Buscar

EUROPA B - SÓ POPULAÇÃO GEO 9 - CAP 06

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MAR DO
NORTE
LUXEMBURGO
PAÍSES BAIXOS
ALEMANHA
FRANÇA
BRUXELAS
Antuérpia
Liège
F L
A N D R E S
V
A
L
Ô
N I A
50° N
4° L
Zona bilíngue de Bruxelas 
(Línguas holandesa e francesa) 
Língua francesa
Língua holandesa
Língua alemã
CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS
A Europa tem mais de 740 milhões de habitantes distri-
buídos de maneira irregular pelo território. Na porção cen-
tro-ocidental, a densidade demográfica é bastante elevada. 
A maior parte da população está concentrada nas cidades. 
Em áreas de clima de alta montanha ou próximas às regiões 
polares, há vazios demográficos.
Nas últimas décadas, a Europa tem apresentado baixos 
níveis de crescimento populacional em decorrência da 
queda da taxa de natalidade, cujas principais causas são a 
inserção da mulher no mercado de trabalho, o aumento das 
despesas para a criação dos filhos e o planejamento familiar 
facilitado pelos meios contraceptivos.
A expectativa de vida da população europeia está acima 
dos 75 anos; melhorias nas condições de saúde e no sanea-
mento básico reduzem as taxas de mortalidade. Em alguns 
países, como Itália, a população de idosos é superior à de 
jovens. O aumento da expectativa de vida tem exercido 
grande pressão nos sistemas de seguridade social e de 
saúde, levando os governos europeus a rever suas políticas 
públicas.
Atualmente, o crescimento vegetativo europeu é nega-
tivo, porém o crescimento populacional se mantém relati-
vamente estável graças à imigração.
VARIEDADE ÉTNICA 
E LINGUÍSTICA
A população europeia é formada 
basicamente por povos germânicos, 
latinos e eslavos, que migraram para 
o continente europeu vindos de dife-
rentes regiões da Ásia. A variedade
étnica europeia deu origem às dife-
rentes línguas presentes no território.
São 24 línguas oficiais faladas na 
Europa, além de 60 línguas regio-
nais ou minoritárias. Na Bélgica, por 
exemplo, fala-se oficialmente fran-
cês, holandês e alemão (veja o mapa 
ao lado). 
BÉLGICA: LÍNGUAS (2013)
Densidade demográfica
Relação entre a população 
absoluta e a área total que ela 
ocupa.
Crescimento vegetativo
Indica o crescimento 
populacional de determinado 
local, definido pela diferença 
entre o número de nascimentos 
e o número de mortes.
Elaborado com base em dados obtidos em: FERREIRA, Graça M. L. 
Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 90.
SO
N
IA
 V
A
Z
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
40 km
Capítulo 6 – Europa: economia e população 99
2o BIMESTRE – 99
capri
Realce
capri
Realce
capri
Realce
capri
Realce
capri
Sublinhado
capri
Realce
capri
Linha
capri
Realce
https://drive.google.com/file/d/1OAlJ-FRm5ODsusJwTuflJIhHIpv_uSKZ/view?usp=sharing
Sugestão para o estudante:
MUNDOS opostos.
Direção: Cristopher Papakaliatis. Grécia, 2015. Duração: 135 min.
Nesse filme, três histórias paralelas são mostradas na cidade de Atenas atual. Todas estão relacionadas a diferentes tipos de imigração e 
suas consequências estão interligadas.
Síria
Iraque
Afeganistão
Nigéria
Paquistão
Eritreia
Albânia
Bangladesh
Guiné
Irã
0 20 40 60 80 100 120
Pessoas (em milhares)
Pa
ís
FRANÇA
PAÍSES
BAIXOS
BÉLGICA
ITÁLIA
ALEMANHAOCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
GLACIAL
ÁRTICO
0°
ÁFRICA
ÁSIA
MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
MAR
DO
NORTE
45° N LUXEMBURGO
SUÉCIA
NORUEGA
FINLÂNDIA
DINAMARCA
REINO
UNIDO
IRLANDA
ISLÂNDIA
ESPANHAPORTUGAL
ÁUSTRIA
GRÉCIA
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
POLÔNIA
ESLOVÁQUIA
REP.
