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Questões sobre História Mundial

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HISTÓRIAHISTÓRIAHISTÓRIA
2
QUESTÃO 01
Em A ética protestante e o espírito do capitalismo, 
Weber começa investigando os princípios éticos 
que estão na base do capitalismo, constituindo o 
que ele denomina o seu “espírito”. E tais princípios 
são encontrados na teologia protestante, mais 
especificamente na teologia calvinista. A partir daí, 
formula sua hipótese básica de trabalho, segundo 
a qual a vivência espiritual da doutrina e da conduta 
religiosa exigida pelo protestantismo teria organizado 
uma maneira de agir religiosa com afinidade à maneira 
de agir econômica, necessária para a realização de um 
lucro sistemático e racional.
CATANI, Afrânio Mendes. O que é capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1980.
(Coleção Primeiros Passos).
Os princípios do capitalismo identificados por Weber na 
conduta calvinista relacionam-se ao(a)
 defesa da doutrina do preço justo, oriunda da 
escolástica medieval.
 busca do enriquecimento material como forma de 
conquistar a salvação.
 cobrança sistemática dos dízimos e sua aplicação no 
mercado financeiro.
 consumo de bens de consumo de luxo como sinal da 
eleição divina.
 ênfase no trabalho e na poupança como formas de 
glorificação a Deus.
QUESTÃO 02
O período que vai do final do século XIX aos primeiros 
anos do século XX, conhecido como Paz Armada, trouxe 
um alinhamento das grandes potências europeias em 
torno de alianças que pudessem proteger e garantir 
seus interesses comerciais, políticos e militares. 
Sobre a Paz Armada e a Primeira Guerra Mundial, é 
correto afirmar que
 todas as nações europeias adotaram o serviço militar 
obrigatório, ampliando sua força bélica.
 a indústria bélica aumentou consideravelmente os 
seus recursos, produzindo novas tecnologias para a 
guerra.
 o rompimento da política de alianças entre as 
potências europeias provocou a eclosão da Primeira 
Guerra Mundial.
 a Paz Armada foi consequência da derrota da 
Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial.
 a ausência dos norte-americanos no conflito impediu 
o sucesso da política de alianças entre as potências 
imperialistas.
3
QUESTÃO 03
Quando Cristóvão Colombo atravessou o Oceano 
Atlântico em 1492, pensou que tinha chegado ao leste 
da Ásia. Na realidade, ele tinha aberto aos europeus 
um caminho a um novo continente, a América. Muitos 
outros europeus, na maioria espanhóis, portugueses, 
franceses e ingleses, seguiram o caminho de Colombo 
para esse novo mundo. 
No contexto de colonização da América, pode-se afirmar 
que os ingleses
 fundaram a cidade de Plymouth e a colônia da 
Baía de Massachusetts, na região chamada Nova 
Inglaterra. Essas colônias eram incomuns, pois seus 
fundadores queriam liberdade para praticar suas 
formas próprias de cristianismo, o que não podiam 
fazer na Europa.
 tinham como colônias mais importantes as que 
ficavam na costa do Oceano Pacífico na América 
do Norte. Em 1607, mercadores da Companhia 
da Virgínia fundaram Jamestown, que se tornou 
o primeiro assentamento inglês permanente na 
América do Norte.
 colonizaram exclusivamente a América. A partir de 
1670, fundaram entrepostos comerciais no Canadá 
e diversos assentamentos em várias ilhas no mar do 
Caribe, sendo a maior delas a Jamaica, tomada da 
Espanha em 1655.
 colonizaram apenas Belize, na América Central, e 
algumas colônias espalhadas por um território no 
norte da América do Sul, que se uniram para formar 
a Guiana Inglesa (atual Guiana), sempre utilizando o 
plantation como método de exploração.
 utilizaram diferentes formas de colonização na 
América, sendo que no norte do atual território 
norte-americano fizeram uso da chamada colônia de 
exploração, caracterizada pelo escravismo, e no sul, 
a chamada colônia de povoamento, caracterizada 
pelo uso da mão de obra livre.
QUESTÃO 04
A queda da burguesia e a vitória do proletariado são 
igualmente inevitáveis [...]. Os proletários nada têm a 
perder com ela, a não ser as próprias cadeias. E têm 
um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, 
uni-vos.
MARX, K. ENGELS, F. Manifesto Comunista, 1848. (adaptado)
Esse trecho, extraído do Manifesto Comunista de Marx e 
Engels, foi escrito no contexto histórico marcado
 pelo acirramento das contradições políticas, 
econômicas e sociais decorrentes do processo 
conhecido como Revolução Industrial.
 pelos conflitos entre trabalhadores e patrões que 
começaram a pontuar os países capitalistas a partir 
da ocorrência da Revolução Russa.
 pela afirmação dos Estados Unidos como potência 
imperialista com interesses econômicos e políticos 
em várias regiões do planeta.
 pelo confronto entre vassalos e suseranos, no 
momento de ápice da crise do modo de produção 
feudal e de enfraquecimento da autoridade religiosa.
 pelo incremento das contestações populares às 
diretrizes políticas implantadas pelos regimes 
autoritários que floresceram na Europa, na primeira 
metade do século XX.
4
QUESTÃO 05
A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se 
transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira 
lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, 
sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu 
desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos 
altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais 
a escravização do homem que seu poder.
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. (adaptado)
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços 
tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução 
Industrial Inglesa e as características das cidades 
industriais no início do século XIX?
 A facilidade em se estabelecer relações lucrativas 
transformava as cidades em espaços privilegiados 
para a livre iniciativa, característica da nova 
sociedade capitalista.
 O desenvolvimento de métodos de planejamento 
urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
 A construção de núcleos urbanos integrados por 
meios de transporte facilitava o deslocamento dos 
trabalhadores das periferias até as fábricas.
 A grandiosidade dos prédios onde se localizavam 
as fábricas revelava os avanços da engenharia e da 
arquitetura do período, transformando as cidades em 
locais de experimentação estética e artística.
 O alto nível de exploração dos trabalhadores 
industriais ocasionava o surgimento de aglomerados 
urbanos marcados por péssimas condições de 
moradia, saúde e higiene.
QUESTÃO 06
A noção clara sobre o tempo nem sempre esteve 
presente na vida social cotidiana e, mesmo com o 
advento da Revolução Industrial, demorou até que 
os relógios se tornassem ferramentas acessíveis a 
todos. Nessa época, em muitas fábricas, os relógios 
eram adiantados de manhã e atrasados à noite. Nesse 
sentido, entende-se que a manipulação do tempo
 tornou-se motivo para a legalização de horas extras.
 acelerou a ascensão social dos trabalhadores.
 foi a razão da maioria das mortes nas fábricas.
 prejudicou o lucro dos empregadores fabris.
 foi usada para disfarçar abusos trabalhistas.
5
QUESTÃO 07
Em 1789, iniciava-se, na França, um dos eventos 
mais importantes e simbólicos da história mundial, 
a Revolução Francesa. Assinale a alternativa que 
indique uma fase da Revolução e suas principais 
características, respectivamente.
 Assembleia Nacional Constituinte, período 
republicano, onde em 4 de Julho de 1789 foi assinada 
a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão.
 Constituição, período republicano, onde a maior 
parte do poder estava nas mãos da alta burguesia 
dos jacobinos.
 Diretório, período republicano, marcado pela 
estabilização da economia e poder dos girondinos.
 Consulado, período do império e expansão por 
Napoleão Bonaparte, que institui o Código Civil 
Napoleônico.
 Convenção Nacional, período republicano, onde 
existiu a chamada fase do Terror jacobino, liderado 
por Robespierre.
QUESTÃO 08
“Estas ruas são em geral tão estreitas que se pode 
saltar de uma janela para a da casa em frente, e os 
edifícios apresentam por outro lado uma tal acumulação 
de andares que aluz mal pode penetrar no pátio ou na 
ruela que os separa. Nesta parte da cidade não há nem 
esgotos nem lavabos públicos [...] nas casas, e é por 
isso que as imundícies, detritos ou excrementos de, pelo 
menos, 50 000 pessoas são lançados todas as noites 
nas valetas [...] que não só ferem a vista e o olfato, 
como, por outro lado, representam um perigo extremo 
para a saúde dos habitantes. [...] Os alojamentos da 
classe pobre são em geral muito sujos e aparentemente 
nunca são limpos [...] e compõem-se, na maior parte das 
casas, de uma única sala [...] que muitas vezes é úmida 
e fica no subsolo, sempre mal mobiliada e perfeitamente 
inabitável, a ponto de um monte de palha servir 
frequentemente de cama para uma família inteira, cama 
onde se deitam, numa confusão revoltante, homens, 
mulheres, velhos e crianças.” 
The Artisan, 1843. In: ENGELS, Friedrich. A Situação da classe trabalhadora na Inglaterra.
Porto: Afrontamento, 1975. p. 69.
