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MARKETING E 
GESTÃO EM 
SERVIÇOS DE 
ESTÉTICA E 
COSMÉTICA
Andrea Wanowschek dos Santos
Empresário e sociedade 
empresária
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Distinguir empreendedorismo e intraempreendedorismo.
 � Explicar os conceitos e as características do comportamento 
empreendedor. 
 � Estabelecer um paralelo entre as possíveis barreiras ao empreende-
dorismo no Brasil e nos países desenvolvidos.
Introdução
Os fatores que fazem parte do universo do trabalho são muitos. Para 
entender melhor esse contexto, é fundamental compreender onde se 
está inserido. Através dessa compreensão, é possível reconhecer quais são 
as necessidades profissionais e as oportunidades existentes no mercado.
Alguns anos atrás, o profissional com formação acadêmica tinha um 
diferencial e a garantia de um bom emprego; o desenvolvimento de 
sua carreira acontecia dentro de uma única empresa da qual, na grande 
maioria dos casos, o funcionário apenas saía quando se aposentava. Mas, 
atualmente, as necessidades do mercado de trabalho são diferentes e 
os vínculos que eram praticamente para uma vida toda não acontecem 
mais, pois as pessoas precisam ter maior autonomia e estar sempre em 
busca de melhorias contínuas para se manter no mercado, que está cada 
vez mais competitivo.
As pessoas têm uma maior necessidade de aprimoramento e es-
tão sempre se desafiando, e por este e outros motivos que a cada dia 
aumenta o índice de abertura de um novo empreendimento, seja por 
oportunidade ou por necessidade do empreendedor.
Neste capítulo, você vai conhecer as principais diferenças entre o 
perfil empreendedor e o intraempreendedor, irá entender melhor as 
características do comportamento empreendedor e fazer um compa-
rativo entre o empreendedorismo no Brasil e o empreendedorismo nos 
países desenvolvidos.
Empreendedorismo e intraempreendedorismo
Atualmente, a atividade empreendedora tem um forte papel no desenvolvimento 
econômico do país, pois a abertura de novos empreendimentos geram novas 
oportunidades de trabalho. O papel do empreendedor não deve ser apenas 
relacionado a aquelas pessoas que conseguem abrir uma nova empresa, e sim 
a profissionais que têm a responsabilidade de consolidar e impulsionar novos 
empreendimentos. Através desse compromisso, o empreendedor promove 
alterações econômicas, pois as suas ideias são inovadoras e geram um grande 
giro no mercado. Quem possui perfil empreendedor normalmente consegue 
visualizar novas oportunidades de negócios e logo busca uma forma de em-
preender (CHIAVENATO, 2012).
Portanto, o empreendedor é aquela pessoa que começa um novo em-
preendimento a fim de colocar em prática uma concepção ou um projeto 
particular. Além disso, precisa estar disposto a assumir riscos que são 
gerados pelo empreendimento, assumindo todas as responsabilidades do 
negócio, e para terem êxito necessitam estar em constante inovação, bus-
cando novas opções mercadológicas. Para auxiliar os empreendedores na 
análise do negócio é interessante que seja utilizada a ferramenta de plano 
de negócios, através da qual é possível aprofundar os seus conhecimentos 
sobre o novo empreendimento, além de descobrir se ele é viável ou não. 
Se refletirmos, é impossível iniciar um novo empreendimento sem antes 
conhecer todas as concepções.
Você já percebeu que os empreendedores, além de perceberem as opor-
tunidades, estudam sobre elas e realizam uma sequência de planejamentos. 
As pessoas que exploram o mercado e conhecem as possibilidades de tecno-
logias são indivíduos mais motivados e também têm uma maior percepção 
do ambiente interno e externo. Contudo, existem pessoas com perfis bem 
distintos. A Figura 1 mostra como ocorre a ação empreendedora.
Empresário e sociedade empresária2
Figura 1. Fluxograma da ação empreendedora.
Fonte: Hisrich, Peters e Shepherd (2014, p. 6).
O ato de empreender ocorre através de oportunidades, onde é constatado 
pelo empreendedor quais são as possibilidades que podem lhe gerar retornos, 
além disso, existem algumas tendências que auxiliam nesse processo fazendo 
com que as ideias se tornem grandes oportunidades. Segundo Hisrich, Peters 
e Shepherd (2014), existem sete tendências que proporcionam para o empreen-
dedor possibilidades mais duradouras para iniciar um novo empreendimento 
e são excelentes alternativas:
 � verde;
 � energia limpa;
 � orientação orgânica;
 � econômica;
 � social;
 � saúde;
 � Web.