TCHECA
HUNGRIA
ESLOVÊNIA
CROÁCIA
ROMÊNIA
BULGÁRIA
M
A
R
 B
Á
LT
IC
OM
ER
ID
IA
N
O
 D
E 
G
R
EE
N
W
IC
H
SUÍÇA
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CHIPRE
MALTA
Sem dados
Número de 
pedidos de asilo
1 000
10 000
100 000
500 000
A EUROPA E OS FLUXOS MIGRATÓRIOS
Até a primeira metade do século XX, milhões de europeus saíram do continente. 
Depois da Segunda Guerra Mundial, o fluxo começou a se inverter.
Dados da ONU mostram que cerca de 76 milhões de imigrantes vivem na Europa 
atualmente, principalmente em decorrência da crise socioeconômica em países como 
os do Norte da África e os da América Latina.
PAÍSES DE ORIGEM DOS 10 PRINCIPAIS GRUPOS 
QUE PEDEM ASILO À UNIÃO EUROPEIA (2017)
PEDIDOS DE ASILO NA EUROPA* (2015)
Elaborado com base em dados obtidos em: MIGRANT crisis: 
migration to Europe explained in seven charts. BBC, 4 mar. 
2016. Disponível em: <https://www.bbc.com/news/world-
europe-34131911>. Acesso em: 1 nov. 2018.
Apesar da recessão provocada 
pela crise econômica mundial ini-
ciada em 2008, a Europa continuou a 
atrair imigrantes em busca de melho-
res oportunidades de emprego e 
salários, além de acesso a serviços 
públicos de saúde e educação ofere-
cidos pelos governos.
As causas da imigração
Na Europa, há necessidade de mão 
de obra para executar determinados 
tipos de trabalho, e alguns países, 
sobretudo a França e o Reino Unido, 
atraem jovens nascidos em seus 
antigos territórios coloniais. Além de 
emprego, esses imigrantes procuram 
especialização profissional em uni-
versidades e institutos tecnológicos.
No continente europeu, ocorrem 
migrações de um país para outro, 
principalmente do Leste da Europa 
para a Europa Ocidental. Esses movi-
mentos migratórios são resultantes 
das desigualdades econômicas entre 
as duas regiões.
Perseguições políticas, conflitos 
étnicos e guerras também motivam a 
entrada de imigrantes na Europa. Em 
geral, essas pessoas ingressam como 
refugiados nos países de destino. 
Desde o início do conflito na Síria, 
em 2011, o número de refugiados na 
Europa cresceu muito. 
SO
N
IA
 V
A
Z
A
D
IL
SO
N
 S
EC
C
O
Elaborado com base em dados obtidos em: UNIÃO EUROPEIA. 
Eurostat. Disponível em: <http://appsso.eurostat.ec.europa.eu/
nui/show.do?dataset=migr_asyappctza&lang=en>. Acesso em: 
1 nov. 2018.
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
490 km
100
100 – 2o BIMESTRE
https://www.bbc.com/news/world-europe-34131911
https://www.bbc.com/news/world-europe-34131911
https://www.bbc.com/news/world-europe-34131911
http://appsso.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?dataset=migr_asyappctza&lang=en
http://appsso.eurostat.ec.europa.eu/nui/show.do?dataset=migr_asyappctza&lang=en
capri
Realce
capri
Realce
capri
Realce
capri
Realce
https://www.youtube.com/watch?v=fnDZC4VJw4M
https://www.youtube.com/watch?v=x3AJgkPXA2w
https://www.youtube.com/watch?v=xWq6iFRoDxA
https://mega.nz/file/20YGSTyL#qpRi2jbP0IO2ITAhIwkthLv4Qoi1e8nBtfKfBHJ20io
capri
Realce
A imigração ilegal
Milhares de imigrantes ilegais entram na Europa todos os anos. Essa situação repre-
senta um problema para os governos europeus, que buscam combater a entrada e a 
permanência dessa população em seus territórios sem a permissão oficial do Estado.
