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Sistema Linfático e Cirurgia Estética

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Prévia do material em texto

Estética e Cirurgia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me Paula Carvalho
Revisão Textual:
Prof. ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Sistema Linfático
• Introdução;
• Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático;
• Formação da Linfa;
• Mecanismo de Transporte da Linfa;
• Edema;
• Alterações do Sistema Linfático no Pós-operatório;
• Drenagem Linfática Manual.
• Analisar e compreender o envolvimento do Sistema Linfático nas Cirurgias Estéticas e 
como a drenagem linfática auxilia o seu funcionamento.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Sistema Linfático
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Sistema Linfático
Introdução
Desejo que você aproveite e desfrute de todo este Material, que foi elaborado 
para aperfeiçoar ainda mais seus conhecimentos e proporcionar a formação de 
ótimo profissional.
Toda vez que ouvir sobre cirurgias estéticas, você deverá lembrar-se da im-
portância e da relação do Sistema Linfático com esse assunto, pois ele estará 
presente tanto na recuperação geral, já que é um Sistema que produz células de 
defesa, principalmente, os linfócitos, considerados verdadeiros sentinelas da imu-
nidade, quanto está envolvido, também, nos acontecimentos do pós-operatório, 
principalmente no edema.
Por isso, compreender sua anatomia e fisiologia são garantias de um atendi-
mento pré-operatório que vise a uma melhora mais rápida e otimizada, bem como 
garantem um pós-operatório mais confortável e com o resultado final aparecendo 
mais brevemente.
O Sistema Linfático é um Sistema de drenagem que auxilia o Sistema Venoso 
no retorno dos componentes do sangue.
O Sistema Venoso é o grande responsável pela captação das toxinas, porém 
partículas maiores que não conseguiram retornar por eles, são reabsorvidas pelo 
Sistema Linfático.
Reabsorve dos interstícios líquido e produtos que interagiram com o meio ex-
tracelular. Esse líquido é denominado linfa, passa pelos linfonodos, é filtrado e 
recebe células de defesa, funcionando como uma “lixeira” do organismo.
Para entender esse funcionamento, precisamos primeiramente conhecer as es-
truturas que compõem esse Sistema.
Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático
É considerado um Sistema de limpeza corporal, que se diversifica e participa 
tantos de funções circulatórias quanto funções relacionadas à imunidade.
Os capilares linfáticos, estruturas mais básicas e superficiais, são revestidos por 
células endoteliais e sujeitas a filamentos de ancoragem que regulam sua abertura 
e permitem a passagem de macromoléculas. É uma circulação aberta e surge do 
espaço intersticial, podendo ser assim representada:
• Capilar Linfático: Estrutura mais superficial, semelhante a um fio de cabelo;
• Vaso Linfático Aferente: Carrega a linfa sem filtrar;
• Linfonodo: Filtra a linfa e produz células de defesas;
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• Vaso Linfático Eferente: Carrega a linfa filtrada;
• Troncos Linfáticos: Vasos de maior calibre;
• Ductos Linfáticos: São dois, responsáveis por coletarem toda a linfa do corpo 
e se comunicarem com as veias subclávias.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Linfonodos
Importante!
Sem a eliminação das proteínas dos espaços intercelulares, provavelmente morreríamos 
em 24 horas.
Você Sabia?
Já os linfonodos, são estruturas um pouco maiores (0,5 a 2cm), perfazem um 
número de 600 a 700 em todo o corpo, sendo ¼ deles encontrados na cabeça e 
no pescoço. 
Eles possuem duas funções principais: 
• Filtração da linfa;
• Produção das células de defesa.
Localização anatômica dos linfonodos cervicofaciais: http://bit.ly/2MmB7A9
Ex
pl
or
Observe na figura a quantidade de linfonodos existentes no pescoço. Por essa 
razão, algumas técnicas preconizam estimular várias vezes essa região.
9
UNIDADE Sistema Linfático
Linfonodo
Artéria
Veia
Vaso linfático
Células de Linfoma
(câncer)
Válvulas de linfa
Figura 2
Fonte: Adaptado de Getty Images
Essa imagem ilustra o interior de um linfonodo, onde ocorre a filtragem da linfa 
e também a produção de células de defesa.
