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Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) Departamento de Engenharia Química (DEQ) Química Industrial - Microbiologia Industrial 2022.1 Docente: Sara Horacio De Oliveira Maciel Discentes: Ana Paula, Fábio Gabriel, Gabriel Eliseu, Maria Eduarda Pereira e Samyra Letícia PRÁTICA 1: ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS Resumo. Esse relatório demonstra a prática das principais técnicas de semeadura, a compreensão dos materiais utilizados para isolamento de microrganismos e a elucidação das boas práticas de manipulação de microorganismos. Tendo como objetivo a análise de culturas que foram isoladas, com o principal objetivo de avaliar parâmetros microbiológicos referentes à legislação. Palavras chave: semeadura; isolamento; microorganismos. Introdução O isolamento de microrganismos consiste na obtenção de uma cultura pura e geralmente tem como finalidade a identificação do mesmo.[¹] A maioria dos materiais infecciosos, bem como amostra de solos, água ou alimento, contém diversos tipos de bactérias. Quando é feita a semeadura desses materiais na superfície de meio sólido, as colônias formam cópias exatas do organismo original.[¹] Acredita-se que uma colônia visível provavelmente vem de um único esporo ou célula vegetativa ou de um grupo dos mesmos microrganismos juntos em agregados ou cadeias. Já as colônias microbianas frequentemente têm aparência diferente, o que permite distinguir um micro-organismo do outro. Para que essas colônias possam ser separadas umas das outras, as bactérias devem ser espalhadas de maneira suficientemente ampla na placa.[¹] A maioria dos trabalhos de microbiologia requer culturas puras ou clones da bactéria. O método de isolamento mais comumente utilizado para obter culturas puras é o método de esgotamento por estrias, onde uma alça de inoculação estéril é mergulhada dentro de uma cultura mista, contendo mais de um tipo de microrganismo, e é semeada em estrias na superfície de um meio nutritivo.[²] Ao longo da estria, as bactérias são depositadas quando a alça entra em contato com o meio. As últimas células depositadas na alça são afastadas o suficiente para crescer em colônias isoladas. Essas colônias podem ser retiradas com uma alça de inoculação e transferidas para um tubo de ensaio com meio nutritivo para a obtenção de uma cultura pura contendo somente um tipo de bactéria.[²] O método de esgotamento por estrias funciona bem quando o organismo a ser isolado está presente em grande número em relação à população total. Contudo, quando o microrganismo a ser isolado está presente em um número muito pequeno, sua quantidade pode ser aumentada por enriquecimento seletivo antes do isolamento com o método de esgotamento por estrias.[²] Outra técnica bastante utilizada é a semeadura por espalhamento em placa, onde um inóculo é adicionado à superfície de um meio de ágar previamente solidificado. O inóculo é então espalhado de modo uniforme com um bastão de vidro em L esterilizado. Esse método espalha todas as colônias na superfície, portanto as células só irão crescer na superfície do meio, podendo ser feita a identificação de colônias isoladas.[²] Procedimento Experimental Para a prática em questão serão necessários o seguintes materiais: - Amostra de água poluída - Erlenmeyer de 100mL - Água estéril - 4 tubos de ensaio contendo contendo 9 ml de água estéril - Meio de cultura Ágar Nutritivo (AN) - Placas de Petri esterilizadas - Tubos de ensaio com meio AN - Pipeta de 1mL estéril - Alça de platina A amostra de água poluída para essa prática foi tirada do lago localizado nas dependências da UFPE. Também é importante salientar que o erlenmeyer deve conter previamente um volume de 99 mL de água estéril. Da mesma forma, os tubos de ensaio devem conter previamente 9 mL de água estéril para que a prática se inicie com suas respectivas diluições. No primeiro dia da prática, deve-se preparar as diluições. A primeira etapa consiste na adição de 1 mL da amostra de água no erlenmeyer onde o mesmo é homogeneizado para obter a suspensão dos microrganismos. Em seguida, deve-se transferir com o auxílio de um pipeta estéril, 1 ml da suspensão para um dos tubos de ensaio contendo água estéril e agitar. Após, deve-se transferir 1 mL da suspensão do 1 primeiro tubo para um segundo tubo e assim sucessivamente. Dessa forma, temos diluições de 10 -2 , 10 -3 ,10 -4 ,10 -5. A próxima etapa consiste em transferir do conteúdo de cada tubo de ensaio, com diferentes concentrações, 1 mL para 2 placas de petri (duplicata) e adicionar aproximadamente 15 mL AN resfriado e realizar leves movimentos circulares na placa para homogeneização e aguardar aproximadamente 3 minutos até que a solução se solidifique. Em seguida, inverte-se as placas e deve-se incubar as mesmas em temperatura ambiente por 48 horas. O segundo dia da prática consiste em observar o crescimento das colônias bem como suas características principais. Cada integrante do grupo deve escolher em uma placa uma colônia onde devem ser notados aspectos macroscópicos, sendo os principais: tamanho, cor, forma, consistência, características da superfície da colônia, brilho e presença de pigmento solúvel. Após, deve-se transferir, com alça de platina, uma amostra da colônia escolhida para um tubo contendo AN e incubar em temperatura ambiente. No terceiro e último dia, foi observado o crescimento no tubo de cultura preparado no segundo dia, foi preparado a lâmina “in vivo” a fim de observar se há movimento. E por fim, realizou-se uma coloração de Gram. Resultados e Discussão Tendo sido realizado todo o procedimento experimental, pode-se discutir os seguintes aspectos sobre as colônias das placas de petri que foram escolhidas para análise macroscópica. 