O artigo anterior, veiculado em um revista inglesa do 
século XIX, revela a ótica do autor sobre as contradições 
de vida dos
 camponeses que trabalhavam no interior das 
propriedades burguesas logo após a realização dos 
cercamentos das terras.
 trabalhadores artesãos que viviam na periferia das 
cidades industriais, exercendo, com seus próprios 
instrumentos, atividades em pequenas oficinas.
 operários e suas famílias, que viviam nas cidades 
industriais a partir da Revolução Industrial.
 mendigos de Londres que viviam marginalizados na 
sociedade porque não se adaptavam ao trabalho 
disciplinado da fábrica.
 desempregados, já que não conseguiam pagar os 
aluguéis das habitações sanitárias pelos industriais 
para as famílias operárias.
6
QUESTÃO 09
No mundo árabe, países governados há décadas por 
regimes políticos centralizadores contabilizam metade 
da população com menos de 30 anos; desses, 56% 
têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas 
de futuro e diante da estagnação da economia, esses 
jovens incubam vírus sedentos por modernidade e 
democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano 
de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio 
corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma 
série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma 
epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos 
países vizinhos, derrubando em seguida o presidente 
do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – 
como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar 
manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico. 
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 
2 mar. 2011. (adaptado)
Considerando os movimentos políticos mencionados no 
texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
 reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
 tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
 manter o distanciamento necessário à sua segurança.
 disseminar vírus capazes de destruir programas dos 
computadores.
 difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a 
população.
QUESTÃO 10
Zappa
A charge faz alusão a uma importante transformação 
nas relações entre Estados Unidos e Cuba ocorrida em 
2014. Trata-se da
 retomada de relações diplomáticas entre Estados 
Unidos e Cuba. 
 aproximação ideológica do governo de Cuba ao 
capitalismo dos Estados Unidos.
 penetração de empresas dos Estados Unidos nos 
setores produtivos de Cuba.
 derrubada do modelo socialista de Cuba por 
dissidentes apoiados pelos Estados Unidos.
 recuperação dos planos de cooperação bilateral 
entre Estados Unidos e Cuba.
7
QUESTÃO 11
Tocadas em 1 500 pelos homens de Pedro Álvares 
Cabral, as terras que hoje são brasileiras foram desde 
então oficialmente incorporadas à Coroa portuguesa. 
Se haviam sido frequentadas antes, como sugere 
o Esmeraldo de situ orbis, e defendem alguns 
historiadores portugueses, disso não ficou maior 
registro, e não há, pois, como fugir da data consagrada 
e recentemente celebrada – para o bem e para o mal – 
por brasileiros e portugueses. Descoberto oficialmente, 
pois, em 1 500, sob o pontificado de Alexandre VI 
Bórgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, 
nem Brasil nem brasileiros. Vários são os sentidos 
dessa não existência.
SOUZA, Laura de Mello e. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, 2001. n. 145. 
p. 6186. Disponível em: <http://revhistoria.usp.br>. Acesso em: 7 jun. 2014. (adaptado)
A chegada dos portugueses ao território que viria a ser 
o Brasil insere-se em um contexto marcado na Europa 
pelo(a)
 expansão feudal em busca de terras.
 ascensão do poder real.
 declínio econômico burguês.
 fortalecimento político da Igreja Católica.
 desenvolvimento industrial-fabril.
QUESTÃO 12
De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e 
muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, 
muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos 
ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito 
longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja 
ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; 
nem lho vimos. Porém, a terra em si é de muito bons 
ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me 
parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. 
História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o 
projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o 
relato enfatiza o objetivo de
 valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos 
nativos.
 descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade 
portuguesa.
 transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o 
potencial econômico existente.
 realçar a pobreza dos habitantes nativos para 
demarcar a superioridade europeia.
 criticar o modo de vida dos povos autóctones para 
evidenciar a ausência de trabalho.
8
QUESTÃO 13
Leia o texto:
“O papel das colônias era contribuir para a 
autossuficiência da metrópole, transformando-se em 
áreas reservadas de cada potência colonizadora, na 
concorrência com as demais.”, segundo o historiador 
Boris Fausto em seu livro “História do Brasil”.
FAUSTO, 1996, p. 55.
É característica do pacto colonial o(a)
 protecionismo mercantilista.
 abertura do comércio da colônia para outras 
metrópoles.
 ausência de representantes da Coroa nas colônias.
 prática exclusiva da extração de metais.
 prática exclusiva da extração de vegetais.
QUESTÃO 14
Os indígenas, munidos de instrumentos metálicos 
entregues pelos europeus, incumbiam-se de cortar 
as árvores, desbastá-las, retirar-lhes a casca, cerrar 
os troncos, em dois ou três segmentos, e carregar os 
troncos aos ombros para as feitorias ou navios situados, 
por vezes, a distâncias da ordem das 15 a 20 léguas. 
Dois baixos-relevos quinhentistas existentes em Ruão 
ilustram o processo, realizado por aborígenes, de abate, 
preparação, transporte e embarque de pau-brasil nos 
navios franceses.
COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, 
do início do povoamento a finais de quinhentos. 3. ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 311.
Sobre a atividade aludida no texto, constata-se que a
 atividade de extração de madeira combinou a 
utilização do trabalho do africano com o indígena, 
mantendo padrões aceitáveis de convivência.
 aproximação entre indígenas e europeus, na 
implantação de padrões coletivos de convivência, 
transmitiu as técnicas dos nativos para os europeus.
 exploração de madeira de lei foi uma estratégia 
europeia de aproximação amigável para com os 
nativos, transmitindo técnicas civilizatórias europeias.
 empresa mercantilista se valeu da exploração da 
mão de obra nativa para favorecer seus interesses 
lucrativos, produzindo um tipo de barbarismo 
ecológico.
 construção do modelo de colônia passa 
necessariamente pela utilização dos ameríndios 
como os primeiros colonos, já que estes eram 
conhecedores da região.
9
QUESTÃO 15
A experiência que tenho de lidar com aldeias de 
diversas nações me tem feitover, que nunca índio fez 
grande confiança de branco e, se isto sucede com os 
que estão já civilizados, como não sucederá o mesmo 
com esses que estão ainda brutos.
NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751. Apud CHAIM, M. M. Aldeamentos 
indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo: Nobel, Brasília: INL, 1983. (adaptado)
Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de 
Goiás foi governada por D. Marcos de Noronha, que 
atendeu às diretrizes da política indigenista pombalina 
que incentivava a criação de aldeamentos em função
 das constantes rebeliões indígenas contra os brancos 
colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro 
nas regiões mineradoras.
 da propagação de doenças originadas do contato 
com os colonizadores, que dizimaram boa parte da 
população indígena.
 do empenho das ordens religiosas em proteger 
o indígena da exploração, o que garantiu a sua 
supremacia na administração colonial.
 da política racista da Coroa portuguesa, contrária à 
miscigenação, que organizava a sociedade em uma 
hierarquia dominada pelos brancos.
 da necessidade de controle dos brancos sobre a 
população indígena, objetivando sua adaptação às 
exigências do trabalho regular.
QUESTÃO 16
Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos 
deparamos com uma impressionante multidão que 
dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o 
Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, 
exercício violento e pouco apropriado tanto para sua 
idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar 
na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser 
interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, 
cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, 
e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do 
Amarante”.
Barbinais, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R.
As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000. (adaptado)
O viajante francês, ao descrever suas impressões 
sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, 
demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como 
outras manifestações religiosas do Período Colonial, ela
 seguia os preceitos advindos da hierarquia católica 
romana.
 demarcava a submissão do povo à autoridade 
constituída.
 definia o pertencimento dos padres às camadas 
populares.
 afirmava um sentido comunitário de partilha da 
devoção.
 harmonizava as relações sociais entre escravos e 
senhores.
10
QUESTÃO 17
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado 
porque padeceis em um modo muito semelhante o que 
o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a 
sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, 
e a vossa em um engenho é de três. Também ali não 
faltaram as canas, porque duas vezes entraram na 
Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, 
e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A 
Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte 
foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e 
os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo 
sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, 
e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os 
açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto 
se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada 
de paciência, também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951. (adaptado)
O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece 
uma relação entre a Paixão de Cristo e o(a)
 atividade dos comerciantes de açúcar nos portos 
brasileiros.
 função dos mestres de açúcar durante a safra de 
cana.
 sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
 papel dos senhores na administração dos engenhos.
 trabalho dos escravizados na produção de açúcar.
QUESTÃO 18
Religiões no Brasil – 2007
73,8%
10,7%
7,4%
4,3%
1,7% 0,7%
1,4%
Católica apostólica romana
Assembleia de Deus e evangélicas pentecostais
Sem religião
Batista e evangélica de missão
Espírita, umbanda e candomblé
Testemunha de Jeová
Católica apostólica brasileira e outras religiões
SMITH, D. Atlas da Situação Mundial. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2007. (adaptado)
Uma explicação de caráter histórico para o percentual 
da religião com maior número de adeptos declarados 
no Brasil foi a existência, no passado colonial e 
monárquico, da
 incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos 
de outras religiões. 
 incorporação da ideia de liberdade religiosa na esfera 
pública. 
 permissão para o funcionamento de igrejas não 
cristãs. 
 relação de integração entre Estado e Igreja. 
 influência das religiões de origem africana.