Os troncos linfáticos surgem a partir dos vasos eferentes, que são vasos calibro-
sos que drenam regiões específicas do corpo, correspondentes à sua nomenclatura:
• Troncos lombares;
• Tronco intestinal;
• Troncos broncomediastinais;
• Troncos subclávios;
• Troncos jugulares e descendentes intercostais.
Os ductos são as estruturas mais profunda, e são denominados ducto linfático 
direito e ducto torácico. Ambos desembocam na junção subclávia direita e esquer-
da, respectivamente.
Na Figura 3, podemos observar o Sistema Linfático e os linfonodos (estruturas 
dilatadas na cor verde).
Observe que eles se concentram em algumas áreas, como a região das axilas, a 
região inguinal, a fossa poplítea e, principalmente, na região do pescoço.
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Amígdalas
Timo
Plexo
Mamário
Duto
Torácico
Nodo Linfático
Intestinal
Intestino
Grosso
Apêndice
Linfonodo
Inguinal
Vaso
Linfático
Medula
Óssea
Vaso
Linfático
Intestino
Delgado
Baço
Nodo Linfático
Axilar
Sistema
Linfático
Linfonodo
Linfonodo
Arteríola Vénula
Células
de Tecido
Capilar
Linfático
Fluido
Tissular
Fluido
Tissular
Fluido
Tissular
Fluido
Tissular
Figura 3
Fonte: Adaptado de Getty Images
Formação da Linfa
A linfa é formada a partir dos produtos do filtrado do capilar arterial pelos produ-
tos gerados por meio do metabolismo celular, ou seja, o material de descarte celu-
lar, e pelo líquido do interstício. Quando esse líquido penetra os capilares linfáticos, 
passa a ser chamado de linfa.
Sua composição varia de acordo com o local em que é formada, no intestino, 
por exemplo, apresenta grande quantidade de ácidos graxos, já nos membros infe-
riores, essa quantidade é mínima.
11
UNIDADE Sistema Linfático
Dentre os fatores que mais interferem na velocidade de formação e captação 
da linfa, podemos destacar a sobrecarga no Sistema Venoso (insuficiência venosa).
A elevação da pressão dos capilares por uma trombose, por exemplo, e as altera-
ções de permeabilidade, como no edema causado por uma cirurgia plástica.
Vale ressaltar, que as cirurgias plásticas rompem muitos dos capilares linfáti-
cos, o que torna a captação e a filtragem da linfa mais lenta, levando à formação 
de edema. 
Entender o funcionamentodo Sistema Linfático elucida e reforça a importância 
da Drenagem Linfática no Pós-operatório de Cirurgias estéticas.
Essa figura mostra o capilar linfático 
(Lymphatic Capillary) recolhendo os lí-
quidos excedentes do meio extracelular.
As paredes dos capilares linfáticos são 
formadas por células endoteliais, que se 
comportam como escamas de peixes 
“abrindo” para a filtragem de moléculas 
para o interior do capilar. Quem estimu-
la essa abertura são os filamentos de an-
coragem. Guarde essa informação, pois 
quando falarmos de drenagem, você pre-
cisará desse conceito.
Mecanismo de 
Transporte da Linfa
Diferentemente do Sistema Venoso, o Sistema Linfático não tem uma bomba 
como o coração.
Sendo assim, a drenagem da linfa formada vai depender da pressão do líquido 
intersticial, das contrações musculares, do diafragma, da drenagem linfática manu-
al, exercícios físicos e dos linfângios. 
A diferença de pressão do meio extracelular para o interior dos vasos é a grande 
responsável pela passagem dos líquidos, mas existem vários fatores envolvidos.
Os linfângios são a porção do vaso linfático localizada entre duas válvulas, e 
tem capacidade própria de contração. Funcionam como microcorações, poden-
do apresentar até 30 contrações por minuto. Cada linfângion é independente e 
funciona como se cada um possuísse seu próprio marcador. 
Venule
Sangue
Fluido
Intersticial
Linfa
Capilar
Linfático
Sangue
Arteríola
Capilar
Sanguíneo
Célula Tissular
Figura 4
Fonte: Adaptado de Getty Images
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O estímulo mais importante para a contração é o aumento de volume com 
distensão de sua parede, mas há outros estímulos que os acionam, como estí-
mulos alfa-adrenérgicos, movimentos ativos e passivos, batimento arterial contra 
sua parede, entre outros. Suas contrações permitem alcançar pressões entre 10 a 
55mmHg, podendo atingir 120mmHg nos membros inferiores.