Pesquisadores realizaram diversos estudos e concluíram que não existe 
uma data certa para o início da utilização da terminologia. Porém, por volta de 
1755, existem relatos da empregabilidade desse termo, onde Richard Cantillon 
explicou que existem riscos ao comprar determinado produto por um preço e 
não realizar uma análise prévia do valor que será atribuído na hora de vender, 
isso pode trazer uma grande incerteza para o negociante. No caso, hoje, esse 
negociante é conhecido pela terminologia empreendedor. Passados quarenta 
e oito anos, em 1803, Jean-Baptiste Say fortaleceu a definição do empreen-
3Empresário e sociedade empresária
dedorismo, onde define que o processo de empreendedorismo tem relação 
direta com as pessoas que realizam a transição de recursos econômicos de 
um setor que possui um baixo rendimento para um setor de alto rendimento, 
proporcionando um resultado positivo para o empreendimento. Atualmente, 
é fácil compreender a empregabilidade do termo empreendedorismo e que 
está relacionada às pessoas que tomam iniciativa de empreender em um novo 
negócio e que possuem uma boa percepção de onde realizar um investimento 
(HASHIMOTO, 2013).
Você vai conhecer algumas abordagens sobre o empreendedor no viés da 
antropologia, sociologia, geografia e economia. O Quadro 1 mostra esses dados.
Fonte: Adaptado de Julien (2010).
Abordagem
O 
empreendedor
A empresa ou 
organização
O ambiente ou 
meio territorial
Antropológica e 
psicológica ou 
behaviorista
Suas 
características 
(sua 
personalidade)
Pessoal e 
centralizada
Pessoal ou não 
considerado
Sociológica Um criador de 
organização
Associada 
a outras 
organizações e 
à sociedade
A organização é 
parte do tecido 
industrial
Geográfica ou 
de economia 
regional
Um dos 
principais atores, 
mas não o único
Elementos de 
diversificação 
ou não
Fortes laços 
com o meio 
e vice-versa
Econômica Simples agente 
econômico 
Parte da 
estrutura setorial 
e resposta às 
necessidades 
do mercado
O dinamismo da 
empresa parte 
da conjuntura 
e outros ciclos 
econômicos 
de médio e 
longo prazo
Quadro 1. Abordagens sobre o empreendedor
Empresário e sociedade empresária4
Após visualizar o quadro, é possível constatar que em cada abordagem as 
referências realizadas são um pouco diferentes, mas elas complementam o 
perfil empreendedor. Todas convergem para pessoas ousadas e que buscam 
desafiar o mercado econômico com as suas ideias.
Agora que você conheceu um pouco sobre o perfil empreendedor, vai 
conhecer também sobre o perfil intraempreendedor. Ela não é tão escutada 
como a terminologia empreendedor mas também é necessária para o cres-
cimento e avanços dentro de uma organização. Todas as empresas gostam 
quando possuem profissionais com esse perfil, pois auxiliam no progresso.
Você deve estar se perguntando: será que eu tenho este perfil intraempre-
endedor? O que este profissional tem de diferencial? O que realmente é um 
intraempreendendor? Esses questionamentos e outros serão respondidos no 
decorrer do texto.
A terminologia intraempreendedor é oriunda do inglês e foi moldada por 
Gifford Pinchott III, no ano de 1978, e é caracterizada por aqueles profissionais 
que dentro da empresa incumbem-se de viabilizar a inovação de qualquer tipo, 
em qualquer instante ou em qualquer local da empresa. O intraempreendedor 
é aquele profissional que possui aptidões criativas, que auxiliam no desen-
volvimento de produtos e serviços inovadores para a organização. Portanto, 
são aqueles profissionais coma capacidade de atuar como donos do negócio, 
contribuindo com a criação de ideias dentro das empresas, mesmo que esta 
contribuição ocorra de forma indireta (HASHIMOTO, 2013).
