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Artigo_Empreendedorismo_Folha_De_Sao_Paulo_08

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ARMADILHAS NA ESCOLHA
Negócio em alta
O empreendedor pode se sentir muito atraído por um ramo
em ascensão. Mas não deve esquecer que, como ele,
centenas de outros pretendentes cobiçam o mesmo
grupo de consumidores. Toda essa concorrência
certamente dificultará a sobrevivência.
Os modismos, negócios que entram em
decadência com a mesma rapidez com que surgem,
podem ser uma ‘roubada’. Nesses casos, é aconselhável
ter o controle preciso do tempo para começar, ganhar
algum dinheiro e rapidamente sair do ramo
Sucesso garantido
Nem sempre o que dá certo em um
determinado local funciona também
em outro. Sucessos absolutos de público
em uma capital
podem significar
falência em uma
cidade do interior.
Mesmo franquias
consolidadas em
outros países correm
risco de não encontrar
mercado cativo no
Brasil. Foi o que
aconteceu, por exemplo,
com redes de alimentação como Arby’s e Subway
Empreendimento
“mico”
Uma ‘‘grande idéia’’
pode parecer mais
brilhante do que
realmente é. Se o
empreendedor vê um
nicho de mercado
em que ninguém
 atua, deve dobrar sua
 atenção. Talvez não haja concorrentes
 à vista porque não existem
 potenciais consumidores
Adquirir uma empresa
já pronta elimina
dores de cabeça?
Depende. Em certos casos, os
maiores contratempos podem
surgir depois, com a descoberta de
eventuais dívidas fiscais, trabalhistas
ou com fornecedores do antigo
dono. Consultores recomendam
cuidado na análise do passado da
companhia que o empreendedor
quer comprar. Deve ser solicitada a
ajuda de especialistas, como
advogados e contadores
Inovação depende
de tecnologia
Mito. Muitos
empreendimentos
estabelecem
diferenciais que
revolucionam o
mercado sem
que um
desenvolvimento
técnico específico esteja
envolvido. Foi o caso dos
restaurantes a quilo
Um hobby é
o melhor negócio
Gostar muito de uma
atividade não significa que
ela se transformará em um
negócio rentável
É melhor ser um patrão infeliz do
que um empregado descontente
Acontece justamente o contrário. Ter o negócio
próprio requer maior envolvimento com a área
de atuação. O empreendedor
insatisfeito tem muito mais trabalho para se
livrar de um negócio que não o satisfaz do que
o empregado para sair de um emprego
Fonte: consultores
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domingo, 8 de setembrode 2002AB
IDENTIFICAÇÃO
Lucroéconsequência,
enãoaprincipalcausa
daescolhadonegócio
Não basta optar por um ramo emalta, é preciso
vislumbrar a chance de realização profissional
A escolha do negócio não é questão de
pressentimentosobreoquepodedar lucro.
Muitosaspectostêmdeserconsiderados.
■ Em geral, o primeiro passo é identificar
umaoportunidade emumnichodemerca-
do.Ou seja, verificar se ademandapor cer-
to produto ou serviçonão é atendida. Pode
ser um segmento que nãodesperte interes-
sedasgrandesempresas,porexemplo.
■ Os especialistas recomendam que haja
uma afinidade com o negócio desejado.
Não basta serumramoemalta. Temde ser
uma área em que se possa vislumbrar a
possibilidade de realização profissional. E
que seja, depreferência,umsetoremque já
setenhaexperiênciaouconhecimento.
■ O empreendimento não precisa se ba-
sear emuma grande invenção ou inovação
tecnológica. O segredo está em adotar um
diferencialemrelaçãoaoquejáexiste.
■ Emgeral, quantomaior o risco,maiores
os ganhos possíveis. Negócios mais tradi-
cionais não costumam dar retornos vulto-
sos,massãomenosarriscados.
■ O setor de serviços apresenta as chama-
das “barreiras de entrada”mais baixas. Na
maioria das vezes, não requer grande custo
inicial, já que não há exigência de investi-
mentoemestoqueouemmaquinário.
■ Para iniciar emcomércio,éprecisohabi-
lidade para atuar em vendas. Os gastos são
mais altos que em serviços, pois incluem
pontoemercadorias.Adquirirumalojaem
shoppingenvolvedespesascomluvas.
■ O segmento industrial costuma exigir o
maior investimento inicial, pois envolve a
montagem da infra-estrutura produtiva.
Paraminimizar o custo, pode-se terceirizar
parte da produção. Conhecer redes de for-
necedoresecompradoreséessencial.
■ Quem quer correr um menor risco cal-
culado tem a opção das franquias. Nesse
formato de negócio, o franqueado trabalha
com o apoio de uma marca já existente e
supostamente consolidada. Por outro lado,
o investimento inicial tende a ser mais alto
do que em umnegócio independente, e há
regrasepadrõesaseguir.
NA PRÁTICA
O engenheiro químico Daniel Li, 28, obedece
sempreaalgunscritériosparaabrirnegócios. Já te-
ve três (uma revendedora de suco de laranja, um
call center e uma empresa de recursos de multas)
antes de montar a Pixel Software, que elabora si-
muladores de produtos (por exemplo, uso de len-
tes de contato coloridas e certos cortes de cabelo).
“Escolho os que têm forte diferencial
competitivo”, diz, “preferencialmente
serviços pioneiros”. Mas não gosta de
riscos financeiros. Começa sempre
“comomínimodecapitalnecessário”.
Conhecermuitobemumsegmentoe,
num dado momento, identificar uma
demandanãoatendida.Foiassimqueo
engenheiroWilsonPoit, 43, criouaPoit
Energia, em 98. Um ano antes, quando
monitorava a estruturaçãodeumpalco
paraumshowdemúsica, percebeuque
não havia empresas especializadas em
locar, para eventos, geradores com os
serviços agregados necessários. Ven-
deu tudoque tinha e começou comum
caminhão. Hoje, tem 65 caminhões, 75
funcionáriosefiliaisemcincocapitais.
Empreendedor
apostaem
ineditismo
Fernando Moraes/Folha Imagem
Daniel Li teve três empresas antes da
atual, todas com baixo risco financeiro
Coleção do EMPREENDEDOR 3SEBRAE

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