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RESUMO DISCIPLINA ETICA AV

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RESUMO DISCIPLINA ETICA AV1 + AV2 + AVD 
1. Ética: Constitui-se como uma atividade ou disciplina filosófica que procura estabelecer racionalmente critérios e princípios para a conduta humana (valores), propondo-os, sempre, com pretensão de universalidade. Características associadas à Ética: •Valores e Virtudes • Abrangência Universal • Dignidade Humana • Princípio Filosófico • Bem-Estar e Felicidade • Integração da Humanidade • Motivação das Atitudes
2. Moral: Normas de convivência, que tomam a forma de valores referentes a “bem” e a “mal” aplicados à conduta. Sua origem tem relação do latim “mores”, que significa “costume”. Tem o foco no padrão de um grupo de pessoas ou sociedade, regendo as formas de agir de seus membros
3. A ética é a filosofia da moral, responsável pela reflexão filosófica sobre as regras e valores morais. Enquanto a Ética é algo voltado à pessoa e sua “índole”, além da reflexão, a moral está voltada à gestão dos grupos. Ou seja, a ética é algo maior que a moral e a segunda está contida na primeira, apesar de não ser a obrigatória a existência da primeira antes da segunda. 
4. ÉTICA NA PSICOLOGIA 
· O paradigma científico, em especial o conceito de neutralidade, que rege o saber psicológico se distingue do conceito de ciência clássica, principalmente por causa da complexidade da complexidade do objetivo de estudo da Psicologia em suas múltiplas interfaces (social, clínica, trabalho etc.) 
· O Princípios Fundamentais consagrados pelo Código de Ética dos Psicólogos (as), que refletem os princípios universais dos Direitos Humanos e ressaltam a responsabilidade profissional na promoção da "saúde das pessoas e coletividade" (Art. II) e de analisar crítica e historicamente a “realidade política, econômica, social e cultural" (Art. III)
5. CONCEITOS: 
a. DEMOCRACIA = é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal 
b. CIDADANIA = é o conjunto de direitos e deveres que todo cidadão tem em sua localidade de origem. 
c. LIBERDADE = significa a condição daquele que é livre, independente, autonomia, capacidade de agir por si próprio segundo seu livre arbítrio, de acordo com sua própria vontade de maneira que não prejudique ninguém a partir de suas escolhas. Liberdade é o direito de qualquer cidadão
6. A constituição Federal do Brasil, de 1988, diz, em seu Art. 5º: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantidos e, aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". Neste documento é uma obrigação fundamental do Estado garantir que os tais direitos sejam respeitados, usando todos os meios a seu dispor para isso. Historicamente, no entanto, o Estado Brasileiro vem sendo denunciado por diferentes órgãos e instituições Internacionais (anistia Internacional, Comissão Interamericana de Direitos Humanos OEA, Conselho de Direitos Humanos da ONU, dentre outros) por reiterados atos de violação de Direitos Humanos que deveria garantir isso.
7. ATOS INSTITUCIONAIS NA DITADURA MILITAR - Decretos com poder de Constituição utilizados pelos militares para darem legitimidade às violências durante o período da Ditadura. 17 atos institucionais, entre 1964 e 1969. AUMENTAR O PODER DO ESTADO SOBRE A POPULAÇÃO
· Ato Institucional nº 1 Em suma: retiraram a base jurídica para as ações que aconteceriam a seguir: Militares como legitimadores do seu próprio poder. expurgo no funcionalismo público aprisionamento de cidadãos
· Ato Institucional nº 2 Existência de apenas 2 partidos políticos poderes do presidente foram reforçados - Sendo possível cassar os direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos. Partidos políticos foram extintos, a eleição presidencial passou a ser realizada de maneira indireta, o que desagradou profundamente grupos como os liberais
· Ato Institucional nº 3 e nº 4 Eleição dos governadores seria indireta
· Ato Institucional nº5 garantiu a ampliação dos aparatos de perseguição e repressão dos cidadãos brasileiros. Ações ilegais, como a tortura, ganharam incentivo por meio do AI-5.
