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Direito Administrativo 
ORIGEM 
• Antes da criação do Estado de Direito, previsto por 
regulamentos e normas, os bens e serviços dos particulares 
eram requisitados de forma arbitrária e compulsória pelos 
dirigentes. 
• EX: Desapropriação 
OS SISTEMAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
• Francês: Dualidade de jurisdição; 
• Anglo-americano: Unicidade de jurisdição. (art. 5º, XXXV). 
• Art. 5º (...) 
• XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, 
lesão ou ameaça a direito; 
PRICÍPIOS BASILARES 
• O Ato Administrativo é presumivelmente verdadeiro. 
• A Administração Pública, ao contrário do particular, não 
precisa provar a legitimidade de seus atos. Quem discordar 
do ato é que deve produzir a prova da ilicitude 
• Revogação – Ato Discricionário 
• Supremacia do órgão público: poder unilateral (Ex. Lei 
8.666/93, art. 78) 
• Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: (...) 
• IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou 
fornecimento; 
• V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem 
justa causa e prévia comunicação à Administração; 
Indisponibilidade dos interesses públicos 
• Interesses qualificados como próprios da coletividade: não se 
encontram à livre disposição de quem quer que seja 
(inapropriáveis). 
• Deve ser “curados”, conforme a intentio legis (Prevaricação, 
CP art. 319). 
Prevaricação: 
• Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato 
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para 
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
• A Administração não titulariza o interesse público: o titular é 
o povo – art. 1º, parágrafo único da CF. 
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
 I (...) Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição. 
ESQUEMATIZANDO 
• O povo cria a figura do estado para exercer o poder. 
• Povo: --- Poder 
• Estado: 
• Governo:---- Administração (Executivo) 
 Administração Privilégios 
• É a instrumentalização do poder do povo 
Princípios do direito administrativo 
CF/88 ARTIGO 37 
• Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
Legalidade 
• Administrar é aplicar a lei de ofício. 
• Só é permitido fazer o que a lei autoriza (legalidade estrita) 
• Se a lei exigir o ato é vinculado à lei. 
• Se a lei permitir o ato é discricionário. 
• E entre particulares??? 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm
O que é Discricionariedade? 
• É o próprio Mérito do ato administrativo: decisão da 
administração pautada entre o julgamento da oportunidade 
e conveniência. 
• É a margem de escolha ao agente público que a lei faculta. 
• Ex: ???? 
IMPESSOALIDADE 
Significa que a Administração não pode atuar com vistas a 
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é 
sempre o interesse público que tem que nortear o seu 
comportamento. 
Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao 
funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade 
administrativa da Administração Pública, de sorte que ele é o 
autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente 
manifesta a vontade estatal 
MORALIDADE 
Moralidade administrativa é o "conjunto de regras de 
conduta tiradas da disciplina interior da Administração"; implica 
saber distinguir não só o bem e o mal, o legal e o ilegal, o justo e o 
injusto, o conveniente e o inconveniente, mas também entre o 
honesto e o desonesto. 
 
