tribunal de Justiça. Vejamos: 
 
DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO CONSIGNADO. 
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. LIMITE DE 30%. 
NORMATIZAÇÃO FEDERAL. 1. O decisum vergastado, ao 
estabelecer o limite de desconto consignado em 70% (setenta 
por cento) do valor bruto do vencimento da agravada, destoa da 
orientação do STJ, no sentido de que tal limite deve ser de 30% 
(trinta por cento) dos rendimentos líquidos do servidor público. 
2. Os descontos de empréstimos na folha de pagamento são 
limitados ao percentual de 30% (trinta por cento) em razão da 
natureza alimentar dos vencimentos e do princípio da 
razoabilidade. 3. Agravo Regimental não provido. (STJ , 
Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 
15/05/2014, T2 - SEGUNDA TURMA) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - AÇÃO 
ORDINÁRIA DE PRECEITO COMINATÓRIO - DECISÃO 
MONOCRÁTICA DANDO PROVIMENTO AO RECURSO 
ESPECIAL. IRRESIGNAÇÃO DA CASA BANCÁRIA. 1. Esta 
Corte Superior já reconheceu a validade da cláusula contratual 
que autoriza o desconto em folha de pagamento das parcelas 
do contrato de mútuo, pois é circunstância especial facilitadora 
da concessão do crédito em condições de juros e prazos mais 
vantajosos para o mutuário. Todavia, deve ser limitado a 30% 
dos rendimentos do trabalhador, tendo em vista o seu caráter 
alimentar e sua imprescindibilidade para manutenção do 
mutuário. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido, com 
aplicação de multa. (STJ , Relator: Ministro MARCO BUZZI, 
Data de Julgamento: 11/02/2014, T4 - QUARTA TURMA) 
 
 
Por estes motivos supra mencionados SALIENTA-SE que o 
SALÁRIO tem caráter ALIMENTAR e portanto devem ser limitados os seus 
descontos, bem como ordenada sua IMPENHORABILIDADE pelo nobre 
Magistrado. 
 
E – DOS REQUERIMENTOS: 
 
Pelo exposto, requer-se de Vossa Excelência: 
 
A) Seja deferida a Antecipação de Tutela, a fim de proibir 
(abstenção) do cadastramento da Autora nos órgãos restritivos de crédito (SPC, 
SERASA, SISBACEN e etc.), bem como, já tendo sido efetuada a inscrição, a 
retirada imediata do nome da parte autora no respectivo órgão, MEDIANTE A 
EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS; 
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B) Seja deferido o depósito judicial das parcelas restantes ao 
VALOR INCONTROVERSO AINDA DEVIDO, ou seja, XX (XXXX) parcelas 
faltantes no valor de R$ XX,XX (XXXXXXXXX reais) e mais XX (XXXX) 
parcelas faltantes no valor de R$ XX,XX (XXXXXXXX reais), ambas acrescidas 
de juros de 12 % ao ano, mais IGP-M, em conformidade com o paragrafo único 
do artigo 285-B do CPC, condicionando, assim, a MANUTENÇÃO DA POSSE 
DO BEM; 
 
C) Seja condenada a parte ré a devolução do valor referente 
aos valores pagos na venda casada de seguro e demais serviços; 
 
D) Seja citada a Requerida, na pessoa que legalmente a 
represente, através de carta com aviso de recebimento, (AR/MP) para que, 
querendo, contestem a presente ação no prazo legal, sob pena de revelia; 
 
E) Seja julgado procedente a presente revisão para limitar os 
juros remuneratórios em 12% ao ano ou de acordo com a taxa média do 
mercado na época da contratação, excluindo a capitalização mensal dos 
encargos financeiros, afastando a cobrança de comissão de permanência e 
limitando os juros moratórios em 12% ao ano; 
 
F) Determine-se a exclusão, de todos os juros cobrados acima 
do limiteconstitucional; 
 
G) Seja reconhecido que há ilegalidade na cobrança das taxas 
(TAC e TEC) e demais encargos; 
 