8. ELABORAÇÃO E PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
· Em 1988, a constituição nacional que garantiria o funcionamento do Estado e a garantia de direitos fundamentais à população.
· Garantir direitos sociais, econômicos, políticos e culturais que estavam suspensos no período anterior, e que posteriormente seriam regulamentados por leis específicas.
· A Constituição de 1988 é a atual Carta Magna do Brasil que serve de parâmetro para as demais legislações vigentes no país. Aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, ela foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988, durante o governo do presidente José Sarney
9. CONSTITUIÇÃO DE 1988 - Art. 5º que "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se, aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
10. TRATADOS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
· A violência contra as mulheres é uma violação aos direitos humanos - Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública. No Brasil, além da criação da Secretaria Especial de Direitos Humanos e das Delegacias Especiais da Mulher, foi criada no governo Lula a Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPMULHERES, cujo objetivo é traçar políticas públicas nessa área. Infelizmente, os dados da violação dos direitos das mulheres no Brasil são alarmantes.
· O cumprimento da igualdade de direitos entre homens, mulheres, povos e nações constitui-se no fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo. Foi para garantir essa realidade, que em 10/12/1948 foi proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas - ONU, a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Desde então, há uma vigilância mundial para que esses direitos sejam efetivamente garantidos. No entanto, é preciso que estejamos atentos para que esses direitos sejam respeitados. No âmbito internacional, organizações e tratados cumprem seu papel de resguardar a aplicação dessas leis contra genocídios e violações dos direitos humanos.
· No que diz respeito aos direitos das crianças, observa-se que, apesar da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil desde 1990, o quadro da infância e juventude ainda é perverso no Brasil. Os indicadores de fome, doenças, analfabetismo, trabalho infantil, violências, chacinas, exploração sexual, entre outros, demonstram que não asseguramos proteção a eles ainda. Os casos de estupro, especialmente em crianças, têm aumentado assustadoramente em todo o Brasil
· No âmbito da Psicologia, muitos trabalhos de relevância social se destacam. Na área específica do desemprego, o psicólogo Wanderley Codo, mantém um projeto de aconselhamento psicológico aos desempregados - trabalho onde o índice de desocupação da população atinge 23%. 
· A premiação, pela Unesco, de uma psicóloga na Universidade Federal do Rio de Janeiro dentro do programa "Universitários sem Fronteira" pela relevância do seu trabalho numa favela em prol da cidadania dos jovens fortalece o caráter sociopolítico da categoria em grandes projetos.
11. DIREITOS HUMANOS E A PSICOLOGIA 
· O V Seminário de Direitos Humanos e Psicologia realizado em novembro de 2003 em Brasília já evidenciava o forte compromisso da Psicologia contra a violação dos direitos humanos e a favor de uma cultura para a cidadania plena do brasileiro. Muitas iniciativas, sem dúvida, estão em curso nesta área, mas certamente muito há o que ser feito num longo caminho a percorrer. Um bom exemplo do exercício de cidadania do Conselho Federal de Psicologia é asua recente e importante participação no "Expo Fome Zero - Brasil Socialmente Responsável", expondo os grandes projetos sociais da categoria num avanço histórico pela cidadania brasileira. 
· O Jornal do Conselho Federal de Psicologia de outubro de 2006 trouxe notícias animadoras nesse sentido. A participação da categoria no Grupo de Trabalho Interministerial sobre a Assistência Humanitária Internacional, atuação na Defesa Civil e em ações no Ministério da Saúde em situações específicas de risco ou calamidade, a participação política por um tratamento mental mais humanizado no Brasil e a criação recente pelo CFP do prêmio profissional "Psicologia e práticas educacionais inclusivas" caracterizam na prática a vinculação real da Psicologia aos Direitos Humanos.
· Na teoria, já existe esse intricamento profundo na relação entre a ciência psicológica e os direitos humanos/cidadania. Nos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo Brasileiro (2005) pg.7 podemos ler: "I. O psicólogo baseará seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos." "II. O psicólogo trabalhará visando promover saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". "III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural".