 
PUBLICIDADE 
O princípio da publicidade, que vem agora inserido no artigo 37 
da Constituição, exige a ampla divulgação dos atos praticados 
pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas em lei. (defesa da intimidade ou o interesse social) 
É obrigatório, mas tem que ser impessoal, não pode ser 
eleitoreira. 
A improbidade administrativa, Lei 8.499/92, gera perda de 
mandato. 
EFICIÊNCIA 
O que se impõe a todo agente público de realizar suas 
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o 
mais moderno princípio da função administrativa, que já não se 
contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo 
resultados positivos para o serviço público e satisfatório 
atendimento das necessidades da comunidade e de seus 
membros. 
Finalidade 
Não se trata de atender somente os elementos externos da 
lei (competência, objeto e forma). É preciso atender motivos e 
finalidades. 
Objetivo da norma (Propósitos). 
Não atender: Abuso de poder – desvio de finalidade 
(Improbidade administrativa - Lei 8.429/92). 
Razoabilidade e Proporcionalidade 
A razoabilidade e a proporcionalidade existem para adequar os 
meios e os fins dos atos administrativos e para impedir que do 
poder público ultrapasse os limites de suas prerrogativas. 
Trata-se de princípio aplicado ao Direito Administrativo como 
mais uma das tentativas de impor-se limitações à 
discricionariedade administrativa, ampliando-se o âmbito de 
apreciação do ato administrativo pelo Poder Judiciário. 
Continuidade do Serviço Público 
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a 
forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou 
necessárias à coletividade, não pode parar. Dele decorrem 
consequências importantes: 
Proibição de greves; A impossibilidade, para quem contrata 
com a Administração, de invocar a exceptio non adimpleti 
contractus nos contratos que tenham por objeto a execução de 
serviço público; etc. 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
O Estado Democrático de Direito representa a convergência 
entre constitucionalismo e democracia. Por isso, os direitos 
fundamentais e a democracia se apresentam como os elementos 
legitimadores e estruturantes do Estado Democrático de Direito, 
representando uma das maiores conquista políticas da história da 
humanidade. 
A democracia “consiste em um projeto moral de 
autogoverno coletivo, que pressupõe cidadãos que sejam não 
apenas os destinatários, mas também os autores das normas 
gerais de conduta e das estruturas jurídico-políticas do Estado”. 
Princípio da isonomia. 
CF/88: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
O Estado Democrático de Direito surge devido à ascensão da 
Lei Maior ao centro do ordenamento jurídico, fato que impõe a 
conformação de todas as normas infraconstitucionais com os 
postulados constitucionais. Toda interpretação jurídica passa a 
ser também interpretação constitucional. 
 
Todo o ordenamento jurídico deve ser visto através da 
perspectiva da Constituição, a fim de não entrar em rota de 
colisão com seus valores e princípios fundamentais. Esse 
fenômeno é conhecido como filtragem constitucional. 
Com a consagração dos direitos fundamentais no epicentro 
axiológico da Carta Política, o Direito Administrativo sofre um 
processo de personalização, que consiste na impossibilidade de se 
preterir um direito individual fundamental em favor de um 
interesse coletivo não amparado constitucionalmente. 
A supremacia da Constituição impõe a irradiação de seus 
princípiose regras pelos institutos do Direito Administrativo, 
conferindo à Administração Pública uma roupagem 
constitucional. Toda a atividade administrativa encontrará seu 
fundamento e seus limites na Carta Magna. 
Existiram vários avanços na sua configuração da 
constitucionalização do Dir. Administrativo, a exemplo dos 
princípios constitucionais administrativos elencados no caput do 
artigo 37 (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência). 
 
 
 
 
 
CONCEITO e OBJETO 
DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
A doutrina tem estabelecido alguns critérios para conceituar 
o Direito Administrativo, importando relatar os de maior 
destaque. 
O critério do poder executivo define o Direito Administrativo 
como o ramo do direito que regula os atos do Poder Executivo. 
Não satisfaz, pois os demais poderes também editam atos 
administrativos. 
Já o critério do serviço público, afirma que o Direito 
Administrativo consiste na disciplina que regula a instituição, a 
organização e a prestação de serviços públicos. Também 
insuficiente, pois o Direito Administrativo se ocupa de outras 
atividades. 
Com base no critério das relações jurídicas, é um conjunto de 
normas que regulam a relação entre Administração e 
administrados. Também não é útil, pois essa relação também é 
regulada por outros ramos do Direito. 
Pelo critério teleológico ou finalístico, é um sistema formado 
por princípios jurídicos que disciplinam a atividade do Estado 
para o cumprimento de seus fins. Padece de imperfeição, pois 
associa o Direito Administrativo aos fins do Estado. 
Para o critério negativista ou residual, compreende o estudo 
de toda atividade do Estado que não seja a legalista e a 
jurisdicional. Por limitar o Direito Administrativo à sua atividade, 
não se faz o bastante. 
Finalmente, o critério da administração pública preconiza a 
ideia de que o Direito Administrativo é um conjunto de normas 
que regulam a Administração Pública. 
Entretanto, o Direito Administrativo não se deve prender a 
um ou outro critério, mas sim refletir a realidade jurídica do seu 
tempo e espaço. 
O conceito mais aceita pela doutrina é a definição dada por 
Hely Lopes Meirelles: "o Direito Administrativo é o conjunto 
harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os 
agentes e as atividades públicas tendentes a realizar, concreta, 
direta e imediatamente, os fins desejados pelo Estado". 
Para Celso Antônio bandeira de Melo: 
O Direito Administrativo é o conjunto de normas jurídicas 
de direito público que disciplinam as atividades administrativas 
necessárias à realidade dos direitos fundamentais e a 
organização e funcionamento das estruturas estatais 
encarregadas de seu desempenho. 
 