Essas pressões demonstram por que a maioria das técnicas de drenagem linfá-
tica manuais mantém a pressão das mãos entre 30 a 40 mmHg, pois a intensão é 
“imitar” um linfângion.
Demonstração dos linfângions e das válvulas do Sistema Linfático: http://bit.ly/2HMVphW
Ex
pl
or
Qual a importância das válvulas no Sistema Linfático? Você terá a resposta na videoaula
desta Unidade.Ex
pl
or
Edema
Refere-se ao grande acúmulo de 
líquido nos espaços intercelulares ou 
nas cavidades do organismo. Macros-
copicamente, o edema apresenta-se 
como aumento de volume dos tecidos 
que cedem facilmente à pressão loca-
lizada, dando origem a uma depres-
são que rapidamente desaparece.
O edema pode limitar o movimen-
to, além de gerar dor no local, jus-
tamente por que está comprimindo 
estruturas ao seu redor.
Edema de membro inferior
Existem alguns tipos de edemas, e eles podem ser ocasionados por alterações 
mecânicas no Sistema Linfático, em que ocorre a redução da capacidade dos vasos 
de realizar a drenagem, porém o volume a ser drenado é normal, ou uma alteração 
dinâmica, em que o sistema linfático está íntegro e o volume a ser drenado excede 
sua capacidade de drenagem:
Figura 5
Fonte: Getty Images
13
UNIDADE Sistema Linfático
• Insuficiência linfática dinâmica: a carga linfática ultrapassa a capacidade 
total de transporte, ocasionado o edema. São tipicamente pobres em pro-
teína e, geralmente, típicos de insuficiência cardíaca congestiva e também 
edemas venosos;
• Insuficiência linfática mecânica: há perda da função normal das estruturas 
linfáticas, mesmo com cargas linfáticas fisiologicamente normais, há um 
acúmulo tecidual de líquidos e macromoléculas, sendo edemas de alto conteú-
do proteico e também são chamados de linfedemas. A quantidade associada 
de líquidos, ao menos na fase inicial, deve-se à diferença de pressão osmótica 
das macromoléculas.
Os linfedemas são classificados em primários ou secundários. Nos primários, 
há alteração congênita do desenvolvimento de vasos linfáticos e linfonodos ou 
obstrução de etiologia desconhecida, e não iremos falar sobre eles.
Já nos secundários, a disfunção ocorre em tecido linfático normal, sendo os 
pós-cirúrgico seu exemplo mais comum, pelos traumatismos gerados no ato ci-
rúrgico, ou seja, cortes e remoção ou reposicionamento de tecidos. É nesse tipo 
que iremos atuar, no pós-operatório de cirurgias estéticas.
Alterações do Sistema 
Linfático no Pós-operatório
Nas cirurgias estéticas, os capilares venosos e linfáticos, assim como os vasos, 
são lesados durante o procedimento, seja pelas incisões cirúrgicas, seja pela cânula 
de aspiração. Dessa forma, o Sistema Linfático tem sua homeostase prejudicada e, 
assim, nossa atuação torna-se imprescindível.
O excesso de líquido exerce aumento de pressão sobre os capilares linfáticos e 
isso provoca o afastamento dos filamentos de ancoragem, distendendo as células 
endoteliais, o que dificulta o trajeto linfático e deixa o processo mais lento. 
Além disso, as válvulas perdem a capacidade de impedir o refluxo, ocasionada 
estase, ou seja, a linfa fica parada aumentando o edema. Com isso, muitas proteí-
nas ficam paradas, e os macrófagos tentam eliminá-las. Esse mecanismo de defesa 
ativa os fibroblastos, e aí também ocorre a fibrose. Quanto mais o edema persistir, 
mas esse quadro se agrava.
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Figura 6
Fonte: Getty Images
O excesso de edema pode, também, promover um alargamento da cicatriz.
Figura 7 – Drenos pós abdominoplastia para que o edema seja minimizado
Fonte: ARANTES, et al, 2009
Uma outra alteração comum é a equimose, manchas arroxeadas que vão mu-
dando de cor até desaparecem, decorrentes do extravasamento de sangue dos va-
sos de pequeno calibre que são lesionados durante a cirurgia.