H) Seja reconhecido que a cobrança do IOF não poderá ser 
feita de forma diluída nas parcelas mensais, sendo tal prática, declarada 
abusiva; 
 
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I) Seja determinado o cancelamento de eventual protesto, uma 
vez que reconhecida a ilegalidade de qualquer cláusula do contrato, deverá ser 
declarado nulo o respectivo título; 
 
J) Sejam eventuais valores pagos a maior compensados, 
afastando, assim, durante o período de inadimplência, a mora do demandante; 
 
K) Seja a REQUERIDA intimada para proceder com a juntada 
do contrato de financiamento; planilha indicando os juros aplicados durante a 
vigência do mesmo e o contrato social com as devidas alterações, sob as 
penas do artigo 359 do CPC; 
 
L) A inversão do ônus da prova, de acordo com o artigo 6º, 
inciso VIII, por estar caracterizada a relação de consumo entre as partes; 
 
M) Que seja concedida medida cautelar, ordenando a 
expedição de ofícios para a EXCLUSÃO DOS DESCONTOS ACIMA DO 
PERMISSIVO LEGAL (Limite da Margem Consignável em sua Folha de 
Pagamento); 
 
N) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente pericial e testemunhal; 
 
O) A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, de acordo 
com a Lei nº 1060/50; 
 
P) A condenação da Requerida ao pagamento de custas 
processuais e honorários advocatícios; 
 
Dá-se à causa o valor de alçada R$ XX.XXX,XX. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Cidade, Data. 
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p.p. Advogado 
OAB/UF XX.XXX 
 
3. MODELO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
INDEFERIMENTO PEDIDO LIMINAR 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXXXXXXXXX. 
 
 
Distribuição de urgência face o pedido liminar! 
 
 
 
Processo: XXXXXXXXXXXXXX 
 
AÇÃO: DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C REVISIONAL DE DÍVIDA DE 
FINANCIAMENTO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
Origem: XXª Vara Cível do Foro da Comarca de XXXXXXXXXX/XX. 
 
 
FULANO DA SILVA, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, estado 
civil, profissão, com endereço na Rua xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade 
de xxxxxxxxxx; representado neste ato por seu procurador constituído, conforme 
procuração em anexo; vem através de seu advogado, infra assinado, (cópia de 
procuração em anexo), inconformada, “data vênia”, com a r. decisão proferida, que 
indeferiu os pedidos liminares pleiteados de não inclusão, ou caso já tenha 
incluído, de exclusão do nome da parte autora dos órgãos de proteção ao 
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crédito, ou seja, SPC, SERASA, BACEN; bem como, a manutenção de posse do 
bem em questão, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o 
presente AGRAVO DE INSTRUMENTO com pedido URGENTE DE LIMINAR, 
mediante as razões que adiante aduz, requer assim, que seja o mesmo recebido, 
autuado e julgado procedente, nos termos dos arts, 522 e segs. do CPC., para tanto, 
anexa a presente, cópias dos documentos pertinentes os quais o advogado 
firmatário declara autenticas, ou seja: peça exordial, cópia da decisão agravada, 
certidão de intimação, procuração e documentos comprobatórios do alegado direito e 
do decisum atacado. 
 
Informa que a parte autora faz jus ao Benefício de Assistência 
Judiciária Gratuita, por essa razão inexistem guias referentes ao preparo e ao 
porte de remessa e retorno do presente recurso de Agravo de Instrumento. 
 
Termos em que, pede e espera deferimento. 
 
CIDADE, XX de XXXXXXXXXX de 2014. 
 
 
p.p. Advogado 
OAB/UF XX.XXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGRAVANTE: FULANO DA SILVA, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, 
nacionalidade, estado civil, profissão, com endereço na Rua xxxxxxxxxx, nº. xxxx, 
Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx. 
 
AGRAVADO: BANCO XXXXXXXX S.A., representada pela sua 
agência na Avenida XXXXXXXXXXXXX, n° XXX, bairro XXXXXXXXX, na cidade de 
XXXXX/XX, CEP: XXXXX-XXX. 
 
OBS: AGRAVADO sem representação nos autos (ainda não foi 
citado). 
 