O intraempreendorismo também é conhecido por empreendedorismo cor-
porativo, onde os funcionários com esse perfil estão preocupados em criar 
novas oportunidades para as empresas, renovar ou reestruturar os processos 
existentes e estão em busca constante por inovação. Atualmente, as organiza-
ções possuem um grande interesse nesse tipo de profissional e que são pautados 
em perfis talentosos e inquietos que gostam de ter liberdade no dia a dia do 
trabalho e principalmente precisam poder se expressar individualmente. Se em 
algum momento a liberdade desse indivíduo for podada ele infelizmente não 
conseguirá mais auxiliar no crescimento e sucesso da empresa, pois ele precisa 
estar motivado, e não frustrado, para dar excelentes retornos à organização 
(HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).
Então, pode-se concluir que qualquer funcionário pode ser um intraem-
preendedor. Mas, para isso, é necessário utilizar o seu talento de criação e 
condução de projetos tendo como objetivo a renovação estratégica, a inovação, 
a melhoria do empreendimento, entre outras possibilidades. 
5Empresário e sociedade empresária
Para consolidar as informações que você conheceu sobre empreendedor e 
intraempreendedor e também ficarem mais perceptíveis as diferenças entre 
esses dois perfis, veja o Quadro 2 a seguir. Nele, é possível visualizar que o 
intraempreendedor possui um perfil muito próximo do empreendedor, porém 
a sua atuação ocorre dentro de uma organização e o empreendedor assume 
diversos riscos externos para colocar em prática o seu projeto pessoal.
Critério Empreendedor Intraempreendedor
Motivação Em alto grau, compensa 
algumas deficiências. 
Independência motiva. 
Dinheiro é consequência 
do trabalho. Poder 
não motiva muito.
Em alto grau, compensa algumas 
deficiências. Sentimento de 
realização motiva. Dinheiro 
é consequência do trabalho. 
Poder motiva um pouco.
Contexto É independente de uma 
corporação. Desenvolve 
uma cultura corporativa. 
Maior flexibilidade para 
mudanças culturais. 
Não possui regras e 
procedimentos. Pode 
conceber seu negócio 
sem qualquer influência 
externa. Precisa montar a 
infraestrutura necessária.
Opera dentro de uma corporação. 
Já atua dentro de uma cultura 
corporativa. Menor flexibilidade 
para mudanças culturais. Opera 
dentro de regras e procedimentos 
preestabelecidos. Os negócios 
gerados devem estar alinhados 
com a missão e objetivos da 
organização. Já conta com a 
infraestrutura existente ou, 
ao menos, com parte dela.
Sonho Acredita que pode 
realizar seus sonhos. 
Vende seus sonhos 
no ambiente externo. 
Tem mais flexibilidade 
para vender suas ideias. 
Segue uma visão 
própria particular.
Acredita que pode realizar seus 
sonhos. Vende seus sonhos no 
ambiente interno e externo. 
Precisa vender sua ideia primeiro 
ao chefe. Alinha sonhos pessoais 
com a visão corporativa.
Quadro 2. O empreendedor e o intraempreendedor
(Continua)
Empresário e sociedade empresária6
Fonte: Adaptado de Hashimoto (2013).
Quadro 2. O empreendedor e o intraempreendedor
Critério Empreendedor Intraempreendedor
Risco Não é um jogador. 
Foca a atenção nas 
oportunidades. Assume o 
risco financeiro. Fracasso 
significa falência. Sabe 
mensurar riscos.
Não é um jogador. Foca a 
atenção nas oportunidades.
Corporação assume o risco 
financeiro. Fracasso não é fatal.
Extrapola funções e 
tarefas do cargo.
Inovação Impulsiona a inovação.
Transforma ideias e 
protótipos em realidade 
lucrativa. Realoca ou 
maximiza a aplicação de 
recursos para criar valor.
Impulsiona a inovação. 
Transforma ideias e protótipos 
em realidade lucrativa. Realoca 
ou tenta maximizar a aplicação 
de recursos para criar valor.
Atenção 
e ação
Põe “a mão na massa”. 
Sabe usar a intuição.
Não necessariamente 
conhece o negócio. É 
orientado para o futuro.
Põe “a mão na massa”. Sabe usar 
a intuição. Conhece o negócio. 
É orientado para o futuro.
Liderança É líder.
Atrai fornecedores, clientes, 
talentos e investidores.
Comunica sua visão de 
forma clara e realista.
Exerce gerenciamento 
compartilhado.
É líder.
Atrai fornecedores, clientes, 
talentos e intracapital para seu 
intraempreendimento. Comunica 
sua visão de forma clara e realista. 
