Relatorio- Biologia e ciencias da natureza

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Universidade de São Paulo
Escola de Engenharia de Lorena
COTEL- EEL- USP
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Davi José Fernandes de Oliveira
Maria Clara de Oliveira Lourenço
Maria Júlia Veronese Maximo
Professora: Anne Carolina Lopes dos Santos
31 de outubro de 2022
Impactos do descarte incorreto de óleo de cozinha
“Biologia e ciências da natureza”
1. Introdução
Em decorrência do aumento de descarte incorreto de lixo e produtos poluentes, houve
uma intensificação no que tange à agravos ambientais, como também à sociedade e saúde
individual de cada cidadão e animal. Além disso, alavancaram a escassez de água, um exemplo
comum de poluente de água seria o famigerado óleo de cozinha, que apesar de ser saboroso a
partir de alimentos fritos e muito prejudicial à fauna e flora marinha, ainda mais de for
descartado da forma incorreta, ou seja, jogando em lixos comuns ou diretamente nas pias, pois
óleos e gorduras são insolúveis em água e atrapalham a entrada de luz e oxigênio para os seres
vivos aquáticos. Portanto, para evitar esta poluição desnecessária, pode-se utilizar o óleo de
cozinha como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, tais como biodiesel, tintas,
óleos para engrenagens, sabão, detergentes, entre outros. Dessa forma, o objetivo é refletir sobre
os efeitos prejudiciais do descarte do óleo de cozinha e seu comprometimento com o meio
ambiente, bem como divulgar a importância do descarte correto e o reaproveitamento deste
material para o desenvolvimento de novos produtos, gerando sustentabilidade
(MORGAN-MARTINS,M. I. et al., 2016).
2. Problemática
Devido ao grande aumento do consumo de alimentos fritos em razão da mudança
alimentar mundial, houve uma intensificação no que tange à questão do uso de óleo como o de
girassol, soja e milho. Além de ser maléfico para à saúde, pode ser danoso ao meio ambiente,
visto que, quando é descartado no lixo comum ou em meios que levem a canais fluviais,
impermeabiliza e contamina o solo e rios, já que compromete as tubulações das residências e
cidades e ao atingir a água, forma uma película e esta impede a passagem de luz e oxigênio à
flora e fauna aquática, como o petróleo. Tal heterogeneidade ocorre em função da água ser polar
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e óleo apolar, portanto, por apresentarem diferença de polaridade, eles não se misturam
(MORGAN-MARTINS,M. I. et al., 2016).
Dessa forma, uma maneira de impedir o descarte incorreto de óleo de cozinha seria
transformá-lo em sabão, com a mistura de soda cáustica (NaOH), já que a presença da base forte
neutraliza o óleo bruto. Esta ação pode ser representada a partir da reação de saponificação, em
que ocorre a eliminação de ácidos graxos livres em razão da utilização da solução alcalina
transformam-se em sabões e são separados dos glicerídios, que são lipídios encontrados nos
alimentos (PRADO, E. et al., 2014). Além disso, a produção de sabão à base de óleo vegetal
pode ser utilizado como acréscimo de renda para as famílias brasileiras, pois há um crescente
aumento no número de desempregados brasileiros, visto que está atrelado à carga tributária e em
consequência da crise e pandemia só foi ainda mais intensificado (ANDRADE, A. L., et al.,
2014), de maneira que, segundo o IBGE, no segundo trimestre de 2022 o número de
trabalhadores desempregados há mais de dois anos era de 2,985 milhões, isto é, cerca de 29,6%
do total de trabalhadores inativos no Brasil, os quais são estimados em 10,080 milhões (G1,
2022).
3. Objetivos
● Conscientizar a população com menos acesso a informação em relação aos males que o
óleo descartado erroneamente pode trazer.
● Evitar a contaminação de solos e rios causada pelo óleo de cozinha.
● Criar uma sustentabilidade com a reutilização de produtos, como o óleo de cozinha, que
poderia causar algum malefício ao meio ambiente.
● Gerar produtos, que além de sustentáveis, podem ser úteis no dia a dia dos que os usam.
● Conscientizar em relação aos males que o óleo nas frituras podem trazer também à saúde
das pessoas para assim limitar o uso deste e diminuir a contaminação desta maneira.