RAZÕES DO AGRAVANTE 
 
 
EGRÉGIA CÂMARA, 
 
 
EMÉRITOS JULGADORES ! 
 
 
PRELIMINARMENTE: 
 
 
 
Primeiramente, requer seja apreciado o conteúdo do artigo abaixo, 
recepcionado pelo vigente Código de Processo Civil: 
 
“Art. 285-B. Nos litígios que tenham por objeto obrigações 
decorrentes de empréstimo, financiamento ou 
arrendamento mercantil, o autor deverá discriminar na 
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petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas 
que pretende controverter, quantificando o valor 
incontroverso. (Acrescentado pela L-012.810-2013) 
Parágrafo único. O valor incontroverso deverá continuar 
sendo pago no tempo e modo contratados.” 
 
A parte agravante supra qualificada, interpõe o presente recurso eis 
que, inconformada com a decisão do juízo “a quo”, pois a mesma encontra-se 
superada por nossos tribunais, inclusive os superiores. 
 
Trata-se de ação interposta visando à revisão de CONTRATO DE 
FINANCIAMENTO DIRETO AO CONSUMIDOR DE FINANCIAMENTO COM 
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. A revisão contratual pretendida é no tocante as 
cláusulas abusivas, especialmente aquela que impôs a cobrança de juros muito 
acima do limite legal. 
 
Entendeu aquele juízo em não conceder a liminar antecipatória de 
tutela de não inclusão ou caso já tenha incluído, de exclusão do nome do agravante 
dos órgãos de proteção ao crédito, SPC, SERASA, SISBACEN, bem como, a 
manutenção de posse do bem em questão, principalmente, tendo em vista que o 
automóvel é utilizado para o seu próprio sustento e de sua família, pois a parte 
autora utiliza-se do mesmo para desenvolver sua atividade laboral, sendo, então, 
totalmente dependente do bem alienado. 
 
Tal fato causou estranheza, visto que não fez qualquer referência ao 
Código Civil Brasileiro, que veda a cobrança de juros superiores a 12% ao ano, ao 
Decreto 22.262/33, à Lei 4.594/64, verbete sumular n.º 121 do STF e, em especial, 
ao Código de Defesa do Consumidor, sem contar com a farta jurisprudência de 
tribunais de todas as localidades amparando consumidores há muito explorados 
pelas operadoras de crédito. 
 
Versa a presente ação sobre revisão de cláusulas contratuais 
abusivas, oriundas de CONTRATO DE FINANCIAMENTO DIRETO AO 
CONSUMIDOR DE FINANCIAMENTO COM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA o qual 
originou a cobrança de juros excessivos, capitalização ilegal, taxas encargos e 
correção monetária acima do permissivo legal. 
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Quanto ao contrato em discussão passamos a descrevê-lo passo a 
passo, conforme segue: 
 
 No Contrato de financiamento com alienação fiduciária (em anexo) 
foi concedida à importância de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais) com uma 
entrada de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXX mil reais) para que fosse aprovado o 
financiamento. Contudo em XX (XXXXXXX) parcelas quitadas já pagou a quantia 
de mais de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXXXXXXX), atualizados (memorial de cálculos 
em anexo). Assim, pretende ver as mesmas revisadas. 
 
O referido contrato foi firmado em XX de XXXXXXXXX de 20XX, 
sendo que o pagamento se daria em XX (XXXXXXX) parcelas no valor de R$ 
XXX,XX (XXXXXXXX), já tendo sido pagas XX (XXXXX) parcelas no mesmo valor. 
 
Assim, há vasta legislação que ampara os pedidos do autor, 
bastando tão somente, atentar para a razoabilidade. 
 
Expostas estas notas introdutórias, dedica-se o agravante a aludirrazões com as quais pretende ver revertido o decisum inicial, para tanto colaciona a 
seguir, sem a pretensão de tornar-se enfadonho, algumas decisões dos mais 
diversos tribunais. 
 