É autogerenciado.
Fracasso Teme, mas ele 
não o paralisa.
Erros e fracassos fazem 
parte do aprendizado. 
Acumula conhecimentos 
e experiências 
diversificadas.
Teme, mas ele não o paralisa. 
Erros e fracassos fazem parte 
do aprendizado. Acumula 
conhecimentos e experiências 
diversificadas. Oculta projetos 
fracassados devidos à sua 
exposição pública.
Relaciona-
mentos
Faz transações e acordos 
com capitalistas de risco.
Agrada a si mesmo, aos 
clientes e a possíveis 
investidores. Insere-se em 
redes empreendedoras. 
É um negociador.
Faz transações dentro 
da organização.
Agrada a si mesmo, aos clientes 
e patrocinadores. Insere-se em 
redes intraempreendedoras.
É um negociador interno.
(Continuação)
7Empresário e sociedade empresária
Após a leitura do quadro, foi possível constatar que os perfis são bastante 
próximos, porém um profissional corre mais riscos que o outro e também o 
seu tipo de atuação é diferente. Fica uma reflexão: Será que possuo algum 
destes perfis? Descubra através de testes disponíveis em livros e na internet.
Comportamento empreendedor — 
conceitos e características
Os empreendedores são pessoas visionárias e que possuem características 
marcantes relacionadas à criatividade e à inovação. Os empreendedores são 
profissionais que conseguem alterar a ordem econômica atual, pois tendem a 
introduzir novos serviços e produtos no mercado, isto se dá através da concep-
ção de novas possibilidades de administração ou também por terem curiosidade 
e realizarem exploração de recursos e materiais novos (CHIAVENATO, 2012).
Através da motivação para a concepção de um novo negócio ou pela repa-
ração dos processos de uma empresa, ou melhoria de um determinado produto 
ou serviço que já existe em um organização é que a ação empreendedora 
ocorre, pois ela acontece por meio da determinação de um empreendedor. Os 
empreendedores são pessoas que necessitam ter criatividade pois estão sempre 
em busca de novas possibilidades e criando inovações. Se refletirmos, essas 
pessoas são responsáveis pelo desenvolvimento das empresas no mercado, pelo 
grande crescimento de novas oportunidades de trabalho, entre outras questões. 
Portanto, os empreendedores precisam ser criativos para criar inovações. 
Em diversas bibliografias podemos encontrar conceituações para o perfil 
empreendedor, mas conforme Dornelas (2015), as pessoas empreendedoras são 
proativas e motivadas, aplicam os seus recursos financeiros de forma criativa 
e com o intuito de modificar o ambiente econômico e social, assumem riscos, 
porém todos calculados através de um plano de negócios.
Segundo Dornelas (2015), através de pesquisas realizadas durante muitos 
anos, pode-se elencar as principais características de um empreendedor, como 
você pode ver no Quadro 3.
Empresário e sociedade empresária8
Fonte: Adaptado de Dornelas (2015).
Correr riscos Indepen-
dência
Inovador Realização Autocontrole
Criativo Autocon-
fiança
Responsa-
bilidade
Determi-
nação
Entusiasmo
Liderança Metas Tolerância Ambição Dinheiro
Iniciativa Oportu-
nidades
Network Busca de 
dados
Comprome-
timento
Persistência Poder Positividade — —
Quadro 3. Características de um empreendedor
É notável que as características de um empreendedor são as mais diversas, 
mas saiba que nem todos os indivíduos possuem as vinte e três características 
elencadas no Quadro 3, porém têm a grande maioria delas. Possuir essas ca-
racterísticas torna essas pessoas cheias de atitudes e visionários que realizam 
ações que geram resultados efetivos e, na maioria das vezes, lucros.
Além das características mais citadas em pesquisassobre o assunto, é interessante 
você também conhecer as características dos empreendedores de sucesso. Para isso, 
faça a leitura do capítulo “Quem é o empreendedor”, do livro Empreendedorismo na 
prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso (DORNELAS, 2015).
Muitas das características de sucesso que você acabou de conhecer são 
natas, a pessoa possui desde nascença, mas quem não as possui pode desen-
volvê-las ao longo da vida e vir a ser um empreendedor de muito sucesso. 