11
QUESTÃO 19
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou 
um período marcado por inúmeras crises: as diversas 
forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações 
populares eram por melhores condições de vida e 
pelo direito de participação na vida política do país. 
Os conflitos representavam também o protesto contra 
a centralização do governo. Nesse período, ocorreu 
também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento 
do poderoso grupo dos “barões do café”, para o qual era 
fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico 
negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado
 por revoltas populares que reclamavam a volta da 
monarquia.
 por várias crises e pela submissão das forças 
políticas ao poder central.
 pela luta entre os principais grupos políticos que 
reivindicavam melhores condições de vida.
 pelo governo dos chamados regentes, que 
promoveram a ascensão social dos “barões do café”.
 pela convulsão política e por novas realidades 
econômicas que exigiam o reforço de velhas 
realidades sociais.
QUESTÃO 20
"... todos os gêneros produzidos junto ao mar podiam 
conduzir-se para a Europa facilmente e os do sertão, 
pelo contrário, nunca chegariam a portos onde os 
embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas 
tais que aos lavradores não faria conta largá-los pelo 
preço por que se vendessem os da Marinha. Estes foram 
os motivos de antepor a povoação da costa à do sertão."
Frei Gaspar da Madre de Deus, em 1797.
A leitura do fragmento nos permite inferir que no Período 
Colonial brasileiro, o(a)
 existência de um mercado interno era favorecida 
pelas condições geográficas.
 colonização possuiu por muito tempo um caráter 
litorâneo.
 especulação sobre o preço dos alimentos era uma 
prática comum.
 sertão era economicamente mais importante do que 
o litoral.
 Brasil era um importante mercado consumidor da 
Europa.
12
QUESTÃO 21
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte 
com representações de bandeirantes no acervo do 
Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela 
que homenageava o sertanista que comandara a 
destruição do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, 
viabilizada por verba estadual, foi simultânea à 
emergência de uma interpretação histórica que 
apontava o fenômeno do sertanismo paulista como 
o elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e 
de São Paulo, concepção essa que se consolidaria 
entre os historiadores ligados ao Instituto Histórico e 
Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras 
décadas do século XX.
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a 
tradição da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fey. 2007.
A prática governamental descrita no texto, com a escolha 
dos temas das obras, tinha como propósito a construção 
de uma memória que
 afirmava a centralidade de um estado na política do 
país.
 resgatava a importância da resistência escrava na 
história brasileira.
 evidenciava a importância da produção artística no 
contexto regional.
 valorizava a saga histórica do povo na afirmação de 
uma memória social.
 destacava a presença do indígena no desbravamento 
do território colonial.
QUESTÃO 22
MOREAUX, F. R. Proclamação da Independência.
Disponível em: <www.tvbrasil.org.br>. Acesso em: 14 jun. 2010.
FERREZ, M. D. Pedro II.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
São Paulo:Cia. das Letras, 1998.
As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, 
procuram transmitir determinadas representações 
políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos 
de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, 
respectivamente,
 habilidade militar – riqueza pessoal.
 liderança popular – estabilidade política.
 instabilidade econômica – herança europeia.
 isolamento político – centralização do poder.
 nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.
13
QUESTÃO 23
Ninguém desconhece a necessidade que todos 
os fazendeiros têm de aumentar o número de seus 
trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os 
fazendeiros dos braços necessários? As fazendas eram 
alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor 
auxílio pecuniário do governo. Ora, se os fazendeiros se 
supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los 
ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não 
hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto 
é, à sua custa?
Resposta de Manuel Felizardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras 
Públicas, ao Senador Vergueiro. In: ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida 
privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. (adaptado)
O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do 
Império refere-se às mudanças então em curso no 
campo brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite 
agrária em torno do objetivo de
 fomentar ações públicas para ocupação das terras 
do interior.
 adotar o regime assalariado para proteção da mão 
de obra estrangeira.
 definir uma política de subsídio governamental para 
o fomento da imigração.
 regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para 
sobrevivência das fazendas.
 financiar a fixação de famílias camponesas para 
estímulo da agricultura de subsistência.
QUESTÃO 24
A escravidão não há de ser suprimida no Brasil 
por uma guerra servil, muito menos por insurreições 
ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por 
uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela 
poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, 
como aconteceu na França, sendo essa revolução obra 
exclusiva da população livre. É no Parlamento e não 
em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e 
praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a 
causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 
São Paulo: Publifolha, 2000. (adaptado)
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político 
sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no 
Brasil, no qual
 copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
 incentivava a conquista de alforrias por meio de 
ações judiciais.
 optava pela via legalista de libertação.
 priorizava a negociação em torno das indenizações 
aos senhores.
 antecipava a libertação paternalista dos cativos.
14
QUESTÃO 25
De volta do Paraguai
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter 
derramado seu sangue em defesa da pátria e libertado 
um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país 
natal para ver sua mãe amarrada a um tronco horrível 
de realidade!...
AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org.) 
Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro.
Letras & Expressões, 2001. (adaptado)
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de 
parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na Guerra 
do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
 negação da cidadania aos familiares cativos.
 concessão de alforrias aos militares escravos.
 perseguição dos escravistas aos soldados negros.
 punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
 suspensão das indenizações aos proprietários 
prejudicados.
QUESTÃO 26
Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano 
Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na luta 
pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo 
pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo ler 
e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas 
de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem 
diploma, fez do direito o seu oficio e transformou-se, 
em pouco tempo, em proeminente advogado da causa 
abolicionista.
AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de História. Anal, no 3. 
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004. (adaptado)
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na 
segunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes 
lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia 
de Luiz Gama exemplifica a
 impossibilidade de ascensão social do negro forro 
em uma sociedade escravocrata, mesmo sendo 
alfabetizado.
 extrema dificuldade de projeção dos intelectuais 
negros nesse contexto e a utilização do Direito como 
canal de luta pela liberdade.
 rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, 
que inviabilizava os mecanismos de ascensão social.
 possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo 
apoio das elites dominantes, a um mestiço filho de 
pai português.
 troca de favores entre um representante negro e 
a elite agrária escravista que outorgara o direito 
advocatício a ele.
15
QUESTÃO 27
Substitui-se então uma história crítica, profunda, 
por uma crônica de detalhes onde o patriotismo e a 
bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos 
motivos que levaram a Inglaterra a armar brasileiros e 
argentinos para a destruição da mais gloriosa república 
que já se viu na América Latina, a do Paraguai.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: A Guerra do Paraguai. 
São Paulo: Brasiliense, 1979. (adaptado)
O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, 
mantém o status quo na América Meridional, impedindo 
a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. 
Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos 
e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem 
alguma repercussão.
DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. 
São Paulo: Cia. das Letras, 2002. (adaptado)
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra 
que ambas estão refletindo sobre o(a)
 carência de fontes para a pesquisa sobre os reais 
motivos dessa Guerra.
 caráter positivista das diferentes versões sobre essa 
Guerra.
 resultado das intervenções britânicas nos cenários 
de batalha.
 dificuldade de elaborar explicações convincentes 
sobre os motivos dessa Guerra.
 nível de crueldade das ações do exército brasileiro e 
argentino durante o conflito.
QUESTÃO 28
Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde 
Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários 
prepararam uma série de manifestações a favor do 
imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e 
luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, 
tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como 
a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” 
apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as 
casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de 
garrafas jogadas das janelas.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. (adaptado)
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se 
caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse 
sentido, a análise dos episódios descritos em Minas 
Gerais e no Rio de Janeiro revela
 estímulos ao racismo.
 apoio ao xenofobismo.
 críticas ao federalismo.
 repúdio ao republicanismo.
 questionamentos ao autoritarismo.
16
QUESTÃO 29
TEXTO I
Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 
libertou poucos negros em relação à população de 
cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 
1888, por meio de estratégias possíveis. No entanto, 
a importância histórica da lei de 1888 não pode ser 
mensurada apenas em termos numéricos. O impacto 
que a extinção da escravidão causou numa sociedade 
constituída a partir da legitimidade da propriedade 
sobre a pessoa não cabe em cifras.
ALBUQUERQUE, W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no Brasil. 
São Paulo: Cia. das Letras, 2009. (adaptado)
TEXTO II
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, 
a população livre do Rio de Janeirose tornou mais 
numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos 
numerosos que antes, e com os africanos mais 
aculturados, certamente não se distinguiam muito 
facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres 
habitantes da cidade. Também já não é razoável 
presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente 
cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser 
encontrados em toda parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na 
Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. (adaptado)
Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento 
destacado no Texto I que complementa os argumentos 
apresentados no Texto II é o(a)
 variedade das estratégias de resistência dos cativos.
 controle jurídico exercido pelos proprietários.
 inovação social representada pela lei.
 ineficácia prática da libertação.
 significado político da Abolição.