1. Para a 10-2A: Foi possível observar a presença de colônias bordas regulares, uma aparência leitosa, brilhosa e de coloração branca, como mostrado na imagem 1: Imagem 1: colônia escolhida para a análise. 2. Para a 10-2B: Foi possível observar a presença de colônias com pigmentação amarela solúvel, com a presença de bordas irregulares de aparência leitosa, brilhosa e de coloração branca, como mostrado na imagem 2: 2 Imagem 2: colônia escolhida para a análise. 3. Para a 10-3B: Foi possível observar a presença de colônias bordas regulares, de coloração amarela com aparência leitosa e brilhosa, como mostrado na imagem 3: Imagem 3: colônia escolhida para a análise. 4. Para a 10-4B: Foi possível observar a presença de colônias bordas regulares, de coloração branca e aparência opaca, como mostrado na imagem 4: Imagem 4: colônia escolhida para a análise. 5. Para a 10-5B: Foi possível observar a presença de colônias bordas regulares, de coloração amarela com aparência e brilhosa, como mostrado na imagem 5: Imagem 5: colônia escolhida para a análise. 3 Após as análises macroscópicas, foram escolhidas as colônias sinalizadas nas imagens para a inoculação no tubo de ensaio, por meio da técnica de semeadura por estrias, e obtivemos resultados mostrados nas seguintes imagens:: 1. Para a 10-2A: Imagem 6: Crescimento das colônias. 2. Para a 10-2B: Imagem 7: crescimento das colônias. 3. Para a 10-3B: Imagem 7: crescimento das colônias. 4. Para a 10-4B: Não foi possível observar o crescimento da cultura. Alguns fatores podem ter influenciado neste resultado, como o uso da alça de platina muito quente, que pode ter matado todos os microrganismos. 5. Para a 10-5B: Imagem 8: crescimento das colônias. 4 Em seguida, fizemos a análise por meio da técnica de observação “in vivo” de uma das colônias, a fim de analisar se havia mobilidade. Escolhemos a amostra com diluição 10-2A. Foi possível observar que as bactérias não tinham motilidade, a única motilidade observada foi totalmente responsável pela água. Ao fim do processo, foi feito o processo de coloração de Gram, para observarmos ascolônias de forma microscópica. Obtivemos a seguintes visualização e os seguintes resultados para a coloração: 1. Para a 10-2A: Após a análise, chegamos à conclusão de que eram bacilos Gram negativos, mostrados na imagem 9. Imagem 9: observação microscópica da colônia. 2. Para a 10-2B: Após a análise, chegamos à conclusão de que eram bacilos Gram negativos, mostrados na imagem 10. Imagem 10: observação microscópica da colônia. 3. Para a 10-3B: Após a análise, chegamos à conclusão de que eram bacilos Gram negativos, mostrados na imagem 11. Imagem 11: observação microscópica da colônia. 5 4. Para a 10-5B: Após a análise, chegamos à conclusão de que eram cocos Gram negativos, mostrados na imagem 12. Imagem 12: observação microscópica da colônia. Conclusão Após a realização das etapas laboratoriais de isolamento dos microrganismos pode-se concluir que o método por isolamento nos permite, através de técnicas eficientes, a obtenção de culturas puras, que por sua vez, auxiliam na identificação dos microorganismos. O que é um grande passo para estudos microbiológicos. Ficou claro que não é um procedimento simples, o que exige bastante cautela, atenção e responsabilidade do manipulador. Tendo sido analisado todo o procedimento experimental em si, algumas culturas apresentam aspectos específicos entte si. Além disso, é possível salientar que o seguimento do procedimento de forma correta é o principal fator para os considerados acertos no experimento. Foi comprovado de forma prática , que um mau utensílio do esfregaço por exemplo não proporciona a análise e o crescimento do microbiota. Envolvendo também o aspecto de uma mesma causa básica pode demonstrar diversos aspectos macroscópicos diferentes mas microscopicamente iguais, sendo o resultado uma cultura de cocos gram negativos. Neste caso também, o método de coloração auxilia no objetivo final da prática, em analisar o comportamento das culturas, sendo comparado com o in vitro. Conclui-se então que o isolamento de culturas é um parâmetro base para a área de microbiologia pois pode ser replicado em larga escala para diferentes tipos de amostras, as quais envolvem uma imensidão de microrganismos úteis ao nosso conhecimento. Referências 1. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 2. Guanabara Koogan, 2012.T., MADIGAN, Michael, MARTINKO, 6 John M., DUNPLAP, Paul V., and CLARK, David P.Microbiologia de Brock, 12ª edição. ArtMed, 2011 7
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