Antes, porém, no intuito de perfectibilizar tudo quanto até aqui 
aludido, cumpre relembrar algumas das circunstâncias que fazem parte da presente 
demanda já ventiladas na peça vestibular, a fim de demonstrar de forma cabal que a 
demanda não tem caráter restritivo ao direito do banco requerido, tão pouco cunho 
procrastinatório por parte do ora agravante em cumprir sua obrigação, haja vista que, 
conforme se depreende dos demonstrativos dos pagamentos efetuados, o valor 
cobrado é muito superior do valor correto, valor esse abusivo cobrado pelo BANCO 
XXXXXXXXX S.A., com juros e taxas exorbitantes, muito além do permitido legal. 
 
Ainda assim, impõe seja feita uma NOVAÇÃO por valores absurdos, 
ou seja, um refinanciamento que alcançaria três vezes o valor que o agravado alega 
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ser devido, quando na verdade o agravante está em mora de um valor muito abaixo 
do cobrado, por já ter pagado parte do débito, além de juros absurdos durante toda a 
contratualidade. 
 
De outra banda, evidenciando ainda mais a boa fé da parte 
agravante, requereu ainda fossem autorizados depósitos judiciais, para consignar 
valores para garantia do juízo, ou seja: 
 
 Para o Contrato de financiamento com alienação fiduciária (em 
anexo) fosse autorizado o depósito de XX (XXXXXXXXXX) parcelas mensais no 
valor de R$ XXX,XX (XXXXXXXXXXXXXX), acrescidos mensalmente com juros 
de 12% ao ano mais correção monetária pelo IGP-M; como prova de boa fé e 
para garantia do juízo. 
 
No entanto, estas fortes razões, não foram suficientes para o 
convencimento do juízo a quo, que não viu a fumaça do bom direito, uma vez que o 
agravante nada deve, conforme se verifica no memorial de cálculos. 
 
Assim sendo só restou ao agravante insurgir-se contra aquela 
decisão, remédio este, cabível e utilizado por incontável número de cidadãos no 
sentido de encontrar a necessária proteção, sem incorrer, contudo, em 
descumprimento de obrigação contratual o que lhe acarretaria prejuízos de grande 
monta. 
 
Neste sentido também, é que busca o amparo deste MM. Órgão 
para, através da concessão da medida antecipatória de tutela, obstar o banco réu de 
exercer sua forma coativa de opressão aos consumidores. 
 
Através dos pronunciamentos dos tribunais pátrios adiante aludidos, 
que neste sentido não são poucos, cita o agravante alguns que demonstram 
absoluta pertinência ao caso em tela e, de outra banda, indicam por si só a urgente 
necessidade de reparo da decisão ora agravada: 
 
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Aliás, a 11ª Conclusão do Centro de Estudos do Tribunal de 
Justiça do Estado do Rio Grande do Sul dispõe o seguinte: 
 
“Não ofende direito do credor liminar obstativa 
da inscrição do nome do devedor em banco de 
dados de consumo, assim como impeditiva de 
que o credor comunique a terceiros registro de 
inadimplência que haja procedido em seu 
cadastro interno, durante a pendência de 
processos que tenham por objeto a definição da 
existência do débito ou seu montante”. 
 
Segue precedente do STJ: 
 
“Banco de dados. SERASA. SPC. ACIPREVE. 
Cabe o deferimento de liminar para impedir a 
inscrição do nome do devedor em cadastros de 
inadimplência enquanto tramita ação para definir 
a amplitude do débito. Art. 461, § 3º, do CPC. 
Recurso conhecido, mas improvido” (RESP 
190616/SP, 4ª Turma do STJ, Relator Min. Ruy 
Rosado de Aguiar Jr.) 
 
JUSTIFICATIVA 
 
Os arquivos de consumo apresentam dupla 
modalidade. Ora se estabelecem como bancos de 
dados (SPC, SERASA, CADIN, BACEN, SCI, CCF e 
outros), ora como simples cadastros, elaborados, 
geralmente, à vista de informes do consumidor, 
acrescentando a empresa, por vezes, informes seus. 
Ambos, de qualquer sorte, são considerados como 
entidades de caráter público (§ 4º, art 43, Lei nº 
8.078/90). 
 