· Incluir no currículo da graduação em Psicologia disciplinas e/ou unidades temáticas com enfoque no engajamento social teórico-prático dos alunos no ensino, na pesquisa e na extensão como forma de sensibilizá-los para uma participação mais efetiva em projetos sociais, que visem promover a cidadania dos brasileiros. 
· Buscar uma formação acadêmica competente para pesquisar, formular propostas e agir, especialmente na área social. 
· Neste campo de atuação, inegável a contribuição da Psicologia Escolar e Social preventiva buscando conscientizar sobre a necessidade da busca da cidadania, da inclusão social e da criação de uma postura crítica, por parte das crianças e dos adolescentes, frente aos apelos e modismos sociais da mídia e do perigoso contato com bebidas, drogas, fumo, exploração sexual e o crime.
· Na universidade, profissionais de Psicologia funcionando como agentes importantes na criação de projetos de ação focados em direitos humanos no ensino, na pesquisa e na extensão. Além disso, empenho para a criação de cursos de pósgraduação na área dos direitos humanos. Importante a implementação de uma educação em direitos humanos em todos os cursos de licenciatura nas universidades. Dessa forma, teríamos em pouco tempo, uma rede de multiplicadores e ações na área dos direitos humanos em todos os níveis escolares: do ensino fundamental aos cursos de pós-graduação. Com a extensa e importante rede de escolas públicas que o Brasil tem, seria enorme a dimensão social desse trabalho contra a violação dos direitos humanos
· Participação mais efetiva e competente da categoria nos trabalhos do terceiro setor - as Organizações Não Governamentais (ONGs) - como forma alternativa de buscar resolver os problemas sociais. Apesar de muitos psicólogos já trabalhar nessa área, necessário se faz uma intensificação de esforços em trabalhos de maior relevância social. Participar com maior destaque ainda em grandes projetos contra a violação dos direitos humanos no nosso país.
· Há de se ressaltar que as lutas pela democratização empreendidas pelos movimentos sociais a partir da segunda metade da década de 1970 e pelas entidades de Psicologia no início da década de 1980 tratam de “uma luta de todos, e de todas as sociedades [...] uma luta geral, coletiva, por uma nova concepção de mundo, de homem e de humanidade: por uma sociedade sem torturas” (Coimbra, 2001, p. 19)
12. RECAPITULANDO.
· A ética e os direitos humanos universais inspiraram a elaboração do Código de Ética Profissional do Psicólogo 
· Este documento que revela uma visão abrangente sobre como a Psicologia concebe seu campo de saber, marcado pela necessidade de aprimoramento técnico e teórico permanente e pelo estabelecimento de parâmetros para a atuação profissional 
· Código de Ética é fruto de um processo histórico de amadurecimento
· Ao se propor como um documento orientador e não uma prescrição de práticas, procurou, em suas atualizações, renovar a reflexão sobre os diferentes aspectos do exercício profissionais
· Resumindo, o Código de 2005, o mais recente, busca estabelecer os parâmetros e as diretrizes para o trabalho de psicólogos(as) e servir de base para os ideais de sociedade que a Psicologia adota para si e que busca promover por meio de suas práticas 
· Os encontros (e desencontros) entre a ética, a prática dos(as) psicólogos(as), o código de ética e os direitos humanos fornecem muitas possibilidades de análises, embates, dúvidas e questionamentos sobre como esses temas se articulam nos espaços onde os(as) psicólogos(as) se fazem presente
13. RESPEITO À DIVERSIDADE, À INCLUSÃO E AO MULTICULTURALISMO
· Faz-se urgente a promoção de um ambiente igualitário, responsável socialmente, favorável à abertura de espaço para a diversidade e promoção de práticas inclusivas
· Estes temas têm sido discutidos em várias esferas sociais, e as conquistas dos últimos anos são animadoras, embora ainda distantes da necessidade social das minorias que historicamente foram negligenciadas pela classe dominante 
· Portanto, é muito importante a aproximação entre estes temas e as possibilidades de contribuição na direção de uma sociedade mais inclusiva e justa 
· Algumas empresas possuem iniciativas inovadoras que revelam práticas consideradas efetivas para o desenvolvimento das organizações 
· E consequente alavancagem dos resultados financeiros, conforme demonstram vários estudos e depoimentos divulgados na imprensa e redes sociais
14. RESPONSABILIDADE SOCIAL