 
 
 
 
FINALIDADE 
DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
São regulares as atividades da administração pública, que não 
se tratam de atender somente os elementos externos da lei 
(competência, forma e objeto). É preciso atender motivos e 
finalidades pelos quais foi criada a Lei. É atender o Objetivo da 
norma (Propósitos), visando sempre a sua finalidade primária: 
atender o interesse da coletividade. 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: No sentido formal, subjetivo ou 
orgânico significa o conjunto de órgãos e entidades responsáveis 
pela realização da atividade administrativa, perseguindo os fins 
do Estado (tanto direta quanto indireta). No sentido material, 
objetivo ou funcional, significa o exercício da atividade 
administrativa por meio de seus órgãos e entes. 
O primeiro considera os sujeitos que exercem a atividade 
administrativa, o segundo consiste na própria atividade exercida 
por aqueles. 
Administração Pública com maiúscula significa o Estado 
(conceito formal), administração pública em minúscula a 
atividade administrativa do estado (conceito material). 
 
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
1) Concentração: todos os serviços a serem prestados pelo 
ente estão lotados em uma mesma unidade administrativa, não 
possuindo divisões em órgãos, confundindo-se com a totalidade 
da pessoa jurídica. Reflexão: Mesmo um pequenino município, 
Segundo Hely Lopes Meirelles, a mínima unidade administrativa 
exerce suas atribuições de forma desconcentrada. 
2) Desconcentração: ocorre a distribuição de competência no 
âmbito da próprio estrutura hierárquica do ente, objetivando 
tornar a prestação dos serviços mais ágil e eficiente. Pressupõe a 
existência de uma só pessoa jurídica. Exemplo: União - 
Ministérios; Universidade - Departamento. Ocorre tanto na Adm. 
Pública Direita como na Indireta. 
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
ADMINISTRATIVA: 
1) Centralização: ocorre quando a atividade administrativa é 
realizada diretamente pelos órgãos e agentes diretos da 
Administração Pública, sem outra pessoa jurídica interposta. 
Os entes centrais são aqueles criados pela própria 
Constituição da República, por um processo denominado 
Descentralização política. 
2) Descentralização: ocorre uma distribuição externa das 
atividades administrativas em razão da especialidade, sendo 
exercidas por pessoas distintas das do Estado. Delegam-se 
parte da competência atribuída ao ente político central à 
novas pessoas jurídicas. Ex: Ministério da previdência – lei 
cria à autarquia do INSS. 
FORMAS DE DESCENTRALIZAÇÃO: 
1) Por serviço ou por outorga - a lei autoriza ou determina 
que outra pessoa tenha a titularidade e a execução do 
serviço, comumente concedida por prazo indeterminado. As 
entidades descentralizadas da administração indireta. 
2) Por colaboração ou delegação - é um contrato unilateral 
ou bilateral que impõe a outra pessoa a execução de certo 
serviço. Não ocorre a titularidade. E o exercício da execução 
corre por conta e risco da pessoa, mas sob a fiscalização do 
Estado. Comumente o prazo é determinado. Contratos de 
concessão ou atos de permissão. 
 