QUESTÃO 30
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1998. (adaptado)
Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início 
dos anos de 1850, pouco mais de uma década após o 
Golpe da Maioridade. Considerando o contexto histórico 
em que foram produzidas e os elementos simbólicos 
destacados, essas imagens representavam um
 jovem imaturo que agiria de forma irresponsável.
 imperador adulto que governaria segundo as leis.
 líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
 soberano religioso que acataria a autoridade papal.
 monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.
17
QUESTÃO 31
Todo poder, toda autoridade reside nas mãos do Rei 
e não pode haver outra autoridade no Reino a não ser 
a que o Rei aí estabelece. Tudo que se encontra na 
extensão de nossos Estados, de qualquer natureza que 
seja, nos pertence [...] os Reis são senhores absolutos 
e têm naturalmente a disposição plena e inteira de 
todos os bens que são possuídos tanto pelas pessoas 
da Igreja como pelos seculares [...] Aquele que deu 
Reis aos homens quis que os respeitassem como seus 
lugares-tenentes, reservando apenas para si próprio o 
direito de examinar sua conduta. Sua vontade é que 
qualquer um nascido súdito obedeça sem discernimento; 
e esta lei tão expressa e tão universal não foi feita em 
favor dos príncipes apenas, é salutar ao próprio povo ao 
qual é imposta.
Luís XIV
No fragmento acima, o soberano francês Luís XIV 
apresenta sua concepção acerca do Estado absolutista. 
Nele, pode-se observar uma ideologia utilizada para 
justificar a origem do poder real, a saber
 Doutrina dos Dois Gládios.
 Teoria do Contrato Social.
 Doutrina das Três Ordens.
 Teoria do Direito Divino.
 Doutrina do Universalismo Pontifical.
QUESTÃO 32
O trono real não é o trono de um homem, mas o 
trono do próprio Deus. Três razões fazem ver que a 
monarquia hereditária é o melhor governo. A primeira 
é que é o mais natural e se perpetua por si próprio. A 
segunda razão é que esse governo é o que interessa 
mais na conservação do Estado e dos poderes que o 
constituem: o príncipe, que trabalha para o seu Estado, 
trabalha para seus filhos. A terceira razão retira-se da 
dignidade das casas reais.
BOSSUET, Jacques-Bénigne. A política inspirada na Sagrada Escritura. 
In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. 
Lisboa: Plátano,1977. (adaptado).
Nenhum homem recebeu da natureza o direito de 
comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, 
e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de 
gozar dela logo que goze da razão. Toda autoridade (que 
não a paterna) vem duma outra origem, que não é a da 
natureza. Examinando-a bem, sempre se fará remontar 
a uma dessas duas fontes: ou a força e violência daquele 
que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles 
que lhe são submetidos, por um contrato celebrado ou 
suposto entre eles e a quem deferiram a autoridade.
DIDEROT, Denis. Autoridade política. In: FREITAS, Gustavo de. 
900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977.
A leitura comparativa dos textos nos permite inferir que o
 primeiro defende a natureza benéfica da monarquia 
parlamentar.
 segundo opõe-se às teorias políticas liberais.
 primeiro estabelece uma crítica ao pensamento 
escolástico.
 segundo defende princípios políticos contratualistas.
 primeiro celebra o pensamento republicano.
18
QUESTÃO 33
Para que não haja abuso, é preciso organizar as 
coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. 
Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo 
corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, 
exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de 
executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes 
ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os 
poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando 
de forma independente para a efetivação da liberdade, 
sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou 
grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (adaptado)
A divisão e a independência entre os poderes são 
condições necessárias para que possa haver liberdade 
em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo 
político em que haja
 exercício de tutela sobre atividades jurídicas e 
políticas.
 consagração do poder político pela autoridade 
religiosa.
 concentração do poder nas mãos de elites 
técnico-cientifícas.
 estabelecimento de limites aos atores públicos e às 
instituições do governo.
 reunião das funções de legislar, julgar e executar nas 
mãos de um governante eleito.
QUESTÃO 34
São verdades incontestáveis para nós: todos os 
homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu certos 
direitos inalienáveis, entre os quais os de vida, o de 
liberdade e o de buscar a felicidade; para assegurar esses 
direitos, se constituíram homens-governo cujos poderes 
justos emanam do consentimento dos governados; 
sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir 
esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-
la, instituindo um novo governo cujos princípios básicos 
e organização de poderes obedeçam às normas que 
lhes pareçam mais próprias para promover a segurança 
e a felicidade gerais. 
Trecho da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.
É somente na minha pessoa que reside o poder 
soberano... É somente de mim que os meus tribunais 
recebem a sua existência e a sua autoridade; [...] a 
plenitude desta autoridade, que eles não exercem 
senão em meu nome, permanece sempre em mim [...]; é 
unicamente a mim que pertence o poder legislativo [...]; 
Toda ordem pública emana de mim...
Resposta do Rei Luís XV ao Parlamento de Paris, em 1766.
Com base na análise dos textos, pode-se afirmar que
 apresentam visões complementares sobre a natureza 
do poder.
 representam concepções opostas sobre a origem do 
poder.
 marcam posições conciliadoras acerca do exercício 
do poder.
 caracterizam regimes políticos autocráticos e 
personalistas.
 afirmam o papel soberano do Estado e principal do 
povo para o poder.
19
QUESTÃO 35
TEXTO I
O Estado sou eu.
Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-1715. 
Disponível em: <http://portalprofessor.mec.gov.br>. Acesso em: 30 nov. 2011.
TEXTO II
A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo. Sua 
vontade
é sempre legal; na verdade é a própria lei.
SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Apud. ELIAS, N. 
Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
Os textos expressam alteração na relação entre 
governantes e governados na Europa. Da frase atribuída 
ao rei Luís XIV até o pronunciamento de Sieyès, 
representante das classes médias que integravam 
o Terceiro Estado francês, infere-se uma mudança 
decorrente da
 ampliação dos poderes soberanos do rei, considerado 
guardião da tradição e protetor de seus súditos e do 
Império.
 associação entre vontade popular e nação, composta 
por cidadãos que dividem uma mesma cultura 
nacional.
 reforma aristocrática, marcada pelaadequação dos 
nobres aos valores modernos, tais como o princípio 
do mérito.
 organização dos Estados centralizados, acompanhados 
pelo aprofundamento da eficiência burocrática.
 crítica ao movimento revolucionário, tido como 
ilegítimo em meio à ascensão popular conduzida 
pelo ideário nacionalista.
QUESTÃO 36
O poder do estado centralizado, com os seus órgãos 
onipresentes: exército permanente, polícia, burocracia, 
clero e magistratura – órgãos forjados segundo o plano 
de uma divisão do trabalho sistemática e hierárquica – 
tem a sua origem nos tempos da monarquia absoluta, 
quando serviu a sociedade da classe média nascente, 
como arma poderosa nas suas lutas contra o feudalismo.
ANDERSON, Perry. Linhagens do estado absolutista. 
Tradução de João Roberto Martins Filho. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 16.
A respeito do fragmento, pode-se afirmar que o
 Estado absolutista se desvinculou de qualquer 
relação mais profunda com a burguesia nascente, já 
que esta era socialmente desqualificada.
 aparelho burocrático absolutista tinha a finalidade 
de conduzir a gestão pública dos tributos estatais, 
apoiando a ordem feudal.
 órgão de poder absoluto passava pelo exercício do 
poder moderador, exercido pelo rei e compartilhado 
pelo parlamento.
 modelo de nobreza real foi constituído a partir das 
transformações da sociedade feudal, que colocava 
o rei como um importante representante da estrutura 
social.
 estado centralizado se harmonizou com a estrutura 
absolutista de poder, rompendo com padrões 
políticos e sociais feudais.
20
QUESTÃO 37
Respeitar a diversidade de circunstâncias entre 
as pequenas sociedades locais que constituem uma 
mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das 
leis internas de cada Estado. As leis municipais seriam 
as cartas de cada povoação doadas pela assembleia 
provincial, alargadas conforme o seu desenvolvimento, 
alteradas segundo os conselhos da experiência. Então, 
administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo 
a que jamais se atingirá de outra sorte.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937. (adaptado)
O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no 
Brasil, tinha como meta a implantação do
 regime monárquico representativo.
 sistema educacional democrático.
 modelo territorial federalista.
 padrão político autoritário.
 poder oligárquico regional.
QUESTÃO 38
As Brigadas Internacionais foram unidades 
de combatentes formadas por voluntários de 53 
nacionalidades dispostos a lutar em defesa da 
República espanhola. Estima-se que cerca de 60 mil 
cidadãos de várias partes do mundo – incluindo 40 
brasileiros – tenham se incorporado a essas unidades. 
Apesar de coordenadas pelos comunistas, as Brigadas 
contaram com membros socialistas, liberais e de outras 
correntes político-ideológicas.
SOUZA, I. I. A Guerra Civil Europeia. História Viva, n. 70, 2009. (fragmento)
A Guerra Civil Espanhola expressou as disputas em 
curso na Europa na década de 1930. A perspectiva 
política comum que promoveu a mobilização descrita 
foi o(a)
 crítica ao stalinismo.
 combate ao fascismo.
 rejeição ao federalismo.
 apoio ao corporativismo.
 adesão ao anarquismo.
