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Prática simulada II - UMC - CIVIL - Peça 4 - Ação de despejo

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AO JUÍZO DA _VARA CÍVEL DA COMARCA DO TERESÓPOLIS/RIO DE JANEIRO
(10 linhas)
Jorge (prenomes), (nacionalidade), (estado civil), professor, portador da cédula de identidade registro geral secretaria de segurança pública (CIRGSSP) n°..., inscrito no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda (CPFMF) n°..., (endereço eletrônico), residente e domiciliado à rua..., n°..., bairro..., cidade...,Estado..., CEP..., por meio de seu advogado e bastante procurador, com instrumento de mandato anexo, nos termos do artigo 103 e seguintes do Código de Processo Civil, com escritório profissional onde recebe intimações situado à rua..., n°..., bairro...,cidade..., Estado..., CEP...,endereço eletrônico..., com fulcro no artigo 5° da Constituição Federal de 1988; artigos 576 do Código Civil; artigos 5°, 8° e 59° da Lei 8.245/1991, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelencia propor a presente 
AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA 
Em face de Miranda (prenomes), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade registro geral secretaria de segurança pública (CIRGSSP) n°..., inscrito no cadastro nacional de pessoas físicas ministério da fazenda (CPFMF) n°..., (endereço eletrônico), residente e domiciliado à rua..., n°..., bairro..., cidade Teresópolis, Estado Rio de Janeiro, CEP..., conforme fatos e fundamentos a seguir consubstanciados; 
1- DA TUTELA DE URGÊNCIA
O autor adquiriu imóvel que estava alugado para o réu pelo antigo proprietário, tendo sido concretizada a transferência de propriedade mediante o devido registro no cartório de registro de imóveis, doc. Anexo. 
É certo que, antes da venda, o réu fora notificado pelo antigo proprietário acerca de seu direito de preferência na compra do imóvel, notificação extrajudicial anexa, ao qual declinou, procedendo o antigo proprietário, então, à venda do imóvel ao autor. 
Após adquirir a propriedade do imóvel, tencionando ali residir, o autor notificou o réu para que desocupasse a residência, tendo em vista que o seu contrato de locação não possuia cláusula de manutenção em caso de alienação do imóvel, nos termos do artigo 8° da Lei 8.245/1991. 
O réu, mesmo notificado duas vezes conforme documentos anexos, a cerca da venda do imóvel e do término do contrato de locação por vontade do novo proprietário, quedou-se inerte em desocupar a residência, de modo que torna-se imperiosa a concessão de tutela antecipada para que o réu desocupe a residência em até 15 dias, nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil. 
2- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
O autor faz jus ao benefício da justiça gratuita, previsto no artigo LXXIV da Constituição Federal de 1988, conforme declaração anexa, posto que não possui condições econômicas de arcar com todas as custas e emolumentos processuais sem sofrer prejuízo do seu sustento próprio e de sua família.
3- DOS FATOS 
O autor é comprador de um apartamento posto à venda na cidade de Teresópolis/RJ, pelo ex-proprietário Max, onde tenciona residir juntamente com sua família. 
Quando da conclusão da compra deste imóvel, o mesmo encontrava-se alugado há 2 anos para o Sr. Miranda, ora réu, o qual estava ciente de que o imóvel que locava estava à venda, posto que lhe fora encaminhada Notificação extrajudicial a respeito do seu direito de preferência na aquisição, ao qual declinou.
Após a compra e transferência de propriedade, o autor logo notificou o réu para que desocupasse o imóvel, posto que seu objetivo era mudar-se para o novo apartamento. O réu, entretanto, não acatou a decisão do novo proprietário do imóvel, alegando que somente sairia da residência caso o ex-proprietário, Sr. Max, assim o notificasse. 
É certo que o pretexto da recusa em desocupar o imóvel não possui fundamento, posto que o réu fora notificado por duas vezes, uma vez ainda antes da venda do imóvel, pelo próprio Sr. Max. Inobstante, qualquer dúvida sobre a venda do imóvel proderia facilmente ser senada com uma breve ligação ao ex-proprietário e locador, ou, com uma consulta ao cartório de registro de imóveis, de modo que resta claro que a recusa do autor em desocupar o imóvel trata-se de mero ato de má-fé, o qual atenta contra direito real e de propriedade do autor. 
4- DO DIREITO
A concessão antecipada da tutela de urgência in casu, resta autorizada pelo artigo 300 do CPC, vez que acostados aos autos documentos probatórios da transferência de propriedade do imóvel (matrícula atualizada do imóvel anexa); da ciência do réu a respeito da alienação do imóvel e do seu direito de preferência (notificação extrajudicial com comprovante de recebimento anexa), e da denúncia do contrato de locação pelo autor com pedido de desocupação endereçado ao réu (notificação anexa); os quais são suficientes a provar o direito líquido e certo do autor sobre a posse da propriedade ocupada indevidamente pelo réu, a qual requer-se a imissão imediata, tendo em vista o perigo lógico que decorre de uma ocupação ilegal tal como se afigura. 