 
DIFERENÇA NÃO EXCLUDENTE ENTRE DESCENTRALIZAÇÃO E 
DESCONCONCENTRAÇÃO 
DESCENTRALIZAÇÃO 
- Pessoas jurídicas diversas 
- Ocorre controle finalístico pelo 
Estado; 
DESCONCENTRAÇÃO 
- Apenas uma pessoa jurídica 
- Presença de hierarquia 
 
 
Administração Direta 
A Administração Direta é, ao mesmo tempo, centralizada e 
desconcentrada. É a própria esfera política (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios), que exerce, diretamente, suas 
atribuições/competências (por si e/ou por meio de seus órgãos) 
Ex: 
Federal: Presidência, Ministérios. 
Estadual: Governadoria, Secretarias. 
Municipal: Prefeitura, Secretaria. 
Administração Indireta 
É um conjunto de pessoas jurídicas, de direito público ou de 
direito privado, criadas por lei (ou com criação autorizada por lei). 
para desempenhar a atividade estatal. 
Descentralização ou desconcentração? 
É a descentralização Administrativa por Serviço- Dec. Lei 
200/67. 
Composição da Administração Pública Indireta: 
a) autarquias 
b) fundações públicas 
c) empresas públicas 
d) sociedades de economia mista. Autores incluem ainda as e) 
agências reguladoras e f) agências executivas. 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
ENTIDADES PARAESTATAIS OU ENTES DE COOPERAÇÃO: 
São entidades de caráter privado, não pertencentes à 
Administração Pública Direta ou Indireta, que colaboram com o 
Estado desempenhando atividades de interesse público. Por 
exemplo os serviços sociais autônomos oferecidos pelo Sistema 
S (SESC, SENAI, SESI...), as organizações sociais não 
governamentais e as organizações da sociedade civil de 
interesse público. As fundações, associações e cooperativas 
sem fins lucrativos, embora de personalidade jurídica de direito 
privado, quando prestam serviços sociais não exclusivos do 
Estado também são paraestatais. 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
São entendidos como unidades abstratas que sintetizam 
vários círculos de atribuições, ou, ainda, como centros 
especializados de competência, que fazem parte da estrutura 
da AdministraçãoPública Direta e/ou Indireta. 
 
 
 
Teorias sobre as Relações do Estado com 
os Agentes Públicos 
Teoria do mandato – Os agentes seriam mandatários DO 
Estado. Crítica: O Estado não possui vontade própria e, por isso, 
não possui poderes para outorgar mandato; 
Teoria da representação – Os agentes públicos seriam 
representantes do Estado. Crítica: O Estado teria que ser 
considerado incapaz para necessitar de representação. 
Teoria do órgão ou da imputação(Otto Gierke, Berlim/ 
Alemanha, 1857) a vontade manifestada pelos agentes públicos é 
a vontade de seus órgãos que, por conseguinte, é a vontade das 
pessoas jurídicas que eles integram. 
Criação, Estruturação e Extinção de órgãos 
públicos. 
Sua criação ou extinção depende de LEI (art. 48, X e XI, da CF) 
A iniciativa de lei para criação ou extinção é privativa do 
chefe do executivo.(art. 61, §1º, II, “e”, CF) 
A estruturação e as atribuições dos órgãos não é matéria de 
reserva legal, e podem ser veiculadas por decreto do chefe do 
executivo. (art. 84, VI, “a”, CF) 
 