21
QUESTÃO 39
Texto do Cartaz: “Amor e não guerra”
Foto de Jovens em protesto contra a Guerra do Vietnã. 
Disponível em: <http://goldenyears66to69.blogspot.com>. Acesso em: 10 out. 2011.
Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, 
movimentos como o Maio de 1968 ou a campanha contra 
a Guerra do Vietnã culminaram no estabelecimento 
de diferentes formas de participação política. Seus 
slogans, tais como “Quando penso em revolução quero 
fazer amor”, tornaram-se símbolos da agitação cultural 
nos anos 1960, cuja inovação relacionava-se ao(à)
 contestação da crise econômica europeia, que fora 
provocada pela manutenção das guerras coloniais.
 organização partidária da juventude comunista, 
visando o estabelecimento da ditadura do 
proletariado.
 unificação das noções de libertação social e libertação 
individual, fornecendo um significado político ao uso 
do corpo.
 defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à 
reprodução, que era tomado como solução para os 
conflitos sociais.
 reconhecimento da cultura das gerações passadas, 
que conviveram com a emergência do rock e outras 
mudanças nos costumes.
QUESTÃO 40
“Ninguém é mais do que eu partidário de uma 
política exterior baseada na amizade íntima com os 
Estados Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados 
Unidos uma política externa que se começa a desenhar. 
[…] Em tais condições a nossa diplomacia deve ser, 
principalmente, feita em Washington [...]. Para mim a 
Doutrina Monroe [...] significa que politicamente nós 
nos desprendemos da Europa tão completamente e 
definitivamente como a lua da terra.”
Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira Silva, 
“Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, 
em Revista de História, n. 138. São Paulo, jul. 1988, p.88.
Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro 
Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que
 a Doutrina Monroe a qual Nabuco se refere, 
estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a 
América para os americanos”.
 Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, 
antecipou a política imperialista americana para 
tornar o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.
 ao declarar que a América estava tão distante da 
Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava 
a necessidade imediata de o Brasil romper suas 
relações diplomáticas com Portugal.
 o pensamento americano considerava legítimas as 
intenções norte-americanas na América Central, bem 
como o apoio às ditaduras na América do Sul, desde 
o século XIX.
 a Doutrina Monroe a que Nabuco se refere 
orientava o Destino Manifesto que evidenciava a 
unidade entre americanos e latinos.
22
QUESTÃO 41
À medida que o africano se integrou à sociedade 
brasileira tornou-se afro-brasileiro e, mais do que isso, 
brasileiro. Usamos o termo afro-brasileiro para indicar 
produtos das mestiçagens para os quais as principais 
matrizes são as africanas e as lusitanas, frequentemente 
com pitadas de elementos indígenas, sem ignorar que 
tais manifestações são, acima de tudo, brasileiras.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2012. p. 132.
Refletindo sobre a construção da identidade cultural 
brasileira, é possível inferir que o(a)
 africano, mesmo tendo papel relevante, fica à 
margem de uma influência decisiva na construção de 
nossa linguagem corporal.
 mosaico multiétnico formador da cultura brasileira 
e o povo brasileiro passam, necessariamente, pela 
miscigenação entre lusos, indígenas e africanos.
 construção dos símbolos que integram nossa 
condição de brasileiro deixa prevalecer a identidade 
lusa, que se combina aos elementos indígenas.
 modelagem do povo brasileiro está relacionada 
à nossa micro África, que nomeia e denomina os 
afro-brasileiros incondicionalmente a partir dos 
quilombos.
 campo cultural África-Brasil faz prevalecer a identidade 
africana sobre as demais etnias formadoras de nosso 
povo, subjugando o patrimônio luso.
QUESTÃO 42
As origens da capoeira se perdem nas noites dos 
tempos. Durante decênios, praticantes e estudiosos 
deram créditos a versões sem nenhum fundamento, 
como a de que o berço da capoeira era Palmares, e 
que era a arma dos escravos fugitivos. Estudos atuais 
apontam a hipótese mais provável de que ela foi o 
somatório de diversas danças rituais, praticadas em 
um amplo arco da África que abasteceu os navios 
negreiros e que se encontram no ambiente específico 
da escravidão brasileira. Registros documentários de 
Angola, na era da escravidão, revelam práticas lúdicas 
e marciais tradicionais muito parecidas com a capoeira 
que chegou com os navios negreiros. Desta forma, a 
capoeira seria um mosaico formado por diversas danças 
africanas ancestrais, que se teriam amalgamado em 
definitivo na terra americana.FIGUEIREDO, Luciano (O rg.). História do Brasil para os ocupados. 1. ed. 
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 75.
Sobre as origens da capoeira, pode-se afirmar que é
 impreciso estabelecer padrões afirmativos orientados 
por exatidões históricas ou metodológicas, pois a 
manifestação afro-brasileira está em construção.
 resultado de um multiculturalismo étnico, que 
aproxima a Europa da África e revisita uma cultura 
em formação no Brasil.
 consequência de uma combinação de ritmos e 
manifestações culturais africanas que se adaptaram 
à realidade específica da escravidão no Brasil.
 importante, na gênese da referida manifestação, 
salientarmos a influência angolana, pois os 
documentos provam essas relações.
 fundamental constatarmos que essa manifestação 
afro-brasileira está associada à cultura de resistência 
fabricada nos quilombos.
23
QUESTÃO 44
Laconte e seus filhos
Juízo final
A estátua “Laconte e seus filhos”, produto do Helenismo, 
foi desenterrada em Roma, em 1506, e impressionou 
Michelangelo (1475-1564), influenciando seu trabalho 
artístico em “Juízo Final”. A influência da cultura clássica 
sobre os artistas renascentistas fica evidente na 
comparação entre as duas obras de arte em questão, 
sobretudo pela
 preocupação com os temas sobrenaturais e 
religiosos.
 temática hedonista oriunda do cristianismo.
 ênfase na postura hierática das figuras retratadas.
 ausência de perspectiva e da ideia de profundidade 
nas pinturas.
 construção dos personagens de modo naturalista.
QUESTÃO 43
De repente, uma variante trágica.
Aproxima-se a seca.
O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo 
singular com que se desencadeia o flagelo.
Entretanto, não foge logo, abandonando a terra a 
pouco e pouco invadida pelo limbo cadente que irradia 
do Ceará.
Buckle, em página notável, assinala a anomalia 
de não se afeiçoar nunca, o homem, às calamidades 
naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor 
aos terremotos que o peruano; e no Peru as crianças 
ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da 
terra.
Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A 
seca não o apavora. É um complemento à sua vida 
tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. 
Enfrenta-a estoico. Apesar das dolorosas tradições 
que conhece através de um sem número de terríveis 
episódios, alimenta a todo transe a esperança de uma 
resistência impossível.
Os sertões, de Euclides da Cunha.
O texto não aborda apenas a seca em si, com seus 
flagelos, mas a cultura do nordestino com ela, afirmando
 ser o nordestino, antes de tudo, um forte, um guerreiro 
que muda a situação e seu contexto social, nunca 
abandonando sua terra.
 que, mesmo sabedor das condições advindas com a 
seca, o nordestino a enfrenta e nutre a esperança de 
vencê-la a todo custo.
 ser natural o temor e a fuga do local, pois não há 
como enfrentar a seca, condição maior que qualquer 
ação do homem.
 não haver solução para a seca por ser algo político, 
pois ela é a grande responsável pela manutenção do 
poder das oligarquias.
 haver grande diferença entre o nordestino e o peruano, 
pois a seca pode ser resolvida, e os terremotos não.
24
QUESTÃO 46
A recuperação da herança cultural africana deve 
levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu 
movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, 
portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu 
cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio 
rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu 
movimento para melhor compreendê-lo historicamente.
MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais. 
Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.
Com base no texto, a análise de manifestações culturais 
de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, 
deve considerar que elas
 permanecem como reprodução dos valores e 
costumes africanos.
 perderam a relação com o seu passado histórico.
 derivam da interação entre valores africanos e a 
experiência histórica brasileira.
 contribuem para o distanciamento cultural entre 
negros e brancos no Brasil atual.
 demonstram a maior complexidade cultural dos 
africanos em relação aos europeus.
QUESTÃO 45
O toque dos sinos em Minas Gerais: patrimônio 
cultural do Brasil
A forma de expressão do toque dos sinos relaciona 
sua dimensão estética à percepção sensorial e à sua 
função comunicativa, onde a ocasião e a estrutura do 
toque estão necessariamente associadas. A ocasião 
determina o ritmo a ser impresso ao toque: em 
celebrações festivas, ritmos acelerados; em ocasiões 
fúnebres, ritmos mais lentos e solenes. Uma forte 
influência da matriz cultural africana se faz presente na 
forma como os sinos eram e são tocados.