· São inúmeros os instrumentos que abordam e evidenciam a responsabilidade social
· Vamos nos ater ao Código de Ética Profissional do Psicólogo, uma vez que aborda o tema com toda a intensidade e valoração que tal compromisso merece 
· A responsabilidade social pode ser considerada o compromisso que o indivíduo tem com a sociedade e com a humanidade 
· O psicólogo, por sua vez, assume os compromissos estabelecidos em seu Código de Ética para uma atuação socialmente responsável 
· Logo, é necessário que o profissional da Psicologia atue em harmonia com a Constituição Federal/88, a Declaração Universal de Direitos Humanos, pautando sua prática nos valores afirmados em seu código de classe
· Além disso, é importante observar a LBI, Lei nº 13.146/2015 – Aborda a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (constituindo o Estatuto da Pessoa com Deficiência) 
· Em um artigo publicado pela revista Endeavor (2021), Claudia Sender, conselheira e empresária, traça um paralelo entre diversidade e inclusão quando afirma que inclusão é ser convidada para dançar, enquanto diversidade é ser convidada para a festa 
· Ela revela que viu centenas de pessoas diversas entrando em empresas e não tendo espaço, não tendo voz, e, segundo ela, precisam ser chamadas para dançar
· Na mesma publicação da Endeavor (2021), Leizer Pereira, fundador da Comunidade Empodera, afirma que fora da inclusão não há salvação 
· E diz que quando faz um chamado para que o setor privado participe de discussões, deixa claro que as empresas precisam de diversidade de pensamentos, com visão de mundo, contextos e geografias diferentes 
· Isso fará com que formem times mais diversos para resolver problemas de forma mais ágil e criativa
15. LIBERDADE, DIGNIDADE, IGUALDADE E INTEGRIDADE 
· Carioca, paulista, sulista, nordestino, nortista, centro-oestino, gordo, magro, introvertido, extrovertido, amarelo, branco, negro, pardo, alto, magro, rico, pobre, cabelo liso, cacheado, cabelo branco,enfim, somos diversos. Também somos envolvidos por circunstâncias (etnia, crenças, cultura, culinária, gênero, orientação sexual, personalidade), que nos tornam únicos e diferentes uns dos outros
· Diversidade é definida como um substantivo feminino, que caracteriza tudo aquilo que é diverso, que tem multiplicidade, que apresenta pluralidade, não é homogêneo 
· No escopo social, a diversidade perpassa pela convivência de pessoas diferentes em relação a inúmeros aspectos 
· No dia a dia, nos deparamos com a diversidade em todos os espaços de interação social, até mesmo o ambiente familiar abriga pessoas diferentes 
· Irmãos gêmeos têm semelhanças, mas são distintos em personalidade
16. MULTICULTURALISMO 
· Neste cenário, surge o conceito de multiculturalismo: movimento social iniciado nos EUA na década de 1970, tendo suas bases no confronto estabelecido pelos direitos civis dos grupos dominados, uma vez que não seguem a “normalidade” estabelecida, sendo excluídos socialmente por não pertencer à classe superior e dominante (no caso dos EUA, a euramericana, branca, letrada, masculina, heterossexual e cristã) 
· Este movimento ganhou pulso e força na esfera estadunidense e mundial, uma vez que os grupos que deveriam ser silenciados não calaram sua voz e se uniram nos movimentos alardeados pelas minorias existentes: negros, feministas, homossexuais e os envolvidos na luta pelos deficientes
· O brasileiro, em sua essência, é diverso 
· Fatos históricos como colonização por povos diferentes, escravidão, índios, imigração, contribuíram para miscigenação tão presente em nosso povo 
· Mas, é preciso entender que é nesta multiplicidade que se apresenta oportunidades de aprendizagem e do exercício de habilidades diferenciadas: empatia, inteligência emocional, visão crítica e compreensão 
· Em 2020, McKinsey realizou um estudo intitulado Diversity Matters: América Latina 
· Através da análise dos dados de cerca de 700 empresas, em 7e países da América Latina, concluiu que as que adotavam a diversidade eram mais felizes, saudáveis e rentáveis
· Com base nos dados pesquisados, 11% dos executivos destas empresas são mulheres, um número inexpressivo quando comparado ao percentual masculino de 89% 
· Incrivelmente, mais da metade das empresas pesquisadas não possuem mulheres em cargos executivos 
· Estes dados revelam o quão distante estamos de conquistarmos a equidade nas corporações 
· Os resultados do estudo apontam os efeitos positivos da adoção de uma cultura empresarial baseada em direitos humanos e valores como diversidade e inclusão
