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Página 1 de 5 UNIDADE CURRICULAR: História Económica e Social CÓDIGO: 41071 DOCENTE: Fernando Pimenta; Paula Pereira A preencher pelo estudante NOME: Nathaly dos Santos Oliveira N.º DE ESTUDANTE: 2002059 CURSO: Ciências Sociais DATA DE ENTREGA: 08/04/2022 Página 2 de 5 TRABALHO / RESOLUÇÃO: Após a Segunda Grande Guerra, a economia mundial careceu de uma reconstrução capitalista que garantisse a expansão. Desde 1945 até 1970 a história conta-nos a evolução da intervenção na economia europeia na crise económica pós o conflito mundial. No acordo de Bretton Woods, realizado em julho de 1944, no hotel Mount Washington por cerca de 45 países, na cidade com o mesmo nome, nos Estados Unidos da América delinearam-se os parâmetros que iriam definir a economia mundial após a Segunda Grande Guerra. Contudo, as negociações para o estabelecimento de um Sistema Monetário Internacional (SMI) começaram, entre os EUA e o Reino Unido, ainda no decorrer da Segunda Guerra Mundial. Este acordo possibilitou aos EUA a intensificação da internacionalização do capital e consolidou este país como potência hegemónica no plano da economia capitalista, pois detinham o controlo de grande parte da economia mundial e de todo o sistema distributivo de capital, posição que até a data tinham recusado durante pelo menos 25 anos por políticas externas que obrigavam ao envolvimento em questões político-económicas. Os objetivos do acordo eram: implementar a estabilidade do câmbio, contribuir para instituição multilateral de pagamentos, facilitar a expansão do comércio internacional, entre outros. Em primeiro lugar definiu-se aceitação do dólar como moeda internacional e conversível em ouro. Em segundo lugar foi definido que haveria livre conversibilidade das moedas nacionais a partir de igualdade fixada em dólares. O primeiro passo foi tomado foi transformação do dólar numa moeda forte e de fator de referência a nível mundial para os restantes 44 países signatários. Quer dizer que de forma obrigatória todas as moedas estariam ligadas ao dólar, com a variação negativa ou positiva máxima de 1%. Para se conseguir pôr em prática esta ideia transformaram-se dólares em moedas de ouro, num valor previamente acordado, que pudessem ser transportadas por qualquer cidadão. Contudo esta ideia não passou de uma utopia, já que se verificou que era impossível de sustentação, mesmo com a emissão da moeda sob controlo rígido, acabando por ser mais proveitoso a nível de propaganda do dólar numa escala mundial. E em terceiro, criaram-se instituições financeiras como o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (mais tarde renomeado para Banco Mundial e que nos dias de hoje é uma Agência de Crédito) que seriam responsáveis pela sustentação financeira do modelo criado e o Fundo Monetário Europeu (FMI), uma espécie de caixa bancaria onde através da aplicação de disciplina fiscal (ditados pelos próprios dirigentes do fundo) seria possível movimentar dinheiro para injeções de capitais económicos. A Página 3 de 5 “Guerra Fria”, termo criado pelo antagonismo existente entre as políticas capitalista dos Estados Unidos da América e a comunista caraterística da URSS. O Plano Marshall foi o principal instrumento de intervenção americana na economia da Europa Central após a 2ª Guerra Mundial e esteve vigente entre 1947 e 1951, findando oficialmente em 1952. No dia 12 de Julho de 1947, em Paris, o autodesignado, Comité de Cooperação Económica Europeia delineou os pontos do acordo. Este plano contribuiu para a reconstrução económica dos países mais afetados pela guerra e com os fundos provenientes foi possível a todos os países aderentes obterem alimentos, produtos industrializados e agrícolas e combustíveis vindos em maioridade dos Estados Unidos da América. Denominado por European Recovery Program, ou Programa de Recuperação Europeia, recebeu o nome Plano Marshall, graças ao seu criador, o General George Catlett Marshall, Secretário de Estado do Presidente dos Estados Unidos da América. O Plano Marshall, foi fundamental para a recuperação dos maiores países capitalistas da Europa como a Inglaterra, a França, a Alemanha Ocidental e a Itália. Ficando de fora a Alemanha Oriental, a Espanha, e a Checoslováquia e Finlândia que foram pressionadas pela União Soviética a não participar. Ainda existiram alguns países que acabaram por beneficiar deste plano de forma indireta, como Portugal, que embora neutro na