Mas todas as características apresentadas são voltadas à inovação e à criati-
vidade, e qualquer pessoa pode transformar o seu sonho em realidade, basta 
ter determinação e estudar sobre o assunto que certamente o sucesso pode 
vir em decorrência disso.
9Empresário e sociedade empresária
Possíveis barreiras ao empreendedorismo no 
Brasil e nos países desenvolvidos
A base do sistema capitalista e do desenvolvimento dos territórios são as 
empresas privadas, pois elas têm relação direta com a criação de novos postos 
de trabalho, com o giro econômico e financeiro que é promovido pelas pres-
tação de serviços e a introdução de novos produtos no mercado, através disso 
promovem o bem-estar da população e geram recursos para o governo. Nos 
últimos vinte anos, as ações empreendedoras estão sendo mais observadas 
e estudos estão sendo gerados para entender melhor esse processo. Segundo 
Filion (1999), se procurarmos informações sobre o assunto é possível encontrar 
mais de mil publicações, demonstrando o interesse das pessoas em empreender. 
Quando mencionamos o termo empreender ele está ligado a diversas formas 
de empreender. Você vai conhecer quais são os principais tipos de empresas 
abertas no Brasil. 
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(SEBRAE, 2018), existe a possibilidade de abrir uma empresa como Empre-
sário Individual, do qual apenas uma pessoa está à frente da empresa e a sua 
responsabilidade é ilimitada, pois se ocorrer algum endividamento da empresa 
o empreendedor precisa sanar as suas obrigações usando os seus bens pessoais, 
se for necessário. É possível também abrir uma empresa como Microempre-
endedor Individual (MEI), são aquelas empresas que possuem faturamento 
anual de até R$ 81.000,00 e o proprietário não pode possuir outra empresa 
em seu nome e apenas está prevista a contratação de um colaborador. Outro 
formato é a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), que 
prevê a atuação individual e não é possível ter sócios, e a responsabilidade 
do empreendedor é limitada ao capital social da empresa. Nesse formato, o 
patrimônio do empreendedor fica protegido em caso de endividamento. Já na 
Sociedade Empresária, funciona com a atuação coletiva entre dois ou mais 
sócios e todos possuem responsabilidades limitadas ao capital social. E, por 
fim, existe a Sociedade Simples, onde ocorre a atuação de forma coletiva, 
podendo ter dois ou mais sócios. Quem adere a essa modalidade são os pres-
tadores de serviços de profissão intelectual, artística ou de natureza científica.
A forma de abertura de uma empresa pode ser considerada uma barreira ao 
empreendedorismo no Brasil, pois em alguns casos o processo é moroso e as 
exigências são grandes, precisando ter cautela e principalmente conhecimento 
de qual tipo de empresa será aberta.
Empresário e sociedade empresária10
Observe o Quadro 4, que traz informações sobre a variação do percentual 
do produto interno bruto. A partir deste quadro, iremos realizar uma análise 
das principais barreiras do empreendedorismo no Brasil e também no exterior.
Fonte: Adaptado de International Monetary Fund – IMF (2015, apud INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA 
E ESTATÍSTICA – IBGE, 2017, documento on-line).
Região/país
Ano
2012 2013 2014 2015
Mundo 3,5 3,3 3,4 3,1
Economias avançadas 1,2 1,2 1,8 1,9
Área do Euro (-) 0,9 (-) 0,3 0,9 1,6
Mercados emergentes 
e economias em 
desenvolvimento
5,3 4,9 4,6 4,0
América Latina e Caribe 3,2 3,0 1,3 (-) 0,1
Brasil 1,9 3,0 0,1 (-) 3,5
Quadro 4. Variação percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mundo, econo-
mias avançadas, área do euro, mercados emergentes e economias em desenvolvimento, 
América Latina e Caribe (2012–2015)
Ao visualizar os dados do quadro, é possível chegar a diversas conclusões. 
Primeiramente, vamos analisar o Brasil. É notável que a economia brasileira 
apresentou um crescimento inferior à média mundial no ano de 2012. Já em 
2013, melhorou o seu desempenho e ficou próximo às médias dos países da 
América Latina e Caribenho, porém teve nova queda no ano de 2014, e em 
2015 foi péssimo o desempenho do país. 