Os governos europeus têm uma política de imigração restritiva, mas não são capazes 
de conter o grande fluxo de estrangeiros que entram clandestinamente em seus países. 
A restrição, muitas vezes, é justificada pelo fato de os países europeus não terem condi-
ções estruturais e econômicas para comportar a grande quantidade de imigrantes.
Depois de entrar na Europa, muitos imigrantes ilegais vão trabalhar em locais cuja 
fiscalização é pouco rigorosa ou que exigem baixa qualificação profissional, como o 
setor informal da economia e a construção civil. Grande parte desses trabalhadores 
habita as periferias das metrópoles, onde a moradia costuma ser mais barata.
Xenofobia e racismo
Com a redução do crescimento vegetativo, a Europa tem cada vez menos mão de 
obra disponível. Apesar disso, vários governos europeus tentam diminuir a entrada de 
imigrantes em seus países. A atual situação econômica do continente tem favorecido 
discursos nacionalistas e o surgimento de movimentos xenófobos e racistas.
A charge representa a postura europeia de resistência à entrada de imigrantes. Charge 
produzida por Carlos Latuff e publicada em 30 dez. 2013. NÉSPOLI, G. Com medo de 
"onda" de imigração de búlgaros e romenos, países da EU defendem reformas no bloco. 
Operamundi. Disponível em: <https://operamundi.uol.com.br/noticia/33172/com-medo-de-
onda-de-imigracao-de-bulgaros-e-romenos-paises-da-ue-defendem-reformas-no-bloco>.Acesso em: 01 nov. 2018.
Esse posicionamento intolerante, porém, deve ser revisto, considerando que a mão 
de obra imigrante é de grande importância para vários setores da economia da Europa, 
inclusive para aqueles que exigem empregados com menor qualificação profissional. 
Parte da população europeia se recusa a ocupar postos de trabalho nesses setores por 
ter alta qualificação profissional.
Capítulo 6 – Europa: economia e população 101
2o BIMESTRE – 101
https://operamundi.uol.com.br/noticia/33172/com-medo-de-onda-de-imigracao-de-bulgaros-e-romenos-paises-da-ue-defendem-reformas-no-bloco
https://operamundi.uol.com.br/noticia/33172/com-medo-de-onda-de-imigracao-de-bulgaros-e-romenos-paises-da-ue-defendem-reformas-no-bloco
https://operamundi.uol.com.br/noticia/33172/com-medo-de-onda-de-imigracao-de-bulgaros-e-romenos-paises-da-ue-defendem-reformas-no-bloco
capri
Realce
capri
Sublinhado
https://www.youtube.com/watch?v=geEDmcH1Jpo
https://www.youtube.com/watch?v=vWCwpIigIZw
https://www.youtube.com/watch?v=J9vw4GrtXP4
https://www.youtube.com/watch?v=D22SL9awSHM
https://www.youtube.com/watch?v=wvh0aWStKGo
Cáucaso - mosaico de povos e religiões
Grupos étnicos
Altaicos (turcos e mongóis)
Indo-europeus (russos,
armênios, iranianos)
Caucasianos
Religiões
Cristianismo
Islamismo
Budismo
ConÍlitos étnico-religiosos
Limite de paÍs
Limite de repúblicas e regiões
autônomas
F0NTE: E aboÍado com base em [,4ATHlEU, J.-1., 2001 C1npact waild
aías, 200'1: DUBY G., 1996
País Basco - Euskadi
'- 42" N
Repúblicas e regiões
autônomasìn
im
iffi
:
:
It
ij'
io
Iì*
:
\
(
ì
\ \
Newtonaooey j
{
i 55"N
I Kalmúkia
2 Adigueia
3 Karatchaievo
4 Kabardìno
5 0ssétia do Norte
6 Ossétia do Sul
/ Inguchétia
B Chechênia
9 Daguestão
10 Abkházia
11 Nagorno-Karabakh
12 Adjária
N
o#t't-
S
0 53km
rl I
_\.--,._--_*_-_--*
lrlanda do Norte - católicos e protestantes
F0NTE: Elaborado com baseen C1npact warld ailas,2001 Atlas slralegique,1994, 1uid 2002.