· O LinkedIn levantou que 78% das organizações priorizam a diversidade na hora de contratar seus colaboradores 
· Porém, muitas das empresas ainda não conseguem tirar alguns planos do papel 
· Além disso, o estudo verificou que 38% dos empregadores têm dificuldade em encontrar candidatos diversos, e 27% têm dificuldade em manter os funcionários de grupos minoritários em seus quadros 
· Nesta mesma publicação (2020), Juliana Américo relata como a Boston Consulting Group (BCG) contribui também com um estudo que trouxe dados sobre o Brasil, afirmando que apenas 17% dos funcionários que seriam alvo das iniciativas a favor da diversidade dizem se beneficiar delas
· Esta pesquisa contou com a participação de 16,5 mil pessoas em 14 países (dentre os países pesquisados, temos: EUA, Reino Unido, China e Finlândia, além do Brasil) 
· As conclusões demonstram que muitas das iniciativas não geram o impacto esperado, muito embora a preocupação com este tema esteja presente na agenda corporativa 
· Uma resposta a esta questão, segundo o BCG, é que os cargos de liderança, em sua maioria, são ocupados por homens brancos
· Dados da pesquisa: ➢ 27% dos integrantes de maiorias entrevistadas enxergam dificuldades no crescimento de funcionários negros ou de outros grupos étnicos minoritários ➢ 37% dos integrantes dos grupos minoritários percebem obstáculos para o seu avanço na carreira
· Para um homem branco, heterossexual, cisgênero, com idade entre 35 e 50 anos, há uma maior liberdade para se sentir autêntico no ambiente de trabalho 
· E isso permite que eles cresçam em seus cargos e atinjam a liderança com muito mais facilidade que alguém que pertença a algum grupo minoritário 
· Portanto, a ausência do sentimento de pertencimento é um dos maiores obstáculos para as empresas garantirem um ambiente de segurança psicológica para as minorias 
· Não existe a promoção da diversidade nas equipes de trabalho sem líderes que apoiem tal movimento 
· O caminho seria traçar estratégias para a inserção de variados profissionais nos espaços de liderança
· É impossível repensar a cultura organizacional e fazer a transformação sistêmica sem o envolvimento dos formadores de opinião e tomadoras de decisão 
· Com este grupo à frente da mudança, o engajamento da equipe seguirá na direção desta nova mentalidade 
· Parte-se do alinhamento da estratégia com a orientação dos gestores acerca da relevância da diversidade para as organizações e explicitar que todos temos vieses inconscientes
· Tais vieses ocasionam decisões nem sempre racionais, pelo menos não tanto quanto se imagina 
· PERTENCER significa estabelecer uma conexão com uma pessoa, um grupo social ou mesmo uma empresa
· Os seres humanos são dotados de algumas necessidades básicas, por exemplo o pertencimento, o que incentiva a busca por relações sociais positivas e profundas 
· Isso nos faz acreditar que é preciso ampliar estas conexões, porém é um movimento relativamente novo, leva tempo e precisa do envolvimento das lideranças, altas e médias 
· Estabelecer uma cultura que promova a diversidade e o pertencimento, além de um valor estabelecido e normatizado na Constituição Federal e na Declaração Universal de Direitos humanos, pode alavancar os resultados corporativos 
· Por vivermos em um meio social, sofremos influência dos nossos vieses inconscientes = CONJUNTO DE ESTEREÓTIPOS QUE MANTEMOS 
· Estes são reforçados por nossos grupos sociais, sendo comum criarmos uma imagem preconcebida de pessoas distantes de nós, diferentes, que nem mesmo conhecemos
· Por isso é preciso atentar-se para evitar que os impulsos conduzam as nossas escolhas 
· O primeiro passo é reconhecer a existência destas imagens preconcebidas, sendo assim, faz-se necessária a reflexão sobre os vieses inconscientes e seus impactos em nossas atitudes, o quanto é preciso trazermos a consciência para evitarmos impulsos indesejáveis 
· São notórias as conquistas dos últimos anos na direção de um país mais igualitário 
· Os debates acerca deste tema são constantes, recorrentes e multidisciplinares, abraçam inúmeros segmentos sociais, porém além do discurso pró-diversidade, é preciso estabelecer um ideal que deve ser defendido, promovido e colocado em prática pelas principais lideranças
· O multiculturalismo é a inter-relação de várias culturas em um mesmo ambiente. É um fenômeno social que pode ser relacionado com a globalização e as sociedades pósmodernas.