 
Capacidade Processual 
Em regra, os órgão públicos, por não ostentarem personalidade 
jurídica, não possuem capacidade processual ou personalidade 
jurídica. 
Os seus atos são imputados, portanto, à pessoa jurídica à qual 
estão vinculados 
Exceção: litígios entre órgãos públicos pertencentes a uma 
mesma pessoa; art. 82, III, do CDC, os órgãos públicos podem 
promover a liquidação e execução de indenizações, sobre 
aspectos consumeristas. 
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO 
1) Pessoa Jurídica de Direito Público: pessoas jurídicas criadas 
para exercer típica atividade administrativa, tendo prerrogativas e 
restrições de direito público. Exemplos: os entes federados, as 
autarquia e fundações públicas (alguns entendem as fundações 
públicas como capaz de ser de direito público ou de direito 
privado). 
2) Pessoa Jurídica de Direito Privado: são as empresas públicas e 
as sociedades de economia mista, criadas para prestar serviços 
públicos, mas também para realizar atividade econômica, tendo, 
pois, neste caso, os mesmos direitos e limitações das demais 
pessoas jurídicas privadas. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
AUTARQUIAS: são pessoas jurídicas de direito público 
integrantes da Administração Indireta, criadas e extintas por lei 
específica (art. 37, XIX, CF), despidas de caráter econômico, para 
desempenhar funções típicas do estado. 
 Personalidade jurídica de direito público; 
 Instituída (criada) por lei específica; 
 Com finalidade de prestar serviços públicos de natureza 
social e de atividades administrativas. 
 Etimologicamente, significa governo próprio ou autogoverno 
( autos+arquia) 
 Possui autonomia administrativa e financeira, além de 
patrimônio próprio. 
EXEMPLOS: INSS, INCRA, IBAMA. 
AUTARQUIAS 
Criação: o início da sua existência se dá no mesmo momento 
da vigência da lei que a criou; 
A lei que cria a Autarquia é de iniciativa privativa do chefe do 
Executivo (art. 61, §1º, II, “e”, CF). 
Extinção: Pelo princípio da simetria das formas jurídica, ou do 
paralelismo jurídico, a extinção também deve se dar por lei. 
Objeto: Por desempenhar serviço público, goza das 
prerrogativas conferidas aos entes políticos: imunidade tributária 
(CF, art. 150, § 2º), prazo em quádruplo para contestar e em 
dobro para recorrer (art. CPC, art. 188); duplo grau obrigatório 
em face de sentença contrária (CPC 475); 
Patrimônio: Seus bens são públicos (art. 98, CC) e portanto 
impenhoráveis (art. 100 CF), imprescritíveis (art. 102 CC) e 
inalienáveis, salvo se forem dominicais e houver autorização 
legislativa (art. 17 da 8.666/93). 
Regime de Pessoal: Em regra geral, seus funcionários gozam do 
regime único dos servidores públicos (estatutários). Eficácia do 
art. 39 da CF suspensa por força de Adin. 
Salvo a previsão do § 3º da lei Lei 9.649, de 27.05.1998, qual 
diz textualmente: “Os empregados dos conselhos de fiscalização 
de profissões regulamentadas são regidos pela legislação 
trabalhista, sendo vedada qualquer forma de transposição, 
transferência ou deslocamento para o quadro da Administração 
Pública direta ou indireta.” 
A contratação de dá mediante concurso público. 
AUTARQUIAS 
Foro: justiça federal (art. 109, I). Ressalvados os casos de 
foros especiais, como falência, justiça eleitoral e trabalhista). Já as 
autarquias estaduais e municipais, terão se curso na justiça 
estadual comum, conforme dispuser o Código de Organização 
Judiciária, o mais comum são as Fazendas Públicas. 
Responsabilidade Civil objetiva do Estado (independe de culpa na 
conduta do agente) 
Sofrem controle dos seus entes decentralizadores: controle 
político e controle finalístico e se submetem à fiscalização 
financeira-orçamentária dos Tribunais de Conta. 
Utilizam contratos administrativos e são obrigadas a licitar. 
Agências Reguladoras 
Segundo Marcelo Alexandrino: 
“Trata-se de entidades administrativas com alto grau de 
especialização técnica, integrantes da estrutura formal 
da Administração Pública, no mais das vezes instituídas 
sob a forma de autarquias de regime especial, com a 
função de regular um setor específico de atividade 
econômica, ou de intervir de forma geral sobre relações 
jurídicas decorrentes destas atividades, que devem atuar 
com a maior independência possível perante o Poder 
Executivo e com imparcialidade com relação às partes 
interessadas” (autarquias especiais) 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
As autarquias e fundações passam por um processo de 
qualificação, que por iniciativa do Ministério supervisor ao qual 
está subordinada, que tiverem com ele celebrado CONTRATO DE 
GESTÃO e possuam plano estratégico de reestruturação e 
desenvolvimento institucional voltado para a melhoria da 
qualidade de sua gestão e para redução de custos 
 