il
a'u' a,7iÃ'
l --<\*-,,/ =ï
ì 0 3kmirr
i
F0NTET J0lNl P, 2000.
OCEANO ATLÂNT.CO
ffi go a so"z. de católicos
, Wff s0 a B0% de católicos
E
Conflito na lrlanda do Norte (2002)
127
A segregação urbana – também chamada de segregação socioespacial – refere-se à 
periferização ou marginalização de determinadas pessoas ou grupos sociais por fatores 
econômicos, culturais, históricos e até raciais no espaço das cidades. No Brasil, alguns 
exemplos de segregação urbana mais comuns são a formação de favelas, habitações em áreas 
irregulares, cortiços e áreas de invasão. 
A população mais pobre tende a residir em áreas mais afastadas e menos acessíveis aos 
grandes centros econômicos. Esses espaços segregados, além do mais, costumam apresentar 
uma baixa disponibilidade de infraestruturas, como pavimentação, saneamento básico, 
espaços de lazer, entre outros. Essas áreas são compostas por pessoas com baixos salários, 
com poucas condições de renda e que não possuem outra opção a não ser residir em locais 
com pouca infraestrutura, o que caracteriza a segregação urbana. 
Basicamente, as cidades constituem-se a partir de seus sítios ou espaços centrais, 
expandindo-se a partir de então. Nesse ínterim, as classes economicamente mais abastadas 
tendem a localizar-se nas proximidades desse centro, uma vez que são esses os espaços mais 
caros e valorizados. 
Com o passar do tempo, esses centros principais tornam-se sobrecarregados e inchados, e a 
evolução das técnicas vai permitindo que as práticas e serviços desloquem-se a partir de novos 
subcentros. Estes vão tornando-se mais valorizados, o que encarece os preços dos terrenos e 
eleva os custos sociais, proporcionando o afastamento das populações mais pobres e a 
ocupação pela população mais rica. 
O Estado age também nesse processo no sentido de oferecer a esses centros as melhores 
condições de infraestrutura, com uma maior diversidade de transportes, praças, áreas de 
lazer, entre outras. Dessa forma, essas áreas empregam mais do que as demais, o que 
proporciona uma maior mobilidade e atividade em seus espaços, incluindo os trabalhadores 
que residem nas periferias e que precisam deslocar-se em grandes faixas para exercerem seus 
ofícios. 
Esse caso representa a segregação involuntária, aquela que não ocorre de forma planejada 
por parte de seus atores, mas é forjada pelas condições sociais e econômicas. Esse tipo de 
segregação não pode ser confundido com a segregação voluntária, também chamada 
de autossegregação, que é aquela praticada por grupos economicamente mais ricos que 
buscam afastar-se do inchamento das cidades, passando a residir em locais mais ou menos 
isolados, geralmente em grandes condomínios residenciais luxuosos. 
FAVELA em PARÍS - FRANÇA
FAVELAS em 
LISBOA - 
PORTUGAL 
(acima) e em 
NAPOLES - IT
ao lado
108
Oriente a leitura e inter-
pretação do infográfico. Ele 
faz uma síntese de aspectos 
econômicos da UE, possibili-
tando que os alunos tenham 
uma visão das condições so-
ciais da população dos paí-
ses que a integram. Somente 
após a compreensão do in-
fográfico é que as questões 
propostas devem ser respon-
didas oralmente, com o ob-
jetivo de possibilitar a troca 
de ideias, o esclarecimento 
de novas dúvidas e a prática 
da expressão verbal.
