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Questões de História e Filosofia do ENEM

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Questões – ENEM – História e Filosofia 
Professor(a): Marcus Vinicius 
 
Questão 1 
Sou uma pobre e velha mulher, 
Muito ignorante, que nem sabe ler. 
Mostraram-me na igreja da minha terra 
Um Paraíso com harpas pintado 
E o Inferno onde fervem almas danadas, 
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra. 
VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC, 1999. 
 
Os versos do poeta francês François Villon fazem 
referência às imagens presentes nos templos católicos 
medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas 
com o objetivo de: 
A) refinar o gosto dos cristãos 
B) incorporar ideais heréticos. 
C) educar os fiéis através do olhar 
D) divulgar a genialidade dos artistas católicos 
E) valorizar esteticamente os templos religiosos. 
 
Questão 2 
É o caráter radical do que se procura que exige a 
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o 
espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que 
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada 
pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma 
daquelas que foram anteriormente varridas por essa 
mesma dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: 
Moderna, 2001 (adaptado). 
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a 
dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter 
positivo por contribuir para o(a) 
A) dissolução do saber científico. 
B) recuperação dos antigos juízos. 
C) exaltação do pensamento clássico. 
D) surgimento do conhecimento inabalável. 
E) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 
 
Questão 3 
Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situação da 
economia cafeeira se apresentava como se segue. A 
produção, que se encontrava em altos níveis, teria que 
seguir crescendo, pois os produtores haviam 
continuado a expandir as plantações até aquele 
momento. Com efeito, a produção máxima seria 
alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo da 
depressão, como reflexo das grandes plantações de 
1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível 
obter crédito no exterior para financiar a retenção de 
novos estoques, pois o mercado internacional de 
capitais se encontrava em profunda depressão, e o 
crédito do governo desaparecera com a evaporação 
das reservas. 
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora 
Nacional, 1997 (adaptado). 
Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura 
econômica mencionada foi o(a) 
A) atração de empresas estrangeiras. 
B) reformulação do sistema fundiário. 
C) incremento da mão de obra imigrante. 
D) desenvolvimento de política industrial. 
E) financiamento de pequenos agricultores. 
 
Questão 4 
Mas plantar pra dividir 
Não faço mais isso, não. 
Eu sou um pobre caboclo, 
Ganho a vida na enxada. 
O que eu colho é dividido 
Com quem não planta nada. 
Se assim continuar vou deixar o meu sertão, 
mesmo os olhos cheios d’água e com dor no coração. 
Vou pro Rio carregar massas pros pedreiros em construção. 
Deus até está ajudando: está chovendo no sertão! 
Mas plantar pra dividir, 
Não faço mais isso, não. 
VALE, J.; AQUINO, J. B. Sina de caboclo. São Paulo: Polygram, 1994 
(fragmento). 
No trecho da canção, composta na década de 1960, 
retrata-se a insatisfação do trabalhador rural com 
A) a distribuição desigual da produção. 
B) os financiamentos feitos ao produtor rural. 
C) a ausência de escolas técnicas no campo. 
D) os empecilhos advindos das secas prolongadas. 
E) a precariedade de insumos no trabalho do campo 
 
Questão 5 
Uma norma só deve pretender validez quando todos os 
que possam ser concernidos por ela cheguem (ou 
possam chegar), enquanto participantes de um 
discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa 
norma. 
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: 
Tempo Brasileiro, 1989. 
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser 
estabelecida pelo(a) 
A) liberdade humana, que consagra a vontade. 
B) razão comunicativa, que requer um consenso. 
C) conhecimento filosófico, que expressa a verdade. 
D) técnica científica, que aumenta o poder do homem. 
E) poder político, que se concentra no sistema 
partidário 
 
Questão 6 
O índio era o único elemento então disponível para 
ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, 
conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, 
deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua 
inocência e alma na medida do possível. A discussão 
religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade 
dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas 
e colonos. Os padres se apresentavam como 
defensores da liberdade, enfrentando a cobiça 
desenfreada dos colonos. 
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 
(adaptado). 
Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a 
conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa 
aproximação dos jesuítas em relação ao mundo 
indígena foi mediada pela 
A) demarcação do território indígena. 
B) manutenção da organização familiar. 
C) valorização dos líderes religiosos indígenas. 
D) preservação do costume das moradias coletivas. 
E) comunicação pela língua geral baseada no tupi 
 
Questão 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
discussão levantada na charge, publicada logo após a 
promulgação da Constituição de 1988, faz referência 
ao seguinte conjunto de direitos: 
A) Civis, como o direito à vida, à liberdade de expressão 
e à propriedade. 
B) Sociais, como direito à educação, ao trabalho e à 
proteção à maternidade e à infância. 
C) Difusos, como direito à paz, ao desenvolvimento 
sustentável e ao meio ambiente saudável. 
D) Coletivos, como direito à organização sindical, à 
participação partidária e à expressão religiosa. 
E) Políticos, como o direito de votar e ser votado, à 
soberania popular e à participação democrática 
 
Questão 8 
Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o século 
XIX — que terminou com a corrida dos países europeus 
para a África e com o surgimento dos movimentos de 
unificação nacional na Europa — do século XX, que 
começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período 
do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e 
dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África. 
 ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. 
O processo histórico citado contribuiu para a eclosão 
da Primeira Grande Guerra na medida em que 
A) difundiu as teorias socialistas. 
B) acirrou as disputas territoriais. 
C) superou as crises econômicas. 
D) multiplicou os conflitos religiosos. 
E) conteve os sentimentos xenófobos. 
 
