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Trabalho saúde coletiva Integrantes • Claudeci Jorge da Silva Soares RA: 2220113011 • Cleane de Sousa das Neves RA: 2320102559 • Fabiana Marques Santos RA: 2220114266 • Graziella Nascimento da Silva RA: 2220112159 • Jamile Medeiros Amaral RA: 2220110622 • Leticia Gonçalves da Cruz RA: 2220109345 • Thalia Fernandes dos Santos RA: 2220111404 Tema • Definir modelos de atenção à saúde no Brasil: Modelo Médico hegemônico e Modelo Sanitarista (definição e conceitos) • Caso Clínico • Medicina preventiva, comunitária e familiar e Distritos sanitários (definição, conceito, histórico e propostas) Modelo Médico hegemônico • Sistema de saúde organizado pela medicina profissional ou biomedicina e inclui submodelos consultório particular e da prática pública. • O modelo médico hegemônico, é centrado no atendimento de doentes (conforme demanda espontânea ou induzida pela oferta). É então entendida como um conjunto de práticas, conhecimentos e teorias geradas pelo desenvolvimento do que é conhecido como medicina científica. • Apresenta sérios limites para uma atenção comprometida com a efetividade, equidade e necessidades prioritárias em saúde, ainda que possa proporcionar uma assistência de qualidade em determinadas situações. • Tem como características principais: individualismo, saúde/doença da mercadoria, ênfase no biologismo, a história da prática médica, medicalização dos problemas, privilégio da medicina curativa, estímulo ao consumismo médico e participação ativa e subordinada dos consumidores • Como integrantes desse modelo, tem-se: • Modelo assistencial Privatista: versão mais conhecida do modelo hegemônico. É centrada na clínica, voltado para o atendimento da demanda espontânea e baseado em procedimentos e serviços especializados. • Modelo da atenção Gerenciada: preserva as características do modelo médico hegemônico, especialmente a saúde/doença como mercadoria, o biologismo e a subordinação dos consumidores. Modelo Sanitarista • O modelo sanitarista pode ser reconhecido também como predominante no brasil no que se refere ao modo de intervenção sobre problemas e necessidade de saúde, busca atender as necessidades da saúde da população mediante campanhas de (vacinação, controle de epidemia, erradicação de endemias etc), programas especiais controle de (tuberculose, saúde da criança, saúde da mulher, saúde mental, controle do tabagismo, câncer etc) vigilância sanitária e vigilância epidemiológica. • Campanha sanitarista: Programas especiais concentra a sua atuação em certos agravos e riscos ou determinado grupo populacionais deixando de se preocupar com determinantes mais gerais da saúde, não enfatiza a integralidade da atenção e nem a descentralização das ações e serviços da saúde. • Vigilância sanitária envolve um conjunto de ações para intervir nos problemas sanitários e prevenir riscos à saúde. Embora sua atuação concentre-se na proteção da saúde o seu desenvolvimento aponta para a sua expansão no contexto de promoção da saúde. • Vigilância epidemiológica conjunto de atividades que permite reunir informações indispensáveis sobre a história natural da doença detectar ou prevenir qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes individual ou coletiva com intenção de apresentar e considerar as medidas de prevenção e controle ou agravos de doenças. • PAC /PSF: O agente comunitário (PAC) e o programa da família (PSF) programas especiais dirigido a população pobre e excluído. Pode ser visto como mais um programa especial do modelo sanitarista. O PSF foi integrado ao PAC na segunda metade da década de 90 para efetivar a atenção básica tendo como critério reorganização dos serviços, reorientação de práticas profissionais e nível de assistência. Caso Clínico L.S.P, 30 anos, parda. Procurou UBS, pois apareceram erupções e manchas vermelhas em seu corpo. Com queixa de dores musculares, calafrios e febre. A paciente informou que havia participado de um show há duas semanas. Foi questionada sobre vacina para Varíola, mas não havia sido vacinada. A mesma foi encaminhada para o atendimento em uma clínica com especialista, onde foram feitos exames laboratórios. Após resultados do exame, foi diagnosticado Varíola, que é uma doença epidemiológica no qual deve ser identificado a origem dessa doença, pois, a paciente teve contato com outras pessoas e pode ter assim, ocorrido a transmissão. Nesse caso entra o modelo sanitário, no qual se prontifica a atender as necessidades da saúde da população com campanhas, como por exemplo o controle de epidemias. Ela foi tratada devidamente com os medicamentos específicos e após suas melhora, fez a vacinação. Medicina preventiva • A medicina preventiva é uma especialidade médica focada em evitar o desenvolvimento de doenças, reduzir o impacto das enfermidades na saúde dos indivíduos e melhorar a qualidade de vida. Valoriza-se assim a busca em minimizar os efeitos colaterais inerentes às intervenções em saúde e incentiva o médico a cultivar uma visão crítica sobre seu próprio conhecimento das práticas clínicas e seus resultados finais. Assim, foi proposta a divisão