· Alguns países apresentam uma maior multiculturalidade. Muito devido aos diferentes grupos de imigrantes recebidos, mas também por observar outros fatores de integração e o desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural.
· A história de formação do Brasil é plural e diversa, uma vez que distintos povos participaram da construção do país 
· Além de portugueses, espanhóis, holandeses e franceses, também participaram os povos indígenas originários, que já habitavam aqui, e os povos negros, que foram sequestrados da África para servir como escravos 
· Quando falamos de multiculturalismo, referimo-nos às múltiplas expressões étnico-raciais, religiosas, culturais, estéticas, culinárias e linguísticas, entre outras 
· Que foram possibilitadas a partir do contato direto entre distintos povos mundiais que terminaram por se encontrar nesse mesmo espaço chamado Brasil.
· O Brasil possui uma formação plural e diversa 
· No entanto, a multiculturalidade não pode servir a um discurso que torne invisível a violência promovida nesse “encontro”– nada amistoso – entre culturas diferentes 
· É importante reforçar que não houve equilíbrio de forças no encontro entre esses povos
· Os seres humanos são dotados de algumas necessidades básicas, por exemplo o pertencimento, o que incentiva a busca por relações sociais positivas e profundas
· Isso nos faz acreditar que é preciso ampliar estas conexões, porém é um movimento relativamente novo, leva tempo e precisa do envolvimento de todos 
· Estabelecer uma cultura que promova a diversidade e o pertencimento, além de um valor estabelecido e normatizado na Constituição Federal e na Declaração Universal de Direitos humanos, pode alavancar os resultados em todos os sentidos 
· Por vivermos em um meio social, sofremos influência dos nossos vieses inconscientes = CONJUNTO DE ESTEREÓTIPOS QUE MANTEMOS 
· Estes são reforçados por nossos grupos sociais, sendo comum criarmos uma imagem preconcebida de pessoas distantes de nós, diferentes, que nem mesmo conhecemos
· Por isso é preciso atentar-se para evitar que os impulsos conduzam as nossas escolhas
· O primeiro passo é reconhecer a existência destas imagens preconcebidas 
· Sendo assim, faz-se necessária a reflexão sobre os vieses inconscientes e seus impactos em nossas atitudes, o quanto é preciso trazermos a consciência para evitarmos impulsos indesejáveis 
· São notórias as conquistas dos últimos anos na direção de um país mais igualitário 
· Os debates acerca deste tema são constantes, recorrentes e multidisciplinares, abraçam inúmeros segmentos sociais 
· Porém, além do discurso pró-diversidade, é preciso estabelecer um ideal que deve ser defendido, promovido e colocado em prática por todos
17. CENSO DA DIVERSIDADE 
· A construção deste ambiente idealizado, igualitário e diverso, influencia positivamente a cultura organizacional, por ser propenso a acolher as pessoas em suas diferenças 
· Quando temos equipes de trabalho com perfis ecléticos, ou seja, espaços de promoção da diversidade e valorização das diferenças individuais, a tendência é conquistar uma visão mais abrangente, favorecendo soluções mais inovadoras, criativas, exercitando o “pensar fora da caixa” 
· O que apresenta um diferencial competitivo e resultados financeiros superiores 