Questão 9 
A urbanização brasileira, no início da segunda metade 
do século XX, promoveu uma radical alteração nas 
cidades. Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram 
construídos. O bonde foi a primeira vítima fatal. O 
destino do sistema ferroviário não foi muito diferente. 
O transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos. 
JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. 
Acesso em: 9 jan. 2014 (adaptado). 
A relação entre transportes e urbanização é explicada, 
no texto, pela 
A) retirada dos investimentos estatais aplicados em 
transporte de massa. 
B) demanda por transporte individual ocasionada pela 
expansão da mancha urbana. 
C) presença hegemônica do transporte alternativo 
localizado nas periferias das cidades. 
D) aglomeração do espaço urbano metropolitano 
impedindo a construção do transporte metroviário. 
E) predominância do transporte rodoviário associado à 
penetração das multinacionais automobilísticas 
 
Questão 10 
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) reuniu 
representantes de comissões estaduais e de várias 
instituições para apresentar um balanço dos trabalhos 
feitos e assinar termos de cooperação com quatro 
organizações. O coordenador da CNV estima que, até o 
momento, a comissão examinou, “por baixo”, cerca de 
30 milhões de páginas de documentos e fez centenas 
de entrevistas. 
Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 (adaptado). 
A notícia descreve uma iniciativa do Estadoque 
resultou da ação de diversos movimentos sociais no 
Brasil diante de eventos ocorridos entre 1964 e 1988. 
O objetivo dessa iniciativa é 
A) anular a anistia concedida aos chefes militares. 
B) rever as condenações judiciais aos presos políticos. 
C) perdoar os crimes atribuídos aos militantes 
esquerdistas. 
D) comprovar o apoio da sociedade aos golpistas 
anticomunistas. 
E) esclarecer as circunstâncias de violações aos direitos 
humanos. 
 
Questão 11 
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. 
Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente 
— que uma Assembleia Constituinte produziu e 
proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como 
necessária para um grupo de revolucionários, por ter 
sido preparada por uma mudança no plano das ideias 
e das mentalidades: o Iluminismo. 
FORTES, L. R. S. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 
1981 (adaptado). 
Correlacionando temporalidades históricas, o texto 
apresenta uma concepção de pensamento que tem 
como uma de suas bases a 
A) modernização da educação escolar. 
B) atualização da disciplina moral cristã. 
C) divulgação de costumes aristocráticos. 
D) socialização do conhecimento científico. 
E) universalização do princípio da igualdade civil. 
 
Questão 12 
Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa 
da Mina (Nagô de Nação), de nome Luiza Mahin, pagã, 
que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. 
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor 
era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes 
alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, 
insofrida. Dava-se ao comércio — era quitandeira, 
muito laboriosa e, mais de uma vez, na Bahia, foi presa 
como suspeita de envolver-se em planos de insurreição 
de escravos, que não tiveram efeito. 
AZEVEDO, E. “Lá vai verso!”: Luiz Gama e as primeiras trovas burlescas de 
Getulino. In: CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. M. A história contada: capítulos 
de história social da literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
1998 (adaptado). 
Nesse trecho de suas memórias, Luiz Gama ressalta a 
importância dos(as) 
A) laços de solidariedade familiar. 
B) estratégias de resistência cultural. 
C) mecanismos de hierarquização tribal. 
D) instrumentos de dominação religiosa. 
E) limites da concessão de alforria. 
 
Questão 13 
Durante o Estado Novo, os encarregados da 
propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da 
empolgação e envolvimento das “multidões” através 
das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o 
significado das palavras importa pouco, pois, como 
declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma 
coisa, mas para obter determinado efeito”. 
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de 
comunicação. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de 
Janeiro: FGV, 1999. 
O controle sobre os meios de comunicação foi uma 
marca do Estado Novo, sendo fundamental à 
propaganda política, na medida em que visava 
A) conquistar o apoio popular na legitimação do novo 
governo. 
B) ampliar o envolvimento das multidões nas decisões 
políticas. 
C) aumentar a oferta de informações públicas para a 
sociedade civil. 
D) estender a participação democrática dos meios de 
comunicação no Brasil. 
E) alargar o entendimento da população sobre as 
intenções do novo governo. 
 
Questão 14 
Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou 
a ser possível por meio da compra com pagamento em 
dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente 
impedia, o acesso à terra para os trabalhadores 
escravos que conquistavam a liberdade. 
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. 
L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. 
O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo 
de 
A) reforma agrária. 
B) expansão mercantil. 
C) concentração fundiária. 
D) desruralização da elite. 
E) mecanização da produção. 
 
Questão 15 
Estão aí, como se sabe, dois candidatos à presidência, 
os senhores Eduardo Gomes e Eurico Dutra, e um 
terceiro, o senhor Getúlio Vargas, que deve ser 
candidato de algum grupo político oculto, mas é 
também o candidato popular. Porque há dois 
“queremos”: o “queremos” dos que querem ver se 
continuam nas posições e o “queremos” popular... 
Afinal, o que é que o senhor Getúlio Vargas é? É 
fascista? É comunista? É ateu? É cristão? Quer sair? 
Quer ficar? O povo, entretanto, parece que gosta dele 
por isso mesmo, porque ele é “à moda da casa”. 
A Democracia. 16 set. 1945, apud GOMES, A. C.; D’ARAÚJO, M. C. 
Getulismo e trabalhismo. São Paulo: Ática, 1989. 
O movimento político mencionado no texto 
caracterizou-se por 
A) reclamar a participação das agremiações partidárias. 
B) apoiar a permanência da ditadura estadonovista. 
C) demandar a confirmação dos direitos trabalhistas. 
D) reivindicar a transição constitucional sob influência 
do governante. 
E) resgatar a representatividade dos sindicatos sob 
controle social 
 
Questão 16 
Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas 
como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de 
pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer 
tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, 
tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações 
e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro 
lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre 
regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O 
peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, 
uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do 
irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma 
atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, 
disciplinadoras, racionalizadoras. 
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995 
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, 
segundo a análise do historiador, na 
A) rigidez das normas jurídicas. 
B) prevalência dos interesses privados. 
C) solidez da organização institucional. 
D) legitimidade das ações burocráticas. 
E) estabilidade das estruturas políticas. 
 