O artigo 8° da Lei 8.245/1991 prevê que, não havendo clásula de manutenção no contrato de locação e não sendo o mesmo por prazo determinado, como se observa in casu, sendo o imóvel alienado, o adquirente pode denunciar o contrato com o locador, tal como o fez o autor.
O artigo 63, §1°, alínea b, da Lei 8.245/1991 dispõe que, caso a ordem de despejo seja fundada em infração legal, o prazo para desocupação do imóvel pelo réu será de 15 dias; conforme se verifica, o réu se recusa a desocupar o imóvel mesmo estando ciente da venda do mesmo e tendo sido notificado com prazo de antecedência para que o fizesse, não apresentando, contudo, nenhum motivo razoável para sua recusa em desocupar o apartamento, o que caracteriza legítima afronta ao artigo 8° da mesma lei.
Por fim, o autor resta em seu pleno direito ao requerer a imissão na posse do imóvel, vez que notificou o réu para que o desocupasse, concedendo-lhe prazo, nos termos do artigo 8° da Lei 8.245/1991, conforme notificação anexa, logo que efetivou a tranferência de propriedade do bem junto ao cartório de registro de imóveis; o réu, porém, cínicamente descumpriu com o ato de boa fé que lhe incumbia. 
5- DOS PEDIDOS 
Diante de todo o aqui exposto, requer-se a Vossa Excelência que:
1- Inaudita altera pars conceda ordem de despejo com base na documentação acostada aos autos e risco de dano, para que o réu desocupe o imóvel em até 15 dias, nos termos do artigo 300 do CPC, e artigo 63, §1, alínea “b” da Lei 8.245/1991;
2- Seja deferido ao autor o benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos do artigo 5°, LXXIV da Constituição Federal de 1988, e artigo 98 do CPC/2015;
3- Seja o réu citado para que, querendo, apresente constestação nos termos do artigo 242 do CPC, sob pena de confissão e revelia;
4- Seja a parte ré condenada ao pagamento das custas e honorários advocatícios no percentual de...% sob o valor da causa.
DAS PROVAS 
Requer provar o alegado por meio de todas as provas em Direito admitidas, especialmente pela apresentação de documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do requerido, sob pena de confissão, bem como pelas demais via probatórias que se fizerem necessárias.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
A parte autora declara que não possui interesse na realização da audiência de conciliação, nos termos do artigo 319, VII do CPC.
Dá-se a causa o valor de (doze vezes o valor do aluguel), nos termos do artigo 58, III, da Lei 8.245/1911. 
Termos em que,
Pede deferimento.
Data e ano.
Advogado- OAB/UF
PROBLEMA DA AULA DE PRÁTICA SIMULADA II (PEÇA 4):
PEÇA PROFISSIONAL Enunciado: Jorge, professor de ensino fundamental, depois de longos 20 anos de magistério, poupou quantia suficiente para comprar um pequeno imóvel à vista. Para tanto, procurou Max com objetivo de adquirir o apartamento que ele colocara à venda na cidade de Teresópolis/RJ.
Depois de visitar o imóvel, tendo ficado satisfeito com o que lhe foi apresentado, soube que este se encontrava ocupado por Miranda, que reside no imóvel na qualidadede locatário há dois anos. O contrato de locação celebrado com Miranda não possuía clausula de manutenção da locação em caso de venda e foi oportunizado ao locatário o exercício do direito de preferência, mediante notificação extrajudicial, certificada a entrega a Miranda. Jorge firmou contrato de compra e venda por meio de documento devidamente registrado no Registro de Imóveis, tendo adquirido sua propriedade e notificou a locador a respeito da sua saída. Contudo, ao tentar ingressar no imóvel, para sua surpresa, Miranda ali permanecia instalado. Questionado, respondeu que não havia recebido qualquer notificação de Max, que seu contrato foi concretizado com Max e que, em virtude disso, somente devia satisfação a ele, dizendo, por fim, que dali só sairia a seu pedido. Indignado, Jorge conta o ocorrido a Max, que diz lamentar a situação, acrescentando que Miranda sempre foi um locatário de trato difícil. Disse, por fim, que como Jorge é o atual proprietário cabe a ele lidar com o problema, não tendo mais qualquer responsabilidade sobre essa relação. Com isso, Jorge procura o advogado, que o orienta a denunciar o contrato de locação, o que é feito ainda na mesma semana. Diante da situação apresentada, na qualidade de advogado constituído por Jorge, proponha a medida judicial adequada para a proteção dos interesses de seu cliente para que adquira a posse do apartamento comprado, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes.

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