· Visto que, os diferentes pontos de vista, as várias perspectivas consolidam um escopo mais amplo, menos individualizado de um mesmo elemento 
· Com isso, a escuta ativa, a troca e o diálogo construtivo edificam uma sociedade mais vanguardista, inclusiva e justa, naturalmente
· Conforme estudo da Revista Forbes (2021), a diversidade é um dos principais alavancadores da promoção de um ambiente inovador, sendo a inovação a mola-mestra para a evolução de uma empresa globalmente 
· O estímulo a um ambiente acolhedor, diverso e justo para grupos minoritários pode ser encarado como um processo de responsabilidade social 
· Este ambiente favorece os pontos de interação social, reduzindo os conflitos internos, abrindo a discussão saudável que garante a abertura e o respeito a opiniões distintas 
· Em contraponto, divergências que anteriormente abriam espaço para embates tornam-se estímulos para a inovação 
· Somando a isso, um ponto alto da diversidade é a valoração da marca, contribuindo para imagem de todo o negócio 
· Tem sido proposto por algumas empresas o chamado CENSO DA DIVERSIDADE 
· Uma forma considerada eficaz que visa conhecer os colaboradores de uma empresa 
· O objetivo é fazer um diagnóstico rápido do corpo funcional de uma determinada organização 
· A proposta é que estes dados sejam analisados com o intuito de se tomar decisões sinérgicas com a promoção de um ambiente diverso, inclusivo e igualitário
18. PASSO A PASSO DO CENSO DA DIVERSIDADE
· Identificar o quantitativo de mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras, pessoas idosas, público LGBTI+, entre outros públicos minoritários;
· Identificar a percepção de cada público no que tange a instituição (se sentem respeitados ou passam por situações preconceituosas) e embasar-se nos dados levantados; 
· Após o levantamento de informações, e ao iniciar o processo de mudança organizacional, de uma cultura limitante para a inclusiva, o recomendado é partir dos próprios colaboradores; 
· Formar Comitês de Diversidade que discutam estas questões faz com que, naturalmente, a empresa adote posturas inclusivas. Estes grupos ocupam-se da criação e implementação de ações de diversidade, monitorando o ambiente no que diz respeito à inclusão. Para a transformação e a construção de espaços seguros, diversos e inclusivos, é o primeiro passo para a valorização dos direitos humanos; 
· Uma boa iniciativa no caminho das práticas inclusivas é apoiar projetos e organizações sociais que lidam com públicos diversos.
19. CENSO DA DIVERSIDADE 
· O censo funciona como base para elaboração de um plano de ação e definição de regulamentações internas. 
· Porém, este é um assunto novo e, portanto, ainda não normatizado, podendo conflitar com a lei de proteção de dados (LGPD), principalmente por esta lei ser regida pelo princípio da não discriminação. 
· Tal princípio considera algumas informações pessoais de fórum íntimo e sensíveis e para o levantamento destes dados, o empregador precisa garantir uma forma anonimizada (sem qualquer identificação do respondente) E identificar justificativas legais na LGPD que autorize esta coleta 
· Atendo-se à conceituação do termo minoria, tido como público-alvo do Censo da Diversidade, está relacionado às relações de dominação de um grupo em relação ao outro, sem ser necessariamente menor quantidade numérica. 