Questão 17 
A Justiça Eleitoral foi criada em 1932, como parte de uma 
ampla reforma no processo eleitoral incentivada pela 
Revolução de 1930. Sua criação foi um grande avanço 
institucional, garantindo que as eleições tivessem o aval de 
um órgão teoricamente imune à influência dos mandatários. 
TAYLOR, M. Justiça Eleitoral. In: AVRITZER, L.; ANASTASIA, F. Reforma 
política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado). 
Em relação ao regime democrático no país, a instituição 
analisada teve o seguinte papel: 
A) Implementou o voto direto para presidente. 
B) Combateu as fraudes sistemáticas nas apurações. 
C) Alterou as regras para as candidaturas na ditadura. 
D) Impulsionou as denúncias de corrupção administrativa. 
E) Expandiu a participação com o fim do critério censitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ZIRALDO. 20 anos de prontidão. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do 
Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras 
&Expressões, 2001 
 
No período de 1964 a 1985, a estratégia do Regime Militar 
abordada na charge foi caracterizada pela 
A) priorização da segurança nacional. 
B) captação de financiamentos estrangeiros. 
C) execução de cortes nos gastos públicos. 
D) nacionalização de empresas multinacionais. 
E) promoção de políticas de distribuição de renda. 
 
Questão 19 
Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta hora em 
todo o território nacional, única e só, não há lugar no 
coração do Brasil para outras flâmulas, outras bandeiras, 
outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do 
Brasil e decretaram desta vez com determinação de não 
consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo! 
Discurso do Ministro da Justiça Francisco Campos na cerimônia da festa da 
bandeira, em novembrode 1937. Apud OLIVEN, G. R. A parte e o todo: a 
diversidade cultural do Brasil Nação. Petrópolis: Vozes, 1992 
O discurso proferido em uma celebração em que as 
bandeiras estaduais eram queimadas diante da bandeira 
nacional revela o pacto nacional proposto pelo Estado Novo, 
que se associa à 
A) supressão das diferenças socioeconômicas entre as 
regiões do Brasil, priorizando as regiões estaduais carentes. 
B) orientação do regime quanto ao reforço do federalismo, 
espelhando-se na experiência política norte-americana. 
C) adoção de práticas políticas autoritárias, considerando a 
contenção dos interesses regionais dispersivos. 
D) propagação de uma cultura política avessa aos ritos 
cívicos, cultivados pela cultura regional brasileira. 
E) defesa da unidade do território nacional, ameaçado por 
movimentos separatistas contrários à política varguista 
 
Questão 20 
Não nos resta a menor dúvida de que a principal 
contribuição dos diferentes tipos de movimentos sociais 
brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da 
reconstrução do processo de democratização do país. E não 
se trata apenas da reconstrução do regime político, da 
retomada da democracia e do fim do Regime Militar. Trata-
se da reconstrução ou construção de novos rumos para a 
cultura do país, do preenchimento de vazios na condução da 
luta pela redemocratização, constituindo-se como agentes 
interlocutores que dialogam diretamente com a população e 
com o Estado. 
GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 2003 
(adaptado). 
No processo da redemocratização brasileira, os novos 
movimentos sociais contribuíram para 
A) diminuir a legitimidade dos novos partidos políticos então 
criados. 
B) tornar a democracia um valor social que ultrapassa os 
momentos eleitorais. 
C) difundir a democracia representativa como objetivo 
fundamental da luta política. 
D) ampliar as disputas pela hegemonia das entidades de 
trabalhadores com os sindicatos. 
E) fragmentar as lutas políticas dos diversos atores sociais 
frente ao Estado 
 
Questão 21 
A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades 
do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre 
um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de 
espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se 
considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e 
outro homem não é suficientemente considerável para que 
um deles possa com base nela reclamar algum benefício a 
que outro não possa igualmente aspirar. 
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, 
quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles 
A) entravam em conflito. 
B) recorriam aos clérigos. 
C) consultavam os anciãos. 
D) apelavam aos governantes. 
E) exerciam a solidariedade. 
 
Questão 22 
Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da 
Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de 
lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos 
quando a Bahia começou a pegar em armas contra os 
portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões 
de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os 
cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e 
incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado 
Medeiros. 
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. 
No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado 
é emblemático porque evidencia a 
A) rigidez hierárquica da estrutura social. 
B) inserção feminina nos ofícios militares. 
C) adesão pública dos imigrantes portugueses. 
D) flexibilidade administrativa do governo imperial. 
E) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios. 
 
 
Questão 23 
TEXTO I 
A centralização econômica, o protecionismo e a expansão 
ultramarina engrandeceram o Estado, embora 
beneficiassem a burguesia incipiente. 
ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: 
Gradiva,1989 (adaptado). 
TEXTO II 
As interferências da legislação e das práticas exclusivistas 
restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das 
relações econômicas. 
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 
(adaptado). 
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as 
relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais 
concepções, associadas a cada um dos textos, confrontam-
se, respectivamente, na oposição entre as práticas de 
A) valorização do pacto colonial — combate à livre- -
iniciativa. 
B) defesa dos monopólios régios — apoio à livre 
concorrência. 
C) formação do sistema metropolitano — crítica à livre 
navegação. 
D) abandono da acumulação metalista — estímulo ao livre-
comércio. 
E) eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao livre-
cambismo 
. 
Questão 24 
A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto 
defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. 
Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas 
decisões políticas; defendiam-se valores e direitos 
considerados acima da intervenção do Estado. 
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não 
foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado). 
A mobilização analisada representou um alerta, na medida 
em que a ação popular questionava 
A) a alta de preços. 
B) a política clientelista. 
C) as reformas urbanas. 
D) o arbítrio governamental. 
E) as práticas eleitorais. 
 