O toque dos sinos é expressão reveladora da 
identidade das cidades inventariadas e da diversidade 
cultural brasileira. Seus habitantes se reconhecem e se 
distinguem daqueles de outras cidades, porque atribuem 
um significado particular ao toque dos sinos, ao repertório 
dos toques, e ao som diferenciado de cada um dos sinos 
de bronze das torres das várias igrejas das suas cidades. 
Apenas uma parte da população em cada uma dessas 
cidades reconhece as mensagens transmitidas pelos 
toques de sinos. Dessa parte, somente uma pequena 
parcela é capaz de decifrar matizes nas mensagens. As 
ocasiões em que mais se tocam sinos são justamente 
as festas de santos – eventos que concedem espaço 
largo à alegria, ao prazer, ao lúdico –, quando a função 
comunicativa dos toques é menos relevante. Parte da 
população aprecia simplesmente a beleza dos sons dos 
sinos, misturados aos foguetes e ao som das bandas. O 
toque dos sinos, da forma como ocorre nessas cidades, 
é representativo de inúmeras peculiaridades, ele é 
capaz de promover nosso reconhecimento como uma 
comunidade imaginada, como brasileiros.
Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2019. (adaptado)
A leitura do fragmento permite inferir que o toque dos 
sinos, em Minas Gerais,
 constitui um importante patrimônio material, pois os 
sinos usados são de origem muito antiga.
 ainda tem uma função comunicativa de fácil 
compreensão para a maioria da população local.
 possui uma longa tradição prática e simbólica na 
história dos grupos sociais da região.
 promovia a disputa entre as cidades mineiras pela 
atração de fiéis na época do Barroco.
 sofre uma padronização comercial devido ao 
desenvolvimento do turismo cultural no local.
25
QUESTÃO 47
No final do século XIX, as Grandes Sociedades 
carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre 
os foliões cariocas. Tais sociedades cultivavam um 
pretensioso objetivo em relação à comemoração 
carnavalesca em si mesma: com seus desfiles de carros 
enfeitados pelas principais ruas da cidade, pretendiam 
abolir o entrudo (brincadeira que consistia em jogar 
água nos foliões) e outras práticas difundidas entre a 
população desde os tempos coloniais, substituindo-os por 
formas de diversão que consideravam mais civilizadas, 
inspiradas nos carnavais de Veneza. Contudo, ninguém 
parecia disposto a abrir mão de suas diversões para 
assistir ao carnaval das sociedades. O entrudo, na 
visão dos seus animados praticantes, poderia coexistir 
perfeitamente com os desfiles.
PEREIRA, C. S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes Sociedades 
carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M. C. P. Carnavais e outras 
frestas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Unicamp Cecult, 2002. (adaptado)
Manifestações culturais como o carnaval também têm 
sua própria história, sendo constantemente reinventadas 
ao longo do tempo. A atuação das Grandes Sociedades, 
descrita no texto, mostra que o carnaval representava 
um momento em que as
 distinções sociais eram deixadas de lado em nome 
da celebração.
 aspirações cosmopolitas da elite impediam a 
realização da festa fora dos clubes.
 liberdades individuais eram extintas pelas regras das 
autoridades públicas.
 tradições populares se transformavamem matéria 
de disputas sociais.
 perseguições policiais tinham caráter xenófobo por 
repudiarem tradições estrangeiras.
QUESTÃO 48
Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado 
sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter 
podido escapar de todos os perigos que se apresentam 
em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros 
acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria 
coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los 
todos diante dos olhos quando querem empreender 
suas viagens.
J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventareux. 1600. In: DELUMEAU, J. 
História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. (adaptado)
Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas 
da época moderna, expressa um sentimento de
 gosto pela aventura.
 fascínio pelo fantástico.
 terror do desconhecido.
 interesse pela natureza.
 purgação dos pecados.
26
QUESTÃO 50
Em seu significado mais primitivo, a palavra 
patrimônio tem origem atrelada ao termo grego pater, 
que significa “pai” ou “paterno”. De tal forma, patrimônio 
veio a se relacionar com tudo aquilo que é deixado 
pela figura do pai e transmitido para seus filhos. Com o 
passar do tempo, essa noção de repasse acabou sendo 
estendida a um conjunto de bens materiais que estão 
intimamente relacionados com à identidade, à cultura ou 
ao passado de uma coletividade. 
Acerca da noção de patrimônio cultural, sabe-se que o(a)
 governo assume o papel de preservar e determinar a 
construção da memória de uma sociedade.
 conhecimento sobre o patrimônio abarca uma 
preocupação em democratizar os saberes e fortalecer 
a noção de cidadania.
 chamado patrimônio imaterial abrange construções, 
obeliscos, esculturas, acervos documentais e 
museológicos, e outros itens das belas-artes.
 capacidade do patrimônio em reforçar o passado e 
os valores comuns representa o interesse oficial do 
Estado e as regras impostas pela cultura erudita.
 conceito de patrimônio material é tradicional e 
histórico, e engloba regiões, paisagens, comidas e 
bebidas típicas, danças, manifestações religiosas e 
festividades tradicionais.
QUESTÃO 49
Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e 
montados em soberbos cavalos; depois destes, marchava 
o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado 
de seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do 
Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta, 
obteve repetidas vivas do povo, que concorreu alegre e 
admirado de tanta grandeza.
Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias 
no Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. 
São Paulo: Brasiliense, 1994. (adaptado)
Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do 
Rei do Congo evidencia um processo de
 exclusão social.
 imposição religiosa.
 acomodação política.
 supressão simbólica.
 ressignificação cultural.
27
RESOLUÇÕES
Resolução 01
Resposta correta: E
O calvinismo inaugurou uma tendência religiosa de glorificar 
a Deus mediante as práticas piedosas e exemplares não só 
na vida eclesiástica, mas também na familiar e profissional, de 
modo a confirmar a eleição divina para a salvação.
Resolução 02
Resposta correta: B
Os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial foram 
caracterizados pela Paz Armada, ou seja, a formação de alian-
ças militares e a preparação de tropas e arsenais para intimidar 
o inimigo.
Resolução 03
Resposta correta: A
Grande parte dos ingleses que veio para a América era de 
perseguidos religiosos (puritanos). Por conta disso, tinham a 
intenção de permanecer na nova terra e fundar a Nova Ingla-
terra, onde teriam o direito de liberdade religiosa, adotando o 
sistema de colônias de povoamento.
Resolução 04
Resposta correta: A
O aprofundamento das tensões sociais, motivado pelo impac-
to socioeconômico da Revolução Industrial, superestimulou o 
surgimento do pensamento socialista, considerado revolucio-
nário para o século em questão.
Resolução 05
Resposta correta: E
A Revolução Industrial Inglesa promoveu grandes transforma-
ções em relação à mão de obra nas formas de produção, que 
acontecia com maior rapidez em relação ao período anterior, 
com o surgimento de grandes cidades que não possuíam in-
fraestrutura, o que gerou graves problemas de moradia, saúde 
e higiene, caracterizando as cidades no século XIX.
Resolução 06
Resposta correta: E
O tempo sempre foi manipulado, muito antes da invenção do 
relógio, e durante a fase da Revolução Industrial foi arma de 
aumento das horas de trabalho dos operários.
Resolução 07
Resposta correta: E
A questão exige do aluno conhecimento geral sobre a Revolu-
ção Francesa e suas diferenciadas fases. A Convenção Nacio-
nal expressa a demarcação do regime republicano francês. A 
fase do Terror foi inaugurada como arma política e deu início 
à fase mais violenta da Revolução. Robespierre foi uma das 
principais referências dessa fase.
Resolução 08
Resposta correta: C
A fábrica atrai mão de obra, que forma os centros urbanos, a 
estrada de ferro como meio de transporte, levando a produção 
e trazendo matéria-prima, e o cortiço indica as condições de 
vida dos operários que, sob a ótica de Engels, um dos funda-
dores do pensamento socialista, evidencia a precariedade, in-
salubridade, horas excessivas de trabalho e falta de condições 
de higiene e assistência médica.
Resolução 09
Resposta correta: E
A eclosão de revoltas no mundo árabe está relacionada a fato-
res socioeconômicos (inflação e desemprego) e políticos (falta 
de democracia e corrupção dos governantes). Nesses países 
árabes, curiosamente, fatores como os altos índices de urba-
nização (macrocefalia) favorecem os acessos às redes sociais a 
despeito da baixa renda da população, o que dificulta o aces-
so a esses equipamentos. 
Resolução 10
Resposta correta: A
A mudança histórica em questão foi o anúncio, por parte do 
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, do fim da rup-
tura diplomática entre os dois países, abrindo caminho para o 
futuro fim do embargo comercial que há décadas afeta a ilha 
socialista.
Resolução 11
Resposta correta: B
O contexto da chegada lusa ao território americano estava re-
lacionado com a consolidação das monarquias nacionais ab-
solutistas.
Resolução 12
Resposta correta: A
O processo de conquista da América, especificamente do Bra-
sil, tinha objetivos variados. Além do interesse por metais pre-
ciosos, não se pode esquecer da pretensão de expandir a fé 
cristã em nome da fé católica, do desejo de converter os povos 
pagãos, como os nativos do Brasil, ao cristianismo por meio 
do discurso dos realizadores da chamada expansão marítima 
europeia. Isso fica explícito no trecho citado da carta famosa 
de Pero Vaz de Caminha.