da prevenção nos seguintes níveis: • Prevenção primária: ação feita para evitar ou remover a causa e os fatores de risco de um problema de saúde em um indivíduo ou população antes do desenvolvimento de uma condição clínica. • Prevenção secundária: ação tomada para prevenir o desenvolvimento de um problema de saúde desde os estágios iniciais. • Prevenção terciária: ação realizada para reduzir o efeito ou prevalência de um problema de saúde agudo ou crônico em um indivíduo ou população, evitando- se complicações e prevenindo recorrências. • Prevenção quaternária: ação implementada para detectar um paciente em risco de intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê- lo de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhe a alternativas eticamente aceitáveis. Medicina preventiva • A medicina preventiva surgiu em meados do século XX como um movimento que propunha uma abordagem diferente da medicina. A ideia básica era mudar o foco da prática médica, que até então se concentrava exclusivamente no tratamento das doenças, para uma visão mais voltada à promoção da saúde. • A área da saúde vem sendo construída, a partir do século XVIII, em processo histórico de disciplinamento dos corpos e de constituição das intervenções sobre os sujeitos. Desde então se inicia um relacionamento entre os diferentes setores sociais envolvidos com a questão saúde e estado, numa dinâmica de redefinição e reconstrução de práticas sanitárias e políticas de saúde. Propostas • A proposta da medicina preventiva se desenvolve na sequência de outras, e não se constitui como campo conceitual diante de uma nova problemática, mas se baseia em princípios já elaborados em outras propostas, significando fundamentalmente uma forma de extensão dos cuidados médicos individuais. Tais estratégias encontram, em cada profissional, o agente de excelência da reforma médica. Familiar e comunitária • A Medicina de Família e Comunidade no Brasil ainda é exercida predominantemente na atenção primária à saúde do SUS. A especialidade foi reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica em 1981 (à época com o nome de Medicina Geral Comunitária) • Os modelos com Estratégia Saúde da Família apresentaram maiores escores para orientação familiar e comunitária, cujos princípios podem contribuir para reorientação da atenção primária à saúde no modelo misto. • O médico de família e comunidade, em sua designação, fala de contexto e vê cada pessoa como um todo — individual, familiar e comunitário — e, na maioria das vezes, conhece as pessoas antes de elas terem sido rotuladas por alguma das condições da biomedicina. Desse modo, o médico de família deve atender a todos que o procuram, independentemente do tipo de problema ou condição, de faixa etária ou gênero, e, por isso, deve ser um médico generalista. Distritossanitários • A criação de distritos sanitários se faz com a definição de um espaço geográfico, populacional e administrativo, ao lado da criação de instâncias de coordenação do conjunto de estabelecimentos de saúde localizados nesse espaço. Tem, portanto, um caráter político-administrativo. • Ao distrito sanitário cabem tarefas como o enfoque estratégico do planejamento em saúde, a discussão em torno de questões como a acessibilidade da população aos serviços, a montagem de sistemas de referência, instrumentos para coleta de informações epidemiológicas e a discussão sobre controle social, entre outras. Assim, distrito sanitário não é somente um passo a mais a caminho da descentralização, mas também um processo social de mudanças nas práticas sanitárias. • O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. Referências • Coelho, Giliate Cardoso, Antunes, Valeska Holst e Oliveira, AristidesAprática da Medicina de Família e Comunidade no Brasil: contexto e perspectivas. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2019, v. 35, n. 1 [Acessado 31 Outubro 2022] , e00170917. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00170917>. Epub 10 Jan 2019. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00170917. • Mota, André e Schraiber, Lilia BlimaAtenção primária no sistema de saúde: debates paulistas numa perspectiva histórica. Saúde e Sociedade [online]. 2011, v. 20, n. 4 [Acessado 30 Outubro 2022] , pp. 837-852. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104- 12902011000400003>. Epub 12 Dez 2011. ISSN 1984-0470. https://doi.org/10.1590/S0104- 12902011000400003. • MEDICINA, ACM - Associação Catarinense D. Manual ACM de Terapêutica - Medicina de Família e Comunidade, capítulo 2 (Prevenção Quaternária), capítulo 8 (Princípios da Medicina de Família e Comunidade) e capítulo 9 (A Territorialização e o Planejamento Local em Saúde). Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN 9788595151956. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151956/. Acesso em: 30 out. 2022. • http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/modelos_de_atencao_a_saude_ no_brasil_-_paim_0.pdf https://doi.org/10.1590/0102-311X00170917 https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000400003
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