Temas contemporâneos
O tema Trabalho é contem-
plado nesta seção e pode ser ex-
plorado considerando-se que 
é por meio dele que o ser 
humano consegue obter sua 
subsistência. Entretanto, cum-
pre lembrar que, para o seu 
exercício ou a sua execução, 
há necessidade, principalmen-
te no mundo contemporâneo, 
caracterizado pela sociedade 
do conhecimento, de boa for-
mação profissional. Além dis-
so, deve-se considerar que a 
força de trabalho, entendida 
como a energia física e men-
tal do ser humano empregada 
no processo produtivo, depen- 
de também das condições de 
vida do trabalhador. O desem-
prego compromete a existên-
cia humana e traz traumas 
psicológicos ao trabalhador. 
Compare o desemprego na 
UE com o do Brasil, que no 
ano de 2018 atingiu mais de 
12 milhões de pessoas, o que 
representou 12,1% da popu-
lação economicamente ativa. 
108
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
. A
rt
. 1
84
 d
o 
C
ód
ig
o 
P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
Pobreza e disparidades econômicas na União Europeia
Nos últimos anos, a pobreza e a desigualdade econômica se acentuaram na União Europeia. 
Ao aumentar o desemprego, a crise econômica iniciada em 2008 aprofundou a pobreza e contribuiu 
para a redução da renda média mensal per capita de vários países do bloco europeu.
Europa: variação da renda média mensal per cap
ita – 2008-2016
Renda mensal é aquela recebida por uma pessoa
 em forma de salário por seu trabalho, lucro, juros
, aluguel, 
arrendamento ou remuneração por serviços pres
tados.
IM
A
G
EN
S:
 P
A
U
LO
 M
A
N
ZI
; M
A
PA
S:
 A
N
D
ER
SO
N
 D
E 
A
N
D
RA
D
E 
PI
M
EN
TE
L
Luxemburgo
Suíça
Noruega
Islândia
Dinamarca
Alemanha
Países Baixos
Áustria
Bélgica
Suécia
França
Irlanda
Finlândia
Reino Unido
Zona do Euro (19 países)
União Europeia (28 países)
Espanha
Eslovênia
Malta
Itália
Estônia
Chipre
República Tcheca
Portugal
Lituânia
Eslováquia
Letônia
Hungria
Croácia
Polônia
Grécia
Bulgária
Romênia
Euros PPC*
401 489
493317
550 696
642466
679653
698618
0 500 1.000 1.500 2.000
2.500 3.000 3.500
2.791 3.078
1.917 2.328
1.694 1.756
1.433 1.575
1.467 1.654
1.5251.213
1.5021.452
1.4911.249
1.4081.264
1.4061.262
1.263 1.310
1.175 1.320
1.249 1.284
1.2831.199
616 728
552 734
599 801
819 830
736 860
893 1.010
744 900
935
751
912
961
930 988
1.060 1.105
1.105 1.229
1.021 1.151
Pobreza material
Na União Europeia, 
são consideradas 
pessoas em situação 
de privação material 
aquelas que não têm 
condições econômicas 
para ter acesso a 4 ou 
mais destes itens: 
Pagar uma despesa inesperada 
no mesmo valor da renda média 
nacional sem tomar empréstimo.
Ter refeição com carne
ou peixea cada 2 dias.
Pagar as despesas mensais 
sem atraso.
Ter máquina de lavar
roupas.
Pagar férias de uma semana 
para toda a família.
Manter a casa aquecida.
Ter telefone 
fixo ou móvel.
Ter televisão 
em cores.
Ter automóvel.
EM 2016
EM 2008
Neste grá�co, a base de cada seta indica o valor da renda média mensal per capita de 2008, e a ponta, o de 2016. 
REDUÇÃO
AUMENTO
Legenda:
A Grécia 
foi o país
 mais 
afetado p
ela crise, 
registran
do piora 
nos 
principai
s indicad
ores 
socioeco
nômicos:
 
renda, de
sempreg
o 
e pobrez
a.