Tanto o sistema linfático quanto o venoso, criam anastomose, ou seja, novos 
vasos que reabsorvem o edema e também as equimoses. Mas a Drenagem, assim 
como O Ultrassom e o Laser de Baixa Intensidade podem auxiliar para que esse 
quadro reverta mais rapidamente, lembrando-se de que quanto maior o edema, 
maior também o quadro álgico, pois, dessa forma, o excesso de líquido comprime 
terminações nervosas.
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UNIDADE Sistema Linfático
As equimoses, quando não tratadas e caso o paciente se exponha ao Sol, po-
dem se tornar hipercrômicas, ou seja, escurecidas, o que trará insatisfação no re-
sultado final.
Figura 8 – Equimose pós cirurgia facial
Fonte: Getty Images
Fibrose, mecanismo de defesa em pós-operatório de lipoaspiração: http://bit.ly/2Mo2hq8.
Equimose pós lipoaspiração: http://bit.ly/2MhbsbP.E
xp
lo
r
Drenagem Linfática Manual
Foi desenvolvida por Emil Vodder e Estrid Vodder, entre 1932 e 1936, quando 
publicaram, em Paris, as bases dessa técnica. 
Por meio dessa técnica de massagem, passaram a observar a melhora clínica 
de alguns pacientes, quando estimulavam determinadas regiões linfonodais e, 
a partir desses dados, desenvolveram as manobras circulares, bombeamentos 
que são até hoje os pilares do tratamento de linfedema. Esses movimentos são 
centrípetos, lentos, rítmicos e direcionados no sentido da fossa clavicular. O méto-
do foi apresentado inicialmente a Esteticistas. 
Foi fundada a Sociedade para Drenagem Linfática Manual pelo método de 
Vodder que, posteriormente, passou a se chamar Sociedade Alemã de Linfologia, 
pois no país já era aceita pela comunidade médica.
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Após Vodder, outros foram modificando a técnica e até a incorporando em di-
versos tratamentos médicos. Dentre eles, Foldi, Leduc, Godoy & Godoy desenvol-
veram outras manobras manuais, acessórios, associaram exercícios e bandagens.
Albert Leduc foi aluno de Vodder e, por meio da linfocintigrafia, demonstrou 
as variações do fluxo de proteínas plasmáticas na circulação linfática, utilizando 
técnicas de D. L. M, bandagens e outros dispositivos intermitentes de compressão.
O importante é você saber que, independente da técnica aplicada, a fisiologia 
sempre deve ser respeitada e também alguns preceitos para a execução. 
Hoje em dia, existem diversas técnicas no Mercado, e todas as citadas contri-
buíram para o aperfeiçoamento.A drenagem pode ser realizada de forma sistêmica, ou seja, no corpo todo, ou 
então, nas áreas mais afetadas pelo edema. Nas videoaulas das Unidades subse-
quentes, teremos demonstração prática para tornar mais dinâmico o aprendizado.
O objetivo da técnica é direcionar o fluido linfático de vias edemaciadas para 
os linfáticos saudáveis, livres de edema. A linfa é, então, drenada de volta para a 
circulação por meio de rotas alternativas. 
Ela atua no deslocamento de proteínas extravasadas para serem reabsorvidas, 
equilibrando as pressões hidrostáticas e tissulares, diminuindo o edema. 
Pode ser iniciada após 48 horas da cirurgia, mas só pode ocorrer depois da au-
torização médica. Mesmo com drenagem, o edema pode persistir, pois ele também 
está relacionado a outros fatores como secreção de cortisol liberado no processo 
inflamatório e também ao reparo tecidual e cicatricial.
Os cuidados mais importantes devem ser:
• Velocidade de deslizamento, pois a linfa é carregada para os linfonodos e eles 
funcionam como filtros que limitam a velocidade de passagem;
• Pressão exercida entre 30 a 40 mmHg;
• Conhecimento anatômico dos linfonodos e do trajeto linfático.
No caso da drenagem no pós-operatória, ela é um pouco diferente da drenagem 
tradicional, pois, em algumas regiões, teremos cicatrizes e também o comprometi-
mento da malha linfática. Daí a necessidade de realizar a drenagem reversa, sempre 
buscando o melhor trajeto para a linfa.
Qualquer aumento da velocidade ou da pressão exercida pode acarretar a le-
são do vaso ou do linfonodo. As manobras são suaves e superficiais, não havendo 
compressão muscular.