 
FUNDAÇÕES 
Natureza jurídica: controvertida já que a EC 19/98 alterou 
inciso XIX do art. 37 de modo a equiparar, em termos de criação 
(autorização por lei específica), fundação, e.p., e s.e.m. Antes 
disso, entendia-se que as fundações públicas eram pessoas 
jurídicas de direito público (Bandeira Mello ainda entende) já que 
a CF iguala autarquias e fundações em vários artigos: 40, caput; 
art. 150, § 2°; 39, § 7°; 157, I; 158, I. 
Fundações Públicas são patrimônio submetido a um fim 
específico, delineado por um estatuto, dotado de personalidade 
jurídica própria. 
Se de direito público, gozam das mesmas prerrogativas das 
fazendas públicas. 
Tese mais aceita: a de que a fundação pública pode ser pessoa 
jurídica de direito público ou privado a depender da lei 
instituidora (Pietro); 
Quando de direito público, as fundações são entidades 
autárquicas (STF, STJ); 
DL 200/67: fundações são pessoas jurídicas de direito privado. 
FUNDAÇÕES 
Regime jurídico: no caso das fundações de direito público, o 
mesmo das autarquias. No caso das de direito privado, híbrido. 
Há quem entenda que mesmo as de direito privado são 
alcançadas pelos dispositivos constitucionais – tese questionável. 
 Tanto as de direito privado quanto de direito público 
sofrem tutela da Administração Direta. Não há controle pelo 
MP (art. 66, CC). Ex: FNS, FUNAI. 
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS 
Pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
administração indireta, instituídas após autorização de lei 
específica. 
Podem prestar serviços públicos (art. 175) e podem 
desempenhar atividades econômicas (art. 173) – desde que exista 
necessidade relativa à segurança nacional ou relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei. 
SEM: B.B S/A, Petrobrás S/A. 
EP: CEF, Terracap (51% ações DF, 49 % União), Casa da Moeda. 
 
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS 
Regime jurídico híbrido: devem fazer licitação, concurso 
público, são fiscalizados pelo TCU. 
No caso de prestarem serviços públicos, surge certo 
paradoxo,já que apesar de terem personalidade jurídica de 
direito privado acaba sendo-lhes aplicado regime jurídico de 
direito público – caso da ECT. Independente de seu objeto, no 
entanto, as e.p. e s.e.m. sempre serão pessoas jurídicas de direito 
privado. 
 
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS 
Veja o § 2° do art. 173: as EP e SEM não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. 
Responsabilidade objetiva: só as prestadoras de serviço 
público estão sujeitas (CF, art. 37, § 6). 
Lei 11.101/05 (art.2) – SEM e EP não estão sujeitas a 
falência, independentemente de seu objeto. Doutrina entende que 
deveria aplicar somente às prestadoras de serviço público. 
Pessoal: celetistas. São agentes públicos. Parágrafo 1º do art. 
327 do código penal. Equipara a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal. Inserido no 
capítulo “dos crimes praticados por funcionário público contra a 
administração em geral”. Ex.: Peculato: apropriar-se de bem 
público ou particular em razão do cargo. Prevaricação: retardar 
ou deixar de praticar indevidamente ato de ofício para satisfazer 
interesse ou sentimento pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENÇAS 
 Empresa Pública Sociedade de 
Economia Mista 
Natureza do Capital 
Quanto a: 
 
Integralmente 
puro – exclusivo ao 
Estado (100%) 
Majoritariamente 
público – o Estado 
detém a maioria do 
capital e, portanto, 
tem o controle 
acionário. 
Forma Societária ou 
forma de 
constituição 
 
Qualquer forma 
societária. Atenção: 
Se for S.A. o capital, 
obrigatoriamente, 
será fechado. 
 
Só por S.A. 
Foro Processual 
 
Justiça Federal 
(Art. 109, I. CF/88). 
Justiça Estadual

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