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PODER JUDICIÁRIO 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO 
CARGO 16: ANALISTA JUDICIÁRIO 
ÁREA JUDICIÁRIA 
Prova Discursiva 
Aplicação: 06/11/2022 
PADRÃO DE RESPOSTA 
 
 O procedimento monitório é procedimento especial destinado a permitir a rápida formação de título executivo 
judicial, isto é, cabe ação monitória quando existir prova escrita sem eficácia de título executivo. O autor tem como pretensão 
iniciar, de logo, a execução forçada mediante cumprimento de sentença. 
 
 O procedimento monitório admite a legitimidade passiva da fazenda pública, conforme se observa na Súmula n.º 339 
do STJ, bem como com na redação do § 6.º do art. 700 do Código de Processo Civil. 
 
 O procedimento monitório demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo. A prova escrita 
relaciona-se, no procedimento monitório, que é um juízo de probabilidade, quando se exige a prova escrita como requisito para 
a propositura da ação monitória, não se pretende que o credor demonstre o seu direito estreme de dúvida, como se fosse líquido 
e certo; ao contrário, é necessário que a prova escrita forneça ao juiz apenas certo grau de probabilidade acerca do direito 
alegado. Nesse sentido, a prova escrita é necessária para demonstrar a probabilidade do direito, o juízo de evidência. Para 
alcançar o juízo de probabilidade, a parte poderia, sem nenhum problema, utilizar dois ou mais documentos escritos. 
 
 Além disso, o art. 700, § 1.º, do Código de Processo Civil assinala a possibilidade da utilização da prova oral 
documentada, produzida de forma antecipada, nos termos do art. 381 do mesmo código. 
 
 Por fim, o estado-membro não ostenta prerrogativa de foro. Logo, poderá ser demandado em comarca diversa da 
capital, nos termos do RESP 1.316020-DF. 
 
 Em ação monitória proposta contra estado-membro segundo a jurisprudência do STJ, o estado-membro não tem 
prerrogativa de foro. Logo, poderá ser demandado em outra comarca que não a de sua capital. Poderá ser até mesmo 
demandado em outro estado-membro da Federação. No caso de ação monitória proposta contra o estado-membro, a 
competência para julgar a causa é do local onde a obrigação deveria ser satisfeita e onde deveria ter ocorrido o pagamento da 
contraprestação, conforme prevê o art. 100, IV, “d”, do CPC/1973 (art. 53, III, "d", do CPC/2015). STJ. 2.ª Turma. REsp 
1.316.020-DF, Rel. min. Herman Benjamin, julgado em 2/4/2013 (Info 517). 
 
QUESITOS AVALIADOS 
 
2.1. Conceito de ação monitória 
0 – Não abordou o conceito da ação monitória ou o fez de forma totalmente equivocada. 
1 – Abordou corretamente o conceito de ação monitória, assinalando apenas que (i) é procedimento especial destinado a 
permitir a rápida formação de título executivo judicial, ou (ii) que deve haver prova escrita sem eficácia de título executivo. 
2 – Abordou corretamente o conceito de ação monitória, assinalando que (i) é procedimento especial destinado a permitir a 
rápida formação de título executivo judicial e (ii) que deve haver prova escrita sem eficácia de título executivo. 
 
2.2. Viabilidade de ação monitória em face da fazenda pública 
0 – Não abordou o tema ou o fez de forma totalmente equivocada. 
1 – Apontou a viabilidade do ajuizamento de ação monitória em face da fazenda pública, diante da previsão expressa do § 6.º 
do art. 700 do CPC, mas não abordou a existência de jurisprudência sedimentada do STJ acerca da viabilidade de ação 
monitória em face da fazenda pública. 
2 – Apontou a viabilidade do ajuizamento de ação monitória em face da fazenda pública, diante da previsão expressa do § 6.º 
do art. 700 do CPC, e abordou a existência de jurisprudência sedimentada do STJ acerca da viabilidade de ação monitória em 
face da fazenda pública. 
 