As manobras que serão realizadas são as de evacuação, cuja função é estimular 
os linfonodos e as de captação, que leva a linfa para ser filtrada. Dentre elas, utili-
zaremos bombeamentos e braceletes e círculos:
• Evacuação: é a transparência dos líquidos captados longe da zona de captação
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UNIDADE Sistema Linfático
 » Objetivo: proporcionar um aumento do fluxo linfático na região proximal, 
deixando essa descongestionada e preparada para receber a linfa de outras 
regiões distais;
• Captação: manobras realizadas no mesmo nível da infiltração
 » Objetivo: absorver os líquidos excedentes da região com estase e transportá-
-los através dos vasos linfáticos de volta para a circulação venosa.
Os linfonodos estimulados na região da face serão: supra e infraclaviculares, 
cervicais, submentonianos, submandibulares, parotídeos, mastoideos e occipital.
Representação dos Principais Linfonodos Faciais: http://bit.ly/2MjLGnx.
Ex
pl
or
Figura 9 – Estímulo dos linfonodos cervicais
Fonte: Getty Images
Já na região corporal serão: supra e infraclaviculares, axilares, cubitais, região 
da cisterna do quilo, inguinais e poplíteos.
Representação dos principais linfonodos corporais: http://bit.ly/2MnIibc.
Ex
pl
or
Mamilo
Linfonodos
Figura 10
Fonte: Adaptado de Getty Images
18
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Nessa imagem, podemos observar os linfonodos da região axilar, muito impor-
tantes para a drenagem das mamas e da porção superior do abdômen.
A respiração diafragmática também é uma opção para auxiliar no deslocamento 
da linfa, já que o diafragma, quando se movimenta, estimula a cisterna do quilo. Os 
movimentos de evacuação deverão ser realizados 5 vezes em cada região e os de 
captação de 6 a 10 vezes.
Figura 11 – Manobra clássica de Drenagem Manual
Fonte: Getty Images
A drenagem pode ser realizada a seco ou com auxílio de cosméticos, caso seja 
com cosméticos, a quantidade deve ser mínima para que tenha atrito na pele e não 
um deslizamento profundo, pois dessa forma iremos estimular os filamentos de 
ancoragem.
Figura 12 – Esquema de direção da linfa. As manobras de drenagem devem respeitar esse trajeto
Fonte: Getty Images
19
UNIDADE Sistema Linfático
Figura 13 – Equipamento de pressoterapia que realiza drenagem linfática mecânica, 
utilizado nos membros inferiores em alguns centros cirúrgicos para evitar trombose
Fonte: Getty Images
DLM: Drenagem Linfática Manual;
POI: Pós-operatório imediato;
POT: Pós-operatório tardio.
Ex
pl
or
20
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Edema e linfedema
http://bit.ly/2ImSRpx
 Livros
Reabilitação Linfovenosa
GODOY, J. M. P; BELZACK, C. E. Q, GODOY, M. F. G. Reabilitação Linfovenosa. 
Rio de Janeiro: Di Livros, 2005.
 Leitura
A eficácia da drenagem linfática
http://bit.ly/2IiLFLc
Análise comparativa das técnicas de drenagem linfática manual: Método Vodder e Método Godoy & Godoy
http://bit.ly/2Ioao0C
21
UNIDADE Sistema Linfático
Referências
GODOY, J. M. P; BELZACK, C. E. Q, GODOY, M. F. G. Reabilitação Linfovenosa. 
Rio de Janeiro: Di Livros, 2005.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 9. ed. São Paulo: 
Guanabara Koogan, 1996. Cap. IV e XVI.
GODOY, J. M. P., GODOY, M. F. G. A New Approach to Manual Lymphatic 
Drainage. 2001. p. 34-5.
KUBIK, S. et al. Textbook of Lympholgy for Physicians and Lymphedema 
Therapists. 2.ed. Alemanha: Elsevier, 2006.
TÁBOAS M. I. et al. Linfedema: revisão e integração de um caso clínico. Revista 
da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, São Paulo, v. 
23, n. 1, ano 21, 2013. Disponível em <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/down
load?doi=10.1.1.681.1743&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019.
Sites visitados
<https://www.lymphoedemasupportni.org/sites/default/files/lymph%20book%20
pink.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019.
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