A
D
IL
SO
N
 S
EC
CO
INFOGRÁFICO
* PPC: Paridade do Poder de Compra. 
É um método para calcular o poder 
de compra da população dos 
países. Considerando que os bens e 
serviços têm preços diferentes nos 
diversos países, o PPC mede quanto 
determinada moeda, convertida em 
euro, pode comprar em cada um deles.
Em ger
al, os pa
íses cuj
a 
renda p
er capit
a já era
 
maior a
ntes da
 crise 
foram o
s que ti
veram 
o maior
 aumen
to ness
e 
período
. Como
 resulta
do, 
a desig
ualdade
 de rend
a 
entre o
s países
 do blo
co 
da Uniã
o Europ
eia 
cresceu
.
108
109
Respostas
109
R
ep
ro
du
çã
o 
pr
oi
bi
da
. A
rt
. 1
84
 d
o 
C
ód
ig
o 
P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
FIN
SUENOR
IRL DIN
RUN
BEL
ALE
LUX
FRA AUT
POR
ESP ITA
SUI
GRE
PBS
ESQ
BUL
LET
RUS
ISL
BIE
UCR
MOL
MAC
ALB
MAT
TCH
ESV ROM
EST
HUN
POL
CHP
CRO BOS
MTN
SER
LIU
OCEANO
ATLÂNTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO 
MAR NEGRO
MAR DO
NORTE
MAR
BÁLTICO
ÁFRICA
 MAR MEDITERRÂNEO 
0°
42° N
ÁSIA
ÁSIA
População em risco de pobreza
na União Europeia
Mesmo nos países mais ricos
do bloco, o percentual de pessoas 
em risco de pobreza é significativo.
Desemprego 
na União Europeia
De 2008 a 2016, 
o desemprego 
aumentou em
21 países dos 28 que 
compõem a União 
Europeia, e a taxa
média de 
desemprego do bloco 
passou de 
2,6% para 4,0%.
FIN
SUE
NOR
IRL
DIN
RUN
BEL
ALE
LUX
FRA AUT
POR
ESP
ITA
SUI
GRE
PBS
ESQ
BUL
LET
RUS
ISL
BIE
UCR
MOL
MAC
ALB
MAT
TCH
ESV ROM
EST
HUN
POL
CHP
CRO BOS
MTN
SER
LIU
OCEANO
ATLÂNTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO 
MAR NEGRO
MAR DO
NORTE MAR
BÁLTICO
ÁFRICA
 MAR MEDITERRÂNEO 
0°
42° N
ÁSIA
A pobreza
 no Leste 
Europeu é
 agravada 
pelas difer
enças étni
cas. 
Na região 
nordeste d
a 
Romênia e
 no noroes
te 
da Bulgári
a, que abr
igam 
ciganos e 
outras etn
ias 
minoritári
as, a pobre
za 
atinge ma
is de 50% 
da 
população
.
A costa do Mediterrâneo e o Leste Europeu agrupam os países mais pobres do bloco. Entre os fatores que impedem a recuperação e o crescimento econômico estão o endividamento público e a crise financeira, que reduzem os investimentos e a oferta de bens e de serviçospelo Estado. 
A Alemanha foi o
 país 
da União Europe
ia em 
que o desempreg
o 
mais diminuiu ap
ós 
a crise econômic
a de 
2008. Passou de 3
,9% 
(em 2008) para 
1,7% (em 2016).
O conceito de p
obreza varia de
 
acordo com as d
iferentes realida
des 
sociais. Na Uniã
o Europeia, são
 
consideradas em
 risco de pobrez
a 
as pessoas com
 renda mensal 
inferior a 60% d
a renda média 
mensal per capi
ta em seus país
es.
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
Em 2016, a Grécia 
tinha a maior taxa 
de desemprego de 
longa duração da 
União Europeia, com 
17,0% da população à 
procura de ocupação.