Resolução 13
Resposta correta: A
O protecionismo consistia em uma das principais práticas do 
mercantilismo e expressava o tipo de acordo feito com o pacto 
colonial: as colônias (os colonos que nelas habitavam e que a 
faziam produzir riquezas) deveriam dar exclusividade comer-
cial às metrópoles, que, por sua vez, davam-lhes condições de 
trabalho e regularizavam a situação de exploração.
Resolução 14
Resposta correta: D
Durante o período Pré-Colonial, desenvolveu-se, com autori-
zação da Coroa portuguesa no Brasil, a extração de pau-brasil, 
uma atividade nômade e predatória que não tinha a finalidade 
de promover o povoamento. A mão de obra indígena era ex-
plorada na prática conhecida como escambo (troca), na qual 
os indígenas faziam o trabalho pesado, do corte e transporte 
da madeira, e em troca recebiam quinquilharias europeias, ob-
jetos de pouco valor. Logo a Coroa portuguesa estabeleceu 
o estanco, ou seja, o monopólio do produto, como uma es-
tratégia de garantir ganhos imediatos, já que a madeira era 
explorada para alguns fins, entre eles a tinturaria de tecidos, 
pois liberava um corante vermelho, e a feitura de móveis. 
28
RESOLUÇÕES
Resolução 15
Resposta correta: E
A administraçãopombalina era marcada pela orientação ilu-
minista, com reformismo moderado. Tinha a preocupação de 
organizar a colonização, tentando acelerar o desenvolvimento 
metropolitano.
A questão religiosa era outro foco da sua administração, ra-
cionalizando o uso do indígena para a adaptação ao trabalho, 
atendendo aos interesses da metrópole.
Resolução 16
Resposta correta: D
As manifestações religiosas no Brasil, durante seu processo 
de formação colonial, imperial e republicana, foram marcadas 
pela ausência de controle romanizador da Igreja Católica.
Geralmente as festividades conseguiram diluir a hierarquia so-
cial e provocar uma temporária socialização popular.
Figuras tão distantes no âmbito econômico, como senhores 
e seus dependentes, aproximavam-se dentro da religiosidade 
ausente de regras definidas, criando uma noção comunitária 
de manifestação de fé.
Resolução 17
Resposta correta: E
Durante o Período Colonial, o negro, principal trabalhador 
do sistema açucareiro, era visto como “animal falante”. Logo, 
seu martírio no trabalho era comparado, por alguns, com o 
de Cristo. Ao fazerem essas comparações, os padres jesuítas 
procuravam minimizar o sofrimento dos escravizados.
Resolução 18
Resposta correta: D
Houve, historicamente, uma grande associação entre o estado 
e o catolicismo no Brasil. A expansão marítima portuguesa e a 
conquista da América (Brasil) se fez dentro do ideário de ex-
pandir a fé cristã-católica. No Período Colonial, só era permiti-
da a fé católica, havendo perseguição a protestantes, judeus, e 
crenças negras e indígenas. No Império (1422-1431), o estado 
era confessional, apresentando o catolicismo como religião 
oficial. A república proclamada em 1889, criou um estado laico, 
embora tal liberdade ficasse mais franqueada a outras igrejas 
cristãs, visto que, por anos, houve perseguição às crenças afro-
-brasileiras. Tem-se, por exemplo, registro de batidas policiais 
em terreiros de candomblé nos anos de 1940.
Resolução 19
Resposta correta: E
A Regência (1831-1840) foi caracterizada por várias revoltas, 
questionando o centralismo imperial e a ordem social escravis-
ta e latifundiária. Nesse momento, porém, a lavoura cafeeira já 
demonstra seu potencial econômico, dando lucros às elites do 
Sudeste (especialmente do Vale do Paraíba). Com isso, ante 
o apoio desta elite cafeicultora e recursos do café, o governo 
regencial con seguiu debelar as revoltas, manter a unidade ter-
ritorial, as estruturas da grande lavoura de exportação e a mão 
de obra cativa.
Resolução 20
Resposta correta: B
Por séculos, os colonizadores portugueses concentraram a 
exploração econômica do Brasil na zona litorânea, sendo res-
tritas as tentativas de ocupação do interior da colônia pelos 
lusitanos. 
Resolução 21
Resposta correta: A
O apoio financeiro dado pelo governo do Estado de São Paulo 
para a montagem de parte do acervo do Museu Paulista de-
monstra um esforço de construção de uma memória histórica 
que ressaltava o papel dos bandeirantes, enquanto típicos re-
presentantes míticos dos paulistas, na formação territorial do 
Brasil.
Resolução 22
Resposta correta: B
A construção do Estado Brasileiro passou por momentos eter-
nizados pelas obras de arte, na tentativa de justificar suas ideo-
logias e argumentações.
Como o período da Independência, o país passou por um 
processo político questionável, do ponto de vista moral, ético 
e social, e fez-se necessária a montagem de D. Pedro I com 
o grande líder, defensor perpétuo da Nação. No caso de D. 
Pedro II, a instabilidade regencial mostrou um medo de frag-
mentação nacional e que a imagem do imperador parecia ser 
a grande solução para o “caos”, associando seu governo com 
o controle político.
Resolução 23
Resposta correta: C
Ante a decadência da escravidão, os setores latifundiários pas-
saram a estimular a vinda de imigrantes europeus, achando 
que esses eram “superiores” e capazes de trazer o progresso 
ao Brasil. De início, imperou o chamado regime da parceria, 
em que os próprios fazendeiros traziam os imigrantes; como 
o regime não teve o êxito esperado (houve até revoltas dos 
imigrantes), buscou-se estimular o sistema do colonato, em 
que o governo tinha um papel de destaque na vinda dos imi-
grantes. Essa questão de o governo participar ou não da vinda 
dos imigrantes foi alvo de debates nas instituições políticas do 
Império, como se percebe no texto.
Resolução 24
Resposta correta: C
O Brasil, ao lado de Cuba, foi o último país da América a aca-
bar com a escravidão (no caso, com a Lei Áurea, de 1888). Nas 
últimas décadas do século XIX, a abolição parecia inevitável. 
Existiam, porém, vários projetos para o fim da escravidão. Ra-
dicais defendiam processos revolucionários, tal como ocorrera 
no Haiti, em 1791; proprietários eram contra, outros defen-
diam a abolição com indenizações em virtude das “proprie-
dades” que perderiam; o movimento negro, ligado à classe 
média, pensava na estratégia da compra das alforrias; no caso 
do texto de um dos mais importantes políticos do século XIX, 
Joaquim Nabuco, fica claro que a abolição deveria ser uma 
decisão legalista, via Parlamento, sem abalos profundos da or-
dem social.
Resolução 25
Resposta correta: A
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi um dos fatos mais mar-
cantes do Brasil Império. A partir dela, o exército se fortale-
ceu e passou a defender a abolição. Muitos dos soldados, os 
chamados voluntários da pátria, eram cativos, adquiridos pelo 
governo com a promessa de alforria após o encerramento do 
conflito. Com o fim da guerra, ocorreu uma contradição – os 
soldados negros estavam livres, mas seus parentes continua-
vam sob a opressão da escravidão. 
29
RESOLUÇÕES
Resolução 26
Resposta correta: B
A lei Áurea não apresentou um caráter democrático quando 
não contemplou reformas essenciais para a rein tegração do 
ex-escravo em sociedade nem estimulou a construção de uma 
legislação que implementasse um novo panorama social mar-
cado por reforma educacional ou reforma agrária.
Assim, o escravizado deixou a senzala e, na grande maioria dos 
casos, partiu para a sobrevida em cortiços, na estrutura margi-
nal das cidades, ligado ao subemprego ou, ainda, à criminali-
dade; outros migraram para a vida em antigos quilombos.
A presente questão trata da condição de ascensão de Luiz 
Gama, um representante da comunidade afro-brasileira, que, 
em meio a tantas contradições e dificulda des que marginali-
zavam o negro na transição do império para a república, fez, 
nesse contexto, uso do direito como instrumento de luta pela 
liberdade.
Resolução 27
Resposta correta: D
Somos sabedores que a Guerra do Paraguai foi justificada por 
diferentes visões.
Sob o ponto de vista tradicionalista, a guerra foi uma resposta 
brasileira ao imperialismo paraguaio e ao mesmo tempo uma 
reação eficaz do exército brasileiro.
Sob o olhar de alguns historiadores paraguaios, a guerra foi 
apenas uma grande injustiça, cometida por potências sul-a-
mericanas contra um pequeno país que buscava o desenvol-
vimento autônomo.
Um outra corrente esquerdista aponta que a guerra foi fruto 
exclusivo dos interesses imperialistas ingleses, que preten-
diam se sobrepor na região.
Diante de tantas correntes historiográficas que ten tam dar ex-
plicação para o conflito podemos reconhecer os embates e 
antagonismos na tentativa de se estabelecer explicações con-
vincentes.