guerra, participou. O acordo consistia na disponibilização monetária de empréstimos em dólares (em grande escala), que seriam usados na recuperação das forças de abastecimento e de produção da Europa Ocidental. Para a sua execução foi criada nos Estados Unidos da América, a Administração da Cooperação Económica que distribuiu 18 bilhões de dólares aos países aderentes. Em 1929 a Europa Ocidental entrou num período de crise profunda e a economia planificada da União Soviética alcançou níveis muito altos de crescimento, onde partidos comunistas em países como a Itália ou a França ganharam força pelas suas alianças a Moscovo. Deste modo, o Plano Marshall foi pensado como uma campanha que lutasse contra o comunismo e reconstruísse os países da Europa através de restruturações económicas das indústrias. Ainda foi oferecida ajuda a URSS, contudo recusada por Estaline que era contra o capitalismo ocidental. O Plano Marshall possibilitou ainda a criação em 1948 da Organização Europeia de Organização Económica que depois tornou-se a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico e do Mercado Comum Europeu e da União Europeia. O Estado-Providência teve a sua maior época de crescimento após a II Guerra Mundial, despoletando em toda a Europa uma ideia de que um estado organizado consegue alterar o funcionamento dos mercados. O conceito de bem-estar Página 4 de 5 social tem origem no termo anglo-saxónico Welfare State. Surgiu em alguns países vanguardistas de medidas sociais, onde se pretendia fazer uma gestão de riscos sociais e proteger os cidadãos dos efeitos adversos provenientes de fenómenos que causam perda de rendimentos (desemprego, velhice ou doença, etc.) que influenciassem os direitos sociais. Um dos grandes objetivos visados pelo conceito de Estado-Providência era a redistribuição de recursos como por exemplo: as transferências sociais monetárias que garantiam os níveis mínimos de rendimento, evitando situações de pobreza extrema. A criação do bem-estar social surge pós Segunda Guerra Mundial, onde vários países fundaram um modelo social europeu de proteção social. As primeiras medidas criadas surgiram para enfrentar os ideais do neoliberalismo que por sua vez defendia a ideia de que cada indivíduo deveria responsabilizar-se e gerir os seus interesses pessoais. Estas visavam principalmente proteger os cidadãos de acidentes de trabalho e estendiam-se a aplicação de seguros de doença e regimes de proteção na velhice e mais a posteriori, prestações de desemprego e prestações familiares e seguros de saúde. Ainda para se diferenciarem das ideias liberalistas foram criados a pensão de velhice e o seguro de doença surgem como medidas obrigatórias da segurança social que tinham como objetivo substituir os rendimentos, e que segundo o liberalismo, estes rendimentos deveriam ser assegurados com comportamentos de precaução pelo próprio. E como medida mais radical, é criado o subsídio de desemprego, contrariando a ideia neoliberalista de que os desempregados tinham de se predispor a aceitar novos empregos quase obrigatoriamente. As primeiras medidas surgem na Alemanha, com o Bismark. Bismark levado pela industrialização, apresentou uma política social no Parlamento Nacional (Reichstag). Tendo sido aprovado o primeiro sistema de segurança social com natureza obrigatória. Esta mesma legislação consistia em três leis que consagravam um seguroobrigatório para riscos de acidentes de trabalho, outro de doença e ainda de invalidez e velhice. Nesta sequência outros governos como a França ou a Dinamarca apresentaram propostas semelhantes e em 1889, em Paris, realizou-se o primeiro congresso internacional sobre seguros de acidentes. Na Inglaterra, no início do século XX, foram criadas as pensões de velhice pelo governo de Lloyd George, mas apenas em 1911 que foi criado o seguro obrigatório contra doenças e somente no ano seguinte foi criado o seguro contra o desemprego, surgindo então a maior inovação de política social inspiradas em medidas pós-guerra de restruturação social. Página 5 de 5 BIBLIOGRAFIA NEAL, L., & CAMERON, R. (2019). História Económica do Mundo. Do Paleolítico ao Presente. Forte da Casa: Escolar Editora. PEREIRINHA, J. A. (2018). Política Social. Lisboa: Universidade Aberta. PIMENTA, F. T. (2022). Textos de Apoio e de Contextualização Histórica da Unidade Curricular de História Económica e Social. Universidade Aberta: Ambiente da sala de aula virtual.
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