4. Justificativa
A realização deste projeto é imprescindível, pois vai contribuir e intensificar a
sustentabilidade e reutilização do óleo de cozinha nas cidades. Afinal, em consequência do
aumento da poluição, lixos descartados incorretamente, as queimadas, como um exemplo as do
Pantanal e Amazônia, estimularam as frequentes mudanças climáticas, as quais são estimuladas
pelo aquecimento global e vêm causando grande impacto na sociedade, meio ambiente e
economia mundial. Em razão delas o clima foi modificado, com aumentos e quedas de
temperaturas, como também expandiram os desastres naturais, os quais devastam as regiões de
cultivo agrícola e isso gera o aumento do valor dos alimentos. Portanto, a produção de sabão é
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um meio viável e fácil que irá contribuir para a restauração do meio ambiente, evitando a
contaminação de solos e rios, pois um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água
(Sabesp).
5. Metodologia
A produção de sabão é muito simples e rápida, pois utiliza somente óleo vegetal usado,
soda cáustica e caso necessário, o álcool 70% para auxiliar a reação de saponificação, além disso,
caso o indivíduo queira uma fragrância, basta utilizar um aromatizante ou essência, sendo um
exemplo o produto Coala. Portanto, segue o passo a passo da produção de 1kg de sabão:
*Materiais:
● 1kg de óleo usado;
● 135 g de soda cáustica em escamas;
● 140 ml de água;
● Álcool 70% (opcional);
● Óleo essencial (opcional);
● Balde;
● Colher de pau;
● Balança;
● Termômetro;
● Recipiente de vidro ou alumínio.
*Métodos:
● Esquentar a água a 40°C;
● Aquecer o óleo a 40°C;
● Misturar a soda cáustica na água até dissolver totalmente todas as escamas, utilizar
recipiente de vidro ou alumínio;
● Mexer o óleo com a colher de pau e adicionar aos poucos a solução de soda cáustica até
chegar a consistência de papinha de bebê;
● Caso não chegue a consistência ideal, basta adicionar 20ml de álcool 70%;
● Adicionar aromatizante (opcional);
● Colocar em forminhas.
Além disso, seguem dois materiais de apoio para a produção:
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● Revista Caminho Aberto; Trabalho de extensão como uma forma de geração de
renda, , [S. l.], n. 5, p. 44–50, 2014;
● Revista Cinergis: Reciclo-óleo: do óleo de cozinha ao sabão ecológico, um
projeto de Educação Ambiental, v. 17, n. 4, p. 301– 306, 2016.
Durante a produção é necessária a utilização de luvas, máscara, jaleco ou avental e se
possível óculos de proteção, visto que a reação com a soda cáustica é muito exotérmica e caso a
base forte entre em contato com a pele, podem ocorrer lesões, além disso, para a realização do
passo 3 é necessário despejar aos poucos a soda cáustica na água e não ao contrário, pois pode
ocorrer liberação de calor, causando fervura e até mesmo respingos.
6. Referências
MORGAN-MARTINS,M. I. et al. Reciclo-óleo: do óleo de cozinha ao sabão ecológico,
um projeto de Educação Ambiental. Cinergis, v. 17, n. 4, p. 301– 306, 2016.
PRADO, E. et al. Refino de óleos vegetais utilizando lavagem ácida com recirculação.
Engevista, V. 16, n. 3, p.384-391, Setembro 2014.
ANDRADE, A. L., et al. Trabalho de extensão como uma forma de geração de renda. Caminho
Aberto: revista de extensão do IFSC, [S. l.], n. 5, p. 44–50, 2014.
TRÊS em cada dez desempregados no Brasil seguem em busca de trabalho há mais de 2 anos,
aponta IBGE. G1, 2022. Disponível em:
<https://g1.globo.com/google/amp/economia/noticia/2022/08/12/tres-em-cada-dez-desempregad
os-no-brasil-seguem-em-busca-de-trabalho-ha-mais-de-2-anos-aponta-ibge.ghtml>.Acesso em:
28 de out. de 2022.
RECICLAGEM de óleo. Sabesp, [s.d.]. Disponível em:<https://site.sabesp.com.br/>. Acesso
em: 28 de out. de 2022.