· Naturalmente, e pela expressão quantitativa de seus membros, o grupo maioritário tem voz, define o que é certo e errado, influencia a cultura organizacional e estabelece a forma como as pessoas devem agir, construindo aos poucos a noção da norma, ou seja, do que é “normal” 
· Moldam os comportamentos esperados e aceitáveis naquele meio 
· Tudo que está fora destes padrões de “normalidade” precisa ajustar-se a ela Por fim, as ideias de diversidade e inclusão andam juntas e muitas vezes se confundem 
· DIVERSIDADE diz respeito à construção de ambientes plurais, sinérgicos a todos os perfis profissionais, independentemente de suas diferenças
· INCLUSÃO refere-se às medidas práticas que abrem espaço para as mudanças culturais de uma organização, como a iniciativa do Censo da Diversidade, por exemplo
· A diversidade e a inclusão tornam-se uma realidade quando as pessoas coexistem em ambientes múltiplos, baseados na convivência harmônica entre pessoas diferentes, inseridas em distintas circunstâncias, condições, pensamentos e características. Conviver nestes ambientes, integradores de culturas distintas é um aprendizado rico e único, exigindo de seus integrantes boa capacidade de adaptação, flexibilidade e compreensão
20. CONCLUINDO - O Código de Ética Profissional do Psicólogo é um documento importante de normatização que procura fomentar a autorreflexão, pautada na visão do indivíduo social, de modo a responsabilizar o profissional pelas suas ações e consequências do exercício regular de sua profissão, entendendo os reflexos do mesmo para a harmonização da vida em sociedade. É importante ressaltar que o trabalho do psicólogo é singular, ele se constrói na relação existente entre o profissional e o indivíduo, permeado pelas contextualizações históricas, culturais, sociais e econômicas.
21. DIREITOS HUMANOS (CRÉDITO DIGITAL) - A compreensão do verdadeiro sentido do termo “direitos humanos” é fundamental para superar preconceitos, discriminações e injustiças com que as pessoas humanas se depararam e poderão se deparar ao longo da vida, cabendo ao profissional psicólogo atuar a fim de promover o bemestar integral do indivíduo social. A (ONU), considerando as grandes diferenças entre os Estados, criou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Com o objetivo de tornar universal o pensamento humanitário, estabelecendo diversos tratados de paz, justiça e liberdade, além da proteção dos direitos humanos em nível global.22. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA - No decorrer dos anos, o convívio das pessoas em sociedade fez surgir a necessidade de criar formas de organização no intuito de garantir a ordem e a paz. Dessa forma, conforme as relações iam crescendo e se tornavam mais complexas, surgiram os Estados, as constituições, as normas, as regras e os direitos, bem como foram estabelecidos alguns valores fundamentais à vida humana em sociedade. Entre os valores fundamentais, está a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. O foco dela se volta para assegurar uma vida digna. 
23. DIREITOS HUMANOS - O termo “direitos humanos” é uma forma abreviada da expressão “direitos fundamentais da pessoa humana”. Tais direitos são tidos como fundamentais, pois, sem eles, a pessoa humana não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver e de participar de forma plena da vida. Todas as pessoas humanas devem ter resguardadas, desde o nascimento, todas as garantias mínimas necessárias para tornarem-se úteis à humanidade, bem como ter a possibilidade de receber todos os benefícios que a vida em sociedade pode fornecer. Estão intimamente relacionados às necessidades primordiais da pessoa humana. PESSOAS COM VALOR IGUAL, PORÉM INDIVÍDUOS E CULTURAS DIFERENTES. A dignidade da pessoa humana deverá sempre existir em todos os lugares e de forma igualitária a todos. Inclusive, para aquelas pessoas que cometem crimes, ou ainda, para aquelas que praticam ações prejudiciais para as outras pessoas ou para a sociedade. Nessas circunstâncias, aquele que praticou uma ação contrária ao bem da humanidade deverá sofrer alguma punição prevista em lei existente, porém não se pode esquecer que o criminoso ou quem praticou a ação antissocial continuará a ser uma pessoa humana. 
24. PSICOLOGIA E OS DIREITOS HUMANOS - E COMO A PSICOLOGIA PODERÁ AGIR A FAVOR DA DIGNIDADE HUMANA? Principalmente, se questionando constantemente e orientando de forma ética as próprias práticas e produções. Sobretudo no contexto de diversidade, a Psicologia deve opor-se à naturalização do fenômeno de excluir e oprimir pessoas como justificativa para a desigualdade e a perpetuação de privilégios, como também opor-se à autossuficiência que surge como resposta às precariedades
25. 
26. OS SISTEMAS PSICOLÓGICOS EMBASAM A PRÁTICA PSICOLÓGICA, DESENVOLVIDA NAS ESPECIALIDADES
27.

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