Questão 25 
A partir da segunda metade do século XVIII, o número de 
escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na 
Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos 
quanto o Rio de Janeiro. 
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 
(adaptado). 
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica 
do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte 
atividade: 
A) Coleta de drogas do sertão. 
B) Extração de metais preciosos. 
C) Adoção da pecuária extensiva. 
D) Retirada de madeira do litoral. 
E) Exploração da lavoura de tabaco 
 
Questão 26 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e 
proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 
217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento 
histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez 
em escala planetária, o papel dos direitos humanos na 
convivência coletiva, pode ser considerada um evento 
inaugural de uma nova concepção de vida internacional. 
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: 
MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008. 
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção 
nas relações internacionais ao possibilitar a 
A) superação da soberania estatal. 
B) defesa dos grupos vulneráveis. 
C) redução da truculência belicista. 
D) impunidade dos atos criminosos. 
E) inibição dos choques civilizacionais 
 
Questão 27 
Tratava-se agora de construir um ritmo novo. Para tanto, era 
necessário convocar todas as forças vivas da Nação, todos os 
homens que, com vontade de trabalhar e confiança no 
futuro, pudessem erguer, num tempo novo, um novo 
Tempo. E, à grande convocação que conclamava o povo para 
a gigantesca tarefa, começaram a chegar de todos os cantos 
da imensa pátria os trabalhadores [...] muitas vezes deixando 
para trás mulheres e filhos a aguardar suas promessas de 
melhores dias [...] Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! 
Brasília! 
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada 
dos candangos. (adaptado). 
No texto, a narrativa produzida sobre a construção de 
Brasília articula os elementos políticos e socioeconômicos 
indicados, respectivamente, em: 
A) Apelo simbólico e migração inter-regional. 
B) Organização sindical e expansão do capital. 
C) Segurança territorial e estabilidade financeira. 
D) Consenso partidário e modernização rodoviária. 
E) Perspectiva democráticae eficácia dos transportes 
 
Questão 28 
A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser 
urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de 
Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João 
Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes 
tinham com os holandeses. Houve grande adesão da 
“nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação 
heroica. 
VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. 
Tempo, n. 27, 2009. 
O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa 
seiscentista foi o resultado do(a) 
A) fraqueza bélica dos protestantes batavos. 
B) comércio transatlântico da África ocidental. 
C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos. 
D) diplomacia internacional dos Estados ibéricos. 
E) interesse econômico dos senhores de engenho. 
 
Questão 29 
A democracia que eles pretendem é a democracia dos 
privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A 
democracia que eles querem é para liquidar com a 
Petrobras, é a democracia dos monopólios, nacionais e 
internacionais, a democracia que pudesse lutar contra o 
povo. Ainda ontem eu afirmava que a democracia jamais 
poderia ser ameaçada pelo povo, quando o povo livremente 
vem para as praças – as praças que são do povo. Para as ruas 
– que são do povo. Disponível em: 
www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/discurso-de-joao-goulart-
nocomicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015. 
Em um momento de radicalização política, a retórica no 
discurso do presidente João Goulart, proferido no comício da 
Central do Brasil, buscava justificar a necessidade de 
A) conter a abertura econômica para conseguir a adesão das 
elites. 
B) impedir a ingerência externa para garantir a conservação 
de direitos. 
C) regulamentar os meios de comunicação para coibir os 
partidos de oposição. 
D) aprovar os projetos reformistas para atender a 
mobilização de setores trabalhistas. 
E) incrementar o processo de desestatização para diminuir a 
pressão da opinião pública. 
 
Questão 30 
Outra importante manifestação das crenças e tradições 
africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como 
“bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como 
espiritual gerava uma necessidade generalizada de 
proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má 
sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das 
brigas, dos malefícios de feiticeiros etc 
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no 
texto representava um(a) 
A) expressão do valor das festividades da população pobre. 
B) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado. 
C) estratégia de subversão do poder da monarquia 
portuguesa. 
D) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo 
romano. 
E) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo 
social. 
 
Questão 31 
 Dois grandes eventos históricos tornaram possível um caso 
como o de Menocchio: a invenção da imprensa e a Reforma. 
A imprensa lhe permitiu confrontar os livros com a tradição 
oral em que havia crescido e lhe forneceu as palavras para 
organizar o amontoado de ideias e fantasias que nele 
conviviam. A Reforma lhe deu audácia para comunicar o que 
pensava ao padre do vilarejo, conterrâneos, inquisidores — 
mesmo não tendo conseguido dizer tudo diante do papa, dos 
cardeais e dos príncipes, como queria. 
GINZBURG, C. O queijo e os 
vermes: o cotidiano e as ideias 
de um moleiro perseguido pela 
Inquisição. São Paulo: Cia. das 
Letras, 2006. 
Os acontecimentos históricos citados ajudaram esse 
indivíduo, no século XVI, a repensar a visão católica do 
mundo ao possibilitarem a 
A) consulta pública das bibliotecas reais. 
B) sofisticação barroca do ritual litúrgico. 
C) aceitação popular da educação secular. 
D) interpretação autônoma dos textos bíblicos. 
E) correção doutrinária das heresias medievais. 
 