Fonte: European 
Commission. Eurostat. 
Disponível em: <https://
ec.europa.eu/eurostat/
data/database>. Acesso 
em: 2 out. 2018.
Interprete
1. Em 2016, qual era a renda média mensal per
capita dos países da União Europeia com
maiores taxas de desemprego?
2. Pode-se afirmar que a população em
ris co de pobreza de todos os países da
União Europeia tem as mesmas condições
econômicas? Justifique.
520 km0
520 km0
De 12,2 a 17,8
De 17,8 a 19,8
De 19,8 a 25,1
De 25,1 a 30,1
De 30,1 a 41,1
População em risco
de pobreza (em %)
– 2016
De 0,3 a 1,5
De 1,5 a 1,9
De 1,9 a 3,1
De 3,1 a 4,5
De 4,5 a 17,4
Taxa de desemprego
(em %) – 2016
109
https://ec.europa.eu/eurostat/data/database
https://ec.europa.eu/eurostat/data/database
https://ec.europa.eu/eurostat/data/database
França 
Espanha
Itália
França França 
Itália
Alemanha, França
Países Baixos, Áustria
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
GLACIAL 
ÁRTICO
MAR MEDITERRÂNEO
MAR NEGRO
MAR
CÁSPIO
FIN
SUE
ALE
POL
EST
LET
LIT
BER
RUS
UCR
POR ESP
FRA
BEL
PBSRUN
IRL
ISL
ITA
SUI AUS HUN
GRE
ESV
REP
ROM
BUL
TUQ
SIR IRQ
JOR
LIB
ISR
LUX
MOL
AZBGEO
ARM
CAZ
MACALB
SERBOS
ESL
CRO
RAE
TUNARGMAR
LIB
DIN
NOR
M
AR VERM
ELHO
Número de imigrantes**
Fluxos superiores a 
100 000 em direção 
ao Espaço Schengen
Espaço Schengen*
3 450 000 500 000
150 000
100 0001 000 000
0º 45º L
M
ER
ID
IA
N
O
 D
E 
G
R
EE
N
W
IC
H
30º N
 CÍRC
ULO
 POL
AR 
ÁR
TIC
O
pr
át
ic
a
em
MAPAS DE FLUXOS COM SETAS PROPORCIONAIS
Mapas de fluxos com setas proporcionais são mapas dinâmicos que mostram a flui-
dez e o movimento de diversos fenômenos que envolvem deslocamento, como migra-
ções, importações e exportações, massas de ar, entre outros. Além de indicar o tipo de 
fluxo, esses mapas indicam a origem, o destino e a intensidade de tal fluxo. 
A base das setas indica a origem dos fluxos, e a ponta, o destino. A intensidade é dada pela 
espessura das setas, que varia proporcionalmente em relação às quantidades representadas.
As diferentes larguras possibilitam o estabelecimento de comparações entre fluxos, 
contribuindo para o entendimento de diversos fenômenos.
O mapa a seguir ilustra fluxos migratórios internos do continente europeu. As setas 
indicam a origem e a direção dos fluxos e o número aproximado de imigrantes de um 
país para o outro. 
EUROPA: FLUXOS MIGRATÓRIOS EUROPEUS (2013)
1 De acordo com o mapa, quais são os fluxos migratórios mais numerosos dentro 
do continente europeu?
2 Quais países recebem mais imigrantes? Por quê?
3 Há imigrantes na sua família? Converse com seus familiares ou pessoas próximas 
e faça um levantamento da origem deles e de seus ascendentes. 
a) Junte-se a alguns colegas e confeccionem uma tabela com os dados levantados 
pelo grupo. Depois, calculem a porcentagem de cada fluxo migratório. 
b) Utilizem um planisfério impresso e indiquem a direção dos fluxos utilizando
setas proporcionais aos dados levantados. 
c) Apresentem o mapa elaborado pelo grupo em sala de aula, na data indicada
pelo professor.