Continuando a análise dos dados apresentados no quadro, é perceptível que 
a economia mundial teve um crescimento no ano de 2015, mas esse cresci-
mento gerou um grande reflexo nos países emergentes que possuem potencial 
de crescimento econômico, industrial e modernização mais rápidos que os 
demais, e infelizmente ocorreu uma lentidão na sua recuperação econômica, 
isso tudo é devido à:
11Empresário e sociedade empresária
[…] lenta recuperação das economias avançadas; a desaceleração da economia 
chinesa; a queda dos preços das commodities, principalmente a queda do preço 
do petróleo e insumos energéticos; e a adoção gradual, por parte dos Estados 
Unidos, de uma política monetária mais contracionista que a verificada nos 
últimos anos (IBGE, 2017, documento on-line).
A situação econômica do Brasil e dos países desenvolvidos tem grande 
reflexo no empreendedorismo, pois em momentos de crise as pessoas seguram 
ao máximo o dinheiro que possuem, não realizam investimentos, pois tudo 
é incerto e esta é também considerada uma grande barreira para o empreen-
dedorismo não apenas no Brasil mas também no mundo, pois se o cenário 
econômico não está favorável infelizmente não ocorrem investimentos e com 
isso aumenta o desemprego e a economia não gira. 
A pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2017), 
que acontece com o apoio do Sebrae, constatou diversos fatores que favorecem 
no Brasil a abertura de novo empreendimento, porém também apontou as bar-
reiras do empreendedorismo. Das pessoas ouvidas, 86,7% apontou que faltam 
políticas governamentais e os programas oferecidos pelo governo precisam 
passar por melhorias para que possam ser abertas mais empresas no Brasil 
e também possam ser mantidas. Dentro desse percentual, é apontando que 
poderia ser aperfeiçoado o sistema tributário e indicam que seria interessante 
ocorrer a desburocratização do sistema para facilitar o acesso a todos. Também 
é considerada uma barreira ao empreendedorismo o apoio financeiro (45%), 
pois são poucos os recursos oferecidos aos empreendedores e a aquisição de 
difícil aprovação e/ou com juros muito elevados. E, por último, são apontados 
o contexto político e o clima econômico (28,3%). Esse indicador aparece 
devido à crise econômica que o país passou e as consequências que ainda são 
sentidas pelos empreendedores (GEM, 2017).
Agora você vai entender como ocorre o empreendedorismo nos países 
desenvolvidos. Pense na seguinte situação: um brasileiro que possui pouca 
fluência em outra língua decide ir morar em outro país e também abrir o seu 
empreendimento, uma das barreiras será não ter fluência no idioma do país 
que escolheu. Além disso, a falta de informações da legislação de outro país 
e também não conhecer o consumidor que irá adquirir produtos e serviços 
do seu estabelecimento. Essas são as principais barreiras para um brasileiro 
abrir um negócio no exterior. 
Empresário e sociedade empresária12
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 4. ed. São 
Paulo: Manole, 2012.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades do empreendedor 
de sucesso. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de peque-
nos negócios. Revista de Administração, v. 34, n. 2, p. 5–28,1999. Disponível em: http://
www.spell.org.br/documentos/download/18122.Acesso em: 20 maio 2019.
GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR (GEM). Empreendedorismo no Brasil: relatório 
executivo. Brasília: IBQP; SEBRAE; FGV, 2017. Disponível em: https://m.sebrae.com.br/
Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relat%C3%B3rio%20Executivo%20BRASIL_web.
pdf. Acesso em: 20 maio 2019.
HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações: aumentando a competitivi-
dade através do intraempreendedorismo. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013.
HISRICH, R. D.; PETERS, M.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Estatísticas de empreende-
dorismo — 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. (Estudos e pesquisas. Informação econômica, 
30). Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101312.pdf. 
Acesso em: 20 maio 2019.
INTERNATIONAL MONETARY FUND (IMF). World economic and financial surveys: world 
economic outlook database. Washington, DC: IMF, 2015. Disponível em: https://www.
imf.org/external/pubs/ft/weo/2015/01/weodata/index.aspx. Acesso em: 20 maio 2019.
JULIEN, P. A. Empreendedorismo regional e economia do conhecimento. São Paulo: Sa-
raiva, 2010.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Quais são 
os tipos de empresas? 2018. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/
ufs/sp/conteudo_uf/quais-sao-os-tipos-de-empresas,af3db28a582a0610VgnVCM100
0004c00210aRCRD. Acesso em: 20 maio 2019.
13Empresário e sociedade empresária

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