Questão 32 
A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente um 
veículo de mensagens pedagógicas e sociais. Os San, que 
constituem hoje o povo mais próximo da realidade das 
representações rupestres, afirmam que seus antepassados 
lhes explicaram sua visão do mundo a partir desse 
gigantesco livro de imagens que são as galerias. A educação 
dos povos que desconhecem a escrita está baseada 
sobretudo na imagem e no som, no audiovisual. 
KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica 
africana. In: KI-ZERBO, J. (Org.) 
História geral da África, I: 
metodologia e pré-história da 
África. Brasília: Unesco, 2010. 
De acordo com o texto, a arte mencionada é importante para 
os povos que a cultivam por colaborar para o(a) 
A) transmissão dos saberes acumulados. 
B) expansão da propriedade individual. 
C) ruptura da disciplina hierárquica. 
D) surgimento dos laços familiares. 
E) rejeição de práticas exógenas 
 
Questão 3 3 
Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIII e XVII 
a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia em 
babilônio) foi fundador do I Império Babilônico 
(correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente o 
mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e 
levando a Babilônia ao máximo esplendor. O nome de 
Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao código 
jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o Código de 
Hamurabi. O legislador babilônico consolidou a tradição 
jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o direito e a lei 
a todos os súditos. 
Disponível em: 
www.direitoshumanos.usp.br. 
Acesso em: 12 fev. 2013 
(adaptado). 
Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas 
no Código citado tinham o sentido de 
 
A) assegurar garantias individuais aos cidadãos livres. 
B) tipificar regras referentes aos atos dignos de punição. 
C) conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra. 
D) promover distribuição de terras aos desempregados 
urbanos. 
E) conferir prerrogativas políticas aos descendentes de 
estrangeiros. 
 
Questão 34 
Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho tem 
sido compreendido como expressão de vida e degradação, 
criação e infelicidade, atividade vital e escravidão, felicidade 
social e servidão. Trabalho e fadiga. Na Modernidade, sob o 
comando do mundo da mercadoria e do dinheiro, a 
prevalência do negócio (negar o ócio) veio sepultar o império 
do repouso, da folga e da preguiça, criando uma ética 
positiva do trabalho. 
ANTUNES, R. O século XX e a era 
da degradação do trabalho. In: 
SILVA, J. P. (Org.). Por uma 
sociologia do século XX. São 
Paulo: Annablume, 2007 
(adaptado). 
O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades 
modernas teve início a partir do surgimento de uma nova 
mentalidade, influenciada pela 
 
A) reforma higienista, que combateu o caráter excessivo e 
insalubre do trabalho fabril. 
B) Reforma Protestante, que expressou a importância das 
atividades laborais no mundo secularizado. 
C) força do sindicalismo, que emergiu no esteio do 
anarquismo reivindicando direitos trabalhistas. 
D) participação das mulheres em movimentos sociais, 
defendendo o direito ao trabalho. 
E) visão do catolicismo, que, desde a Idade Média, defendia 
a dignidade do trabalho e do lucro. 
 
Questão 35 
É difícil imaginar que nos anos 1990, num país com setores 
da população na pobreza absoluta e sem uma rede de 
benefícios sociais em que se apoiar, um governo possa 
abandonar o papel de promotor de programas de geração 
de emprego, de assistência social, de desenvolvimento da 
infraestrutura e de promoção de regiões excluídas, na 
expectativa de que o mercado venha algum dia a dar uma 
resposta adequada a tudo isso. 
SORJ, B. A nova sociedade 
brasileira. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahar, 2000 (adaptado). 
Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente à 
situação social do país coincidiu com a priorização de que 
medidas? 
 
A) Expansão dos investimentos nas empresas públicas e nos 
bancos estatais. 
B) Democratização docrédito habitacional e da aquisição de 
moradias populares. 
C) Enxugamento da carga fiscal individual e da contribuição 
tributária empresarial. 
D) Reformulação do acesso ao ensino superior e do 
financiamento científico nacional. 
E) Reforma das políticas macroeconômicas e dos 
mecanismos de controle inflacionário. 
 
Questão 36 
A reabilitação da biografia histórica integrou as aquisições da 
história social e cultural, oferecendo aos diferentes atores 
históricos uma importância diferenciada, distinta, individual. 
Mas não se tratava mais de fazer, simplesmente, a história 
dos grandes nomes, em formato hagiográfico — quase uma 
vida de santo —, sem problemas, nem máculas. Mas de 
examinar os atores (ou o ator) célebres ou não, como 
testemunhas, como reflexos, como reveladores de uma 
época. 
DEL PRIORE, M. Biografi a: 
quando o indivíduo encontra a 
história. Topoi, n. 19, jul.-dez. 
2009 
De acordo com o texto, novos estudos têm valorizado a 
história do indivíduo por se constituir como possibilidade de 
 
A) adesão ao método positivista. 
B) expressão do papel das elites. 
C) resgate das narrativas heroicas. 
D) acesso ao cotidiano das comunidades. 
E) interpretação das manifestações do divino 
 
Questão 37 
A principal característica da situação social dos anglo-
americanos é seu caráter eminentemente democrático. 
Afirmei anteriormente que reinava uma igualdade muito 
grande entre os emigrantes que foram se estabelecer na 
Nova Inglaterra. Para isso contribuiu a influência das leis de 
sucessão. Estabelecidas de uma maneira, as leis de sucessão 
reúnem, concentram e agrupam em um só a propriedade e 
o poder. Estabelecidas por outros princípios, produzem o 
oposto: dividem, partilham e disseminam os bens e o poder. 
TOCQUEVILLE, A. A democracia 
na América. Belo Horizonte: 
Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1977 
(adaptado). 
O texto tematiza o papel desempenhado por uma norma na 
criação de um ambiente propício ao(à) 
 
A) emprego do trabalho escravo. 
B) consolidação dos valores burgueses. 
C) banimento das dissidências religiosas. 
D) contenção da identificação nacionalista. 
E) hierarquização dos agentes econômicos 
 
Questão 38 
O fenômeno histórico conhecido como “tráfico de coolies” 
esteve associado diretamente ao período que vai do final da 
década de 1840 até o ano de 1874, quando milhares de 
chineses foram encaminhados principalmente para Cuba e 
Peru e muitos abusos no recrutamento de mão de obra 
foram identificados. O tráfico de coolies ou, em outros 
termos, o transporte por meios coativos de mão de obra de 
um lugar para outro, foi comparado ao tráfico africano de 
escravos por muitos periodistas e analistas do século XIX. 
SANTOS, M. A. Migrações e 
trabalho sob contrato no século 
XIX. História, n. 12, 2017. 
A comparação mencionada no texto foi possível em razão da 
seguinte característica: 
 
A) Oferta de contrato formal. 
B) Origem étnica dos grupos de trabalhadores. 
C) Conhecimento das tarefas desenvolvidas. 
D) Controle opressivo das vidas dos indivíduos. 
E) Investimento requerido dos empregadores. 
 