* Região de livre 
circulação de pessoas, 
entre um grupo de 
países da Europa, sem 
necessidade de controle 
de passaporte.
** Somente os fluxos 
superiores a 100 000 são 
representados. 
Elaborado com base 
em dados obtidos em: 
SCIENCESPO. Atelier 
de Cartographie. 
Disponível em: <http://
cartotheque.sciences-po.
fr/media/Migrations_
europeennes_
stock_2013/1946>. 
Acesso em: 5 nov. 2017.
SO
N
IA
 V
A
Z
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
565 km
102
102 – 2o BIMESTRE
http://cartotheque.sciences-po.fr/media/Migrations_europeennes_stock_2013/1946
http://cartotheque.sciences-po.fr/media/Migrations_europeennes_stock_2013/1946
http://cartotheque.sciences-po.fr/media/Migrations_europeennes_stock_2013/1946
http://cartotheque.sciences-po.fr/media/Migrations_europeennes_stock_2013/1946
http://cartotheque.sciences-po.fr/media/Migrations_europeennes_stock_2013/1946
1 Com base no mapa na página 92, responda.
a) Por que se denomina “centro” o espaço mais
dinâmico da economia europeia?
b) Quais são as metrópoles mundiais euro-
peias?
c) Qual é a origem e o destino dos fluxos de in-
vestimento evidenciados no mapa?
2 Apesar da resistência dos governos e da po-
pulação europeia, a imigração é um fator 
importante para o crescimento populacional 
e para o desenvolvimento econômico de al-
guns países. Indique as razões.
atividades
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR MEDITERRÂNEO
MAR NEGRO
MAR
CÁSPIO
FINLÂNDIA
SUÉCIA
ALEMANHA
POLÔNIA
ESPANHA
FRANÇA
REINO
UNIDO
ITÁLIA
ÁUSTRIA HUNGRIAGRÉCIA
ESLOVÁQUIA
ROMÊNIA
BULGÁRIA
TURQUIA
MACEDÔNIA
SÉRVIA
LÍBIA
DINAMARCA
Porta de entrada para 
a União Europeia
0º 45º L
M
ER
ID
IA
N
O
 D
E 
G
R
EE
N
W
IC
H
30º N
Espanha
Itália
Grécia
Hungria
Eritreia – 26%
Nigéria – 12%
África 
Subsaariana – 11%
Síria – 59%
Afeganistão – 25%
Paquistão – 5%
Síria – 57%
Guiné – 10%
Costa do Marfim – 5%
Afeganistão – 29%
Síria – 28%
Kosovo – 23%
91 3026 698
132 240
102 342
ROTAS DE ENTRADA DE IMIGRANTES ILEGAIS (janeiro a julho de 2015)
Elaborado com base em dados obtidos em: LOOKING for a home. The Economist, 29 ago. 2015. 
Disponível em: <https://www.economist.com/europe/2015/08/29/looking-for-a-home>. 
Acesso em: 22 out. 2017.
SO
N
IA
 V
A
Z
3 Observe a fotografia abaixo e responda às 
questões a seguir. 
a) Por que podemos afirmar que a França tem
muita necessidade desse tipo de energia?
b) Esse tipo de usina gera que tipo de problema
ambiental?
4 O mapa a seguir mostra as principais rotas de entrada de refugiados que imigram ilegalmente para 
a Europa.
a) Por que os sírios foram um dos principais contingentes de imigrantes que tentaram entrar na Europa?
b) Quais motivos levam os africanos a migrar para o continente europeu?
c) Como são as condições de travessia dos imigrantes pelo mar Mediterrâneo?
Usina 
nuclear 
de Chooz, 
França 
(2017).
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
450 km
FR
A
N
C
O
IS
 L
O
 P
R
ES
TI
/A
FP
/G
ET
TY
 IM
A
G
ES
Capítulo 6 – Europa: economia e população 103
2o BIMESTRE – 103
https://www.economist.com/europe/2015/08/29/looking-for-a-home

Continue navegando