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Marcelo, brasileiro, solteiro, professor , portador da identidade RG 58240-38, inscrito no CPF 234.699.872-73, com endereço eletrônico marcelo37@gmail.com , residente e domiciliado à Rua Adelmo Fontoura, 785 - São João da Escócia, Caruaru/PE , CEP 55019-330, vem à presença do Juízo propor a presente: AÇÃO DE DESPEJO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA em face de Manoela , solteira, enfermeira chefe, inscrita no CPF 987.145.736 -12 RG 26784 - 18, residente e domiciliada na Rua Alexandrino de alencar, 654 - Salgado, Caruaru/PE , CEP 55020-215 pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I - DA NARRATIVA FÁTICA O Autor poupou quantia suficiente para comprar um pequeno imóvel à vista. Encontrou um apartamento que colocará à venda na cidade de Caruaru/PE. Depois de visitar o imóvel, tendo ficado satisfeito com o que lhe foi apresentado, soube que este se encontrava ocupado pela Ré, que reside no imóvel na qualidade de locatária há dois anos. O então contrato de locação celebrado com a Ré não possuía cláusula de manutenção da locação em caso de venda e foi oportunizado à locatária o exercício do direito de preferência, mediante notificação extrajudicial, com certificação de entrega. O Autor firmou contrato de compra e venda por meio de documento devidamente registrado no Registro de Imóveis, tendo adquirido sua propriedade e notificou a locadora a respeito da sua saída. Contudo, ao tentar ingressar no imóvel, para sua surpresa, a Ré permanecia instalada. Questionada, respondeu que não havia recebido qualquer notificação do antigo proprietário, que seu contrato foi concretizado com ele (Célio) e que, em virtude disso, somente devia satisfação a ele, dizendo, por fim, que dali só sairia a seu pedido. Indignado, o Autor contou o ocorrido a Célio, o antigo proprietário do imóvel, que disse lamentar a situação, acrescentando que a Ré sempre foi uma locatária de difícil trato. Disse, por fim, que como Marcelo é o atual proprietário cabe a ele lidar com o problema, não tendo mais qualquer responsabilidade sobre essa relação. Não restando outra opção ao Autor, diante da negativa de trato consensual, propôs a presente ação a fim de valer os seus direitos como novo proprietário, retirando a Ré do imóvel de forma imediata. II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA O pedido do Autor se fundamenta no art. 8º da lei n. 8.245/91 que irá dispor ''se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação'', a exceção, continua o art. 8º, é para os casos que ''a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel''. Acontece que o contrato de locação foi celebrado sem cláusula de manutenção do imóvel em caso de venda, sendo oportunizado o prazo de 90 (noventa) dias exigidos legalmente para a desocupação do imóvel pelo locatário, após a denúncia do contrato. Conforme se expôs na narrativa fática, a Ré impõe dificuldades para sua retirada do imóvel, desobedecendo o comando legal que possibilita a denúncia do contrato. Assim, o Autor se vale da presente ação para a devida intervenção do Poder Judiciário com a consequente tutela de seu direito: a retirada da Ré do imóvel comprado. III - DA TUTELA DE URGÊNCIA Bem verdade que o presente caso não está contido nas hipóteses previstas no art. 59, § 1º da lei n. 8.245/91 que autoriza a concessão de decisão liminar para desocupação em 15 (quinze) dias. Não obstante, o referido artigo não afasta a possibilidade de tutela de urgência conforme inteligência do art. 300 do CPC ''a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo''. A probabilidade do direito está na evidente subsunção do art. 8º da lei n. 8.245/91, que possibilita ao Autor a denunciação do contrato de aluguel para retirada da locatária Ré do imóvel. O perigo de dano, por sua vez, está no próprio fato do Autor se ver impossibilitado de exercer com plenitude seus direitos de propriedade, obtidos mediante negócio jurídico licitamente celebrado. Desta forma, requer a concessão da tutela de urgência para que se determine o imediato despejo do imóvel. IV - DOS PEDIDOS Ante todo o exposto, o Autor requer: a) a concessão da tutela de urgência para o imediato despejo da locatária situada no imóvel; b) no Mérito, a confirmação da tutela de urgência com a imissão definitiva do Autor na posse do imóvel; c) a condenação da ré em custas e honorários advocatícios; d) requer a juntada do recolhimento de custas iniciais; Protesta alegar o aprovado por todos os meios de prova em direito admitidos, mormente, prova documental. Valor da causa R$ 20.000,00 reais ( vinte mil reais) olinda, 14 de Novembro de 2022 Andressa Kaylane Nunes Ferreira 30.080 OAB/PE
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