Questão 39 
 Porque todos confessamos não se poder viver sem alguns 
escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o 
pão que se come, e outros serviços que não são possíveis 
poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão 
poucos, que seria necessário deixar as confissões e tudo 
mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e 
adquirir escravos, justamente, por meios que as 
Constituições permitem, quando puder para nossos colégios 
e casas de meninos. 
LEITE, S. História da Companhia 
de Jesus no Brasil. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 
1938 (adaptado). 
O texto explicita premissas da expansão ultramarina 
portuguesa ao buscar justificar a 
A) propagação do ideário cristão. 
B) valorização do trabalho braçal. 
C) adoção do cativeiro na Colônia. 
D) adesão ao ascetismo contemplativo. 
E) alfabetização dos indígenas nas Missões. 
 
Questão 40 
O movimento sedicioso ocorrido na capitania de 
Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de formas 
diferentes por dois meios de comunicação daquela época. O 
Correio Braziliense apontou para o fato de ser “a comoção 
no Brasil motivada por um descontentamento geral, e não 
por maquinações de alguns indivíduos”. Já a Gazeta do Rio 
de Janeiro considerou o movimento como um “pontual 
desvio de norma, apenas uma ‘mancha’ nas ‘páginas da 
História Portuguesa’, tão distinta pelos testemunhos de 
amor e respeito que os vassalos desta nação consagram ao 
seu soberano”. 
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças 
de um mosaico. In: MOTA, C. G. 
(Org.). Viagem Incompleta: a 
experiência brasileira (1500-
2000). São Paulo: Senac, 2000 
(adaptado). 
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o 
acontecimento, embora com percepções diversas, 
relacionam-se a um aspecto do processo de independência 
da colônia luso-americana expresso em dissensões entre 
A) quadros dirigentes em torno da abolição da ordem 
escravocrata. 
B) grupos regionais acerca da configuração político-
territorial. 
C) intelectuais laicos acerca da revogação do domínio 
eclesiástico. 
D) homens livres em torno da extensão do direito de voto. 
E) elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário. 
 
Questão 41 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão – 1789 
Os representantes do povo francês, tendo em vista que a 
ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do 
homem são as únicas causas dos males públicos e da 
corrupção dos governos, resolveram declarar solenemente 
os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim 
de que esta declaração, sempre presente em todos os 
membros do corpo social, lhes lembre permanentemente 
seus direitos e seus deveres; a fim de que as reivindicações 
dos cidadãos, fundadas em princípios simples e 
incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da 
Constituição e à felicidade geral. 
Esse documento, elaborado no contexto da Revolução 
Francesa, reflete uma profunda mudança social ao 
estabelecer a 
A) manutenção das terras comunais. 
B) supressão do poder constituinte. 
C) falência da sociedade burguesa. 
D) paridade do tratamento jurídico. 
E) abolição dos partidos políticos. 
 
Questão 42 
O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo 
(1937-1945), pretendeu construir um Estado capaz de criar 
uma nova sociedade. Uma dimensão-chave desse projeto 
tinha no território seu foco principal. Não por acaso, foram 
criadas então instituições encarregadas de fornecer dados 
confiáveis para a ação do governo, como o Conselho 
Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, 
o Conselho Nacional e Estatística e o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), este em 1938. 
 
A criação dessas instituições pelo governo Vargas 
representava uma estratégia política de 
 
A) Levantar informações para a preservação da paisagem 
dos sertões 
B) Controlar o crescimento exponencial da população 
C) Obter conhecimento científico das diversidades regionais 
D) Conter o fluxo migratório do campo para a cidade 
E) Propor a criação de nova unidades da federação 
 
Questão 43 
A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para 
as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo 
da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, 
depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente 
como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo 
sobre a cabeça pelas ruas do Rio 
KARASCH, M. C. A vida dos 
escravos no Rio de Janeiro, 
1808-1850. Rio de janeiro; Cia. 
Das Letras, 2000 
A ação representada e descrita no texto acima evidencia uma 
prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos séculos XVIII e 
XIX caracterizada pela 
A) valorização do trabalho braçal 
B) reiteração das hierarquias sociais 
C)sacralização das atividades laborais 
D) superação das exclusões econômicas 
E) ressignificação das heranças religiosas 
 
Questão 44 
Por que o Brasil continuou um só enquanto a América 
espanhola se dividiu em vários países? 
Para o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho no 
Brasil, parte da sociedade era muito mais coesa 
ideologicamente do que a espanhola. Carvalho 
argumenta que isso se deveu à tradição burocrática 
portuguesa. "Portugal nunca permitiu a criação de 
universidades em sua colônia". Por outro lado, na América 
espanhola, entre 1772 e 1872, 150 mil estudantes se 
formaram em universidades locais. Para o historiador 
mexicano Alfredo Ávila Rueda, as universidades na América 
espanhola eram, em sua maioria, reacionárias. Nesse 
sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre 
circulação de impressos (jornais, livros e panfletos) na 
América espanhola, que não era permitida na América 
portuguesa (a proibição só foi revertida em 1808), teve 
função muito mais importante na construção de 
regionalismos do que propriamente as universidades. 
BARRUCHO, L. Disponível em: 
www.bbc.com. Acesso em 8 
set. 2019 (adaptado). 
Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são 
divergentes em relação a 
A) papel desempenhado pelas instituições de ensino na 
criação das múltiplas identidades. 
B) controle exercido pelos grupos de imprensa na 
centralização das esferas administrativas. 
C) abandono sofrido pelas comunidades de docentes na 
concepção de coletividades políticas. 
D) lugar ocupado pelas associações de acadêmicos no 
fortalecimento das agremiações estudantis. 
E) protagonismo assumido pelos meios de comunicação no 
desenvolvimento das nações alfabetizadas. 
 