Se estiver em debate à existência do débito ou o seu 
montante, não se compreende seja o devedor 
tratado como inadimplente e, via inscrição em 
banco de dados ou pela divulgação do que constar 
no cadastro interno do credor sofra restrição 
creditícia. Ademais, se o devedor tem direito à 
imediata retificação de dados inexatos, § 3º, art. 43, 
CDC, não se compreende que se possibilitem 
lançamentos eventualmente equivocados, sem que 
possam ser de imediato retificado, vez que somente 
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após a definição no processo é que a erronia 
restará definida. 
 
Assim, o art. 42 do CDC afirma que o consumidor 
não pode ser exposto ao ridículo e nem submetido a 
qualquer constrangimento ou ameaça, e o art. 43, § 
1º, diz que o cadastro e dados do consumidor devem 
ser objetivos e verdadeiros. O CDC, nos dois 
assuntos abordados, ao faz qualquer ressalva ou 
distinção entre consumidores adimplentes ou não. 
 
É garantida ao devedor a possibilidade de discussão 
do negócio entabulado com o credor que subjaz ao 
título em discussão, quer porque preenchido com 
valores excessivos, quer porque o serviço da dívida 
não respeita os limites legais. No momento em que o 
devedor exercita esse direito subjetivo e submete ao 
Judiciário a discussão da dívida, apresentando 
argumentos que revelam mínima probabilidade do 
direito em causa, o cadastramento, pelo credor, de 
seu nome perante entidades que detém informações 
cadastrais negativas de crédito, revela-se como 
constrangimento indevido e, em última análise, como 
informação que não corresponde à realidade. 
 
Demais disso, é evidente que o credor não terá 
qualquer prejuízo ao seu crédito, até pelas garantias 
que se cercou no momento da concessão do mesmo 
crédito. Já o devedor certamente sofrerá restrições 
severas e inibitórias de outros negócios, 
praticamente inviabilizando a vida civil, hoje 
fundamentada especialmente no crédito. 
 
Destarte, mostra-se razoável a concessão de 
medida antecipatória do direito do devedor, 
evitando-se a inscrição de seu nome como 
devedor perante o SPC, SERASA, SISBACEM, 
exceto o CADIN conforme julgados de nº 
70012797037 e 70012709937. (Dês. Dorval Bráulio 
Marques – Agr. 70018446484 – 22.03.2007) 
 
Com relação aos cadastros, o seu uso interno à empresa, não se 
pode tolher. A divulgação a terceiros, esta sim, é que pode ser objeto de 
limitação. 
 
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Em decisão liminar no Processo nº 10602319459 da Justiça do 
Estado do Rio Grande do Sul, decidiu o Ilustre Julgador: 
 
1. CITE-SE a Parte ré, que no prazo da contestação 
juntará os documentos pedidos na inicial, comuns e 
relevantes à contratação discutida, com atenção às 
cominações dos arts. 357 a 359, 396 e 183, 
combinados, todos do CPC, no relativo a 
documentos. Pelos termos do art. 300 do CPC, a 
Parte ré especificará e justificará as provas não-
documentais necessárias à defesa. No silêncio, 
incidirá julgamento após a réplica (330, I, do CPC); 
2. O Cartório Judicial, tão-logo decorrido e certificado 
o prazo de contestação (arts. 241 e 297 do CPC), 
intimará a Parte autora para réplica, incluindo que, no 
mesmo prazo, deverá especificar e justificar outras 
provas necessárias à pretensão inicial, 
INDEPENDENTE DE NOVO DESPACHO. No 
silêncio da Parte Autora, quanto à dilação probatória 
legal, será proferido julgamento no estado do 
processo (arts. 183 c/c. 330, I, do CPC). 
3. Antecipação de tutelas: 
a) Depósito judicial de valores que a Parte autora vê 
serem os devidos. 
O depósito judicial dos valores não tem efeito 
liberatório. Contudo, possibilita maior garantia de 
efetividade da responsabilidade patrimonial pela 
Parte autora, sem qualquer prejuízo ao credor.

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