Resolução 28
Resposta correta: E
Estando no poder, no que tradicionalmente chamou-se Primei-
ro Reinado (1822-1831), Pedro I governou atravessando uma 
crise econômica e vários embates políticos. Disso adveio um 
clima de grande instabilidade, como se percebe na dissolução 
da Assembleia Constituinte de 1823, na outorgação da Cons-
tituição de 1824, na repressão à Confederação do Equador, no 
envolvimento do país na Guerra da Cisplatina, além de escân-
dalos de corrupção.
Com um governo tão autoritário, o imperador tornou-se ex-
tremamente impopular, o que se agravou com a morte do jor-
nalista Líbero Badaró, crítico dogoverno, cujo assassinato não 
foi devidamente explicado. Assim, ante os confrontos de ruas, 
que puseram em risco o sistema político, o imperador acabou 
abdicando em 1831.
Resolução 29
Resposta correta: E
A lei Áurea não apresentou um caráter plenamente democrá-
tico, não contemplou reformas essenciais para a reintegração 
do ex-escravo em sociedade, não estimulou a construção de 
uma legislação que implementasse um novo panorama social, 
marcado por reforma educacional ou reforma agrária. 
O escravo deixou a senzala e, na grande maioria dos casos, 
este partiu para a sobrevida em cortiço, na estrutura marginal 
das cidades, ligado ao subemprego ou, ainda, à criminalidade 
e alguns outros migraram para a vida em antigos quilombos.
Muitos ex-proprietários de escravos que, em certo momento 
apoiavam a monarquia, partiram para o republi canismo sem 
qualquer consciência política democrática, mas apenas como 
uma tentativa de tirar vantagens e, ainda, aventurar alguma 
possível indenização.
Contudo, em grau de obviedade, a lei Áurea teve significativo 
impacto político, impulsionando os ditames que conduziriam 
a república, registrando uma nova fase de nossa história social.
Resolução 30
Resposta correta: B
Analisando a conjuntura do Segundo Reinado, constatamos 
que, à medida que D. Pedro II amadurecia politicamente, na 
condição de chefe de Estado, dava prosseguimento a obser-
vância da Carta outorgada de 1824, que determinava quatro 
poderes: executivo, legislativo, judiciário e o poder moderador, 
este último controlado pelo imperador, o qual deveria promo-
ver a supervisão dos demais poderes. Contudo, não pode ser 
visto como expressão clássica do Absolutismo, mas, na prática, 
sugeria uma tendência centralista. Portanto, o imperador exer-
cia a governabilidade segundo as leis em questão.
Resolução 31
Resposta correta: D
A Teoria do Direito Divino dos Reis foi amplamente utilizada 
para justificar o poder dos soberanos europeus no Estado ab-
solutista moderno. De acordo com essa teoria, o poder do rei 
não vem dos homens, mas do próprio Deus. Portanto, somen-
te a Deus o soberano teria de prestar conta de seus atos.
Resolução 32
Resposta correta: D
Enquanto o primeiro texto justifica a centralização política na 
figura do monarca, o segundo estabelece a necessi dade de 
um consentimento entre o governo e os gover nados de onde 
emerge a noção de contratualismo.
Resolução 33
Resposta correta: D
A ideia de Estado, em Montesquieu, quebra a ideologia ab-
soluta do poder político moderno, por meio do qual o rei te-
ria total autonomia de mando sobre o Estado. Para o filósofo, 
deveria haver a tripartição do poder para haver maior justiça 
social. Cada poder político seria autônomo e co-responsável 
pelo outro poder, impondo limites que garantiriam a não au-
tocracia no Estado.
Resolução 34
Resposta correta: B
O primeiro texto, fragmento extraído da Declaração de In-
dependência dos EUA, reflete os valores e o pensa mento do 
liberalismo político; o segundo texto, parte de um pronun-
ciamento do rei francês Luís XV ao Parla mento, oferece um 
recorte do pensamento dos regimes absolutistas europeus. 
30
RESOLUÇÕES
Resolução 35
Resposta correta: B
No primeiro texto, a frase atribuída ao rei Luís XIV remete aos 
Estados absolutistas europeus, que floresceram entre os sécu-
los XVI e XVIII. No segundo texto, de autoria do abade Sieyès, 
clérigo que participou ativamente do processo revolucionário 
francês, a ideia exposta é a da associação entre a vontade po-
pular e o conceito de nação, o que contrasta com o primeiro 
texto.
Resolução 36
Resposta correta: E
O Estado absolutista foi resultado da desagregação de prá-
ticas feudais no decorrer da Baixa Idade Média, em meio à 
decadência dos senhores feudais e nascimento de uma nova 
classe social, a burguesia. Figurou como um importante mo-
mento de transição do feudalismo para o mercantilismo, sím-
bolo da Modernidade.
Resolução 37
Resposta correta: C
A tendência apresentada pelo discurso do autor maca o seu 
desejo frente à implementação de um padrão de autonomia 
para com as províncias, o que poderia conduzir a uma reflexão 
sobre a antecipação do modelo federalista.
Resolução 38
Resposta correta: B
Os anos 1930 foram conturbados na Europa ante as disputas 
entre extrema esquerda (socialistas) e extrema direita (nazifa-
cistas). Em 1936, uma frente de esquerda (republicanos) foi elei-
ta para assumir o governo da Espanha. Diante disso, grupos 
conservadores (igreja, latifundiários) liderados pelo general 
Francisco Franco (os nacionalistas/falangistas/fascistas) tentam 
um golpe de Estado. O governo republicano, porém, resiste, 
e a Espanha mergulha em uma Guerra Civil (1936-1939). Ante 
à possibilidade de mais um país tornar-se fascista, milhares de 
voluntários formaram brigadas internacionais, indo à Espanha 
defender o governo republicano. A Guerra Civil foi vencida por 
Franco, que governou até 1975.
Resolução 39
Resposta correta: C
A consciência dos jovens após a II Guerra Mundial passa a 
ser maior, em especial quando os movimentos da Guerra Fria 
passaram a “matar” jovens que defendiam os Estados “sem 
razão”.
O cartaz exposto expressa movimentos ligados, à época, aos 
hippies, em que “Faça amor não faça guerra” era o ícone da 
contestação e da revolução sexual da década de 60 e 70. Os 
jovens ligavam a revolta com os movimentos de guerra à defe-
sa da liberdade do corpo.
Resolução 40
Resposta correta: A
A questão aborda uma ideia básica acerca da política externa 
dos Estados Unidos, na época do Presidente James Monroe, 
momento das independências na América Latina, sob cobiça 
do imperialismo inglês, sintetiza da na celebre frase. Deno-
minada “monroísmo”, foi considerada como uma ideologia 
pan-americana, porém com uma visão diferente daquela pro-
pugnada por Si mon Bolívar. 
Resolução 41
Resposta correta: B
De acordo com o texto, a identidade cultural brasileira está 
associada à expressão do mosaico multiétnico e artístico que 
caracteriza a formação brasileira e a brasilidade.
Resolução 42
Resposta correta: C
A influência da cultura africana no Brasil promoveu a composi-
ção das bases para a identidade brasileira, juntamente com a 
cultura indígena e europeia. Compreende-se a capoeira como 
consequência de uma combinação de ritmos e manifestações 
culturais africanas que se adaptaram à realidade específica da 
escravidão no Brasil, não se prendendo basicamente a deter-
minados padrões de ataque ou de defesa nas senzalas ou qui-
lombos.
Resolução 43
Resposta correta: B
O texto de Euclides da Cunha discorre sobre a condição da 
seca e sobre a forma como o nordestino a enfrenta, mesmo 
sabendo dos seus flagelos e da impossibilidade perene de sua 
vitória, haja vista que as ajudas governamentais são sempre 
nulas ou insuficientes. Se o clima não muda, se a chuva não 
aparece, a desgraça é fato e o sertanejo tem que abandonar 
terras e pertences para tentar sobreviver, mesmo ficando claro 
no texto a proeminente força e resistência do nordestino.
Resolução 44
Resposta correta: E
A produção artística renascentista apresentou, entre várias ca-
racterísticas, o naturalismo, reflexo de uma nova mentalidade 
em efervescência na sociedade da época.
Resolução 45
Resposta correta: C
O toque dos sinos em Minas Gerais configura-se como um pa-
trimônio imaterial, cuja história tem profunda relação com as 
complexas e ricas formas de sociabilidade desenvolvidas entre 
os habitantes da região mineradora entre os séculos XVII e XIX.
Resolução 46
Resposta correta: C
Para o Brasil, dentro da chamada escravidão Atlântica, vieram 
cerca de 5 milhões de africanos, sendo óbvia, assim, a con-
tribuição étnica e cultural afro na formação do país. Tais con-
tribuições, porém não são estáticas, sofrendo o dinamismo 
inerente à cultura e sua ressignificação. Portanto, manifesta-
ções como capoeira e candomblé não podem ser vistas ape-
nas como heranças africanas, mas também como elementos a 
serem compreendidos dentro do

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