Questão 45 
Numa sociedade em transição, a marcha da mudança, em 
diferentes graus, está impressa em todos os aspectos da 
ordem social, especialmente no jogo político, que nessas 
sociedades sempre apresenta padrões característicos de 
ambivalência, cujas raízes sociais se encontram na coexistência 
de dois padrões de estrutura social: o padrão tradicional, em 
declínio, e o novo, emergente, em expansão. Em tais situações, 
é possível encontrar, simultaneamente, apoio para uma 
orientação política ou para outra que seja exatamente o 
oposto. O padrão ambivalente do processo político, nas 
sociedades em desenvolvimento, é o que explica uma das suas 
trações mais salientes, e que consiste na tendência ao 
adiamento das grandes decisões. Resulta daí que a inércia 
política ou a convulsão política pode se suceder uma à outra 
em períodos surpreendentemente curtos. 
PINTO, L, A. C. Sociologia e 
desenvolvimento. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira. 1975 (adaptado). 
De acordo com a perspectiva apresentada, central no 
pensamento social brasileiro dos anos 1950 e 1960, o 
desenvolvimento do país foi marcado por 
A) radicalidade nas agendas de reforma das elites dirigentes. 
B) anomalias na execução dos planos econômicos ortodoxos. 
C) descompassos na construção de quadros institucionais 
modernos. 
D) ilegitimidade na atuação dos movimentos de 
representação classista. 
E) vagarosidade na dinâmica de aperfeiçoamento dos 
programas partidários. 
 
Questão 46 
No período anterior ao golpe militar de 1964, os 
documentos episcopais indicavam para os bispos que o 
desenvolvimento econômico, e claramente o 
desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido 
da justa distribuição da riqueza, resolveria o problema 
da miséria rural e, consequentemente, suprimiria a 
possibilidade do proselitismo e da expansão comunista 
entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de 
Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela 
Igreja. 
MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 
2011 (adaptado). 
Em que pesem as divergências no interior do clero após 
a instalação da ditadura civil-militar, o posicionamento 
mencionado no texto fundamentou-se no 
entendimento da hierarquia católica de que o(a) 
A) luta de classes é estimulada pelo livre mercado. 
B) poder oligárquico é limitado pela ação do Exército. 
C) doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior. 
D) espaço político é dominado pelo interesse 
empresarial. 
E) manipulação ideológica é favorecida pela privação 
material 
 
Questão 47 
A participação da mulher no processo de decisão 
política ainda é extremamente limitada em 
praticamente todos os países, independentemente do 
regime econômico e social e da estrutura institucional 
vigente em cada um deles. É fato público e notório, 
além de empiricamente comprovado, que as mulheres 
estão em geral sub-representadas nos órgãos do 
poder, pois a proporção não corresponde jamais ao 
peso relativo dessa parte da população. 
TABAK, F. Mulheres públicas: participação política e poder. Rio de Janeiro: 
Letra Capital, 2002. 
No âmbito do Poder Legislativo brasileiro, a tentativa 
de reverter esse quadro de sub-representação tem 
envolvido a implementação, pelo Estado, de 
A) leis de combate à violência doméstica. 
B) cotas de gênero nas candidaturas partidárias. 
C) programas de mobilização política nas escolas. 
D) propagandas de incentivo ao voto consciente. 
E) apoio financeiro às lideranças femininas. 
 
Questão 48 
No período anterior ao golpe militar de 1964, os 
documentos episcopais indicavam para os bispos que o 
desenvolvimento econômico, e claramente o 
desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido 
da justa distribuição da riqueza, resolveria o problema 
da miséria rural e, consequentemente, suprimiria a 
possibilidade do proselitismo e da expansão comunista 
entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de 
Estado, de 31 de março de 1964, foi acolhido pela 
Igreja. 
MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto, 
2011 (adaptado). 
Em que pesem as divergências no interior do clero após 
a instalação da ditadura civil-militar, o posicionamento 
mencionado no texto fundamentou-se no 
entendimento da hierarquia católica de que o(a) 
A) luta de classes é estimulada pelo livre mercado. 
B) poder oligárquico é limitado pela ação do Exército. 
C) doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior. 
D) espaço político é dominado pelo interesse 
empresarial. 
E) manipulação ideológica é favorecida pela privação 
material 
 
Questão 49 
O principal articulador do atual modelo econômico 
chinês argumenta que o mercado é só um instrumento 
econômico, que se emprega de forma indistinta tanto 
no capitalismo como no socialismo. Porém os próprios 
chineses já estão sentindo, na sua sociedade, o seu real 
significado: o mercado não é algo neutro, ou um 
instrumental técnico que possibilita à sociedade utilizá-
lo para a construção e edificação do socialismo. Ele é, 
ao contrário do que diz o articulador, um instrumento 
do capitalismo e é inerente à sua estrutura como modo 
de produção. A sua utilização está levando a uma 
polarização da sociedade chinesa. 
OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa. Caros Amigos, 31 jan. 2011 (adaptado). 
No texto, as reformas econômicas ocorridas na China 
são colocadas como antagônicas à construção de um 
país socialista. Nesse contexto, a característica 
fundamental do socialismo, à qual o modelo 
econômico chinês atual se contrapõe é a 
A) desestatização da economia. 
B) instauração de um partido único. 
C) manutenção da livre concorrência. 
D) formação de sindicatos trabalhistas. 
E) extinção gradual das classes sociais 
 
Questão 50 
 
 
Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 2 
revela aspectos de uma trajetória e obra dedicadas à 
A) valorização de uma representação tradicional da 
mulher. 
B) descaracterização de referências do folclore 
nordestino. 
C) fusão de elementos brasileiros à moda da Europa. 
D) massificação do consumo de uma arte local. 
E) criação de uma estética de resistência. 
 
