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DIREITO ADMINISTRATIVO Professor: Vandré Amorim I. Introdução ao Direito Administrativo Conceito e objeto do Direito Administrativo Estado, Governo e Administração Pública Fontes do Direito Administrativo Grau de importância Visão geral do Tema DIREITO ADMINISTRATIVO Direito Administrativo Conceito É o ramo do direito público*, autônomo*, com princípios e regras próprias*, não codificado*, que estuda o conjunto de normas jurídicas* que regem a organização e o funcionamento da Administração Pública* e as relações jurídicas decorrentes de sua atuação*, quando no uso da Supremacia do Poder Público*. É um ramo do Direito Público, pois um dos atores é o Estado, que pode agir diretamente ou indiretamente. Quando um particular estiver agindo em nome do Estado, o Direito Administrativo está envolvido. Celso Bandeira define que o direito administrativo é autônomo, pois possui regras e princípios próprios. Direito Administrativo Conceito Celso Bandeira define que o direito administrativo é autônomo, pois possui regras e princípios próprios. O direito administrativo é não codificado, não tem código próprio. A administração Pública é a que executa as politicas governamentais, sendo a longa manus da vontade do legislador. Direito Administrativo Objeto o Incide tanto nas relações entre a Administração e o administrado (particulares) quanto nas relações internas da Administração (agentes públicos). Nas relações com os particulares, estes devem agir de acordo com o descrito em lei. Por exemplo, motorista que anda sem cinto de segurança pode receber multa da AP. o É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. órgãos, agentes e pessoas jurídicas atividades de administração pública atividades exercidas por particulares atividade jurídica não contenciosa (Sistema uno de jurisdição) Direito Administrativo Objeto o É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. órgãos, agentes e pessoas jurídicas atividades de administração pública atividades exercidas por particulares atividade jurídica não contenciosa (Sistema uno de jurisdição): A Atividade jurisdicional só pode ser exercida pelo Poder Judiciário. Os julgamentos exercidos pela AP são meramente administrativos e não produzem coisa julgada. O Brasil adota o sistema inglês – UNO – em que o judiciário tem a decisão final. Conceito Objeto Direito Administrativo Ramo do Direito Público autônomo com princípios e regras próprias não codificado estuda o conjunto de normas jurídicas que regem a organização e o funcionamento da Administração Pública e as relações jurídicas decorrentes de sua atuação, quando no uso da Supremacia do Poder Público. órgãos, agentes e pessoas jurídicas atividades de administração pública atividades exercidas por particulares atividade jurídica não contenciosa realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado Direito Administrativo Critérios conceituais do Direito Administrativo Adota-se, atualmente, o “Critério da Administração Pública”, que defende que a atividade administrativa está presente em todos os Poderes do Estado (Judiciário, Legislativo e Executivo, sendo que nesse último há uma predominância). Critérios Conceito Características Administração Pública A atividade administrativa está presente em todos os Poderes do Estado Preocupa-se com a função administrativa Poder Executivo O direito administrativo apenas se interessava com as atividades do Poder Executivo. Restringe-se ao Poder Executivo Serviço Público Está relacionado apenas à disciplina jurídica dos serviços públicos prestados Análise apenas dos serviços públicos Relações Jurídicas Limita-se às relações entre a Administração e o administrado. São as relações jurídicas estabelecidas pela A.P. Finalístico ou Teleológico Conjunto de normas que disciplinariam o Poder Público para a consecução de seus fins Analisa-se os fins públicos Legalista Ramo responsável pelo estudo das leis administrativas Restringe-se às leis administrativas Negativo ou Residual São as atividades que NÃO pertencem aos demais ramos jurídicos, nem aquelas decorrentes das atividades legislativa ou jurisdicional Definido por exclusão, por negação Origem do Direito Administrativo Ciência jurídica que serve de fundamento para a Administração Pública executar as diretrizes políticas do Estado, estabelecidas pelo Governo. O estado é um todo, sendo uma pessoa jurídica de direito público com capacidade de contrair direitos e obrigações em nome próprio. O estado enquanto pessoa de direito público lhe é atribuído um conjunto de prerrogativas e limitações em prol do interesse público. O Governo tem o papel de comando em que estabelece, cria e define as ações de governo. A Administração Pública tem um papel mais técnico, neutro e de execução, cumprindo o que é estabelecido pelo Governo. Conceito Características Estado Pessoa Jurídica de Direito Público Formado por povo, território e governo soberano Composto de 3 Poderes (P.L/P.J/P.E), que exercem funções típicas e atípicas Representa a figura do “país” Responsável por atribuições de comando e de execução Governo Expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e da manutenção da ordem jurídica vigente. É a cúpula do Estado (é a cabeça) Responsabilidade política e constitucional Função política e discricionária Estabelecer diretrizes (inovação) independência funcional Administração Pública Aparelhamento do Estado preordenado à realização dos seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas É a base da pirâmide estatal (são os braços – longa manus) Instrumental Função técnica/neutra/administrativa Executar diretrizes Relação de subordinação Presente nos 3 Poderes Administração Pública Regimes Jurídicos da Administração Pública: são regras jurídicas aplicáveis à Administração Pública O regime jurídico administrativo: segue o regime de jurídico de direito público, concedendo à AP supremacia e impondo-lhe limitações em determinados casos. Segundo Celso Bandeira, a supremacia e a indisponibilidade representam as pedras fundamentais ou de toque do Direito Administrativo. O regime de Direito privado é uma exceção no âmbito da Administração Pública. Regime jurídico-administrativo Regime Jurídico Privado É uma exceção Adota-se nesse regime um conjunto de normas privadas que vêm do direito civil, comercial, trabalhista... Haverá a aplicação deste regime quando a AP estiver no desempenho de sua atividade econômica – Art. 173 da CF. Esse regramento é aplicado as Empresas Públicas e as SEM. O regime jurídico – privado é também denominado de hibrido. Incide o direito privado, mas é obrigatória o regime de direito público de forma subsidiária. segue o regime de jurídico de direito público, concedendo à AP supremacia e impondo-lhe limitações em determinados casos. Administração Pública Aspectos/sentidos conceituais de Administração Pública Aspecto Subjetivo Aspecto Objetivo Estrutura; Composição; Integrantes Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes QUEM ELA É Atividade Matérias Funções É a prestação do serviço público, o desempenho da atividade de polícia, o fomento e a intervenção da propriedade É O QUE ELA FAZ Administração Pública Sentido/Aspecto Subjetivo - Formal - Orgânico São os “sujeitos” A estrutura A organização Órgãos Pessoas Jurídicas Agentes Públicos Sentido/Aspecto Objetivo – Material - Funcional São as “atividades” As matérias administrativas As funções públicas Serviços Públicos Poder de Polícia Fomento Intervenção Fontes do Direito Administrativo Conceito: é tudo aquilo serve de base, amparo, fundamento para a atuação do agente público. Lei Jurisprudência Doutrina Costumes Princípios Gerais do Direito É possível que o agente público se utilize da jurisprudência paraembasar em uma decisão, mas desde que o faça de forma justificada e fundamentada. Ex: Acompanhamento de cônjuge (relação união homoafetiva) Fontes do Direito Administrativo Os costumes são considerados fontes mais frágeis. Jamais poderão contrariar a lei (contra legem) ou ampliar a previsão da lei, (praeter legem) devendo ser sempre “secundum legis”
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