2.3. Viabilidade da prova oral documentada para fins de ajuizamento da ação monitória 
0 – Não abordou o tema ou o fez de forma totalmente equivocada. 
1 – Afirmou que o procedimento monitório demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo, mas não 
mencionou que (i) com a prova escrita, enquanto requisito para a propositura da ação monitória, não se pretende que o credor 
demonstre o seu direito livre de dúvida, como se fosse líquido e certo; ao contrário, é necessário que a prova escrita forneça ao 
juiz apenas certo grau de probabilidade acerca do direito alegado em juízo; tampouco concluiu que (ii) o § 1.º do art. 700 do 
CPC assinala a possibilidade da utilização da prova oral documentada, produzida de forma antecipada, nos termos do art. 381 
do mesmo código. 
2 – Afirmou que o procedimento monitório demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo, e 
mencionou que (i) com a prova escrita, enquanto requisito para a propositura da ação monitória, não se pretende que o credor 
demonstre o seu direito livre de dúvida, como se fosse líquido e certo; ao contrário, é necessário que a prova escrita forneça ao 
juiz apenas certo grau de probabilidade acerca do direito alegado em juízo, mas não concluiu que (ii) o § 1.º do art. 700 do 
CPC assinala a possibilidade da utilização da prova oral documentada, produzida de forma antecipada, nos termos do art. 381 
do mesmo código. 
3 – Afirmou que o procedimento monitório demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo, e 
mencionou que (i) com a prova escrita, enquanto requisito para a propositura da ação monitória, não se pretende que o credor 
demonstre o seu direito livre de dúvida, como se fosse líquido e certo; ao contrário, é necessário que a prova escrita forneça ao 
juiz apenas certo grau de probabilidade acerca do direito alegado em juízo, e concluiu que (ii) o § 1.º do art. 700 do CPC 
assinala a possibilidade da utilização da prova oral documentada, produzida de forma antecipada, nos termos do art. 381 do 
mesmo código. 
 
2.4 Inexistência de prerrogativa de foro para o estado-membro e ajuizamento da ação em comarca diversa da capital 
0 – Não abordou o tema ou o fez de forma totalmente equivocada. 
1 – Afirmou que o estado-membro não ostenta prerrogativa de foro, mas não mencionou que o estado poderá ser demandado 
em comarca diversa da capital. 
2 – Afirmou que o estado-membro não ostenta prerrogativa de foro, mencionando que poderá ser demandado em comarca 
diversa da capital. 
 
 CEBRASPE – TRT 8.ª REGIÃO – Edital: 2022
 
 
 
 
 
• Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, o espaço para rascunho indicado no presente caderno. Em seguida, 
transcreva o texto para a FOLHA DE TEXTO DEFINITIVO DA PROVA DISCURSIVA, no local apropriado, pois não será 
avaliado fragmento de texto escrito em local indevido. 
• Qualquer fragmento de texto além da extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. 
• Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer marca identificadora no espaço destinado à transcrição do texto definitivo 
acarretará a anulação da sua prova discursiva. 
• Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 10,00 pontos, dos quais até 0,50 ponto será atribuído ao quesito apresentação 
(legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado). 
 
-- PROVA DISCURSIVA -- 
 
A pessoa jurídica de direito privado Ponte Alta Ltda. era detentora de crédito em face do estado do 
Amapá. Em razão do inadimplemento e de reiterados atrasos da fazenda pública no pagamento da dívida, 
a empresa contratou advogado para ajuizar ação monitória em face do referido estado. Entretanto a ação 
foi ajuizada em comarca diversa da capital. Além disso, como não havia prova escrita para o ajuizamento 
da ação monitória, Ponte Alta Ltda. utilizou o procedimento de produção antecipada previsto no art. 381 
do Código de Processo Civil, a fim de produzir a prova oral documentada em juízo. Em contestação, o 
estado do Amapá ressaltou a violação da competência, a impossibilidade de ação monitória em face da 
fazenda pública e,de forma adicional e alternativa, assinalou a inexistência de prova escrita para fins do 
ajuizamento da demanda monitória. 
 
 
Com base nessa situação hipotética, na legislação vigente e no entendimento jurisprudencial pertinente, redija um texto dissertativo, 
esclarecendo se a ação monitória poderia ter sido ajuizada em comarca diversa da capital do estado do Amapá. Ao elaborar seu texto, 
aborde os seguintes aspectos: 
 
1 conceito de ação monitória; [valor: 2,00 pontos] 
2 viabilidade de ação monitória em face da fazenda pública; [valor: 3,00 pontos] 
3 viabilidade da prova oral documentada para fins do ajuizamento da ação monitória; [valor: 3,00 pontos] 
4 existência de prerrogativa de foro para o estado-membro. [valor: 1,50 ponto] 
 
 
 
 
 CEBRASPE – TRT 8.ª REGIÃO – Edital: 2022
 
 
 
 
RASCUNHO 
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