Questão 51 
Voz do sangue 
Palpitam-me/ os sons do batuque/ e os ritmos 
melancólicos do blue. /Ó negroesfarrapado/ do 
Harlem /ó dançarino de Chicago/ ó negro servidor do 
South /Ó negro da África/ negros de todo o mundo /Eu 
junto/ ao vosso magnífico canto/ a minha pobre voz/ 
os meus humildes ritmos. / Eu vos acompanho/ pelas 
emaranhadas áfricas/ do nosso Rumo. /Eu vos sinto/ 
negros de todo o mundo/ eu vivo a nossa história/ 
meus irmãos. 
Disponível em: www.agostinhoneto.org. Acesso em: 30 jun. 2015. 
Nesse poema, o líder angolano Agostinho Neto, na 
década de 1940, evoca o pan-africanismo com o 
objetivo de 
A) incitar a luta por políticas de ações afirmativas na 
América e na África. 
B) reconhecer as desigualdades sociais entre os negros 
de Angola e dos Estados Unidos. 
C) descrever o quadro de pobreza após os processos de 
independência no continente africano. 
D) solicitar o engajamento dos negros estadunidenses 
na luta armada pela independência em Angola. 
E) conclamar as populações negras de diferentes países 
a apoiar as lutas por igualdade e independência 
 
Questão 52 
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com 
representações de bandeirantes no acervo do Museu 
Paulista, mediante a aquisição de uma tela que 
homenageava o sertanista que comandara a 
destruição do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, 
viabilizada por verba estadual, foi simultânea à 
emergência de uma interpretação histórica que 
apontava o fenômeno do sertanismo paulista como o 
elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e de 
São Paulo, concepção essa que se consolidaria entre os 
historiadores ligados ao Instituto Histórico e 
Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras 
décadas do século XX. 
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a 
representação de bandeirantes e a tradição da retratística 
monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fev. 2007. 
A prática governamental descrita no texto, com a 
escolha dos temas das obras, tinha como propósito a 
construção de uma memória que 
A) afirmava a centralidade de um estado na política do 
país. 
B) resgatava a importância da resistência escrava na 
história brasileira. 
C) evidenciava a importância da produção artística no 
contexto regional. 
D) valorizava a saga histórica do povo na afirmação de 
uma memória social. 
E) destacava a presença do indígena no desbravamento 
do território colonial. 
 
Questão 53 
Texto I 
Portadora de mensagem espiritual do passado, as obras 
monumentais de cada povo perduram no presente 
como o testemunho vivo de suas tradições seculares. A 
humanidade, cada vez mais consciente da unidade dos 
valores humanos, as considera um bem comum e, 
perante as gerações futuras, se reconhece 
solidariamente responsável por preservá-las, impondo a 
si mesma o dever de transmiti-las na plenitude de sua 
autenticidade 
Carta de Veneza, 31 de maio de 1964 
Texto II 
Os sistemas tradicionais de proteção se mostram cada 
vez menos eficiente diante do processo acelerado de 
urbanização e transformação da nossa sociedade. A 
legislação de proteção peca por considerar o 
monumento, até certo ponto, desvinculado da realidade 
socioeconômica. O tombamento, ao decretar a 
imutabilidade do monumento, provoca a redução de 
seu valor venal e o abandono, o que é uma causa, ainda 
que lenta, de destruição inevitável 
TELLES, L. S. Manual do patrimônio histórico. Porto Alegre: Caxias do Sul: 
Escola superior de Teologia São Lourenço de Brindes; (1977) 
Escritos em temporalidade histórica aproximada, os 
textos se distanciam ao apresentarem pontos de vistas 
diferentes sobre a(s) 
A) ampliação do comercio de imagens sacras 
B) substituição de materiais de valor artístico 
C) políticas de conservação de bens culturais 
D) defesa da privatização de sítios arqueológicos 
E) medidas de salvaguarda de peças museológicas 
 
Questão 54 
Vocês que fazem parte dessa massa 
Que passa nos Projetos do futuro 
É duro tanto ter que caminhar 
E dar muito mais do que receber 
E, ô, ô vida de gado 
Povo marcado 
Ê, povo feliz 
Zé Ramalho. A peleja do diabo com o dono do céu 
Qual comportamento coletivo é criticado no trecho da 
letra da canção lançada em 1979? 
A) Militância politica 
B) Passividade social 
C) Altruísmo religioso 
D) Autocontrole moral 
E) Inconformismo eleitoral 
 
Questão 55 
Ao mesmo tempo, graças às amplas possibilidades que 
tive de observar a classe média, vossa adversária, 
rapidamente concluí que vós tendes razão, inteira razão, 
em não esperar dele qualquer ajuda. Seus interesses são 
diametralmente opostos aos vossos, mesmo que ela 
procure incessantemente afirmar o contrário e vos 
queira persuadir que sente a maior simpatia por vossa 
sorte. Mas seus atos desmentem suas palavras. 
ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: 
Boitempo, 2010. 
No texto, o autor apresenta delineamentos éticos que 
correspondem ao (s) 
A) conceito de luta de classes. 
B) alicerce da ideia de mais-valia. 
C) fundamentos do método científico. 
D) paradigmas do processo indagativo. 
E) domínios do fetichismo da mercadoria.

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